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Tecido conjuntivo propriamente dito

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TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO (células e matriz extracelular) 
 
Como seu nome indica, o tecido conjuntivo corresponde a tecido de continuidade com 
outros tecidos. 
 
1) FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO 
 
▪ Suporte do corpo: apresenta a função de sustentação de tecidos moles, uma vez que, 
dentro dos tipos de tecido conjuntivo, encontra-se o cartilaginoso e o ósseo, 
responsáveis por fornecer suporte a tecidos moles, como o músculo e o epitélio; 
 
▪ Interligação: o tecido conjuntivo atua ligando um tecido a outro ou uma estrutura a 
outra. 
Ex¹.: abaixo do epitélio, tem-se tecido conjuntivo, ligando-o às camadas mais profundas. 
Como exemplo, pode-se sitar as lâminas próprias que formam a mucosa dos tratos 
digestórios e respiratório. Nesses tratos, a mucosa se refere ao epitélio e à lâmina 
própria subjacente, que é constituída por tecido conjuntivo. 
Ex².: alças intestinais são ligadas entre si por tecido conjuntivo frouxo. 
 
▪ Nutrição: o tecido conjuntivo é vascularizado (apresenta artérias, veias e capilares 
sanguíneos), sendo o responsável pela nutrição de outros tecidos, como o tecido 
epitelial, que é avascular. 
 
▪ Reserva energética, de hormônios e de fatores de crescimento: armazenam lipídeos na 
forma de triglicerídeos. 
Algumas células do tecido conjuntivo sintetizam hormônios, como os adipócitos, que 
sintetizam a leptina, hormônio que atua no hipotálamo e regula a quantidade de tecido 
adiposo do corpo por meio da saciedade do indivíduo. 
Além disso, algumas células também podem sintetizar fatores de crescimento, como os 
fibroblastos, que correspondem às células mais abundantes do tecido conjuntivo e, 
além de produzir os componentes desse tecido, são responsáveis por sintetizar alguns 
fatores de crescimento, que controlam a proliferação e a diferenciação celular. Em 
virtude disso, os fibroblastos atuam, por exemplo, na cicatrização de feridas. 
Ex¹.: tecido adiposo unilocular, que apresenta uma grande gotícula de lipídeo na forma 
de triglicerídeo. A quebra desse triglicerídeo fornece energia. 
 
▪ Defesa e proteção: no tecido conjuntivo, além das células que são importantes para a 
sua manutenção, tem-se células de defesa que configuram a primeira linha de defesa 
do organismo, como macrófagos, mastócitos e plasmócitos. Caso essas células não 
consigam barrar a atuação de determinado microrganismo, há, ainda, o aporte dos 
leucócitos, que migram para determinadas áreas em que são requisitados. 
 
2) ORIGEM EMBRIONÁRIA 
 
O tecido conjuntivo se diferencia do tecido epitelial quanto à origem embrionária, visto que 
a origem dos epitélios, seja de revestimento ou glandular, está relacionada à sua localização e 
há a participação dos três folhetos embrionários (endoderma, mesoderma e ectoderma). No 
que concerne ao tecido conjuntivo, por outro lado, existe a participação, apenas, do 
mesoderma. 
As células do mesoderma são pluripotentes, podendo se diferenciar não só nas variedades 
dos tecidos conjuntivos, mas também em outros tipos tecidos. Para a formação dos tecidos 
conjuntivos, o mesoderma se diferencia em mesênquima, que é considerado um tecido 
conjuntivo embrionário, na medida em que as células mesenquimais só conseguem se 
diferenciar nas variedades dos tecidos conjuntivos, diferente das células do mesoderma. 
 
3) CONSTITUIÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO 
 
 Na histologia, estuda-se as células em interação com sua matriz extracelular, que 
correspondem a um complexo de moléculas localizadas no espaço intercelular. Porém, a 
quantidade de matriz extracelular varia de tecido para tecido. Por exemplo, no tecido epitelial, 
essa matriz é extremamente reduzida devido à justaposição das células. Sob outra ótica, no 
tecido conjuntivo, há células mergulhadas em uma abundante matriz extracelular (não estão 
soltas, estão presas aos componentes dessa matriz): 
 
