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VITALIDADE FETAL Recurso que auxilia o obstetra a diferenciar casos nos quais a conduta pode ser seguimento da gestação, sem prejuízos fetais, daqueles nos quais está indicada interrupção imediata para reduzir a morbimortalidade fetal. Laís Rios Saad – T9 CARDIOTOCOGRAFIA DEFINIÇÃO E PARÂMETROS O objetivo principal é obter traçado que apresente, no mínimo, duas acelerações da frequência cardíaca fetal (FCF) dentro de um período de 20 minutos. FC (110-160): avaliada pela linha de base. Aceleração transitória: aumento de 15 bpm por 15 segundos, está associado ao MF. Se for < 32 semanas, 10 bpm por 10 seg. Variabilidade: é a oscilação da linha de base da FC. Desacelerações: quedas dos BCF. INDICAÇÃO Gestação de alto risco → na grande maioria com 32 semanas. Em gestantes com vários fatores de risco → a partir de 26-28 semanas. É um exame de alta sensibilidade, mas baixa especificidade, ou seja, pode dar muito falso positivo, por isso não é indicado em gestação de baixo risco. OBS: uma CTG com feto bradicardico com pouca variabilidade deve- se pensar em hipóxia fetal! DIP I ou PRECOCE DIP II ou TARDIA DIP III ou VARIÁVEL Quedas do BCF que coincidem com as contrações uterinas e correspondem à compressão do polo cefálico durante a contração. Não precisa de conduta imediata. As quedas do BCF acontecem 20 segundos após as contrações. Pode corresponder à hipoxemia fetal aguda por insuficiência uteroplacentária. Exigem conduta obstétrica e, se recorrente, com demora para recuperação pra linha de base, está indicado cesárea de urgência. As quedas do BCF são associadas à compressão do cordão umbilical, que ocorrem sem relação com a contração uterina. Não indicam conduta obstétrica de urgência. Mas podem indicar hipóxia fetal. CLASSIFICAÇÃO CATEGORIA I ou NORMAL CATEGORIA II ou INDETERMINADA CATEGORIA III ou ANORMAL TUDO que tem de normalidade. Linha de base normal; Variabilidade normal; Ausência de DIP II ou III; DIP I ausente/presente; Aceleração presente/ausente. Conduta expectante. Critérios que não enquadram em I e III. Reavaliação. Variabilidade ausente e +1 dos seguintes: DIP II; DIP III; Bradicardia; Padrão sinusoidal. Identificar a causa e parto pela via mais rápida. PERFIL BIOFISICO FETAL DEFINIÇÃO E PARÂMETROS Método de avaliação do bem estar fetal que inclui atividades biofísicas e a estimativa do volume de LA. Avalia: CTG basal; Movimentos respiratórios; Movimentos corpóreos; Tônus fetal; ILA. Cada parâmetro analisado recebe pontuação de 0 a 2. Nota mínima: 0; Nota máxima: 10. INDICAÇÃO Pacientes com CTG normais (avaliar oligodramnia); Pacientes com CTG suspeita (diminui falso positivo); Pacientes com patologias (diminui prematuridade iatrogênica); USG Teoria da hipóxia gradual Mov Respiratórios 1 ou + episódios de movimentos respiratórios/torácicos, rítmicos com 30 segundos de duração. Mov Corpóreos Presença de 1 movimento rápido e amplo ou 3 movimentos corporais lentos em 30 minutos Tônus fetal Feto fletido ou presença de movimento fetal satisfatória. Se não tiver movimentos, observar movimentos de sucção e abertura e fechamento das mãos. ILA ÚNICO marcador de SF crônico!!! Maior bolsão ≥ 2,0 cm ou ILA > 5,0 cm. PONTUAÇÃO INTERPRETAÇÃO CONDUTA 8 ou 10 com ILA normal Baixo risco de hipoxemia Conservadora 8 com ILA ≤ 5 Possível SFC Conduzir protocolo de oligodramnia 6 com ILA normal Possível SFA Se > 34 semanas: resolução; Se < 34 semanas: repetir em 6 horas, se persistir resultado, resolução 6 com ILA ≤ 5 Possível SFA e SFC Resolução com 32 semanas e considerar corticoterapia 4 independente do ILA Alto risco de SFA com ou sem SFC Resolução 2 ou 0 Alto risco de SFA com SFA Interromper na viabilidade fetal DOPPLERVELOCIMETRIA DEFINIÇÃO E PARÂMETROS INDICAÇÃO Avalia a circulação placentária e fetal, por meio da relação entre sístole e diástole dos vasos. Circulação uteroplacentária (materna): artérias uterinas; Circulação fetoplacentária: artérias umbilicais; Circulação fetal: artéria cerebral média e ducto venoso. Avaliação qualitativa: forma da onda; Avaliação quantitativa: índices; 1. Índice de pulsatilidade: S-D/VEL. MÉDIA 2. Índice de pulsatilidade para veias: S-CONTRAÇÃO ATRIAL/VEL MÉDIA. 3. Relação sístole/diástole 4. Índice de resistência: S-D/S DM; HAS; Trombofilias; Cardiopatias; Pneumopatias. ARTÉRIAS UTERINAS ARTÉRIAS UMBILICAIS Avaliam invasão trofoblástica, se inadequada, causa alta resistência vascular. Maior risco de CIUR e pré-eclâmpsia. Alterações: 1º trimestre IP > 95 Após 24 semanas Incisura protodiastólica bilateral Reflete resistência placentária, pode ser por placentação inadequada, infartos placentários, tromboses no leito placentário. Alterações: IP > 95 Relação sístole/diástole > 95 (30% da área acometida) Índice de resistência > 95 - B Diástole zero (70% da área acometida) - C Diástole reversa (70% da área acometida) - D ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA Em caso de alteração de artérias umbilicais eu realizo o doppler da cerebral media porque pode estar havendo um aporte menor de nutrientes e oxigênio ao feto, assim haverá uma resposta hemodinâmica fetal chamada de centralização. O feto então prioriza as áreas nobres, como: cérebro, coração e suprarrenais. Não está relacionado com o prognóstico do RN, pois é um mecanismo de defesa fetal. DUCTO VENOSO A adaptação fetal continua e, após a vasodilatação dos territórios nobres, há vasoconstrição dos demais territórios. É a alteração do ducto que tem relação direta com acidose no nascimento!!! Ele determina o momento do parto. CONDUTA IP < 1,0 Conservadora IP entre 1,0 e 1,5 Medidas para prematuridade e parto IP > 1,5 Parto imediato
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