Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo de Anatomia – Febre Relações Anatômicas do Hipotálamo É parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do 3º ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que o separa do tálamo. Lateralmente é limitado pelo subtálamo, anteriormente pela lâmina terminal e posteriormente pelo mesencéfalo. Formações anatômicas visíveis na face anterior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Constituição: formado pela substância cinzenta que se agrupa em núcleos, de difícil individualização. Divisões anatômicas e funcionais do hipotálamo Hipotálamo anterior ➔ Supraquiasmático ➔ Pré-óptico ➔ Paraventricular Hipotálamo médio ➔ Dorsomedial Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Ventromedial ➔ Arqueado Hipotálamo posterior ➔ Posterior ➔ Mamilar Hipotálamo anterior (funcional) Faz ações para perder calor >>> interpreta temperatura (é o “sensor”) Ao ser estimulado: aumenta peristaltismo gastrintestinal, contração da bexiga, diminuição do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea, contração da pupila >>> resposta parassimpática É o centro da perda de calor: desencadeia fenômenos de vasodilatação periférica, sudorese e aumento da FR >>> perda de calor. Processos inflamatórios >>> inibem neurônios termorreguladores >>> febre Lesões nesse centro >>> leva a aumento incontrolável de temperatura (febre central) Hipotálamo posterior (funcional) Faz ações para ganhar/preservar calor Ao ser estimulado: ações simpáticas. É o centro de ganho de calor: desencadeia vasoconstrição periférica, tremores musculares (calafrios), liberação de hormônio tireoidiano e pilo ereção. Tipos de perda de calor Irradiação: é o principal, 50-70% Evaporação: sudorese Condução: exige contato Convecção: corrente de ar ou água por exemplo. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Ossos e Articulações Divisão do Sistema Esquelético ➔ Esqueleto axial: formado pelos ossos da cabeça (crânio), pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno, vértebras). ➔ Esqueleto apendicular: formado pelos ossos dos membros e ossos que formam os cíngulos dos membros superiores e inferiores. Tipos de ossos ➔ Osso compacto: rígido, resistente ➔ Osso esponjoso: abriga cavidade medular Classificação dos ossos ➔ Ossos longos: tubulares (úmero no braço, fêmur na coxa, tíbia e fíbula na perna, ulnar e rádio no antebraço) >> comprimento maior que a largura, 2 pontos de ossificação (1 interno na diáfise e 1 entre diáfise e epífise na metáfase, é a placa epifisária) ➔ Ossos curtos: cuboides (tarso – tornozelo e carpo – punho) ➔ Ossos planos: funções protetoras – achatados (esterno, costelas, abóboda craniana, escápula). ➔ Ossos irregulares: outros formatos, difere dos demais: ossos da face. ➔ Ossos sesamoides: interior de tendões >> rótula ou patela (o quadríceps forma o tendão patelar que se insere na parte anterior da tíbia); se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos ligares onde os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros, protegem os tendões contra desgaste excessivo e muitas vezes modificam o ângulo dos tendões em sua passagem até as inserções. Vascularização Artéria nutrícia: diáfise, penetra na medula, forma artéria longitudinal e periosteal (osso compacto e canais de Havers) Artéria epifisiais e metafisiais: formam plexos periarticulares, ramos das artérias articulares. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Tipos de articulações Há 3 tipos de articulações de acordo com a forma ou o tipo de material pelo qual os ossos são unidos: ➔ Articulações sinoviais (diartroses): unidos por cápsula articular (camada fibrosa externa revestida pela membrana sinovial serosa). A cavidade articular contêm o líquido sinovial lubrificante. Cartilagem articular (hialina) cobre as superfícies articulares, as outras superfícies é pela membrana sinovial. Tem alta mobilidade. Ex: joelho, ombro, cotovelo. ➔ Articulações fibrosas (sinartroses): ossos unidos por tecido fibroso, O grau de movimento depende do comprimento das fibras que unem os ossos. É imóvel ou com miníma movimentação. Ex: crânio, tibiofibular. ➔ Articulações cartilaginosas (anfiartroses): estruturas unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. Tem pouco movimentação. Ex: discos intervertebrais, sínfise púbica. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Artrite reumatoide Características da AR: ➔ Hiperemia e sinovite ➔ Edema de tecidos moles ➔ Derrame articular ➔ Erosão subcondral Características radiológicas iniciais: edema de partes moles e osteoporose justa articular (periarticular). Características radiológicas tardias: redução do espaço articular (por destruição da cartilagem) e erosões ósseas. Os principais achados radiológicos são: um estreitamento simétrico, geralmente de múltiplos compartimentos, difuso de o espaço articular associado a erosões marginais e centrais, osteoporose periarticular e edema dos tecidos moles periarticulares. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 As características radiológicas incluem: estreitamento difuso e simétrico do espaço articular, osteoporose periarticular, edema fusiforme de tecidos moles, erosões articulares marginais e centrais, cistos sinoviais periarticulares, subluxações e outras deformidades articulares (pescoço de cisne, botoeira, polegar do carona). Os marcos radiológicos são osteopenia justarticular e erosões ósseas, além de estreitamento do espaço articular com perda da cartilagem articular Anatomia do Fígado Localização: quadrante superior direito sendo protegido pela caixa torácica e diafragma, em especial, hipocôndrio direito e epigastro, podendo chegar até ao hipocôndrio esquerdo. Tem duas faces: ➔ Face diafragmática convexa: anterossuperior e algo posterior. É lisa. ➔ Face visceral: plana ou até côncava, póstero-inferior. Tem dois recessos: ➔ Recesso subfrênico: extensões superiores da cavidade peritoneal (saco maior), está entre o diafragma e as faces anterior e superior da face diafragmática. ➔ Recesso hepatorrenal: extensão posterossuperior do recesso sub-hepático, entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e glândula suprarrenal direitos. Delimitações da área nua do fígado: ➔ Lâminas superior e inferior do ligamento coronário ➔ Ligamento triangular direito e esquerdo Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 H hepático é formado por duas fissuras e a porta do fígado que as une: ➔ Fissura sagital direita: sulco contínuo formado anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava. ➔ Fissura sagital esquerda (umbilical): sulco contínuo anteriormente formado anteriormente pela fissura do ligamento redondo (veia umbilical) e posteriormente pela fissura do ligamento venoso (ducto venoso fetal). ➔ Porta do fígado: formado por veio porta, artéria hepática, vasos linfáticos, plexo nervoso hepático, ductos hepáticos e vias biliares (colédoco). Impressões na face visceral do fígado: ➔ Lobo esquerdo: impressão gástrica e esofágica ➔ Lobo direto: impressão suprarrenal e renal, impressão duodenal, impressão cólica. ➔ Fossa da vesícula biliar e sulco da VCI. Divisão anatômica do fígado Há 4 lobos hepáticos: ➔ Lobo hepático direito ➔ Lobo hepático esquerdo ➔ Lobo hepático caudado (posterior, superior) Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Lobo hepático quadrado (anterior) Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Segmentos hepáticos O fígado é dividido em partes hepáticas direita e esquerda com base na divisão primária da tríade portal em ramos direito e esquerdo, sendo o plano entre as duas partes a fissura sagital direita. As partes direita e esquerda do fígado são subdivididas verticalmente em divisões medial e lateral pelas fissuraportal direita e fissura umbilical, nas quais estão as veias hepáticas direita e esquerda. Obs: divisão medial esquerda é parte do lobo anatômico direito e divisão lateral esquerda é o lobo anatômico esquerdo. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Um plano hepático transverso no nível das partes horizontais dos ramos direito e esquerdo da tríade portal subdivide três das quatro divisões, com exceção da divisão medial esquerda (que é contada como um segmento). A divisão medial esquerda é Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 contada como um segmento hepático, de forma que a parte principal do fígado tem 7 segmentos (segmentos II – VIII, numerados em sentido horário). O lobo caudado (segmento I, levando o número total de segmentos a 8) é suprido por ramos das duas divisões e é drenado por suas próprias veias hepáticas menores. Irrigação e drenagem do fígado A irrigação do fígado é dupla, feita por: ➔ Veia porta – 75-80% do sangue: conduz todos os nutrientes absorvidos pelo trato alimentar, sustenta o parênquima hepático (hepatócitos). Formada pela união das veias esplênicas e mesentérica superior ➔ Artéria hepática – 20-25% do sangue: sustenta os ductos biliares intra- hepáticos principalmente. É um ramo do tronco celíaco, mas é denominada artéria hepática comum do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal, e artéria hepática própria da artéria gastroduodenal até a bifurcação da artéria hepática. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Ambas se bifurcam na porta do fígado. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 (reparar bifurcação das arterias) Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Drenagem venosa hepática (nessa ordem) ➔ Veias centrais do parênquima ➔ Veias coletoras ➔ Veias hepáticas direita, intermédia e esquerda ➔ Veia cava inferior Drenagem linfática hepática: linfa é formada nos espaços de Disse e drenada nas tríades portais intralobulares. Vasos linfáticos (superficiais na capsula fibrosa do fígado e profundos no tecido conjuntivo que acompanham ao tríade portal e veias hepáticas) ➔ Vasos linfáticos superficiais das partes anteriores das faces diafragmática e visceral do fígado e os vasos linfáticos que acompanham as tríades portais convergem em direção à porta do fígado. ➔ Vasos linfáticos drenam para os linfonodos hepáticos dispersos ao longo dos vasos e ductos hepáticos no omento menor. ➔ Vasos eferentes dos linfonodos hepáticos drenam para os linfonodos celíacos, que drenam para a cisterna do quilo. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Os vasos linfáticos superficiais das partes posteriores das faces diafragmática e visceral do fígado drenam para a área nua do fígado. Aqui drenam para os linfonodos frênicos, ou se unem aos vasos linfáticos profundos que acompanham as veias hepáticas que convergem na VCI, e seguem com essa grande veia através do diafragma para drenar nos linfonodos mediastinais posteriores. Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos se unem aos ductos linfáticos direito e torácico. Baço Localização: parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo (QSE) ou hipocôndrio esquerdo, tendo proteção da caixa torácica. Intraperitoneal. É revestido pelo peritônio visceral com exceção do hilo esplênico por onde entram e saem os ramos esplênicos da artéria e veia esplênicas. É uma massa vascular (sinusoidal) de consistência mole, com uma cápsula fibroelástica delicada. As relações do baço são: ➔ Anterior: estômago ➔ Posterior: parte esquerda do diafragma, separando-o da pleura, pulmão e 9ª-11ª costelas. ➔ Inferior: flexura esquerda do colo ➔ Medial: rim esquerdo A face diafragmática do baço tem a superfície lisa convexa para se encaixar na concavidade do diafragma e nos corpos curvos das costelas adjacentes. Margens anterior e superior do baço são agudas e entalhadas; extremidade posterior (medial) e a margem inferior são arredondadas. A cápsula fibrosa esplênica é formada por TC fibroelástico não modelado e não denso, sendo mais espesso no hilo esplênico. A face profunda da cápsula forma as trabéculas, que conduzem vasos sanguíneos que entram e saem da polpa esplênica. Baço está unido à curvatura maior do estômago pelo ligamento gastroesplênico. Baço está unido ao rim esquerdo pelo ligamento esplenorrenal. Esses ligamentos estão fixados ao hilo esplênico em sua face medial, o qual normalmente está em contato com a cauda do pâncreas, sendo o limite esquerda da bolsa omental. Irrigação arterial: artéria esplênica, ramo do tronco celíaco. Drenagem venosa: veia esplênica, formada por tributárias que emergem do hilo esplênico, recebe a VMI e segue posteriormente ao corpo e à cauda do pâncreas na Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 maior parte do seu trajeto, e por fim a veia esplênica se une a VMS posterior ao colo do pâncreas para formar a veia porta. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Os vasos linfáticos esplênicos deixam os linfonodos no hilo esplênico e seguem ao longo dos vasos esplênicos até os linfonodos pancreático-esplênico no trajeto para os linfonodos celíacos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sistema Linfático É um tipo de sistema de “hiperfluxo” que permite a drenagem do excesso de líquido tecidual e das proteínas plasmáticas que extravasam para a corrente sanguínea e também a remoção de resíduos resultantes da decomposição celular e infecção. É responsável pela absorção de lipídios do trato intestinal. Os componentes importantes do sistema linfático são: ➔ Plexos linfáticos: redes de capilares linfáticos cegos que se e originam nos espaços extracelulares (intercelulares) da maioria dos tecidos. Proteínas plasmáticas, bactérias, resíduos celulares e células inteiras (linfócitos) entram com facilidade por causa da ausência de membrana basal. ➔ Vasos linfáticos: rede presente em quase todo o corpo, com vasos de paredes finas que têm muitas válvulas linfáticas. Presentes quase todos os lugares onde há capilares sanguíneos, com exceção dos dentes, ossos, medula óssea e todo o SNC (drenagem pelo líquido cerebrospinal). ➔ Linfa: é o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por vasos linfáticos. Transparente, aquosa e ligeiramente amarela, composição semelhante à do plasma. ➔ Linfonodos: pequenas massas de tecido linfático, encontradas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos, que filtram a linfa em seu trajeto até o sistema venoso. ➔ Linfócitos: células circulantes do sistema imune. ➔ Órgãos linfoides: órgãos que produzem linfócitos como o timo, medula óssea vermelha, baço, tonsilas e os nódulos linfáticos solitários e agregados nas paredes do trato alimentar e no apêndice vermiforme. Os vasos linfáticos superficiais acompanham a drenagem venosa do tecido subcutâneo, convergindo para ela. Esses vasos finalmente drenam nos vasos linfáticos profundos que acompanham as artérias e também a drenagem de órgãos internos. Os Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos (geralmente vários conjuntos) em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à medida que se fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os grandes vasos linfáticos entram em grandes vasos coletores, chamados de troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou ducto torácico. ➔ Ducto linfático direito: drena linfa do quadrante superior direito do corpo (lado direito da cabeça, pescoço e tórax e membro superior direito). Entre na junção das veias jugular interna direita e subclávia direita. ➔ Ducto torácico: drena linfa do restante do corpo. Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do corpo unem-se no abdome, algumasvezes formando um saco coletor dilatado, a cisterna do quilo. A partir desse saco (se presente), ou da união dos troncos, o ducto torácico ascende, entrando no tórax e atravessando-o para chegar ao ângulo venoso esquerdo (junção das veias jugular interna esquerda subclávia esquerda). Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Resumo de Histologia – Febre Inflamação A resposta imunológica é frequentemente acompanhada de manifestações fisiológicas adicionais, que consiste na inflamação. Conceito: conjunto de fenômenos bioquímicos, morfológicos e fisiológicos, sucessivos, ativos e complexos, pelos quais se exterioriza a reação vascular e tissular dos tecidos vivos a qualquer agressão. Os objetivos da resposta inflamatória são: ➔ Dominar; ➔ Minimizar; ➔ Neutralizar; ➔ Eliminar a causa da agressão ➔ Induzir reparação (reposição de células e tecidos mortos por células sadias) Os 5 sinais cardinais são: ➔ Calor: perceptível nas superfícies corporais. Decorre da hiperemia e do aumento do metabolismo local; ➔ Tumor (edema): Decorre do aumento da permeabilidade vascular, Pode determinar aumento do volume hídrico local em até 5 ou 7 vezes. ➔ Rubor: Hiperemia(diminuição de impulsos vasoconstritores); ➔ Dor: causada pela irritação química nas terminações nervosas e pela compressão mecânica (edema) ➔ Perda de função Inflamação consiste em vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo (calor e rubor); aumento da permeabilidade vascular (edema – tumor); como consequência o edema pressiona terminações nervosas (dor). Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 As diferentes causas da inflamação são divididas em: ➔ Exógenos ➢ Físicos: raios UV, calor, frio, eletricidade. ➢ Químicos: tabaco, metais pesados, ácidos. ➢ Biológicos: vírus, bactérias, fungos, vermes. ➔ Endógenos: doenças autoimunes Há 5 momentos da inflamação, que são os seguintes: 1) Fase irritativa: são modificações morfológicas e funcionais dos tecidos agredidos que promovem a liberação de mediadores químicos, estes desencadeantes das demais fases inflamatórias. 2) Fase vascular: são alterações hemodinâmicas da circulação e de permeabilidade vascular no local da agressão. 3) Fase exsudativa: característica do processo inflamatório, e compõe-se de exsudato celular e plasmático oriundo do aumento da permeabilidade vascular. 4) Fase degenerativa-necrótica: composta por células com alterações degenerativas reversíveis ou não, derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações funcionais e anatômicas. 