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Resumão Fígado, Vesícula Biliar e Pâncreas

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anatomia, histologia, fisiologia e embriologia 
 
 
O alimento segue da boca e faringe, pelo esôfago, até 
o estômago, onde se mistura com as secreções gástricas. A digestão 
ocorre principalmente no estômago e no duodeno. 
A peristalse, uma série de ondas de contração anulares, 
começa aproximadamente no meio do estômago e se desloca devagar 
em direção ao piloro. É responsável pela mistura do alimento mastigado 
com o suco gástrico e pelo esvaziamento do conteúdo gástrico no 
duodeno. A absorção de substâncias químicas ocorre principalmente 
no intestino delgado, um tubo espiralado, com 5 a 6 m de comprimento 
(mais curto em vida, quando existe tônus, do que no cadáver) formado 
pelo duodeno, jejuno e íleo. 
A peristalse também ocorre no jejuno e no íleo; entretanto, não 
é forte, exceto se houver obstrução. O estômago é contínuo com o 
duodeno, que recebe as aberturas dos ductos do pâncreas e fígado, as 
principais glândulas do sistema digestório. 
 O alimento deglutido passa através do esôfago até o estomago 
por meio de contrac ̧ões onduliformes conhecidas como peristaltismo. A 
mucosa gástrica secreta ácido clorídrico e pepsinoge ̂nio. Ao entrar no 
lúmen do estômago, o pepsinoge ̂nio é convertido na enzima ativa 
digestória de proteínas conhecida como pepsina. 
O estômago digere as proteínas parcialmente e atua armazenando o 
seu conteúdo, denominado quimo, para o seu processamento posterior pelo intestino delgado. 
 A mucosa do intestino delgado é pregueada, com vilosidades que se projetam em direção ao lúmen. Além disso, as 
células que revestem essas vilosidades apresentam pregas de sua membrana plasmática denominadas microvilosidades. Esse 
arranjo aumenta acentuadamente a área superficial para a reabsorção. Ele também melhora a digestão, uma vez que as 
enzimas digestivas do intestino delgado estão localizadas na membrana celular das microvilosidades. 
 O intestino grosso absorve água, eletrólitos e certas vitaminas do quimo que ele recebe do intestino delgado. Num 
processo regulado pela ação de músculos esfincterianos, o intestino grosso então elimina produtos da decomposic ̧ão 
metabólica do corpo através do reto e do canal anal. 
 
 
 
 
 
Cerca de 80% dos lipídeos provenientes da dieta são predominantemente triacilgliceróis ou triglicerídeos 
 
• 
 
O início da digestão de lipídeos da alimentação não começa na boca efetivamente. Embora, nenhuma hidrólise de 
triglicérides ocorra na boca, os lipídeos estimulam a secreção da lipase das glândulas serosas na base da língua (por isso 
se chama lipase lingual), mas como não permanece na boca sua função é quase nula. 
 
• 
A lipase gástrica provavelmente corresponde àquela secretada pela língua. Porém, o pH extremamente ácido do 
estômago não possibilita a ação integral desta lipase gástrica, diminuindo a velocidade de sua ação enzimática, havendo 
apenas a quebra de algumas ligações de ésteres de Ácidos Graxos de cadeia curta. A ação gástrica na digestão dos 
lipídios está relacionada com os movimentos peristálticos do estômago, produzindo uma emulsificação dos lipídios, 
dispersando-os de maneira equivalente pelo bolo alimentar. 
 
