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ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 1 ECONOMIA DO TRABALHO: A TEORIA DO CAPITAL HUMANO NOTAS DE AULA PROF. GIACOMO BALBINOTTO NETO UFRGS/PPGE 2 Definições de Capital Humano Gary Becker (1962) - capital humano é qualquer atividade que implique num custo no período corrente e que aumente a produtividade no futura pode ser analisada dentro da estrutura da teoria do investimento. 3 Definições de Capital Humano O Capital Humano é definido como sendo todas aquelas características adquiridas pelo trabalhador que o tornam mais produtivo. Filer, Hamermesh e Rees (1996, p.84) ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 2 4 Atividades que constituem em investimento em capital humano Educação (Gary Becker); Treinamento (Gary Becker, Walter Oi) Migração (Sjaastad, 1962, JPE) Saúde (Grossmam, 1972, JPE) Busca de Emprego (job search) 5 AS ORIGENS DA TEORIA DO CAPITAL HUMANO Adam Smith (1776, livro I - cap. 10) – Riqueza das Nações 6 AS ORIGENS DA TEORIA DO CAPITAL HUMANO Alfred Marshall (1920) - Principles of Economics The most valuable of all capital is that invested in human beings. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 3 7 As Origens da Teoria do Capital Humano A Escola de Chicago Gary Becker (1960,1964) Jacob Mincer (1960) Theodore Schultz (1961) 8 A CRONOLOGIA DOS INVESTIMENTOS EM CAPITAL HUMANO (Jacob Mincer) Segundo Jacob Mincer as várias categorias dos investimentos em capital humano ordem ser descritas numa cronologia do ciclo-de- vida: 1- os recursos alocados nos cuidados das crianças e com o desenvolvimento infantil representados pelos investimentos em pré- escola; 2- os investimentos na educação escolar formal; 3- investimentos em “job training”, “learning” , “job search” e migração; 4-investimentos em saúde e manutenção que continuam ao longo da vida (exercícios físicos); 9 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos (i) maximização da utilidade Os trabalhadores adquirem um nível de habilidade que busca maximizar o valor presente dos rendimentos ao longo do seu ciclo de vida; Assim, temos que a educação e o treinamento são valorizadas somente porque elas aumentam. A educação também pode afetar a utilidade dos indivíduos de muitas maneiras, contudo, aqui, nós assumimos que estas externalidades dos investimentos em capital humano possam ser ignoradas e nos concentramos exclusivamente nas recompensas monetárias delas derivadas. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 4 10 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos (ii) o trabalhador enfrenta um trade off associado a cada decisão de continuar a estudar ou não, que dependerá dos retornos obtidos, dos custos de educação que ele fará face e de sua taxa de desconto intertemporal. 11 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos - Visto que a universidade não tem valor intrínseco para o estudante, os empregadores que desejarem atrair um trabalhador altamente qualificado ( e presumivelmente mais produtivo) deve oferecer salários mais elevados, assim temos que: Wcol > Whs 12 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos - Como nós assumimos que a decisão de estudar de um indivíduo maximiza seu valor presente dos rendimentos (salários) ao longo do seu ciclo de vida, temos que o trabalhador irá estudar (aqui no caso, cursar a universidade) se e somente se: PVcol > PVhs ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 5 13 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos (iii) r é a taxa de desconto intertemporal dos indivíduos, que mostra como ele encara o presente e o futuro ou qual importância ele atribui ao presente e ao futuro. Uma elevada taxa de desconto intertemporal implica que ele atribui pouco valor, por exemplo as renda futuras e mais as rendas presentes; 14 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos (iv) aqui assumimos, por motivo de simplificação que não há on the job training e que as habilidades obtidas na escola ou na universidade não se depreciam ao longo do tempo. Este pressuposto implica