▪ Células 
▪ Matriz extracelular: 
Funções: participam de todo o metabolismo das células; as células ficam presas aos 
componentes dessa matriz; fornece sustentação ao tecido. De acordo com as 
características orgânicas de cada matriz, existem diferenciação quanto às funções 
secundárias. 
É composta por dois tipos de substâncias principais: 
→ Substância fundamental amorfa: corresponde a um complexo hidrofílico e 
viscoso de glicídios que podem ou não estar associados a proteínas 
(glicosaminoglicanos, proteoglicanos, laminina, fibronectina, etc). Essa 
substância preenche os espaços entre as células e as fibras do tecido conjuntivo. 
Ela é importante para manter a viscosidade do tecido, o que impede a 
penetração de determinados microrganismos invasores. 
→ Fibras: formadas, prioritariamente, por proteínas. São importantes, pois 
conferem resistência e elasticidade ao tecido. 
→ Fluido tissular: semelhante ao plasma sanguíneo quanto ao seu conteúdo em 
íons e substâncias difusíveis. 
 
 
 
 
4) 
Substância 
fundamental 
amorfa, água 
e íons 
Fibras 
colágenas 
Fibras 
elásticas 
células 
Preparado total de 
mesentério de rato jovem, 
mostrando que os feixes de 
fibras de colágeno se coram 
em vermelho pelo picrosirius; 
as fibras elásticas, coradas 
em escuro pela orceína, 
aparecem como estruturas 
finas e retilíneas 
5) CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO 
 
4.1) FIBROBLASTOS 
 
 Células mais abundantes do tecido conjuntivo, principalmente do tecido conjuntivo 
propriamente dito. 
Os fibroblastos apresentam uma alta atividade de síntese, sendo os principais responsáveis 
pela produção dos componentes da matriz extracelular (fibras e substância fundamental 
amorfa) e, consequentemente, de sua manutenção. 
Além disso, os fibroblastos desempenham diversas outras funções, como: produz fatores de 
crescimento, que controlam a proliferação e a diferenciação celular; por causa de sua relação 
com a proliferação celular, participam intensamente das fases de cicatrização (principalmente 
a fase proliferativa e remodeladora)OBS.¹. 
Pode acontecer dos fibroblastos sintetizarem em excesso os componentes da matriz 
extracelular, principalmente fibras colágenas e elásticas, o que faz com que seja proliferado, 
além do limite da superfície da pele, um tecido de granulação/cicatricial que é conhecido como 
FIBROSE ou QUELOIDE. Não se sabe, ao certo, a causa disso, porém, acredita-se que seja devido 
à predisposição genética. 
É importante pontuar que, assim como todas as células do organismo, à medida que se 
envelhece, os fibroblastos diminuem sua atividade. Isso pode ser observado claramente na 
pele, tendo em vista que, em uma pessoa mais jovem, ela tem uma característica mais viscosa, 
tem elasticidade, firmeza e resistência. Por outro lado, em uma pessoa idosa, é possível observar 
rugas, o que ocorre divido à diminuição da capacidade sintética dos fibroblastos. Assim, menos 
fibras são formadas e, consequentemente, há a perda de resistência e elasticidade da pele (é 
como se, pela falta de síntese, fossem formando espaços, de modo que a epiderme se deforma, 
formando as pregas e rugas). 
 
Uma vez que configuram células com alta atividade sintética, os fibroblastos, 
morfologicamente, apresentam características de uma célula ativa, como: 
 
▪ Normalmente, é uma célula fusiforme (alongada) com vários prolongamentos; 
▪ Seu núcleo é grande e pouco corado, visto que o material genético, a fim de realizar 
os processos de transcrição e tradução (síntese proteica), encontra-se 
descondensado, fazendo com que ele core pouco. 
▪ Apresentam retículo endoplasmático rugoso/granular bem desenvolvido, uma vez 
que os ribossomos e polirribossomos associados ao RER estão relacionados à síntese 
proteica; 
▪ Apresentam o complexo de Golgi bem desenvolvido, a fim de realizar os processos 
de modificação, empacotamento e síntese de componentes. 
 
 
 
OBSERVAÇÃO¹ - fases da cicatrização: 
 
→ 1º - fase inflamatória: participação dos neutrófilos e macrófagos: 
 
A resposta inflamatória se inicia com a vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, 
promovendo a quimiotaxia(migração de neutrófilos para a ferida). Os neutrófilos são as 
primeiras células a chegar à ferida, com maior concentração 24h após a lesão. São atraídos por 
substâncias quimiotáticas liberadas pelas plaquetas/trombócitos. Esses neutrófilos aderem à 
parede do endotélio mediante ligação com as selectinas (receptores de membrana). Além disso, 
eles produzem radicais livres que auxiliam na destruição bacteriana e são gradativamente 
substituídos por macrófagos. 
Os macrófagos migram para a ferida após 48-96 horas da lesão e configuram as principais 
células antes dos fibroblastos migrarem e iniciarem a replicação. Possui papel fundamental no 
término do desbridamento iniciado pelos neutrófilos e sua maior contribuição é a secreção de 
citocinas e fatores de crescimento. Além disso, contribuem na angiogênese, fibroplasia e 
síntese de matriz extracelular, fundamentais para a transição para a fase proliferativa. 
 
