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Avaliaçã� laboratoria� d� funçã� hepátic� Introduçã� O fígado é a maior glândula do corpo, corresponde cerca de 2 a 5% do peso corporal, ele é responsável em realizar múltiplas funções, de síntese e armazenamento de substâncias, biotransformação, metabolismo, hematopoiese e digestão. As principais células que constituem o fígado são as células de Von Kupffer, macrófagos responsável pela atividade fagocitica do órgão. Os hepatócitos são a unidade funcional do fígado, possui alta capacidade mitótica e hipertrofia, o que confere grande potencial de regeneração deste órgão. O fígado não só recebe sangue arterial, a maior parte da sua vascularização, cerca de 70-75%, é oriunda da veia porta, o que lhe confere a capacidade de depurar o sangue. Devido seu caráter multifuncional, às hepatopatias são manifestadas em diferentes alterações laboratoriais. Doenç� hepátic� � Insuficiênci� hepátic� A doença hepática é caracterizada como afecções causadas por lesões de hepatócito e colestase, inflamação e obstrução dos ductos biliares. Envolve doenças obstrutivas intra ou extra hepática, processos inflamatórios, distúrbios metabólicos, hipóxia, neoplasias, intoxicação e traumatismo mecânico, o fígado também pode ser acometido secundariamente a outras afecções, como pancreatite e doença inflamatória intestinal. A insuficiência hepática é caracterizada pela incapacidade do órgão de realizar suas funções, ela é manifestada quando a acometimento de mais de 70% da massa funcional deste tecido. A insuficiência hepática pode ser causada por doença hepática, mas, nem toda hepatopatia culmina em insuficiência hepática. Avaliaçã� d� funçã� � lesã� A avaliação do fígado envolve uma abordagem diagnóstica múltipla, além dos exames bioquímicos e enzimáticos, também é frequentemente solicitado a realização de exames de imagem, em especial o ultrassom, para avaliar a integridade do órgão. Os exames devem ser interpretados levando em consideração as alterações de sinais clínicos. Indicaçã� par� avaliaçã� hepátic� Após realizada uma criteriosa anamnese e exame clínico, podem ser indicados exames de avaliação hepática nos casos de suspeita de doença hepática primária ou secundária, diagnóstico diferencial das icterícias, alterações no metabolismo proteico e para avaliação prognóstica. 1 Enzima� hepática� E�ima� d� �travasament� São consideradas enzimas de extravasamento aquelas que estão presentes no citosol e em organelas dos hepatócitos, e por algum dano celular, como necrose, lesão subletal de hepatócitos, propicia a saída dessas enzimas para o sangue e aumento dos seus níveis séricos. Geralmente são detectadas horas após a ocorrência da lesão. Exemplos: AST, ALT, SDH, GLDH E�ima� d� induçã� São consideradas enzimas de indução aquelas que estão presentes na membrana plasmática dos hepatócitos, por algum estímulo são sintetizadas em maior quantidade, resultando no aumento dos níveis séricos. Geralmente são detectadas dias após a ocorrência do estímulo. Exemplos: FA/ALP, GGT. Alanin� Aminotransferas� (ALT) E�im� d� �travasament� Funçã�: catalisa a transaminação reversível de alanina e alfa-cetoglutarato em piruvato e glutamato. Loca�: citosol dos hepatócitos. Mei� vid� plasmátic�: cães entre 17-60h, gatos até 3,5 h. Comportament�: geralmente o aumento sérico desta enzima é proporcional à lesão, porém, não é possível diferenciar a causa e o tipo de lesão. Se a lesão não progredir, os níveis desta enzima irão reduzir gradativamente ao longo das semanas. Pode também se elevar nas fases de regeneração hepática. Em doenças hepáticas crônicas, como a insuficiência hepática, a redução da massa funcional pode levar a concentrações normais desta enzima, mesmo o órgão estando acometido. Especificidad�: considerada indicador de lesão hepática (necrose ou lesão subletal) em cães e gatos, devido possuir especificidade hepática nessas espécies. Nos equinos e bovinos, apresenta baixa concentração, não sendo utilizada para avaliação hepática. Também está presente em menor quantidade nos músculos, sendo indicador de lesão muscular. Obs: como a massa muscular é maior que o fígado, é prudente ao se mensurar ALT também avaliar creatinoquinase (CK), enzima mais específica do tecido muscular. Doença� relacionada�: hipóxia, febre esteatose hepática, inflamação, toxinas bacterianas, hiperadrenocorticismo, shunt portossistêmico, PIF, Leptospirose neoplasias hepáticas, medicamentos (fenobarbital, glicocorticoides, barbitúricos, cetoconazol, tetraciclinas), plantas hepatotóxicas, aflatoxinas Aspartat� Aminotransferas� (AST) E�im� d� �travasament� Funçã�: catalisa a transaminação reversível aspartato e alfa-cetoglutarato em oxalacetato e glutamato. Loca�: citosol e membrana das mitocôndrias do hepatócitos. 2 Mei� vid� plasmátic�: cães entre 4-12h, gatos até 77 min, equinos entre 7 a 8 dias. Comportament�: se comporta de maneira semelhante a ALT, porém, tende a elevar-se em menor magnitude. Esta enzima pode estar em níveis de normalidade ou levemente aumentada em casos de hepatopatias específicas, doença hepática crônica e baixo gravidade, presença de toxinas inibidoras de enzimas transaminases. Em felinos e caninos, está o aumento sérico desta enzima está relacionado às mesmas causas da enzima ALT, porém, alguns estudos apontam que a enzima AST possui maior especificidade em lesões hepáticas causadas por lipidose. Em ruminantes e equinos, esta enzima geralmente já está incluída no perfil bioquímico destes animais, o aumento sérico desta enzima está relacionado às mesmas causas da enzima ALT. Especificidad�: considerada indicador de lesão hepática (necrose ou lesão subletal) em bovinos, equinos, aves e lagomorfos, devido possuir especificidade hepática nessas espécies. Nos gatos, cães e primatas, apresenta baixa concentração, não sendo utilizada para avaliação hepática. Também está presente em menor quantidade no músculo esquelético e cardíaco, e hemácias. Obs: como a massa muscular é maior que o fígado, é prudente ao se mensurar AST também avaliar creatinoquinase (CK), enzima mais específica do tecido muscular, procedimento recomendado em todas as espécies. Doença� relacionada�: para cães e gatos às mesmas doenças citadas para a enzima ALT, podem elevar a enzima AST, porém, em menor grau de magnitude. Outras causas: deficiência de selênio e vitamina E, doença do músculo branco, anorexia, intoxicação por Cestrum parqui, Senna occidentalis. Obs: Em casos de exercício intenso, lesões cardíacas e hemólise, a AST pode estar aumentada. Sorbito� desidrogenas� (SDH) E�im� d� �travasament� Funçã�: catalisa a oxidação reversível de sorbitol para frutose. Loca�: citosol dos hepatócitos. Mei� vid� plasmátic�: não é uma enzima muito mensurada na rotina devido sua alta instabilidade, no geral tem meia vida plasmática inferior a dois dias, voltando a níveis de normalidade em quatro e cinco dias. Em soro bovino é estável em temperatura ambiente até 5h, refrigerado até 24h, congelado até 48h. Em soro canino é estável em temperatura ambiente até 4h, refrigerado até 48h, uma semana quando congelado a -20ºC, um mês se congelado a -70ºC. Comportament�: o aumento da SDH sugere lesão subletal ou necrose dos hepatócitos. Em cães e gatos essa enzima não tem valor superior a enzima ALT quanto a detecção dessas lesões, já em ruminantes e equinos, a enzima SDH possui maior sensibilidade para detectar as lesões de hepatócitos. 3 Especificidad�: considerada enzima de maior hepato especificidade e indicador de lesão hepática (necrose ou lesão subletal) em gatos, cães, bovinos, equinos, devido sua grande quantidade presente nos hepatócitos, e baixa quantidade em outros tecidos. Glutamat� desidrogenas� (GLDH) E�im� d� �travasament� Loca�: mitocôndria dos hepatócitos de áreas periportais. Mei� vid� plasmátic�: não é uma enzima muito mensurada na rotina. Em soro canino é estável em temperatura ambiente até dois dias, refrigerado em 4ºC até sete dias, seis meses quando congelado a -20ºC. No entanto é preferível a mensuração da enzima ALT em cães e gatos. Comportament�:o aumento da GLDH sugere lesão subletal ou necrose dos hepatócitos, geralmente está envolvida com as mesmas causas de elevação de ALT. Especificidad�: considerada enzima de maior especificidade e indicador de lesão hepática (necrose ou lesão subletal) em bovinos e equinos. F�fatas� Alcalin� (FA/ALP) E�im� d� induçã� Funçã�: catalisa a hidrólise de ésteres de ácido fosfórico em ambiente alcalino. Loca�: membrana celular do fígado. a enzima FA possui duas formas de isoenzimas, a intestinal e a tecidual específica, que é encontrada no fígado, e em menor quantidade nos ossos, rins e placenta. Mei� vid� plasmátic�: meia vida da FA hepática e óssea é de 3 dias, em cães é observado um meia vida de seis horas. Em cães, a FA intestinal, renal e placentária tem meia vida de seis minutos, em gatos chega a dois minutos. Gatos possuem menores quantidades de FA, além de ter uma meia vida plasmática mais curta, logo, nessa espécie, todo aumento discreto dessa enzima é um achado significativo. A FA é estável no soro de 2-3 em temperatura ambiente, 2-3 refrigerada entre 0-4ºC, 1 mês congelado a -20ºC. Especificidad�: A maior parte da atividade de FA é oriunda do fígado. É a principal enzima indicadora de colestase em cães e gatos. Equinos e ruminantes tem menor especificidade desta enzima. Comportament�: o aumento da FA está relacionado à doença hepática (pode estar de 2-3x maior que o V.R), colestase (aumento de 10-15x maior que o V.R), atividade osteoblástica (aumento de 2-3x maior que o V.R), gestantes ( aumento de até 300% do V.R) Doença�/Process� relacionad�: Doença Hepatobiliar: O aumento está relacionado ao estímulo de maior produção da enzima, a dissolução das membranas dos hepatócitos pela ação dos ácidos biliares e a lesão celular que rompe as vesículas da membrana celular. Cães com colestase tem meia vida de FA de até 3 dias, enquanto os gatos de 6 horas. É frequente encontrar aumento de bilirrubina total e ácidos biliares, bilirrubina em cães e gatos com colestase. 4 Obs: Em cães a FA é considerada enzima mais específica para colestase, pois seus níveis se elevam antes da bilirrubina total. Atividade osteoblástica: animais jovens em fase de crescimento tendem a ter níveis de FA maiores que indivíduos adultos. Em animais adultos que estão passando por processo de cicatrização óssea devido a fraturas podem ter um aumento leve de FA, voltando ao normal com a consolidação óssea. Indivíduos acometidos por osteossarcoma podem ou não ter maiores níveis de FA, é observado que nestes casos, o prognóstico é ruim para pacientes com elevação da FA. Cães com hiperparatiroidismo 1º ou secundário, gatos com hipertireoidismo podem ter aumento de FA. Indução por medicamentos: muito observado em cães, a FA pode aumentar após a administração de corticosteroides e anti convulsivantes, como fenobarbital, fenitoína e primidona. Outros medicamentos envolvidos são cetoconazol, tiabendazol, fenobarbital, fenilbutazona, tetraciclinas e cefalosporinas. Colostragem: os neonatos que receberam colostro tem aumento marcante de FA nos primeiros dias de vida. Endocrinopatias: cães com hiperadrenocorticismo podem ter FA aumentada devido a elevação de glicocorticóides. Outras doenças são diabetes mellitus, hiperparatireoidismo e hipertireoidismo. Gam� Glutami� Transferas� (GGT) E�im� d� induçã� Loca�: membrana dos hepatócitos. Isoenzimas nos rins, pâncreas e intestino. Comportament�: a elevação dos níveis de GGT estão relacionados a indução de produção, casos de colestase, como a dissolução da membrana dos hepatócitos, liberando a enzima, e hiperplasia biliar. Também pode estar aumentada em casos de lesão hepática aguda, por haver liberação de fragmentos das membranas do hepatócito. Especificidad�: é a principal enzima indicadora de colestase em ruminantes e equinos. A maior parte da GGT do soro é oriunda do fígado. Obs: em casos de doenças hepáticas em cães, a GGT é mais específica, porém a FA é mais sensível. Em gatos, GGT é mais sensível, porém a FA é mais específica. Nessas espécies, é recomendado a análise do resultado dessas duas enzimas em casos de doenças hepatobiliares. Doença� relacionada�: às mesmas citadas para aumento de FA, com exceção da atividade osteoblástica. Obs: Neonatos que receberam colostro podem ter níveis elevados de GGT nas primeiras semanas de vida. Funçã� Hepátic� Bilirrubin� �si�: A bilirrubina é oriunda da