Buscar

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA-INTERNATO:ROTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS OVULARES (RPMO)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

7º SEMESTRE G.O 
1 
 
Rotura prematura das membranas
Conceitos 
Rotura espontânea das membranas 
coriônica e amniótica antes do início do 
trabalho de parto, independentemente da 
idade gestacional (IG) 
Independentemente da conduta adotada, 
1⁄2 casos no pré-termo nascerão em 
uma semana 
 
- Prematura: antes do TP 
- Precoce: no início do TP 
- Oportuna: na fase ativa da dilatação 
- Tardia: período expulsivo 
- RPMO – Termo > 37 semanas 
- RPMO – Pré termo < 37 semanas 
- Rotura alta das membranas: quando 
o rompimento ocorre fora da região do 
colo uterino. Se toca a bolsa ou mesmo 
se visualiza a mesma 
 
 
 
 
Principais consequências 
o enterocolite necrosante e infecção 
intra-amniótica (presente em 15% 
a 35% dos casos), 
o Descolamento prematuro de 
placenta 
o Complicações da prematuridade, 
incluindo desconforto respiratório, 
hemorragia intracraniana, enterpse 
neonatal, 
- 10% de todas as gestações - mais 
comum após 37 semanas (7% a 8%), 
- trabalho de parto espontâneo em cerca 
de 90% dos casos nas primeiras 24 
horas, 
- < 37 semanas - 2% a 3%, 
- 2016 - 1⁄3 (32,6%) de todos os partos 
prematuros dos EUA 
Etiologias 
3 grupos: 
o Aumento da pressão intrauterina 
o Fraqueza do colo e das 
membranas 
o Processo infeccioso e/ou 
inflamatório 
Aumento da pressão intrauterina 
- Hiperdistensão uterina (polidrâmnio, 
gemelidade), 
- Miomatose uterina, 
- Contrações uterinas, 
- Malformações müllerianas e 
- Excesso de movimentação fetal 
 
7º SEMESTRE G.O 
2 
 
Fraqueza do colo e das membranas 
- Deficiência de alfa- 1-antitripsina 
- Síndrome de Ehlers-Danlos (alteração 
do colágeno) 
- Fatores nutricionais 
- Incompetência cervical 
- Cervicodilatação precoce 
Processos infecciosos 
- Infecção ascendente do canal vaginal, 
que chegaria até o colo e as 
membranas: Gardnerella vaginalis, 
Neisseria gonorrhoeae, Estreptococo do 
grupo B, Escherichia coli, Bacteroides sp. 
e outros 
Placenta prévia 
Pressão desigual no polo inferior do saco 
amniótico, e o tabagismo, com possível 
deficiência de oxigenação e consequente 
processo inflamatório 
SLUDGE 
Imagem hiperecogênica no polo inferior 
do saco amniótico, em contato direto 
com a parte superior do colo, com 
depósito de células de descamação e 
bactérias, em um colo curto 
 
 
Riscos de RPMO 
- Sangramento genital no segundo 
trimestre 
- colo curto 
- Baixo peso 
- Baixo nível socioeconômico maternos 
Fisiopatologia 
Aumento da pressão intra-amniótica + 
fraqueza na interface das membranas, 
 
Funções do líquido amniótico 
- Produzido principalmente pela urina do 
bebe 
- Proteger o feto de traumatismos 
externos 
- Impedir a compressão do cordão 
umbilical 
- Permitir o desenvolvimento dos 
sistemas musculoesquelético e 
respiratório fetais 
- Ação bactericida 
- Hidratação fetal 
- Manutenção da temperatura fetal 
Consequências 
- Perda da função protetora do feto 
- Hipoplasia pulmonar (20 e 25 semanas) 
e Deformidades osteomusculares e 
cutâneas >>> SÍNDROME DE POTTER 
7º SEMESTRE G.O 
3 
 
- Sofrimento fetal por compressão de 
cordão. 
- Diminuição da cavidade amniótica e 
uterina aumentado o risco descolamento 
prematuro 
- Apresentação fetal córmica ou pélvica, 
pode ocorrer prolapso de cordão e 
prolapso de membro fetal. 
Diagnóstico 
Clínico - anamnese e exame físico em 
90% das vezes. 
Anamnese - perda de líquido por via 
vaginal de forma abrupta, em quantidade 
moderada, que molha as roupas da 
paciente, sendo um líquido com cheiro e 
aspecto peculiares (não parecendo ser 
urina nem corrimento) 
Exame especular - escoamento 
espontâneo de líquido pelo orifício 
externo do colo uterino e/ou coletado 
em fundo de saco. 
o Manobra de Valsalva 
o Mobilização do polo fetal 
o Evitar o toque vaginal 
 
Teste de fenol: Mudança de coloração 
(laranja para vermelho) ao se instilarem 
algumas gotas do reagente no algodão 
ou gaze umedecidos com o conteúdo 
vaginal. 
 
Fita específica de PH: Avaliação direta 
do pH, com fitas específicas de pH. PH ≥ 
7,0 após umedecer a fita com o 
conteúdo vaginal 
fern test ou teste da lâmina 
aquecida: prova da cristalização do 
líquido amniótico “em samambaia”, após 
aquecimento do conteúdo vaginal 
disposto em lâmina. 
Provas diagnósticas auxiliares 
Amnisure – detecta a proteína 
microglobulina alfa-1 placentária por 
meio de imunocromatografia. 
 