que a produtividade do trabalhador não muda uma vez que ele deixa a escola ou a universidade, de modo que podemos considerar que seus rendimentos serão constantes ao longo do seu ciclo de vida. 15 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos (v) há aqui somente duas alternativas de educação que os indivíduos fazem face, o ensino secundário (high school) e o ensino Universitário (college); (vi) o preço dos produtos vendidos pelas firmas é assumido ser igual a 1; ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 6 16 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos (vii) o ensino secundário implica que o individuo irá adquirir uma produtividade igual a PFMgEhs e que seu salário será igual a Whs. Já no ensino universitário, temos que a produtividade adquirida é igual PFMgEcol > PFMgEhs, implica que ele irá receber Wcol > Whs. 17 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos (viii) o valor presente dos rendimentos dos dos rendimentos das duas alternativas de educação são a seguintes: 2 PVhs = Whs + [Whs/(1+r)] + [Whs/(1+r) ] + ... + 46 [Whs/(1+r) ] 2 3 4 PVcol = - H – [H/(1+r) ] – [H/ (1+r) ] + [H/ (1+r) ] 5 6 [Wcol /(1+r) ] + [Wcol /(1+r) ] + ... + 46 [Wcol /(1+r) ] 18 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos Como nós assumimos que a decisão de um indivíduo é maximizar o valor presente dos rendimentos ao longo do ciclo da vida, temos que ele desejará ir para a universidade se e somente se PVcol > PVhs [regra de decisão da tomada de investimento] ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 7 19 O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos básicos 0 Wcol Whs anos652218 -H Custos diretos Custos indiretos Age earning profile 20 O modelo de investimento capital humano - o modelo básico em tempo contínuo Seja: Ci = custos marginais de uma unidade de educação e treinamento no período; Ri= retorno do treinamento no período; r = taxa de juros; t = período de aprendizado ou educação; T = período final. 21 O modelo de investimento capital humano - o modelo básico em tempo contínuo O indivíduo irá investir em capital humano até o ponto no qual os retornos marginais da educação sejam iguais aos custos marginais (benefícios marginais), isto é: t -rt T -ri ∫ Ci e di = ∫ Ri e di 0 t ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 8 22 O modelo de investimento capital humano - o modelo básico em tempo contínuo - implicações (1) quanto maior o hiato entre T e t, maiores serão os retornos da educação – ceteris paribus; (2) quanto menor for o sacrifício tem termos de custo Ci, envolvidos no investimento em capital humano, maior será o investimento; (3) quanto maiores forem os retornos da educação [Ri], maiores serão os investimentos em educação;ceteris paribus; 23 O modelo de investimento capital humano - o modelo básico em tempo contínuo - implicações (4) quanto maior for a taxa de juros [r], menor será a demanda por educação, ceteris paribus; (5) os investimentos em educação tendem a ocorrer à medida em que os benefícios marginais descontados excedem os custos marginais descontados. Em outras palavras,para haver investimentos em educação, os retornos devem ser positivos. 24 Implicações da teoria do capital humano – com relação aos custos (i) qualquer fator que reduza os custos da educação deve levar a um aumento das matriculas escolares; Assim, bolsas de estudo, desconto, crédito educativo, cursos noturnos, cursos de fim de semana [mestrado profissional], curso com prazo de jubilamento estendido, devem tornar as matriculas mais atrativas. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 9 25 Implicações da teoria do capital humano – com relação a idade (i) as matriculas nas escolas e universidade estão concentradas entre os jovens adultos. Isto ocorre por duas razões principais: (1) as pessoas mais velhas permanecerão menos tempo no mercado de trabalho para recuperar os custos do seu investimento; (2) a segunda razão pela qual as matriculas declinam com a idade são que os custos de oportunidade são maiores quanto mais velho fica o indivíduo. 