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Perguntas e Respostas - Captura de Antígenos e Reconhecimento Antigênico

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Prova Específica II – Imunologia 
1) Descreva detalhadamente o processo de reconhecimento de antígenos pelos Linfócitos T. 
A maioria dos linfócitos T reconhece os antígenos peptídicos que estão ligados e que são apresentados 
pelas moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) das células apresentadoras de 
antígenos (APC). O MHC é um lócus genético, no qual seus produtos proteicos funcionam como 
moléculas apresentadoras de peptídeos no sistema imune. Em todos os indivíduos, diferentes clones 
de células T CD4+ e CD8+ podem ver peptídeos apenas quando são apresentados por moléculas do 
MHC daquele indivíduo – Restrição ao MCH. 
Os receptores de células T (TCR) é responsável em reconhecer alguns resíduos de aminoácidos do 
antígeno peptídico e, simultaneamente, reconhece os resíduos da molécula de MHC que está 
apresentando o peptídeo. 
As células que capturam os antígenos microbianos e os apresenta para o reconhecimento pelos 
linfócitos T são as APC’s. Os linfócitos T imaturos devem ver antígenos proteicos apresentados por 
células dendríticas para iniciar a expansão clonal e a diferenciação das células T em células efetoras e 
de memória. Em função disso, as células dendríticas são consideradas as APC’s mais eficientes e 
especializadas, sendo, portanto, chamadas de APC’s Profissionais. Ainda, as células T efetoras 
diferenciadas novamente precisam ver os antígenos, que podem ser apresentados por vários tipos de 
APC além de células dendríticas, para ativar funções efetoras das células T, tanto na resposta imune 
humoral quanto na resposta celular. 
2) Descreva detalhadamente o processo de captura de antígenos proteicos. 
Os antígenos proteicos de microrganismos que entram no corpo são capturados principalmente por 
células dendríticas e concentrados nos órgãos linfoides periféricos, em que são iniciadas as respostas 
imunes. Os microrganismos geralmente entram no organismo através da pele (por contato), do sistema 
gastrointestinal (por ingestão) e das vias respiratórias (por inalação). Devido à grande área de 
superfície das barreiras epiteliais e ao grande volume de sangue, tecidos conjuntivos e órgãos internos, 
seria impossível para os linfócitos de todas as possíveis especificidades patrulhar eficientemente todos 
esses locais em busca de invasores estranhos; em vez disso, os antígenos são levados para os órgãos 
linfoides através dos quais os linfócitos recirculam. Este processo envolve uma série de acontecimentos 
que seguem o encontro das células dendríticas com os microrganismos: 1) encontro das células 
dendríticas com os microrganismos; 2) captura de antígenos; 3) ativação das células dendríticas; 4) 
migração das células transportadoras de antígenos para os gânglios linfáticos; 5) apresentação do 
antígeno para as células T. 
3) Descreva detalhadamente a estrutura e a função 
das moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade Classe 1 e 2. 
Fisiologicamente, o papal das proteínas do MHC é a apresentação de peptídeos derivados de antígenos 
proteicos microbianos aos linfócitos T específicos para aqueles antígenos. Assim, ele é composto por 
uma grande quantidade de genes que codificam proteínas especializadas formando um complexo que 
impede um corpo estranho de entrar ou espalha-se no organismo, nas quais essas proteínas são 
chamadas de Antígenos Leucocitários Humanos (HLA). Ainda, o MHC contém dois conjuntos de genes, 
chamados de Genes do MHC Classe I e MHC Classe II. 
à MHC CLASSE I 
Cada molécula do MHC da Classe I é constituída por uma cadeia α associada a uma proteína chamada 
β2-microglobulina; sendo que a cadeia α possui três domínios extracelulares: • Domínios 
Aminoterminais α1 e α2: Formam uma fenda de ligação ao peptídeo, que podem acomodar peptídeos 
contendo 8-9 aminoácidos. O fundo da fenda de ligação ao peptídeo é a região que se ligam os 
peptídeos para a apresentação aos linfócitos T, enquanto as paredes das fendas são as regiões que 
fazem contato com o receptor de células T. • Domínio α3: É invariavelmente e contém um sítio que se 
liga ao correceptor da células T CD8+, mas não CD4+. Assim, uma vez que CD8+ liga às moléculas do 
MHC Classe I, mas não de Classe II, as células T CD8+ podem apenas responder aos peptídeos 
apresentados pelas moléculas do MHC Classe I. Este compreende as moléculas clássicas de 
Histocompatibilidade, as quais são expressas em quase todas as células nucleadas dos vertebrados. 