degradação da hemoglobina devido a degradação de hemácias, que podem ser por hemólise extra e intravascular. A bilirrubina é transportada no organismo na forma indireta, ligada a 5 albumina, impedindo sua eliminação pela filtração renal, a forma direta, também chamada de conjugada com ácido glicurônico no fígado, isso permite solubilidade do plasma e possibilidade de excreção renal. Anormalidade�: Hiperbilirrubinemia: Hiperbilirrubinemia pré-hepática: Causada por processos de hemólise extra e intravascular, os níveis de bilirrubina indireta ultrapassam a capacidade de metabolização do fígado, levando ao aumento da bilirrubina indireta. Na hemólise extravascular, a destruição das hemácias em maior quantidade, a quebra da hemoglobina e liberação da bilirrubina indireta ocorre de maneira normal no fígado. Na hemólise intravascular, na qual, as doenças hemolíticas são as principais causadoras de hiperbilirrubinemia pré-hepática. A hemoglobina liberada forma complexos de haptoglobina, que são fagocitadas pelos macrófagos e liberada na forma de urobilirubina, resultando em hiperbilirrubinemia. Outros achados: ● redução do hematócrito ● aumento do urobilinogênio sanguíneo e urinário Hiperbilirrubinemia hepática: Caracterizada pelo aumento em conjunto da bilirrubina indireta e direta, indicando uma incapacidade do fígado em metabolizar a forma indireta e excretar a direta. As principais causas envolvidas são lesões nos hepatócitos que reduzem a capacidade enzimática, o que leva a inflamação e obstrução do sistema biliar, a não eliminação da bile leva a regurgitação da bilirrubina conjugada para o sangue. Outros achados: ● Aumento ou não do urobilinogênio sanguíneo e urinário, devido a comprometimento do ciclo entero-hepático. Hiperbilirrubinemia pós-hepática: Caracterizada pelo aumento da bilirrubina direta, devido à incapacidade de eliminação desta substância, sendo reabsorvida para o sangue. Está associado a colestase e processos obstrutivos intra e extra hepáticos. Outros achados: ● Aumento ou não da bilirrubina indireta ● Na obstrução total o urobilinogênio está ausente. Ácid� biliare� �si�: Os ácidos biliares são produzidos a partir do colesterol, são conjugados a aminoácidos, principalmente taurina, para serem armazenados na vesícula biliar e excretados na bile. Uma vez eliminados no intestino delgado, os ácidos biliares passam da sua forma primária para a secundária. ác. cólico -> ác. desoxicólico ác. quenodesoxicólico-> ác. litólico Em animais sadios é possível detectar um leve aumento desses ácidos pós-prandial, depois são reciclados pelo fígado. Indicam colestase, disfunção da circulação porta e avalia a função hepática. A coleta do exame é feita em jejum de 12h e após 2h o paciente alimentar de uma dieta rica em gordura, a partir 6 disso é feita a comparação dos níveis dos ácidos em ambos os momentos. Anormalidade�: Aumento dos ácidos biliares: Anormalidades da circulação porta: a mudança na circulação porta prejudica a reciclagem dos ác. biliares do intestino delgado para o fígado, alcançando assim a circulação sistêmica. Causas: shunt portossistêmico, displasia microvascular hepatoportal, shunt secundário à cirrose hepática grave. Redução da massa hepática funcional: menor quantidade de hepatócitos capazes de absorver os ác. biliares do sangue portal, aumentando os níveis séricos. Menor excreção de ácidos biliares na bile: relacionada a processos obstrutivos, extravasamento do ducto biliar e vesícula biliar. Ácidos biliares na urina: É comum haver aumento de ácidos biliares na urina em conjunto aos aumento séricos. Geralmente é feita razão ácidos biliares na urina: creatinina.Amôni� �si�: oriunda da atividade microbiana do trato gastrointestinal, no fígado, a amônia é convertida em uréia e proteínas. A amônia é uma substância tóxica para o organismo, logo, níveis altos dessa substância causam dano à saúde. Anormalidade�: Hiperamonemia: a elevação da amônia sérica é causada por alteração na circulação porta e redução de massa funcional do fígado. Está relacionada a encefalopatia hepática, shunt portossistêmico, insuficiência hepática, intoxicação por uréia. Urei� �si�: metabolizada através da amônia no fígado. Anormalidade�: Hiperuremia: Geralmente está relacionada com insuficiência hepática, menor capacidade de conversão de amônia em ureia. Albumin� �si�: o fígado é responsável pela produção de 90% da albumina, e representa cerca de 30-50% das proteínas séricas, devido a isso, é a proteína mais osmoticamente ativa e a principal proteína de transporte e ligação. Anormalidade�: Hipoalbuminemia: A redução da albumina ocorre quando a redução de mais de 60% da massa hepática funcional, acarretando em extravasamento de líquidos por queda na pressão osmótica, manifesta em ascite e edemas, além de pacientes acometidos ficam mais suscetíveis a intoxicações. Globulina� �si�: o fígado é responsável pela produção de maior parte das globulinas, com exceção das imunoglobulinas que são fabricadas nos tecidos linfóides. Envolve uma gama variada de funções, desde respostas imunológicas até transporte de substâncias. Possuem três tipos de globulinas: a-globulinas: 7 São dividas em a1, rápida, e a2, lenta, atuam no transporte de e tiroxina, lipídios, insulina, cobre, hemoglobina, na inibição da tripsina, quimiotripsina, trombina, como anticoagulante, proteases. Aumento: doenças inflamatórias agudas Redução: desnutrição, hepatopatias e síndrome nefrótica. b-globulinas: Representa a classe dos complementos C3, C4, hemopexina, transferrina, ferritina e proteína C reativa e fibrinogênio. Aumento: doenças inflamatórias agudas y-globulinas: Classe que compõem as imunoglobulinas IgA, IgG, IgM, IgE. Aumento: relacionado à maior atividade dos plasmócitos, linfócitos b diferenciados para produzir anticorpos, sensibilizados por resposta humoral. Relaçã� Albumin�:Globulin� (A:G) Este exame confere melhor interpretação das alterações das proteínas séricas fí Glic�� �si�: o fígado é responsável principalmente por armazenar e controlar os níveis de glicose no sangue. Os hepatócitos são responsáveis em converter a glicose em glicogênio, também produzem glicose através da gliconeogênese e liberam a glicose para o sangue por meio da glicogenólise. Anormalidade�: Hipoglicemia: Pode ser causada por alterações dos processos de glicogenólise e gliconeogênese. Hiperglicemia: Pode ser causada por insuficiência hepática, em casos de redução da absorção de glicose pelo fígado, resultando em hiperglicemia pós-prandial prolongada. Colestero� �si�: o fígado é responsável pela produção do colesterol e a bile é o meio de excreção para o organismo. Anormalidade�: Hipercolesterolemia: Pode ser causada por colestase e distúrbios extra hepáticos. Hipocolesterolemia: Pode ser causado por insuficiência hepática, shunt portossistêmico. Fatore� d� coagulaçã� �si�: o fígado é responsável pela produção da maior parte dos fatores de coagulação, além de produzir outras substâncias anticoagulantes como proteína C e S, antitrombina. Obstrução do sistema biliar podem resultar em redução de absorção de vitamina K, o que pode alterar a função de fatores de coagulação dependentes de vitamina K Anormalidade�: Pacientes hepatopatas podem ter alterações nos teste de tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada, antitrombina, proteína C e fibrinogênio. 8 Prova� Funcionai� Prov� d� �creçã� d� brom�sufaleín�(BSP) O objetivo da prova é avaliar a capacidade hepatobiliar de eliminar o BSP do organismo. A taxa de velocidade de excreção é um indicativo de percentual de massa funcional do fígado, porém, vale ressaltar que a eliminação dessa substância também depende da integridade das vias biliares e fluxo sanguíneo. Esta prova não é mais realizada na rotina laboratorial. Aumento: hepatopatias, necrose do músculo esquelético, infarto do miocárdio, necrose renal e pancreatite aguda. Font�: Anotações das aulas de patologia clínica. LOPES, S.T.A.; BIONDO, A.W.; SANTOS, A.P. Manual De Patologia Clínica Veterinária. UFSM - Universidade Federal De Santa Maria, 3. ed., 2007. 107p. STOCKHAM, S.L., SCOTT, M.A. Fundamentos de Patologia Clínica Veterinária. Ed. Guanabara Koogan, 2.ed., 2011. 744p. THRALL. A. M., Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 9
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