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2001 HUCFF Cartilha Direitos Pacientes

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Hospital Universitario Clementino Fraga Filho • Ano "' • N°45 • 02/04 a 09/04/2001 
,.", 
QUESTAO DE CIDADANIA 
Hospital do Fundao adota Cartilha de Direitos do Paciente, assunto que chamou a 
atengao de profissionais de varias areas de atuagao e de diversos estados brasileiros. 
F inalmente e chegada a hora. Depois de meses de planejamento , reu-niaes para discussao de ideias e 
bastante trabalho , a expectativa pelo 
lanQamento da Cartilha dos Direitos do 
Paciente esta chegando ao fim. Nesta 
sexta, 6 de abril , entrara em vigor a 
cartilha , onde constam os direitos dos 
pacientes. Esta iniciativa pioneira - 0 
Clementine Fraga Filho e 0 primeiro 
hospital do pais a adota- Ia - chega para 
aperfe iQ oar os serviQos clfnicos e 
melhorar a relaQao medico-paciente . 
Agora , todo paciente que tiver alguma 
queixa dispora de um instrumento onde 
se apoiar, de forma a checar se 0 
tratamento recebido esta sendo feito 
de maneira adequada . 
Desde 0 Bo/etim 40 , quando adian-
tamos a institucionalizaQao da cartilha , 
varios importantes orgaos de imprensa 
se interessaram em divulgar este que 
pode ser um marco no sistema de saude 
brasileiro. Materias foram publicadas na 
revista Veja , no Jomal Hoje e no Estado 
de S. Paulo , entre outros veicu los , 
incluindo alguns portais (paginas na 
internet) especializados em saude . 
A partir dessa visi bi lidade , 
profissionais das mais diversas areas e 
integrantes do Ministerio da Saude 
pediram 0 texto da cartilha. Isto s6 vem 
reforQar a importancia dos direitos do 
paciente e do Clementino Fraga Filho 
para 0 cenario da saude nacional. 
- A ideia da adoQao dos direitos do 
paciente nasceu em 1999, quando Ii na 
revista Nursing sobre a Lei dos Direitos 
do Paciente , que seria adotada em Sao 
Pau lo, por iniciativa do ex-governador 
Mario Covas . Achei 0 artigo muito 
interessante e trouxe para 0 HU para 
tentar, depois de aprimoramentos e 
discussaes , aplicar estes direitos aqui -
explica, Sara Mourao Freire , assessora 
da DireQao Geral. 
1)~ 
.....,. .W« ~~ ..... 
h 
Paeieule ""' .. ~ 
"0 respeito is cidadania 
do paciente refor~a sua 
participa~ao em todas as 
etapas do processo 
assistencial" . 
A adoQao dos direitos do paciente ja 
fazia parte do Relat6rio de RecomendaQao 
do Consorcio Srasi leiro de AcreditaQao 
(CSA). Ja no ano passado foi feita uma 
consulta a varios segmentos internos e 
externos do hospital para a adaptaQao do 
texto da lei de Sao Paulo . Sugestaes 
foram enviadas , legislaQaes incluidas e 
adaptaQaes feitas ate se chegar ao formato 
final que entrara em vigor. 
- Apos uma grande divulgaQao , 
estamos apresentando a cartilha a 
comunidade do hospital. Agora , a mais 
importante e ouvir a opiniao dos que 
trabalham aqui , que sao as que farao 
cumprir as direitos - complementa Sara. 
Entre as direitos, ha iniciativas ineditas 
e importantes. Um dos itens fala sabre a 
direito de a paciente "ser acompanhado 
em casas em que, apos a avaliaQao da 
equipe multiprofissional, for considerada 
necessaria a presenQa do acompanhante 
para uma melhor recuperaQao da saude". 
Dessa forma , qualquer paciente , nao 
apenas crianQas e idosos , conquista a 
direito a ter um acompanhante ao lado, 
dependendo de seu estado fisico au 
emocional. 
Outro ponto de destaque e "a 
assistencia para a tratamento da dar e as 
orientaQaes necessanas para a 
atendimento domici li ar " a doentes 
considerados terminais , au seja, fora de 
possibilidades terapeuticas atuais. 
Responsaveis por passar aos novas 
estudantes de Medicina a mane ira 
adequada de se lidar com as pacientes e 
tambem par ser um ServiQo preocupado 
com a questao do relacionamento entre 
medicos e pacientes, as professores do 
ServiQo de Psicologia Medica dispensaram 
dedicaQao especia l ao conteudo da 
cartilha. 
"as professores de Psicologia Medica 
consideram 0 documento Os Direitos do 
Paciente do HUCFF um marco importante 
para a qualidade da pratica medica 
exercida neste hospital. 0 respeito a 
cidadania do paciente reforQa sua 
participaQao em todas as etapas do 
processo assistencial, 0 que e defendido 
por n6s ha varios anos. Esperamos que 
este documento nao se torne uma letra 
morta, mas que nos enriqueQa a todos, 
trazendo uma discussao viva e 
permanente." - revelam os membros do 
ServiQo de Psicologia Medica atraves de 
texto enviado ao Boletim . 
V;ja, no ;v.erso, ,a iht~ra dos :110$ 
dil'eitos que constata d~ ,cartilha: 
alicianavarrodesouza
Highlight
-
Os DIREITOS DO PACIENTE DO HUCFF 
Sua opiniao e importante! 
