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Problema 1 EMBRIO 1º FECHAMENTO

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Problema 1 “Nós teremos um filho”
Fechamento 1
Referências:
Livro GUYTON, Capítulo 81, Capítulo 82
Livro AIRES, Margarida M. Capítulo 68, 
Livro Moore Anatomia Orientada Para a Clínica
Objetivo 1: Descrever a gametogênese masculina e feminina
As funções reprodutoras masculinas podem ser divididas em 3 grandes subdivisões: a espermatogênese, o desempenho do ato sexual e a regulação das funções reprodutoras masculinas por hormônios.
· Espermatogênese/gametogênese masculina
Durante a formação do embrião do indivíduo, as células germinativas primordiais migram para os testículos e tornam-se células germinativas imaturas, chamadas espermatogônias, situadas nos túbulos seminíferos. Na puberdade, as espermatogônias passam por divisões mitóticas, proliferando e se diferenciando continuamente através de estágio definidos de desenvolvimento para formar o esperma. Imagem de um túbulo seminífero e os estágio de desenvolvimento dos espermatozoides das espermatogônias.
A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos, durante a vida sexual ativa, como resultado da estimulação pelos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior/adenoipófise, começando mais ou menos aos 13 anos de idade e continuando pela maior parte do restante da vida (diminui na velhice). 
Estágios: aproximadamente 74 dias, é necessário a presença de LH e testosterona 
-Espermatogônias, envolvidas pelas células de Sertoli, migram em direção ao lúmen central dos túbulos seminíferos
- As espermatogônias que cruzaram o caminho são modificadas e alargadas para formar os espermatócitos primários.
-Espermatócitos primários se dividem por meiose formando espermatócitos secundários.
-Espermatócitos secundários se dividem formando espermátides (aqui, 23 cromossomos vão para uma espermátide e 23 para outra, assim somente metade das características genéticas do possível feto é fornecida pelo pai, enquanto a outra metade provém do oócito fornecido pela mãe).
-Espermátides são modificadas e transformam-se em espermatozoides. 
Em cada espermatogônia, um dos 23 pares de cromossomos carrega a informação genética que determina o sexo do possível concepto. Esse par é composto por um cromossomo X/feminino e um Y/masculino. Durante a divisão meiótica, o cromossomo Y masculino vai para uma espermátide, que então se torna esperma masculino, e o cromossomo X feminino vai para a outra espermátide, que passa a ser esperma feminino. O sexo do concepto eventual é determinado pelo tipo de esperma, entre os dois descritos.
O espermatozoide (a 4 mm/min) requer muitos dias para passar pelo túbulo do epidídimo (6 m de comprimento) após sua formação nos túbulos seminíferos. Após passar de 18 a 24 horas no epidídimo, o espermatozoide desenvolve a capacidade de mobilidade necessária para fertilizar o óvulo. Contudo, ficam inativos até atividade sexual ser detectada. Após a ejaculação, os espermatozoides tornam-se móveis e capazes de fertilizar o óvulo, processo chamado maturação. As células de Sertoli e o epitélio do epidídimo secretam líquido nutriente especial, que é ejaculado junto com o espermatozoide. Esse líquido contém hormônios (incluindo testosterona e estrogênio), enzimas e nutrientes especiais, essenciais para a maturação dos espermatozoides. Embora sejam considerados maduros quando deixam o epidídimo, a atividade dos espermatozoides é mantida sob controle de múltiplos fatores inibitórios, por isso, quando são inicialmente lançados ainda são incapazes de fertilizar o óvulo. Ao entrar em contato com os líquidos do trato genital feminino, ocorrem múltiplas mudanças que ativam o espermatozoide, essa etapa é chamada capacitação e leva cerca de 1 a 10 horas.
 No acrossomo do espermatozoide ficam armazenadas enzimas que auxiliam na penetração do óvulo. O esperma, deve penetrar na zona pelúcida (revestimento espesso do óvulo). Para essa penetração ocorrer, as enzimas estocadas no acrossomo são liberadas. Quando o espermatozoide atinge a zona pelúcida do óvulo, a membrana mais anterior do espermatozoide liga-se às proteínas receptoras na zona pelúcida e em seguida todo o acrossomo se dissolve rapidamente, liberando as enzimas. Em alguns minutos, as enzimas abrem uma via de penetração para a passagem da cabeça do espermatozoide para dentro do óvulo. Em 30 minutos, as membranas celulares da cabeça do espermatozoide e do oócito se fundem, formando uma só célula. Ao mesmo tempo, os materiais genéticos do espermatozoide e do oócito se combinam para formar um genoma celular completamente novo, contendo as mesmas quantidades de cromossomos e genes do pai e da mãe. Esse é o processo de fertilização; o embrião, então, começa a se desenvolver. Após o espermatozoide ter penetrado a zona pelúcida do óvulo, os íons cálcio se difundem através da membrana do oócito e provocam a liberação, por exocitose, de vários grânulos corticais do oócito. Esses grânulos contêm substâncias que permeiam todas as regiões da zona pelúcida e impedem a ligação de espermatozoide adicional, fazendo com que qualquer espermatozoide que tenha começado a se ligar se solte. Assim, quase nunca ocorre a entrada de mais de um espermatozoide no oócito, durante a fertilização.
