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lista de exercícios: Quincas Borba - Machado de Assis

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EXERCÍCIOS: LIVRO QUINCAS BORBA - MACHADO DE ASSIS
1) (UEL/PR) As questões de 2 a 4 referem-se ao primeiro capítulo de Quincas Borba (1892), de
Machado de Assis (1839-1908).
“Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos
no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava
aquele pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o
passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha para si,
para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa,
para o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu,
tudo entra na mesma sensação de propriedade.
— Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado com
Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui
está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça… “
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Jackson, 1959. p. 7.
Questão 2- (UEL/PR) Com base no primeiro parágrafo do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. O narrador, no presente, dirige suas palavras ao leitor de seu texto, conforme se pode deduzir do
emprego de “vos digo”.
II. As palavras do narrador dizem respeito a um momento de meditação de Rubião sobre sua
mudança de classe social, momento este do qual o narrador onisciente tem pleno conhecimento.
III. O emprego de “olha” e “entra” no tempo presente reflete o apego que o protagonista tem à sua
nova condição econômica, tentando esquecer o passado.
IV.“Visse” e “cuidaria” aí estão para registrar uma possibilidade de interpretação que, na verdade,
condiz com o que realmente é relatado pelo narrador.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) II, III e I
2) (UEL/PR) Há, na passagem citada, um narrador a situar a personagem, Rubião, no espaço e no
tempo. Há, concomitantemente, o discurso direto através do qual a própria personagem se
apresenta. Neste jogo entre o que o narrador diz de Rubião e o registro do que o próprio Rubião
pensa, é correto afirmar que a personagem é:
a) Um novo rico a oscilar entre os valores determinados pelo capital e os valores determinados
pela família.
b) Um novo rico a encarar a si mesmo, ao mundo que o rodeia e à própria família pela ótica do
capital.
c) Um ex-professor que, embora rico, continua encarando a si mesmo, aos familiares e ao universo
circundante pela ótica da humildade.
d) Um ex-professor deslumbrado com sua nova situação de capitalista a encarar a família pelos
valores religiosos.
e) Um capitalista esquecido de sua antiga situação de professor e, desta forma, renegando seu
próprio passado.
.
https://portal.uel.br/home/
https://portal.uel.br/home/
3) (UEL/PR) Considerando os trechos transcritos nas alternativas a seguir, assinale a que
apresenta maior distanciamento temporal do presente no qual o narrador nos relata que Rubião
está à janela de sua casa em Botafogo.
a) “Cotejava o passado com o presente.”
b) “Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã.”
c) “(umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha)”.
d) “mas, em verdade, vos digo que pensava em outra coisa.”
e) “Olha para si, para as chinelas (…) para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e
para o céu”.
4) (UEL/PR) Nessa passagem, quem fala é Quincas Borba, o filósofo. Suas palavras são dirigidas a
Rubião, ex-professor, futuro capitalista, mas, no momento, apenas enfermeiro de Quincas Borba. É
correto afirmar que a maneira como constrói esse discurso revela preocupação com:
a) A clareza e a objetividade, uma vez que visa à compreensão de Rubião da filosofia por ele
criada, o Humanitismo.
b) A emotividade de suas palavras, dado objetivar despertar em Rubião piedade pelos vencidos e
ódio pelos vencedores.
c) A informação a ser transmitida, pois Rubião, sendo seu herdeiro universal, deverá aperfeiçoar o
Humanitismo.
d) O envolvimento de Rubião com a filosofia por ele criada, o Humanitismo, dada a urgência em
arregimentar novos adeptos.
e) O estabelecimento de contato com Rubião, uma vez que o mesmo possui carisma para
perpetuar as novas ideias.
5) (UEL/PR) Com base nas palavras de Quincas Borba, considere as afirmativas a seguir.
I. As duas tribos existem separadamente uma da outra.
II. A necessidade de alimentação determina os termos do relacionamento entre as duas tribos.
III. O relacionamento entre as duas tribos pode ser amistoso (“dividem entre si as batatas”) ou
competitivo (“uma das tribos extermina a outra”).
IV. O campo de batatas determina a vitória ou a derrota de cada uma das tribos.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e IV. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, II e IV.