• 
A chegada do bolo alimentar acidificado (presença de gordura e proteína) no duodeno induz a liberação hormônio 
digestivo colecistocinina CCK. que, por sua vez, promove a contração da vesícula biliar, liberando a bile para o duodeno 
e estimula a secreção pancreática. 
Os ácidos biliares são derivados do colesterol e sintetizados no fígado. São denominados primários (ácido cólico, taurocólico, 
glicocólico, quenodesoxicólico e seus derivados) quando excretados no duodeno, sendo convertidos em secundários 
(desoxicólico e litocólico) por ação das bactérias intestinais. 
A bile, ainda, excreta o colesterol sanguíneo em excesso, juntamente com a bilirrubina (produto final da degradação da 
hemoglobina). Sais biliares fazem a emulsificação da gordura, para que a enzima lipase pancreática possa agir quebrando 
as triglicérides em diglicérides e ácidos graxos livres, os diglicérides sofrem uma nova ação da lipase dando origem a 
monoglicérides, ácidos graxos e glicerol. Cerca de 70% do diglicerídeos são absorvidos pela mucosa intestinal o restante 
30% é o que será convertido em monoglicérides, glicerol e ácidos graxos. 
A colecistocinina possui, ainda, função de estímulo do pâncreas para a liberação do suco pancreático, juntamente com 
outro hormônio liberado pelo duodeno, a secretina. O suco pancreático possui várias enzimas digestivas (principalmente 
proteases e carboidratases) sendo a lipase pancreática a responsável pela hidrólise das ligações ésteres dos Lipídios 
liberando grande quantidades de colesterol, Ácidos Graxos, glicerol e algumas moléculas de monoacilgliceróis. 
Ácidos graxos livres e monoglicerídeos produzidos pela digestão formam complexos chamados micelas, que facilitam a 
passagem dos lipídeos através do ambiente aquoso do lúmen intestinal para borda em escova. 
Os sais biliares são então liberados de seus componentes lipídicos e devolvidos ao lúmen do intestino. Na célula da mucosa, 
os AG e monoglicerídeos são reagrupados em novos triglicerídeos, estes juntamente com o colesterol e fosfolipídeos são 
circundados em forma de quilomícrons (QM). 
Os QM são transportados e esvaziados na corrente sanguínea, e então levados para o fígado, onde os triglicerídeos 
são reagrupados em lipoproteínas e transportados especialmente para o tecido adiposo, para o metabolismo e para o 
armazenamento. 
Os lipídios livres são, então, emulsificados pelos sais biliares em micelas e absorvidos pela mucosa intestinal que 
promove a liberação da porção polar hidrófila (sais biliares) para a circulação porta hepática e um processo de ressíntese 
dos Lipídios absorvidos com a formação de novas moléculas de triacil-gliceróis e ésteres de colesterol, que são adicionados 
de uma proteína (apo-proteína 48) formando a lipoproteína quilomicron, que é absorvida pelo duto linfático abdominal, 
seguindo para o duto linfático torácico e liberada na circulação sangüínea ao nível da veia jugular. 
O glicerol será absorvido por vasos linfáticos e ser levado ao fígado. 
Os monoglicerídeos e ácidos graxos livres quando absorvidos pela parede intestinal sofrem uma no esterificação pela 
enzima triacil sintetase dando origem a novos triacilglicerois que por sal vês se ligam a proteínas produzidas no REG 
formando os quilomicrons que são partículas lipoprotéicas (98%lipídios e 2%proteínas). 
Após isso se formarão vacúolos que com destino aos espaços intersticiais atingindo os vasos linfáticos > ducto torácico 
e veia cava superior. 
Os quilomicrons atingem finalmente a corrente sanguínea, mas antes de chegar ao fígado passam por tecido muscular 
e adiposo aumentando sua densidade, pois são enriquecidos com proteínas podendo resultar em: 
- VLDL (very low density lipoprotein) 80-90% de lipídios. 
- LDL (low density lipoprotein) 70% lipídios. 
- HDL (high density lipoprotein) 45% lipídios. 
 
Os quilomicrons geralmente os VLDL saem do fígado com intenção de levar triglicérides para os tecidos, e com a 
absorção de triglicérides a VLDL vai aumentando sua densidade ate chegar a LDL. 
O fígado utiliza ácidos graxos para a produção de triglicéride, colesterol que é utilizado para a produção de sais biliares, 
corpos cetônicos que serão lançados para a corrente sanguínea e consumidos pelos músculos em caso de o excesso, 
excretado pelos pulmões e rins. Fígado é o principal sintetizador de gordura. 
 
 
 
 
FÍGADO: 
O fígado é a maior glândula do organismo, e é 
também a mais volumosa víscera abdominal. 
Sua localização é na região superior do abdômen, 
logo abaixo do diafragma, ficando mais a direita, isto 
é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita 
da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 
1,500 g e responde por aproximadamente 1/40 do 
peso do corpo adulto. O fígado apresenta duas 
faces: Diafragmática e Visceral. 
O fígadoé dividido em lobos. A Face 
Diagramática apresenta um lobo direito e um lobo 
esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes 
maior que o esquerdo. A divisão dos lobos é 
estabelecida pelo Ligamento Falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da 
obliteração da veia umbilical, conhecido como Ligamento Redondo do Fígado. 
 
A Face Visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença de depressões em 
sua área central, que no conjunto se compõem formando um “H”, com 2 ramos anteroposteriores e um transversal que os 
une. 
Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado 
(posterior) com base na morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo. 
 
 
 
 
Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o caudado, há um sulco que aloja a 
veia cava inferior. 
Entre os lobos caudado e quadrado, há uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a 
artéria hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos. 
Aparelho Excretor do Fígado – é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto cístico e ducto colédoco. 
O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele – além da bile que é indispensável na 
digestão das gorduras – ele desempenha o importante papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, 
cobre e vitaminas. 
A Função Digestiva do Fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. 
A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. 
A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção 
 
Outras Funções do Fígado são: 
• Metabolismo dos carboidratos; 
• Metabolismo dos lipídios; 
• Metabolismo das proteínas; 
• Processamento de fármacos e hormônios; 
• Excreção da bilirrubina; 
• Excreção de sais biliares; 
• Armazenagem; 
• Fagocitose; 
• Ativação da vitamina D. 
 
 
A Vesícula Biliar situa-se na fossa da vesícula biliar na 
face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção 
do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A 
relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima 
que a parte superior do duodeno normalmente é 
manchada com bile no cadáver. 
A vesícula biliar tem capacidade para até 50 ml de 
bile. 
O Ducto Cístico liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático 
comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) 
formando o Ducto Colédoco. 
O ducto colédoco desce posterior a parte superior do 
duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do 
pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente 
do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com 
o ducto pancreático principal. 
 