As funções reprodutivas femininas podem ser divididas em 2 fases: a preparação do corpo da mulher para a concepção e a gravidez e o período da gravidez em si.
· Oogênese/ovogênese/gametogênese feminina
Durante a vida fetal inicial, as oogônias proliferam por mitose (duplicação das células), um tipo especial de divisão celular. As oogônias (células sexuais primordiais) crescem e se tornam os oócitos primários antes do nascimento. Assim que o oócito primário se forma, células do tecido conjuntivo o circundam e formam uma única camada de células achatadas, as células foliculares. O oócito primário circundado por essa camada de células foliculares, constitui o folículo primário. Conforme o oócito primário cresce durante a puberdade, as células foliculares se tornam cúbicas e depois cilíndricas, formando, assim, o folículo primário. 
O oócito primário é logo envolvido por um material glicoproteico acelular e amorfo, a zona pelúcida. A microscopia eletrônica de varredura da superfície da zona pelúcida revela um aspecto regular de trama com fenestrações intrincadas. Os oócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas o término da prófase não ocorre até a adolescência (começando com a puberdade). As células foliculares que envolvem o oócito primário secretam uma substância, conhecida como inibidor da maturação do oócito, que mantém estacionado o processo meiótico do oócito.
A maturação pós-natal dos oócitos se inicia na puberdade, quando geralmente um folículo ovariano amadurece a cada mês e ocorre a ovulação (liberação do oócito do folículo ovariano), exceto quando contraceptivos orais são utilizados. A longa duração da primeira divisão meiótica (até 45 anos) pode ser responsável, em parte, pela alta frequência de erros meióticos, tais como a não disjunção (falha na separação das cromátides irmãs de um cromossomo), que ocorre com o aumento da idade materna. Os oócitos primários na prófase suspensa (dictióteno) são vulneráveis aos agentes ambientais como a radiação. 
Nenhum oócito primário se forma após o nascimento, o que contrasta com a produção contínua de espermatócitos primários. Os oócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a puberdade. Quando um folículo matura, o oócito primário aumenta de tamanho e, imediatamente, antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem ao oócito secundário e ao primeiro corpo polar. Diferentemente do estágio correspondente na espermatogênese, a divisão do citoplasma é desigual. O oócito secundário recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar recebe muito pouco. O corpo polar é uma célula minúscula destinada à degeneração. 
Na ovulação, o núcleo do oócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas ela progride somente até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozoide penetra o oócito secundário, a segundadivisão meiótica é completada, e a maior parte do citoplasma é novamente mantida em uma célula: o oócito fecundado. A outra célula, o segundo corpo polar, também é formada e irá se degenerar. Assim que os corpos polares são expelidos, a maturação do oócito está completa. 
Existem cerca de 2 milhões de oócitos primários nos ovários de uma menina recém-nascida, mas a maioria deles se degeneram durante a infância, de modo que na adolescência restam não mais que 40.000 oócitos primários. Destes, somente cerca de 400 se tornam oócitos secundários e são liberados na ovulação durante o período reprodutivo. Somente alguns desses oócitos, se algum, tornam-se maduros e são fecundados. O número de oócitos liberados é bastante reduzido em mulheres que tomam contraceptivos orais porque os hormônios contidos neles impedem a ovulação.
Objetivo 2: Descrever o ciclo ovariano, o ciclo menstrual e ação dos hormônios
Ciclos reprodutivos femininos: O ciclo menstrual, também chamado de ciclo endometrial, é responsável por preparar o corpo para uma gestação. E juntamente ao ciclo ovariano, é responsável pela fertilidade da mulher.
Iniciando-se na puberdade (10 a 13 anos de idade), as mulheres passam por ciclos reprodutivos (ciclos sexuais), que envolvem a atividade do hipotálamo do encéfalo, da glândula hipófise, dos ovários, do útero, das tubas uterinas, da vagina e das glândulas mamárias. Esses ciclos mensais preparam o sistema genital para a gestação. 
O hormônio liberador de gonadotrofina é sintetizado pelas células neurossecretoras do hipotálamo. Esse hormônio é transportado pela rede de capilares da circulação porta hipofisária (sistema porta hipofisário), para o lobo anterior da glândula hipófise. O hormônio estimula a liberação de dois hormônios hipofisários produzidos por essa glândula e que atuam nos ovários: o hormônio folículo-estimulante (FSH) estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio pelas células foliculares e o hormônio luteinizante (LH) age como um “disparador” da ovulação (liberação do oócito secundário) e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzirem progesterona. Esses hormônios também induzem o crescimento dos folículos ovarianos e do endométrio.
