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Crimes de Responsabilidade 1
📜
Crimes de Responsabilidade
Conceito e Natureza Jurídica
Os crimes de responsabilidade são infrações de natureza específica que só podem ser cometidas 
por determinados agentes públicos. Dessa forma, ao contrário dos ilícitos comuns, tal 
modalidade parte de um pressuposto de uma maior responsabilidade dos legitimados que, à vista 
da importância de suas ocupações, possuem um grau específico de crimes a quais podem ser 
imputados em caso de enquadramento na descrição legal. 
Nesse sentido, a Constituição Federal dispõe, em seu artigo 85, um rol de atos que configuram 
crimes de responsabilidade em que o legitimado é o Presidente da República.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da 
República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, 
contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do 
Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da 
Federação; 
Crimes de Responsabilidade 2
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Vale ressaltar, que além das previsões na constituição a lei Nº 1.079, DE 10 DE ABRIL DE 1950 
define os crimes de responsabilidade e regula de modo minucioso as vertentes do processo de 
julgamento. 
Nesse viés, essa lei também é conhecida como “Lei do Impeachment”, detalha o Art. 85 da 
CF/88 e trata dos crimes contra o cumprimento das decisões judiciárias, dos processos e 
julgamentos, da acusação, da denúncia, da defesa, das disposições gerais, entre outras demandas 
do processo.
Podemos destacar que tanto o Crime de Responsabilidade quanto a Improbidade Administrativa 
possuem a mesma natureza jurídica, quer seja, a de infração político-administrativa. No entanto, 
não podem a duas normas serem aplicadas ao mesmo agente político sob pena de configurar bis 
idem.
No caso da Lei 1.079 de 1950 a sua aplicação é limitada apenas a alguns agentes políticos 
tratando se de um crime próprio, ou seja, aquele que só pode ser cometido por alguns agentes, 
sendo eles: o Presidente da República, os Ministros do Estado, os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, e o Procurador-Geral da República. Tratando se de atos contra a probidade na 
administração.
Já no caso da Improbidade Administrativa ela pode ser aplicada a qualquer agente público 
tratando se de responsabilização destes agentes. Portanto vemos que apesar da denominação 
utilizada “crime” na verdade, trata-se de infrações político-administrativa a prática dos atos 
tipificados na Lei 1.079 de 1950, Lei do Crime de Responsabilidade, bem como, aqueles da Lei 
8.429 de 1992 Lei de Improbidade Administrativa, pois não há cominação de pena de reclusão 
ou detenção conforme previsto na Lei de Introdução do Código Penal. Logo, a natureza jurídica 
não é de crime, mas sim, de infração político- administrativa. 
Crimes de Responsabilidade 3
Impeacthment
Entende-se por Impeacthment a perda do 
mandado em decorrência da prática dos atos 
enquadrados como crimes de 
responsabilidade. Para a ocorrência deste 
mecanismo, é imprescindível que o processo 
e suas fases sejam respeitados e praticados de 
acordo com as normas dispostas no 
ordenamento jurídico, com atenção especial à 
Constituição Federal de 1988.
Dito isso, o mencionado procedimento de impeatchment terá as seguintes fases:
1. Fase de denúncia. A fase inicial é destinada à apresentação da denúncia, requisito 
indispensável para a instauração de tal processo. Ela deverá ser feita à Câmara dos 
Deputados, podendo ser feita por qualquer cidadão, com observância aos documentos 
necessários para a propositura de tal denúncia. Ademais, também é fundamental para a 
legitimidade de tal ação a assinatura com firma reconhecida pelo denunciante e por no 
mínimo cinco testemunhas.
2. Feita a denúncia, esta deverá passar por uma análise na Câmara dos Deputados, onde será 
verificada a sua validade, isto é, se os requisitos dispostos em lei estão devidamente 
abrangidos. Em caso de procedência desta, prosseguirá a fase de análise, mas nessa ocasião 
por uma Comissão Especial responsável por tal procedimento. Por conseguinte, a Comissão 
Especial deverá apresentar parecer sobre a denúncia, se ela deve passar por votação de todos 
os deputados. O parecer favorável, iniciará um procedimento disposto no artigo 51, CF, 
como competência privativa da Câmara dos Deputados, que será a votação para autorização 
da instauração do processo de impearchment, onde será necessário o voto favorável de pelo 
menos 2/3 dos parlamentares, isto é, 342 deputados. Cumprido este requisito, a denúncia 
passará para a titularidade do Senado Federa, o legitimado constitucional conforme o artigo 
52,I, CF, para o julgamento de crimes de responsabilidade do Presidente da República.
Depois de obtidos os votos favoráveis de 2/3 dos deputados, o pedido é repassado ao Senado e o 
impeachment em si será analisado e julgado. Para ser admitido, o Senado deve abrir uma 
Crimes de Responsabilidade 4
comissão especial semelhante à da câmara, que após analisar e votar o parecer do relator, deverá 
abrir o processo caso haja a votação favorável da maioria simples dos senadores presentes (de 41 
a 81 senadores). 