26 Implicações da teoria do capital humano – com relação a continuidade na força de trabalho (iii) Uma terceira predição da teoria do capital humano é que as pessoas que não esperam trabalhar de forma contínua na força de trabalho devem ter menores taxas de matriculas. A razão disto é que ela tem menos temo para recuperar seu investimento. Esta predição é sustentada pela tendência da participação das mulheres no mercado de trabalho com carreira interrompida. 27 Implicações da teoria do capital humano – com relação aos diferenciais de rendimento (iv) Uma quarta predição do modelo é que as pessoas com mais anos de educação devem também ter maiores rendimentos nos seus anos de pico. Isto é devido a duas razões fundamentais: (1) altos rendimentos são necessários para compensar os custos incorridos com os anos adicionais de escolaridade; (2) as pessoas com mais anos de educação tem menos anos para recuperar seus investimentos em educação; ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 10 28 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Principais autores: Ben Porath (1967) – U. Chicago J. Heckman (1976) – U. Chicago S. Rosnen (1976) – U. Chicago Geraint Jones (1993) 29 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) - Os modelos dinâmicos buscam derivar um trajetória ótima de rendimentos ao longo do ciclo da vida de um indivíduo; - Os resultados teóricos são compatíveis com os padrões observados na prática; 30 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (i) o estoque de capital humano no período ith é denotado por Ki; (ii) assumimos que os rendimentos do trabalho dependam apenas do estoque do capital humano Ki; ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 11 31 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (iii) wi é a proporção do tempo não lazer alocado no trabalho, portanto temos que: T -ri ∫ wiKi e di 0 A equação acima representa o valor presente líquido dos rendimentos ao longo da vida do trabalhador; 32 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (iv) a taxa de crescimento do estoque de capital humano deve ser igual a taxa de investimento bruto em capital humano líquido de qualquer erosão devido a passagem do tempo (δK) [depreciação do capital humano]; (v) o tempo gasto na aquisição do capital humano no período it é dado por (1-wi); 33 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (vi) os retornos decrescentes devido ao investimento no capital humano sugerem que a medida em que o trabalhador envelhece, o sacrifício do tempo requerido a fim de ganhar um dado montante de capital humano aumenta; ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 12 34 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (vii) nós podemos supor que a taxa de crescimento do estoque de capital humano é dado por: • (3) K = (1-wi) - δK 35 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (viii) o problema de otimização dinâmica enfrentado pelo indivíduo é o de maximizar o valor presente dos rendimentos esperados ao longo da vida, sujeito as regras de acumulação do capital humano que ele faz face (3) e da restrição de que o estoque de capital humano não pode ser negativo. 36 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (ix) aqui assumimos também que a condição terminal na qual o estoque de capital no final do horizonte temporal é dado, assim, temos que: _ (4) KT = KT ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 13 37 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (x) O problema colocado pelas equações (2) –(4) pode ser resolvido utilizando-se a técnica do controle ótimo: Hamiltoniano é dado pela equação (5): . (5) Η = wiKi - π (Ki –1+iwi + δK) 38 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) (6) ∂H/∂wi= Ki –πi = 0 (7) ∂H/∂Ki = wi - π δ = - πi (8) ∂H/∂ π = K –1 +iw + K = 0 39 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) As condições de primeira ordem provem de 3 equações com 3 incógnitas. Resolvendo-se para a taxa de crescimento do estoque de capital, temos que: . (9) Ki = ½ + Ki (1/2i - δ ) Esta equação é a primeira equação diferencial do capital humano K, que mostra a dinâmica de sua evolução, que depende do estoque inicial, da taxa de depreciação e do tempo i. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 14 40 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) A solução da equação (9), utilizando-se as condições terminais sobre Ki a fim de identificarmos as constantes de integração nos dão uma expressão na qual Ki dependa somente do tempo i e dos parâmetros do modelo. A solução é dada pela equação (10): _ Ki = KT + i/2 [1 + (ln i/2) + i δ] – T/2[1+(lnT/2) + t δ] 41 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) Das equações (6) – (8), obtemos (11): (11) wi = [1-(Ki/i)]/2i 42 Os modelos de otimização dinâmica de investimento capital humano - os pressupostos básicos Ben-Porath Model (1967) A fim de estabelecer o padrão para os rendimentos periódicos sobre o ciclo da vida, é necessário multiplicarmos os rendimentos potenciais wi pela proporção do tempo não lazer gasto no trabalho, Ki. Com isto obtemos a função de rendimentos (12): (12) Ei = wiK = [1 –(Ki/i)]/Ki/2i ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 15 43 O locus salário-escolaridade e a taxa de retorno da educação O locus salário-escolaridade mostra o salário que um indivíduo iria ganhar se ele completasse um determinado nível de escolaridade. O locus salário-escolaridade nos mostra quanto os empregadores estão dispostos a pagar por cada nível educacional dos trabalhadores. 44 O locus salário-escolaridade (earning – wage profile) e a taxa de retorno da educação Os salários do locus salário-escolaridade são determinados no mercado de trabalho,ou seja, o salário para cada nível de escolaridade é determinado pela intersecção da oferta e demanda de trabalhadores para uma dada escolaridade. 45 O locus salário-escolaridade (earning – wage profile) e a taxa de retorno da educação 0 w Anos de estudo ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 16 46 O locus salário-escolaridade (earning – wage profile) - propriedades (i) o locus salário-escolaridade é positivamente inclinado – para atrair os trabalhadores mais educados, os empregadores devem compensar aqueles trabalhadores pelos custos incorridos com a educação. (ii) a inclinação do locus salário-educação nos mostra quanto o salário do trabalhador deveria crescer se ele obtivesse um ano a mais de escolaridade. 47 O locus salário-escolaridade (earning – wage profile) - propriedades (iii) o locus salário-escolaridade é côncava - os ganhos monetários para cada ano adicional de escolaridade declinam para cada ano adicional de educação. Há rendimentos marginais decrescentes na obtenção de educação. A inclinação do locus salário-escolaridade nos mostra quanto os rendimentos aumentam se um indivíduo permanece estudando um ano a mais na escola. 48 O locus salário-escolaridade (earning – wage profile) - propriedades Percentagem de mudança nos rendimentos devido a educação: (∆w/∆s)/w = taxa marginal de retorno da educação. Visto que o locus salário-educação é côncavo, a TMgRE declina a medida em que o indivíduo obtém mais escolaridade. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 17 49 O locus salário-escolaridade (earning – wage profile) - propriedades 0 Anos de escolaridade r TMgRE S* rm S” S’ E 50 A estimação da earning function (i) com zero anos de educação os rendimentos de um indivíduo são iguais a Yo se o investimento no primeiro ano de educação render Y1, teremos que a taxa de retorno da educação será igual a: r1 = [(Y1-Y0)/Yo] Y1 = Yo ( 1+r) r2 = [(Y2-Y1)/Y1] Y2 = Y1 (1+r2) r2= Yo (1+r1)(1+r2) 51 A estimação da earning function Ys = Yo (1+r1)(1+r2)+...+ (1+rs) (ii) se assumirmos que r1=r2=r3= ... = rs, temos que: s Ys = Yo (1+r) ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 18 52 A estimação da earning function Em logaritmos obtemos que: log Ys = log Yo + sln (1+r) log Ys = ln Yo + rs r mede a taxa de retorno de um investimento em um ano a mais de educação. 