Ciclo ovariano: o FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos ovários – o ciclo ovariano – o desenvolvimento dos folículos, a ovulação (liberação de um oócito de um folículo maduro) e a formação do corpo lúteo. Durante cada ciclo, o FSH estimula o desenvolvimento de vários folículos primários em 5 a 12 folículos primários; entretanto, somente um folículo primário normalmente chega ao estágio de folículo maduro e se rompe na superfície ovariana, expelindo seu oócito. 
Desenvolvimento folicular
O desenvolvimento de um folículo ovariano é caracterizado por:
• Crescimento e diferenciação de um oócito primário. 
• Proliferação das células foliculares. 
• Formação da zona pelúcida. 
• Desenvolvimento das tecas foliculares. 
Conforme o folículo primário aumenta de tamanho, o tecido conjuntivo ao redor se organiza como uma cápsula, a teca folicular. Essa teca logo se diferencia em duas camadas, uma camada vascular e glandular interna, a teca interna, e uma camada capsular, a teca externa. Acredita-se que as células tecais produzam fatores angiogênicos que estimulam o crescimento de vasos sanguíneos na teca interna, fornecendo, assim, nutrientes para o desenvolvimento folicular. As células foliculares se dividem ativamente, formando uma camada estratificada ao redor do oócito. O folículo ovariano logo se torna oval e o oócito assume uma posição excêntrica. Subsequentemente, surgem em torno das células foliculares espaços preenchidos por líquido, os quais coalescem para formar uma única e grande cavidade, o antro, que armazena o líquido folicular. Após a formação do antro, o folículo ovariano é denominado de vesicular ou folículo secundário. 
O oócito primário é deslocado para um lado do folículo, onde é envolvido por acúmulo de células foliculares, o cumulus oophorus, que se projeta para o antro. O folículo continua a crescer até estar maduro e produz uma dilatação (estigma folicular) na superfície ovariana
O desenvolvimento inicial dos folículos ovarianos é estimulado pelo FSH, mas os estágios finais da maturação necessitam também do LH. Os folículos em desenvolvimento produzem estrogênio, o hormônio que regula o desenvolvimento e o funcionamento dos órgãos genitais. A teca interna vascular produz um fluido folicular e algum estrogênio. Suas células também secretam androgênios que passam para as células foliculares, as quais os convertem em estrogênio. Certa quantidade de estrogênio também é produzida por grupos dispersos de células estromais secretoras, conhecidas coletivamente como glândula intersticial do ovário.
Ovulação
Por volta da metade do ciclo ovariano, o folículo ovariano, sob influência do FSH e do LH, sofre um repentino surto de crescimento, produzindo uma dilatação cística ou uma saliência na superfície ovariana. Um pequeno ponto avascular, o estigma, logo aparece nessa saliência. Antes da ovulação, o oócito secundário e algumas células do cumulus oophorus se desprendem do interior do folículo distendido. 
A ovulação é disparada por uma onda de produção de LH. Normalmente, a ovulação acontece de 12 a 24 horas após o pico de LH. A elevação nos níveis de LH, induzida pela alta concentração de estrogênio no sangue, parece causar a tumefação do estigma, formando uma vesícula. O estigma logo se rompe expelindo o oócito secundário junto com o líquido folicular. A expulsão do oócito é o resultado da pressão intrafolicular e possivelmente da contração da musculatura lisa da teca externa (capsular), estimulada pelas prostaglandinas.
As proteínas quinases mitógeno-ativadas 3 e 1 (MAPK 3/1), também conhecidas como quinases 1 e 2 reguladas por sinal extracelular (ERK1/2) nas células foliculares ovarianas, parecem regular as vias de sinalização que controlam a ovulação. A plasmina e as metaloproteases da matriz também parecem exercer papel no controle da ruptura do folículo. O oócito secundário expelido está circundado pela zona pelúcida e uma ou mais camadas de células foliculares, organizadas radialmente como uma corona radiata, formando o complexo oócitocumulus. Os altos níveis de LH também parecem ser responsáveis por induzir o término da primeira divisão meiótica do oócito primário. Portanto, os folículos ovarianos maduros contêm oócitos secundários. A zona pelúcida é composta por três glicoproteínas (ZPA, ZPB, e ZPC), que normalmente formam uma rede de filamentos com múltiplos poros. A ligação do espermatozoide com a zona pelúcida (interação espermatozoide-oócito) é um evento complexo e crítico durante a fecundação. 
Corpo lúteo 
Logo após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular colapsam e se tornam pregueadas. Sob a influência do LH, elas formam uma estrutura glandular, o corpo lúteo, que secreta progesterona e alguma quantidade de estrogênio, o que leva as glândulas endometriais a secretarem e, assim, o endométrio se prepara para a implantação do blastocisto. 
