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Arquivologia 6

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ARQUIVOLOGIA 
 
PRESERVAÇÃO, CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE DOCUMENTOS 
 
Preservação: Em um sentido geral, trata-se de toda a ação que se destina à 
salvaguarda dos registros documentais. 
 
Conservação Preventiva: É um conjunto de medidas e estratégias administrativas, 
políticas e operacionais que contribuem direta ou indiretamente para a conservação 
da integridade dos acervos e dos prédios que os abrigam. São ações para adequar o 
meio ambiente, os modos de acondicionamento e de acesso, visando prevenir e 
retardar a degradação. 
 
Conservação reparadora: Trata-se de toda intervenção na estrutura dos materiais que 
compõem os documentos, visando melhorar o seu estado físico. 
 
Higienização: Trata da eliminação mecânica de todas as sujidades que se encontram 
nos documentos e dos agentes considerados agressores, tais como: os clipes oxidados 
ou não, os excrementos de insetos, os grampos metálicos, os itens generalizados 
utilizados como marcadores de páginas, as poeiras e, todos os elementos espúrios à 
estrutura física dos documentos. 
 
Restauração: Considerada como um conjunto de ações técnicas de caráter 
intervencionista nos suportes dos documentos, a restauração se propõe a executar o 
trabalho de reversão de danos físicos ou químicos que tenham ocorrido nos 
documentos ao longo do tempo. 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PAPEL 
 
O conhecimento das principais características do papel, independente do seu tipo, 
ajuda a detectar e determinar eventuais problemas e, a escolher em cada caso o 
procedimento e os materiais mais adequados para seu tratamento. 
 
O ph 
 
O ph é o valor que se usa para indicar o grau de acidez ou alcalinidade de uma 
substância, que é determinado pelo cálculo de íons de hidrogênio presente nela. 
Mede-se numa escala de 0 a 14, sendo o meio, 7, a neutralidade. Os valores de 0 a 6.9 
indicam o grau de acidez, a partir dos 7.1 até o 14 o grau de alcalinidade. Os valores do 
ph podem variar com a temperatura. Um tratamento passa pelo processo de 
desacidificação do papel. 
 
Alguns tipos de deterioração 
 
A preservação e a conservação de documentos em papel exigem um conhecimento 
amplo sobre as deteriorações que os atingem. 
Estas em geral são de naturezas diversas e, também costumam apresentar diferentes 
causas. 
Na maioria das vezes acarretam imperfeições capazes de, em determinados casos, 
gerarem a destruição total do documento ou peça. Assim, o conhecimento destas 
deteriorações determina diretrizes a serem seguidas para a realização de ações 
corretas quanto a conservação, bem como a adoção de medidas ideais de prevenção 
contra futuros danos. 
 
Sujidades 
As sujidades são formadas por partículas e materiais estranhos depositados sobre os 
documentos, que interferem em seu aspecto geral e, por vezes, causam alterações em 
sua leitura, propiciando uma aparência de descuido com o documento. 
 
Poeiras 
São os acúmulos de partículas que se depositam sobre a superfície dos papéis, que em 
decorrência dos tipos de elementos e materiais que as compõem, costumam favorecer 
diversas deteriorações. Como por exemplo, o aumento da umidade na superfície dos 
papéis e nos cortes superiores ou cabeça dos livros, possibilitando o desenvolvimento 
de microorganismos e o aumento dos efeitos de uma contaminação atmosférica, 
propiciando o surgimento de oxidações e acidificações. 
 
Gorduras 
O manuseio e a limpeza inadequadas geram o surgimento e o acúmulo de substanciais 
gordurosas sobre a superfície dos papéis. 
Estes depósitos de gordura podem oxidar com o passar do tempo e provocar o 
aparecimento de manchas que tentem a escurecer e amarelecer os papéis e, também 
favorecer um possível ataque biológico. 
 
Manchas 
As manchas têm as mais diversas causas. Afetam diretamente a integridade física e a 
aparência estética dos documentos. Aquelas provocadas por oxidações e por colas são 
as mais comuns. 
Devem ser tratadas adequadamente, eliminando as causas que as provocam para que 
não se transformem em deteriorações para os documentos. 
 
Manchas de ferrugem 
As manchas de ferrugem nos papéis são geralmente provocadas pela oxidação de 
elementos metálicos aderidos e em contato com eles. Estes elementos podem ser 
grampos, clipes, fechos, etc que em determinadas condições de umidade oxidam e 
geram manchas de ferrugem nos papéis. 
 
Manchas de cola 
São ocasionadas pelo uso incorreto de colas e também de fitas adesivas, tipo durex, 
impróprias aos papéis. Com o tempo o papel, que é higroscópico, absorve a cola ácida 
deste tipo de fita e, esta perde seu poder de adesão e se desprende do papel gerando 
manchas irreversíveis no mesmo. Por outro lado as colas não aconselhadas para 
atividades de conservação, podem provocar ou mesmo acelerar algumas reações 
químicas nos papéis como oxidações e mudanças de cor. 
 