Ultrassom 
- Índice de Líquido Amniótico (ILA) 
poderá ser útil para a confirmação de 
RPMO, quando houver constatação de 
oligoâmnio ou de líquido amniótico 
diminuído. 
- ILA normal não descarta a rotura de 
membranas 
- O oligoâmnio não confirma. 
- A ultrassonografia é muito útil na 
avaliação periódica posterior do ILA 
- Avaliação da vitalidade fetal - perfil 
7º SEMESTRE G.O 
4 
 
biofísico fetal, onde se nota ausência de 
movimentos respiratórios fetais (sinal 
indireto de corioamnionite 
- Conduta expectante, tais exames de 
vitalidade deverão ser repetidos 
diariamente. 
Conduta 
Expectante: 
o < 22 SEMANAS - aborto 
o > 26 SEMANAS - depende das 
condições da UTI neonatal 
Ativa 
o > 37 semanas 
o Aguardar parto vaginal espontâneo 
ou indução (evitar infecção) 
o Realizar cesariana 
o Não se indica antibioticoterapia 
1- Cultura de secreção vaginal 
2- Pesquisa de Estreptococco do grupo 
B, Chlamydia trachomatis e Gonococo 
3- Bacterioscópico (Gram) da secreção 
vaginal 
4- Hemograma com contagem de 
leucócitos e proteína C-reativa 2/2 dias. 
5- Avaliação clínica - sinais de infecção 
(frequência cardíaca e temperatura axilar 
deverão ser verificados pelo menos 
quatro vezes ao dia). 
Gestação abaixo de 25-26 semanas 
American College of Obstetricians and 
Gynecologists, 2016 
o aconselhamento da paciente 
o Esclarecimento sobre os riscos 
o cabe ao casal a decisão de 
continuar ou não a gravidez 
Ministério da Saúde brasileiro (Manual 
Técnico sobre Gestação de Alto Risco de 
2012) 
o Discutir com a gestante e seus 
familiares a conduta de indução 
nos casos abaixo de 24 semanas 
Gestação a abaixo de 26-37 semanas 
Hospital das Clínicas da FMUSP - 
resolução com 36 semanas 
o 55,2% - trabalho de parto 
prematuro 
o 6,9% - sofrimento fetal 
o 5,9% - corioamnionite 
o 27,2% - Gravidez sem 
intercorrências até a 36a sem 
Sinais sugestivos de corioamnionite 
Infecção da cavidade amniótica 
1-Taquicardia materna (> 100 bpm) ou 
fetal (> 160 bpm), 
2- Febre (≥ 37,8 oC), 
3- Contrações uterinas irregulares (útero 
irritável – dor a palpação), 
4- Saída de secreção purulenta e/ou 
com odor pelo orifício externo do colo. 
5- Leucocitose (> 15.000 leucócitos/mL 
ou aumento de 20%), 
6- Aumento do PCR em 20%, 
7- Ausência de movimentos respiratórios 
fetais 
8- Diminuição abrupta do ILA. 
 
 
7º SEMESTRE G.O 
5 
 
- Esquema 1: 
o CLINDAMICINA 900 mg IV 8/8 h 
(ou 600 mg IV 6/6 h) + 
o GENTAMICINA 1,5 mg/kg IV 8/8h 
(ou 3,5-5,0 mg/kg em dose única 
diária). 
- Esquema 2: 
o AMPICILINA 2g IV 6/6h ou 
PENICILINA G CRISTALINA: 5 
milhões de ataque + 2,5 milhões 
UI IV 4/4 h + 
o GENTAMICINA 1,5 mg/kg IV 8/8h 
(ou 3,5-5,0 mg/kg em dose única 
diária) 
o METRONIDAZOL 500 mg IV 8/8 h 
- Profilaxia para Streptococcus Beta 
Hemolítico 
o Ampicilina ou Penicilina Cristalina 
por 48 horas 
o Esquema de amplo espectro: 
ampicilina/amoxacilina + 
azitromicina 7 dias (não é mais 
utilizado) 
o Estrepto + - continuar com a 
medicação. 
Corticoterapia antenatal 
- Deve ser utilizada após afastada a 
presença de corioamnionite 
- Ciclo único de corticóide, com duas 
doses de betametasona IM de 12 mg, 
com intervalo de 24 horas. 
- Utilizada entre 24 e 34 semanas de 
gestação e ciclo único. 
- Contra indicação: presença de 
corioamnionite 
 
 
 
 
Obs: primigesta 
Conduta: 
DON: 1G 0P 0Ab 
IG: 32/1 
DPP: 18/11/20 
DOPA: RPMO – confirmar diagnósticoDOPP: - 
DCC: - 
Conduta expectante: 
- Cardiotocografia 
- Teste de fenol ou fita de PH 
- ultrassom (não obrigatório) 
- Internação 
- > 26 SEMANAS - depende das 
condições da UTI neonatal 
1- Cultura de secreção vaginal 
2- Pesquisa de Estreptococco do grupo 
B, Chlamydia trachomatis e Gonococo 
3- Bacterioscópico (Gram) da secreção 
vaginal 
4- Hemograma com contagem de 
leucócitos e proteína C- reativa 2/2 dias. 
5- Avaliação clínica - sinais de infecção 
(frequência cardíaca e temperatura axilar 
deverão ser verificados pelo menos 
quatro vezes ao dia). 
- Profilaxia para Streptococcus Beta 
Hemolítico: Ampicilina ou Penicilina 
Cristalina por 48 horas 
- Sem sinais de corioaminionite: Ciclo 
único de corticóide, com duas doses de 
betametasona IM de 12 mg, com 
intervalo de 24 horas.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes