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7º SEMESTRE G.O 1 Sangramentos da segunda metade d gestação Caso clínico 1 - JAS, 38 anos, casada, engenheira. - DON: 3G 2Pc 0Ab IG=34 semanas (DUM e USG 9 semanas) - DOPA: Pré-natal insuficiente - Realizou apenas 3 consultas, sendo a última com 22 semanas, quando fez o USG morfológico. - DOPP: 2 cesarianas prévias, uma a pedido e outra por apresentação pélvica - DCC: tabagista (10 cigarros / dia, há 20 anos) - Queixa: episódios de sangramento há 2 semanas, com piora progressiva, sem cólica associada. Exame físico - BEG, corada, hidratada, afebril, eupneica, descorada +/4+ - PA= 110x70mmHg, FC=80bpm - AU=32cm - BCF=135bpm - MF+ - DU= ausente (sem contrações uterinas) - Tônus uterino normal - Especular: pequeno sangramento ativo pelo OE do colo. - Após realização de toque vaginal pelo residente, paciente evoluiu com sangramento vaginal importante e comprometimento da vitalidade vital à cesariana de emergência - ATENÇÃO: Não tem USG recente, mostrando localização da placenta, com queixa de sangramento, fora de trabalho de parto: NÃO FAZER TOQUE VAGINAL! Hipótese diagnóstica - Sangramento de segunda metade da gestação o Placenta prévia (PP) o descolamento prematuro de placenta (DPP) o Ruptura de vasa previa o Ruptura uterina USG - Feto único, em situação transversa, com BCF=130bpm, biometria compatível com 33 semanas - Líquido amniótico normal - USG – TV: Placenta recobrindo o OI (orifício interno) do colo - placenta prévia Placenta prévia Presença de tecido placentário total ou parcialmente inserido no segmento inferior do útero, após 28 semanas de gestação. 7º SEMESTRE G.O 2 Migração placentária - Até 28 semanas – Migração placentária - 90% PP diagnosticadas no segundo trimestre - resolução até o termo o Recobre o OI - persistência ao termo: 26% o Inserção baixa - persistência ao termo: 2,5% - Trofotropismo: “migra” para áreas de maior vascularização o Atrofia das porções localizadas em regiões de menor fluxo sanguíneo (próximas ao OI do colo) o Outra hipótese: movimento da placenta cada vez mais distante do OI do colo pelo desenvolvimento do segmento inferior (0,5 cm na 20a semana - 5cm no termo. Classificação (anterior) - Centro total = recobre totalmente o OI do colo - Centro parcial = recobre parcialmente o OI do colo - Marginal = borda placentária não atinge OI, mas se localiza em um raio de 2 cm de distância do mesmo - Lateral - não mais utilizado – hoje USG permite medir precisamente a distância Classificação atual (febrasgo) Placenta prévia - recobre parcial ou totalmente o OI do colo Placenta de inserção baixa - borda placentária se insere no segmento inferior do útero, não chega a atingir o 7º SEMESTRE G.O 3 OI, e se localiza em um raio de 2cm de distância do OI colo - Placenta previa (antiga centro total e centro parcial) - Placenta de inserção baixa (antiga marginal) Epidemiologia - Incidência global: 0,26% - 1% das gestações - HC-FMUSP = 1,9% - Aumento da incidência com aumento numero de cesáreas - Mortalidade Materna (EUA) = 0,03% casos de PP - Mortalidade perinatal: < 10% Fisiopatologia - Anormalidade de implantação o Situações em que o endométrio esteja danificado - deciduação deficiente - embrião buscará outros locais para sua nutrição Fatores de risco - Número de cesáreas prévias o 2 - risco de 1,9% o ≥ 3 - risco de 4,1% - Gestações múltiplas o Aumento frequência 40x - Antecedente pessoal de PP o Aumento 8x risco - Antecedente pessoal de curetagem uterina - Idade materna avançada o 19 anos: 1/1500 o > 35 anos: 1/100 - Multiparidade o Nulíparas: risco de 0,2% o Multíparas: risco de 5% - Tabagismo o Aumento Risco 2x - Mulheres que vivem em altitudes elevadas o Aumento área de superfície da placenta = > risco Morbidade materna - Hemorragia o Anteparto / Intraparto / Pós-parto o Causa da hemorragia: separação coriodecidual (formação do segmento inferior, contrações