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Semiologia da insuficiência arterial e periférica

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Ana Julia Rocha 131 
Existem poucas áreas da medicina nas quais as condições encontradas levam sozinhas tão 
rapidamente ao diagnóstico somente com base na história e no cuidadoso exame clínico, 
como acontece na doença vascular. Mais de 90% das doenças vasculares periféricas podem ser 
diagnosticadas clinicamente. 
O sangue arterial sai do coração e o venoso retorna ao coração. O sangue venoso se comunica 
com o arterial pelas pequenas artérias perfurantes ou comunicantes. 
 
A semiologia arterial e venosa enquadra-se nos parâmetros clássicos: Uma boa anamnese, 
inspeção, palpação e ausculta. 
 1) Insuficiência arterial 
- Aguda 
- Crônica 
 2) Insuficiência venosa 
- Varizes essenciais 
- Trombose venosa profunda 
1) Insuficiência arterial 
Isquemia aguda: Diminuição repentina da perfusão do membro que ameaça a viabilidade do 
mesmo. Incidência 1,5/10000 casos ano, é aguda por ocorrer dentro de 2 semanas do inicio 
dos sintomas. 
Na anamnese deve avaliar se a isquemia é aguda ou crônica. 
 Isquemia aguda: Dor de início súbito, forte intensidade, rapidamente progressiva, 
associado à parestesia (formigamento) , paralisia, fraqueza em perna/pé, palidez do 
membro. 
 Ana Julia Rocha 131 
 Isquemia crônica: Dor claudicante (“claudicar”= Mancar) e a medida que progride dor 
em repouso. Ex: “antes eu podia andar 1km, e agora eu só consigo andar 500 m por 
causa da dor” 
A isquemia arterial ocorre por algo que leve a diminuição súbita da irrigação do membro 
atingido, em sua maioria são dos membros inferiores e as causas mais comuns são: Embolia 
(90% causa CDV), Trombo (ruptura de placa) e trauma. Por exemplo, um paciente que tem 
uma fibrilação atrial faz com que o ritmo cardíaco seja irregular e o átrio bate de forma não 
rítmica, o que faz com que haja uma estase no átrio, isso estimula o processo de coagulação 
formando trombos, e quando esse trombo de desloca é chamado de êmbolos, que podem 
ficar nos membros inferiores. Etiologia: Fibrilação atrial, IAM, aterosclerose aórtica, doença 
aneurismática principalmente na poplítea, dissecção da aorta, revascularização de MMII previa 
e trauma arterial. 
Oclusões arteriais agudas 
As embolias ocorrem em cerca de 90% dos casos em doentes com cardiopatia e a trombose 
arterial por uma doença arterial prévia ou sítios onde houve revascularização prévia. 
Manifestam-se de maneira súbita, com dor, parestesia, paralisia, esfriamento, palidez das 
extremidades e ausência de pulsos distalmente às obstruções. Sempre compara um membro 
com o outro. Quadros embólicos são os mais predominantes, principalmente de origem CDV, o 
local mais acometido é o MMII. Artérias femorais (aprox. 30%) > Poplítea > Ramos aorto-ilíacos 
(locais mais comuns). 
 
Quando pensar em oclusões arteriais agudas – Regra dos 6Ps: Pain (dor), palidez, parestesia, 
paralisia, poiquilotermia (diminuição da temperatura), Pulselessness (ausência de pulso). 
Geralmente é unilateral mas pode em algumas situações ser bilateral. 
Exame físico 
Inspeção: Palidez de um dedo ou até de todo o pé, áreas cianóticas que podem ser discretas 
até uma cianose intensa, sempre comparar com o membro contralateral. 
 Ana Julia Rocha 131 
 
 
Fenômeno de Raynaud (doença arterial periférica funcional) - Vasoespasmo que ocorre nas 
extremidades que faz com que haja uma mudança da coloração para palidez, depois hiperemia 
e cianose. Pode ser primairo, sem uma causa especifica ou secundario a algumas doenças 
autoimunes (frequente em esclerodermia ou esclerose sistêmica progrssiva, pode ser muito 
intenso, levando a isquemia) 
 
Isquemia por esclerodermia. 
 
