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Toxicologia | Primeiros Socorros

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Toxicologia 
*Ciência que estuda os efeitos nocivos devido a 
interações das substâncias químicas com o 
organismo, com a finalidade de prevenir, diagnosticar 
e tratar a intoxicação. 
*Áreas de atuação: toxicologia ambiental, 
ocupacional, de alimentos, de medicamentos e social. 
: 
*Fase de exposição: período em que o organismo 
entra em contato com a substância toxica 
*Fase toxicocinética: processos envolvidos entre a 
disponibilidade química e a concentração das 
substâncias em diferentes tecidos do organismo. 
*Fase toxicodinâmica: interação entre as moléculas 
do agente toxico e os locais de ação dos órgãos. 
*Fase clínica: evidências de sinais e sintomas ou 
alterações patológicas. 
: 
*Acidental, iatrogênica (alta ingesta de 
medicamentos, além do necessário), ocupacional, 
alimentar, ambiental, social (uso de drogas, lícitas ou 
não) e suicida. 
: 
*Aguda: ocorre a introdução única ou em curtos 
intervalos e os sintomas aparecem rapidamente. Ex: 
ingesta de chumbinho. 
*Crônica: tem ação lenta e prolongada, os efeitos 
aparecem progressivamente e em doses repetidas. 
Ex: poluição. 
: 
*É o deslocamento de um agente tóxico dentro de 
um organismo exposto, passando pela absorção, 
distribuição. biotransformação e excreção. 
: 
*Mecanismo de ação dos agentes tóxicos sobre o 
sistema biológico. 
*Agonistas: drogas, semelhantes aos ligantes 
endógenos, capazes de induzir uma resposta no 
tecido. 
*Antagonistas: agem inibindo o receptor e são 
usados para reduzir o efeito do ligante endógeno. 
: 
*Efeitos imediatos: aparecem após uma exposição 
única ou no máximo em 24 horas. São mais graves 
que os efeitos tardios. 
*Efeitos retardados: são resultantes a pequenas 
doses durante vários meses ou anos. Ex: substâncias 
carcinogênicas podem demorar de 20 a 30 anos 
para ter efeitos após o início da exposição. 
*Efeitos reversíveis: desaparece quando cessa a 
exposição. Ex: lesões hepáticas, pois o fígado tem 
alta capacidade regenerativa. 
*Efeitos irreversíveis: são efeitos que persistem 
mesmo após o termino da exposição. Ex: lesões no 
SNC, pois as células nervosas têm baixa capacidade 
regenerativa. 
: 
*Realizar coleta rápida dos sinais vitais, avaliar o nível 
e estado de consciência, analisar as pupilas (diâmetro 
e reatividade à luz), aferir a temperatura e umidade 
da pele, fazer oximetria de pulso, avaliar as vias 
aéreas e obter o acesso venoso calibroso. 
 
*Avalia o nível de consciência em casos de 
intoxicação. 
 
: 
*Who?: conhecer a vítima. 
*What?: que tipo de substância a vítima foi exposta. 
*When?: tempo de exposição. 
*Where?: caracteriza o ambiente de exposição. 
*Why?: para saber se a exposição foi intencional ou 
acidental. 
: 
*O exame físico consiste na análise de odores 
característicos, achados cutâneos, alterações 
pupilares, alterações da consciência, anormalidades 
neurológicas, alterações cardiovasculares, 
anormalidades respiratórias, alterações do TGI e 
aferição de temperatura. 
: 
*Exames laboratoriais, ECG, raio X, tomografia 
computadorizada, endoscopia digestiva alta e 
exames toxicológicos. 
: 
*Cutânea: retirar roupas impregnadas com o agente 
toxico e lavar a superfície exposta com água ou 
soro em abundância. 
*Respiratória: remover a vítima do local da exposição 
e administrar oxigênio umidificado suplementar, 
*Ocular: lavar com SF 0,9% ou água filtrada. 
*Gastrointestinal: remover o agente toxico do TGI 
no intuito de evitar ou diminuir sua absorção quando 
há ausência de fatores de risco para complicações, 
como topor e sonolência, na ingesta de quantidades 
potencialmente tóxicas de substâncias e ingestões 
recentes (1 a 2 horas). A remoção ocorre em duas 
etapas: lavagem gástrica seguida de administração 
de carvão ativado. 
 