Deformações 
Num sentido comum, as deformações que afetam os papéis enquanto suporte de 
documentos são provocadas devido a manuseios inadequados, como também em 
decorrência de intervenções incorretas. Um exemplo clássico são as dobras feitas nos 
cantos superiores de livros e documentos pra marcar a página de leitura. O correto é o 
uso de marcadores de papel de qualidade, criados para esta finalidade. 
 
Rasgos e rupturas 
Os rasgos são rompimentos em partes do papel e, não implicam necessariamente, em 
perdas. Podem ocorrer a partir de ações de manuseios e armazenamentos 
inadequados. Quando acontecem deixam a vista, suas fibras na margem do rasgo. O 
que irá viabilizar sua recomposição por meio de ações de conservação reparadora. As 
rupturas acarretam perdas de partes dos papéis e comprometem a integridade dos 
documentos. 
 
Auréolas 
São conhecidas como auréolas de umidade e, aparecem nos papéis (documentos) a 
partir da penetração de qualquer tipo de líquido, frequentemente, de água. Quando 
esta penetra no papel arrasta as sujidades e as partículas depositadas sobre ele, 
gerando o aparecimento de manchas e de áreas com tonalidades diferentes. Uma das 
causas é atribuída ao armazenamento de documentos em áreas excessivamente 
úmidas. 
 
Amarelecimento 
Entre algumas causas que geram o amarelecimento dos papéis (documentos), duas se 
destacam: 
1º) o grau de acidez do papel que pode gerar escurecimento, amarelecimento e 
fragilidade; 
2º) a luz que como é um dos principais agentes de degradação dos papéis, facilita o 
surgimento do processo de oxidação, que é acentuado quanto maior for a quantidade 
de lignina existente no papel. 
 
Descoloração 
Trata-se da perda de intensidade da cor original do papel, como consequência 
imediata das ações dos raios UV e IR da luz. Os efeitos da luz (seja natural ou artificial) 
são cumulativos e tendem a aumentar com aumento do tempo de exposição. Assim a 
prevenção é reduzir ao máximo a exposição dos documentos e obras à luz. É sabido e 
aceito que o parâmetro ideal de intensidade de luz em exposições deve ser de 50 lux, 
valor obtido com o auxílio do equipamento luxímetro. 
 
Biodeterioração 
Trata-se das deteriorações e deformações causadas por agentes biológicos, 
notadamente fungos, insetos e roedores. As causas destas deteriorações são 
decorrentes principalmente de dois fatores: 
 
1º) a existência de alimentos nos componentes formadores do papel, como celulose, 
açucares e glicose. 
 
2º) o encontro de ambientes adequados em termos de umidade e temperatura que 
favorecem a vida, o desenvolvimento e a reprodução destes agentes. Deste modo, a 
prevenção imediata é o controle dos parâmetros ambientais de UR e temperatura das 
áreas de guarda de acervos. 
 
Fungos 
São microorganismos que se alimentam das substâncias orgânicas do papel. De modo 
geral, sedesenvolvem em condições de umidade e temperatura elevadas. Os fungos 
possuem uns filamentos que podem promover alguns tipos de rasgos nos papéis. 
Porém, o pior dano são as manchas deixadas como resultado de sua atividade de 
metabolização das substâncias que os alimentam. Esta ação gera a ruptura da cadeia 
molecular da celulose, ocasionando sua fragilidade. Os ataques mais graves podem 
acarretar o apodrecimento e a perda total do papel. A disseminação dos fungos se dá 
através dos esporos (células reprodutoras), que são carregados por meio de diversos 
veículos, p.ex. correntes aéreas, gotas d’água, insetos, vestuários, etc. 
 
Foxing 
Trata-se de uma deterioração que se caracteriza pelo surgimento de manchas de cor 
castanha no papel (documento). Até hoje sua origem gera controvérsias. Há 
pesquisadores que pensam tratar-se de um microorganismo, porém outros defendem 
que são manchas originárias do processo de oxidação de impurezas metálicas que 
ficaram nos papéis durante sua formação. Este tipo de deterioração tende a aparecer 
em documentos que tenham ficado em contato direto com papeis ácidos, ou em obras 
que tenham sido emolduradas com cartões e papéis de baixaqualidade arquivística. 
 
 
 
Insetos 
Os insetos tal como os fungos alimentam-se de substâncias formadoras dos papéis, 
fundamentalmente a celulose. Desenvolvem-se em condições de umidade e 
temperatura elevadas e na ausência de luz. 
 
Roedores 
São geralmente perigosos. Além de atacarem os materiais documentais, tendem a 
atacar também o revestimento isolante dos condutores elétricos, favorecendo a 
instalação de sinistros. O aparecimento de roedores se dá devido a presença de 
resíduos de alimentos nas áreas de guarda de acervos. O hábito de levar e comer 
qualquer tipo de guloseimas nas áreas de guarda e consulta, deve ser combatido, tanto 
para aos funcionários quanto para os usuários dos acervos. 
 
RESUMO 
 
 
 
Cuidados gerais na conservação dos documentos: 
 
 
Os livros de grandes dimensões devem ser guardados na posição horizontal, em 
estantes, evitando o empilhamento. 
 
