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CCJ0008-WL-PA-21-Sociologia Jurídica e Judiciária-Antigo-34101

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			 Plano de Aula: Mudança social e Direito
			 SOCIOLOGIA JUR�DICA E JUDICI�RIA
			
		
		
			Título
			Mudança social e Direito
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				
			
			Número de Semana de Aula
			
				13
			
 
 Tema
		 SOCIOLOGIA JUR�DICA DA VIDA PRIVADA: TRANSFORMAÇÕES NAS RELAÇÕES DO COTIDIANO
		
		 Objetivos
		 
·         Reconhecer a provisoriedade e a mutabilidade das normas de Direito em face da mudança social;
	Reconhecer os efeitos das transformações da vida cotidiana na legislação, na aplicação do Direito e nas instituições jurídicas.    
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
1 – Instituições da vida privada e Direito. Conceito: Mudanças socioculturais. 
2 – Família, casamento, separação e guarda de filhos. Adoção. Conceito: Análise dos fatores que influenciam mudanças no campo. 
 
3 - Novos Direitos e novas tecnologias em interação com o cotidiano: reprodução assistida, Biodireito, Tecnologias da Informática e da Genética. Conceito: Análise das mudanças no campo e dos fatores que as influenciam. 
 
Indicação bibliográfica:
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Sociologia Jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2004. Capítulo indicado: Aspectos sócio-jurídicos de algumas áreas do sistema jurídico brasileiro. 
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
CASO 1
A construção da mulher como vítima e seus reflexos no Poder Judiciário: a lei Maria da Penha como um caso exemplar. “A lei n. 11.340/06, sancionada no dia 7 de agosto de 2006, ficou conhecida como Maria da Penha em homenagem à biofarmacêutica, que no ano de 1983, foi vítima de uma tentativa de homicídio por seu ex-marido. De acordo com o art.1, das disposições preliminares esta lei,
cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
 
Em sua forma de aplicação é vista como mecanismo que encoraja as mulheres a denunciar e formalizar as agressões ou outros tipos de violência sofrida. Esta lei prevê medidas cuja função é proteger mulheres quando em situação de violência ou ameaçadas de morte. Em termos gerais, tipifica e define a violência doméstica e familiar contra a mulher, determinando que esta possa ser tanto física, quanto psicológica, sexual, patrimonial e/ou moral. Também estabelece que esta violência independe da orientação sexual, significando dizer que pode ocorrer dentro da esfera de uma conjugalidade homoafetiva. Isto porque seu art. 5º permite uma interpretação de reconhecimento da entidade familiar entre pessoas do mesmo sexo� (RINALDI, Alessandra de Andrade.  Violência e Gênero- A construção da mulher como vítima e seus reflexos no Poder Judiciário: a lei Maria da Penha como um caso exemplar. In: KLEVENHUSSEN, Renata Braga. Direito Público e Evolução Social - 1º Série. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2007).
 
1)                  Como pode ser observado, o Direito brasileiro está sendo afetado pelas novas modalidades de relações conjugais e afetivas e pelos novos modelos de família e de sexualidade.  Para explicar as razões de tal fenômeno discorra sobre o reflexo das mudanças sociais na esfera legislativa, segundo Cavalieri Filho. 
 
2)                  Segundo o texto acima, é possível entender que Direito pode ser tomado como expressão de uma situação social específica de disputa simbólica e política, como a que veio se consolidando por meio das transformações do movimento feminista nas décadas de 1970 e 1980 no Brasil, e de forma análoga ao que vem ocorrendo hoje com o movimento GBLTTs (Gays, bissexuais, lésbicas, travestis, transexuais e transgêneros).  Seguindo essa linha de raciocínio discuta a importância para o Direito da incorporação da temática homoafetiva na esfera da violência doméstica. 
CASO 2
A questão da legitimidade ativa na Adoção. A Justiça do Estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul vêm decidindo por meio dos juízes da Infância e Juventude, em ação de adoção e após o estudo do caso e social, a possibilidade de ser adotante o casal homossexual. Nesta hipótese, o mandado de averbação emitido constará na filiação somente os nomes dos adotantes, excluindo tratar-se de mãe ou pai. O tema exposto é conflitante, pois da interpretação do Código Civil e do Estatuto da Criança e do Adolescente não se extrai a permissão do casal homossexual adotar. (...) Mas a Justiça aplica os princípios norteadores do direito visando o melhor para o adotando. Aos casos julgados recentemente, os quais permitiram a adoção conjunta por casal homossexual, foi aplicado o fenômeno da integração normativa, utilizando o juízo do disposto nos artigos 4º e 5º da Lei de Introdução ao Código Civil. (...) Sustentar a possibilidade de pares homoafetivos serem adotantes, mesmo que preenchidos os requisitos procedimentais é seguir contrária à norma civilista. Porém, o provérbio de que a cada direito cabe uma ação, não permitindo a non liquet, traz poder ao judiciário de decidir sobre a adoção, de maneira que melhor favoreça a educação, a criação e a saúde do adotando (adaptado de MIRANDA, Adriana Augusta Telles de. A questão da legitimidade ativa na Adoção. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 51, 31/03/2008. Disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/).
 
1)     Neste caso específico, discuta a importância da adequação do Direito à mudança social.
2)    Discuta os reflexos das decisões da Justiça do Estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul para o campo jurídico brasileiro.
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