 
 
O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos ductos 
pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no sangue. 
O pâncreas é achatado no sentido anteroposterior, ele apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma borda 
superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago. 
O pâncreas apresenta duas faces, uma a Face Diafragmática (anterosuperior) que é convexa e lisa relacionando-se com a 
cúpula diafragmática e, a Face Visceral (póstero inferior) que é irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais. 
O comprimento varia de 12,5 a 15 cm e seu peso na mulher é de 14,95 g e no homem 16,08 g. 
O pâncreas divide-se em Cabeça (aloja-se na curva do duodeno), Colo, Corpo (dividido em três partes: anterior, posterior e 
inferior) e Cauda. 
 
 
Ducto Pancreático – O ducto 
pancreático principal começa na cauda 
do pâncreas e corre para sua cabeça, 
onde se curva inferiormente e está 
intimamente relacionada com o ducto 
colédoco. O ducto pancreático se une 
ao ducto colédoco (fígado e vesícula 
biliar) e entra no duodeno como um 
ducto comum chamado ampola 
hepatopancreática. 
 
 
 
O Pâncreas tem as seguintes Funções: 
 
• Dissolver carboidrato (amilase pancreática); 
• Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, 
carboxipeptidase e elastase); 
• Dissolver triglicerídeos nos adultos (lípase 
pancreática); 
• Dissolver ácido nucleicos (ribonuclease e 
desoxirribonuclease). 
 
 
No abdome, há um sistema venoso muito importante que recolhe sangue das vísceras abdominais para transportá-lo ao 
fígado. É o sistema da veia porta. 
A veia porta é formada pela anastomose da veia esplênica (recolhe sangue do baço) com a veia mesentérica superior. 
A veia esplênica, antes de se anastomosar com a veia mesentérica superior, recebe a veia mesentérica inferior. 
Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as veias gástrica esquerda e prepilórica. 
Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a veia porta se bifurca em dois ramos (direito e esquerdo), penetrando assim 
no fígado. 
No interior do fígado, os ramos da veia porta realizam uma verdadeira rede. 
Vão se ramificar em vênulas de calibre cada vez menor até a capilarização. 
Em seguida os capilares vão constituindo novamente vênulas que se reúnem sucessivamente para formar as veias hepáticas 
as quais vão desembocar na veia cava inferior. 
A veia gonadal do lado direito vai desembocar em um ângulo agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado esquerdo 
desemboca perpendicularmente na veia renal. 
 
RESUMINDO O SISTEMA PORTA-HEPÁTICO: A circulação porta hepática desvia o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais 
e do baço para o fígado antes de retornar ao coração. A veia porta hepática é formada pela união das veias mesentérica 
superior e esplênica. A veia 
mesentérica superior drena 
sangue do intestino delgado e 
partes do intestino grosso, 
estômago e pâncreas. A veia 
esplênica drena sangue do 
estômago, pâncreas e partes do 
intestino grosso. A veia 
mesentérica inferior, que deságua 
na veia esplênica, drena partes do 
intestino grosso. 
O fígado recebe sangue arterial 
(artéria hepática própria) e 
venoso (veia porta hepática) ao 
mesmo tempo. Por fim, todo o 
sangue sai do fígado pelas veias 
hepáticas que deságuam na veia 
cava inferior. 
 
 
 
O fígado é revestido por uma cápsula delgada de tecido 
conjuntivo denso não modelado, a cápsula de Glisson, e 
é recoberto pelo peritônio. O tecido conjuntivo da 
cápsula estende-se para o interior do parênquima 
hepático, onde se observa unidades estruturais 
chamadas lóbulos hepáticos. Na periferia dos lóbulos, 
existe uma massa de tecido conjuntivo chamada de 
espaço porta, que apresentam ramos da artéria 
hepática, da veia porta, dos ductos biliares e vasos 
linfáticos. Os ductos biliares são revestidos por um 
epitélio cuboide, e transporta, até a vesícula biliar, 
passando pelo ducto hepático, a bile, sintetizada pelos 
hepatócitos. O parênquima hepático é constituído por 
hepatócitos, que são células de formato poliédrico, com 
seis ou mais superfícies, e citoplasma acidófilo, devido 
ao grande número de mitocôndrias, associado ao 
acúmulo de glicogênio formando típicas inclusões em 
forma de roseta. Os hepatócitos estão dispostos ao 
redor dos lóbulos hepáticos, formando placas celulares; 
que se direcionam da periferia do lóbulo para o seu centro. O espaço entre essas placas celulares contêm capilares sinusóides, 
que por sua vez correm radialmente, convergindo para o centro do lóbulo para formar a veia centro lobular. Os capilares 
sinusóides são vasos irregularmente dilatados compostos de uma camada descontínua de células endoteliais fenestradas. 
 
