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EXAME FÍSICO GERAL

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Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
EXAME FÍSICO GERAL
INTRODUÇÃO 
Terminada a anamnese, inicia-se o exame físico; 
contudo o examinador deve continuar suas 
indagações, complementando pontos não muito 
bem esclarecidos durante a anamnese. O 
contrário também ocorre, ou seja, começa-se o 
exame físico tão logo se encontra com o paciente, 
observando-o cuidadosamente. Em outras 
palavras: não pode haver uma rígida separação 
entre a anamnese e o exame físico. 
O exame físico pode ser dividido em duas etapas: 
a primeira constitui o que se costuma designar 
exame físico geral, somatoscopia ou ectoscopia, 
por meio do qual são obtidos dados gerais, 
independentemente dos vários sistemas 
orgânicos ou segmentos corporais, o que 
possibilita uma visão do paciente como um todo; 
a segunda etapa corresponde ao exame dos 
diferentes sistemas ou segmentos corporais. 
SEMIOTÉCNICA 
O paciente deve ser examinado nas posições de 
decúbito, sentada, de pé e andando. 
Para conforto do paciente a melhor sequência é: 
primeiro, deve-se examiná-lo sentado na beira do 
leito ou da mesa de exame, a menos que ele seja 
incapaz de permanecer nessa posição. O 
examinador deve ficar de pé, em frente ao 
paciente, deslocando-se para os dois lados, 
conforme necessário. Todavia, pode-se iniciar o 
exame com o paciente deitado, caso essa posição 
seja mais confortável para ele. 
Algumas etapas do exame físico exigem que o 
paciente fique em outras posições, inclusive de pé 
ou andando. 
O EXAME FÍSICO GERAL INCLUI: 
1. Estado Geral 
2. Sinais vitais 
3. Dados antropométricos 
4. Nível de consciência 
5. Estado de hidratação 
6. Estado de nutrição 
7. Fácies 
8. Atitude e decúbito preferido 
9. Mucosas 
10. Pele e fâneros 
11. Linfonodos 
12. Edema 
13. Postura e biótipo 
14. Marcha 
15. Movimentos anormais 
 Avaliação do Estado Geral 
É uma avaliação subjetiva com base no conjunto 
de dados exibidos pelo paciente e interpretados 
de acordo com a experiência de cada um. 
◗ Para descrever a impressão obtida, usa-se a 
seguinte nomenclatura: 
◗ Estado geral bom; 
◗ Estado geral regular; 
◗ Estado geral ruim. 
 Avaliação do nível de consciência 
Entre o estado de vigília ou plena consciência e o 
estado comatoso, no qual o paciente perde 
completamente a capacidade de identificar seu 
mundo interior e os acontecimentos do meio que 
o circunda, é possível distinguir diversas fases 
intermediárias em uma graduação cujo principal 
indicador é o nível de consciência. Quando a 
consciência é comprometida de modo pouco 
intenso, mas seu estado de alerta é 
moderadamente comprometido, chama-se 
obnubilação. Na sonolência, o paciente é 
facilmente despertado, responde mais ou menos 
apropriadamente e volta logo a dormir. A 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
confusão mental configura-se por perda de 
atenção, o pensamento não é claro, as respostas 
são lentas e não há percepção normal do ponto de 
vista temporoespacial, podendo surgir 
alucinações, ilusão e agitação. Se a alteração de 
consciência for mais pronunciada, mas o paciente 
ainda for despertado por estímulos mais fortes, 
tiver movimentos espontâneos e não abrir os 
olhos, caracteriza-se o torpor ou estupor. Se não 
há despertar com estimulação forte, e o paciente 
está sem movimentos espontâneos, caracteriza-se 
o estado de coma. 
Atualmente, usa-se a escala de coma de Glasgow 
(EG) para se avaliar alterações do nível de 
consciência. Tal avaliação consiste na análise de 
três parâmetros: abertura ocular, reação motora 
e resposta verbal, obtidos por vários estímulos, 
desde a atividade espontânea e estímulos verbais 
até estímulos dolorosos. 
 Avaliação do estado de hidratação 
O estado de hidratação do paciente é avaliado 
tendo0se em conta os seguintes parâmetros: 
◗ Alteração abrupta do peso 
◗ Alterações da pele quanto à umidade, à 
elasticidade e ao turgor 
◗ Alterações das mucosas quanto à umidade 
◗ Alterações oculares 
◗ Estado geral 
◗ Fontanelas (no caso de crianças). 
Um paciente estará normalmente hidratado 
quando a oferta de líquidos e eletrólitos estiver de 
acordo com as necessidades do organismo e 
quando não houver perdas extras (diarreia, 
vômitos, febre, taquipneia, sudorese excessiva) 
sem reposição adequada. 
Desidratação, como o próprio nome indica, é a 
diminuição de água e eletrólitos totais do 
organismo, caracterizando-se pelos seguintes 
elementos: 
◗ Sede 
◗ Diminuição abrupta do peso 
◗ Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos 
◗ Mucosas secas 
◗ Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos 
◗ Estado geral comprometido 
◗ Excitação psíquica ou abatimento 
◗ Oligúria 
◗ Fontanelas deprimidas no caso de crianças. 
 Avaliação antropométrica 
Existem várias medidas antropométricas de 
utilidade prática, incluindo altura ou estatura, 
peso, circunferências, dobras cutâneas e índices 
como o índice de massa corporal (IMC). 
 Avaliação do estado nutricional 
- Obesidade: O excesso de peso tem caráter 
multifatorial, com interações entre genética, meio 
ambiente e comportamento. Dentre esses fatores, 
destacam-se aumento da ingestão de alimentos, 
com elevado aporte energético, e redução da 
prática de atividade física, com baixo gasto 
energético. Esse desequilíbrio no balanço 
energético leva à obesidade, pois ocorre uma 
grande oferta de energia e um baixo gasto, 
resultando em energia não utilizada, que é 
depositada na forma de gordura corporal nos 
adipócitos. Além destes fatores, é importante 
considerar na gênese da obesidade fatores 
ambientais desfavoráveis, neuroendócrinos, 
emocionais e/ou psiquiátricos. 
- Desnutrição 
A American Dietetics Association (ADA) e a 
American Society of Parenteral and Enteral 
Nutrition (ASPEN) recomendam um conjunto de 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
parâmetros para identificar a desnutrição em 
adultos na prática clínica, fazendo-se necessária a 
presença de dois ou mais dos seguintes 
elementos: 
◗ Ingestão insuficiente de energia 
◗ Perda de peso 
◗ Perda de gordura subcutânea 
◗ Perda de massa muscular 
◗ Acúmulo de líquido localizado ou generalizado, 
que, em algumas ocasiões, pode mascarar a perda 
de peso 
◗ Capacidade funcional diminuída, medida pela 
força do aperto de mão, com uso de 
dinamômetro. 
A ingestão insuficiente de alimentos pode estar 
relacionada a: inanição, áreas de insegurança 
alimentar, pobreza, anorexia, dependência do 
idoso, como incapacidade de sair de casa para 
comprar alimentos e/ou de cozinhar, condição 
patológica, como doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC) avançada, qualquer acometimento 
inflamatório da boca ou esôfago. 
 Fácies 
É o conjunto de dados exibidos na face do 
paciente. É a resultante dos traços anatômicos 
mais a expressão fisionômica. Não apenas os 
elementos estáticos, mas, e principalmente, a 
expressão do olhar, os movimentos das asas do 
nariz e a posição da boca. 
Os principais tipos de fácies são: 
◗ Fácies normal ou atípica: comporta muitas 
variações, facilmente reconhecidas por todos, mas 
é preciso ensinar o olho a ver, conforme disse 
William Osler. Mesmo quando não há traços 
anatômicos ou expressão fisionômica para 
caracterizar um dos tipos de fácies descrito a 
seguir, é importante identificar, no rosto do 
paciente, sinais indicativos de tristeza, ansiedade, 
medo, indiferença, apreensão. 
◗ Fácies hipocrática: olhos fundos, parados e 
inexpressivos chamam logo a atenção do 
examinador. O nariz afila-se, e os lábios se tornam 
adelgaçados. “Batimentos das asas do nariz” 
também costumam ser observados. Quase 
sempre o rosto está coberto de suor. Palidez 
cutânea e uma discreta cianose labial completam 
a fácies hipocrática. Esse tipo de fácies indica 
doença grave e quase nunca falta nos estados 
agônicos das afecções que evoluem de modo mais 
ou menos lento. 
 
