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ATIVIDADE 6 - QUÍMICA UMA PANÓPLIA DE SETAS

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1 
 
 
PROFESSORA: WALLACE DUARTE FRAGOSO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA QUÍMICA 
ALUNO: JOHNNYS HORTENCIO 
 
ATIVIDADE 5: QUÍMICA - UMA PANÓPLIA DE SETAS 
 
 
 
 
As flechas são usadas em quase todos os campos da atividade humana. Na 
mitologia e na arte, elas fazem parte do arsenal de Apolo e Diana, como representação 
dos poderes supremos. As setas também foram usadas pelo Cupido, o deus romano do 
amor, da beleza, da fertilidade, e por seu álter ego grego, Eros. No cristianismo, o 
martirizado São Sebastião é mostrado perfurado por uma miríade de flechas, no qual 
sobreviveu apenas, para ser espancado até a morte por ordem do imperador Diocleciano. 
A origem da flecha se perdeu na antiguidade, porém alguns museus de 
arqueologia possuem coleções de pontas de flechas pré-históricas. Dentre elas, temos uma 
cena (Figura 1.a), que mostra caçadores com arco e flecha, encontrada nas pinturas pré-
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA - CCEN 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - DQ 
Figura 1. (a) Caçadores equipados com arco e flecha, retratos nas pinturas pré-históricas das cavernas 
de Valltorta (Castelló, Espanha). (b) Algumas flechas usadas pelos alquimistas e primeiros químicos 
como símbolos de substancias químicas. 
2 
 
históricas das cavernas de Valltorta, na Espanha. De acordo com a Figura, podemos 
observas que as fechas que os caçadores usam para atirar não tem cabeças, e que elas 
voam do arco para atingir o cervo. Mas as flechas saindo do cervo são mostradas com 
suas cabeças apontadas na direção errada, provavelmente devido a uma decisão 
deliberada do artista de tornar a linha simples reconhecida como uma flecha. 
Hoje são símbolos onipresentes, como vemos nos sinais de trânsito, no qual 
indicam para onde os motoristas devem ir, onde não podem ir ou aonde gostariam de ir. 
Porém na química, diferentes tipos de flechas desempenham uma ampla variedade de 
papéis, principalmente nas equações químicas. 
As setas estavam entre a infinidade de símbolos usados na alquimia e na química 
inicial, até que Hasenfratz e Adet propuseram um novo sistema de símbolos. Embora os 
símbolos dos alquimistas dificilmente fossem padronizados, havia um amplo consenso 
em apresentar o ferro e seu planeta associado, a Marte, por uma combinação de flecha e 
círculo, como podemos observar na Figura 1.b. 
A coleção dos símbolos alquímicos fora apresentada na Encyclopédie de Diderot 
e D’Alambert (1751-1772). Além desses símbolos mostrados na Figura 1.b, foram 
encontradas as setas, no qual foram utilizadas para representar operações como 
purificação ou esterificação de substâncias como catarro, alúmen, minium e urina. 
Em 1814, Berzelius propôs um alfabeto de símbolos atômicos, que fizeram com 
que as flechas desaparecessem dos textos de química. Isso fez com que houvesse uma 
grande evolução, necessária, para que as flechas retornassem à química, para que as 
mesmas pudessem ser usadas nas equações químicas para representação das reações 
químicas. 
Lavoisier propôs um tipo de equação química, onde ele conecta os reagentes e 
produtos com um sinal de igual (Eq.1). Nessa equação ele descreve a fermentação de 
açucares, e acrescenta que as substâncias em fermentação e os produtos da reação fazem 
parte de uma equação algébrica, que pode ser usada para calcular suas proporções. 
 
Em 1884, Van’t Hoff propôs em seu livro Étude de Dynamique Chimique que o 
sinal de igual deveria ser substituído por uma seta dupla, para enfatizar a reversibilidade 
de algumas reações iniciando assim o conceito de equilíbrio químico. Na primeira parte 
(1) 
3 
 
do seu livro, ele usou o sinal de igual para equações químicas, e no capítulo em que ele 
escreve sobre o equilíbrio químico ele introduziu a seta dupla para a reação de dissociação 
do N2O4. Em 1901, durante a cerimonia do Prêmio Nobel, durante a sua palestra, ele 
explicou a introdução da seta dupla. 
Portanto, a adoção da seta em equações químicas para substituir o sinal de igual 
não representa apenas uma escolha de um símbolo alternativo, mas constitui um avanço 
conceitual significativo. Enquanto o sinal de igual, usado em equações matemáticas, 
sugere uma relação simétrica entre os produtos químicos em ambos os lados, a seta 
introduz um senso de direção e diferencia claramente os reagentes e produtos. Além disso, 
em uma equação química, o termo da esquerda é equivalente ao termo da direita apenas 
em termos de massa e números de massa de cada elemento, e, portanto, o sentido mais 
escrito do termo equação química é na verdade impróprio. 
REFERÊNCIA 
ALVAREZ, S. Chemistry: A Panoply of Arrows. Angewandte Chemie International 
Edition, v. 51, p. 590-600, 2012.

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