6) (UFAC) Sobre Quincas Borba, de Machado de Assis, pode-se dizer que:
a) o romance é narrado no passado, revelando recordações da infância do autor.
b) a filosofia do “Humanitas” preconiza a paz entre os povos.
c) Sofia é uma personagem feminina caracterizadamente machadiana: fria e calculista.
d) Rubião é uma personagem livre de ambição de dois indivíduos interesseiros.
e) o romance tem em Capitu sua principal personagem
https://portal.uel.br/home/
https://portal.uel.br/home/
https://www.uel.br/
http://www.ufac.br/
7) (UEL/PR) O Humanitismo, filosofia criada por Quincas Borba, é revelador:
a) Do posicionamento crítico de Machado de Assis aos muitos “ismos” surgidos no século XIX:
darwinismo, positivismo, evolucionismo.
b) Da admiração de Machado de Assis pelos muitos “ismos” surgidos no início do século XX:
futurismo, impressionismo, dadaísmo.
c) Da capacidade de Machado de Assis em antever os muitos “ismos” que surgiriam no século XIX:
darwinismo, positivismo, evolucionismo.
d) Da preocupação didática de Machado de Assis com a transmissão de conhecimentos filosóficos
consolidados na época.
e) Da competência de Machado de Assis em antecipar a estética surrealista surgida no século XX.
8) (UFT) “Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias póstumas de Brás
Cubas, é aquele mesmo náufrago da existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e
inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena.”
MACHADO DE ASSIS, J. M. “Quincas Borba”. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
2004. v. I, p. 644.
A partir da leitura desse trecho, é CORRETO afirmar que a obra Quincas Borba.
a) aborda a filosofia de Quincas Borba como algo inventado por Rubião.
b) dissimula o personagem principal quando lhe dá o nome de um cão.
c) se constitui em um romance escrito por um narrador que já tinha morrido.
d) utiliza a intertextualidade, pois remete a outra narrativa do mesmo autor.
9) (UFT) “Rubião conheceu-o também; e respondeu-lhe que não era nada. Capturara o rei da
Prússia, não sabendo ainda se o mandaria fuzilar ou não; era certo, porém, que exigiria uma
indenização pecuniária enorme, – cinco bilhões de francos. – Ao vencedor, as batatas! concluiu
rindo.”
MACHADO DE ASSIS, J. M. “Quincas Borba”. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
2004. v. I, p. 806.
Com base na leitura de Quincas Borba, é CORRETO afirmar que, nesse trecho, o Autor.
a) Apresenta o personagem em seus últimos momentos, num estágio avançado. de delírio.
b) Indica que Rubião, personagem marcado pela derrota, ao final alcançou seus. objetivos.
c) Mostra como a vitória de Rubião sobre o rei é uma metáfora de seu sucesso como escritor.
d) Revela que o vencedor se auto ironiza, pois aceita a indenização em francos ou batatas.
10) (PUC/RS) No início de Quincas Borba, a personagem Rubião avalia sua trajetória, enquanto
olha para o mar, para os morros, para o céu, da janela de sua casa, em Botafogo. Passara de
__________ a capitalista ao __________. Mas, no final do romance, o personagemacaba
morrendo na miséria.
As lacunas podem ser correta e respectivamente preenchidas por:
a) jornalista receber um prêmio 
b) enfermeiro se tornar comerciante 
c) enfermeiro se casar com Sofia
d) professor receber uma herança
e) filósofo investir em terras
https://www.uel.br/
https://ww2.uft.edu.br//
https://ww2.uft.edu.br//
https://www.pucrs.br/
11) (CEFET-PR) A filosofia de Quincas Borba é explicada nos primeiros capítulos do romance.
Posteriormente, em alguns momentos de delírio, Rubião recorda-se dos ensinamentos do
mestre e os sintetiza na frase: “Ao vencedor, as batatas”. A versão completa da máxima,
enunciada por Quincas a Rubião no cap. 6, é esta: “Ao vencido, ódio ou compaixão; ao
vencedor, as batatas”.
A filosofia inventada por Quincas Borba pode ser comprovada com os seguintes
acontecimentos do romance, EXCETO:
a) a organização da comissão das Alagoas.
b) a morte da avó de Quincas, atropelada por carro puxado a cavalos.
c) o tipo de relação estabelecida entre Camacho e Rubião.
d) o empenho de D. Fernanda em casar Maria Benedita.
e) o gesto de Rubião de salvar de um atropelamento o menino Deolindo
12) - (FATEC) Leia o texto para responder à próxima questão.
Capítulo CC
Poucos dias depois, [Rubião] morreu… Não morreu súbdito nem vencido. Antes de principiar a
agonia, que foi curta, pôs a coroa na cabeça, — uma coroa que não era, ao menos, um
chapéu velho ou uma bacia, onde os espectadores palpassem a ilusão. Não, senhor; ele
pegou em nada, levantou nada e cingiu nada; só ele via a insígnia imperial, pesada de ouro,
rútila de brilhantes e outras pedras preciosas. O esforço que fizera para erguer meio corpo
não durou muito; o corpo caiu outra vez; o rosto conservou porventura uma expressão
gloriosa.
