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Introdução de metabolismo lipídeos - regulação e início lipogênese

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RESUMO 12 – DIA 15/5 
 
Camila Furlan - TXXI 
 
METABOLISMO DE LIPÍDEOS 
 
Segmentação das aulas: 
1. Lipogênese 
2. Lipólise 
Via resumida/panorama geral: 
Ácidos graxos: cadeia longa de carbonos pares (entre 16 e 20C) advindos do acetil-
CoA e são adicionados dois a dois (2 a 2C) até se formar o ácido graxo 
 
1- Biossíntese de 
lipídeos/lipogênese 
Lipídeos: moléculas hidrofóbicas insolúveis em água 
Diversos tipos de lipídeos: 
1. Fosfolipídeos 
2. Glicolipídeos 
3. Colesterol 
4. Hormônios esteroides e eicosanoides 
Os TAG (triacilgliceróis) estocam energia, isto 
é, é a maior reserva de energia; 
Definição de ácidos graxos 
Grupo alquila com carboxila terminal. No nosso organismo, a maioria dos ácidos 
graxos são organizados em cadeias pares de carbonos (16-20C) 
Transporte de lipídeos no estado alimentado 
Vantagens: 
TAG gera mais 2,5x ATP do que o glicogênio; 
Por ser hidrofóbico, gera 4 vezes mais energia que o glicogênio; 
Desvantagens: 
O excesso de estocagem é maléfico para o organismo; 
TAG → DAG → 1-MAG → 2-MAG 
Armazenado no tecido adiposo 
Mobilizamos o TAG, hidrolisamos e distribuímos 
RESUMO 12 – DIA 15/5 
 
Camila Furlan - TXXI 
 
O transporte de lipídeos depende do estado dietético (se está alimentado ou se está 
em jejum), conforme veremos a seguir: 
Fontes de triacilglicerol 
A partir da dieta 
Mobilizado no intestino delgado e transportado pelos quilomícrons (lipoproteínas) até a 
corrente sanguínea e serão destinados ou para o tecido adiposo ou para os músculos 
na forma de ácidos graxos, o qual tem permeabilidade pela membrana muscular e 
adiposa (sofre clivagem pela enzima lipoproteína lipase – mais expressa nos mm e 
tecido adiposo) 
CONSULTAR DESENHO 1 PARA MELHOR COMPREENSÃO 
 
Estômago e intestino 
 Digeridos a partir da lipase gástrica e 
pancreática 
Ácidos graxos → 2-MAG → TAG → 
quilomícrons → linfa → corrente sanguínea 
Lipoproteína (lipo/proteína) 
Camada lipídica com proteínas (apolipoproteínas - Apo) aderidas entre a 
monocamada, as quais têm função de ligantes para receptores nos locais de destino 
Fosfolipídeos → organizam os TAG para que possam ser deslocados no meio aquoso 
 
Fígado 
Quando há ingestão de alimentos em excesso, há aumento de glicose e aminoácidos, 
os quais podem ser usados para sintetizar ácidos graxos, os quais serão convertidos 
em TAG (VLDL – very low density protein) 
 
No jejum: 
 Através do glucagon, AMPc e PKA, a qual fosforila a lipase hormônio sensível (HSL) 
e a perilipina. Ao fosforilar a perilipina, ela se dissocia da proteína CGI da sua própria 
estrutura. Sendo assim, tanto o HSL quanto a perilipina, agora fosforilados, interagem 
entre si, permitindo acesso à superfície lipídica. A CGI, agora livre, ativa a ATGL 
(triacilglicerol-lipase), a qual irá clivar os TAG em DAG. O DAG, sob ação da enzima 
diacilglicerol-lipase, é clivada em monoacilglicerol (MAG). O MAG é hidrolisado pelo 
monoacilglicerol-lipase e, por fim, gerando ácidos graxos. 
Esses ácidos graxos são mobilizados e transportados pela albumina sérica na corrente 
sanguínea, de modo a possibilitar o transporte de ácidos graxos para seu destino. 
Caso não tenha perilipina, não há mobilização dos TAG dentro da gotícula de lipídeo, 
de modo a não impedir que as lipases ajam em momentos indevidos e clivem os 
triacilgliceróis em seus correspondentes. 
CONSULTAR O DESENHO ESQUEMÁTICO 2 PARA QUE SE ENTENDA MELHOR 
TAG → 3 ácidos graxos + 1 
glicerol, o qual será usado para 
gliconeogênese e glicólise 
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Camila Furlan - TXXI 
 