 
O pâncreas é a segunda maior glândula associada ao tubo digestivo. Ele é envolvido por uma cápsula muito delgada de tecido 
conjuntivo de onde partem septos que subdividem a glândula em lóbulos. Os septos de tecido conjuntivo contêm vasos 
sanguíneos, vasos linfáticos, nervos e ductos excretores. Airrigação do pâncreas é feita por vasos derivados da artéria 
celíaca, da artéria mesentérica superior e da artéria esplênica. A 
drenagem venosa flui para a veia esplênica e sistema porta. A 
inervação aferente é feita pelos nervos esplênico e vago. 
O parênquima do pâncreas consiste de: 
1) uma porção exócrina que compõe cerca de 98% de todo o 
parênquima e secreta diariamente 1200ml de um fluido alcalino 
rico em enzimas necessárias para a digestão de amido, gorduras 
e proteínas; 
2) uma porção endócrina, que perfaz aproximadamente 2%, 
secreta cinco hormônios cujas ações estão direta e indiretamente 
relacionadas à homeostasia glicêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O pâncreas, o fígado e vias biliares são derivados de brotamentos endodérmicos da porção caudal do intestino anterior 
(Figura 14.2). No início da quarta semana de desenvolvimento, há a formação de um divertículo (divertículo hepático) na 
porção ventral da parede do duodeno que se expande em direção ao mesênquima ventral (septo transverso). O divertículo 
hepático cresce rapidamente e origina os elementos do parênquima hepático (os cordões ou placas de hepatócitos) e os 
ductos biliares intra-hepáticos. O estroma hepático, por sua vez, se origina do mesênquima do septo transverso. 
Na quinta semana do desenvolvimento, surge um divertículo (divertículo cístico), na base do divertículo hepático, que também 
cresce em direção ao mesênquima ventral e dará origem ao ducto cístico e à vesícula biliar (Figura 14.2). Ainda na quinta 
semana, outro brotamento da parede do duodeno cresce em direção ao mesênquima dorsal, oposto ao divertículo hepático, 
formando o brotamento dorsal do pâncreas (Figura 14.2). 
Poucos dias depois, enquanto este brotamento dorsal se expande em direção ao mesênquima dorsal, outro brotamento, o 
ventral do pâncreas, surge na região caudal da vesícula biliar em desenvolvimento (Figura 14.2); o ducto principal do 
brotamento ventral se conecta à extremidade proximal do ducto biliar comum. Quando o duodeno roda para a direita e 
adquire o formato de um C, o broto pancreático ventral é levado dorsalmente, juntamente com o ducto biliar. Este broto logo 
se localiza posteriormente ao broto pancreático dorsal e, mais tarde, se funde a ele na sexta semana embrionária. 
Quando os brotos pancreáticos se fundem, os seus ductos se anastomosam. O ducto pancreático principal (ou ducto de 
Wirsung) se forma a partir do ducto do broto ventral e da parte distal do ducto do broto dorsal. O brotamento pancreático 
ventral forma o processo uncinado e parte da cabeça do pâncreas, enquanto o brotamento dorsal forma o restante da 
cabeça, o corpo e a cauda do pâncreas. 
 
 
 A progesterona secretada pelo corpo lúteo ovariano durante a última metade de cada ciclo sexual mensal tem efeito no 
endométrio uterino, convertendo as células do estroma endometrial em grandes células inchadas contendo quantidades extras 
de glicogênio, proteínas e lipídios e mesmo de alguns minerais necessários ao desenvolvimento do concepto (o embrião e suas 
partes adjacentes ou membranas associadas), isso é chamado de leite uterino. Então, quando o concepto se implanta no 
endométrio, a secreção contínua de progesterona faz com que as células endometriais inchem ainda mais e armazenem 
mais nutrientes. Essas células são chamadas células decíduas, e a massa total de células é denominada decídua. 
 À medida que as células trofoblásticas invadem a decídua digerindo-a e embebendo-a, os nutrientes armazenados na 
decídua são usados pelo embrião para crescimento e desenvolvimento. Na primeira semana após a implantação, esse é o 
único meio pelo qual o embrião consegue obter nutrientes; ele continua a obter pelo menos parte de sua nutrição depois do 
16º dia após a fertilização. Podemos sim afirmar, que a nutrição do embrião/feto é realizado pela placenta após esse 
período. Porém, a maioria dos nutrientes atravessam a membrana placentária basicamente por difusão, mais ou menos do 
mesmo modo como a difusão que ocorre através das membranas alveolares dos pulmões e das membranas capilares de 
outras partes do corpo. 
 
Nos últimos estágios da gravidez, o feto usa mais glicose que todo o corpo da mãe. Para fornecer esse alto nível de glicose, 
as células trofoblásticas que revestem as vilosidades placentárias proporcionam difusão facilitada de glicose através da 
membrana placentária. Ainda assim, o nível de glicose no sangue fetal é de 20% a 30% menor que no sangue materno. 
 Devido à alta solubilidade dos ácidos graxos nas membranas celulares, eles também se difundem do sangue materno para o 
sangue fetal, porém mais lentamente que do que a glicose, de modo que a glicose é usada mais facilmente pelo feto para 
sua nutrição. Substâncias como corpos cetônicos e íons potássio, sódio e cloreto se difundem com relativa facilidade do sangue 
materno para o sangue fetal. 
 Se os elementos nutricionais apropriados não estiverem presentes na dieta da gestante, pode ocorrer uma série de 
deficiências maternas, especialmente de cálcio, fosfatos, ferro e vitaminas. Por exemplo, o feto precisa de cerca de 375 
miligramas de ferro para formar seu sangue, e a mãe precisa de outros 600 miligramas para formar seu próprio sangue 
extra. A reserva normal de ferro não ligado à hemoglobina na mulher, no início da gravidez, geralmente fica em torno de 
100 mg e quase nunca acima de 700 mg. Por isso, sem ferro suficiente na dieta, a gesta, muitas vezes, desenvolve anemia 
hipocrômica. Além disso, é particularmente importante que ela receba vitamina D porque, embora a quantidade total de 
cálcio usada pelo feto seja pequena, o cálcio normalmente é mal absorvido pelo trato gastrointestinal materno, sem vitamina 
D. Por fim, pouco antes de o bebê nascer, geralmente acrescenta-se vitamina K à dieta materna, de maneira que o bebê 
tenha protrombina suficiente para evitar hemorragia, particularmente hemorragia cerebral causada pelo processo de parto. 
 
