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Membrana Plasmática e Transporte

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Júlia Matos – 75A 
 
 
Estrutura: a membrana plasmática das células 
animais possui uma estrutura conhecida 
como bicamada lipídica, na qual fosfolipídios 
se organizam em duas camadas. Pelo fato de 
o MEC e o MIC serem hidrofílicos, o fosfato 
encontra-se em contato com esses espaços e 
os lipídeos encontram-se na parte interna da 
membrana. 
 - Pelo fato de a membrana possuir 
caráter apolar, substâncias polares ou 
hidrossolúveis não são capazes de passar por 
ela. Por esse motivo, existem as proteínas de 
membrana que executam funções diversas, 
servindo como canais, carreadoras, bombas 
ou receptores. 
Difusão: todas as moléculas presentes no 
corpo estão em constante movimento devido 
a energia cinética que possuem. O 
movimento aleatório que essas substâncias 
realizam e a colisão que elas executam entre 
si são chamados de difusão. 
- Quando esse processo ocorre em 
espaços intermoleculares da membrana, em 
aberturas da plasmalema ou com o auxílio de 
uma proteína de membrana, ocorre a difusão 
através da membrana, que pode ser de dois 
tipos: simples ou facilitada. 
Difusão simples: substâncias conseguem 
atravessar do MEC para o MIC (vice-versa), 
por meio de espaços intermoleculares da 
membrana celular, no caso se substâncias 
lipossolúveis (ex: O2, CO2, N2, álcool) ou de 
canais proteicos, no caso de substâncias 
hidrossolúveis (ex: canal de sódio e 
aquaporinas). 
Permeabilidade seletiva: os canais proteicos 
apresentam seletividade, ou seja, não é 
qualquer substância que passa por eles, uma 
vez que são específicos, e muitos deles 
possuem comportas. Desse modo, os canais 
podem estar abertos ou fechados por serem: 
-Dependentes de voltagem: 
comportas reguladas por sinais elétricos. Ex: 
canal de Na+. 
 
 
- Dependentes de ligantes: comportas 
reguladas por substâncias químicas que se 
ligam a proteína canal. Ex: canal de 
acetilcolina. 
Como essa seletividade é realizada? 
- Diâmetro 
- Forma 
- Carga elétrica 
- Ligações químicas da superfície interna 
Difusão facilitada: substâncias maiores, como 
glicose e aminoácidos, utilizam proteínas 
carreadoras para serem transportadas 
através da membrana celular. Esse tipo de 
proteína sofre mudança de conformação 
para realizarem o transporte
 
Difusão simples X Difusão facilitada: uma 
diferença importante entre esses dois tipos de 
transporte através da membrana é a 
velocidade. A difusão facilitada possui uma 
velocidade máxima definida, uma vez que a 
velocidade do transporte não pode ser maior 
do que a velocidade da proteína carreadora 
em alterar sua conformação. Por outro lado, 
na difusão simples, a velocidade de 
transporte é proporcional a concentração da 
substância. 
Receptores: também são proteínas de 
membrana, mas possuem a função de 
reconhecer um mediador específico e, a 
partir disso, gerar mudança na 
permeabilidade de íons da célula e na 
atividade enzimática intracelular. Ex: 
 Membrana Plasmática e Transporte 
 