→ 2º - fase de proliferação ou de granulação: participação dos fibroblastos e de células 
endoteliais: 
 
É constituída por quatro etapas fundamentais: epitelização, angiogênese, formação de 
tecido de granulação e deposição de colágeno. Essa fase tem início ao redor do 4º dia após a 
lesão e se estende, aproximadamente, até o término da segunda semana. 
A epitelização ocorre precocemente. Se a membrana basal estiver intacta, as células 
epiteliais migram em direção superior e as camadas normais da epiderme são restauradas em 
três dias. Se a membrana basal for lesada, as células epiteliais da ferida começam a proliferar na 
tentativa de restabelecer a barreira protetora. 
A angiogênese é estimulada pelo fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e é caracterizada 
pela migração de células endoteliais e formação de capilares, essencial para a cicatrização da 
ferida. 
A parte final da fase proliferativa é a formação de tecido de granulação. Os fibroblastos e as 
células endoteliais são as principais células da fase proliferativa. Nesse contexto, os fibroblastos 
do tecido vizinho migram para a ferida, porém, precisam ser ativados para saírem de seu estado 
de quiescência. O fator de crescimento mais importante na proliferação e ativação dos 
fibroblastos é o PDGF. Em seguida, é liberado o TGF-β (fator de crescimento de transformação 
beta), que estimula os fibroblastos a produzirem colágeno tipo I e a transformarem-se em 
miofibroblastosOBS.², que promovem a contração da ferida. 
 
→ 3º - fase de remodelação ou de maturação: participação dos fibroblastos e leucócitos: 
 
A Característica mais importante dessa fase é a deposição de colágeno de maneira 
organizada, por isso, é a mais importante clinicamente. O colágeno produzido inicialmente é 
mais fino do que o colágeno presente na pele normal e tem orientação paralela à pele. Com o 
tempo, o colágeno inicial (colágeno tipo III), é reabsorvido e um colágeno mais espesso é 
produzido e organizado ao longo das linhas de tensão, o que gera um aumento da força tênsil 
da ferida. 
 A reorganização da nova matriz é um processo importante da cicatrização. Fibroblastos e 
leucócitos secretam colagenases, que promovem a lise da matriz antiga. A cicatrização tem 
sucesso quando há equilíbrio entre a síntese da nova matriz e a lise da matriz antiga, havendo 
sucesso quando a deposição é maior. Mesmo após um ano, a ferida apresentará um colágeno 
menos organizado do que o da pele sã e a força tênsil jamais retornará a 100%, atingindo em 
torno de 80% após três meses. 
 
OBSERVAÇÃO²: miofibroblastos correspondem a células que apresentam características de 
fibroblastos e de células musculares lisas, possuindo capacidade contrátil, o que se deve à 
presença de algumas proteínas contráteis no interior de seu citoplasma, como actina e miosina. 
Em incisões cirúrgicas que não foram suturadas, a borda da lesão fica enrugada, o que se 
deve graças aos miofibroblastos, que se contraem a fim de fechar a ferida. 
 
4.2) FIBRÓCITO 
 
Corresponde a fibroblastos metabolicamente quiescentes (em repouso), sintetizando 
somente aquilo necessário para manter o funcionamento basal da célula. 
Dessa forma, os fibrócitos apresentam características de células inativas, sendo: 
 
▪ Célula mais fusiforme (alongada); 
▪ Núcleo pequeno e intensamente corado, visto que o material genético se encontra 
condensado para que não sofra mutações; 
▪ Retículo endoplasmático rugoso e aparelho de Golgi são poucos desenvolvidos. 
 