 
O fígado é um órgão que atua como glândula exócrina (liberando secreções) e glândula endócrina (liberando substâncias no 
sangue e sistema linfático). Ele é a maior glândula do corpo humano. 
O fígado desempenha muitas funções importantes dentro de nosso organismo, como: armazenamento e liberação de glicose, 
metabolismo dos lipídeos, metabolismo das proteínas (conversão de amônia em uréia), síntese da maioria das proteínas do 
plasma, processamento de drogas e hormônios, destruição das células sanguíneas desgastadas e bactérias, emulsificação da 
gordura durante o processo de digestão através da secreção da bile, etc. 
Além de todas as funções já citadas no parágrafo anterior, o fígado age também no armazenamento de vitaminas e 
minerais. Ele armazena algumas vitaminas como: A, B12, D, E e K, além de minerais como o ferro e o cobre. 
O fígado participa também da regulação do volume sanguíneo, possui importante ação antitóxica contra substâncias nocivas 
ao organismo como o álcool, a cafeína, gorduras. 
 
 
 
 
 
LOBOS: 
 Existem quatro lobos anatômicos no fígado, que 
são subdivididos em segmentos ainda menores, de acordo com 
seu suprimento sanguíneo. O lobo direito é o maior dos quatro, 
sendo o lobo esquerdo menor e achatado. 
O lobo caudados e encontra entre a fissura do ligamento venoso 
e a veia cava inferior, enquanto o lobo quadrado está localizado 
entre a vesícula biliar e a fissura do ligamento redondo do fígado. 
A parte esquerda do fígado, que é conhecido como fígado 
funcional, contém todos os lobos, exceto o direito. 
 
 
SUPERFÍCIES: 
 As duas maiores superfícies do fígado são a superfície diafragmática e a 
superfície visceral. A última é recoberta por peritônio, exceto na região porta 
hepatis e o leito da vesícula biliar. Ela está diretamente relacionada a várias 
estruturas anatômicas, que incluem: 
• Duodeno 
• Vesícula biliar 
• Flexura hepática 
• Cólon transverso 
• Rim direito 
• Glândula suprarrenal 
 
A superfície diafragmática também é recoberta porperitônio, exceto na área 
nua. 
 
 
LIGAMENTOS: 
Existem cinco ligamentos que se relacionam diretamente com o fígado, sendo chamados: 
• Ligamento coronário: formado pela reflexão peritoneal do diafragma ao fígado, possuindo duas camadas que se 
encontram à direita. 
• Ligamento triangular esquerdo: é uma mistura do ligamento falciforme e do omento menor. 
• Ligamento falciforme: não é de origem embriológica, mas uma reflexão peritoneal da parede abdominal superior desde 
o umbigo até o fígado, e possui o ligamento redondo do fígado em sua borda livre. 
• Ligamento redondo do fígado: É um remanescente fibroso da veia umbilical que ainda se estende da porção interna do 
umbigo até o fígado. 
• Ligamento venoso: também é um remanescente do ducto venoso. No interior do útero ele se estende entre a veia 
umbilical e a veia cava inferior. 
 
 
PORTA HEPATIS E RECESSOS DO FÍGADO: 
 Aporta hepatis é a fissura intraperitoneal central do fígado, que separa os lobos caudado e quadrado. Ela é a entrada 
e a saída de vários vasos importantes, incluindo a veia porta, a artéria hepática, o plexo nervoso hepático, os ductos 
hepáticos e os vasos linfáticos. 
O recesso subfrênico, que é dividido pelo ligamento falciforme do fígado, é a divisão entre o fígado e o diafragma. 
O recesso hepatorrenal encontra-se na região inferior direita do fígado e o separa do rim, anterior e inferiormente, e da 
glândula suprarrenal, posterior e inferiormente. 
 
 
SUPRIMENTO SANGUÍNEO: 
 O fígado é um órgão especial, no sentido de que ele recebe mais sangue venoso que arterial devido ao fato de auxiliar 
na limpeza do sangue através da desintoxicação. A maior parte do suprimento vascular é levada ao órgão pela veia porta, 
e o restante pela artéria hepática. As veias hepáticas fazem a drenagem venosa do fígado, sendo formadas pela união das 
veias centrais, e drenam 
 diretamente para a veia cava inferior, logo antes de ela passar pelo diafragma. 
 
 
INERVAÇÃO: 
 O suprimento nervoso do fígado vem do plexo hepático, que viaja ao longo da artéria hepática e da veia porta. O fígado 
recebe ainda fibras simpáticas do plexo celíaco e fibras parassimpáticas dos troncos vagais anterior e posterior. 
 
