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Retroviroses em animais domésticos

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Introdução 
1 a doença descrita - anemia infecciosa
equina em 1.904;
• Membros desta família provocam doenças
crônicas; 
• Podem produzir alterações hematológicas,
tumorais, imunológicas e neurológicas; 
• Afeta várias espécies animais. 
Etiologia
• Estrutura complexa, nucleocapsídeo
helicoidal, em forma de S;
• Circundado por um capsídeo icosaédrico;
• Revestido por um envelope lipoproteico; 
• Genoma – constituído por duas fitas simples
de RNA idênticas não complementares;
• Família Retroviridae: possui a enzima
transcriptase reversa;
• Latin - retro (caminho reverso);
• Transcreve o RNA genômico viral em DNA
que migra para o núcleo da célula integrando-
se ao genoma do hospedeiro;
• A partir da infecção por um retrovírus os
hospedeiros se tornam persistentemente
infectados.
Sensíveis
• Ao tratamento por calor (inativados a 56o C
por 30 min.; 
• Detergentes e desinfetantes comuns;
Resistentes
• Radiação.
Lentivírus de pequenos ruminantes
• O vírus maedi-visna (MVV) ovino e o vírus da
artrite encefalite caprina (CAEV) - lentivírus de
pequenos ruminantes (LVPR), já foram
isolados tanto em caprinos quanto em ovinos. 
• Europa, países como Estados Unidos e
Canada, prevalência da CAE entre 30 e 80%.
Artrite encefalite viral caprina CAEV 
Perdas econômicas pela doença: 
RETROVIROSES
Diretas
• Morte de animais jovens; 
• Diminuição da produção láctea; 
• Perda de peso dos adultos devido a
dificuldades de locomoção. 
Indiretas
• Desvalorização dos rebanhos;
• Reposição precoce de animais; 
• Despesas com medidas de controle e
barreiras comerciais para produtos (matrizes,
reprodutores e sêmen).
Agente etiológico CAEV
• Gênero: Lentivirus; 
• Família: Retroviridae; 
• Subfamília: Lentiviridae; 
• Envelopado; 
• Maior prevalência no nordeste;
a caev, afeta o sistema nervoso, articulações,
pulmões e glândula mamária (úbere), tendo
evolução crônica, com evolução clínica lenta.
*Não temos maior incidência vinculado a
sexo, raça e produção, esta doença é de
notificação mensal obrigatória na
confirmação. 
Transmissão
• Pela ingestão de colostro e de leite de
animais infectados;
• Através de equipamentos e de instrumentos
utilizados na prática; 
• Pelo contato de animais sadios com animais
infectados;
• Através da saliva e de secreções dos
sistemas respiratório e urogenital.
Manifestações clínicas
Forma nervosa 
• Quase sempre fatal;
• Acomete cabritos de dois a quatro meses de
idade; 
• Tremores, depressão, cabeça inclinada para
o lado, torcicolo, andar em círculo e paralisia
dos demais membros; 
em animais domésticos
@KEKEMEDVET
Forma respiratória 
• Tosse;
• Cansaço;
• Pode existir pouca secreção nasal.
Forma mamária 
• Observada em fêmeas em lactação;
• Endurecimento parcial ou total do úbere e
redução ou perda da produção de leite.
Forma articular 
• Mais observada entre os caprinos adultos; 
• Articulações são afetadas;
• Manqueira, perda da flexibilidade articular e
deformação da articulação.
Diagnóstico
É baseado no histórico clínico, nas
manifestações clínicas e nas lesões
observadas.
Temos os testes laboratoriais onde o mais
rotineiramente utilizado é o teste da
imunodifusão em gel de agar (IDGA). 
*PCR.
Prevenção
• Biosseguridade;
• Exigência de GTA;
• Fornecimento de colostro artificial ou
termizado a 56oC durante 60 minutos; 
*Não existem vacinas disponíveis.
Maedi - Visna
Infecção multissistêmica com evolução
crônica com sinais muitas vezes inaparentes,
transmissão neste período te tempo. 
Animal infectado:
• Geralmente desenvolve um quadro de
emagrecimento progressivo;
• Debilidade;
• Pode ocorrer a forma nervosa paralítica e o
animal vir a óbito.
Principais manifestações da doença, quando
presente:
• Dispneia;
• Emagrecimento;
• Encefalite;
 • Mastite;
 • Artrite;
 • Linfadenopatia.
Controle e prevenção 
• Não existe vacina contra a infecção;
• Realização periódica de testes nos rebanhos; 
• Isolamento ou descarte dos animais
soropositivos;
• Separação dos filhotes ao nascimento,
impedindo a ingestão do colostro e leite.
Anemia Infecciosa Equina
Introdução 
É uma doença viral crônica, cosmopolita, com
grande perda econômica.