5) Fase produtiva-reparativa: Exprime os aumentos de quantidade dos elementos teciduais – principalmente de células, resultado das fases anteriores visando destruir o agente agressor e reparar o tecido injuriado. Fases da diapedese 1) Marginação ou rolamento; 2) Extravasamento: passagem pelo endotélio; 3) Quimiotaxia: célula é guiada por quimiocinas até o sitio inflamatório. 4) Fagocitose Células que fazem diapedese: ➔ Neutrófilos, ➔ Monócitos, ➔ Basófilos, Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Eosinófilos ➔ Linfócitos Células residentes: ➔ Macrófagos residentes ➔ Mastócitos Consequências da inflamação ➔ Aumenta suprimento sanguíneo ➔ Há consumo de plaquetas e fatores de coagulação ➔ Recrutamento de moléculas e células do SI ➔ Facilita a cicatrização e reparo da ferida ➔ Celulite: inflamação subcutânea ➔ Abcesso: formado por pús (plasma, células mortas, bactérias mortas) ➔ Edema Há 2 tipos de inflamação, descritos a seguir: Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Aguda: é uma resposta inicial e imediata a um agente agressor; tem duração curta (minutos, horas ou alguns dias). Característica: exsudação de líquidos e proteínas plasmáticas e emigração de leucócitos (neutrófilos). ➔ Crônica: inflamação de duração prolongada (semanas ou meses); normalmente se segue a uma inflamação aguda mas pode iniciar de modo insidioso e assintomático. Característica: presença de linfócitos, macrófagos e proliferação celular. Células inflamatórias São divididas em 2 tipos de células: ➔ Circulantes ➢ Neutrófilos ➢ Linfócitos ➢ Eosinófilos (parasitários) ➢ Basófilos (alérgicos) ➢ Plaquetas Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Residentes ➢ Macrófagos ➢ Mastócitos Caminho do macrófago ➔ Monócito circulante ➔ Processo de marginação + rolamento + adesão ➔ Extravasamento: passagem pelo endotélio ➔ Monócito passa a ser macrófagos ➔ É guiado pela quimiotaxia até o sítio inflamatório ➔ Realiza fagocitose. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Fases de fagocitose do macrófago 1) Reconhecimento e adesão do macrófago à superfície da bactéria; 2) Formação de pseudópodes Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 3) Formação de fagossomo (vacúolo de um fagócito formado pela invaginação da membrana celular) 4) Formação de fagolisossomo Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 5) Digestão intracelular 6) Expulsão dos debris bacterianos (antígenos para reconhecimento mas não são patogênicos) Tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea. As células são: os osteócitos, que se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz; os osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se na sua periferia; e os osteoclastos, células gigantes, Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos de remodelação dos ossos. Osteócitos: células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem canalículos. É um osteócito por lacuna. São células achatadas, que exibem pequena quantidade de retículo endoplasmático granuloso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. Osteoblastos: são as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 1, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea. Sintetizam também osteonectina e osteocalcina. Osteonectina facilita a deposição de cálcio e osteocalcina estimula a atividade dos osteoblastos. Como parte da osteocalcina produzida é transportada pelo sangue, atua tanto nos osteoblastos locais como nos localizados à distância. Os osteoblastos são capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo que lembra um epitélio simples. São cuboides em intensa atividade e achatados em estado pouco ativo. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamado de osteócito. Os osteoblastos em fase de síntese mostram as características ultraestruturais das células produtoras de proteínas. A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada, recebe o nome de osteoide. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Osteoclastos: são células moveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas. As ramificações são muito irregulares, com forma e espessura variáveis. Nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e conhecidas como lacunas de Howship. Têm citoplasma granuloso, com vacúolos, fracamente basófilo em células jovens. E acidófilo nos maduros. Originam-se de precursores mononucleados da medula óssea, que se unem para formar os osteoclastos. Matriz óssea é formada por duas partes distintas: ➔ Parte inorgânica: composta principalmente por cristais de hidroxiapatita e outros minerais em pequena quantidade. Corresponde a 50% do peso da matriz óssea. ➔ Parte orgânica: composta principalmentepor fibras colágenas (95%), principalmente de colágeno tipo 1 e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas. A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas é responsável pela rigidez e resistência do tecido ósseo. Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se tão flexíveis quanto os tendões. A destruição da parte orgânica, que é principalmente colágeno, pode ser realizada por incineração e também deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que dificilmente pode ser manipulado sem se partir. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Periósteo: recoberto pelo tecido conjuntivo. A camada superficial contém fibras colágenas e fibroblastos Endósteo: recoberto por células osteogênicas. Há dois tipos de osso, macroscopicamente: ➔ Osso compacto: sem cavidades visíveis. ➔ Osso esponjoso: apresenta muitas cavidades intercomunicantes Classificação de acordo com as partes do osso: ➔ Epífises: formados por osso esponjoso, com uma delgada camada superficial compacta Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Diáfise (parte cilíndrica): quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso no interior, delimitando o canal medular. Tipos de ossificação Há dois tipos de ossificação nos ossos: ➔ Ossificação membranosa: ocorre no interior de uma membrana conjuntiva. ➔ Ossificação endocondral: ocorre sobre um molde cartilagem hialina, que é gradualmente é destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente. Tanto na ossificação intramembranosa como na endocondral, o primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, o qual é, pouco a pouco, substituído por tecido secundário ou lamelar. Ossificação intramembranosa (primária) Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo. É o processo formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior. Contribui também para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos. O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa chama-se centro de ossificação primária. O processo tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o osteoide (matriz ainda não mineralizada). que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Ossificação endocondral (secundária) A ossificação endocondral tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma parecida à do osso que se vai formar, porém de tamanho menor. Esse tipo de ossificação é o principal responsável pela formação dos ossos curtos e longos. A ossificação endocondral consiste essencialmente em dois processos. ➔ Primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose. ➔ Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada. Desse modo, aparece tecido ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso, sem que ocorra a transformação deste tecido naquele; os tabiques de matriz calcificada da cartilagem servem apenas de ponto de apoio à ossificação. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 No decorrer do processo de ossificação, aparece 2 centros de ossificação: ➔ Centro primário: é formado logo após a formação do colar ósseo por ossificação intramembranosa. Pelo mesmo processo de ossificação descrito Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 acima. Há crescimento rápido longitudinal, ocupando toda a diáfise, que fica, assim, formada por tecido ósseo. O alastramento do centro primário é acompanhado pelo crescimento do cilindro ósseo que se formou a partir do pericôndrio e que cresce também na direção das epífises. Desde o começo surgem osteoclastos e ocorre absorção do tecido ósseo formando no centro da cartilagem, aparecendo o canal medular, que será preenchido pelas células hematógenas, dando origem à medula óssea. ➔ Centro secundário: formado nas epífises do osso, um em cada epífise. Semelhante ao primário, mas o crescimento é radial. Cresce até ocupar toda a epífise, restando apenas dois lugares com cartilagem, a cartilagem articular e o disco epifisário, que será responsável pelo crescimento longitudinal do osso. Na cartilagem de conjugação (pericôndrio: TC fibroso denso), começando ao lado da epífise, distinguem-se as 5 zonas: ➔ Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica ➔ Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: na qual os condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso ➔ Zona de cartilagem hipertrófica: zona que apresenta condrócitos muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as células hipertróficas. Os condrócitos entram em apoptose. ➔ Zona de cartilagem calcificada: zona em que ocorre a mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos ➔ Zona de ossificação: zona em que aparece tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa calcificada. Sobre esses restos de matriz cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A matriz óssea calcifica-se e aprisiona osteoblastos, que se transformam em osteócitos. Desse modo, formam-se as espículas ósseas, com uma parte central de cartilagem calcificada e uma parte superficial de tecido ósseo primário. Articulações As articulações podem ser classificadas em 2 tipos: ➔ Diartroses: possibilitam grandes movimentos; ➔ Sinartroses: não ocorrem movimentos ou tem movimentos muito limitados Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 De acordo com o tecido que une as peças ósseas, há 3 tipos de sinartroses: ➔ Sinostoses: totalmente desprovidas de movimento, ossos unidos por tecido ósseo (ossos do crânio de idoso). ➔ Sincondroses: existem movimentos limitados, peças ósseas unidas por cartilagem hialina. Articulação da primeira costela com o esterno. ➔ Sindesmoses: dotadas de algum movimento, ossos unidos por tecido conuntivo denso. Diartroses são as articulações dotadas de grande mobilidade; geralmente são as que unem os ossos longos. Nessas articulações há uma capsula que une as extremidades ósseas, delimitando uma cavidade fechada, a cavidade articular. Essa cavidade contêm o líquido sinovial (incolor, transparente e viscoso) com alto teor de ácido hialurônico, sintetizado pelas células da camada sinovial. As superfícies articulares são revestidas por cartilagem hialina, sem pericôndrio, e o efeito lubrificante do ácido hialurônico facilita o deslizamento entre as superfícies. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 As cápsulas das diartroses são formadas por duas membranas, sendo elas: ➔ Camada fibrosa (externa): tecido conjuntivo fibrosa dendo não modelado ➔ Camada (membrana) sinovial: 2 tipos de células – uma que parece fibroblasto e outra que parece macrófago. Sidney Ferreirade Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A: canais de Havers, rodeados pelas lamelas, B: osteócitos Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Osteoartrite ➔ Nódulos de Heberden: acomete articulações interfalangianas distais. ➔ Nódulos de Bouchard: acomete articulações interfalangianas proximais Osteoartrite de joelho: há perda de fenda articular e presença de osteófitos. Em osteoartrite avançada, há substituição da cartilagem articular por uma fina camada de tecido fibroso. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Osteoclastos reabsorvem matriz óssea, removem matriz cartilaginosa calcificada e restos necróticos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Pele A pele é formada por 2 camadas, basicamente: epiderme e derme. Epiderme – composta por tecido epitelial pavimentoso queratinizado, apresenta 4 tipos de células: ➔ Queratinócitos (mais abundante), ➔ Melanócitos (produz melanina que depende de tirosina que não existe em pessoas com vitíligo) ➔ Células de Langerhans ➔ Células de Merkel. A epiderme apresenta 5 camadas em pele espessa: ➔ Camada basal: formada por células prismáticas ou cuboides, basófilas, que repousam sobre a membrana basal que separa a epiderme da derme; rica em células-tronco é chamada de germinativa; apresenta atividade mitótica; ➔ Camada espinhosa: formada por células cuboides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central, citoplasma com curtas expansões que contêm feixes de filamentos de queratina (tonofilamentos); os filamentos de queratina e os Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 desmossomos têm importante papel na manutenção da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito. ➔ Camada granulosa (grânulos de querato-hialina): tem apenas 3 a 5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos. ➔ Camada lúcida: mais evidente na pele espessa, é constituída por uma delgada camada de células achatadas, eosinófilas e translúcidas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. ➔ Camada córmica (grossa): tem espessura muito variável e é constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo; O citoplasma dessas células apresenta-se repleto de queratina; A epiderme tem 3 camadas na pele pilosa: ➔ Camada basal: formada por células prismáticas ou cuboides, basófilas, que repousam sobre a membrana basal que separa a epiderme da derme; rica em células-tronco é chamada de germinativa; apresenta atividade mitótica; ➔ Camada espinhosa: formada por células cuboides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central, citoplasma com curtas expansões que contêm feixes de filamentos de queratina (tonofilamentos); os filamentos de queratina e os desmossomos têm importante papel na manutenção da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito. ➔ Camada córmica (grossa): tem espessura muito variável e é constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo; O citoplasma dessas células apresenta-se repleto de queratina; Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Derme – É o tecido conjuntivo em que se apoia a epiderme e une a pele ao tecido subcutâneo ou hipoderme. A derme apresenta espessura variável de acordo com a região observada, alcançando um máximo de 3 mm na planta do pé. Sua superfície externa é irregular, observando-se saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme. As papilas aumentam a área de contato da derme com a epiderme, reforçando a união entre essas duas camadas. As papilas são mais frequentes nas zonas sujeitas a pressões e atritos. A derme é composta por 2 camadas de limites poucos distintos: ➔ Papilar: superficial; delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. ➔ Reticular: profunda; camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Glândulas sudoríparas merócrinas (sem perda celular) – TE estratificado cúbico; glândulas são tubulosas simples enoveladas, cujos duetos se abrem na superfície da pele. Os ductos não se ramificam e têm menor diâmetro do que a porção secretora, que se encontra na derme. As células secretoras são piramidais e entre elas e a Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 membrana basal estão localizadas as células mioepiteliais, que ajudam a expulsar o produto de secreção. Na lâmina, escuro é condutor, claro é secretor. Nessas glândulas existem dois tipos de células secretoras: ➔ Células escuras; adjacentes ao lúmen; O ápice das células escuras apresenta muitos grânulos de secreção que contêm glicoproteínas, e o citoplasma é rico em retículo endoplasmático granuloso. ➔ Células claras: entre as escuras e a mioepiteliais; não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo endoplasmático granuloso, mas contêm muitas mitocôndrias; entre elas existem delgados espaços intercelulares (canalículos). As células claras apresentam muitas dobras da membrana plasmática, uma característica das células que participam do transporte transepitelial de fluido e sais; Ducto da glândula: composta por epitélio cúbico estratificado (2 camadas de células) Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Glândulas sebáceas – situam-se na derme e os seus duetos, revestidos por epitélio estratificado, geralmente desembocam nos folículos pilosos. Em algumas regiões (lábio, mamilos, glande e pequenos lábios da vagina), porém, os duetos abrem-se diretamente na superfície da pele. As glândulas sebáceas são acinosas (forma de cacho). e geralmente vários ácinos desembocam em um dueto curto. Os ácinos apresentam-se formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas que repousam sobre urna membrana basal. Essas células proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, que acumulam no citoplasma o produto de secreção, de natureza lipídica. Os núcleos tornam-se gradualmente condensados e desaparecem. As células mais centrais do ácino morrem e se rompem, formando a secreção sebácea. Acinar exócrina, tropismo por bactérias >> espinha/acne. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Lesões elementares Primárias: surgem na pele até então normal. Secundárias: surgem na pele previamente alterada. Fígado Tem duas vias de entrada de sangue: ➔ Artéria hepática (mais oxigênio); ➔ Veia porta (mais nutrientes); Sai pela veia hepática. Diferença de septo e trabécula: ➔ Septo: TC frouxo, separação completa. ➔ Trabécula: TC frouxo, separação incompleta. Formação da tríade portal do fígado: ➔ Artéria hepática: TE pavimentoso simples (centrípeta) ➔ Veia porta: TE pavimentoso simples (centrípeta) ➔ Ducto biliar: TE simples cúbico; Cirrose: substituição de hepatócitos por fibras colágenas Cápsula de Glisson: forma os septos, é de tecido conjuntivo, é mais espessa no hilo hepático O fígado é o órgão no qual os nutrientes absorvidos no trato digestivo são processados e armazenados para serem utilizados por outros órgãos. É, portanto,uma interface entre o sistema digestivo e o sangue. Grande parte do sangue transportado