 
 
 
 
4.3) MACRÓFAGOS 
 
Correspondem a células fagocitárias e apresentadoras de antígeno. Em relação à sua 
morfologia, configuram uma célula ovóide e, em virtude de sua atividade fagocitária, a sua 
superfície apresenta reentrâncias, sendo, portanto, irregular, tendo em vista o englobamento 
de partículas e líquidos. 
Além disso, apresentam núcleo em forma de um rim ou semente de feijão. No que concerne 
à sua origem, os macrófagos são derivados de células do sangue, os monócitos. Assim, quando 
os macrófagos são requisitados no tecido conjuntivo, os monócitos cruzam a barreira capilar por 
diapedese e diferenciam-se em macrófagos. 
Fibroblastos 
Fibrócito 
Corte histológico 
de tecido 
conjuntivo frouxo 
É importante pontuar, ainda, que essas células são transitórias, porém, existem três locais 
em que são fixos/permanentes: fígado, onde recebem o nome de células de Kupffer, tecido 
nervoso, onde são chamadas de micróglias/micróglias e, na pele, são denominadas células de 
Langerhans. 
 
 
 
Em razão da sua atividade de fagocitose, existem alguns pigmentos que os macrófagos 
englobam e não conseguem digerir, mantendo-os dentro de vacúolos. 
Tendo isso em vista, os macrófagos da pele, que são permanentes nesse local, possuem o 
papel de fixação da tatuagem. Nesse contexto, na execução da tatuagem, é injetado um corante 
na derme. Como o corante utilizado é um corpo estranho, os macrófagos realizam a fagocitose, 
mas existem muitos pigmentos presentes nesses corantes que os macrófagos não conseguem 
digerir, mantendo-os, assim, dentro deles. Isso possibilita a permanência da tatuagem. Quando 
um macrófago morre, outro macrófago fagocita o pigmento que estava contido nele, mantendo 
o corante. Porém, às vezes, alguns pigmentos dos corantes utilizados nas tatuagens podem 
acabar sendo digeridos pelos macrófagos e, por isso, é necessário “retocar”. 
 
 
4.4) PLASMÓCITOS 
 
Correspondem a células derivadas dos linfócitos B, em que a resposta imune é mediada 
humoralmente. 
Sendo assim, os linfócitos B migram para o tecido conjuntivo e se diferenciam em 
plasmócitos, que são responsáveis pela síntese de anticorpos. Nesse contexto, como 
Macrófago 
Corte histológico do 
pâncreas de um rato 
injetado com o corante 
vital azul tripan. 
Observe que dois 
macrófagos (setas) 
situados ao redor de 
um ducto pancreático 
(DP) fagocitaram e 
acumularam o corante 
em grânulos 
citoplasmáticos 
(fagossomos). 
Macrófagos 
repletos de 
pigmentos 
configuram células que apresentam alta atividade de síntese, a sua morfologia se assemelha a 
do fibroblasto: célula grande, com núcleo grande e pouco corado, RER desenvolvido e aparelho 
de Golgi desenvolvido e pouco corado. É válido salientar que o núcleo dos plasmócitos é 
esférico e excêntrico e contém grumos de cromatina que se alternam regularmente com áreas 
claras em um arranjo que lembra raios de uma roda de carroça. 
 
Além disso, apresentam um citoplasma basófilo em consequência do fato de que o RER é 
desenvolvido e está associado a ribossomos e polirribossomos, que, por sua vez, são 
constituídos por RNAs: ácidos que possuem afinidade pelo corante básico (hematoxilina, que 
cora nos tons de azul a roxo). Isso vai de encontro com o citoplasma da maioria das células, visto 
que, geralmente, ele deve ser mais róseo em razão da presença de proteínas basófilas (tem-se, 
então, afinidade pela eosina, corante ácido e de tom rosado). 
 
 
 
 
 
4.5) MASTÓCITOS (REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE) 
Os mastócitos configuram células globosas, grandes e com núcleo pequeno,esférico, 
central e de difícil visualização por estar, frequentemente, encoberto pelos grânulos 
citoplasmáticos (seu citoplasma é repleto desses grânulos que se coram intensamente). Eles são 
amplamente distribuídos pelo corpo, mas são particularmente abundantes na derme e nos 
sistemas digestório e respiratório. 
No interior desses grânulos de secreção, é possível encontrar diversas substâncias 
vasoativas, que são responsáveis por desencadear, no organismo, as reações inflamatórias e 
alérgicas. Dessa forma, visualiza-se, nesses grânulos de secreção, substâncias como histamina, 
heparina, leucotrienos e fatores quimiotáticos de eosinófilos. 
Aparelho de Golgi 
desenvolvido 
RER 
desenvolvido 
AG 
desenvolvido 
Processo inflamatório crônico que 
mostra um conjunto de 
plasmócitos (setas) caracterizados 
por seu tamanho e abundante 
citoplasma basófilo, refletindo a 
riqueza de seu retículo 
endoplasmático granuloso, 
responsável pela síntese e 
glicosilação inicial dos anticorpos. 
O complexo de Golgi é bem 
desenvolvido e é onde ocorre a 
glicosilação terminal dos 
anticorpos (glicoproteínas). Os 
plasmócitos produzem anticorpos 
que participam de modo 
importante nas reações imunes. 
Os mastócitos, juntamente com os plasmócitos, são as principais responsáveis pelo 
processo de hipersensibilidade imediata (tipo 1), que ocorre em pouco tempo após a 
penetração do antígeno no organismo previamente sensibilizado pelo mesmo antígeno. 
 