— Guardem a minha coroa, murmurou. Ao vencedor…
A cara ficou séria porque a morte é séria; dous minutos de agonia, um trejeito horrível, e
estava assinada a abdicação.
Capitulo CCI
Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu
desvairado em busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a
morte do cão narrada em capítulo especial, é provável que me perguntes se ele, se o seu
defunto homônimo é que dá titulo ao livro, e por que antes um que outro, — questão prenhe
de questões, que nos levariam longe… Eia! chora os dous recentes mortos, se tens lágrimas.
Se só tens riso, ri-te! É a mesma cousa. O Cruzeiro que a linda Sofia não quis fitar, como lhe
pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens.
(Machado de Assis. Quincas Borba.)
Depreende-se do texto que:
a) ao narrar a agonia de Rubião, o narrador deixa implícito que aquele merecia as honrarias
de um rei.
b) a ambiguidade no título do romance, Quincas Borba, justifica-se pelo fato de o autor não
conseguir definir-se por homenagear o filósofo ou seu cão.
c) a afirmação que encerra o capítulo CC revela um traço machadiano característico: a ironia.
d) a declaração de que Sofia não quis fitar o Cruzeiro revela a indiferença como matriz do
estilo do autor.
e) a linguagem empregada para descrever a morte de Quincas Borba revela tendência do
narrador a dar mais importância ao cão do que a Rubião.
http://www.utfpr.edu.br/
https://www.vestibularfatec.com.br/home/
13) (ITA) Em 1891, Machado de Assis publicou o romance Quincas Borba, no qual um dos temas
centrais do Realismo, o triângulo amoroso (formado, a princípio, pelos personagens Palha-Sofia-
Rubião), cede lugar a uma equação dramática mais complexa e com diversos desdobramentos.
Isso se explica porque:
a) o que levava Sofia a trair Palha era apenas o interesse na fortuna de Rubião, pois ela amava
muito o marido.
b) Palha sabia que Sofia era amante de Rubião, mas fingia não saber, pois dependia
financeiramente dele.
c) Sofia não era amante de Rubião, como pensava seu marido, mas sim de Carlos Maria, de quem
Palha não tinha suspeita alguma.
d) Sofia não era amante de Rubião, mas se interessou por Carlos Maria, casado com uma prima de
Sofia, e este por Sofia.
e) Sofia não se envolvia efetivamente com Rubião, pois se sentia atraída por Carlos Maria, que a
seduziu e depois a rejeitou.
 14) - (UEL) A próxima questão refere-se ao texto a seguir, extraído do sexto capítulo de Quincas
Borba (1892), de Machado de Assis (1839-1908).
“Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar
uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há
batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividem em paz as batatas do campo, não chegam
a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a
conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os
hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra
não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só
comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma
pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao
vencedor, as batatas.” 
(ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. )
 Ao definir a paz como “destruição” e a guerra como “conservação”, o autor do texto:
a) Serve-se de um recurso argumentativo incompatível com a realidade a que se refere.
b) Critica aqueles que sentem repugnância ou pedem misericórdia para os povos derrotados na
guerra.
c) Baseia-se em uma forma de raciocínio relacionada a uma situação hipotética específica.
d) Procura comprovar que, embora pareça ser uma solução, a guerra traz grandes prejuízos à
humanidade.
e) Refere-se à guerra para destacar as diferenças entre o funcionamento da economia nas
sociedades primitiva e moderna.
15) (UFLA) Com relação à leitura da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, no trecho em que o
filósofo diz que Humanitas é o princípio, entende-se que: 
a) o homem está fadado a fracassar sempre no fim de sua existência.
b) viver é sobreviver a qualquer custo (Lei do mais forte
c) deve-se viver sem solidariedade, porque “o homem é o lobo do próprio homem.”
d) os homens podem viver em harmonia, sendo a guerra, portanto, dispensável.
e) o amor do cão pelo seu dono é o único amor desinteressado
http://www.ita.br/
https://portal.uel.br/home/
https://ufla.br/
16) (UFLA) Em relação à frase “ao vencedor, as batatas”, do livro Quincas Borba, de Machado de
Assis, vencedor e batatas são, respectivamente:
a) Rubião / rei da Prússia 
b) Exploradores (Cristiano e Sofia) / bens materiais 
c) Amigos / os empregados da casa
d) Aparência de riqueza / Rubião
e) Herança de Quincas Borba / o cão
Questão 17) (UFMG) A próxima questão refere-se ao primeiro capítulo de Quincas Borba (1892), de
Machado de Assis (1839-1908).
Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no
cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele
pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o
passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha para si,
para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa,
para o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu,
tudo entra na mesma sensação de propriedade.
— Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado com
Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui
está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça…
(ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Jackson, 1959. p. 7.)
Com base no primeiro parágrafo do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. O narrador, no presente, dirige suas palavras ao leitor de seu texto, conforme se pode deduzir do
emprego de “vos digo”.II. As palavras do narrador dizem respeito a um momento de meditação de Rubião sobre sua
mudança de classe social, momento este do qual o narrador onisciente tem pleno conhecimento.
III. O emprego de “olha” e “entra” no tempo presente reflete o apego que o protagonista tem à sua
nova condição econômica, tentando esquecer o passado.
IV. “Visse” e “cuidaria” aí estão para registrar uma possibilidade de interpretação que, na verdade,
condiz com o que realmente é relatado pelo narrador.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) II, II
18) (UFMG) A próxima questão refere-se ao primeiro capítulo de Quincas Borba (1892), de Machado
de Assis (1839-1908).
Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no
cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele
pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o
passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha para si,
para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa,
para o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu,
tudo entra na mesma sensação de propriedade.
— Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado com
Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui 
https://ufla.br/
https://ufmg.br/
https://ufmg.br/
está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça…
(ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Jackson, 1959. p. 7.)
Há, na passagem citada, um narrador a situar a personagem, Rubião, no espaço e no
tempo. Há, concomitantemente, o discurso direto através do qual a própria personagem se
apresenta. Neste jogo entre o que o narrador diz de Rubião e o registro do que o próprio
Rubião pensa, é correto afirmar que a personagem é:
a) Um novo rico a oscilar entre os valores determinados pelo capital e os valores
determinados pela família.
b) Um novo rico a encarar a si mesmo, ao mundo que o rodeia e à própria família pela
ótica do capital.
c) Um ex-professor que, embora rico, continua encarando a si mesmo, aos familiares e ao
universo circundante pela ótica da humildade.
d) Um ex-professor deslumbrado com sua nova situação de capitalista a encarar a família
pelos valores religiosos.
e) Um capitalista esquecido de sua antiga situação de professor e, desta forma, renegando
seu próprio passado.
19) ENEM (Segunda aplicação) 2010
Quincas Borba mal podia encobrir a satisfação do triunfo. Tinha uma asa de frango no
prato, e trincava-a com filosófica serenidade. Eu fiz-lhe ainda algumas objeções, mas tão
frouxas, que ele não gastou muito tempo em destruí-las.
— Para entender bem o meu sistema, concluiu ele, importa não esquecer nunca o princípio
universal, repartido e resumido em cada homem. Olha: a guerra, que parece uma
calamidade, é uma operação conveniente, como se disséssemos o estalar dos dedos de
Humanitas; a fome (e ele chupava filosoficamente a asa de frango), a fome é uma prova a
que a Humanitas submete a própria víscera. Mas eu não quero outro documento da
sublimidade do meu sistema, senão este mesmo frango. Nutriu-se de milho, que foi
plantado por um africano, suponhamos, importado de Angola. Nasceu esse africano,
cresceu, foi vendido; um navio o trouxe, um navio construído de madeira cortada no mato
por dez ou doze homens, levado por velas, que oito ou dez homens teceram, sem contar a
cordoalha e outras partes do aparelho náutico. Assim, este frango, que eu almocei agora
mesmo, é o resultado de uma multidão de esforços e lutas, executadas com o único fim de
dar mate ao meu apetite.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Civilização Brasiliense, 1975.
A filosofia de Quincas Borba — a Humanitas — contém princípios que, conforme a
explanação do personagem, consideram a cooperação entre as pessoas uma forma de
A) Lutar pelo bem da coletividade.
B) atender a interesses pessoais.
C) erradicar a desigualdade social.
D) minimizar as diferenças individuais.
E) estabelecer vínculos sociais profundos.
gabarito
1) a - I e II
2) B 
3) C
4) A
5) E
6) C
7) A 
8) D 
9) A 
10) D 
11) D
12) C 
13) D
14) C
15) B
16) B
17) A
18) B
19) B
FUVEST VESTIBULAR MACHADO DE ASSIS RESUMO COMPLETO QUINCAS BORBA LISTA EXERCÍCIOS GABARITO 
ENEM LITERATURA GABARITAR

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