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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO - UFCAT
DISCIPLINA: Geografia Urbana
Atividade Assíncrona: 24/03/2021
DOCENTE: Profa. Dra. Carmem Costa
DISCENTE: Rita de Cássia Rosária da Silva
FICHAMENTO
CORRÊA, Roberto Lobato. Natureza e significado da rede urbana. In:______. A rede urbana. São Paulo: Ed. Contexto, 1994. p. 47-86
A divisão territorial do trabalho
“A rede urbana constitui-se simultaneamente em um reflexo da e uma condição para a divisão territorial do trabalho” (CORREA; p.48). Um reflexo em razão das vantagens locais diferenciadas onde verificamos uma hierarquia urbana e uma especialização funcional com base na rede local e suas conexões.
Assim, o modo capitalista suscita o aumento da escala de produção, assim como o local industrial/do capital. Quando certas atividades possuem mais valor, acabam se diferenciando de outras, com isso há a valorização de alguns centros urbanos enquanto outras perdem importância.
“A rede urbana é também uma condição para a divisão territorial do trabalho” (CORREA; p.49). Nos séculos passados a divisão territorial do trabalho remete aos excedentes agrícolas (início das cidades). Já a partir do século XVI ela assume uma dimensão mundial. Em suas diversas funções econômicas e sociais da cidade, verifica-se que a rede urbana é uma condição para a divisão territorial do trabalho.
É atraves da rede urbana que se torna viável a circulação e o consumo. Mas é devido a ação de centros de acumulação (grandes metrópoles) que a divisão do trabalho se mostra condicionada a rede urbana. Deste modo, decisões e investimentos vão aumentando desigualdade nas atividades e nas cidades. 
A rede urbana é um reflexo, em realidade, dos efeitos acumulados da prática de diferentes agente sociais, sobretudo as grandes corporações multifuncionais e multilocalizadas que, efetivamente, introduzem – tanto na cidade como no campo – atividades que geram diferenciações entre centros urbanos. p.50
É importante que se compreenda essa relação dos centros urbanos e suas hinterlândias, isso implica em questões que vão envolver conflitos e interesses das classes sociais. 
Os ciclos de exploração 
Conforme o autor, o trabalho excedente é a fonte do valor excedente. Esse valor é em parte investido em novas atividades, tanto no urbano quanto no rural, visando outras formas de acumulação de excedentes. Segundo Correa, “Isso implica a sua circulação, que engendra fluxos de pessoas, bens e serviços, ordens, ideias e dinheiro” (p.52)
	A circulação se intensifica a partir das atividades locais. Para melhor efetivação da articulação é necessários outros centros urbanos (pra haver essa troca de bens, produtos e serviços). Com base em Harvey, o autor afirma que a rede urbana se dá a criação, apropriação e circulação do valor excedente. 
	Cada cidade tem sua importância nesse processo de circulação seja por suas atividades industriais, comerciais, infraestruturas, agronegócio etc. Há também uma necessidade de articulação (que tendem a ser ferrovias e/ou rodovias, ou seja, canais que vão possibilitar ampla circulação).
Há uma citação se remetendo a Hobsbawn, onde diz-se que o mundo capitalista é dividido e articulado, sendo assim em sua ampla produção e consumo e articulado no que corresponde as trocas. (O que temos bem discutido por Milton Santos). Por exemplo, desta maneira é possível brasileiro comerem massas italiana ou comprarem produtos chineses.
	Na página 55, tem uma figura sobre os ciclos de exploração da grande cidade sobre a regiao. Sendo:
1º Ciclo: A grande cidade extrai do campo e das cidades menores, vias migrações, força de trabalho, produtos alimentares, matérias-primas e renda fundiária.
2º Ciclo: a cidade exportava – para o campo e centros menores – capitais, bens, serviços, ideias e valores. 
	Com relação as migrações, é nítido e constatado por índices estatísticos grande parcela do campo que migra para outros centros em busca de servir como mão-de-obra. Partindo por esse viés, são questões históricas e momentos da agricultura que contribuem para alto contingente populacional de migração. (por exemplo, a destruição da agricultura tradicional brasileira, o êxodo rural, modernização do campo etc.)
Aborda-se também a questão da comercialização da produção rural. Onde o antigo sistema foi deixado de lado, contribuindo para exclusão da renda de pequenos atacadistas nessa cadeia de distribuição. Pois, atualmente tem-se supermercados que recebem produção direta dos agricultores. Outro tópico discutido é a questão da drenagem da renda fundiária, onde grandes fazendeiros investem capital nos centros urbanos. Tendo em vista a importância do crédito subsidiado ao qual retira do campo investimento público. 
Já falando sobre investimentos no campo, eles tendem a ser projetos agropecuários, filiais de supermercado, lojas de departamento e bancos. Sabe-se que esses investimentos excluem a parcela de trabalhadores rurais, seja na perda de empregos ou quando se veem na obrigação de vender suas terras. Consequentemente, abrindo uma grande reserva de mão-de-obra. Podendo acabar com pequenos comerciantes locais.
Assim, é ressaltado pelo autor a importância de grandes cidades na redistribuição de investimentos e polos industriais, para que não seja atenuante o grau de desigualdade de falta de empregos e se torne acessível em vários centros urbanos todas as necessidades da população, em vista que eles não necessitem constantemente buscar bens, serviços e produtos nas grandes cidades. 
	Por fim, esse tópico abrange discussões de como é feita a distribuição de bens e serviços, a maneira como estes chegam nas pequenas vendinhas de cidades pequenas e a forma como grandes redes de varejo e/ou atacadões acabam com pequenos comércios. De forma sucinta cita a questão dos ideais capitalistas e consumistas que as metrópoles levam consigo, principalmente através das propagandas nos canais de televisão.
Rede urbana e forma especial
As funções urbanas, sendo: comercialização de produtos, vendas, e prestação de serviços – vão referir/envolver os processos sociais, lhes atribuindo características especificas na estrutura capitalista. Como diria Milton Santos, essas são categorias de análise social. 
Figura 01: A rede dendrítica em seu ponto de partida é a criação de uma cidade estratégia e bem localizada próxima a uma futura hinterlândia. Essa rede caracteriza-se pelo excessivo número de pequenos centros e pequenos pontos referidos ao comercio varejista. 
Figura 02: Rede complexa, onde é visto seu polo central, sem relações de troca como a figura 01. Onde um setor é altamente urbanizado e outras não.
Por fim, concluindo a apresentação dos olhares às redes urbanas, o autor mostra que é possível periodizar as formas espaciais. Corrêa finaliza seu estudo apontando que entende por rede urbana “o conjunto funcionalmente articulado de centros que se forma na estrutura territorial onde se verifica a criação, apropriação e circulação do valor excedente”.

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