Ex.: - reação alérgica à poeira 
i. Inicialmente, há o contato com o antígeno (alergênico); 
ii. Plasmócitos reconhecem esse corpo estranho (antígeno), produzindo um anticorpo 
específico para esse antígeno; 
iii. O anticorpo produzido irá se ligar à superfície dos mastócitos; 
iv. Em uma segunda exposição a esse mesmo antígeno, o mastócito já estará sensibilizado 
e o antígeno se ligará ao anticorpo presente em sua superfície; 
v. Essa ligação antígeno-anticorpo desencadeia a desgranulação desses grânulos de 
secreção e a consequente eliminação do seu conteúdo no espaço intercelular; 
vi. Essas substâncias, no espaço intercelular, causam a sintomatologia que é possível 
observar, por exemplo, nos processos alérgicos. A histamina, por exemplo, provoca a 
contração do músculo liso (principalmente dos bronquíolos) e a dilatação e aumento da 
permeabilidade, principalmente em vênulas pós-capilares, possibilitando um aumento 
do fluxo sanguíneo e da troca de fluidos do plasma sanguíneo para o meio extracelular. 
Assim, na pele, observa-se, por exemplo, edemas ou inchaços. 
vii. Caso os mastócitos e os plasmócitos não conseguirem remediar essa situação, eles 
requisitam outras células, como leucócitos e basófilos, a fim de combater esse corpo 
estranho. Tem-se, assim, uma reação mais sistêmica (com sintomatologia mais severa), 
não local, como ocorre na hipersensibilidade imediata, tendo em vista que os basófilos, 
que também desgranulam os seus grânulos de secreção, podem percorrer todo o corpo 
pela corrente sanguínea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.6) LEUCÓCITOS 
 
Serão abordados mais profundamente no tecido sanguíneo. Os leucócitos são formados pelos 
linfócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos. 
 
4.7) CÉLULAS DOS TECIDOS CONJUNTIVOS ESPECIALIZADOS 
 
▪ Células adiposas (adipócitos): tecido adiposo; 
 
▪ Condrócitos e condoblastos: tecido cartilaginoso; 
 
Corte histológico 
de língua de rato. 
Há vários 
mastócitos no 
tecido conjuntivo 
que envolve as 
células 
musculares e os 
vasos sanguíneos. 
(pararrosanilina e 
azul de toluidina. 
Médio aumento.) 
Grânulos 
citoplasmáticos 
▪ Osteócitos, osteoblastos e osteoclastos: tecido ósseo. 
 
6) MATRIZ EXTRACELULAR 
 
5.1) FIBRAS 
 
São formadas pela polimerização de proteínas. Existem três tipos de fibras: colágenas, 
elásticas e reticulares. A distribuição desses três tipos de fibras varia em diferentes tipos de 
tecidos conjuntivos. Em muitos casos, as características morfológicas e funcionais dos tecidos 
dependem do tipo predominante de fibra nele presente, que confere as propriedades 
específicas ao tecido. 
 
5.1.1) FIBRAS COLÁGENAS 
 
 São formadas pelo colágeno, que configura a proteína mais resistente e abundante do 
organismo. Ao longo da evolução dos organismos, essa família de proteínas, influenciada pelo 
meio ambiente e pelas necessidades funcionais do organismo dos animais, modificou-se e 
alcançaram, cada vez mais, níveis variados de rigidez, elasticidade e força de tensão. 
Existem mais de 20 tipos de colágenos descobertos, que variam de acordo com sua 
composição química, características morfológicas, distribuição e funções. No organismo 
humano, tem-se colágeno específico em determinadas regiões, como o colágeno tipo I no osso, 
colágeno tipo II na cartilagem e o colágeno tipo IV formando a lâmina basal, que liga o epitélio 
ao tecido conjuntivo. Além disso, é possível encontrar fibras colágenas em outros tecidos, como 
no músculo liso. 
 
A síntese de colágeno não ocorre, apenas, em um grupo restrito de células do conjuntivo, 
como fibroblastos, condroblastos e osteoblastos, visto que, atualmente, existem evidências de 
que vários outros tipos de células produzem essa proteína. 
A fibra colágena é formada, inicialmente, intracelularmente (principalmente no fibroblasto, 
mas existem outras células), com a construção de uma cadeia de aminoácidos chamada de 
procolágeno. Com a sua formação, o procolágeno sai da célula em direção à matriz extracelular, 
onde sofrerá modificações e formará unidades moleculares alongadas denominadas 
tropocolágenos, que correspondem à unidade básica das fibras colágenas. Esses 
tropocolágenos consistem de três subunidades (cadeias polipeptídicas) arranjadas em tríplice 
hélice. De acordo com as diferenças na estrutura química dessas cadeias polipeptídicas que 
formam o tropocolágenos, há os vários tipos de colágeno. 
Com a agregação dos tropocolágenos, há a formação subunidades (microfibrilas), que se 
juntam para formar as fibrilas colágenas, que por sua vez, associam-se para formar as fibras 
colágenas. É importante salientar que não necessariamente essas fibrilas irão se associar para 
formar as fibras. Por exemplo, nos colágenos tipo I e III, essas fibrilas se associam para formar 
fibras colágenas, porém, no colágeno tipo II, observado na cartilagem, há a formação fibrilas, 
mas não fibras. Já o colágeno tipo IV, encontrado nas lâminas basais, não forma fibrilas e nem 
fibras. Nesse tipo, as moléculas de tropocolágenos se ligam de modo peculiar, formando uma 
trama complexa que lembra a estrutura de uma “tela de galinheiro”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pela coloração em H.E., o colágeno sempre aparecerá em um tom rosado, visto que 
configura uma proteína básica e, dessa forma, apresenta afinidade pelo corante ácido (eosina, 
que cora em tons de rosa/vermelho). Isso também ocorre no que se refere à elastina. Assim, ao 
se comparar um corte de um tecido elástico, rico em fibras elásticas, e de um tendão, rico em 
fibras colágenas, não é possível diferenciar esses tipos de fibras. 
Dessa forma, a fim de diferenciá-las, tem-se algumas colorações especiais, como o 
tricrômico de Masson, constituído por três corantes, de modo que um deles reage, apenas, com 
colágeno, deixando-o em azul. Além disso, existe a coloração picrosirius red, que proporciona 
mais detalhes e torna possível diferenciar o tipo de colágeno. Nessa coloração, ao utilizar um 
microscópio de polarização, é possível observar o corte em um tom escuro e, onde há colágeno, 
tem-se tons vermelho. 
 
 
 
 
 
 
5.1.2) FIBRAS ELÁSTICAS 
 
São formadas pelas proteínas elastinas, que forma ligações cruzadas entre si, o que promove 
elasticidade à fibra elástica e, consequentemente, faz com que ela tenha uma alta capacidade 
de distensão. 
O denominado sistema elástico é composto por três tipos de fibras: oxitalânicas, elaunínicas 
e elásticas. Para a fibra elástica ser formada, ocorrem três estágios sucessivos:i. No primeiro estágio, tem-se as fibras oxitalânicas (não possuem elasticidade), que 
consistem em feixes de microfibrilas compostas de diversas glicoproteínas, dentre 
Corte de tendão, onde 
podem ser identificados 
os feixes de fibras 
colágenas fortemente 
acidófilas dispostas lado 
a lado. Entre esses 
feixes, são vistos 
fibroblastos e fibrócitos 
com seus núcleos 
caracteristicamente 
alongados e achatados 
(pontinhos). 
Feixes de 
fibras 
colágenas 
Fibroblastos 
Conjuntivo denso não modelado da derme de pele 
Fibras 
colágenas 
Tecido conjuntivo denso não modelado Tecido conjuntivo frouxo 
epiderme 
Derme 
Corte de pele 
fina humana 
corada com 
tricrômico de 
Masson 
Preparado total de mesentério de rato jovem 
corado pelo picrosirius 
São observados 
feixes de 
colágeno de 
várias 
espessuras, 
que, nas regiões 
de 
sobreposição, 
aparecem 
escuros 
as quais há as fibrilinas, que formam o arcabouço necessário para a deposição da 
elastina. As fibras oxitalânicas podem ser encontradas nas fibras da zônula do olho 
e em determinados locais da derme, onde conectam o sistema elástico com a lâmina 
basal. 
ii. No segundo estágio, há a deposição irregular da proteína elastina entre as 
microfibrilas das fibras oxitalâmicas, dando origem às fibras elaunínicas. Essas fibras 
podem ser encontradas ao redor das glândulas sudoríparas e na derme. 
iii. Por fim, no terceiro estágio, a elastina continua a se acumular gradualmente até 
ocupar todo o centro do feixe de microfibrilas, as quais permanecem livres apenas 
na região periférica, dando origem às fibras elásticas, o componente mais 
abundante do sistema elástico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com uma coloração em H.E, visualiza-se as fibras elásticas da mesma maneira que as fibras 
colágenas (em tom rosa), visto que são acidófilas, tendo afinidade pela eosina (corante ácido). 
Para diferenciá-las, pode-se utilizar algumas colorações especiais, como a de orceína, que reage, 
apenas, com as fibras elásticas (ficam mais escuras), ou a de Verhoeff, que cora, em 
grafite/preto, as fibras elásticas. 
 
