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1 Terapêutica Veterinária | Medicina Veterinária | @focusmedvet_ Introdução Antimicrobianos Infecção e infestação Infecção → penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente etiológico no organismo (bactérias, fungos, vírus e endoparasitas). Infestação → alojamento, desenvolvimento e reprodução de ectoparasitas (superfície do corpo ou moradia). Terapia de combate aos agentes etiológicos • Terapia antimicrobiana. • Terapia antiparasitária. São agentes anti-infecciosos. Antibióticos • Substâncias químicas produzidas por seres vivos, dotadas de atividade antimicrobiana Quimioterápicos antimicrobianos • Substâncias sintetizadas quimicamente ou de origem vegetal utilizadas como anti-infecciosos (apresentam propriedades antimicrobianas). CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS Segundo sua natureza química • Derivados de açucares; • Acetatos; • Aminoácidos, etc. Segundo seu espectro de ação (sobre quais micro-organismos age) • Espectro estreito; • Espectro estendido; • Espectro amplo Segundo sua ação (o que provoca) • Bactericida; • Bacteriostática; • Bactericida ou bacteriostático dependendo da concentração. Segundo seu mecanismo de ação (local de impacto nos micro-organismos) • Drogas que inibem a síntese da parede celular; • Drogas que interferem na atividade da membrana celular; • Drogas que inibem a síntese de proteína; • Drogas que interferem na duplicação do cromossoma (DNA); • Drogas antimetabólicas. 2 Terapêutica Veterinária | Medicina Veterinária | @focusmedvet_ Mecanismos de ação • Inibição da síntese da parede celular. • Interferência na atividade da membrana celular. • Inibição da síntese de proteína. • Interferência na duplicação do cromossoma (DNA). • Ação antimetabólica. Atividade e espectro Concentração inibitória mínima • Concentração que resulta na inibição de ≥ 99% (mínimo que deve atingir o sítio de ação) 3 Terapêutica Veterinária | Medicina Veterinária | @focusmedvet_ Terapia antimicrobiana Resistência microbiana • Mudanças genéticas induzidas no organismo devido à inabilidade de penetração da droga no sítio infeccioso ou do uso inadequado dos antimicrobianos na prática clínica. Propriedades desejáveis • Ação bactericida. • Espectro mais específico possível. • Menor CIM. • Maior nível no local da infecção. • Melhor comodidade posológica. • Compatível com estado clínico do paciente. • Menos tóxico. • Mais barato. Objetivo • Combater a infecção com o máximo de eficiência e o mínimo de risco → uso racional dos antimicrobianos. Fatores a considerar na escolha do fármaco • Características da infecção (patógeno e sensibilidade). • Farmacocinética e farmacodinâmica da droga. • Espécie e estado geral do animal. • Legislação. Riscos • Para o animal: hipersensibilidade, intoxicação, perda de apetite (curto prazo); traumatismo local (médio prazo); tolerância (longo prazo). • Para o consumidor: • Riscos microbiológicos: pressão de seleção favorável à difusão de cepas resistentes (devido à resistência dos microrganismos). • Riscos toxicológicos: de ordem alérgica e/ou tóxica (devido à presença de resíduos) → período de carência. -> Segurança alimentar • Para o ambiente: ecotoxicidade (eliminação dos resíduos no solo/água). Princípios - Utilizar somente em casos de suspeita de doença infecciosa, condicionando, sempre que possível, ao agente etiológico e à sensibilidade do microrganismo isolado (antibiograma). 4 Terapêutica Veterinária | Medicina Veterinária | @focusmedvet_ - Infecções onde o agente é conhecido, preferir bactericidas de espectro reduzido; infecções mistas ou não diagnosticadas podem ser tratadas com antimicrobianos de amplo espectro. - Evitar o uso de antimicrobianos empregados no ser humano, em especial aqueles considerados de 2ª e 3ª escolha. - Evitar sempre que possível associação de antimicrobianos; quando necessário, usar combinações onde ocorra sinergismo de ação comprovado. - Seguir rigidamente as indicações quanto à dose, via e intervalo de administração, formas de armazenamento e períodos de carência (animais de produção). - Iniciar o tratamento o mais rápido possível e não interromper precocemente, nem prolongar em excesso. - Monitorar o tratamento e avaliar os resultados. - Atentar para as condições especiais do paciente (gestação, lactação, alterações das funções renal e hepática); se possível, pesquisar histórico de hipersensibilidade. - Em animais criados para o consumo humano, só utilizar drogas aprovadas para o uso nestes animais e respeitar o período de carência. - Manter registro dos animais tratados, assim como dos medicamentos usados. - Considerar o custo do tratamento.
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