Documentos em papel: 
 
1. As estantes e arquivos devem ser de metal pintado (para evitar ferrugem); 
2. Devem-se manter as mãos limpas ao manusear os documentos; 
3. Evitar qualquer tipo de comida junto aos documentos; 
4. Não utilizar fitas adesivas tipo durex e fitas crepes, cola branca (PVA) para 
evitar a perda de um fragmento de um volume em degradação. Esses materiais 
possuem alta acidez, provocam manchas irreversíveis onde aplicado; 
5. Não escrever nos documentos; 
6. Não dobrar as páginas; 
7. Não apoiar os cotovelos ou braços ao ler ou consultar; 
8. Não umedecer os dedos com saliva ou qualquer outro líquido; 
9. Para a remoção do pó das lombadas e partes externas dos livros, pode-se usar 
o aspirador com a escova circular especial para livros, adaptada com tecido de filó ou 
gaze, para maior proteção do documento; 
10. Para a limpeza das folhas, utilizam-se trinchas, escovas macias e flanelas de 
algodão; 
11. Durante a limpeza, removem-se grampos metálicos, etiquetas, fitas adesivas, 
papéis e cartões ácidos; 
12. Quando houver necessidade de observações nos documentos, utilizar lápis, que 
não agridem tanto o papel quanto as canetas, e ainda permitem eventuais correções, 
se necessário. 
 
Fotografias: 
 
1. Devem receber proteção individual de boa qualidade; 
2. Devem ser manuseadas com as luvas de algodão e arquivadas em mobiliário de 
aço; 
3. Não forçar a separação de uma fotografia da outra; 
4. Escrever o necessário somente no verso, com lápis macio. 
 
Microfilmes: 
 
1. Devem ser armazenados em cofres, arquivos ou armários à prova de fogo e 
colocados em latas vedadas à umidade; 
2. Devem ser feitas duplicatas. 
 
Disquetes e CD-ROM: 
 
1. Usar os disquetes de boa qualidade; 
2. Manter os disquetes em local fresco, seco e longe do computador; 
3. Usar programas antivírus; 
4. Proteger o CD contra arranhões e poeira. 
 
Caixas de arquivo: 
 
1. Utilizar caixas de papelão ao invés das de plástico, pois estas últimas tendem a 
transpirar quando submetidas a altas temperaturas, observando que as mesmas 
deverão ser maiores do que os documentos que nelas estejam inseridos e utilizando, 
quando necessário, calços, evitando que os mesmos se dobrem dentro delas; 
2. Na identificação das caixas deve-se utilizar etiquetas autoadesivas impressas 
eletronicamente ou, na impossibilidade desta impressão, utilizando canetas 
hidrográficas ou esferográficas. 
 
Os documentos devem ser acondicionados em caixas–arquivo, produzidas em material 
inerte ou alcalino. A maioria das caixas e pastas disponíveis no mercado é feita de 
papéis e papelões ácidos. A acidez migra através do contato, ou seja, uma embalagem 
confeccionada com material ácido fatalmente irá passar a acidez para os documentos 
nela acondicionados. As caixas comerciais poderão ser usadas desde que as mesmas 
sejam revestidas com papel alcalino. 
 
Finalmente, cabe enfatizar que vistorias no acervo devem ser feitas periodicamente 
para revisá-lo e manter a limpeza, pois limpeza é um dos fatores prioritários de 
preservação e deve ser realizada em todas as fases do arquivamento. 
 
IMPORTANTE! 
Todos os documentos deverão estar protegidos por um envelope de papel alcalino na 
cor branca, com identificação a lápis na parte superior à direita; o uso de lápis macio 
(6b) é recomendado para fazer anotações em documentos, sendo que o grafite é um 
material estável que não danifica o papel. 
 
Substituir os barbantes e elásticos por cadarços de algodão cru. Os barbantes e 
elásticos cortam e danificam a embalagem e os documentos acondicionados. Não 
superlotar as caixas arquivos, isto pode causar danos aos documentos quando forem 
retirados. Para preencher os espaços das caixas que não estiverem completamente 
cheias, deve-se utilizar cartões de espaçamento, confeccionados em materiais 
alcalinos. Somente no caso de sobra de espaço dentro das caixas, para evitar a 
deformação dos documentos. 
 
Lembre-se 
 
Acondicionamentos 
Os acondicionamentos são os itens de proteção mais próximos aos documentos, 
formando uma barreira contra os poluentes, a luz, a temperatura, a umidade relativa, 
o ataque biológico, e o manuseio. 
Cada situação requer uma análise e depende diretamente das condições em que se 
apresenta o documento. 
 
 
 
 
Um bom acondicionamento depende de um bom projeto de design, deve utilizar 
materiais de qualidade arquivística (papel permanente/durável livre de qualquer 
impureza, quimicamente estável e resistente) e formar uma proteção contra o 
manuseio inadequado; deve, também, ser uma embalagem funcional e conter a 
identificação do conteúdo. 
 
