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WL-P & R-51-TGE-05-Ordem Jurídica e Constituição-004

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Waldeck Lemos 
Perguntas & Respostas 
 
Disciplina: 
Teoria Geral do Estado 
Folha: 
1 de 2 
 
Perguntas & Respostas/WLAJ/DP 
QUESTÕES 
 
Fonte: CRETELLA JUNIOR, J. e CRETELLA NETO, J. - 1.000 Perguntas e Respostas Sobre Teoria Geral do 
Estado – Editora Forense Jurídica (Grupo GEN). 
 
CAPÍTULO 05 - ORDEM JURÍDICA E CONSTITUIÇÃO. 
ESPÉCIES DE CONSTITUIÇÃO. CONSTITUIÇÕES DO BRASIL. 
 
01) Em que consiste a doutrina da separação dos poderes? 
R.: A doutrina da separação dos poderes baseia-se na idéia de que todo homem investido de poder é tentado a 
abusar desse poder, e que a divisão de poderes e funções do Estado é necessária para impedir a arbitrariedade; 
constitui a base da organização liberal e das democracias modernas, o instrumento da "segurança dos cidadãos". 
 
02) O que é constitucionalismo? 
R.: Constitucionalismo é o movimento de caráter político e jurídico, de cunho liberal, em voga entre o final do 
século XVIII e o término da Primeira Guerra Mundial, cujo objetivo é o estabelecimento de Estados de direito 
baseados em regimes constitucionais, isto é, fundados numa Constituição democrática, que delimita claramente a 
atuação do Poder Público, mediante a separação dos poderes, e assegura ampla proteção aos direitos dos 
cidadãos, impondo o exercício, no plano político, do chamado "governo das leis e não dos homens". 
 
03) Que transformações sofreu o constitucionalismo, após o término da Primeira Guerra Mundial? 
R.: Ao término da Primeira Guerra Mundial, surgiram novos países na Europa, que adotaram Constituições 
escritas; outras correntes políticas, como as defendidas pelos partidos socialistas e democratas-cristãos, passaram 
a ter influência junto a opinião pública, e dissociaram o constitucionalismo do movimento liberal, acrescendo 
dimensão social e econômica às Constituições, contrabalançando a anterior supremacia dos direitos individuais. 
 
04) O que se entende por racionalização do poder? 
R.: Entende-se por racionalização do poder uma forma extremada de constitucionalismo, que consiste na tentativa 
de utilizar mecanismos jurídicos, elaborados pelos teóricos do Direito, no sentido de incorporá-los às Constituições, 
enquadrando completamente a vida política da nação nessa espécie de documento legal. 
 
05) Que críticas são dirigidas à corrente doutrinária da racionalização do poder? 
R.: As principais críticas são as seguintes: a) a vida política de uma nação é por demais variada para ser 
completamente regulada por uma Constituição rígida; e b) nenhuma regra jurídica, por si só, logrará êxito, à falta 
de um adequado substrato sócio-econômico, com o qual se harmonize. 
 
06) Pode o constitucionalismo ser considerado tendência em completo desuso? 
R.: Não. Embora bastante modificado em relação à forma original, ressurge o constitucionalismo, com maior ou 
menor intensidade, sempre que um Estado decide elaborar nova Constituição ou emendar a existente; ainda que 
suas virtudes já sejam menos evidentes há aqueles que continuam a acreditar na possibilidade de racionalizar o 
poder, insculpindo na Constituição todas as leis fundamentais reguladoras da vida política da nação. 
 
07) Que Constituições já teve e tem o Brasil? 
R.: O Brasil, independente de Portugal desde 1822, teve oito Constituições, a primeira promulgada no Império, em 
1824; a segunda, e as seguintes, foram promulgadas durante o período republicano, nos anos de: 1891, 1934, 
1937 (denominada "polaca", pois se inspirou na Constituição polonesa), 1946, 1967 (regime militar), 1969 
(verdadeira Constituição, embora formalmente outorgada pela Emenda Constitucional n° 1) e, finalmente, a de 
1988. 
 