e dilatação) o Persistência da hemorragia: ineficiência da contração muscular das fibras miometriais do segmento inferior 7º SEMESTRE G.O 4 - Tranfusões e procedimentos cirúrgicos para controle de sangramento - Mortalidade o Países desenvolvidos: < 1% o Permanece elevada em países em desenvolvimento Morbidade neonatal - Prematuridade - Hipóxia - Restrição de crescimento Diagnóstico Qualquer gestante > 24 semanas com sangramento vaginal indolor - suspeita de PP (FEBRASGO) – Não é definição, sugestão para maior incidência e atenção a esses casos. Diagnóstico: o Clínico o Ultrassonográfico Frequência de sangramento na PP: o < 30 semanas: 33% o 30-36 semanas: 33% o Restante após 36 semanas Quadro clínico - Sangramento vaginal na 2ª metade da gravidez o Indolor o Vermelho-vivo o Início súbito o Reincidente o Gravidade progressiva - Vitalidade fetal geralmente preservada - Útero o Consistência normal - tônus uterino normal (entre as contrações) o 10-20% casos: contrações uterinas durante ou após o sangramento - Associação RPMO (ruptura prematura das membranas ovulares) e apresentações fetais anômalas - TV (toque vaginal) – PROSCRITO - < 10% casos são assintomáticos - diagnóstico pelo USG USG - Identificação de tecido placentário recobrindo ou muito próximo ao OI do colo - Relatar a distância do OI - Padrão-ouro: USG-transvaginal o Profissionais experientes o Introdução cuidadosa do transdutor o Distância de 2 cm do lábio anterior do colo - Suspeita < 28 semanas, assintomática- repetir com 32 semanas 7º SEMESTRE G.O 5 Tratamento - Diagnóstico no pré-natal - ORIENTAÇÕES: o Procurar hospital diante de sangramento o Evitar atividade física exagerada e atividade sexual o Seguimento com USG transvaginais - Conduta na vigência de sangramento: o Idade gestacional o Presença ou não de hemorragia e intensidade o Presença ou não de TP - Não esquecer da Ig anti-Rh se pacientes Rh negativo com CI negativo! - Suspeita de PP e paciente com sangramento vaginal com ou sem contrações o Internação imediata - Monitorização materna e vitalidade fetal ▪ Sinais vitais ▪ Exames laboratoriais ▪ Acesso calibroso o USG-TV para confirmar suspeita Conduta expectante - Sangramento sem repercussão hemodinâmica, em fetos pré-termo, desde que seja possível bom controle materno e fetal - 75% episódios de sangramento são auto-limitados (sem risco imediato para mãe e feto) - 50% casos: parto postergado por 4 semanas - Se chegar a termo e for uma placenta de inserção baixa, pode-se considerar parto vaginal - Repouso - Suplementação de ferro – perdas constantes. - Tocólise (controverso) – inibição de contração o Evitar beta-agonistas o Atosibana (antagonista da ocitocina) - Considerar controle domiciliar: o Clinicamente estável, sem sangramento por 48 h, orientada e com acesso fácil ao hospital o PP assintomática, diagnosticada ao USG Conduta ativa - Resolução imediata da gestação: o Sangramento incontrolável (alterações hemodinâmicas) o Vitalidade fetal alterada o Maturidade fetal comprovada o IG ≥ 37 semanas 7º SEMESTRE G.O 6 - Avanço da gestação = aumenta risco de sangramento significativo – indicada resolução com 37 semanas por cesariana - Distância entre placenta e OI do colo e risco de sangramento: o 11-20mm = pequeno risco (29- 31%) - pode ser avaliada possibilidade de parto vaginal o 0-10mm = risco aumentado de sangramento – cesárea - Óbito fetal - cesárea se placenta em contato com OI - Antes de se considerar via vaginal, avaliar também: IG, número de cesáreas, tempo de óbito, hemorragia, sistema de coagulação e condiçõesdo colo - Sempre reservar sangue! - Evitar incisar a placenta na histerotomia! Acretismo placentário Aderência anormal da placenta no miométrio, que apresenta ausência parcial ou total da decídua basal e desenvolvimento anormal da camada fibrinóide. Obs: quem sangra é a mae Decidualização: resposta materna à implantação o Aumento células