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Títulos de Crédito

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Os títulos de crédito
Títulos de Crédito
É um documento necessário para o exercício literal e autônomo que nele está contido, devendo este apresentar os seguintes requisitos: 
• Data de Emissão. 
• Indicação precisa dos direitos que confere. 
• Assinatura do emitente. 
O não cumprimento de tais exigências poderá modificar alguns fatores do título de crédito, como: 
*se não conter a data de vencimento, o título torna-se à vista;
*não havendo local de emissão e de pagamento, considera-se como local o domicílio do emitente, fator importante quanto a questões jurídicas.
Os principais tipos de títulos de créditos presentes no direito brasileiro são: 
1. Letra de Câmbio. 
2. Nota Promissória. 
3. Cheque.
 4. Duplicata. 
Os princípios que constituem os títulos de crédito, os quais são:
• Cartularidade ou incorporação. • Literalidade. • Autonomia. • Abstração.
A cartularidade ou incorporação constitui a posse do documento original para que tenha o exercício do direito ao crédito, por meio da apresentação deste título para o credor recebe a quantia nele especificada. Já o devedor, tendo a posse do título, tem a dívida prescrita no título consignado quitada. 
A literalidade consiste na expressão do valor contido no título e origem de dívida, assim um credor não poderá cobrar mais do que o valor impresso nele, podendo ser completado por um terceiro de boa-fé, caso tenha informações ausentes, de acordo com a Súmula n° 387, do STF, a saber: Súmula 387 do STF – “A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto” (BRASIL, 2007). 
A autonomia refere-se à criação do direito novo que foi impresso no título, desvinculando-o da obrigação anterior que o gerou. 
A abstração que trata da circulação do título sem que esteja vinculado ao que lhe criou, embora necessite que a obrigação anterior a ele deve ser legítima, caso não o seja, o título de crédito torna-se inexigível. 
Por fim, a independência traz ao título a segurança de que o vício que venha afetar a relação comercial não siga adiante às demais relações, possibilitando, assim, ao credor, a exigência da execução do título independentemente da titularidade de seu antecessor (VIDO, 2013).
Quanto à classificação dos títulos de crédito, temos: 
• Modelo. • Estrutura. • Hipóteses de emissão. • Circulação. 
O modelo, o título de crédito pode apresentar um modelo livre, o qual não necessita de um padrão previamente estabelecido nas normas (por exemplo, a nota promissória), ou ter um modelo vinculado, o qual deverá seguir um padrão estipulado em lei para que possa ter eficácia jurídica (por exemplo, o cheque). 
A estrutura, esta pode basear-se em ordem de pagamento, constituído por três figuras: 
o que dá a ordem, 
o que paga e 
o que recebe. 
Nesta categoria, temos como exemplo a letra de câmbio, o cheque e a duplicata, ou em promessa de pagamento é composta por duas figuras, o que paga e o que recebe, tendo como exemplo a nota promissória. 
As hipóteses de emissão são casuais, nas quais os títulos são emitidos por meio de uma origem específica e legal, por exemplo, a duplicata mercantil e não casuais ou abstratos; os quais podem nascer a partir de qualquer causa, como o cheque. 
A circulação pode ser ao portador - neste não há a indicação do credor, sendo transmitido pela simples entrega a outra pessoa - nominativo - neste há a identificação do credor, necessitando para a sua transmissão de um endosso ou cessão civil (VIDO, 2013).
Assimile Com as modificações do Código Civil, ocorridas em 2002, todos os títulos devem indicar o portador. Caso não ocorra ou não previsto em lei especial, há a nulidade do título. Uma exceção é a emissão de cheque ao portador com valor igual ou inferior a R$ 100,00 (cem reais), conforme o artigo 69 da Lei n° 9.069/1995.
O endosso 
Compreende a transmissão dos títulos de crédito, à ordem, materializado por meio de uma assinatura no verso ou dorso do documento, formalizando assim um negócio unilateral e a passagem do título a um terceiro (VIDO, 2013).