Se o oócito é fecundado, o corpo lúteo cresce e forma o corpo lúteo gestacional e aumenta a produção de hormônios. A degeneração do corpo lúteo é impedida pela ação da gonadotrofina coriônica humana, um hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto. O corpo lúteo gestacional permanece funcionalmente ativo durante as primeiras 20 semanas de gestação. Nesse momento, a placenta assume a produção de estrogênio e de progesterona necessária para a manutenção da gestação. 
Se o oócito não é fecundado, o corpo lúteo involui e se degenera 10 a 12 dias após a ovulação. Ele é, então, chamado corpo lúteo menstrual. O corpo lúteo, em seguida, se torna uma cicatriz branca no tecido ovariano, denominada corpo albicans. Os ciclos ovarianos cessam na menopausa, a suspensão permanente da menstruação devido à falência dos ovários. A menopausa normalmente ocorre entre os 48 e os 55 anos de idade. As alterações endócrinas, somáticas(corporais) e psicológicas que ocorrem ao término do período reprodutivo são denominadas de climatéricas.
Ciclo menstrual: é o período durante o qual o oócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. Os hormônios produzidos pelos folículos ovarianos e pelos corpos lúteos (estrogênio e progesterona) produzem mudanças cíclicas no endométrio. Essas mudanças mensais na camada interna do útero constituem o ciclo endometrial, mais comumente chamado de ciclo (período) menstrual, porque a menstruação (fluxo sanguíneo do útero) é evidente. 
O endométrio é um “espelho” do ciclo ovariano porque ele responde de maneira consistente às flutuações de concentrações de hormônios gonadotróficos e ovarianos. O tempo médio do ciclo menstrual é de 28 dias, sendo o primeiro dia do ciclo determinado quando se inicia o fluxo menstrual. Os ciclos menstruais normalmente variam em extensão por vários dias. Em 90% das mulheres, a duração do ciclo varia entre 23 e 35 dias. Quase todas essas variações resultam de alterações na duração da fase proliferativa do ciclo menstrual.
Fases do ciclo menstrual 
As alterações nos níveis de estrogênio e progesterona causam mudanças cíclicas na estrutura do sistema genital feminino, notadamente no endométrio. O ciclo menstrual é um processo contínuo; cada fase passa gradualmente para a fase seguinte. 
Fase menstrual 
A camada funcional da parede uterina desintegra-se e é expelida no fluxo menstrual ou menstruação (sangramento mensal), que normalmente dura 4 a 5 dias. O sangue descartado pela vagina está misturado a pequenos fragmentos de tecido endometrial. Após a menstruação, o endométrio erodido fica delgado. 
Fase proliferativa 
Esta fase, que dura aproximadamente 9 dias, coincide com o crescimento dos folículos ovarianos e é controlada pelo estrogênio secretado pelos folículos. Nesta fase de reparo e proliferação ocorre um aumento de duas a três vezes na espessura do endométrio e no seu conteúdo de água. No início desta fase, a superfície do epitélio se refaz e recobre o endométrio. As glândulas aumentam em número e comprimento e as artérias espiraladas se alongam. 
Fase secretora 
A fase secretora ou fase lútea, dura aproximadamente 13 dias e coincide com a formação, o funcionamento e o crescimento do corpo lúteo. A progesterona produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar um material rico em glicogênio. As glândulas se tornam grandes, tortuosas e saculares, e o endométrio se espessa devido à influência da progesterona e do estrogênio produzidos pelo corpo lúteo e também por causa do aumento de fluido no tecido conjuntivo. Conforme as artérias espiraladas crescem na camada compacta superficial, elas se tornam mais tortuosas. A rede venosa torna-se mais complexa e ocorre o desenvolvimento de grandes lacunas (espaços venosos). As anastomoses arteriovenosas são características importantes desse estágio. 
Se a fecundação não ocorrer: 
• O corpo lúteo se degenera. 
• Os níveis de estrogênio e progesterona diminuem e o endométrio secretor entra na fase isquêmica. 
• Ocorre a menstruação. 
Fase isquêmica 
A fase isquêmica ocorre quando o oócito não é fecundado; as artérias espiraladas se contraem, dando ao endométrio uma aparência pálida. Essa constrição é resultado da diminuição da secreção de hormônios, principalmente a progesterona, devido à degradação do corpo lúteo. Além das alterações vasculares, a queda hormonal provoca a parada da secreção glandular, a perda de fluido intersticial e um importante adelgaçamento do endométrio. No fim da fase isquêmica, as artérias espiraladas se contraem por longos períodos, isso provoca estase venosa (congestão e diminuição da circulação venosa) e necrose isquêmica (morte) dos tecidos superficiais. Finalmente, ocorre a ruptura das paredes dos vasos lesionados e o sangue penetra o tecido conjuntivo adjacente. Pequenas lacunas de sangue se formam e se rompem na superfície endometrial, resultando em sangramento para a cavidade uterina e através da vagina. À medida que pequenos fragmentos de endométrio se destacam e caem dentro da cavidade uterina, as extremidades das artérias sangram para a cavidade, levando à perda de 20 a 80 mL de sangue. Por fim, 3 a 5 dias depois, toda a camada compacta e a maior parte da camada esponjosa do endométrio são eliminadas na menstruação. Os remanescentes das camadas esponjosa e basal permanecem para que se regenerem durante a fase proliferativa subsequente do endométrio. Torna-se óbvio, por meio das descrições anteriores, que a atividade hormonal cíclica do ovário está intimamente ligada às mudanças histológicas do endométrio. 