estromais (lipídeos e glicogênio) – nutrição o junções adesivas - impedem a migração do embrião implantado o Secreta inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMPs) - invasão pelo trofoblasto regulada (até camada esponjosa da decídua) - Aumento incidência com o aumento de cesáreas. - Invasão desenfreada - acretismo placentário (placenta invade mais do que deveria ter invadido) Classificação - Acreta (80%) = adere ao miométrio - Increta (15%) = invade o miométrio - Percreta (5%) = ultrapassa o miométrio, atingindo serosa e, eventualmente, estruturas vizinhas (bexiga, ureter, intestino, omento) - Total = todos os cotilédones - Parcial = alguns cotilédones - Focal = 1 ou parte de 1 cotilédone - 1/ 533 partos - Perda sanguínea estimada num parto com acretismo = 2,5L - Morbimortalidade materna chega a 7% Fatores de risco - Cesárea anterior - Curetagem uterina - Miomectomia - Cirurgia video-histeroscópica - Idade materna > 35 anos - Multiparidade 7º SEMESTRE G.O 7 - Irradiação pélvica - Ablação endometrial Cicatriz uterina = decidualização deficiente - trofoblasto não encontra a camada esponjosa - sem limite para a invasão Aumento Número de cesáreas - aumento PP – auemnto acretismo (placenta previa- acreta-cesárea) Fator de risco mais importante: PP em mulheres com cesárea prévia Diagnóstico - Ultrassonografia o Sensibilidade = 77-93% o Especificidade = 71-96% - Perda do espaço hipoecoico retroplacentário - Adelgaçamento do miométrio subjacente (<1cm) - Irregularidade da interface útero-bexiga - Protrusão da placenta para a bexiga - Lacunas irregulares com fluxo turbulento - USG não esclarecedora/PP com predomínio posterior – RNM Planejamento do parto - Diagnóstico no pré-natal - Esclarecer riscos e possíveis evoluções a paciente e familiares - Parto: cesariana em centro de referência, com 36-37 semanas – equipe multidisciplinar - Histerectomia com placenta in situ – não tirar a placenta durante o parto - evitar choque Vasa prévia Vasos umbilicais cursam através das membranas sobre o OI do colo e à frente da apresentação fetal, desprotegidos da estrutura placentária e do cordão. - 1/2500 nascimentos --- Fatores de risco: gemelaridade, reprodução assistida, PP, placenta bilobulada - Obs: Quem sangra é o bebe 7º SEMESTRE G.O 8 Variantes - Inserção velamentosa do cordão: na membrana placentária, usualmente próximo ao bordo placentário - 0,5-1,5% gestações únicas - 15% gestações gemelares (principalmente monocoriônicas) - Decorrente de vasos caminhando entre os lobos de uma placenta sucenturiada / bilobada Ruptura de vasa previa Quadro clínico - Sangramento vaginal - Anormalidade da FCF após amniorrexe- rápida exsanguinação fetal (perda de 100mL = choque e morte fetal) Diagnóstico - Diagnóstico clínico, no parto - cesariana de emergência - Diagnóstico antenatal (doppler 3º T) o Cardiotocografia semanal o Corticóide o Cesariana eletiva ~ 36 semanas Caso clínico 2 - MAS, 32 anos, casada, arquiteta. - DON: 2G 1Pc 0Ab IG=35 semanas (DUM e USG 9 semanas) - DOPA: - - DOPP: - - DCC: Hipertensa (bem controlada na gravidez), tabagista (10 cigarros / dia, há 20 anos - Queixa: sangramento há 20 minutos, com dor abdominal intensa. Exame físico - REG, corada, hidratada, afebril, eupneica, fácies de dor - PA= 110x70mmHg, FC=96bpm - AU=33cm - BCF=100bpm - MF e DU difíceis de avaliar: 5 contrações em 10 minutos (?) - Tônus uterino aumentado - Especular: pequeno sangramento ativo pelo OE do colo. - TV: colo posterior, esvaecido 20%, pérvio 2cm, bolsa íntegra e tensa, dificultando avaliar apresentação Descolamento prematuro de placenta o Sangramento vaginal de segunda metade o Dor abdominal associada 7º SEMESTRE G.O 9 o Hipertonia uterina o Alteração da vitalidade fetal Descolamento prematuro de placenta Separação da placenta normalmente inserida, de forma parcial ou completa, antes do nascimento do feto, em gestações > 20 semanas. - Causa