VIAS BILIARES: 
 As vias biliares são o conjunto de canais encarregues de transportar a bílis até à vesícula, onde a secreção se armazena 
e, depois, segue até ao intestino delgado, onde a bílis exerce a sua ação digestiva. Abrangem, portanto, uma série de canais 
intra-hepáticos, contidos no interior do fígado, e outra série de canais extra-hepáticos, que se encontram fora do fígado. 
 A sucessiva confluência dos canalículos e dos pequenos canais biliares dá lugar à formação de dois canais biliares maiores 
que emergem da parte inferior do fígado: o canal hepático direito e o canal hepático esquerdo. Pouco antes da sua saída 
do fígado, ambos se unem e formam o canal hepático comum, com cerca de 3 cm de comprimento, que se divide em duas 
ramificações: o canal cístico, que chega até à vesícula biliar, e o colédoco, que chega até ao  duodeno depois de atravessar 
a cabeça do pâncreas. 
 O colédoco termina na segunda parte do duodeno, numa dilatação da parede duodenal conhecida como ampola 
de Vater ou papila maior, onde também termina o canal que drena as secreções do pâncreas. As fibras musculares localizadas 
na parede duodenal que contorna a saída do colédoco adensam-se e formam uma espécie de válvula, o esfíncter de Oddi, 
cuja contração ou relaxamento regula a passagem da bílis para o interior do intestino. 
 
 
 Veia porta (70-80%) e artéria hepática. 
Pela veia porta chega ao fígado todo material absorvido nos intestinos, com exceção de parte dos lipídios que é transportada 
por via linfática. Graças a essa característica, ele se encontra em posição privilegiada para metabolizar e acumular nutrientes 
e neutralizar e eliminar substâncias tóxicas absorvidas. 
A veia porta é formada pela junção da veia mesentérica superior e veia esplênica e se dirige para o lobo D a medida que 
se aproxima do porta-hepatis. Ramifica-se num tronco curto D (lobo superior D, área à direita da vesícula, porção 
anterossuperior do fígado) e num tronco E mais longo (região lateral do lobo E, lobos quadrado e caudado). 
Cada ramo terminal tem um território nitidamente definido. 
A artéria hepática e seus ramos são bem menos constantes. 
Em 55% das pessoas ela se origina diretamente da artéria celíaca mas, 
no restante, pode se originar da mesentérica superior, gastroduodenal, 
gástrica D ou E ou até mesmo da aorta. 
Dentro do fígado, seguem os ramos da veia porta. A maior parte do 
fluxo vai para o estroma, ductos biliares e vesícula biliar. As veias 
hepáticas são retas e drenam posteriormente para a veia cava 
posterior (a D drena o lobo superior D, a E drena o lobo E e a intermediária 
drena a área suprida pelas ramos D e E da veia porta). 
 
 
 
 
 
 
 
Suprimento nervoso: fibras simpáticas de T7 a T10, fazendo sinapse no plexo celíaco, junto com o vago D e E e o nervo 
frênico D. As fibras nervosas acompanham a artéria hepática e os ductos biliares dentro do parênquima e inervam a cápsula 
de Glisson. 
 
Suprimento linfático: linfáticos emergem do porta-hepatis e a maioria acompanha a veia cava inferior para dentro do 
mediastino. 
 
Resumindo: 
A circulação porta hepática desvia o sangue venoso 
dos órgãos gastrointestinais e do baço para o fígado 
antes de retornar ao coração. A veia porta hepática 
é formada pela união das veias mesentérica superior 
e esplênica. A veia mesentérica superior drena 
sangue do intestino delgado e partes do intestino 
grosso, estômago e pâncreas. A veia esplênica drena 
sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino 
grosso. A veia mesentérica inferior, que deságua na 
veia esplênica, drena partes do intestino grosso. O 
fígado recebe sangue arterial (artéria hepática 
própria) e venoso (veia porta hepática) ao mesmo 
tempo. Por fim, todo o sangue sai do fígado pelas 
veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior. 
• Cerca de 75% do suprimento sanguíneo que 
perfunde o fígado originam-se da veia porta, que drena o Sistema Gastrointestinal. 
• O restante do aporte sanguíneo entra pela artéria hepática sendo rico em oxigênio. 
• O sangue venoso dos capilares do trato intestinal drena na veia porta, que ao invés de levar o sangue de volta ao 
coração, leva-o ao fígado. Isso permite que este órgão receba nutrientes que foram extraídos da comida pelo intestino. 
• A veia hepática é responsável pela drenagem venosa do fígado, que desemboca na veia cava inferior, e daí segue 
para o lado direito do coração, entrando no átrio direito e voltando para o início do ciclo, no ventrículo direito. 
• Dessa maneira, existem duas fontes de sangue que fluem para dentro do fígado e apenas uma via de saída. 
• É importante ressaltar que a veia porta do fígado drena sangue para o fígado, e não do fígado. 
 
