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Um carrinho amigo do meio ambiente
Autora 
Sandra Aymone
Coordenação editorial 
Sílnia N. Martins Prado
Revisão 
Katia Rossini
Ilustração 
Pierre Trabbold
Diagramação 
Linea Creativa
Realização 
Fundação Educar DPaschoal 
www.educardpaschoal.org.br 
(19) 3728 8129
Todos os livros da Fundação Educar DPaschoal são distribuídos 
gratuitamente a escolas públicas, organizações sociais e bibliotecas.
Esta obra foi impressa na RR Donnelley Moore em papel offset Chambril Book, 
produzido pela International Paper com florestas de eucalipto 100% plantadas e renováveis, 
garantindo o crescimento social e ambiental responsável. Esta é a 2ª edição, 
datada de 2007 com tiragem de 77.000 exemplares.
A tiragem e a prestação de contas referentes a 
esta publicação foram conferidas pela Deloitte.
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Serginho estava em casa, vendo TV e desenhando, quando 
Julinho, Carolina e Luciana chegaram.
— Que desenho é este? — quis saber Carolina.
— É o retrato do nosso amigo, o carrinho vermelho da TV. Estou 
esperando passar aquela propaganda onde ele aparece, pra ver 
os detalhes direito.
— Lembram-se do dia em que ele saiu da TV e brincou com a 
gente? — perguntou Luciana. — Bem que podia acontecer 
de novo!
Todos concordaram.
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Julinho lembrou, então, por que tinham ido lá:
— Hoje é o aniversário do Zé da Venda e ele nos convidou 
para um churrasco. Meu pai vai levar a gente. Você quer ir?
— Oba! Quero! — concordou Serginho. — Que coincidência! 
Ontem, o Zé da Venda passou por mim de carro e jogou um 
monte de papel amassado pela janela! Quase me acertou!
— Acho que ele não tem muita noção de cuidado com o meio 
ambiente... — explicou Carolina. — Minha mãe vive recolhendo 
os pneus velhos e peças de automóvel que ele joga no terreno 
perto de casa!
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— Sua mãe leva pra reciclagem, não é? — lembrou Serginho. 
— Eu também catei todos os papéis que ele jogou na rua e 
coloquei no lixo...
De repente, Julinho gritou:
— Olhem! O anúncio do carrinho!
Todos pararam de falar e olharam para a televisão. Para sua 
surpresa — e alegria — aconteceu o mesmo da outra vez: 
apareceu um grande clarão no vídeo e o carrinho vermelho 
saltou da TV, voando pela janela...
As crianças se levantaram para ir até o jardim, mas o carrinho 
foi mais rápido: passou pela porta e entrou na sala, dando um 
grande sorriso a todos.
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Depois dos abraços e beijos, o carrinho subiu na mesinha onde 
Serginho estava desenhando e apontou com uma das rodas 
para seu retrato, parecendo estar feliz. Depois apontou para 
outro papel, onde o menino tinha escrito, por acaso, durante a 
conversa, “MEIO AMBIENTE”, e olhou para os amigos, ansioso.
— Acho que entendi o que ele quer! — exclamou Carolina. 
— Está sugerindo que a gente faça desenhos falando de carros e 
de proteção ao meio ambiente! É isso?
O carrinho ficou tão contente por ser entendido que deu um 
monte de pulos de alegria!
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— Então vamos começar falando de reciclagem! — sugeriu 
Luciana. — Pneus velhos e outras peças de automóveis usadas 
não devem ser jogados no lixo, nem na natureza... A reciclagem 
traz muita economia!
— É — concordou Carolina —, primeiro porque, diminuindo o 
lixo, a poluição também diminui. E, segundo, porque, quando a 
gente aproveita de novo os materiais, explora menos a natureza!
Serginho ia escrevendo e desenhando, sob o olhar atento do 
carrinho vermelho.
— Meu pai disse que é melhor deixar esses objetos nas lojas 
onde as peças foram trocadas. Muitas se encarregam de entregar 
tudo às empresas que fazem reciclagem — completou Julinho.
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— Quando se faz troca de óleo, também não é certo jogar 
o óleo usado em qualquer lugar, porque ele causa poluição. 
Sabiam que o óleo usado pode ser reciclado e aproveitado para 
outras coisas? — lembrou Carolina. — Você desenhou o óleo, 
Serginho?
— Calma, né?! — reclamou o menino. — Falem mais devagar!
Todos ficaram em silêncio um instante, esperando que Serginho 
terminasse a página.
De repente, o carrinho pareceu ficar maluco! De dentro dele, 
começaram a pular papéis amassados, latinhas de refrigerante, 
garrafas plásticas e outros objetos, que desapareciam assim que 
tocavam o chão.
