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DIARREIA AGUDA MÓDULO I - SAÚDE DO ADULTO, DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITOS E ICTÉRICIA Coordenadora: Naira Fausto Caso Clínico M.S.D., 15 anos, sexo feminino, procura a UPA de Guanambi com quadro iniciado, há 72 horas, de diarreia aquosa e profusa (fezes tipo 7 da escala de Bristol), cerca de 5 episódios, sendo que, no primeiro dia do quadro, também apresentou um pico febril não aferido e quatro episódios de vômitos. A paciente nega a presença de muco, sangue ou resto de alimentos não digeridos nas fezes. Relata que, nas últimas 24 horas, não estava aceitando líquidos devido às náuseas, mas que hoje, ao despertar, está ávida por água. Informa que fez uso de repositor da flora intestinal, loperamida e antiemético, sem melhora. Nega viagens nos últimos 10 dias. Faz uso de água tratada. Informa que, na escola, alguns de seus colegas ausentaram-se das aulas devido a uma suposta “virose”. Ao exame: enoftalmia, normocorada, mucosas secas, turgor da pele diminuído. Aparelho respiratório: murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos adventícios, frequência respiratória: 18 irpm. Aparelho cárdio-vascular: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, sem sopros, pulsos cheios e perfusão capilar menos que 2 segundos, FC 120 bpm. Abdome: normotenso, indolor à palpação e sem massas palpáveis. O médico prescreveu hidratação venosa com SF 0,9% e, posteriormente, sais de reidratação oral, para casa. Vírus? Bactéria? Verme? 01 02 OBJETIVOS ANALISAR a diarreia aguda, considerando: conceito, epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, quadro clínico, classificação, diagnóstico, tratamento e complicações. DESCREVER os tipos de diarreia e seus aspectos semiológicos. Coordenadora: Naira Fausto CONCEITO Definida como o aumento do volume, da fluidez ou da frequência das evacuações, quando comparada ao padrão normal do paciente. HIGHLIGHTSE P I D E M I O L O G I A A prevalência mundial é de 3 a 5 bilhões de casos/ano; 5 a 10 milhões de mortes/ano; No Brasil, em 2007, 5 em cada 1.000 mortes foram causadas por diarreia aguda infecciosa. *Imagem meramente ilustrativa Viajantes FATORES DE RISCO Alimento e água contaminada Creches Uso recente de antibióticos Imunodeficiência PromiscuidadeSexual E T I O L O G I A BACTERIANA VIRAL INTOXICAÇÃO OUTROS Rotavírus Norovírus Algumas doenças E. coli Salmonella Clostridium Botulinum PARASITÁRIA Giardia Cryptosporidium Shigella Medicamentos Staphylococcus aureus Trichuris trichiura FISIOLOGIA Nutrientes digeridos Eletrólitos e fluídos Absorção passiva de água pelo transporte ativo do Na+. Intestino Delgado Intestino Grosso FISIOPATOLOGIA DIARREIA OSMÓTICA DIARREIA SECRETÓRIA DIARREIA INFLAMATÓRIA DIARREIA FUNCIONAL DIARREIA DISABSORTIVA Diminuição da absorção e/ou aumento da secreção. Aguda Persistente Crônica DURAÇÃO Alta Baixa ORIGEM CLASSIFICAÇÃO TIPOS E SEUS ASPECTOS DIARREIA INFECCIOSA Náuseas; Vômitos; Dor abdominal. DIARREIA SECRETORA DIARREIA INFLAMATÓRIA DIARREIA OSMÓTICA Fezes ácidas; Cessa com jejum; Não há diarreia noturna. Grande volume de líquido e eletrólitos; Raramente com sangue ou muco; Não cessa com jejum. Menor volume; Maior frequência; Característica desintérica. TIPOS E QUADRO CLÍNICO COMPLICAÇÕES Desidratação grave; Desnutrição; Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos; Insuficiência Renal Aguda; Síndrome Hemolítico Urêmica; Convulsões; Septicemia. DIAGNÓSTICO EAF Coprocultura Imunoensaios para toxinas EPF Anamnese + Exame Físico Hemograma Bioquímica sérica ESCALA DE BRISTOL 1-2: constipação intestinal; 3-4: consistência normal; 5-7: perdas diarréicas. TRATAMENTO Dieta; Hidratação; Oral ou intravenosa Antidiarréicos; Probióticos; Antimicrobianos; NÃO FARMACOLÓGICO FARMACOLÓGICO ESTADO DE HIDRATAÇÃO O QUE FAZER? PLANO A Hidratação em casa PLANO B UBS PLANO C Hospitalar AGRADEÇO A ATENÇÃO Coordenadora: Naira Fausto
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