Palpação: Deve-se palpar a temperatura e os puldos. O esfriamento pode atingir apenas o pé 
por obstrução das artérias distais da perna. O esfriamento atinge entre o terço médio e terço 
superior da perna por obstrução entre a femoral superficial e a poplítea. Esfriamento acima do 
joelho por obstrução da artéria femoral comum. Esfriamento dos dois membros até o terço 
superior das coxas por obstrução da artéria abdominal -> Síndrome de Leriche (triade 
diagnóstica: Pulsos femorais ausentes ou diminuídos + claudicação ou dor ao caminhar em 
membros inferiores + disfunção eretil. A palpação sistemática de todos os pulsos arteiais 
constitui a etapa mais importante do exame físico permitindo diagnóstico da obstrução arterial 
om também do local da oclusão. Na obstrução arterial aguda os pulsos distais ao local da 
 Ana Julia Rocha 131 
oclusão estão ausentes. (10 a 15% da populaçao normal os pediosos podem não ser 
palpaveis). 
O pulso arterial é graduado de zero a qutro cruzes, podendo estar normal (4+, diminuido (1 a 
3+) ou abolido (0). Ex: ++++/4; +/4; 2+/4. A intensidade de palpação em uma artéria deve ser 
sempre comparada com a artéria contralateral. 
Artéria temporal - A arterite temporal é uma alteração inflamatória da artéria temporal, há 
espessamento da atéria inflamada, dolorosa, podendo ocorrer perda da visão subita 
ipsilateral, VHF elevada. 
 
Artéria carótida – É costume também auscultar a carótida, podendo haver sopros por 
exemplo. 
 
Artéria subclavia - Tracionar membros superiores posteriormente para facilitar a palpação 
 
Artéria axilar – Palpação profunda na fossa axilar por trás do bordo posterior do musculo 
peitoral maior 
 
 
 
 Ana Julia Rocha 131 
Artéria radial – Amplitude, frquencia e enchimento. Um cateterismo pode fazer com que haja 
ausencia deste pulso. 
 
Manobra Allen – Aperta os dois lados (arteria ulnar e radial) e rapidamento solta um. O teste 
avalia a circulação colateral da mão através da avaliação das artérias ulnar e radial. O teste 
consiste em comprimir tanto a artéria ulnar como a radial com a nossa mão, sem o suprimento 
sanguíneo a mão ficará pálida. Após isto deve-se soltar uma delas e verificar se assim toda a 
mão vai ser perfundida pela artéria que nós desocluimos. 
 
Aorta abdominal 
 
Artéria femoral 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_ulnar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_radial
 Ana Julia Rocha 131 
Pulso poplíteo 
 
Artéria tibial posterior - Atrás do maleolo posterior 
 
Artéria pediosa – 10 a 15% da população normal pode não ter esse pulso palpavel 
 
Ausculta: A ausculta de um sopro sistólico em um trajeto arterial pde nos sugerir já haver uma 
estenose prévia em uma artéria. A sensibilidade tátil, térmica e dolorosa e as alterações 
motoras quanto mais alterados mais grave será a isquemia. A pesquisa dos sinais neurológicos 
é muito importante para determinas o prognóstico, a urgência e o tipo de terapêutica a ser 
empregado. 
Diagnóstico: Membos com dor, palidez, parestesia, diminuição do pulso, temperatura e 
sensibilidade. Nas oclusoes arteirais agudas pede-se ultrassonografia com color Doppler do 
membro afetado. Mais sofistacadamente pode-se pedir uma angiografia ou angioressoância. 
Um método mais invasivo é a arteriografia, geralmente feita pré cirurgica. 
Arteriopatia crônia obstrutiva 
A causa mais frquente, cerca de 80% dos casos tem como etiologia a doença aterosclerótica. 
Ocorre mais frequentemento no sexo masculino, 50 a 70 anos. Fatores de risco: 
envelhecimento, HAS, DM, dislipidemia, Tabagismo, historia familiar de aterosclerose, 
obesidade e hemocisteína elevada. 
Anamnese: Jovem, masculino entre 20 e 30 anos pensa em tromboangeíte obliterante. Sexo 
feminino , arterite Takayassu é a causa em 80% dos casos. 
Sintomas: Claudicação intermitente – dor em aperto ou caimbra frequente na panturrilha, ao 
esforço. Neuropatia isquêmica – parestesia, hipoestesia ou anestesia (isquemia do nervo), dor 
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em repouso – Pior a noite, muitas vexes obriga o paciente a dormir com os pes pendentes para 
aliviá-la, considerada evolução da claudicação intermitente. 
Inspeção: Pele seca e descamativa, atrófica. Ausência de pelos, unhas apresentam-se 
espessadas, secas e quebradiças. Ulceras isquemicas– São extremamente dolorosas, tendem a 
ser unilaterais e aparecer nos dedos, no dorso, na margem externa do pé e na região calcânea. 
Gangrena – Em geral é do tipo seca e sem secreções. 
 