Não Esqueça!!! 
Os materiais especiais como: discos, CDs, fitas cassete, fotografias, negativos, 
diapositivos, filmes (película), fitas VHS, umatik ou similar, discos ópticos, CD-Rom, 
disquetes, fitas magnéticas, etc devem ser recolhidos em depósitos climatizados, 
acondicionados e identificados por remissivas devidamente preenchidas em duas vias 
(uma fica no processo ou dossiê) e outra acompanha o documento original no depósito 
climatizado. 
 
Natureza do 
DOcumento 
Tipo de 
Suporte 
Manuseio Guarda 
Estado de 
COnservação 
Exemplo: remissiva de arquivamento de documentos especiais 
 
 
Notação: Indicar a notação padrão da NOBRADE. Ex.: BR AN,BSB N8.38.1,p.304/545. 
Características: Descrever, sucintamente, o suporte (papel, metal, filme, fita 
magnética, tecido, etc.) e o tipo (mapa, planta, etc.). Ex: mapa de grande dimensão, 
em papel. 
Conteúdo: Indicar o teor do material. Ex: obrade engenharia; vista aérea de Brasília. 
Localização: Indicar o local de guarda do material não convencional, preenchendo o 
campo com o código de endereçamento constante no topográfico p. ex. depósito X, 
mapoteca 12, gaveta 2. 
Observação: Qualquer detalhe relevante relacionado à caixa. 
 
Rotina de limpeza nos depósitos de guarda 
 
A limpeza deve ser feita em intervalos regulares, cuja frequência é determinada pela 
velocidade com que a poeira se acumula nos espaços de armazenagem. 
As prateleiras de metal, as mapotecas e todos os demais tipos de móveis de metal 
destinados ao armazenamento de documentos devem ser limpos com o auxílio de um 
pano limpo e com álcool. 
Deve-se evitar o uso de água como agente para estas limpezas. 
O piso das áreas de guarda de acervos deve ser limpo com produtos biodegradáveis 
não agressivos aos documentos e às pessoas que trabalhem na área. 
Usar sempre aspirador de pó, para não levantar poeira, e flanela seca para limpeza do 
mobiliário. 
Observar, durante a limpeza, se há excrementos de cupim, asas de insetos, túneis 
(galerias externas) e pequenos orifícios próximos às obras ou no piso no ambiente de 
guarda. 
 
Limpeza do assoalho: 
1. Para se evitar a umidade, é recomendável que não haja a entrada de água no 
arquivo, devendo-se optar, para a limpeza do mesmo, panos úmidos e aspiradores, 
evitando-se inclusive a limpeza do piso com água. 
 
Higienização de documentos 
 
Corresponde à limpeza de superfície, ou seja, retirada de poeira e outros resíduos 
estranhos aos documentos. 
A higienização trata da eliminação mecânica de todas as sujidades que se encontram 
nos documentos e dos agentes considerados agressores, tais como os clipes oxidados 
ou não, os excrementos de insetos, os grampos metálicos, os elementos generalizados 
utilizados como marcadores de folhas, as poeiras, as partículas sólidas, e todos os 
elementos espúrios à estrutura física dos documentos. A consolidação do suporte 
consiste na recomposição das partes faltantes e na união dos rasgos e cortes, e a 
planificação consiste na correção de dobras e amassados. 
 
Materiais usados para limpeza de superfície 
A remoção da sujidade superficial (que está solta sobre o documento) é feita através 
de pincéis, flanela macia, aspirador e inúmeras outras ferramentas que se adaptam à 
técnica. 
• Pincéis: são muitos os tipos de pincéis utilizados na limpeza mecânica, de diferentes 
formas, tamanhos, qualidade e tipos de cerdas (podem ser usados com carga estática 
atritando as cerdas contra o nylon, material sintético ou lã); 
• Flanela: serve para remover sujidade de encadernações, por exemplo; 
• Aspirador de pó: sempre com proteção de bocal e com potência de sucção 
controlada; 
• Outros materiais usados para a limpeza: bisturi, pinça, espátula, agulha, cotonete. 
 
Materiais de apoio necessários para limpeza mecânica: 
 
• raladores de plástico ou aço inox; borrachas de vinil; 
• fita-crepe; 
• lápis de borracha; 
• luvas de látex ou algodão; 
• máscaras; 
• papel mata-borrão (papel muito absorvente); 
• pesos; 
• poliéster (mylar); 
• folhas de papel siliconado; 
• microscópios; 
• cola metilcelulose 
• lápis HB etc. 
 
 
 
Mesa de Higienização 
 
Já foi questão de prova: 
 
Com a utilização de pó de borracha, resultante da ação de ralar borracha plástica 
branca em um ralador de aço inox. Esta ação será efetivamente mais usada nos 
documentos impressos. Deve ser executada com o máximo de cuidado e sobre mesas 
de grande formato. Coloca-se um punhado desse pó de borracha sobre o documento 
e, com movimentos leves e circulares, partindo do centro para as bordas, executa-se a 
limpeza com o auxílio de uma boneca (espécie de chumaço feito com algodão e gaze). 
Este procedimento pode ser repetido tantas vezes quantas forem necessárias até a 
limpeza total do documento. Ao final este pó de borracha deve ser bem retirado com 
um pincel de pelos macios. 
 