à MHC CLASSE II 
Cada molécula do MHC Classe II consiste em duas correntes transmembranares, chamadas de α e β; 
sendo que, cada cadeia apresenta dois domínios e duas regiões: • As Regiões Aminoterminais de 
ambas as cadeias são chamadas de α1 e β1, as quais formam uma fenda grande o suficiente para 
acomodar peptídeos de 10 a 30 resíduos. • Os domínios α2 e β2 contêm o local de ligação para o 
correceptor de células T CD4+. Sendo assim, uma vez que CD4+ liga às moléculas do MHC Classe II, mas 
não de Classe I, as células T CD4+ podem apenas responder aos peptídeos apresentados pelas 
moléculas do MHC Classe II. Este é composto por moléculas, as quais são expressas em APC’s (ex.: 
células dendríticas, macrófagos e células B). 
RESUMO – Características do MHC 
Classe I Classe II 
Linfócitos T CD8+ Linfócitos T CD4+ 
8-10 aminoácidos 10-30 aminoácidos 
Três cadeias α e uma cadeia β2-microglobulina Duas cadeias α e duas cadeias β 
Todas as células Células dendríticas, macrófagos e células B 
 
 
4) Descreva detalhadamente como acontece o processo 
de apresentação de antígenos proteicos para o Complexo de Histocompatibilidade Classe 1 e 2. 
à MHC CLASSE I 
As proteínas no citosol de qualquer célula nucleada são transformadas em estruturas proteolíticas – 
proteassomas – e apresentadas pelas moléculas de MHC Classe I. 
Proteólise de Proteínas Citosólicas – As proteínas antigênicas que são produzidas no citoplasma a partir 
de vírus que vivem dentro de células infectadas ou outros tipos de microrganismos fagocitados são 
alvo de destruição por proteólise pela via ubiquitina-proteassoma. Estas proteínas estão desdobradas, 
marcadas com múltiplas cópias de um peptídeo chamado ubiquitina, e encaixadas através de um 
complexo chamado de proteassoma, o qual é composto por anéis empilhados de enzimas proteolíticas, 
sendo responsável em degradar as proteínas desdobradas em peptídeos que irão se ligar as moléculas 
do MHC Classe I. 
Ligação dos Peptídeos para Moléculas do MHC Classe I – Com o intuito de formar complexos peptídeo-
MHC, os peptídeos devem ser transportados para dentro do retículo endoplasmático. Os peptídeos 
produzidos por digestão proteossômica estão no citosol, enquanto as moléculas do MHC são 
sintetizadas no RE, sendo que esses dois precisam ser unidos. Assim, a função de transporte é fornecida 
por uma molécula chamada TAP (transportador associado com processamento de antígeno), que está 
localizada na membrana do RE. A TAP liga os peptídeos gerados pelo proteassoma no lado citosólico 
da membrana do RE; em seguida, os bombeia ativamente para o interior do RE. Conforme os peptídeos 
entram no RE, eles podem ser facilmente capturados pelas moléculas de Classe I vazias. 
Transporte de Complexos Peptídeo-MHC na Superfície da Célula – Quando uma molécula da Classe I 
encontra um peptídeo com encaixa certo, o complexo está estabilizado, liberado da associação com a 
TAP e é transportado para a superfície da célula. 
à MHC CLASSE II 
As proteínas extracelulares que sofreram endocitose (internalizadas) por APC são processadas em 
endossomos e lisossomos e apresentadas pelas moléculas de MHC Classe II. 
Internalização e Digestão de Antígenos – As células dendríticas e macrófagos podem ingerir 
microrganismos extracelulares ou proteínas microbianas por vários mecanismos, incluindo fagocitose 
e endocitose mediada por receptoresde superfícies específicos para produtos microbianos. Após a 
internalização nas APC’s, as proteínas microbianas intracelulares entram nas vesículas ácidas – 
endossomos ou fagossomos – que devem se fundir aos lisossomos. Nessas vesículas, as proteínas são 
quebradas pelas enzimas proteolíticas, gerando muitos peptídeos de diferentes comprimentos e 
sequências. 
Ligação de Peptídeos a Moléculas de MHC – As APC’s expressando MHC de Classe II constantemente 
sintetizam essas moléculas MHC no RE. Cada molécula recém-sintetizada de Classe II carrega um 
proteína ligada – cadeia variante – que se liga à fenda de ligação de uma molécula de Classe II. Assim, 
a fenda de uma molécula de Classe II recém-sintetizada é ocupada e impedida de aceitar peptídeos no 
RE que se destinam a ligar-se a moléculas de MHC de Classe I. 