significativa de morbimortalidade materna e perinatal - Separação intempestiva - É uma emergência! - Obs: quem sangra é a mãe. Epidemiologia - 1% das gestações – 2/3 graves - Responde por 10% dos partos prematuros - 40-60% ocorrem em < 37 semanas - 14% em < 32 semanas - Mortalidade materna: 0,4 / 1000 casos o 20% mortes maternas por hemorragia - Mortalidade perinatal = 12% (1/3 das mortes perinatais) o Asfixia intrauterina o Prematuridade Fisiopatologia Etiologia especulativa: o Eventos mecânicos súbitos (trauma abdominal, descompressão uterina rápida) o Acidentes automobilisticos (aceleração – desaceleração do útero) o Processo patológico placentário crônico ▪ anormalidades no desenvolvimento precoce das artérias espiraladas - necrose decidual, inflamação, infarto - disrupção vascular e sangramento - Tração da placenta (inelástica) - Hemorragia arterial, de alta pressão, na área central - sangramento grave - Hemorragia venosa, de baixa pressão, na periferia da placenta (descolamento marginal) - hemorragia intermitente leve, oligoâmnio, restrição de crescimento - Cocaína e tabagismo: vasoconstrição - Anormalidades uterinas: decidualização inadequada Fatores de risco - DPP prévio (recorrência de 10-15x) - Síndromes hipertensivas o Risco 5x > de DPP grave o Hipertensas crônicas: medicamento não diminui risco - Tabagismo o Risco 2,5x > de DPP grave o Efeito sinérgico com hipertensão - Cocaína o 10% usuárias no 3o T terão DPP - Trauma materno grave (aumento 6X risco) 7º SEMESTRE G.O 10 Quadro clínico - Sangramento vaginal leve a moderado - Dor abdominal e / ou nas costas - Contrações uterinas (taquissistolia) - Hipertonia uterina - Anormalidades da FCF - CIVD e óbito fetal – DPP extenso Classificação USG - Útil para identificar hematoma retroplacentário e para diagnóstico diferencial em mulheres com sintomatologia vaga e dúvidas diagnósticas - Diagnóstico é clínico!! - Hematoma retroplacentário o Achado mais frequente o Ausência não exclui DPP grave (pode não ter se organizado ainda) Diagnóstico diferencial - Trabalho de parto o Sinais e sintomas de início mais gradual - PP o Geralmente indolor o 10-20% apresentam contrações - Ruptura uterina - USG se QC estável e tempo dispensado para a realização do mesmo não atrasar a conduta corretiva! 7º SEMESTRE G.O 11 Conduta - Individualizar! o Extensão e classificação do DPP o Comprometimento materno e fetal o Idade gestacional - Acessos calibrosos - Reposição volêmica - Monitorização fetal contínua - Exames - Teste do tubo seco Via de parto no DPP Coagulopatia no DPP - Sangramento decidual à liberação de tromboplastina à gera trombina: o Hipertonia uterina o Produção de fatores inflamatórios ▪ RPMO ▪ Deficiencia da ação da Progesterona - desencadeamento de atividade uterina ▪ Distúrbios de coagulação - Hemorragia + Ativação da cascata de coagulação - consumo dos fatores - CIVD (10% casos) Útero de Couvelaire - Apoplexia útero-placentária - 10-20% casos = hemorragia oculta intensa - dissocia miofibrilas do miométrio - Monitorização materna ainda mais rigorosa após parto - Associado a atonia e hemorragia puerperal com coagulopatia 7º SEMESTRE G.O12 Recorrência DPP - Após 1 DPP = 3 - 15% - Após 2 DPP consecutivos = 20 – 25% - Risco maior após DPP grave (do que leve) - Se óbito fetal à incidência de 7% de DPP com morte fetal em gestação futura Descolamento crônico - Hemorragia leve, intermitente + manifestações de doença placentária isquêmica o Oligoâmnio o Restrição de crescimento o Pré-eclâmpsia - Risco de RPMO - Coagulação geralmente normal - USG: hematoma placentário - Descolamento crônico, < 34 semanas, com mãe e feto estáveis -- Conduta conservadora o Corticóide o Tocolítico o Monitoramento fetal o Monitoramento do hematoma o Parto entre 37 e 38 semanas Rotura uterina Abrupta solução de continuidade da parede uterina, envolvendo todas as suas camadas, inclusive a serosa superficial