 
 
Retirada de grampos 
 
 
Principais operações de Conservação: 
 
1. Desinfestação: método de combate mais eficiente contra os insetos: 
fumigação. São utilizados produtos como Timol, DDT, fluoreto de sódio etc. 
 
2. Limpeza: fase posterior à fumigação. 
 
3. Alisamento: consiste em colocar os documentos em bandejas de aço 
inoxidável, expondo-os à ação do ar com forte porcentagem de umidade (90 a 
95%), durante 1 hora, em uma câmera de umidificação. Em seguida, são 
passadas a ferro, folha por folha, em máquinas elétricas. Na falta desse 
equipamento usa-se o ferro caseiro. 
 
4. Encadernação e reencadernação: No documento que apresentar folhas soltas 
ou a encadernação estiver fragilizada, deverá ser feito o reforço. No caso de 
material mais recente, e tratando-se de encadernação de época, a obra deverá 
ser apenas acondicionada. 
 
Principais operações de Restauração: 
 
1. Banho de Gelatina: consiste em mergulhar o documento em banho de gelatina 
ou cola, o que aumenta a resistência, sem prejudicar a visibilidade e passagem 
dos raios ultravioletas e infravermelhos. 
 
2. Tecido: processo de reparação em que são usadas folhas de tecido muito fino, 
aplicadas com pasta de amido. 
 
3. Silking: utiliza tecido (crepeline ou musseline de seda) de grande durabilidade e 
o processo é semelhante ao do Tecido. 
 
4. Laminação Mecanizada: processo em que envolve o documento, nas duas 
faces, com uma folha de papel seda e outra de acetato de celulose, colocando 
numa prensa hidráulica, sob pressão média de 7 a 8 kg/cm a uma temperatura 
entre 145 a 155º C. 
 
5. Laminação Manual: Igual a Laminação Mecanizada, porém não utiliza calor 
nem pressão, utiliza acetona que em contato com o acetato, transforma-se em 
camada semiplástica que, ao secar, adere ao documento, juntamente com o 
papel seda. 
 
6. Encapsulação: utiliza películas de poliéster e fita adesiva de duplo 
revestimento. É considerada um dos mais modernos processos de restauração 
de documentos. 
 
7. Planificação: é a prensagem do documento. 
Os documentos que apresentarem deformações devem ser planificados. 
 
 
 
 
 
8. Montagem: compreende a reorganização das folhas conforme a sequência do 
original sobrepondo as folhas, obedecendo a ordem de numeração do original. 
 
9. Reintegração ou Reenfibragem: processo pelo qual partes perdidas da folha 
são reconstruídas com celulose nova. 
 
10. Reintegração cromática: é a cobertura com pigmento de cor e tom, próximos 
do original, em áreas de remendo ou reforço. Ela é feita com lápis-aquarela 
importado diretamente nas áreas em que é necessária uma homogeneidade 
entre o antigo e o novo, para compor a estética do documento. 
 
11. Costura: é feita em linha de algodão, em substituição aos grampos metálicos; 
 
12. Velatura: é um novo suporte em papel ou tecido, agregado ao original. Um 
reforço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
AGENTES EXTERIORES QUE DANIFICAM OS DOCUMENTOS: 
 
Físicos (ambientais): 
 
Os agentes ambientais são exatamente aqueles que existem no ambiente físico do 
acervo: 
 
Temperatura, Umidade Relativa do Ar, Radiação da Luz, Qualidade do Ar. 
 
1. Luminosidade - Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite radiação 
nociva aos materiais de acervos, provocando consideráveis danos através da oxidação. 
O papel se torna frágil, quebradiço, amarelecido, escurecido. As tintas desbotam ou 
mudam de cor, alterando a legibilidade dos documentos textuais, dos iconográficos e 
das encadernações. 
 
O componente da luz que mais merece atenção é a radiação ultravioleta (UV). 
Qualquer exposição à luz, mesmo que por pouco tempo, é nociva e o dano é 
cumulativo e irreversível. A luzpode ser de origem natural (sol) e artificial, proveniente 
de lâmpadas incandescentes (tungstênio) e fluorescentes (vapor de mercúrio). Deve-se 
evitar a luz natural e as lâmpadas fluorescentes, que são fontes geradoras de UV. A 
intensidade da luz é medida através de um aparelho denominado luxímetro ou 
fotômetro. 
 
Algumas medidas podem ser tomadas para proteção dos acervos: 
 
• As janelas devem ser protegidas por cortinas ou persianas que bloqueiem 
totalmente o sol; essa medida também ajuda no controle de temperatura, 
minimizando a geração de calor durante o dia. 
• Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no controle da radiação UV, 
tanto nos vidros de janelas quanto em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm prazo 
de vida limitado). 
 