Transportes de Complexos Peptídeo-MHC para Superfície Celular – Uma vez que a molécula do MHC 
Classe II se liga fortemente a um dos peptídeos gerados a partir das proteínas ingeridas, este complexo 
peptídeo-MHC torna-se estável e é entregue a superfície da célula. No entanto, caso a molécula de 
MHC não encontrar um peptídeo ao qual ela possa se ligar, a molécula fica vazia e se torna instável, 
sendo degrada pelas proteases lisossomais. Já, quando há o “casamento” perfeito, isso irá estimular 
um potencial de resposta imune. 
5) Descreva detalhadamente sobre os receptores de células B e T. 
à RECEPTORES CÉLULAS B 
Os anticorpos ou imunoglobulinas podem ser produzidos como receptores de membrana dos linfócitos 
B e como proteínas secretadas pelas células B. Este é composto por quatro cadeia polipeptídicas, sendo 
que duas cadeias são pesadas (H) e duas são leves (L). Cada cadeia leve está ligada a uma cadeia pesada 
e as duas cadeias pesadas estão ligadas uma a outra, sendo todas ligadas por ponte de dissulfeto. Cada 
cadeia leve possui um domínio variável (V) e um domínio constante (C), enquanto cada cadeia pesada 
possui um domínio variável (V) e três ou quatro domínios constantes (C). 
Cada região variável da cadeia pesada ou da cadeia leve possui três regiões hipervariáveis ou CDR. 
Dentre as três, a maior variabilidade é encontrada na CD3, localizada na junção das regiões variável e 
constante, sendo essa região a de maior importância na ligação gênica. 
As partes funcionais das imunoglobulinas são: 
Região Fab (Fragmento de Ligação do Antígeno) – É uma região que contém o sítio de ligação a 
antígenos, que corresponde a região dos braços dos anticorpos, sendo formada pela cadeia leve e parte 
da cadeia pesada do anticorpo, compreendendo um domínio constante e variável de cada uma das 
cadeias leve e pesada. Destaca-se que, o domínio variável contém o parátopo (local de união do 
antígeno), formado por um conjunto de regiões determinantes da complementaridade (CDR); ou seja, 
esta região determina o antígeno ao qual o anticorpo irá se ligar. 
Região Fc (Fragmento Cristalino) – É uma região composta com a outra parte da cadeia pesada do 
anticorpo, sendo essa responsável pela maioria das atividades biológicas e funções efetoras do 
anticorpo, pois essa determina qual isótipo; ou seja, determina a classe do anticorpo (IgG, IgM, IgD, 
IgA e IgE). 
Assim, em cada imunoglobulina existem duas regiões Fab idênticas e um região Fc. 
Obs.: Quando o anticorpo não reconhece o antígeno em toda a sua globalidade, reconhecendo apenas 
parte dele, isto é chamado de epítopo. 
à RECEPTORES CÉLULAS T 
Os receptores de células T (TCR) são receptores de membrana e não são secretados. 
90 a 95% são composto por uma cadeia α e uma cadeia β, as quais são mantidas juntas por ligações de 
dissulfeto, sendo que cada uma contêm uma região variável (V) e uma região constante (C). Tanto a 
cadeia α como a cadeia β participa do reconhecimento específico das moléculas de MHC e peptídeos 
ligados. O TCR reconhece o antígeno, mas é incapaz de transmitir sozinho sinais para a célula T. 
Contudo, associado ao TCR, existe um complexo de proteínas (CD3) + cadeia CSI (X) que formam o 
complexo TCR-CD3, o qual transmite sinais a partir do reconhecimento do antígeno pelo TCR. Assim, a 
CD3 e a cadeia CSI (X) são responsáveis em transmitir alguns sinais que são iniciados quando o TCR 
reconhece um antígeno. Adicionalmente, a ativação da célula T requer a participação de molécula 
correceptor CD4+ ou CD8+. 
5 a 10% são compostos de cadeia γ e cadeia δ, as quais reconhecem antígenos proteicos e não 
proteicos. Estas não são apresentadas por moléculas clássicas do MHC e são abundantes no epitélio. 
6) Descreva detalhadamente o processo de maturação e seleção dos Linfócitos B. 
 
7) Descreva detalhadamente o processo de maturação e seleção dos Linfócitos T.

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