Se a fecundação ocorrer: 
• Inicia-se a clivagem do zigoto e a blastogênese (formação do blastocisto). 
• O blastocisto começa a implantar-se no endométrio aproximadamente no sexto dia da fase lútea. 
• A gonadotrofina coriônica humana, um hormônio produzido pelo sinciciotrofoblasto, mantém o corpo lúteo secretando estrogênio e progesterona. 
• A fase lútea prossegue e a menstruação não ocorre.
Gestações
Se ocorrer gestação, os ciclos menstruais cessam e o endométrio passa para a fase gravídica. Com o término da gestação, os ciclos ovariano e menstrual voltam a funcionar após um período variável (normalmente de 6 a 10 semanas se a mulher não estiver amamentando). Exceto durante a gestação, os ciclos reprodutivos normais prosseguem até a menopausa.
· Controle hormonal masculino
A reprodução é controlada, em grande parte, pela secreção de diversos hormônios que participam de mecanismos envolvendo a diferenciação dos órgãos reprodutores, a produção de gametas, o ciclo reprodutor, a liberação de outros hormônios, o desenvolvimento de características sexuais secundárias e o comportamento sexual.
Os hormônios podem ser peptídeos, proteicos ou glicoproteicos. São produzidos ou tem sua produção controlada pelo hipotálamo e pela adenoipófise (parte anterior da hipófise). 
O termo androgênio significa qualquer hormônio esteroide que tenha efeitos masculinizantes, incluindo a testosterona; também inclui os hormônios sexuais masculinos produzidos em outros locais do corpo além dos testículos. Por exemplo, as glândulas adrenais secretam, pelo menos, cinco androgênios, embora a atividade masculinizante total desses androgênios seja normalmente tão baixa que, mesmo na mulher, eles não geram características masculinas significativas, exceto a indução do crescimento de pelos pubianos e das axilas. No entanto, quando ocorre tumor das células da adrenal que produzem androgênios, a quantidade de hormônios androgênicos pode, então, tornar-se elevada o suficiente para induzir todas as características sexuais secundárias masculinas usuais. Esses efeitos estão descritos, com a síndrome adrenogenital.
A testosterona é formada pelas células intersticiais de Leydig (estimuladas pelo LH) e constituem cerca de 20% da massa dos testículos adultos. Após sua secreção nos testículos, a testosterona liga-se fracamente à albumina plasmática ou fortemente à betaglobulina e circula no sangue até ser transferida para os tecidos ou degradada em produtos inativos. A maior parte da testosterona que se fixa nos tecidos é convertida em di-hidrotestosterona. A testosterona que não se fixa nos tecidos é convertida rapidamente, principalmente pelo fígado, e excretada. É responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino (características primárias e secundárias) e induz a formação da próstata, das vesículas seminais e dos ductos genitais, induz a descida dos testículos e o crescimento de pelos. É produzida durante a vida fetal e por cerca de 10 semanas pós nascimento, depois disso, recomeça aos 10/13 anos. Então, a produção de testosterona aumenta rapidamente, sob estímulo dos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior, no início da puberdade, permanecendo assim pela maior parte do resto da vida, diminuindo rapidamente após os 50 anos e caindo mais ainda aos 80 anos.
O estrogênio é formado em pequenas quantidades no homem, não sendo totalmente esclarecida qual a sua fonte.
A maior parte docontrole das funções sexuais, tanto dos homens quanto das mulheres, começa com a secreção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo. Esse hormônio, por sua vez, estimula a hipófise anterior a secretar dois outros hormônios chamados hormônios gonadotrópicos: (1) hormônio luteinizante (LH); e (2) hormônio foliculoestimulante (FSH). Por sua vez, LH é o estímulo primário para a secreção de testosterona pelos testículos, e FSH estimula, principalmente, a espermatogênese. Da mesma forma que o LH estimula a produção de testosterona, a testosterona inibe a secreção de LH pelo efeito feedback negativo. Assim, sempre que a secreção de testosterona fica muito elevada, esse efeito automático de feedback negativo, operando por meio do hipotálamo e da hipófise anterior, reduz a secreção de testosterona para os níveis de funcionamento desejados. Ao contrário, pequenas quantidades de testosterona induzem o hipotálamo a secretar grande quantidade de GnRH, com o correspondente aumento da secreção de LH e FSH pela hipófise anterior e o consequente aumento da secreção testicular de testosterona.
Outro hormônio é a inibina, que também atua com potente efeito de feedback inibitório/negativo na hipófise anterior para o controle da espermatogênese.
