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Trichuris e Oxyurus

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Esses parasitas vivem no intestino grosso do homem. 
Tricuríase: infecção e doença causada pelo trichuris, conhecido como 
verme do chicote, porque tem uma parte do corpo bastante delgada, que se 
assemelha a ponta do chicote, e a parte mais resistente. 
• Ordem: Trichineliida 
• Família: Trichruidae 
• Espécies de interesse médico: Trichuris trichiura. 
• Nematodas parasitas de intestino grosso dos humanos (cólon e ceco); 
• 15,9 milhões de infectados no Brasil; 
• Geohelmintos de transmissão semelhante ao Ascaris, pois possui uma femea ovípara que bota ovos, 
que saem para o meio externo, e lá ele se embriona, mas o ovo não eclode no meio externo. Então, 
a contaminação se dá pela ingestão do ovo com a larva infectante. 
Epidemiologia: 
• Países em desenvolvimento dos trópicos e subtrópicos; 
• Afeta cerca de 800 a 1000 milhões de pessoas; 
• Alta prevalência na Ásia, China; 
• Pode viver no organismo de 5 até 8 anos. 
Características: 
• Adultos 3-5 cm: forma de chicote com afilamento 
da região esofagiana; 
• Machos e fêmeas são diferentes: dimorfismo 
sexual; 
o O macho tem uma cauda recurvada 
dorsoventral; 
o Fêmea: ovário e útero únicos, que se abrem 
na vulva, localizada na junção entre o 
esôfago e o intestino; 
o Macho: testículo único, canal ejaculador que termina com espículo protegido por bainha 
recoberta por espinhos, e sua extremidade posterior é curvada ventralmente. 
• Abertura bucal, desprovida de lábios e a capsula bucal é reduzida ou ausente, esôfago longo e 
delgado. 
Ovos: 
• 50-55 µm de comprimento; 
• Forma elíptica com poros salientes e 
transparentes nas extremidades; 
• Casca com 3 camadas distintas: lipídica externa, 
quitinosa intermediária e vitelínica interna. 
Ciclo: Direto 
O ciclo endógeno é apenas intestinal. 
Então tem-se um individuo infectado com os parasitas machos e fêmeas no intestino grosso, que irão 
liberar ovos na luz intestinal e que saem em estagio não embrionado. O embrionamento ocorre no meio 
externo (2-4 semanas de incubação no solo), formando a larva filarioide infectante, e a infecção se dá pela 
ingestão do ovo contendo a larva infectante em água ou alimentos infectados. Após a ingestão do ovo, ele 
vai passar pelo estomago e será liberado no duodeno, onde eclodirá, liberando a larva. Ela penetrará na 
mucosa, na região do ceco, e vai passar por 4 mudas até posteriormente dar machos e fêmeas adultas. 
Esses parasitas vivem aderidos à mucosa, e só a cauda fica do lado de fora. O ciclo endógeno desse 
parasita, que vai desde a ingestão do ovo e a liberação de novos ovos leva cerca de 60 a 90 dias. 
Patogenicidade: 
• A patogenicidade está muito relacionada á presença desses parasitas no intestino grosso, onde 
formam “tuneis” no epitélio para acomodar a extremidade anterior; 
• Tem a habilidade de romper a mucosa do cólon, que gera uma resposta inflamatória do hospedeiro. 
Dessa forma, em alguns casos, encontra-se sangue vivo nas fezes, por conta da lesão na mucosa 
(Disenteria hemorrágica); 
• Infecções maciças → Anemia Leve → de etiologia inflamatória (anemia de doenças inflamatórias 
crônicas. Alguns sangramentos diretos podem ocorrer no local onde o parasito se fixa/ulceração; 
• Quando o parasitismo é intenso, o T. trichiura pode se fixar no reto e provocar prolapso retal: o reto 
sai para fora do ânus, e que está relacionado ao peristaltismo retal, ao edema intestinal, que vai 
diminuir o lúmen, e algumas alterações que provocam a sensação de reto cheio. Então a forca para 
defecar a todo momento provoca o prolapso retal. 
• Crescimento infantil prejudicado: perda de proteínas diretamente pelo intestino. 
Manifestações clinicas: 
• Infecções médias: 
o Dores do tipo cólica, e as vezes diarreia. 
• Infecções intensas: 
o Disenteria (diarreia com muco e sangue), semelhante a amebiana e colite, e pode ocorrer 
prolapso retal; 
• Infecções crônicas em crianças: 
o Anemia, perda de apetite, desnutrição e retardo no desenvolvimento. 
Diagnóstico: 
Clínico: impossível nas formas leves e moderadas. 
• Casos intensos: diagnóstico para diferencial de outras patogenias do intestino grosso, como 
amebíase, balantidíase, disenterial bacilar e colites ulcerativas; 
• Prolapso retal: visualização dos parasitas na mucosa. 
Laboratorial: Identificação de ovos nas fezes. 
Tratamento: 
O tratamento é um pouco controverso, pois vários artigos trazem que esses parasitas possuem uma 
resistência a alguns anti-helmínticos. Mas outros trabalhos afirmam que a associação de pomoato de 
oxantel com pomoato de pirantel, ou mebendazel, ou até mesmo a associação de albendazol com 
vermectina, podem se mostrar eficientes no tratamento. 