⇾ Lavagem gástrica: Infusão e posterior 
aspiração de SF a 0,9% através de sonda NG 
ou OG, para retirar a substância ingerida. 
*É contraindicada na ingesta de cáusticos, 
solventes e quando há risco de perfuração e 
sangramentos. 
*Deve-se utilizar sonda de grande calibre (18-
22). 
*Manter o paciente em decúbito lateral 
esquerdo para facilitar a retirada do agente 
tóxico e diminuir a velocidade do esvaziamento 
gástrico para o intestino. 
*Adultos: infundir 250mL por vez até um 
volume total de 6 a 8 litros ou até que o líquido 
retorne límpido. 
⇾ Carvão ativado: possui pó com partículas 
porosas com alto poder adsorvente do agente 
tóxico. Pode ser utilizado como medida única 
de descontaminação do TGI. A dose pode ser 
única (1g/kg em 250mL ade água ou SF 0,9%) 
ou múltiplas doses em intervalos de 4/4h e 
associar sulfato de magnésio 10% (10g). 
: 
*São substâncias que agem atenuando ou 
neutralizando os efeitos de outras substâncias 
químicas. 
*A administração não é a primeira conduta a ser 
tomada na maioria das situações. 
*Devem estar disponíveis para uso imediato no 
primeiro atendimento, em ambulâncias ou nas 
unidades de emergência. 
: 
*Alcalinização urinária: potencializa a excreção 
urinária de alguns agentes, impedindo a sua 
reabsorção pelo túbulo renal; bicarbonato de sódio 
a 8,4%. 
*Hemodiálise: 90% dos casos requerem um método 
de remoção extracorpórea e é mais efetiva na 
remoção de compostos hidrossolúveis, com baixo 
peso molecular e baixa ligação a proteínas. 
*Hemoperfusão: consiste na depuração do agente 
tóxico fazendo o sangue passar através de uma 
coluna de resinas ou de microcápsulas de carvão 
ativado para remoção mais efetiva das toxinas. 
Intoxicação por medicamentos: 
: 
*Visão geral: sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes, 
relaxantes musculares e ansiolíticos, como o 
midazolam, Diazepam, alprazolam, clonazepam e 
lorazepam. 
*Quadro clínico: leve a moderada (sonolência, 
sedação, fala arrastada); grave (coma, depressão 
respiratória, hipotensão e hipotermia). 
*Diagnóstico: clínico baseado na história de 
exposição e complementação com exame 
laboratorial específico. 
*Tratamento: desobstruir vias aéreas, administrar 
O2 e monitorizar sinais vitais; fazer a hidratação 
adequada; descontaminação com lavagem gástrica 
e carvão ativado; antidoto: flumazenil (0,1-0,2mg IV -
<1mg); quando o paciente está inconsciente, realizar 
intubação endotraqueal. 
: 
*Visão geral: utilizados no tratamento da depressão 
maior, insônia e síndromes dolorosas crônicas, como 
amitriptilina, nortriptilina, clomipramina e imipramina. 
A dose tóxica é entre 10-20mg/kg, quando passa 
desse valor pode ter risco de morte. 
*Quadro clínico: leve a moderada (sonolência, 
sedação, taquicardia, alucinações, midríase); grave 
(convulsões, coma, arritmas cardíacas, depressão 
respiratória, hipotensão e PCR). 
*Diagnóstico: clínico baseado na história da 
exposição e complementar com exame laboratorial 
específico. 
*Tratamento: monitorar sinais vitais e iniciar 
monitorização eletrocardiográfica; desobstruir vias 
aéreas, administrar O2 e IOT quando necessário; 
hidratação adequada, manter o paciente em 
observação por 72h ou quando ainda apresentar 
alterações no ECG; descontaminação por meio da 
lavagem gástrica e carvão ativado; medida de 
eliminação: carvão ativado em dose múltipla; 
tratamento de suporte respiratório e cardiovascular. 
Intoxicação por drogas de abuso: 
: 
*Visão geral: droga lícita, com propriedade 
depressora sobre o SNC. 
*Quadro clínico: nível de alcoolemia (mg/dL): 
⇾ 50-150: reflexos diminuídos, visão borrada, 
excitação ou depressão mental. 
⇾ 150-300: ataxia, confusão mental. 
⇾ 300-500: torpor, hipotermia, hipoglicemia, 
distúrbios hidroeletrolíticos. 
⇾ >500: coma e falência respiratória/circulatória, 
podendo levar a óbito. 
*Diagnóstico: clínico baseado na história da 
exposição e complementação com a cromatografia 
gasosa (nível de etanol e metanol). 
*Tratamento: desobstruir vias aéreas, administrar 
O2, monitorar sinais vitais e hidratação adequada; 
descontaminação com lavagem gástrica (<1h); 
hipoglicemia: soro glicosado a 50% IV; edemacerebral: manitol IV; em caso de convulsão: 
Diazepam 5-10 mg IV; em caso de choque, 
desidratação e acidose: soluções isotônicas de 
cloreto ou bicarbonato. 
: 
*Visão geral: droga ilicita com propriedades 
anestésicas, vasoconstrictoras e estimulante sobre o 
SNC. A dose tóxica é variavel e depende da 
tolerancia individual, da via de administração e uso 
de outros fármacos. 
*Quadro clínico: leve a moderado (agitação 
psicomotora, pseudoalucinações, inquietude, 