• Gera embargos ao trânsito de equídeos 
• Interfere com eventos esportivos equestres 
*Notificação obrigatória imediata na suspeita!
Agente etiológico
• Família: Retroviridae; 
• Gênero: Lentivirus; 
• latim lentus = lento. 
Causam doenças com longo P.I, são
envelopados, de 80-100nm de diâmetro.
Estrutura única de tripla camada com
capsídeo icosaédrico, com os capsômeros e
envelope.
Os vírus que são envelopados, são aqueles
nucleocapsídeo envolvido por uma
membrana lipoproteica.
Vias de transmissão
Vetores: tabanídeos (Tabanus sp.) e moscas
dos estábulos (Stomoxys calcitrans);
• Fômites;
• Colostral;
Epidemiologia
•P.I.: 3 semanas, até os primeiros sintomas;
As respostas imunes são geradas ao redor de
45 dias pós-infecção. 
Animais que testaram positivo, vão sempre
serem positivos, ou seja possuem uma
resposta perpétua. 
Em áreas endêmicas temos a prevalência ±
70% dos animais adultos, em geral: os níveis
de prevalência são relacionados com
populações dos vetores, quanto mais vetores
mais impacto. da doença. 
Manifestações clínicas
Fase aguda: 
• Hipertermia; 
• Anemia severa; 
• Icterícia; 
• Depressão; 
• Perda de peso;
Fase crônica: 
• Emagrecimento; 
• Fraqueza;
• Anemia intensa;
@KEKEMEDVET
Diagnóstico
IN 45 de julho de 2004 : 
• Colheita de amostras: somente com CRMV, 
 pois o médico veterinário possuiu uma
responsabilidade pela amostra.
Análise: 
• Laboratório credenciado ou oficial;
• Requisição preenchida, assinada e
carimbada pelo requisitante. 
Imunodifusão em gel de agar (IDGA): Teste de
Coggins : padrão ouro, tendo validade de 60
dias.
Teste negativo, enviar comunicado ao Médico
Veterinário solicitante.
Teste positivo, obrigatória imediata
comunicação, realizando reteste após 8 dias
de resultado, realizando nova amostra no
laboratório oficial, não podendo ser nos
credenciados, com amostra colhida pelo
serviço oficial.
No Brasil, os animais positivos ao IDGA, são 
 sacrificados, tendo a marcação permanente,
com ferro candente na paleta do lado
esquerdo com um A, seguido da sigla da UF,
para que o animal não transite. 
Prevenção
Trânsito de equídeos: 
• Acompanhados da Guia de Trânsito Animal
(GTA), pois toda vez que o animal transita ele
deve testar. 
Resultado negativo para IDGA, obrigatório: 
• Na emissão da GTA para equídeo com ≥ 6
meses de idade;
É tirado o GTA para tudo, os animais
destinados ao comércio, trânsito, participação
de competições, feiras e exposições
(independentemente da necessidade da
movimentação interestadual ou não);
• Utilização de seringas e agulhas
descartáveis.
Os animais sacrificados são enterrados em
vala profunda, para que não tenha contato
com outros animais.
Complexo leucocitário aviário 
Neoplasias benignas e malignas causadas por
retrovírus das aves, sendo as galinhas, perus,
faisões, codornas e perdizes, temos 6
subgrupos de retrovírus (A, B, C, D, E, e J).
• Subgrupo J (Leucose Mielóide), mais comum
em frangos;
• Subgrupos A e B (Leucose Linfóide);
*Transmissão vertical e horizontal.
Algumas estirpes além de neoplasias, anemia,
hepatite, imunodepressão, refugagem,
miocardite, síndrome crônica circulatória,
sinais neurológicos e menor fertilidade,
incidência à infecção é alta, mas a incidência
de doença clínica é baixa.
P.I.: 14 a 30 semanas.
Não encontramos manifestações clínicas em
frangos de corte, somente aqueles de postura
e matrizes, por conta do tempo de abate. 
Manifestações clínicas: 
• Nenhum sinal ou sinais inespecíficos; 
• Cristas e barbelas pálidas, murchas ou
cianóticas;
• Inapetência;
• Fraqueza;
• Diminuição da produção de ovos. 
Lesões: 
• Tumores semelhantes aos da Doença de
Marek, é necessário diagnóstico diferencial;
• Aumento de fígado, bolsa e rins; 
• Proteção passiva – 3 a 4 semanas.
Diagnóstico: 
Anamnese, histopatológico, RT, PCR,
isolamento do vírus, Elisa.
Prevenção e controle 
Medidas de biosseguridade, eliminação dos
portadores, adquirir ovos de matrizes livres,
não temos vacinas..@KEKEMEDVET
Leucose enzoótica bovina (LEB)
Introdução
Inicialmente temos uma infecção pelo vírus da
leucose enzoótica bovina que se restringia-se
aos países europeus, também conhecida
como linfoma bovino ou leucemia bovina,
sendo uma doença de notificação obrigatória!