08) Como foi elaborada e quais as mais marcantes características da oitava Constituição do Brasil, e sétima da 
República, de 1988? 
R.: O Governo Militar, após a enfermidade de Costa e Silva (que culminou com seu falecimento, em dezembro de 
1969), substituído por uma Junta, passou para as mãos do Gen. Emílio Garrastazu Médici, precisamente na data 
da entrada em vigor da EC 1/69, de17.10.1969; foram reabertas as Assembléias Legislativas dos Estados e 
prometida gradativa abertura do regime; sucedeu-o, em 1974, o Gen. Ernesto Geisel, que também passou a 
promover um programa de abertura política, "lenta, gradual e segura", segundo o critério alardeado pelo governo, 
 
Waldeck Lemos 
Perguntas & Respostas 
 
Disciplina: 
Teoria Geral do Estado 
Folha: 
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Perguntas & Respostas/WLAJ/DP 
na época; sucedeu-o, por sua vez, por meio de nova eleição indireta, o Geri. João Baptista Figueiredo, durante 
cujo mandato ocorreram amplas manifestações populares, que visavam à redemocratização do país e a realização 
de eleições diretas (movimento "Diretas Já!"). Ainda uma vez, foram realizadas eleições indiretas, ganhando o 
candidato Tancredo Neves, que deveria tomar posse em 15.03.1985; acometido de grave moléstia, assumiu a 
Presidência, de forma irregular, José Sarney, seu Vice (a rigor, deveria assumir o Presidente da Câmara dos 
Deputados, pois o Vice somente sucede o Presidente, quando afastado; como não chegou a tomar posse, 
Tancredo não era, ainda, Presidente), dando início à era chamada de "Nova República". Convocada para se reunir 
unicameralmente a Assembléia Nacional Constituinte, em 01.02.1987, culminaram os trabalhos com a 
promulgação da Nova Constituição, a 05.10.1988, com 245 artigos e mais 70 artigos constantes do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, cuja mais significativa característica é seu cunho democrático, 
que firma o Brasil como Estado de Direito; algumas inovações merecem destaque: a) mandado de segurança 
coletivo; b) mandado de injunção; c) habeas data; d) proteção a direitos difusos e coletivos; e e) consagração do 
STF como Corte predominantemente constitucional, criação do Superior Tribunal de Justiça - STJ e extinção do 
Tribunal Federal de Recursos - TFR. 
 
09) Qual a estrutura da atual Constituição do Brasil, de 1988? 
R.: A Constituição brasileira abre com um Preâmbulo, que consiste em declaração solene dos membros da 
Assembléia Nacional Constituinte, sintetizando o pensamento que norteou o trabalho de elaboração, e afirmando 
que, reunidos para instituir um Estado Democrático, a promulgam. Os 245 artigos e centenas de incisos da Lei 
Magna distribuem-se em 10 capítulos, denominados Títulos, que são: I - Dos Princípios Fundamentais (arts. 1° a 
4°); II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais (arts. 5° a 17); III - Da Organização do Estado (arts. 18 a 43); IV - 
Da Organização dos Poderes (arts. 44 a 135); V - Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas (arts. 136 
a 144); VI - Da Tributação e do Orçamento (arts. 145 a 169); VII - Da Ordem Econômica e Financeira (arts. 170 a 
192); VIII - Da Ordem Social (arts. 193 a 232); IX - Das Disposições Constitucionais Gerais (arts. 233 a 245). Além 
disso, ao final, 70 artigos (numerados de 1° a 70), compõem o ADCT - Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias. 
 
10) Como pode ser classificada a atual Constituição brasileira? 
R.: A atual Constituição brasileira pode ser classificada como formal, escrita, dogmática, popular e rígida. 
 
 
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