◗ Fácies renal: o elemento característicodesse 
tipo de fácies é o edema que predomina ao redor 
dos olhos. Completa o quadro a palidez cutânea. É 
observada nas doenças dos rins, particularmente 
na síndrome nefrótica e nas glomerulonefrites. 
◗ Fácies leonina: as alterações que a compõem 
são produzidas pelas lesões do mal de Hansen. A 
pele, além de espessa, é sede de grande número 
de lepromas de tamanhos variados e confluentes, 
em maior número na fronte. Os supercílios caem, 
o nariz se espessa e se alarga. Os lábios tornam-se 
mais grossos e proeminentes. As bochechas e o 
mento se deformam pelo aparecimento de 
nódulos. A barba escasseia ou desaparece. Essas 
alterações em conjunto conferem ao rosto do 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
paciente um aspecto de cara de leão, origem de 
sua denominação. 
◗ Fácies adenoideana: os elementos 
fundamentais são o nariz pequeno e afilado e a 
boca sempre entreaberta. Aparece nos indivíduos 
portadores de hipertrofia das adenoides, as quais 
dificultam a respiração pelo nariz ao obstruírem os 
orifícios posteriores das fossas nasais. 
◗ Fácies parkinsoniana, cérea ou em máscara: 
caracteriza-se por ser inexpressiva, com rigidez 
facial. A fácies parkinsoniana é observada na 
síndrome ou na doença de Parkinson. 
 
◗ Fácies basedowiana: seu traço mais 
característico reside nos olhos, que são salientes 
(exoftalmia) e brilhantes, destacando-se 
sobremaneira no rosto magro. A expressão 
fisionômica indica vivacidade. Contudo, às vezes, 
tem um aspecto de espanto e ansiedade. Outro 
elemento que salienta as características da fácies 
basedowiana é a presença de um bócio. Indica 
hipertireoidismo. 
 
◗ Fácies mixedematosa: constituída por um rosto 
arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, 
espessada e com acentuação de seus sulcos. As 
pálpebras tornam-se infiltradas e enrugadas. Os 
supercílios são escassos e os cabelos secos e sem 
brilho. Além dessas características morfológicas, 
destaca-se uma expressão fisionômica indicativa 
de desânimo, apatia e estupidez. Esse tipo de 
fácies aparece no hipotireoidismo ou mixedema. 
 
◗ Fácies acromegálica: caracterizada pela 
saliência das arcadas supraorbitárias, 
proeminência das maçãs do rosto e maior 
desenvolvimento do maxilar inferior, além do 
aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. 
Nesse conjunto de estruturas hipertrofiadas, os 
olhos parecem pequenos. 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
 
 ◗ Fácies cushingoide ou de lua cheia: como a 
própria denominação revela, chama a atenção de 
imediato o arredondamento do rosto, com 
atenuação dos traços faciais. Secundariamente, 
deve ser assinalado o aparecimento de acne. Este 
tipo de fácies é observado nos casos de síndrome 
de Cushing por hiperfunção do córtex suprarrenal. 
Pode ocorrer também nos pacientes que fazem 
uso prolongado de corticoides. 
 
◗ Fácies mongoloide: está na fenda palpebral seu 
elemento característico: é uma prega cutânea 
(epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem 
distantes um do outro, lembrando o tipo de olhos 
dos chineses. Acessoriamente, nota-se um rosto 
redondo, boca quase sempre entreaberta e uma 
expressão fisionômica de pouca inteligência ou 
mesmo de completa idiotia. É observada no 
mongolismo ou trissomia do par 21 ou síndrome 
de Down, que é tradução de um defeito genético. 
 
◗ Fácies miastênica ou de Hutchinson: 
caracterizada por ptose palpebral bilateral que 
obriga o paciente a franzir a testa e levantar a 
cabeça. Ocorre na miastenia gravis e em outras 
miopatias que comprometem os músculos da 
pálpebra superior. 
 
 Atitude e decúbito preferido no leito 
 
 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
Para facilitar a compreensão, é conveniente 
analisar conjuntamente “atitude” e “decúbito 
preferido”, definindo-se atitude como a posição 
adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por 
comodidade, hábito ou com o objetivo de 
conseguir alívio para algum padecimento. 
Algumas posições são conscientemente 
procuradas pelo paciente (voluntárias), enquanto 
outras independem de sua vontade ou são 
resultantes de estímulos cerebrais (involuntárias). 
- Voluntárias 
Atitude ortopneica (ortopneia). O paciente adota 
essa posição para aliviar a falta de ar decorrente 
de insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascite 
volumosa. 
Atitude genupeitoral (ou de “prece 
maometana”). O paciente posiciona-se de joelhos 
com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a 
face anterior do tórax (peito) põe-se em contato 
com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as 
mãos, que também ficam apoiadas no solo ou 
colchão. 
Atitude de cócoras (squatting). Esta posição é 
observada em crianças com cardiopatia congênita 
cianótica. Os pacientes descobrem, 
instintivamente, que ela proporciona algum alívio 
da hipoxia generalizada, que acompanha essas 
cardiopatias, em decorrência da diminuição do 
retorno venoso para o coração. 
Atitude parkinsoniana. O paciente com doença de 
Parkinson, ao se pôr de pé, apresenta semiflexão 
da cabeça, tronco e membros inferiores e, ao 
caminhar, parece estar correndo atrás do seu 
próprio eixo de gravidade. 
Atitude em decúbito. A palavra decúbito significa 
“posição de quem está deitado”. Decúbito 
preferido, portanto, indica como o paciente 
prefere ficar no leito, desde que o faça 
conscientemente, seja por hábito, seja para obter 
alívio de algum padecimento. Tem-se: decúbito 
lateral (esquerdo ou direito); dorsal e ventral. 
- Involuntárias 
As atitudes involuntárias independem da vontade 
do paciente e incluem a atitude passiva, o 
ortótono, o opistótono, o emprostótono, o 
pleurostótono e a posição em gatilho e torcicolo 
e mão pêndula da paralisia radial. 
 Exame das mucosas 
As mucosas facilmente examináveis a olho nu e 
sem auxílio de qualquer aparelho são as mucosas 
conjuntivais (olhos) e as mucosas labiobucal, 
lingual e gengival. 
O método de exame é a inspeção, coadjuvado por 
manobras singelas que exponham as mucosas à 
visão do examinador. Assim, no caso das mucosas 
orais, solicita-se ao paciente que abra a boca e 
ponha a língua para fora. 
É indispensável uma boa iluminação, de 
preferência com luz natural, complementada com 
o emprego de uma pequena lanterna. Os 
seguintes parâmetros devem ser analisados: 
◗ Coloração 
◗ Umidade 
◗ Presença de lesões. 
 Movimentos involuntários 
Enquanto o paciente estiver na presença do 
médico, este estará atento para surpreender 
movimentos anormais ou involuntários. 
Alguns movimentos involuntários são constantes, 
ao passo que outros ocorrem periodicamente ou 
em crises. Os principais são: 
◗ Tremores 
◗ Movimentos coreicos (coreia) 
◗ Movimentos atetósicos (atetose) 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
◗ Pseudoatetose 
◗ Hemibalismo 
◗ Mioclonias 
◗ Mioquinias 
◗ Asterix (flapping) 
◗ Tiques 
◗ Convulsões 
◗ Tetania 
◗ Fasciculações 
◗ Bradicinesia 
◗ Discinesias orofaciais 
◗ Distonias. 
 Edema 
É o excesso de líquido acumulado no espaço 
intersticial ou no interior das próprias células 
(edema intracelular). Pode ocorrer em qualquer 
sítio do organismo, mas, do ponto de vista 
semiológico, interessa-nos apenas o edema 
cutâneo, ou seja, a infiltração de líquido no espaço 
intersticial dos tecidos que constituem a pele e o 
tecido celular subcutâneo. 
No exame físico completa-se a análise, 
investigando-se os seguintes parâmetros: 
◗ Localização e distribuição (localizado ou 
generalizado) 
◗ Intensidade (Sinal de Cacifo) 
◗ Consistência 
◗ Elasticidade (elástico ou inelástico) 
◗ Temperatura da pele circunjacente (quente, frio 
ou normal) 
 ◗ Sensibilidade da pele circunjacente 
◗ Outras alterações da pele adjacente 
 Postura 
Deve-se observar a atitude ou posição do paciente 
não apenas no leito, mas também quando ele se 
põe de pé. 
- Boa postura (A): cabeça ereta ou ligeiramente 
inclinada para frente; peito erguido, abdome 
inferiorachatado, curvas posteriores em seus 
limites normais 
- Postura sofrível (B): cabeça levemente inclinada 
adiante; peito achatado; abdome protuso; curvas 
posteriores exageradas. 
- Má postura (C): cabeça acentuadamente 
inclinada para frente, peito deprimido, abdome 
saliente e relaxado, curvas posteriores 
extremamente exageradas. 
 
 Biótipo 
O biótipo, também denominado tipo morfológico, 
é o conjunto de características morfológicas 
apresentadas pelo indivíduo. Não confundir 
biótipo com altura. 
 
 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
 
 Linfonodos 
O exame dos linfonodos se faz por meio da 
inspeção e da palpação, um método completando 
o outro. A inspeção deve seguir a regra de ser feita 
sempre com boa iluminação, abrangendo 
homogeneamente a região examinada, que deve 
estar despida. O lado contralateral deve ser 
sempre comparado. 
A palpação é realizada com as polpas digitais e a 
face ventral dos dedos médio, indicador e polegar; 
no caso da extremidade cervical, ajusta-se a 
cabeça em uma posição que relaxe os músculos do 
pescoço, inclinando levemente a cabeça para o 
lado que se deseja examinar. 
Os linfonodos cervicais são mais facilmente 
palpáveis com o examinador posicionado atrás do 
paciente. 
Os linfonodos da cadeia jugular são mais bem 
examinados apreendendo-se o músculo 
esternocleidomastóideo entre o polegar e os 
dedos indicador e médio de uma das mãos. 
Complementa-se o exame utilizando as polpas 
digitais da mão direita para a palpação dos 
linfonodos do nível I. 
Para o exame dos grupos ganglionares do nível V, 
com a mão esquerda segura-se delicadamente a 
cabeça do paciente, em ligeira rotação, utilizando-
se as polpas digitais da mão direita executando-se 
movimentos circulares, delicadamente, na região 
correspondente aos linfonodos. 
A palpação dos linfonodos das cadeias bucal, 
parotídea, pré-auricular, retroauricular e 
occipital deve ser feita por compressão bidigital, 
utilizando a polpa dos dedos indicador e médio, 
executando-se movimentos giratórios. 
 Marcha 
O modo de andar do paciente poderá ser de 
grande utilidade diagnóstica, especialmente nas 
afecções neurológicas. Deve ser analisada 
solicitando-se ao paciente que caminhe certa 
distância (acima de 5 m), descalço, de preferência 
com calção, com olhos abertos e fechados, indo e 
voltando sob a observação do examinador. 
A marcha normal pode sofrer variações em 
relação a particularidades individuais (“cada 
pessoa tem seu jeito característico de andar”), ou 
em razão de transtornos do aparelho locomotor. 
- Marchas anormais 
Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica. Ao 
andar, o paciente mantém o membro superior 
fletido em 90° no cotovelo e em adução, e a mão 
fechada em leve pronação. O membro inferior do 
mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. A 
perna se arrasta pelo chão, descrevendo um 
semicírculo quando o paciente troca o passo. 
Marcha anserina ou do pato. Para caminhar, o 
paciente acentua a lordose lombar e inclina o 
tronco para a direita ou para a esquerda, 
lembrando o andar de um pato. 
Marcha parkinsoniana. O paciente anda como um 
bloco, enrijecido, sem movimento dos braços e 
cabeça flexionada. 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
Marcha claudicante. Ao caminhar, o paciente 
“manca” para um dos lados. Insuficiência arterial. 
Marcha cerebelar ou do ébrio. Associa-se a um 
bêbado ou o paciente que sofreu alguma lesão 
cerebelar que prejudicou seu equilíbrio. 
Marcha tabética. Paciente perde a sensibilidade e 
flexiona ao máximo seus joelhos e pisa com muita 
força. 
Marcha vestibular. Provocada por lesão 
vestibular, o paciente não consegue se manter no 
eixo e pende para os lados, como se algo o 
puxasse. Passos formando uma estrela. 
Marcha escarvante. Paciente tem paralisia do 
movimento de flexão dorsal do pé. Levanta 
acentuadamente o membro inferior. 
Marcha em tesoura ou espástica. Membros 
semifletidos, os pés se arrastam com as pernas se 
cruzando anteriormente durante a marcha, muito 
comum na paralisia cerebral, lembra uma tesoura. 
Marcha de pequenos passos. Paciente arrasta os 
pés, em pequenos passos, como se estivesse 
dançando marchinha. Comum em idosos.

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