Buscar

Dermatites

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DERMATITES 
 
➢ Também chamada de eczema, a dermatite é uma doença inflamatória da pele que gera vermelhidão, coceira e 
bolhas, e que não é transmitida diretamente ou por objetos de uso pessoal 
➢ Ela pode surgir em qualquer idade e pode atingir qualquer região do corpo 
➢ Existem três principais tipos: contato, atópica e seborreica 
 
DERMATITE DE CONTATO 
 
➢ Inflamação causada pelo contato da pele com um agente exógeno, o qual irá desencadear uma reação imunológica 
com algum grau de especificidade ou com uma substância irritativa que não necessariamente ira desencadear uma 
reação de específica 
• Ela evolui em surtos os quais pioram quando o paciente se expõe a substância/alérgeno que ocasiona a dermatite 
 
DERMATITE DE CONTATO 
➢ Dermatite de contato por irritação primária (DCIP): pode ser ocasionada por 
irritantes absolutos (ácidos e bases fortes) ou irritante relativos (ácidos ou bases 
fracas) 
➢ Os irritantes absolutos possuem ação caustica que levam o aparecimento imediato 
da lesão, provocando desde eritemas, a necrose e ulcerações 
➢ Os irritantes relativos necessitam de uma exposição repetitiva para que o agente 
provoque uma lesão (dias, meses, ou até anos de exposição). A longo prazo essa 
exposição pode provocar o aparecimento de eritema e xerose (liquenificação e 
hiperceratose) 
• Eczema do lar: uso de solventes, sabões, detergentes 
• Dermatite das fraldas: geralmente ocorre em crianças < 2 anos devido os 
irritante primários: fezes + urina + resíduos de sabonetes e outros, que 
provocam lesões mais intensas nas superfícies convexas (dobras são poupadas) 
e podem complicar com candidíase, nesse caso a pele da criança se apresentará 
brilhante, com descamação fina e apresentando-se em lesões satélites pápulo-
vesico-pustulosas que, nesse caso, acometerão as dobras 
➢ Em casos de DCIP os testes de contato ou PACH TESTES apresentarão um resultado 
negativo, isso ocorre pois, não há formação de anticorpos, apenas liberação de 
mediadores inflamatórios 
 
DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA 
➢ Também chamada de DCA ou DA, é uma dermatite ocasionada pelo contato com certo alérgeno 
➢ Envolve a sensibilização e reação imunológica do tipo IV (imunidade celular): ocorre a formação de linfócitos T 
específicos contra o antígeno 
➢ A fase de indução/sensibilização (via aferente) dura cerca de 15 dias, onde ocorre a apresentação do antígeno ao 
sistema imunológico para que ocorra a formação das células de memória 
➢ A fase de elicitação (via eferente) ocorre em 24-48h devido a migração de linfócitos previamente sensibilizado para o 
local de contato 
➢ Regiões anatômicas e causas possíveis de dermatite de 
contato alérgica: 
• Couro cabeludo: tintura de cabelo, xampus 
• Pálpebras: esmalte de unha, rímel, “sombra” 
• Orelhas: brincos, perfumes, fármacos 
• Lábios: batom, pasta de dente, frutas 
• Pescoço: colares, perfumes, cosméticos, bronzeadores 
• Tronco: metais, elásticos, roupas intimas 
• Axilas: desodorantes, tecidos (corantes, produtos 
químicos) 
• Genital: fármacos, cosméticos, preservativos (látex) 
• Mãos: sabões, detergentes, luvas, plantas, cosméticos 
• Pés: calçados, meias 
 
DERMATITE DE CONTATO FOTOTÓXICA 
➢ Também chamada de DCF, ela possui o mesmo mecanismo da DCIP porém a substância para se tornar irritante precisa 
ter sua estrutura modificada pela luz solar 
➢ Ocorre produção de eritema, com seguinte formação de edema, bolha e 
hiperpigmentação nas áreas expostas 
➢ Exemplo: fitodotodermatose por limão 
 
DERMATITE DE CONTATO FOTOALERGICA 
➢ A reação imunologica do tipo IV ira depender do fotoalegeno e radiação solar 
➢ A apresentação clínica da dermatite fotoalergica é bem semelhante com a da 
dermatite de contato fototoxica 
➢ Exemplo: anti-histaminico de uso topico, perfumes 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
➢ Deve-se realizar a análise da morfotopografia da lesão 
➢ DCIP: exclusão da noxa suspeita apresenta melhora, porém a reexposição provoca o retorno 
➢ DCA: realiza-se o teste de contato (PACH TEST) 
• Os PACH TEST são mais eficientes, uma vez que, as lesões da DCA podem ultrapassar o local de contato e se 
estender a áreas distantes (fenômeno da autossensibilização) 
• O PACH TEST é considerado positivo quando há presença de nódulos e vesículas/pápulas/pústulas associadas 
➢ A biopsia tem pouca utilidade pois dó evidencia o eczema 
➢ Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica, atopia e micoses superficiais 
 
TRATAMENTO 
➢ Afastar substâncias irritante ou alergênicas 
➢ Realizar a proteção e hidratação da pele 
➢ Compressas úmidas com água boricada e corticoide tópico 
➢ Corticoide oral por curto período em casos graves 
 