Palpação: Os tecidos isquemicos costumam apresentar diminuição da temperatura 
(esfriamento) e diminuição ou ausência do pulso. Frêmitos – A palpação de um frêmito 
sistólico sugere a presença de uma estenose arterial ou dilatação arterial (aneurisma). 
Ausculta das artérias: Deve-se sempre ser feira rotineiramente, o que é conseguido no trajeto 
das artérias e o objetiva encontrar sopro. Deve-se tomar cuidado para não pressionar demais a 
artéria pois pode simular um sopro. 
Diagnóstico: Doppler, angioTC, angioressonância e arteriografia. 
 
Indice tornozelo braço (ITB) – É um exame complementar não invasivo auxiliar no diagnóstico 
da doença arterial obstrutiva periférica dos membros inferiores. Relação da PAS da arteria 
braquial com a arteria maleolar anterior ou tibial posterior 
 Ana Julia Rocha 131 
 
Tratamento: Modificação do estilo de vida, controle da HAS, controle do DM, controle da 
dislipidemia, cirurgia de revascularização ou endovascular. 
2)Insuficiência venosa periférica 
No sistema venoso o sangue retorna ao coração. Composto por veia superficiais (veia safena 
magna e veia safena parva), veias perfurantes (comunicação das veia perifericas e profundas) e 
veias profundas (85% retorno venoso, veias ilíacas, femoral, poplítea e femoral profunda). 
 
Varizes essenciais (crônica) 
Anormalidade do funcionamento do sistema venoso causada por uma incopetência valvular 
causando hipertensão venosa -> refluxo -> edema -> lipodermatoesclerose(liberar substancias 
ferricas da hemoglobina dando uma coloração parda) -> ulceração. 
 
Exame físico: Edema depressível (diferente do linfedema), dermatite ocre(hipermigmentação 
da pele geralmente pela deposição de ferro, hemossiderina), úlcera indolor, maleolo medial, 
base avermelhada. 
 Ana Julia Rocha 131 
 
Tratamento: Drogas vasoativas, compressão mecânica e cirurgia. 
Trombose venose profunda 
Doença em que ocorre um trombo mais reação inflamatória em uma veia profunda podendo 
provocar manifestações locais, regionais e sistêmicas. Patogênese da trombose venosa são a 
ativação da coagulação, a lesão endotelial e a estase venosa (tríade de Virchow). Fatores de 
risco: Doente acamado, pós cirurgia, pos parto e politraumatizados. 
Sintomas: Dor é o sintoma mais comum da TVP dos membros inferiores acometidos. A dor 
pode ser espontânea, surgir em repouso e piorar quando o doente tenta apoia o pé no chão 
ou deambular. Edema unilateral com vermelhidão e eritema. Aumento da temperatura. Febre 
baixa discreta (37,1 ou 37,2), taquicardia inexplicada. Febre baixa + taquicardia = sinal de 
Mahler-Michaelis, de grande importância como manifestação prodrômica. Fatores de risco: 
Neoplasia, doenas CDV, infecciosas, hematologicas, vasculite, repouso, cirurgias recentes, 
traumatismo e fraturas recentes. 
 
Exame físico: Sinal de Pratt (veias sintinelas) – Trajetos venosos superficiais visíveis na face 
anterior do pé e da perna e ocorre em cerca de 5% dos doentes. Sinal de Godet – Edema 
depressível (cacifo). Sinal da bandeira – Edema da musculatura da panturrilha com menor 
mobilidade “empastamento”. Sinal de Homans - dor na panturrilha à dorsiflexão do pé. Sinal 
de bancroft – dor a palpação da musculatura da panturrilha contra a estrutura óssea. 
Diagnóstico: Clinico e Doppler venoso. 
Tratamento: Visa evitar a embolia pulmonar, anticoagulação (heparina) e fibrinolíticos.

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