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— Ele quer que a gente fale sobre o perigo de jogar lixo de 
dentro do carro! — adivinhou de novo Carolina, fazendo com 
que o carrinho desse um enorme sorriso. — Vamos, então, fazer 
uma lista dos males que isso causa.
As crianças começaram a dizer o que iam lembrando:
— Entupimento de bueiros.
— Poluição de rios e do solo.
— Lixo é sujeira. Pode transmitir doenças.
— Incêndios, se for ponta de cigarro aceso.
— E acidentes! — finalizou Julinho. — Outros motoristas podem 
se assustar com objetos atirados dos veículos. Uma vez, o meu 
pai quase bateu por causa de uma latinha...
— E quando o carro está soltando aquela fumaça preta, então? 
— completou Luciana. — Ninguém enxerga nada!
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— Isso é motor desregulado, sabiam? — falou 
Serginho. — É uma das maiores causas da poluição 
do ar...
— Então desenhe aí um carro regulando o motor! — 
sugeriu Carolina —, e uma fumaça preta com um X bem 
grande em cima dela!
O carrinho ia olhando e aprovando todos os desenhos, 
muito satisfeito.
Quando Serginho terminou, todos gostaram do resultado. 
O menino, então, grampeou as páginas em ordem numérica:
— Pronto! Fizemos um livro!
— Ficou lindo! — entusiasmou-se Luciana — Vou tirar uma 
cópia pra mim e levar para mostrar na escola! Posso?
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— Claro! — exclamou Serginho.
Todos gostaram da idéia e decidiram fazer o 
mesmo. Nisso, ouviram uma buzina.
— É meu pai, que veio buscar a gente pro churrasco! — disse 
Julinho. — No caminho, podemos pedir a ele pra passar em 
algum lugar que tire as cópias!
— Você vem com a gente, amiguinho? — perguntou Carolina ao 
carrinho vermelho.
Ele fez sinal que sim, e todos entraram no carro de seu Felipe.
O pai de Julinho ficou muito surpreso em conhecer o amiguinho 
animado da criançada e disse:
— Você é o primeiro artista de TV que eu conheço 
pessoalmente!
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Julinho mostrou a ele o livro ilustrado que tinham 
feito em conjunto, e seu Felipe achou muito bacana. 
Ao passarem por uma papelaria, pararam para fazer várias 
cópias do trabalho.
— Também vou querer uma para mim! — disse o pai de Julinho.
Quando chegaram ao churrasco, uma cena engraçada 
aconteceu: sem que ninguém visse, o carrinho colocou na 
capota uma das cópias do livro das crianças e levou até onde 
estava o Zé da Venda!
Ele a olhou e disse aos amigos:
— Vejam! O carrinho da TV está me dando um presente 
de aniversário!
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As crianças ficaram mudas, pensando que o Zé ia ficar 
zangado... Afinal, ele era o primeiro a não se preocupar nem um 
pouco com o meio ambiente, quando saía de carro!
Zé da Venda folheou os desenhos e logo compreendeu. Mas, em 
lugar de ficar bravo, balançou a cabeça e disse:
— Eu sou mesmo um cabeça-dura! Tenho muito que aprender 
com essas crianças! Mas não se preocupem: de hoje em diante, 
este vai ser meu livro de cabeceira!
Todos aplaudiram, e as crianças deram um suspiro de alívio...
A festa só acabou à noite. Quando chegaram à casa de 
Serginho, todos entraram para, mais uma vez, se despedir 
do carrinho.
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— Ele tem de voltar ao País dos Desenhos da TV, não é? — 
perguntou seu Felipe.
Depois das despedidas, o carrinho entrou novamente na tela da 
televisão.
— Vocês perceberam que, todas as vezes que ele vem aqui, 
a gente aprende e ensina um monte de coisas importantes? 
— lembrou Carolina.
—É... — concordou Julinho. — Por isso é bom que ele venha 
muitas e muitas vezes!
E o pai de Julinho completou:
— Claro que virá! Ele sabe que encontrou os amigos certos! 
Vocês!
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Sobre a Fundação Educar DPaschoal
A Fundação Educar DPaschoal – investimento social do grupo DPaschoal – foi 
criada há 17 anos com o objetivo de estimular pessoas a adotarem a educação 
para a cidadania como estratégia de transformação social e econômica.
Em sete anos, por meio do projeto “Leia Comigo!”, já editou 30 milhões de 
livros infantis distribuídos gratuitamente a escolas públicas, organizações sociais 
e bibliotecas. Mais que isso, este projeto preocupa-se com um conteúdo que 
estimule o gosto pela leitura, reforce valores e incentive a atitude cidadã.
Com a “Academia Educar”, promove o desenvolvimento de jovens do Ensino 
Médio, tendo a escola pública como centro de cidadania na comunidade; 
e com o projeto “Trote da Cidadania”, forma futuros líderes socialmente 
responsáveis, que utilizam sua energia para a mobilização universitária.
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