DERMATITE ATÓPICA 
 
➢ Doença inflamatória crônica da pele de causa multifatorial 
• O paciente possui uma barreira cutânea disfuncional/ depressão da imunidade celular, o que deixa o indivíduo mais 
vulnerável a infecções 
➢ Evolui em surtos e possui tendência a melhorar com o passar dos anos 
➢ Apresenta grande associação com a asma e a rinite 
➢ Principal marcador da doença: xerose cutânea associado ao prurido 
➢ Fatores imunológicos envolvidos: predomínio da resposta Th2 na fase aguda e com a evolução se torna Th1, por essa 
razão, ocorre elevação de IgE principalmente quando se encontra associada a manifestações respiratórias 
➢ Quadro clínico: xerose + prurido + eczema que piora com a sudorese 
 
DERMATITE ATÓPICA INFANTIL 
➢ Geralmente ocorre a partir do 3º mês de vida durando até os 02 anos 
➢ Se manifesta de forma eruptiva vésico-crostosa 
➢ A sua manifestação ocorre normalmente na face poupando o seu centro, no coro 
cabeludo e na região extensora dos membros 
➢ Não ocorre liquenificação (não há formação crônica) 
➢ Devido o prurido intenso, a criança apresenta-se irritada e agitada 
➢ Complicação mais frequente: infecção secundária 
 
DERMATITE ATÓPICA PRÉ-PUBERAL 
➢ Ocorre geralmente entre os 2-12 anos 
➢ Pode ser continuação do eczema infantil, ou não 
➢ Apresenta-se em surtos de agudização 
➢ Pode apresentar placas liquenificadas com escoriações e crostas 
➢ Acomete as regiões de dobras como fossas poplíteas, cubitais, punhos, 
tornozelos, dorso das mãos e pés 
➢ A infecção secundária é incomum 
 
DERMATITE ATÓPICA DO ADULTO 
➢ Ocorre geralmente em indivíduos > 12 anos 
➢ Manifesta-se a partir das placas liquenificadas e descamativas além do prurido intenso 
➢ Acomete as área de flexão: cervical, antecurbital, polítea além dos punhos, mãos, mamilos, perioral e periorbital 
➢ A infecção secundária é incomum 
 
DIAGNÓSTICO 
➢ O diagnóstico ocorre a partir de 03 critérios maiores e 03 critérios menores (critérios de Hanifin e Hajka) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica, dermatite de contato, micoses superficiais, psoríase, escabiose 
 
TRATAMENTO 
➢ Orientações gerais: 
• Orientar os pais sobre o caráter crônico e recorrente 
• Cortar as unhas para não machucar a pele 
• Afastar agravantes 
➢ Medicações: 
• Manter a hidratação cutânea 
• Tratar infecções secundárias (se houver) 
• Corticoides tópicos 
• Imunomoduladores tópicos 
• Anti-histamínicos orais 
• Imunossupressores para casos de difícil controle 
 
DERMATITE SEBORREICA 
 
➢ Doença inflamatória crônica de causa desconhecida 
➢ Apresenta predileção por áreas ricas em glândulas sebáceas: centro da face, couro 
cabeludo, intermamárias, pavilhão auricular externo, áreas itertriginosas 
➢ Apresenta curso crônico e recorrente 
➢ Fatores agravantes: calor, umidade, estresse físico ou emocional, drogas (arsênio, 
metildopa, cimetidina, neurolépticos, álcool), algumas doenças (HIV, Parkinson, 
diabetes, obesidade) e alimentos condimentados 
➢ Mais comum em homens do que em mulheres 
➢ Apresenta incidência bimodal: 
• Lactentes: geralmente ocorre na 1ª semana de vida (primeiros 3 meses) e é 
produzida pelo estímulo dos andrógenos maternos. Pode haver infecção 
secundária por bactérias ou leveduras, epode acometer a área das fraldas 
• Adultos: geralmente ocorre na 4ª e 6ª década de vida. Deve-se suspeitar de HIV 
caso haja lesões extensas 
➢ Manifestação clínica: placas eritematodescamativas com escamas branco-
amareladas, graxenta e aderidas, além do prurido discreto. No bebê manifesta a 
partir da “crosta láctea” 
 
 
CRITÉRIOS MENORES 
 
• Hiperlinearidade palmar 
• Ceratose pilar 
• Xerose cutânea 
• Ptiríase alba 
• Eczema de mamilo 
• Dermatites de mãos e pés 
• Catarata e ceratocone 
• Prega infraorbitária de 
Dennie-Morgan 
• Escurecimento periorbital 
• Sinal de Hertogue 
CRITÉRIOS MENORES 
 
• Elevação da IgE sérica 
• Conjuntivite recorrente 
• Infecções recorrentes 
• Alopecia areata 
• Ictiose 
• Urticaria congênita 
• Quielite 
• Pregas na região cervical 
anterior 
• Eritema facial ou palidez 
• Dernografismo branco 
CRITÉRIOS MAIORES 
 
• Prurido 
 
• Morfotopografia das 
lesões 
 
• Cronicidade e recidivas 
 
• História pessoal e/ou 
familiar de atopias 
 
TRATAMENTO 
➢ Lactente: limpeza e aplicação de emolientes. Cetoconazol 2% e corticoides tópicos para casos mais graves 
➢ Adulto: xampus e cremes antifúngicos, corticoide tópico e emolientes 
 
Bibliografia: 
o Porto – Semiologia 
o Junqueira – Histologia 
o Belda – Tratado de Dermatologia 
o Azulay – Dermatologia 
 
SINAIS QUE MERECEM DESTAQUE

Outros materiais