2. Temperatura e umidade relativa - O calor e a umidade contribuem 
significativamente para a destruição dos documentos, principalmente quando em 
suporte-papel. O desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O calor acelera a 
deterioração. A velocidade de muitas reações químicas, inclusive as de deterioração, é 
dobrada a cada aumento de 10°C. A umidade relativa alta proporciona as condições 
necessárias para desencadear intensas reações químicas nos materiais. Evidências de 
temperatura e umidade relativa altas são detectadas com a presença de colônias de 
fungos nos documentos, sejam estes em papel, couro, tecido ou outros materiais. 
Umidade relativa do ar e temperatura muito baixas transparecem em documentos 
distorcidos e ressecados. 
As flutuações de temperatura e umidade relativa do ar são muito mais nocivas do que 
os índices superiores aos considerados ideais, desde que estáveis e constantes. Todos 
os materiais encontrados nos acervos são higroscópicos, isto é, absorvem e liberam 
umidade muito facilmente e, portanto, se expandem e se contraem com as variações 
de temperatura e umidade relativa do ar. 
Essas variações dimensionais aceleram o processo de deterioração e provocam danos 
visíveis aos documentos, ocasionando o craquelamento de tintas, ondulações nos 
papéis e nos materiais de revestimento de livros, danos nas emulsões de fotos etc. 
 
MUITO IMPORTANTE: 
 
A adoção dos parâmetros recomendados por diferentes autores (de temperatura entre 
15° e 22° C e de umidade relativa entre 45% e 60%) exige, nos climas quentes e 
úmidos, o emprego de meios mecânicos sofisticados, resultando em altos custos de 
investimento em equipamentos, manutenção e energia. 
 
A circulação do ar ambiente representa um fator bastante importante para amenizar 
os efeitos da temperatura e umidade relativa elevadas. 
A medição da temperatura se faz com o uso de termômetros, e a de umidade com 
higrômetros, podendo-se utilizar também o termoigrômetro (junção dos dois 
equipamentos). 
 
Químicos: 
 
1. Poluição atmosférica: representada pela poeira e fumaça. 
 
2. Tintas: a própria tinta utilizada para escrever nos documentos contribui para 
sua deterioração. 
 
3. Gordura e oleosidade: o manuseio dos documentos acaba por danificá-los. 
 
4. Objetos metálicos: devem-se evitar grampos, clipes etc, pois os mesmos 
tendem a enferrujar e danificar os documentos. A melhor opção é utilizar clipes de 
plástico. 
 
Biológicos: 
 
1. Insetos: baratas, traças, brocas, cupins. 
 
O ideal é buscar auxílio com um profissional especializado na área de conservação de 
acervos para cuidar dos documentos atacados e outro profissional capacitado para 
cuidar do extermínio dos insetos. 
 
2. Microorganismos: fungos. 
Os fungos representam um grupo grande de organismos. São conhecidos mais de 
100.000 tipos que atuam em diferentes ambientes, atacando diversos substratos. No 
caso dos acervos de bibliotecas e arquivos, são mais comuns aqueles que vivem dos 
nutrientes encontrados nos documentos. 
As medidas a serem adotadas para manter os acervos sob controle de infestação de 
fungos são: 
• estabelecer política de controle ambiental, principalmente temperatura, 
umidade relativa e ar circulante, mantendo os índices o mais próximo possível do ideal 
e evitando oscilações acentuadas; 
• praticar a higienização tanto do local quanto dos documentos, com 
metodologia e técnicas adequadas; 
• instruir o usuário e os funcionários com relação ao manuseio dos documentos e 
regras de higiene do local; 
• manter vigilância constante dos documentos contra acidentes com água, 
secando-os imediatamente caso ocorram. 
 
Observações importantes: 
 
• O uso de fungicidas não é recomendado; os danos causados superam em muito 
a eficiência dos produtos sobre os documentos. 
• Caso se detecte situação de infestação, chamar profissionais especializados em 
conservação de acervos. 
• Não limpar o ambiente com água, pois esta, ao secar, eleva a umidade relativa 
do ar, favorecendo a proliferação de colônias de fungos. 
• Na higienização do ambiente, é recomendado o uso de aspirador. 
 
Alguns conselhos para limpeza de material com fungos: 
 
• Usar proteção pessoal: luvas de látex, máscaras, aventais, toucas e óculos de 
proteção (nos casos de sensibilidade alérgica). 
• Luvas, toucas e máscaras devem ser descartáveis. 
 
3. Roedores: ratos. 
A presença de roedores em recintos de bibliotecas e arquivos ocorre pelos mesmos 
motivos citados acima. Tentar obstruir as possíveis entradas para os ambientes dos 
acervos é um começo. As iscas são válidas, mas para que surtam efeito devem ser 
definidas por especialistas em zoonose. O produto deve ser eficiente, desde que não 
provoque a morte dos roedores no recinto. A profilaxia se faz nos mesmos moldes 
citados acima: temperatura e umidade relativa controladas, além de higiene periódica. 
 