Significativas alterações das condições maternas e fetais ≠ Subclínica / incompleta ou deiscência uterina = clinicamente oculta o Serosa íntegra o Achado na cesariana - Dor lancinante, seguida por melhora abrupta - Choque - Parada das contrações - Toque vaginal: não se toca mais a apresentação fetal - BCF inaudível Epidemiologia - Países de alta renda - prova de TP em mulheres com cicatriz uterina - Países de baixa renda - TP obstruído e falta de acesso à assistência o Frequência inversamente proporcional à qualidade da assistência pré-natal e durante o TP - Mais raramente: rotura fora de TP, em mulheres com cicatrizes uterinas prévias - Incidência global: 5,3 / 10000 partos (OMS) - Com cicatriz uterina: 325 casos / 100 mil nascimentos - Primigestas: 1 / 5700 – 1 / 20 mil gestações Fatores de risco - AP de rotura em gestação prévia o Recorrência: 5 – 7,5% - Incisão uterina o Cesariana clássica = 1-12% o Segmento inferior transversal = 0,7% 7º SEMESTRE G.O 13 - Indução do TP o Com cesariana anterior (1,5%) X sem (0,8%) o Prostaglandinas (2,45%) X ocitocina (1,1%) - Fragilidade miometrial intrínseca o Malformações uterinas o Doenças do colágeno - Sobredistensão da cavidade amniótica o Gestação múltipla o Polidrâmnio o Macrossomia - Traumas o Acidentes o Manobras obstétricas (kristeller, versões) Prováveis Fatores de Risco o Multiparidade (>3) o Idade materna avançada o Distócias de progressão e descida o Acretismo placentário o Intervalo interpartal < 18 meses o > 1 cesariana prévia - Locais de rotura: o Corporal o Segmentária o Segmento-corporal Fisiopatologia - Região fúndica = + espessa - empurra concepto para baixo - Segmento inferior = mais delgada - facilita a descida do bebê - Entre as duas: anel fisiológico de constrição (identificável durante o TP e que desaparece entre as contrações) - Sobrecarga muscular: o Condições de fragilidade da parede muscular - distensão do segmento inferior o Distensão exagerada - Afilamento maior do segmento inferior e possível ruptura - Formação de anel de constrição patológico (anel de Bandl) Quadro clínico - Subaguda – Deiscência o Assintomática o Diagnóstico no intra-operatório - Sinais precursores (nem sempre presentes) o Aumento da intensidade das dores da contração o Agitação e ansiedade o Sindrome de Bandl-Frommel (IMINÊNCIA DE ROTURA): ▪ Formação do anel de constrição entre fundo uterino e região inferior, que não desaparece entre as contrações - anel de Bandl ▪ Palpação dos ligamentos redondos retesados - sinal de Frommel 7º SEMESTRE G.O 14 - Ruptura da parede: o Interrupção das contrações e melhora da dor o Sangramento externo ou oculto o Choque hemorrágico (mal estar, aumento FC e diminuição PA) o Ausculta fetal: bradicardia à ausente o Não se toca mais a apresentação o Dor escapular (sinal de Laffont) o Hematoma periumbilical (sinal de Cullen) o Pode alcançar órgãos vizinhos (rotura complicada) Diagnósticos diferenciais - DPP - Ruptura de hematoma hepático (pré- eclâmpsia grave) - Trauma abdominal materno - Abdome agudo de causas não obstétricas Tratamento - Laparotomia de emergência - 2 objetivos principais o Estabilização hemodinâmica materna o Correção cirúrgica da lesão que levou a instabilidade - TP com cardiotoco não tranquilizadora, instabilidade hemodinâmica e dor abdominal severa - interrupção emergencial da gestação (independente do diagnóstico etiológico do quadro) - Diagnóstico é clínico! Queremos diagnosticar antes da ruptura! - Se correção ou hemostasia adequada não possíveis: histerectomia (33% casos) - Prognóstico sombrio: o mortalidade perinatal entre 45 – 70% o Mortalidade materna= 5% - Intervalo entre identificação da rotura e nascimento > 18 minutos – aumento morbidade neonatal 1)DPP 2)Vasa prévia 3)PP 4)Rotura uterina 5)Vasa prévia 6)Acretismo 7º SEMESTRE G.O 15 7)Vasa prévia 8)DPP 9)Rotura uterina 10)DPP
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