· Controle hormonal feminino
O sistema hormonal feminino consiste em três hierarquias de hormônio: 
1. O hormônio de liberação hipotalâmica, chamado hormônio liberador de gonadotropina (GnRH). 
2. Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio foliculoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), ambos secretados em resposta à liberação de GnRH do hipotálamo. 
3. Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, que são secretados pelos ovários, em resposta aos dois hormônios sexuais femininos da hipófise anterior. 
Esses diversos hormônios são secretados com intensidades drasticamente distintas, durante as diferentes partes do ciclo sexual feminino mensal. 
A quantidade de GnRH liberada pelo hipotálamo aumenta e diminui de modo bem menos drástico durante o ciclo sexual mensal. Esse hormônio é secretado em pulsos curtos, em média uma vez a cada 90 minutos, como ocorrem nos homens.
Os anos reprodutivos normais da mulher se caracterizam por variações rítmicas mensais da secreção dos hormônios femininos e correspondem a alterações nos ovários e outros órgãos sexuais. Esse padrão rítmico é denominado ciclo sexual mensal feminino (ou, menos precisamente, ciclo menstrual). O ciclo dura, em média, 28 dias. Pode ser curto como 20 dias ou longo como 45 dias em algumas mulheres, embora o ciclo de duração anormal esteja, com frequência, associado à menor fertilidade. 
Existem dois resultados significativos do ciclo sexual feminino. Primeiro, apenas um só óvulo costuma ser liberado dos ovários a cada mês, de maneira que geralmente apenas um só feto, por vez, começará a crescer. Em segundo lugar, o endométrio uterino é preparado, com antecedência, para a implantação do óvulo fertilizado, em momento determinado do mês.
As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem inteiramente dos hormônios gonadotrópicos FSH e LH, que são secretados pela hipófise anterior. Na ausência desses hormônios, os ovários permanecem inativos, como ocorre durante toda a infância, quando quase nenhum hormônio gonadotrópico é secretado. Entre os 9 e os 12 anos de idade, a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, levando ao início de ciclos sexuais mensais normais, que começam entre 11 e 15 anos de idade. Esse período de mudança é denominado puberdade, e o primeiro ciclo menstrual é denominado menarca. Durante cada mês do ciclo sexual feminino, ocorre aumento e diminuição cíclicos, tanto de FSH quanto de LH. Essas variações cíclicas acarretam alterações ovarianas cíclicas, que explicaremos nas seções a seguir. 
O FSH e o LH estimulam suas células-alvo ovarianas ao se combinarem aos receptores muito específicos de FSH e LH, nas membranas das células-alvo ovarianas. Os receptores ativados, por sua vez, aumentam a secreção das células e, em geral, também o crescimento e a proliferação das células. Quase todos esses efeitos estimuladores resultam da ativação do sistema do segundo mensageiro do monofosfato de adenosina cíclico, no citoplasma celular, levando à formação da proteína cinase e múltiplas fosforilações de enzimas chave que estimulam a síntese dos hormônios sexuais.
Objetivo 3: Discutir a fisiologia e anatomia dos órgãos sexuais masculino e feminino
· Estruturas do sistema reprodutor masculino:
-Os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (que incluem o ducto deferente, o ducto ejaculatório e a uretra)
-As glândulas sexuais acessórias (vesículas seminais, próstata e glândula bulbouretral)
-Estruturas de suporte (que incluem o escroto e o pênis)
Os testículos são produtores de gametas e secretores de hormônios. Os gametas são produzidos pelos testículos, armazenados e transportados pelos ductos, onde as glândulas acessórias secretam substâncias envolvidas na proteção e nutrição dos gametas, além de facilitarem seu movimento. O pênis auxilia na transferência dos gametas masculinos (espermatozoides) para o sistema reprodutor feminino durante o ato sexual.
O escroto ou saco escrotal é uma bolsa de pele frouxa que pende da parte fixa do pênis, formando uma estrutura de suporta para os testículos. É dividido internamente em partes laterais pela rafe, parte interna contém um testículo. Os músculos do saco escrotal (músculo dartos) é contínuo ao tecido da parede abdominal e é capaz de contrair ou relaxar, afastando ou aproximando o escroto da pelve. Os testículos necessitam de uma temperatura adequada para produção normal de espermatozoides, assim, a temperatura adequada é de 2 a 3 °C menor que a temperatura corporal, o conjunto de músculos aproxima ou afasta os testículos da cavidade pélvica para controle da temperatura (durante o ato sexual ou durante frio intenso).