53 A estimação da earning function Diferenciando-se logYs com relação ao tempo, obtemos que: d[lnYs]/dt = r[ds/dt] ou {[d(Ys)/dt/]/Y}/ (dS/dt) = r a mudança proporcional nos rendimentos anuais resultantes de um ano a mais de educação é igual a r. 54 Implicações da Teoria do Capital Humano – Para a redução da Pobreza - Gary Becker(1994) - Há uma relação transparente entre os investimentos em capital humano e redução da pobreza; - Exemplos: Japão, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 19 55 Implicações da Teoria do Capital Humano – Para a redução da Pobreza - Gary Becker, 1994) Há evidências de que os investimentos em educação e treinamento contribuem para para o crescimento econômico em termos de renda per capita e em parte ajudam a controlar o crescimento populacional. [cf. Barro & Sala-I-Martin (1995)] 56 Implicações da Teoria do Capital Humano – Para a redução da Pobreza - Gary Becker, 1994) Os países preocupados com o crescimento populacional e altos níveis de mortalidade infantil podem tomar medidas indiretas para reduzir o tamanho da família encorajando a educação elementar e secundária, particularmente entre as mulheres. 57 Implicações da Teoria do Capital Humano – Para a redução da Pobreza - Gary Becker, 1994) A educação pode ser o principal determinante da saúde de uma pessoa e de sua expectativa de vida. [cf. Relatório do Banco Mundial Sobre a Saúde (1993)] ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 20 58 Implicações da Teoria do Capital Humano – Para a redução da Pobreza - Gary Becker, 1994) - pessoas mais educadas fumam menos; - educação ajuda os pobres a melhor sua dieta não somente aumentando a renda, mas também promovendo escolhas mais saudáveis; - A educação aumenta o uso de camisinhas entre os homens solteiros, o que os protege das infecções de HIV; 59 Implicações da Teoria do Capital Humano – Para a redução da Pobreza - Gary Becker, 1994) Uma melhor saúde e uma menor taxa de mortalidade também induz a um grande investimento em educação e outros tipos de capital humano, visto que as taxa de retorno desses investimentos serão maiores quanto mais tempo de trabalho tiver o indivíduo vivo e com saúde; 60 Implicações da Teoria do Capital Humano – Para a redução da Pobreza - Gary Becker, 1994) Para Becker (1994) - os investimentos em capital humano são uma das maneiras mais efetivas de aumentar os níveis de renda dos pobres bem como de sua saúde. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 21 61 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas - Psacharopoulos (1981) 62 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Langoni (1970, 1972, 1974) Castro (1971) Levy, Campino & Nunes (1970) Gibbon (1975) - cálculos da taxa de retorno da educação baseando- se nos modelos de Schultz (1963) e Becker (1964). 63 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Senna, José Júlio (1976). RBE, 30 (2) - taxa de retorno de aproximadamente 14% a.a para um ano adicional de educação. - dados do Ministério do Trabalho para homens nas áreas urbanas no setor formal da economia em 1970. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 22 64 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Jallade, Jean-Pierre (1982). World Development, 10 (3) - retornos da escolaridade primária para homens fora do setor agrícola – 23,5% 65 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Tannen, M.B (1991) – Economics of Education Review 10 (2) - dados do censo de 1980; - taxa média privada de retorno da educação situou-se em torno de 13, 2% a. a - os retornos variam com as regiões brasileiras 66 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Lam & Levison (1990), PPE, 20 (2) ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 23 67 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Leal & Simonsen (1991), PPE, 21 (3). Primário/Analfabeto – 16, 54% Secundário/primário2 – 18,15% Superior/Secundário - 16,28% Amostra - 14,29% 68 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Dabos & Psacharopoulos (1991). Economics and Education Review, 10 (4) - taxa de retorno: 15% 69 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Griffin & Cox-Edwards (1993) – Economics and Education Review, 12 (3) -taxa de retorno da educação situou-se entre 12,8% e 15,1% nos anos 1980. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 24 70 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Lam & Schoeni (1993). JPE, 101 (4) 71 As taxas de retorno da educação – evidências empíricas para o Brasil Ueda & Hoffmann(2002) – Economia Aplicada, 6 (2) - Dados: PNAD (1996) - Taxa de retorno: 9,8% 72 Capital Humano e Crescimento Econômico Quando o capital humano entra na função de produção como apenas mais um fator de produção, temos que o crescimento econômico é explicado como uma função do aumento do estoque de capital humano. Assim, temos que o seu aumento implica numa elevação do nível de renda per capita. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMOBALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 25 73 Capital Humano e Crescimento Econômico - Aukrust (1959) - Schultz (1960, 1961) - Uzawa (1965) - Deninson (1962) – growth accouting - Romer, Paul (1987, 1989)- endógeno - Robert Lucas (1988) - endógeno - Mankiw, Romer & Weil (1992), QJE - Solow - Romer, David (1992) - Solow 74 Capital Humano e a facilidade da adoção de novas tecnologias Quando o capital humano facilita a adoção de novas tecnologias ou é visto como um insumo para o processo de inovação e difusão tecnológica, temos que a relação positiva entre o estoque de capital humano e o crescimento econômico. O capital humano poderia afetar a velocidade da difusão e da convergência tecnológica entre as nações, pois a flexibilidade e a facilidade de aprendizagem dos indivíduos é afetadas pelo nível de educação, que os capacita a adaptar-se as mudanças tecnológicas. 75 Capital Humano e a facilidade da adoção de novas tecnologias Uma mão-de-obra educada deve ser considerada como sendo um insumo tanto para os processos de inovação tecnológica (engenheiros, físicos, matemáticos, estatísticos, médicos, biólogos etc) como de difusão tecnológica. A capacidade de uma nação de adotar e implementar uma nova tecnologia seria função de seu estoque prévio de capital humano. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 26 76 Capital Humano e a facilidade da adoção de novas tecnologias - Nelson & Phelps (1966), AER - Finnis Welch (1970), JPE - Barro & Sala-i-Martin (1994) - Paul Romer (1990) 77 Capital Humano e Crescimento Econômico No âmbito da teoria do crescimento econômico, um dos primeiros a utilizar o conceito de capital humano foi Uzawa (1965), que argumentou que o progresso tecnológico não deveria ser visto como como um “mana que cai do céu”, mas isto sim, como o resultado de ações intencionais tomadas por agentes econômicos que empregam recursos escassos a fim de fazer avançar o estado do conhecimento tecnológico. 78 Capital Humano e Crescimento Econômico Uzawa (1965) assumiu que todo o conhecimento tecnológico estaria embutido na mão-de-obra, isto é, em termos de uma função de produção agregada de produção. Ele postula que o conhecimento aumenta a uma taxa que é função da mão-de-obra alocada na produção de conhecimento. gA = f (Na/N) ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 27 79 H. Uzawa http://cepa.newschool.edu/het/profiles/uzawa.htm 80 A Contribuição de Lucas (1988) Lucas (1988), em sua contribuição pioneira a teoria do crescimento endógeno enfatizou a acumulação do capital humano como sendo uma fonte alternativa de crescimento econômico sustentado. Ele distinguiu duas fontes principais de acumulação de capital humano (ou aquisição de habilidades): a educação e o learning by doing. 81 A Contribuição de Lucas (1988) A contribuição de Lucas (1988) que enfatiza o papel e a importância da acumulação do capital humano foi inspirada por Gary Becker, e se baseia na idéia de que o principal causa do crescimento econômico é a acumulação de capital humano. Assim, as diferenças nas taxa de crescimento entre os países é atribuível principalmente as diferenças nas taxas de acumulação de capital humano ao longo do tempo. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 28 82 A idéia do modelo de crescimento endógeno com capital humano A idéia do modelo aqui desenvolvido é tornar endógeno o mecanismo através do qual diferentes países adquirem a capacidade de usar os vários bens de capital intermediários. Aqui as economias crescem porque aprendem a utilizar novas idéias que são geradas em todo o mundo; e a aprendizagem é função do nível de capital humano possuído previamente. 83 Capital Humano e a facilidade da adoção de novas tecnologias: outros modelos - Nelson & Phelps (1966), AER - Finnis Welch (1970), JPE - Barro & Sala-i-Martin (1994) - Paul Romer (1990) 84 Pressupostos do Modelo (i) os países produzem um bem homogêneo, Y, utilizando mão-de-obra [N], e um conjunto de bens de capital, xj. O número de bens de capital que os trabalhadores podem empregar é limitado pelo seu nível de qualificação [capital humano], h. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 29 85 (1- α) h α Y = Ny ∫ x j dj 0 A idéia aqui é que um trabalhador altamente qualificado pode usar mais bens de capital do que um trabalhador pouco qualificado. Portanto, o nível de produção será mais elevado quanto maior for o nível de capital humano na economia. Pressupostos do Modelo 86 Uma unidade de qualquer bem de capital intermediário pode ser produzida com uma unidade de capital bruto. h(t) ∫ xj (t) dj = K (t) (2) 0 isto implica que a quantidade total de bens de capital de todos os tipos empregada na produção é igual à oferta total de capital bruto. Pressupostos do Modelo 87 Pressupostos do Modelo Os bens intermediários são tratados simetricamente no modelo, de modo que x = xj. Isto, junto com as equações (1) e (2) implica que a tecnologia de produção agregada toma a forma conhecida da função Cobb- Douglas: α (1-α) Y = K (hN) O nível de qualificação da mão-de-obra [h], entra na função de produção como uma tecnologia que aumenta a capacidade de produção de N. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 30 88 Os pressupostos do modelo O processo de acumulação de capital é descrito pela seguinte equação: O capital se acumula na medida em que as pessoas poupam a uma taxa sK, e se deprecia à taxa exógena d. dKYsK K −=& 89 Pressupostos do Modelo A qualificação é definida como o conjunto de bens intermediários que um indivíduo aprendeu a utilizar. A medida em que os indivíduos aprendem a utilizar mais bens de capital e novas tecnologias a economia cresce. • ψµ γ (1- γ) h = [(µe ) (A) h (4) u = é o tempo que um indivíduo aloca à acumulação de capital humano em vez de trabalhar na atividade produtiva. Ele pode ser pensado como sendo os anos de escolaridade. 90 Pressupostos do Modelo A = é um índice que representa a fronteira tecnológica mundial. Supõe-se que µ > 0 e 0 < γ ≤ 1 ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 31 91 A taxa de acumulação de capital humano Dividindo a equação (4) por h, obtemos a taxa de acumulação do estoque de capital: • ψµ γ h/h= [(µ/g) e ) (A/h) (5) A equação indica que é mais difícil aprender a usar um bem intermediário que está corretamente próximo à fronteira tecnológica do que outro que está amplamente difundido. 92 A taxa de acumulação de capital humano Quanto mais próximo da fronteira tecnológica, A, estiver o nível de qualificação de um indivíduo, h, menor será a razão (A/h) e mais lenta será a sua acumulação de qualificações. 93 A taxa de crescimento do progresso tecnológico • (A/A) = g Supomos aqui que a fronteira tecnológica se expanda a uma taxa constante [g]. Aqui assumimos que há um dado conjunto de idéias que podem ser usadas por qualquer país. Contudo, para que um país possa usa-las é precisa a aprender a usa-las, e para isto é necessário pessoas habilitadas e que tenham acumulado um dado nível de conhecimentos. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 32 94 O estado estacionário Ao longo da trajetória de crescimento equilibrado, a taxa de crescimento do capital humano [h] deve ser constante. Como h entra na função de produção como uma tecnologia aumentadora de mão-de-obra, a taxa de crescimento de h determinará a taxa de crescimento do produto per capita [y], e o capital por trabalhador, [k]. 