As sugest6es a respeito do texto podem ser enviadas atraves do email saraf@hucff.ufrj.br. 
pelo telefone 562-2489 ou entregues pessoalmente na Assessoria da DG, 1 Q andar. 
Os pacientes em tratamento no Hospital 
Univers itario Clementi no Fraga Filho , da 
Universidade do Brasil (UFRJ) , deverao ter 
assegurados os seguintes direitos: 
i. Obter um atendimento digno, atencioso e 
respeitoso; 
Ii. Ser identificado e tratado por seu nome e 
sobrenome; 
Iii. Nfm ser identificado e tratado por: 
a. numeros; 
b. codigos; ou 
c. de modo gene rico , desrespeitoso ou 
preconceituoso; 
IV. Ter resguardado 0 sigilo sobre seus 
dados pessoais, desde que nao acarrete 
a terceiros ou a saude publica; 
V. Poder identificar as pessoas res 
direta ou indiretamente por sua 
atraves de crachas visive is, leg 
contenham: 
a. nome da instituic;ao; 
b. nome completo; 
c. func;ao ; e 
d. cargo; 
VI. Receber informac;oes claras, objetivas 
compreensiveis sobre: 
a. suspeitas diagnosticas; 
b. diagnosticos realizados; 
c. ac;oes terapeuticas; 
d. riscos, beneficios e inconvenientes 
provenientes das medidas diagnosticas e 
terapeuticas propostas; 
e. duragao prevista para 0 tra 
proposto; 
f. a necessidade ou nao de a 
tipo de anestesia a ser aplicada, 0 
instrumental a ser utilizado, as partes do 
corpo afetadas, os efeitos colaterais , os 
riscos e consequencias indesejaveis e a 
duragao esperada do procedimento; 
g. os exames e condutas a que sera 
submetido; 
h. a finalidade dos materiais coletados 
paraexame; 
i. as alternativas de diagnostico e 
terapeuticas existentes no servic;o em que 
esta. sendo atendido ou em outros servic;os; e 
j. 0 que julgar necessario; 
VII. Consentir ou recusar, de forma livre, 
voluntalia e esclarecida, com adequada informagao, 
procedimentos cirurgicos, diagnosticos e/ou 
terapeuticos a que sera submetido, para os quais 
devera conceder autorizagao por escrito, atraves 
do Termo de Consenti l~iito-
VIII. Ter acesso as informagoes existentes 
em seu prontuario medico ; 
IX. Receber, por escrito, 0 diagnostico e 
tratamento indicado, com a assinatura, 0 nome 
legivel do profissional e seu numero de 
registro no orgao de regulamentac;ao e 
controle da profissao; 
X. Rel:;et)9r~&prE~[iG(5es medicas: 
b. a sua privacidade; 
c. a sua individualidade; 
d. 0 respeito aos seus val ores eticos e 
culturais; 
e. 0 sigilo de toda e qualquer informagao 
pessoal; e 
f. a seguranc;a do procedimento; 
XIV. Ser acompanhado , se assim 0 
desejar, nas consultas, exames e no momento 
da internagao p~r uma pessoa por ele 
indicada; 
XV. Ser acompanhado durante 0 periodo 
de internagao, se maior de sessenta anos, de 
~a!!;~, 
acordo com 0 que dispoe a Portaria nQ 830, 
de 24/06/99, do Ministerio da Saude; 
XVI. Ser acompanhado nos casos em que, 
apos avaliagao da equipe multiprofissional , a 
presenga do acompanhante for considerada 
necessaria para uma melhor recuperagao da 
saude, conforme Portaria Interna nQ 53 , de 24/ 
04/00, do Diretor do HUCFF; 
XVII. Ser acompanhado nas consultas, 
exames e durante a internagao, se menor de 
idade; 
XVIII. Ter asseguradas , durante a 
hospitalizagao, a sua seguranga e a de seus s 
pertences que forem considerados 
indispensaveis pela instituigao; 
XIX. Ter direito, se crianga ou adolescente, 
de desfrutar de alguma forma de recreac;ao , 
de acordo com 0 previsto na Resolugao nQ 41 , 
do Conselho Nacional de Direitos da Crianga 
e do Adolescente; 
XX. Ter direito , durante longosperiodos 
Ser previa e claramente informado 
o tratamento proposto estiver 
a projeto de pesquisa em seres 
previamente aprovado pelo Comite 
e Pesquisa do HUCFF, observando 0 
ue dispoe a Resolugao nQ 196, de 10/10/96, 
II. Recusar a participagao ou retirar 
sentimento em qualquer fase da 
isa, sem penalidade alguma e sem 
prejuizo ao seu tratamento; 
XXIV. Ter assegurada a continuidade da 
assistencia medica apos a alta hospitalar; 
XXV. Ter assegurada, durante a intemagao 
e apos a alta, a assistencia para 0 tratamento 
da dor e as orientagoes necessarias ao 
atendimento domiciliar, mesmo quando 
considerado fora das possibilidades 
terapeuticas atuais; 
XXVI. Receber ou recusar assistencia 
moral , psicologica, social ou religiosa; 
XXVII. Recusar tratamentos dolorosos ou 
extraordinarios para tentar prolongar a vida; 
XXVIII. Optar pelo local de morte, 
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