 
A porção endócrina possui hormônios que participam na regulação de atividades metabólicas e a porção externa secreta 
enzimas digestivas. 
De acordo com suas funções é dividido em porção endócrina e porção exócrina. 
• Porção endócrina: É composta por grupos de células chamadas ilhotas pancreáticas, que possuem três grupos de 
células, α, que produzem glucagon, β que produzem insulina e as ∆, que produzem somatostatina. Os hormônios 
produzidos pelas ilhotas pancreáticas são lançados diretamente na corrente sanguínea. 
• Porção exócrina: a porção exócrina do pâncreas participa na digestão secretando enzimas digestivas, através de 
estruturas chamas ácinos. As enzimas são secretadas para o duodeno. 
 
É uma glândula mista, que faz do sistema endócrino, secretando hormônios e digestório, produzindo o suco pancreático. 
• Localizado posteriormente ao estômago, sendo um órgão retroperitoneal. 
• Formado por dois tipos de tecidos principais, os ácinos e as ilhotas de Langherans, as quais possuem três 
tipos celulares, alfa,beta e delta. 
 
INSULINA: 
• Produzida pelas células beta das ilhotas de Langherans e secretada rapidamente quando a glicose é absorvida para o 
sangue após refeições. 
• Hormônio importante para armazenamento de energia: o excesso de carboidratos é armazenado na forma de glicogênio 
no fígado e nos músculos. A energia que não pode ser armazenada como glicogênio é convertida em ácidos graxos pela 
insulina, e armazenada no tecido adiposo. 
• No fígado, a insulina inibe a gliconeogênese, que é a formação de glicose a partir de precursores, como aminoácidos. A 
insulina diminui a liberação desses aminoácidos dos músculos e de outros tecidos extra-hepáticos, com isso, reduzindo os 
substratos para a gliconeogênese. Na verdade, a insulina realiza um efeito anabólico sobre o metabolismo das proteínas, 
aumentando o transportes destes (valina, leucina, isoleucina, tirosina etc), para o meio intracelular. 
• Ao se ligar ao seu receptor, a insulina aumenta a captação de glicose por todas as células, exceto neurônios, sendo que a 
maior parte do tecido neural é permeável à glicose sem intermediação da insulina. Acredita-se que o transporte seja 
favorecido por vesículas intracelulares ricas em proteínas transportadoras, que se acoplam à membrana celular para captar 
as moléculas de glicose quando o receptor de insulina é ativado. 
A insulina tem sua produção estimulada pelo aumento da glicose sanguínea, porém alguns aminoácidos, como arginina e lisina, 
potencializam o estímulo da glicose para secreção de insulina. Além disso, alguns hormônios gástricos, como gastrina e 
colecistocinina, também aumentam moderadamente a secreção de insulina. 
 
GLUCAGON: 
• Hormônio secretado pelas células alfa das ilhotas de Langherans quando a concentração sanguínea de glicose diminui, ou 
seja, é um hormônio com características opostas à insulina (hiperglicemiante). 
• Seu principal efeito é a glicogenólise no fígado, ou seja, quebra do glicogênio hepático, e aumento da gliconeogênese no 
fígado, buscando elevar a concentração sanguínea de glicose. 
• O glucagon produz seus efeitos intracelulares ativando a enzima adenil ciclase na membrana dos hepatócitos para formar 
AMP cíclico, segundo mensageiro que irá desencadear uma cascata de sinalização na qual os produtos subsequentes são 
produzidos em maior quantidade do que seu antecessor, amplificando em múltiplas vezes o sinal. Esse tipo de mecanismo é 
bastante utilizado pelo organismo para amplificar em milhares de vezes a resposta. Por isso, poucos microgramas de glucagon 
podem fazer com que o nível de glicose sanguínea duplique ou aumente ainda mais, dentro de poucos minutos. 
• No tecido adiposo, o glucagon ativa a lipase para disponibilizar ácidos graxos para fornecer energia. Além disso, inibe o 
armazenamento de triglicerídeos no fígado, também para aumentar a disponibilidade de ácidos graxos para gerar energia. 
• Em quantidades elevadas, esse hormônio também aumenta a força do coração, o fluxo sanguíneo (especialmente renal), 
secreção biliar e inibe a secreção de ácido gástrico. Esses efeitos são de relevância mínima para o funcionamento do 
organismo. 
• O principal estímulo para secreção do glucagon é a queda na concentração sanguínea de glicose, porém, tal qual a insulina, 
alguns aminoácidos, como alanina e arginina, estimulam a secreção desse hormônio. Exercícios exaustivos também são capazes 
de aumentar a secreção do glucagon. 
 
SOMATOSTATINA (= hormônio inibidor do hormônio do crescimento) 
• Produzida pelas células delta das ilhotas de Langherans. 
• Secreção estimulada por glicose sanguínea, aminoácidos e ácidos graxos aumentados, assim como a concentração 
aumentada de diversos hormônios gastrointestinais. 
• Possui efeitos inibitórios: deprime a secreção de insulina e glucagon, reduz a motilidade do estômago, duodeno e vesícula 
biliar, diminuindo a secreção e absorção no trato gastrointestinal. 
• Em resumo, acredita-se que a somatostatina tem como objetivo aumentar o tempo em que os nutrientes são assimilados 
no sangue. 
 