Após a admissibilidade, o Senado inicia a fase da pronúncia, segunda fase do processo, nesse 
momento o presidente é finalmente considerado réu, é afastado de suas funções por 180 dias e as 
investigações são aprofundadas em uma nova comissão. Ademais, o relator deverá elaborar um 
parecer com uma recomendação favorável ou contrária sobre o julgamento do pedido, esse 
parecer novamente necessita de uma maioria simples em uma votação no plenário para ser 
finalmente julgado. 
Caso consiga a maioria simples, inicia-se a terceira fase do processo no Senado, o julgamento. 
Em uma sessão presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, o Senado finalmente 
vota o pedido, que necessita de dois terços dos senadores favoráveis ao impeachment para que 
ocorra a condenação (54 de 81 senadores), abstenções e ausências são contabilizadas como votos 
contrários à condenação. 
Todo esse processo deve ser finalizado no período de 180 dias, caso esse prazo seja extrapolado 
o presidente retorna às suas funções até que seja considerado inocente ou culpado. Se 
considerado culpado, o presidente é finalmente afastado de suas funções, torna-se inelegível por 
8 anos e o vice assume a presidência.
Impeachment da Ex-presidente Dilma Roussef
Seria impossível não discorrer sobre o mais recente caso de impeachment no Brasil. Onde 
continua a produzir consequências na conjuntura política e jurídica atual, pois foi um processo 
conturbado e marcado por fortes embates. Com o impedimento da ex-presidente, podemos notar 
diferenças entre o veredicto e a votação, onde esta última, foi conduzida separadamente. 
Dilma Rousseff ordenou a emissão de crédito suplementar sem a autorização do Senado e 
conduziu negócios de crédito com instituições financeiras controladas pela União. 
 Consequentemente, foi processada por crimes de responsabilidade. 
Crimes de Responsabilidade 5
Crimes esses previstos no artigo 85, incisos V, VI, e VII, da Constituição 
Federal; nos artigos 4º, incisos V e VI; 9º, números 3 e 7; 10 números 6, 7, 
8 e 9; 11º, número 3, da Lei 1.079/1950.
Fatiamento da votação e das penas. 
💡 Sabemos que a condenação é 2/3 dos votos do Senado Federal e se limitará “à perda 
do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública”. 
Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos 
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações 
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade: 
O parágrafo único do artigo 52 da Constituição diz que há duas penas, porém, as duas penassão 
conjuntas, onde é citado em nossa constituição federal “perda do mandato com inabilitação ao 
exercício de função pública por oito anos”. Então são duas penas que têm que ser aplicadas 
conjuntamente e não separadamente. 
"A Constituição prevê em seu art. 52, parágrafo único, as duas sanções 
autônomas e cumulativas a serem aplicadas na hipótese de condenação por 
crime de responsabilidade: perda do cargo e inabilitação, por oito anos, 
para o exercício de função pública." (MORAES, Alexandre de. Direito 
Constitucional. 32ª ed., São Paulo: Atlas, 2016, p. 768).
Ao fatiar a votação, houve a possibilidade de o Senado determinar que só se cumprisse a 
primeira pena e não a segunda. Diante de tais situações o Partido dos Trabalhadores, que a citada 
no processo de impeachment faz parte, elaborou um requerimento pedindo o desmembramento 
Crimes de Responsabilidade 6
da sentença. O atual presidente  da seção e presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo 
Lewandowski, aceitou o pedido.
💡 "Art. 33. No caso de condenação, o Senado por iniciativa do presidente fixará o prazo 
de inabilitação do condenado para o exercício de qualquer função pública; e no caso 
de haver crime comum deliberará ainda sobre se o Presidente o deverá submeter à 
justiça ordinária, independentemente da ação de qualquer interessado.
  
Diante da votação final o Senado Federal condenou a ex-presidente à pena de perder o cargo, 
com 61 votos a favor e 20 contra, mas foi absolvida da inabilitação para o exercício de função 
pública pelo prazo de oito anos, sendo 42 votos a favor e 36 contra, não obtendo votos 
suficientes para condená-la nesse aspecto. 
APG "G"
 1. NORMA CRISTINA DE ARAGÃO OLIVEIRA PINHEIRO MACHADO 
2. MANUELLA RITA CELESTINO DO NASCIMENTO
 3. DIOGO VÉRAS HARDY MADEIRA
 4. ARTÊNIO FÉLIX OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE 
5. TÁCYA VITORIA DA SILVA SOUSA
 6. FRANCISCO THIAGO DE BRITO RAMOS 
7. REBECA RIBEIRO MENDES
Crimes de Responsabilidade 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. razões: 
Presidência da República, [2016]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: Acesso em: 06 
out. de 2021.BRASIL. LEI Nº 1.079, DE 10 DE ABRIL DE 1950. Define os crimes de 
responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento. razões: Presidência da República, 
[1950]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l1079.htm Acesso em: 06 out. 
de 2021.

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