5.1.3) FIBRAS RETICULARES 
 
São extremamente finas e são formadas, predominantemente, pelo colágeno do tipo III, 
que se associa a outras moléculas da substância fundamental amorfa, como glicoproteínas e 
Micrografias eletrônicas das fibras elásticas em desenvolvimento 
No estágio inicial da 
formação, as fibras 
em desenvolvimento 
consistem em 
numerosas e 
delgadas 
microfibrilas 
proteicas (fibrilina) 
Com o desenvolvimento, um 
agregado amorfo de proteína 
elastina deposita-se entre as 
microfibrilas de fibrilina 
A elastina amorfa se acumula 
e, finalmente, ocupa o centro 
da fibra madura (elástica), a 
qual permanece envolvida por 
microfibrilas de fibrilina 
Derme de pele 
corada 
seletivamente 
para fibras 
elásticas (orceína) 
Fibras elásticas 
Fibras colágenas 
Corte histológico de artéria corada por Verhoeff 
Túnica adventícia da artéria, composta de tecido conjuntivo frouxo 
rico em fibras colágenas, fibrócitos e fibroblastos. Torna-se 
gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o 
vaso sanguíneo está passando. 
Endotélio (epitélio 
simples pavimentoso) 
da túnica íntima da 
artéria. 
(3) Lâmina elástica 
interna, constituída de 
lâminas elásticas e 
encontrada entre a 
túnica íntima e a túnica 
média 
Túnica média, camada 
mais espessa, sendo 
constituída, 
principalmente, por 
lâminas elásticas 
dispostas 
concentricamente e, 
entre elas, situam-se 
células musculares lisas 
proteoglicanos, formando uma estrutura/rede tridimencional (semelhante a uma esponja), 
possibilitando que células se alojem nessa rede. 
As fibras reticulares não são visualizadas em preparados corados pela hematoxilina-eosina, 
mas podem ser visualizadas em cor preta por impregnação com sais de prata. Em virtude de 
sua afinidade por sais de prata, elas também são chamadas de argirofilas. Além disso, as fibras 
reticulares apresentam reação positiva para a reação de ácido periódico-Schiff (PAS-positiva) e 
podem ser visualizadas em verde pela coloração picrosirius red, quando observadas em um 
microscópio de polarização. 
São abundantes em músculo liso, endoneuro e órgãos hematopoiéticos, como baço, 
nódulos linfáticos e medula óssea vermelha. Ademais, as fibras reticulares constituem uma 
delicada rede ao redor de células de órgãos parenquimatosos (nos quais predominam as 
células), como as glândulas endócrinas. Adicionalmente, seu pequeno diâmetro e a disposição 
frouxa criam uma rede flexível em órgãos que são sujeitos a mudanças fisiológicas de forma ou 
volume, como artérias, baço, fígado, útero e camadas musculares do intestino. 
 
 
 
Enquanto que as fibras oxitalânicas, elaunínicas e elásticas formam o sistema elástico, as 
fibras colágenas e reticulares constituem o sistema colágeno. 
 
5.2) SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA 
 
Corresponde a uma mistura (incolor e transparente) altamente hidratada de moléculas 
aniônicas (glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas. Ela preenche 
os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo e, como é viscosa, atua, ao mesmo 
tempo, como lubrificante e como barreira à penetração de microrganismos invasores. 
 