 
 
 
No jejum prolongado: 
Fígado passa a sintetizar corpos cetônicos (cadeia carbônica curta – 6C – com maior 
permeabilidade) a partir dos ácidos graxos, os quais serão usados pelo cérebro para 
seu suprimento (pela permeabilidade com a barreira hematoencefálica) e pelos 
músculos e outros tecidos. 
 
Fontes e destinos do acetil-CoA 
 
 
 
Sistema de transporte: movimento seletivo 
Transportador tricarboxilato/lançadeira 
 
 
 
 
1. Na mitocôndria, acetil-CoA precisa alcançar o citosol para ser usado na síntese 
de ácido graxo. Não é possível ter um transportador exclusivo de acetil-CoA, 
pois deve haver um transporte integrado com outras moléculas. 
2. O acetil se liga ao OAA por meio da enzima citrato sintase e então resulta na 
molécula de citrato; 
3. O citrato, agora compatível com a lançadeira tricarboxilato, consegue alcançar o 
citoplasma; 
4. Por sua vez, por ser um transportador antiporte, é preciso internalizar malato; 
ÁCIDOS GRAXOS ACETIL-CoA CORPOS 
CETÔNICOS 
ÁCIDOS GRAXOS ACETIL-CoA CITRATO 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
8 
9 9 
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5. O citrato citosólico, sofre ação da ATP citrato liase, a qual retira o acetil do 
citrato e então o acetil recebe o grupo CoA, tornando-se acetil-CoA. O citrato é 
convertido em OAA novamente; 
6. A retirada de acetil-CoA é direcionada para a síntese de ácidos graxos; 
7. O OAA, agora citosólico, é alvo da ação da enzima malato-desidrogenase para 
ser convertido a malato; 
8. De malato, sob ação da enzima málica, torna-se piruvato que, através de um 
transportador, ganha o espaço intermitocondrial novamente; 
9. O piruvato, por fim, sofre ação, respectivamente, da piruvato carboxilase para 
gerar OAA e do complexo piruvato desidrogenase para gerar acetil-CoA; 
10. O ciclo se reinicia. 
 
A lipogênese propriamente dita 
O excesso de energia é sintetizado em ácidos graxos no fígado; 
Os precursores são acetil-CoA e NADPH; 
A partir de carboidratos e proteínas esse processo pode ser feito; 
 
 
 
 
 Gasto de 1ATP 
 
 
 
 
 O objetivo é formar ácido palmítico (16C) 
 
 
 Formado o ácido palmítico, agora pode-se adicionar ou retirar carbonos 
(elongação, desaturação) para que se formem outras moléculas também. 
 
Regulação 
Regulação alostérica 
 
 
 
 
ACETIL-CoA 
INTERMEDIÁRIO 
ATIVADO MALONIL-CoA 
MALONIL-CoA 
HCO3 ATP 
UM ACETIL-CoA (2 A 2C) ACIL-GRAXO 
ISOCITRATO E CITRATO 
ACIS-GRAXO DE CADEIA LONGA X 
V 
RESUMO 12 – DIA 15/5 
 
Camila Furlan - TXXI 
 
 
 
Regulação covalente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por essa regulação que acontece estimulando uma via e reprimindo outra é que se 
mantém a inexistência de um ciclo fútil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLUCAGON 
HORMÔNIO 
DO JEJUM 
AMPc 
PKA (PROTEÍNA 
QUINASE A) 
PKA FOSFORILA 
ACETIL-CoA 
CARBOXILASE 
INIBE A 
LIPOGÊNESE 
INSULINA 
HORMÔNIO 
DO ESTADO 
ALIMENTADO 
FOSFOPROTEÍNA 
FOSFATASE 
FOSFOPROTEÍNA 
FOSFATASE 
RETIRA FOSFATO 
DO ACETIL-CoA 
CARBOXILASE 
INDUZ A 
LIPOGÊNESE

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