instabilidade emocional, palidez, hipertensão arterial, 
taquicardia, dor torácia, hipertermia, diaforese, 
midriase, cefaleia, nauseas e vômitos, dor abdominal); 
lesões de mucosa cardiacas, hipotensão arterial, 
dispneia, IAM, convulsão, IRA, coma, fibrilação 
ventricular, insuficiência respiratória e óbito. 
*Diagnóstico: clínico baseado na historia de 
exposição e nas lesões da mucosa nasal e 
complementar com testes qualitativos em urina. 
*Tratamento: desobstruir vias aereas, administrar 
O2, monitorizar sinais vitais e hidratação adequada; 
descontaminação por lavagem gastrica em casos de 
ingestão acidental ou forçada; em caso de agitação 
e convulsão: diazepam 5-10 mg IV; hipotensão e 
choque: posição de Trendelemburg e infundir 
cristaloides e aminas vasoativas (dopamina). 
Intoxicação por metais: 
: 
*Visão geral: único metal líquido em temperatura 
ambiente, sendo altamente volátil. A dose tóxica 
depende da forma do mercúrio e via de exposição. 
*Quadro clínico: intoxicação aguda (pneumonite 
química, edema pulmonar, dor abdominal, 
gastroenterite hemorrágica e insuficiência renal); 
intoxicação crônica (distúrbios neuropsiquiátricos, 
tremores e gengivoestomatite). 
*Diagnóstico: clínico baseado nas informações de 
exposições ocupacionais, ambientais, acidentais e 
intencionais; identificação de mercúrio no sangue, 
urina ou tecidos. 
*Tratamento: desobstruir vias aéreas, administrar 
O2 e monitorar sinais vitais; hidratação adequada; 
descontaminação por via inalatória ao remover o 
paciente do local de exposição e pela via cutânea 
ao aplicar água em abundância; antidoto: quelantes 
(dimercaprol, EDTA, D-penicilamina): reduzem a 
concentração sanguínea e aumentam a excreção 
urinária; broncoespasmo: beta 2 adrenérgicos e 
corticoides; intoxicação crônica: tratamento 
sintomático (antidepressivos, tranquilizantes e 
analgésicos). 
Intoxicação por gases tóxicos: 
: 
*Visão geral: gás incolor, sem cheiro e 
potencialmente perigoso, pode ser emitido por 
diversas fontes. 
*Quadro clínico: inicialmente dor de cabeça, náusea, 
vômitos, coriza. Posteriormente, disturbios visuais, 
confusão mental, síncope, tremores, coma, 
disfunção cardiopulmonar e morte. 
*Diagnóstico: clínico baseado nas informações de 
exposições e dosagem do nivel de 
carboxiemoglobina (<2% em não fumantes). 
*Tratamento: desobstruir vias aereas, administrar 
O2 e monitorizar os sinais vitais; hidratação 
adequada; descontaminação: remover o paciente da 
fonte de intoxicação e administrar oxigênio em alto 
fluxo; antidoto O2 a 100%; medidas de eliminação: 
oxigenioterapia a 100% e camera hiperbárica. 
Intoxicação por agrotóxicos: 
: 
*Visão geral: são utilizados no controle de insetos e 
outros parasitas, podendo ser utilizados com 
finalidade agrícola, doméstica ou veterinária. 
*Quadro clínico: lacrimejamento, diarreia, vômitos, 
broncoconstrição, fraqueza muscular, hipertensão, 
taquicardia, dilatação pupilar, inquietação, cefaleia, 
tremores, sonolência, confusão, psicose, convulsões 
e coma. 
*Tratamento: desobstruir vias aéreas, administrar 
O2, monitorar sinais vitais e hidratação adequada; 
descontaminação: remover o paciente da fonte e 
remover toda a roupa e lavar a pele com quantidade 
abundante de água e sabão neutro, lavagem 
gástrica e carvão ativado; antidoto: atropina IV 1-
4mg; convulsão e hipertensão: Diazepam 5-10mg IV; 
hipotensão: infundir cristaloides e aminas vasoativas 
(dopamina); broncopneumonia aspirativa: 
antibioticoterapia. 
Intoxicação por plantas: 
*Quadro clínico: 
⇾ Ingestão: irritação de lábios, língua e palato, 
com dor, edema, queimação, afonia, asfixia, 
sialorreia, disfagia, gastrite, vômitos e diarreia. 
⇾ Exposição cutânea: dermatite de contato, dor, 
prurido, eritema, edema e formação de bolhas 
e vesículas. 
⇾ Exposição ocular: irritação da mucosa ocular 
com hiperemia e edema palpebral, ceratite, 
irite, redução da acuidade visual, conjuntivites, 
cegueira temporária. 
⇾ Intoxicações graves: tonturas, distúrbios 
hidroeletrolíticos, arritmias cardíacas, 
convulsões, coma, insuficiência renal e 
respiratória. 
*Diagnóstico: clínico baseado nas informações de 
exposição. 
*Tratamento: desobstruir vias aéreas, administrar 
O2 e monitorizar sinais vitais; hidratação adequada; 
descontaminação: remover manualmente eventuais 
restos da planta em contato com boca, pele ou 
olhos, não provocar vômitos, descontaminação 
cutânea e ocular com água limpa ou SF 0,9%; 
administrar analgésicos, antieméticos, anti 
inflamatórios e/ou anti-histamínicos para tratamento 
dos sintomas.

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