5.2.1) GLICOSAMINOGLICANOS 
 
Originalmente chamados de mucopolissacarídeos ácidos, são polímeros lineares de 
unidades dissacarídicas (monossacarídeo + monossacarídeo) repetidas, em geral compostas 
de ácido urônico, como o ácido glicurônico ou o ácido idurônico, e de uma hexosamina, que 
pode ser a glicosamina ou a galactosamina. 
Sua afinidade com a água se deve à presença de grupos hidroxila, carboxila e sulfato que 
interagem com a água. Sob essa perspectiva, dependendo da presença de radicais sulfatos, 
podem ser classificados em sulfatados e não sulfatados. 
O ácido hialurônico (hyaluronate/hialuronato de sódio) é o único glicosaminoglicano não 
sulfatado, sendo muito utilizado em procedimentos estéticos para preenchimento. Em virtude 
de sua afinidade com a água (é uma molécula aniônica), quando injetada, o ácido hialurônico se 
liga à água, formando a característica de edema. O cordão umbilical, por exemplo, apresenta 
Fibras 
reticulares 
Células com 
núcleos em 
preto e com 
o citoplasma 
não corado 
Córtex da glândula adrenal corado pela prata 
uma característica de edema (inchado), visto que o tecido onde os vasos estão sustentados 
corresponde a um tipo de tecido conjuntivo que é rico em ácido hialurônico. 
 
 
 
5.2.2) PROTEOGLICANOS 
 
 Como o próprio nome indica, consistem em um ou mais glicosaminoglicanos (GAG) 
sulfatados ligados a um eixo proteico. Com exceção do ácido hialurônico, que não é sulfatado 
e apresenta um peso molecular grande, todos os outros glicosaminoglicanos podem ser ligados 
covalentemente a um eixo proteico. Porém, estudos indicam que, no tecido cartilaginoso, as 
moléculas de proteoglicanos se ligam à cadeia de ácido hialurônico, formando grandes 
agregados de proteoglicanos. 
De maneira semelhante aos glicosaminoglicanos, os proteoglicanos possuem afinidade pela 
água em razão da presença de grupos hidroxila, carboxila e sulfato. 
 
 
 
Sua estrutura tridimencional é semelhante a uma escova de limpar tubos, na qual a haste 
configura o eixo proteico e as cerdas representam as cadeiras de GAG sulfatados. 
 
 
 
Além de atuarem como componentes estruturais da matriz extracelular (MEC) e ancorar 
células à matriz, os proteoglicanos se ligam a fatores de crescimento. 
Dependendo da conformação estrutural da proteína do eixo central e das cadeias de 
glicosaminoglicanos associados, há proteoglicanos específicos. 
Ex.: sindecam – proteoglicano de superfície celular; perlecan; agrecan – proteoglicano 
importante da cartilagem. 
 
 
 
5.2.3) GLICOPROTEÍNAS MULTIADESIVAS 
 
Correspondem a compostos de proteínas ligadas a cadeias de glicídios. Ao contrário dos 
proteoglicanos, o componente proteicoé predominante nessas moléculas e suas cadeias não 
são lineares, visto que seu componente glicídico é, frequentemente, muito ramificado. 
Essas glicoproteínas multiadesivas atuam na interação das células com os componentes da 
matriz e das células com as outras células adjacentes. 
Dependendo da conformação estrutural da proteína e das cadeias de glicídios associados a 
essas proteínas, existem vários tipos de glicoproteínas que estão localizadas em locais 
específicos, como: 
 
Ex¹.: laminina – glicoproteína de alta massa molecular que participa na adesão de células 
epiteliais à sua lâmina basal, que é uma estrutura muito rica em laminina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex².: fibronectina – glicoproteína sintetizada pelos fibroblastos e por algumas células 
epiteliais. Ela apresenta sítios de ligação para células, colágeno e glicosaminoglicanos. 
Interações nesses locais ajudam a intermediar e a manter normais as migrações e adesões 
celulares. 
 
Reação 
imunocitoquímica 
que mostra a 
distribuição de 
laminina nas lâminas 
basais da membrana 
epitelial, capilares 
sanguíneos e fibras 
nervosas do músculo 
estriado da língua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.3) FLUIDO TISSULAR 
 
Além das fibras e da substância fundamental, existe, nos tecidos conjuntivos, uma pequena 
quantidade de fluido, denominado fluido tissular. Esse fluido é semelhante ao plasma 
sanguíneo quanto ao seu conteúdo de íons e substâncias difusíveis. 
Os fluidos tissulares contêm uma pequena porcentagem de proteínas plasmáticas de 
pequeno peso molecular, as quais passam através da parede dos capilares para os tecidos 
circunjacentes como resultado da pressão hidrostática do sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reação 
imunocitoquímica 
que mostra a 
distribuição da rede 
de fibronectina no 
estroma do útero de 
camundongo.

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