Os testículos são estruturas pares, ovais, glandulares, de função regulada pelo sistema nervoso central. Armazenados cada um em um septo do saco escrotal. Durante as fases de desenvolvimento embrionário, um ou dois testículos podem não descer para o escroto, caracterizando uma disfunção chamada criptorquidismo (em 80% dos casos os testículos descem espontaneamente, os que não descem tornam-se incapazes de produzir espermatozóides, mas continuam a produzir hormônios). Há também a possibilidade de estimular a descida cirurgicamente ou por meio da administração da testosterona. Internamente, os testículos possuem túbulos muito contorcidos, chamados túbulos seminíferos, que dão início à produção dos espermatozoides pelas células germinativas indiferenciadas periféricas dos túbulos. Parte do processo de maturação ainda ocorrerá ao longo do trajeto dos espermatozoides pelos ductos do sistema reprodutor masculino e no interior do sistema reprodutor feminino, até que esteja apto para a fecundação. Além das células germinativas, os ductos seminíferos possuem as chamadas células de Sertoli, responsáveis pela nutrição e amadurecimento das células germinativas, fagocitose se restos, e secreção do fluido que transporta os espermatozoides, se unem entre si por junções de oclusão. Os testículos são divididos em compartimentos por meio do prolongamento de uma e suas camadas de revestimento, os lóbulos que tem de 1 a 3 túbulos seminíferos. Cada testículo tem entre 200 e 300 lóbulos e formam até 120 milhões de espermatozoides por dia, que ficam estocados no epidídimo, mantidos inativos por cerca de até 1 mês. 
A maior parte da massa testicular é composta pelos túbulos seminíferos. O tecido intersticial que envolve os túbulos contém vasos sanguíneos e células produtoras de testosterona, as células de Leydig.
 
Após a produção dos espermatozoides nos túbulos seminíferos, ocorre também a secreção do fluido que transporta os espermatozoides, gerando uma pressão que provoca o deslocamento (por pressão peristáltica) do líquido+espermatozoides ao longo dos ductos do sistema reprodutor masculino.O fluido segue então dos túbulos seminíferos contorcidos para os túbulos seminíferos retos e depois para a rede testicular. Depois, o fluido segue por uma série de ductos até chegar ao ducto do epidídimo. 
O epidídimo é composto por ductos espiralados e situa-se na margem posterior de cada testículo. Pode ser dividido em cabeça, corpo e cauda. O ducto deferente pode também ser chamado de vaso deferente, e é onde o ducto do epidídimo fica menos contorcido e seu diâmetro aumenta. É no epidídimo que a motilidade do espermatozoide aumenta, em um período de 10 a 14 dias, mas podem ficar armazenados por meses até serem conduzidos para a ejaculação ou serem reabsorvidos. Os movimentos peristálticos das camadas de tecido muscular dos ductos deferentes são responsáveis pela movimentação dos espermatozoides para o ducto ejaculatório. 
A uretra recebe os espermatozoides juntamente com as secreções das glândulas prostática, seminal e bulbouretral. É através da uretra que o sêmen é ejaculado para o exterior. É na uretra também que ocorre a passagem da urina os homens. 
As glândulas sexuais acessórias são responsáveis por secretar a maior parte da porção líquida do sêmen. Essa secreção está envolvida em diversas funções, como o transporte e a nutrição dos espermatozoides e lubrificação do pênis e da uretra. Algumas glândulas são: vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais.
A próstata secreta um líquido leitoso (compõe 25% do sêmen e contribui para sua coagulação após a ejaculação e a decomposição) na região prostática da uretra através de ductos. Tem formado de anel e envolve completamente a uretra. Além disso, o líquido contém substâncias usadas para a produção de ATP e contribuem para a motilidade e a viabilidade dos espermatozoides. O tamanho da próstata varia ao longo da vida do homem, com aumento lento até a puberdade, aumento acentuado até os 30 anos, estabilidade até os 45 anos e novo aumento pós 45 anos. Quando há aumento excessivo, caracteriza-se uma neoplasia, segundo tipo de câncer mais comum nos homens. Se ocorre câncer da próstata, as células cancerosas são estimuladas, em geral, a crescer mais rapidamente pela testosterona e são inibidas pela remoção de ambos os testículos, de modo que a testosterona não pode ser formada. O câncer prostático, na maior parte das vezes, pode ser inibido pela administração de estrogênios. Mesmo alguns pacientes com câncer prostático, com metástase em quase todos os ossos do corpo, podem ser tratados com sucesso, durante poucos meses a anos, pela remoção dos testículos, pelo tratamento com estrogênio ou por ambos; após o início desse tratamento, as metástases frequentemente diminuem de tamanho, e os ossos curam-se parcialmente. Esse tratamento não detém o câncer, mas o torna mais lento e, algumas vezes, diminui muito a dor óssea grave.
As vesículas seminais são estruturas pares, sua secreção (alcalina, que compõe 60% do sêmen) é importante para adequar o pH da uretra masculina e do trato genital feminino, tornando-o compatível à vida dos espermatozoides. Além disso, a composição do líquido possui frutose, importante na formação de ATP para energia utilizada pelo espermatozoide. As prostaglandinas, também presentes no líquido, estimulam a contração muscular do trato genital feminino, facilitando a locomoção dos espermatozoides dentro dele e, viabilizando seu encontro com o óvulo. 