Canais 
proteicos 
Proteínas 
carreadora
s 
Espaços inter-
moleculares 
Júlia Matos – 75A 
receptores muscarínicos (desencadeia 
cascatas enzimáticas no meio intracelular) e 
nicotínicos (altera sua conformação) de 
acetilcolina. 
OBS: quanto maior a diferença de [ ] da 
substância do MEC para o MIC, maior a 
velocidade de difusão. Além disso, caso uma 
ddp seja aplicada em uma célula, os íons se 
movimentarão mesmo sem existir diferença 
de [ ]. 
Transporte Ativo: existem casos em que o 
equilíbrio da concentração de um soluto no 
MEC e no MIC não é desejada. Para que esse 
transporte contra o gradiente seja possível, 
proteínas carreadoras presentes na 
membrana celular precisam gastar energia, 
realizando o transporte ativo. Dependendo 
da fonte de energia, o TA pode ser de dois 
tipos: 
 -Transporte ativo primário: a proteína 
carreadora possui função de ATPase, 
utilizando a energia liberada na hidrólise do 
ATP para realizar o transporte contra o 
gradiente de concentração. 
→ Bomba de sódio e potássio: proteína 
carreadora que realiza o transporte ativo 
primário de 3 íons Na+ para o MEC e 2 íons K+ 
para o MIC, através do gasto de uma 
molécula de ATP. Pelo fato de esse transporte 
concentrar mais cargas positivas no espaço 
extracelular, a bomba é responsável produzir 
um potencial elétrico através da membrana 
celular = negativo dentro e positivo fora! 
-Os sítios de ligação de Na+ e de ATP 
ficam voltados para o meio intracelular 
e, os de K+, para o meio extracelular. 
-Importante para manter o volume 
celular: Caso essa bomba não existisse, 
pelo fato de a maioria dos aa e 
moléculas do citosol apresentarem 
carga negativa, íons negativos, como 
sódio e potássio entrariam 
continuamente nas células e, por 
osmose, a água também. O resultado 
seria o estouro das células. 
A membrana plasmática é mais 
permeável ao K+ do que ao Na+! 
→ Bombas de cálcio: assim como 
o sódio, os íons cálcio são encontrados em 
maior concentração no meio extracelular e 
isso só é possível graças ao TA primário 
realizado por essas bombas. Existe um tipo 
bomba de Ca2+ que transporta o íon para o 
meio extracelular e outro tipo de bomba que 
transporta cálcio para uma ou mais organelas 
citoplasmáticas, como para as mitocôndrias 
e para os retículos sarcoplasmático (músculo) 
→ Bomba de hidrogênio: No 
estomago, as células parietais das glândulas 
gástricas liberam H+ e Cl- no lúmem do órgão 
(contra o gradiente) para produzir o HCl, 
componente do suco gástrico. As células 
intercalares presentes em alguns túbulos 
renais possuem bomba de H+ para 
transporta-lo contra o gradiente, do sangue 
para a urina, a fim de excretar o excesso de 
íons de hidrogênio dos líquidos corporais. 
-Transporte ativo secundário: o 
gradiente de uma substância é capaz de 
gerar energia, uma vez que a tendencia 
dessa substância de ir do meio hiper para o 
hipo é muito grande. Desse modo, quando o 
soluto é transportado a favor do gradiente, 
uma energia de difusão é liberada e pode ser 
utilizada para transportar outra molécula 
contra o gradiente. Pode ser de dois tipos: 
Cotransporte: o mesmo que simporte, 
ou seja, duas substâncias são transportadas 
para um esmo local, porém, uma delas está a 
favor do gradiente e a outra está contra. Ex: 
sódio-glicose e sódio-aminoácidos. 
→ Sódio-glicose: nas células epiteliais 
do intestino e dos rins, uma proteína 
carreadora é capaz de transportar sódio e 
glicose do MEC para o MIC sem o gasto de 
ATP. Isso corre, pois, a pesar do transporte da 
glicose ocorrer contra o gradiente de 
concentração, a energia de difusão do sódio 
é alta, uma vez que sua concentração no 
meio intracelular é baixa. OBS: esse transporte 
só ocorre quando o sódio E a glicose se ligam 
ao transportador! 
Contratransporte: o mesmo que 
antiporte, ou seja, duas substâncias são 
transportadas, cada uma em uma direção e 
Júlia Matos – 75A 
uma está a favor do gradiente e a outra 
contra. Ex: sódio-cálcio e sódio-hidrogênio. 
→ Sódio-cálcio: a proteína carreadora 
aproveita a energia de difusão do sódio para 
transportar o cálcio para o MEC (contra o 
gradiente), por meio do transporte do sódio 
para o MIC. 
→ Sódio-hidrogênio: muito presente 
nos túbulos proximais dos rins, enviando H+ 
para o lúmen dos túbulos e o Na+ para o 
interior das células do túbulo. 
Difusão facilitada X Transporte ativo: a 
diferença entre os dois tipos de transporte é o 
fato de que no TA a proteína carreadora doar 
energia para a substância que está sendo 
transportada contra seu gradiente de 
concentração!

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