No Brasil a primeira descrição da doença foi
em 1943 e disseminou-se;
• Prevalência no país - 27,6%; 
• Região sudeste - maior expressividade, com
média de 39,8% de animais positivos.
Perdas econômicas: 
• Gastos com controle e erradicação;
• Queda na produção e ao veto à exportação
destes animais; 
• Custos relacionados ao diagnóstico; 
• Descarte de animais positivos;
Não temos tratamentos eficaz, porém no caso
de animais que apresentam complicações
decorrentes dos linfossarcomas, principalmente
aqueles animais de alto valor genético, podem
ser tratados. 
Etiologia
Doença causada por um vírus RNA tumoral:
• Gênero: Deltaretrovirus; 
• Subfamília: Oncovirinae; 
• Família :Retroviridae.
Vírus possui formato esférico, com diâmetro
aproximado de 90-120nm.
Os vírus são inativados atráves:
• Solventes;
• Detergentes lipídicos, tais como o álcool,
éter e clorofórmio;
• Calor a uma temperatura de 56°C por 30
minutos;
• Radiações ultravioletas;
• Congelamento e descongelamento
repetidos; 
• Pasteurização.
Epidemiologia
*É uma doença que vai acometer principalmente
os bovinos.
Testes in vitro e em infecções experimentais -
ovinos e caprinos, podem ser infectadas, mas
com efeitos patogênicos diferentes.
• Animais assintomáticos e os que
apresentam sinais clínicos são capazes de
eliminar o agente por: 
• Excreções e secreções corporais;
• Parece envolver secreções nasal e traqueal,
urina e principalmente, sangue, leite e saliva.
Transmissão 
Horizontal 
• Maioria das infecções em bovinos.
Transmissão iatrogênica
• Através de procedimentos que permitam a
transferência de sangue contaminado entre
os animais. 
Vertical
• Menos comum (4 a 8%)
Temos a presença de um longo período de
incubação na doença, levando de 1 a 8 anos,
após de 10 a 12 dias, partículas virais estão
presentes na corrente sanguínea induzindo
uma resposta imune humoral, com produção
de anticorpos.
Manifestações clínicas
A doença clínica pode se desenvolver sob
duas formas: 
Linfocitose persistente 
Caracterizada por proliferação benigna dos
linfócitos e desenvolve-se em cerca de 30%
dos animais infectados. 
Linfossarcoma em bovinos adultos 
1-10% desenvolvem a forma tumoral da
doença, sendo a maior incidência dos
tumores nos animais entre quatro e oito anos
de idade, com mortalidade em torno de 10 a
15%.
• Distúrbios digestivos, cardiorrespiratórios,
reprodutivos;
• Inapetência; 
• Perda de peso; 
• Fraqueza;
• Debilidade geral; 
• Às vezes, manifestações neurológicas,
decorrentes do desenvolvimento do
linfossarcoma;
• Linfonodos superficiais podem estar
aumentados de tamanho; 
• Os órgãos mais acometidos são o coração,
abomaso e linfonodos;
• Lesões nos órgãos reprodutores são pouco
frequentes, podendo acometer útero e vagina;
Diagnóstico
Diagnóstico clínico 
Baseia-se nas manifestações clínicas e nos
dados epidemiológicos. 
@KEKEMEDVET
Diagnóstico definitivo 
Confirmado com o auxílio de testes laboratoriais. 
Exames histopatológicos em bovinos 
Revelam uma distribuição característica de tumores de acordo com a idade do animal. 
Testes
• Imunodifusão em gel de agarose (IDGA) - teste mais adotado pelos órgãos de defesa sanitária de
vários países;
• Radioimunoensaio (RIA);
• Ensaio imunoenzimático (ELISA);
• PCR;
• Imunohistoquímica a partir de cortes histológicos de material suspeito.
Diagnóstico diferencial 
Feitos em caso de doenças que cursam com emagrecimento progressivo e adenopatias:
• Tuberculose;
• Incoordenação, como nas doenças que afetam o sistema nervoso central, incluindo a raiva; 
• Doenças que causam insuficiência cardíaca, como pericardite traumática;
• Abscessos e traumatismos medulares, que ocorrem, preferentemente, em animais jovens.
Tratamento
Não possui tratamento, sendo seu prognóstico desfavorável
Controle
•Principal dificuldade é a falta de motivação apresentada por muitos produtores; 
•Infecção, na maioria das vezes inaparente;
•Não observação dos prejuízos acarretados pela doença;
• Adoção de medidas de higiene;
• Realização de testes diagnósticos para a identificação dos animais infectados;
• Controle sorológico na entrada de animais novos no rebanho, seguido do isolamento ou mesmo a
eutanásia desses bovinos.
@KEKEMEDVET

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