para o fígado chega pela veia porta (70 a 80%); menor porcentagem é suprida pela artéria hepática. Todos os nutrientes absorvidos pelo intestino chegam ao fígado pela veia porta, exceto os lipídios complexos (quilomícrons), que chegam pela artéria hepática. A posição do fígado no sistema circulatório é ideal para captar, transformar e acumular metabólitos e para a neutralização e eliminação de substâncias tóxicas. O fígado é revestido por uma cápsula delgada de tecido conjuntivo que se torna mais espessa no hilo, por onde a veia porta e a artéria hepática penetram o fígado e por onde saem os duetos hepáticos direito e esquerdo, bem como os linfáticos. Esses vasos e ductos são revestidos por tecido conjuntivo ao longo de toda a sua extensão, até o término, nos espaços porta entre os lóbulos hepáticos. Forma-se uma Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 rede de fibras reticulares que suporta os hepatócitos e células endoteliais dos capilares sinusoides. Lóbulo hepático O componente estrutural básico do fígado é a célula hepática, ou hepatócito. Em cortes histológicos, unidades estruturais denominadas lóbulos hepáticos podem ser observadas. Em algumas regiões da periferia dos lóbulos existe tecido conjuntivo contendo duetos biliares, vasos linfáticos, nervos e vasos sanguíneos. Essas regiões, os espaços porta, são encontradas nos cantos dos lóbulos. O fígado humano contém de 3 a 6 espaços porta por lóbulo, cada um contendo um ramo da veia porta, um ramo da artéria hepática, um dueto (parte do sistema de duetos biliares) e vasos linfáticos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 As células endoteliais são separadas dos hepatócitos adjacentes por uma lâmina basal descontínua (dependendo da espécie) e um espaço subendotelial conhecido como espaço de Disse, que contém microvilos dos hepatócitos. O sinusoide é circundado e sustentado por uma delicada bainha de fibras reticulares. Além das células endoteliais, os sinusoides contêm macrófagos conhecidos como células de Kupffer. Essas células são encontradas na superfície luminal das células endoteliais, e suas principais funções são: metabolizar hemácias velhas, digerir hemoglobina, secretar proteínas relacionadas com processos imunológicos e destruir bactérias que eventualmente penetrem o sangue portal a partir do intestino grosso. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Hepatócito A superfície de cada hepatócito está em contato com a parede do capilar sinusoide, através do espaço de Disse, e com a superfície de outros hepatócitos. Sempre que dois hepatócitos se encontram, eles delimitam um espaço tubular entre si conhecido como canalículo biliar. Reparar nos sinusoides e células de Kupffer (ponta de seta) Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Tríade portal: veia porta, artéria hepática e ducto biliar. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Baço É o maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, no ser humano, o único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. Em virtude de sua riqueza em células fagocitárias e do contato íntimo entre o sangue e essas células, o baço representa um importante órgão de defesa contra microrganismos que penetram o sangue circulante e é também o principal órgão destruidor de eritrócitos (hemácias) desgastados pelo uso. O baço contém tuna cápsula de tecido conjuntivo denso, a qual emite trabéculas que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. A superfície medial do baço apresenta um hilo, onde a cápsula mostra maior número de trabéculas, pelas quais penetram nervos e artérias. Saem pelo hilo as veias originadas no parênquima e vasos linfáticos originados nas trabéculas, uma vez que, no ser humano, a polpa esplênica não contém vasos linfáticos. O baço possui duas polpas em seu parênquima: ➔ Polpa branca: nódulos linfáticos ➔ Polva vermelha: rico em sangue; formado por estruturas alongadas chamadas de cordões esplênicos ou cordões de Billroth, com os sinusoides ou seios esplênicos entre eles. ➔ Toda a polpa esplênica contém células e fibras reticulares, macrófagos, células apresentadoras de antígenos, células linfáticas e algumas outras células em menor proporção. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Polpa branca A polpa branca é constituída pelo tecido linfático que constitui as bainhas periarteriais e pelos nódulos linfáticos que se formam por espessamentos dessas bainhas. No tecido linfático das bainhas periarteriais predominam os linfócitos T, mas nos nódulos existe predominância dos linfócitos B. Entre a polpa branca e a polpa vermelha existe uma zona mal delimitada, constituída pelos seios marginais. Nesses seios encontram-se linfócitos, macrófagos e células dendríticas (apresentadoras de antígenos) que retêm e processam antígenos trazidos pelo sangue. A zona marginal contém muitos antígenos transportados pelo sangue e desempenha importante papel imunitário. Polpa branca: tem nódulo linfoide que é um centro germinativo. Formado por linfócitos B, plasmócitos, macrófagos e células reticulares. Polpa vermelha A polpa vermelha é formada por cordões esplênicos, separados por sinusoides. Os cordões esplênicos, também chamados cordões de Billroth, são contínuos e de espessura variável, conforme o estado local de distensão dos sinusoides. São constituídos por uma rede frouxa de células reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III) que contêm outras células, como macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, além de plaquetas e eritrócitos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Os sinusoides esplênicos são revestidos por células endoteliais alongadas, com seu eixo maior paralelo ao sinusoide. Essa parede delgada e incompleta é envolvida por lâmina basal descontínua e por fibras reticulares que se dispõem principalmente em sentido transversal, como os aros de um barril. As fibras transversais e as que correm em diversas direções unem-se e formam uma rede em torno das células do sinusoide, à qual se associam macrófagos. Polpa vermelha: tem eritrócitos, macrófagos e linfócitos. Cordão esplênico: fibras reticulares Seios esplênicos: líquido, contêm sangue. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Timo O timo é um órgão linfoepitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Contém dois lobos, envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. A cápsula origina septos, que dividem o parênquima em lóbulos contínuos uns com os outros. Ao contrário dos outros órgãos linfáticos, o timo não apresenta nódulos. Cada lóbulo é formado de uma parte periférica, denominada zona cortical, que envolve a parte central, mais clara, a zona medular. A zona cortical cora-se mais fortemente pela hematoxilina, por ter maior concentração de linfócitos. Na medula encontram-se os corpúsculos de Hassall. Lóbulos divididos por septo, com duas divisões internas: ➔ Córtex ➔ Medula – Corpúsculo de Hassal: formado pelas células reticulares epiteliais >> degenera e calcifica formando o corpúsculo. A cortical e a medular têm os mesmos tipos celulares, porém em proporções diferentes. As células mais abundantes no timo são os linfócitos T, em diversos estágios de maturação, e as células reticulares epiteliais. Além dos linfócitos T e das células reticulares epiteliais, o timo contém macrófagos, principalmente na cortical. As células reticulares epiteliaistêm núcleos grandes, cromatina fina e citoplasma com numerosos prolongamentos que se ligam aos das células adjacentes, por desmossomos. As células reticulares epiteliais formam uma camada por dentro do tecido conjuntivo da cápsula e septos; formam o retículo da cortical e da medular, onde se multiplicam e diferenciam os linfócitos T; formam uma camada em tomo dos vasos sanguíneos do parênquima tímico; e constituem os corpúsculos de Hassall, já mencionados, que são encontrados exclusivamente na medular do timo. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfonodo Os linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. Os linfonodos em geral têm a forma de rim e apresentam um lado convexo e o outro com reentrância, o bilo, pelo qual penetram as artérias nutridoras e saem as veias. Como acontece no tecido linfático em geral, o parênquima do órgão é sustentado por um arcabouço de células reticulares e fibras reticulares, sintetizadas por essas células. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional. Ela atravessa os linfonodos, penetrando pelos vasos linfáticos que desembocam na borda convexa do órgão (vasos aferentes) e saindo pelos linfáticos do hilo (vasos eferentes). A cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve os linfonodos envia trabéculas para o seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. O parênquima do linfonodo apresenta a região cortical, que se localiza abaixo da cápsula, ausente apenas no hilo, e a região medular, que ocupa o centro do órgão e o seu hilo. Entre essas duas regiões encontra-se a cortical profunda ou região paracortical. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Divisões do linfonodo: ➔ Cortical externa: é constituída por tecido linfoide frouxo, que forma os seios subcapsulares e peritrabeculares, e por nódulos ou folículos linfáticos. Os nódulos linfáticos podem apresentar áreas centrais claras, os centros germinativos. As células predominantes na cortical superficial são os linfócitos B, ocorrendo também alguns plasmócitos, macrófagos, células reticulares e células foliculares dendríticas. ➔ Cortical interna: não apresenta nódulos linfáticos e nela predominam os linfócitos T, lado de células reticulares, e alguns plasmócitos e macrófagos. ➔ Medula: é constituída pelos cordões medulares, formados principalmente por linfócitos B, mas contendo também fibras, células reticulares e macrófagos. Os plasmócitos, geralmente, são mais numerosos na medular do que na cortical. Separando os cordões medulares, encontram-se os seios medulares, histologicamente semelhantes aos outros seios dos linfonodos. Os seios medulares recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai do linfonodo. ➢ Cordões medulares: células reticulares ➢ Seios medulares: líquido, linfa. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfadenomegalia Linfadenomegalia ou linfadenopatia ou adenomegalia ou adenopatia: aumento dos linfonodos (pode ser generalizado ou restrito a determinada cadeia de linfonodos). Causas mais comuns: ➔ Cânceres ➔ Hipersensibilidade ➔ Infecção ➔ Colagenoses ➔ Atípicas (doenças linfoproliferativas atípicas) ➔ Granulomatoses ➔ Outras Crianças e adultos jovens: infecções bacterianas ou virais de vias aéreas superiores, mononucleose infecciosa, toxoplasmose e TB. Após 50 anos: aumenta a incidência de distúrbios malignos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfadenomegalia generalizada traduz uma infecção de caráter sistêmico e geralmente correspondem a distúrbios não malignos (com poucas exceções). Linfadenopatia + esplenomegalia = doença sistêmica (mononucleose infecciosa, linfoma, leucemia aguda ou crônica, LES, sarcoidose, toxoplasmose, doença da arranhadura do gato). Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfoma Não Hodgkin (LNH) Origem do tumor: Linfócitos B Linfócitos T Linfócitos NK Comportamento biológico do tumor: indolentes e agressivos 90% de todos os linfomas 4% de todas as neoplasias malignas e desde 1970 a incidência vem aumentando 3-4% Incidência: < 65 anos >> 8,5 casos/100.000 habitantes > 65 anos >> 69 casos/100.000 pessoas Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfoma difuso de linfócitos B Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfoma de Hodkin 12% dos linfomas Incidência caindo em 1%/ano e tx de mortalidade em 3,6%/ano Etiologia: Virus Epstein-Barr (EBV) aparece em 50% das células do LH clássico Antecedente de monomucleose confirmada: 3x maior o riscode LH Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Célula de Reed-Sternberg é patognomônico de LH Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017
Compartilhar