4. Homem: por utilizá-los constantemente e nem sempre observar a melhor 
forma de conservá-los. 
 
 
 
Recomendações para a produção e o armazenamento de documentos de arquivo, 
elaborado pelo Conselho Nacional De Arquivos (CONARQ) 
 
As recomendações a seguir têm como objetivo possibilitar o planejamento de 
estratégias de guarda e de preservação de documentos de arquivo, de acordo com sua 
temporalidade e destinação. 
 
Estrutura 
A estrutura contempla seis princípios que devem ser observados para assegurar a 
preservação dos documentos de arquivo: 
 
• Produção e acesso 
• Áreas de Armazenamento 
• Condições Ambientais 
• Acondicionamento 
• Manuseio e transporte 
• Segurança 
 
Produção e Acesso 
 
Nos processos de produção, tramitação, organização e acesso aos documentos, 
deverão ser observados procedimentos específicos, de acordo com os diferentes 
gêneros documentais, com vistas a assegurar sua preservação durante o prazo de 
guarda estabelecido na tabela de temporalidade e destinação. 
Alguns documentos, conforme as normas vigentes, deverão ser produzidos em 
formatos padronizados. Os documentos identificados nas tabelas de temporalidade e 
destinação como de valor permanente deverão ser produzidos em papéis alcalinos. 
Cabe acrescentar que: 
• Os papéis das capas de processos devem ser alcalinos; 
• As presilhas devem ser em plástico ou metal não oxidável; 
• As práticas de grampear e de colar documentos devem ser evitadas; 
• Os dossiês, processos e volumes devem ser arquivados em pastas suspensas ou 
em caixas, de acordo com suas dimensões. 
 
A informação deve estar adequadamente identificada, classificada e controlada, para 
que a localização e a devolução ao local de depósito sejam realizadas de forma ágil e 
sem riscos de danos ou extravios. Para que esses procedimentos sejam efetivos e 
possam assegurar a manutenção das condições de acesso, eles devem ser 
regularmente revistos. 
 
Áreas de Armazenamento 
Todos os documentos devem ser armazenados em locais que apresentem condições 
ambientaisapropriadas às suas necessidades de preservação, pelo prazo de guarda 
estabelecido em tabela de temporalidade e destinação. 
 
Áreas Externas 
 
A localização de um depósito de arquivo deve prever facilidades de acesso e de 
segurança contra perigos iminentes, evitando-se, por exemplo: 
• áreas de risco de vendavais e outras intempéries, e de inundações, como 
margens de rios e subsolos; 
• áreas de risco de incêndios, próximas a postos de combustíveis, depósitos e 
distribuidoras de gases, e construções irregulares; 
• áreas próximas a indústrias pesadas com altos índices de poluição atmosférica, 
como refinarias de petróleo; 
• áreas próximas a instalações estratégicas, como indústrias e depósitos de 
munições, de material bélico e aeroportos. 
 
Áreas Internas 
 
O terreno destinado à construção de um edifício para arquivo deve ser seco, livre de 
risco de inundação, deslizamentos e infestações de térmitas. Assim, devem ser 
evitadas áreas propensas a perigos para a segurança e a preservação dos acervos, tais 
como: 
• proximidade com o mar, zonas pantanosas, rios ou locais sujeitos a inundações; 
• terrenos e subsolos úmidos; 
• regiões de fortes ventos e tempestades; 
• regiões de ventos salinos e com resíduos arenosos; 
• proximidade com indústrias que liberam poluentes; 
• proximidade com usinas químicas, elétricas e nucleares; 
• proximidade com linhas de alta tensão; 
• proximidade com entrepostos de materiais inflamáveis e explosivos; 
• terminais de tráfego aéreo e terrestre; e 
• áreas de intenso tráfego sujeitas à trepidação, ruído e poluição. 
 
Áreas de Depósito 
 
Nas áreas de depósito, os cuidados devem ser dirigidos a: 
• evitar, principalmente, os subsolos e porões, em razão do grande risco de 
inundações, dando preferência a terrenos mais elevados, distanciados do lençol 
freático. No caso de depósitos em andares térreos, prever pisos mais elevados em 
relação ao solo e com boas condições de drenagem deste, pelas mesmas razões; 
• prever condições estruturais de resistência a cargas, de acordo com as 
Recomendações para a construção de arquivos, do CONARQ; 
• a área dos depósitos não deve exceder a 200 m2. Se necessário, os depósitos 
deverão ser compartimentados. Os compartimentos devem ser independentes entre 
si, separados por corredores, com acessos equipados com portas corta-fogo e, de 
preferência, também com sistemas independentes de energia elétrica, de aeração ou 
de climatização; 
• evitar tubulações hidráulicas, caixas d’água e quadros de energia elétrica sobre 
as áreas de depósito; 
• evitar todo tipo de material que possa promover risco de propagação de fogo 
ou formação de gases, como madeiras, pinturas e revestimentos; 
• aumentar a resistência térmica ou a estanqueidade das paredes externas, em 
especial daquelas sujeitas à ação direta de raios solares, por meio de isolamento. 
• térmico e/ou pintura de cor clara, de efeito reflexivo. Além dos recursos 
construtivos utilizados para amenizar as temperaturas internas, sempre que for 
possível, posicionar os depósitos nos prismas de menor insolação; 
 