Enterobiose ou oxiuríase: Verminose que causa coceira anal, característico em crianças 
jovens e até mesmo em adultos. Ocorre em 90 a 99% das crianças. São facilmente transmitidos de um 
individuo para outro, pois é um nematoda que não é um geohelminto, e é facilmente transmitido em 
ambientes fechados, por exemplo, no ônibus, na enfermaria infantil, na creche, etc. 
• Ordem: Oxyurida; 
• Família: Oxyuridae; 
• Espécie de interesse médico: Enterobius vermiculares; 
• Nematódeos parasitas do intestino grosso do homem (ceco e apêndice); 
• Helmintíase frequente em crianças com ampla distribuição; 
o Ocorre mais em regiões temperadas, pois as pessoas tomam menos banho. 
• Tendência à disseminação direta, sem passar pelo solo. 
Características: 
• A fêmea é, 
praticamente, o dobro 
do tamanho do macho. 
Este ultimo tem a cauda 
recurvada, e tem 
estruturas denominas 
asas. 
• Macho: 3-5 mm, 
raramente é encontrado 
– morre após a cópula. 
Tem a cloaca e o 
espículo. 
• Fêmea: 1 cm – útero tubular, atingindo toda a extensão do corpo. É bastante prolígera, produz uma 
grande quantidade de ovos. 
Característica peculiar: 
Acredita-se que a fêmea não 
tem capacidade de ovipor, ou 
precisa de oxigênio para 
ovipor. O fato é que ela 
sempre sai para a região anal 
para depositar os ovos, 
depositando-os na região 
perianal. Isso geralmente 
ocorre durante a noite. 
Quando ela deposita esses 
ovos, causa uma sensação de 
corpo estranho e dor na região 
anal. 
Deposita os ovos, e libera uma 
substância gelatinosa, que tem 
enzimas proteolíticas que 
muitas vezes são alergênicas, 
causando uma reação alérgica 
intensa. O ovo já é eliminado 
contendo as larvas, ou ele 
forma as larvas rapidamente na região anal. Quando a criança coça a região, espalha ovos para todos os 
lugares. 
Os ovos são embrionados rapidamente, eliminados pelo meio externo, pelas fezes ou pelo ato de coçar a 
região anal, e assim as pessoas ingerem esse ovo contendo as larvas infectantes. Os ovos eclodem na 
região do intestino delgado, liberando a larva que migra para a região do ceco, passando por vários 
processos, até alcançar a idade sexual. Eles não penetram na mucosa, se alimentam por restos de nutrientes 
que passam por ali. 
• Heteroinfecção: Por exemplo, a pessoa coça o ânus e pega no metal do ônibus, então outra pessoa 
coloca a mão lá, e leva a boca, se contaminando. Então a contaminação é muito fácil, e pode estar 
em qualquer lugar como mãos, roupa de cama, chão, cortinas, roupas, salas de aula, etc. 
• Autoinfecção externa: A pessoa coça o ânus, e leva a mão a boca. 
• Retroinfecção: Acontece quando uma criança ou adulto tem enterobiose, a fêmea sai durante a 
noite, deposita seus ovos na região perianal, e durante a manhã a pessoa não toma banho. O ovo 
eclode, e a larva começa a transitar na região anal do indivíduo, e entra novamente pelo ânus e 
migram até o intestino grosso. 
O período chamado de pré-patente, que acontece desde a penetração da larva no ânus ou da ingestão dos 
ovos, até a fase de adultos, vai de 30 a 60 dias. 
Patogenicidade: 
Não existem lesões anatomopatológicas características. As larvas migram pela pele da região anal, 
causandoreações inflamatórias. Podem acontecer infecção errônea, que acontece mais em meninas, por 
causa da proximidade da genitália feminina com a região anal. Então a menina não toma banho pela 
manhã, as larvas ficam migrando pela região anal, e pode acontecer da larva penetrar na vagina, atingindo 
as vias genitais femininas, causando infecções locais, como vaginites, entre outros. Então criança muito 
jovem com corrimento vaginal não purulento pode ser uma oxiuríase. 
Manifestações clinicas: 
As manifestações clinicas são de acordo com o grau de infecção. 
• Infecções leves: pouca ou nenhuma sintomatologia. 
• Ação mecânica: prurido, dor e sensação de corpo estranho; 
• Lesão da mucosa com escoriação da pele e infecção secundária; 
• Invasão genital: vaginite, metrite, salpingite e ovarite. Causa alterações de comportamento, pois o 
prurido interfere com as atividades escolares, sono, constrangimento. 
Diagnóstico: 
• Clínico: 
o Criança: prurido anal noturno e 
continuado, coceira, incomodo; 
o Adulto: menos frequente, outra 
etiologia, deve-se fazer outros 
exames para descartar outras 
patologias como candidíase, 
tricomoníases, infecções 
vaginais, alergias. 
• Laboratorial: achado dos ovos na região 
perianal, perineal e vulvar. 
o Método da fita adesiva 
(transparente) – Método de 
Graham. É importante ser feito 
pela manhã, sem a criança tomar 
banho. 
Epidemiologia: 
• Ocorre mais em crianças em fase escolar; 
• Transmissão doméstica e de ambientes coletivos fechados (creches, asilos, enfermarias infantis, etc.); 
• Evitar sacudir roupas de cama usada por crianças com oxiuríase; 
• Deve-se fazer muito bem a higiene pessoal das crianças, principalmente cortar as unhas. 
Tratamento: 
• Pomoato de pirantel; 
• Mebendazol; 
• Albendazol.

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