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Ptose palpebral
Introdução
Ptose palpebral, ou blefaroptose, é a condição clínica em que a margem da pálpebra superior se situa em posição mais baixa do que o normal (Figura 107.1). Pode ser congênita ou adquirida.
Formas clínicas e causas
Ptose miogênica. Causada por miopatia congênita ou adquirida do músculo levantador da pálpebra ou transmissão deficiente de impulsos na junção neuromuscular.
Ptose miogênica congênita. Há disgenesia do músculo levantador da pálpebra superior. Há pouca ou nenhuma função muscular. Nesses casos é importante pesquisar ambliopia e tratá-la quando houver obstrução do eixo visual. Aproximadamente 50% dos pacientes com ptose congênita têm ambliopia associada.
Ptose miogênica adquirida. Causada por miastenia gravis (ver Capítulo 461, Miastenia Gravis), distrofia miotônica e miopatia ocular. O comprometimento ocular (ptose, diplopia, movimentos nistagmoides ao olhar na extrema periferia) é o sintoma inicial em 60% dos pacientes e está presente em 90% dos casos no momento do diagnóstico de miastenia.
Ptose neurogênica. Ocorre por defeito de inervação, congênito ou adquirido (nervo oculomotor inervando o músculo levantador da pálpebra superior e inervação simpática para o músculo de Müller).
Ptose neurogênica por regeneração anômala do 3o nervo (nervo oculomotor). Geralmente ocorre em adultos, pós-trauma.
Síndrome de Horner (ptose, enoftalmia, anidrose facial, miose). Ausência da inervação simpática (ver Capítulo 110, Síndrome de Horner).
Figura 107.1 Paciente com ptose palpebral à esquerda.
Síndrome de Marcus-Gunn (“mastigar-piscar”). Consiste em retração da pálpebra superior ptótica ao executar a mastigação, abrir a boca, sugar ou mover a mandíbula em direção ao lado contralateral. Corresponde a 5% dos casos de ptose congênita.
Ptose aponeurótica. Causa mais frequente de ptose em idosos. Ocorre por desinserção da aponeurose do músculo levantador da pálpebra superior. Há boa função muscular e caracteriza-se por sulco palpebral alto.
Ptose mecânica. Causada por cicatrização conjuntival ou peso excessivo da pálpebra superior, prejudicando a mobilidade palpebral, como dermatocálase (excesso de pele na pálpebra superior), edema palpebral e tumores.
Diagnóstico diferencial
Pseudoptose, que pode resultar das seguintes condições:
•Altura da fissura vertical diminuída: falta de suporte do globo para as pálpebras (p. ex., atrofia ocular)
•Retração da pálpebra contralateral (p. ex., exoftalmo endócrino)
•Hipotropia ipsolateral: quando o olho com ptose está desviado para baixo em relação ao olho contralateral, que fixa um objeto. Quando se oclui o olho contralateral, o olho com a suposta ptose se eleva e a pálpebra o acompanha.
Comprovação diagnóstica
O diagnóstico da ptose palpebral é dado clinicamente por meio do exame oftalmológico. Exames complementares e avaliações adicionais devem ser feitos em casos de suspeita de doença sistêmica.
Complicações
•Ambliopia.
Tratamento
•Ptose congênita: tratamento de ambliopia utilizando-se tampão ocular ou realizando-se correção cirúrgica.
 Tratamento cirúrgico
Visa primariamente o restabelecimento funcional e, em segundo plano, o ganho estético, com técnicas variadas, de acordo com a causa da ptose.
Evolução e prognóstico
Ptose congênita não corretamente tratada pode levar a ambliopia com dano funcional permanente. Cirurgia de ptose em alguns casos pode causar exposição excessiva da córnea e desenvolver ceratite secundária e leucoma de córnea. 
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.

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