As glândulas bulbouretrais, ou glândulas de Cowper, são estruturas pares e possuem ductos que se abrem na parte esponjosa da uretra, onde secretam substância alcalina contribuindo também para regular o pH. Sua secreção ocorre durante a excitação sexual e contém um muco lubrificante que diminui a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. 
O ejaculado contém cerca de 3 ml e 100 milhões de espermatozoides por ml.
O pênis é uma estrutura cilíndrica, compostas por massas de tecido erétil muito vascularizadas, chamadas corpos cavernosos e corpos esponjosos. A uretra encontra-se na região medial peniana, envolvida pelo corpo esponjoso, permitindo a passagem da urina e do sêmen pelo óstio externo da uretra. Essa região é localizada na parte distal do pênis, levemente dilatada, denominada glande, e recoberta pelo prepúcio. O pênis permite a passagem do sêmen e da urina pela uretra e também possui função na copulação sexual. Para isso, estímulos sexuais causam a ereção ou dilatação das artérias penianas que irrigam os corpos cavernosos e esponjosos e assim, ocorre o aumento do aporte sanguíneo na região. O aumento e o endurecimento da estrutura peniana facilitam a penetração no canal vaginal. A ereção é um mecanismo reflexo controlado pelo sistema nervoso parassimpático, pela vasodilatação. O pênis retorna ao seu estado flácido quando as artérias se contraem e a pressão sobre as veias é aliviada.
O prepúcio é formado por tecido epitelial e mucoso, frouxamente aderido à extremidade peniana, sua função está relacionada a proteção mecânica e possui inervações sensíveis a estímulos mecânicos presentes no ato sexual. Pode ocorrer a retirada do prepúcio por estímulos médicos ou religiosos, a prática cirúrgica é denominada circuncisão. 
A ejaculação é uma ação reflexa, que promove a emissão do sêmen para dentro da uretra e posterior ejeção para o exterior. O mecanismo de ejaculação é mediado pelo sistema nervoso simpático, causando o término da ereção peniana. Durante a ejaculação, o músculo liso do esfíncter, na base da bexiga urinária, se fecha (assim a urina não é expelida durante a ejaculação e tampouco o sêmen entra na bexiga urinária). 
RESUMO: O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos convolutos, onde é formado o esperma; cada um tem, em média, mais de 1 metro de comprimento. O esperma, então, é lançado no epidídimo, que é outro tubo convoluto de, aproximadamente, 6 metros de comprimento. O epidídimo conduz ao canal deferente, que se alarga na ampola do canal deferente, imediatamente antes de o canal entrar no corpo da glândula prostática. Duas vesículas seminais, uma de cada lado da próstata, desembocam na terminação prostática da ampola, e os conteúdos da ampola e das vesículas seminais passam para o ducto ejaculatório e são conduzidos através do corpo da glândula prostática, então desaguando na uretra interna. Os ductos prostáticos recebem o conteúdo da glândula prostática e o conduzem para o ducto ejaculatório e daí para a uretra prostática. Finalmente, a uretra é o último elo dos testículos com o exterior. A uretra contém muco proveniente de grande número de pequenas glândulas uretrais, localizadas em toda a sua extensão, e, em maior quantidade, das glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper), localizadas próximas da origem da uretra. Pós ereção, o conteúdo é ejaculado para fora da uretra.
· Estruturas do sistema reprodutor feminino:
A Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino é composto por dois grupos de órgãos: os internos e os externos. Os órgãos internos são o útero, os ovários, as tubas uterinas e a vagina. Já os externos são: o monte do púbis, os grandes lábios, os pequenos lábios e o clitóris.
A reprodução começa com o desenvolvimento dos óvulos nos ovários. No meio de cada ciclo sexual mensal, um só óvulo é expelido do folículo ovariano para a cavidade abdominal próxima das aberturas fimbriadas das duas tubas uterinas. O óvulo então, vai de uma das tubas até o útero e, se tiver sido fertilizado pelo espermatozoide, o óvulo implanta-se no útero, onde se desenvolve.
 
Os ovários são órgãos pares, onde são originados os oócitos (gametas ou células germinativas femininas). Além disso desenvolve função endócrina de produzir hormônios sexuais (estrógeno e progesterona).
O útero é um órgão oco para onde o embrião é levado para se desenvolver. É formado por 3 camadas concêntricas: o endométrio, o miométrio e o perimétrio.
As tubas uterinas/trompas de Falópio são órgãos pares que ligam os ovários ao útero, conduzindo os oócitos liberados pelo ovário para o interior da cavidade uterina. É na tuba uterina onde ocorre a fertilização.
A vaginaé um canal muscular (paredes elásticas) que liga o colo do útero a superfície externa, através do óstio da vagina. Contém duas glândulas denominadas glândulas de Bartholim que secretam um muco lubrificante.
O clitóris é um órgão erétil com grande quantidade de terminações nervosas sensitivas que atuam exclusivamente na estimulação sexual.

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