O endosso pode ser das seguintes formas: 
1. Endosso em branco ou incompleto: neste há a assinatura do endossante, mas não do beneficiário, que é conhecido como endossatário, assim o título torna-se ao portador, recaindo sobre ele a proibição já indicada pela Lei n° 8.021/1990. 
2. Endosso em preto ou completo: há a assinatura do endossante e a identificação do beneficiário ou endossatário. 
3. Endosso mandato: neste caso, o endossante autoriza ao endossatário-mandatário realizar a cobrança do título; ao fazer, deverá restituir o valor recebido ao endossante. 
4. Endosso caução: utilizado como garantia de uma obrigação que foi assumida pelo endossante, para utilizar-se desta modalidade deve anotar “valor em garantia” ou outra inserção do tipo (VIDO, 2013).
Aval
Consiste em uma garantia dada por um terceiro a um título de crédito, prevista nos artigos 897 e 898 do Código Civil. Ao se tornar avalista, a pessoa traz para si a obrigação pelo que avaliou, devendo assim satisfazê-la junto ao devedor, é o que chamamos de solidariedade.
É essencial não confundir a ferramenta jurídica do Aval com a Fiança, sendo esta última uma garantia a um outro contrato, principal diferencial. 
Aval : 
· Garante títulos de crédito 
· Basta a assinatura do avalista 
· Responsabilidade solidária
· Precisa da vênia conjugal, salvo se os cônjuges forem casados no regime de separação total de bens
Fiança: 
· Garante contratos 
· Precisa de cláusulas específicas ou de um contrato específico 
· Responsabilidade subsidiária, salvo se houver previsão expressa de solidariedade 
· Precisa da vênia conjugal, salvo se os cônjuges forem casados no regime de separação total de bens
Quanto aos regimes de casamento, no direito brasileiro, temos: 
1) Comunhão parcial de bens (que é o regime geral): somente o que foi construído pelo casal pertence efetivamente aos dois após o casamento. 
2) Comunhão universal de bens: o patrimônio de ambos se funde em um só com a celebração do matrimônio passando a pertencer efetivamente aos dois, abrangendo os bens antes e durante o casamento.
3) Separação total de bens: os bens não se comunicam nem antes nem depois do casamento. Faz-se necessário elaborar um Pacto Antinupcial com as regras a serem estipuladas pelo casal. 
4) Regime de participação final nos aquestos: é o novo regime de bens previsto no Código Civil vigente, que visa atender a situações especiais. Os bens aquestos constituem bens que forma adquiridos por qualquer dos cônjuges, na vigência da sociedade conjugal, e que passam a integrar a comunhão.
Outro ponto fundamental ao falarmos do instituto do Aval é diferenciá-lo do Endosso, assim temos:
Aval : 
*Garante títulos de crédito
*Feito antes ou depois do vencimento: serve para garantir o título de crédito 
*Pode ser total ou parcial (no caso da letra de câmbio, nota promissória e cheque) 
*Precisa da vênia conjugal, salvo se os cônjuges forem casados no regime de separação total de bens
Endosso: 
*Transmite e garante o título de crédito 
*Antes do vencimento: transmite e garante o título de crédito 
*Após o vencimento: apenas transmite o título de crédito 
*Só pode ser total 
*Basta a assinatura do endossante
Ao falarmos de um aval parcial ou total, referimo-nos à forma que o avalista garantiu o título de crédito, no valor total ou apenas parte do valor. De acordo com o artigo 30, do Decreto-lei n° 57.663/1996, “o pagamento de uma letra de câmbio pode ser no todo ou em parte”; ou o artigo 29, de Lei n° 7.357/1985: “o pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro (...)”, e como o código foi omisso ao demais títulos o aval parcial é assim vedado (VIDO, 2013).
Referência: Direito empresarial - Danylo Augusto Armelin

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