 
 
 
• O ácino pancreático é a unidade funcional do pâncreas exócrino. Cada ácino é formado por 40 a 50 células, possuindo 
uma conformação arredondada ou oval, e cuja a luz é ocupada por 3 ou 4 células centroacinosas. A presença de células 
centroacinosas no centro do ácino é um aspecto que caracteriza esta glândula. 
• Os ácinos pancreáticos são responsáveis pela produção de enzimas digestivas, que forma o suco pancreático em conjunto 
com uma solução de bicarbonato de sódio (NaHCO3). 
• O suco pancreático é lançado no intestino delgado (duodeno) pela papila de Vater, e possui enzimas capazes de digerir 
proteínas, carboidratos e gorduras. As principais enzimas digestivas essas substâncias são, respectivamente, tripsina, amilase 
pancreática e lípase pancreática. 
• As enzimas proteolíticas saem das células pancreáticas em sua forma não ativa, sendo ativadas pela enzima enterocinase, 
secretada na mucosa intestinal quando o quimo entra em contato com a solução. Ainda, o pâncreas secreta outras proteínas, 
como o inibidor de tripsina, que previne a ativação do tripsinogênio e das demais enzimas pancreáticas. Esse mecanismo é 
necessário para impedir que a tripsina digira as proteínas do próprio pâncreas, destruindo o órgão. 
• A solução de NaHCO3, que torna o suco pancreático alcalino, é secretada por células epiteliais dos ductos que têm origem 
nos ácinos pancreáticos. Assim, o suco pancreático é capaz de neutralizar a acidez do ácido clorídrico (HCl) do suco gástrico 
que chega ao duodeno, misturado ao quimo (alimento em processo de digestão). 
Essa neutralização é essencial para que as enzimas pancreáticas possam agir, uma vez que essas enzimas atuam nessa 
faixa de pH. 
• A secreção pancreática exócrina é controlada principalmente pelos hormônios colecistocinina e secretina e pelo estímulo 
parassimpático do nervo vago. 
• A secretina, sintetizada pelas células S do duodeno, tem sua produção estimulada pela acidez do lúmen intestinal. Esse 
hormônio promove uma secreção fluida e abundante pelo pâncreas, pobre em enzimas e rica em bicarbonato de sódio, 
tornando o meio suficientemente alcalino para ação das enzimas do suco pancreático. 
• Já a colecistocinina (ou colestoquinina), produzida pelas células I do intestino delgado, gera uma secreção rica em enzimas 
digestivas. Tem sua produção estimulada pela presença de alimentos gordurosos no duodeno e sua outra função é estimular 
as contrações para a vesícula biliar lançar a bile no duodeno, com a intenção de, além de digerir gorduras, também ajudar 
na absorção de alguns lipídios. 
As ilhotas são formadas por células poligonais ou arredondadas, dispostas em cordões, em volta das quais existe 
uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas. Envolvendo a ilhota e separando-a do 
tecido pancreático restante existe uma fina camada de tecido conjuntivo. 
 As células das ilhotas se coram menos intensamente pelos corantes hematoxilina-eosina do que as células acinosas, 
resultando em um aspecto mais claro dessas estruturas quando observadas em microscopia de luz. Através de colorações 
especiais e por imunocitoquímica distinguem-se quatro tipos de células de ilhotas, são elas: 
 
• Células alfa (A): secretam glucagon. Em humanos, estas células possuem grânulos de forma regular contendo um centro 
denso cercado por uma região clara sob a membrana. 
• Células beta (B): secretam insulina e amilina. As células B possuem grânulos irregulares com um centro formado de 
cristais irregulares de insulina complexados com zinco. 
• Células delta (D): sintetizamsomatostatina. 
• Células PP (F): contém um polipeptídeo pancreático. 
• As quantidades relativas dos quatro tipos de células presentes em ilhotas não são uniformes, variando 
consideravelmente com o local da ilhota no pâncreas. 
 
 
 
 
Lipídios: 
Os lipídios (gorduras) são constituintes das membranas 
plasmáticas e dasorganelas celulares (membranas 
lipoproteicas), além de ficarem armazenadas no tecido 
adiposo. Havendo pequena disponibilidade de 
carboidratos, elas são mobilizadas pelas células para 
oxidação, com liberação de energia, funcionando como 
reserva energética do organismo. Elas têm, portanto, 
dupla função: plástica e energética. 
 
 
 
 
Carboidratos: 
O corpo armazena carboidratos em três lugares: no fígado, nos músculos (glicogênio) e no sangue (glicose). Essas reservas 
evitam que nossos músculos sejam consumidos para a produção de energia em ocasiões de dieta de emagrecimento ou de 
estado de fome. 
• Grão de amido intracelular – polissacarídeos de reserva energética – formado por aproximadamente 1.400 moléculas 
de glicose. A digestão do amido em humanos é iniciada na boca, com a enzima amilase saliva (ptialina), e continua no 
intestino delgado com a amilase pancreática. É encontrado em praticamente toda a estrutura vegetal, no trigo, no 
arroz, no feijão, na batata-inglesa, na batata-doce, na mandioca, etc. 
• Glicogênio – polissacarídeo de reserva energética animal e de fungos, formado por cerca de 30.000 moléculas de 
glicose. No organismo humano é encontrado principalmente no fígado e nos músculos e, quando há necessidade de 
energia, enzimas desmancham o glicogênio e liberam glicose no sangue. O excesso de açúcares na alimentação é, em 
parte transformado em glicogênio para ser armazenado.

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