IMPORTANTE: 
 
Nas áreas de depósito, os documentos devem ser armazenados separadamente, de 
acordo com o seu suporte e suas especificidades, a saber: 
• documentos textuais, como manuscritos e impressos; 
• documentos encadernados; 
• documentos textuais de grande formato; 
• documentos cartográficos, como mapas e plantas arquitetônicas; 
• documentos iconográficos, como desenhos, gravuras e cartazes; 
• documentos em meio micrográfico; 
• documentos fotográficos; 
• documentos sonoros; 
• documentos cinematográficos; 
• documentos em meios magnéticos e ópticos. 
• Os filmes em bases de nitrato e de acetato de celulose devem ser armazenados 
separadamente, de acordo com sua base e condição de preservação. 
 
 
Condições Ambientais 
 
Quanto às condições climáticas, as áreas de pesquisa e de trabalho devem receber 
tratamento diferenciado das áreas dos depósitos, as quais, por sua vez, também 
devem se diferenciar entre si, considerando-se as necessidades específicas de 
preservação para cada tipo de suporte. 
 
A adoção dos parâmetros recomendados por diferentes autores (de temperatura e de 
umidade relativa) exige, nos climas quentes e úmidos, o emprego de meios mecânicos 
sofisticados, resultando em altos custos de investimento em equipamentos, 
manutenção e energia. 
Os índices muito elevados de temperatura e umidade relativa do ar, as variações 
bruscas e a falta de ventilação promovem a ocorrência de infestações de insetos e o 
desenvolvimento de microorganismos, que aumentam as proporções dos danos. 
 
Acondicionamento 
 
Os documentos devem ser acondicionados em mobiliário e invólucros apropriados, 
que assegurem sua preservação. A escolha deverá ser feita observando-se as 
características físicas e a natureza de cada suporte. A confecção e a disposição do 
mobiliário deverão acatar as normas existentes sobre qualidade e resistência e sobre 
segurança no trabalho. 
Os documentos de valor permanente que apresentam grandes formatos como mapas, 
plantas e cartazes, devem ser armazenados horizontalmente, em mapotecas 
adequadas às suas medidas, ou enrolados sobre tubos confeccionados em cartão 
alcalino e acondicionados em armários ou gavetas. Nenhum documento deve ser 
armazenado diretamente sobre o chão. 
As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de computador, devem ser 
armazenadas longe de campos magnéticos que possam causar a distorção ou a perda 
de dados. O armazenamento será preferencialmente em mobiliário de aço tratado 
com pintura sintética, de efeito antiestático. 
 
Manuseio e Transporte 
 
O manuseio requer cuidados especiais, tanto pelos técnicos, durante o tratamento dos 
documentos, quanto pelos usuários, merecendo recomendações afixadas nas salas de 
trabalho e de consulta, a saber: 
• manusear os documentos originais com mãos limpas, de preferência fazendo 
uso de luvas. Além de luvas, os técnicos devem também utilizar guardapós, e máscaras 
para o manuseio de documentos. 
• utilizar também luvas e máscaras ao manusear fotografias, filmes, microfilmes, 
discos e suportes magnéticos e ópticos, considerando-se a fragilidade desses materiais 
e a necessidade de proteção dos usuários; 
• manusear documentos de grandes formatos em mesas de grandes dimensões; 
• utilizar escadas seguras, especialmente desenhadas para a retirada de 
documentos das estantes, bem como carrinhos, para o seu transporte entre o depósito 
e a sala de consulta, visando à segurança no trabalho e à integridade dos documentos; 
• transportar documentos entre seções, para exposições ou para empréstimos 
externos ou serviços de terceiros, como microfilmagem e conservação, seguindo 
procedimentos padronizados de embalagem, transporte e manuseio, visando à 
preservação e segurança dos documentos. 
 
Segurança 
 
Toda instituição arquivística deve contar com um Plano de Emergência escrito, 
direcionado para a prevenção contra riscos potenciais e para o salvamento de acervos 
em situações de calamidade com fogo, água, insetos, roubo e vandalismo. 
 
Este plano deve incluir: 
 
Um programa de manutenção do edifício, partindo de um diagnóstico prévio do 
prédio e de sua localização, para identificar: 
• riscos geográficos e climáticos que possam ameaçar o prédio e o acervo; 
• vulnerabilidades do edifício, quanto à sua função de proteger os acervos; 
• níveis de vulnerabilidade dos materiais que compõem o acervo; 
• vulnerabilidades administrativas (ex.: seguro, segurança). 
 
Um plano de metas concretas e cronograma de prioridades para a eliminação do 
maior número possível de riscos: 
• inspecionar regularmente o prédio; 
Um plano de salvamentoe de segurança humanos: 
• efetuar treinamentos e simulações periódicas de emergência. 
 
Um plano de salvamento de acervos (plano de emergência): 
• As instituições depositárias de acervos deverão ter um plano de emergência 
escrito para salvamento do acervo em casos de calamidade, atendendo às 
especificidades de seu acervo e às condições de localização do mesmo em suas 
dependências.

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