95 O estado estacionário A taxa de crescimento do capital humano será constante se, e apenas se,[A/h] for constante, de modo que h e A precisam crescer a mesma taxa no estado estacionário. Assim, temos que: gy = gk = gh = gA = g (6) A taxa de crescimento da economia é dada pela taxa de crescimento do capital humano ou da qualificação e essa taxa de crescimento está condicionada pela taxa de crescimento da fronteira tecnológica mundial. 96 O estado estacionário A equação abaixo mostra a trajetória de crescimento equilibrado, sendo que a razão capital produto é dado pela seguinte equação: (K/Y)* = [sk /(n+g+d)] ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 33 97 O produto per capita (α/1-α) y*(t) = [sk/(n+g+d)] h*(t) (7) A equação acima mostra a trajetória temporal de y* e h* ao longo da trajetória de crescimento equilibrado. 98 O estado estacionário Como gh = g, temos que: ψµ (1/γ) (h/A)* = [(µ/g) e )] Esta equação nos mostra que quanto mais tempo nós destinamos à acumulação de qualificações, mais próxima da fronteira tecnológica está a economia. 99 O estado estacionário Usando a equação acima para substituir [h] na equação (7), podemos escrever o produto per capita ao longo da trajetória de crescimento equilibrado como uma função de variáveis e parâmetros exógenos como visto pela equação (8) abaixo. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 34 100 A taxa de crescimento de equilíbrio ψµ (1/ γ) y* (t) = [sk/n+g+d] [(µ/g) e ) A*(t) (8) Esta equação caracteriza o nível de produto por trabalhador ao longo da trajetória de crescimento equilibrado. 101 A taxa de crescimento de equilíbrio Este modelo destaca a importância das idéias e da transferência tecnológica e oferece uma interpretação do modelo neoclássico de crescimento segundo uma nova “teoria do crescimento”. Aqui, as economias crescem porque aprendem a usar novas idéias em todo o mundo. 102 A taxa de crescimento de equilíbrio: implicações (i) o primeiro termo da equação (8) indica que economias que investem mais em capital físico serão mais ricas; já economias que crescem muito depressa crescem menos. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 35 103 A taxa de crescimento de equilíbrio: implicações (ii) o segundo termo da equação (8) reflete a acumulação de qualificações [capital humano]. Ela mostra que economia onde os indivíduos destinam mais tempo à acumulação de qualificações estarão mais próximas da fronteira tecnológica de produção e serão mais ricas. Aqui as qualificações [capital humano] corresponde a capacidade de utilizar bens de capital mais avançados. 104 A taxa de crescimento de equilíbrio: implicações (iii) o terceiro termo gera crescimento do produto por trabalhador ao longo do tempo; 105 A taxa de crescimento de equilíbrio: implicações (iv) o modelo busca dar uma resposta a questão das diferenças de níveis tecnológicos entre as economias, ou seja, porque máquinas e novos fertilizantes são usados na agricultura dos EUA, enquanto que na Índia ou na África ainda prevalecem métodos mais intensivos em mão-de-obra? A resposta dada pelo modelo é que o nível de qualificação das pessoas nos EUA é muito superior aos dos países em desenvolvimento. As pessoas nos países desenvolvidos aprenderam, ao longo dos anos, a usar bens de capital muito mais avançados, enquanto nos países em desenvolvimento investiram menos tempo no aprendizado do uso de novas tecnologias. ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 36 106 Política Econômica no Modelo de Lucas (1988) A política governamental pode afetar o crescimento de dois modos: (i) mudanças na eficiência da escolaridade; (ii) mudanças na atratividades da educação ou na escolaridade. 107 Crescimento e Educação 108 Renda per capita e Educação ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 37 109 Sites Indicados http://www.econlib.org/library/Enc/HumanCapital.html http://www.bris.ac.uk/Depts/Economics/Growth/refs/humanc.htm http://www.ecn.bris.ac.uk/www/ecjrwt/abstracts/oecdsurv.htm ECONOMIA DO TRABALHO: A TEORIA DO CAPITAL HUMANO PROF. GIACOMO BALBINOTTO NETO UFRGS/PPGE
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