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Cirurgia em odontopediatria

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PROCEDIMENTOS CLÍNICOS CIRÚRGICOS EM 
ODONTOPEDIATRIA 
DOENÇAS PERIODONTAIS NA 
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 
A) Estrutura Periodontal: Periodonto de 
proteção e periodonto de sustentação. 
→ A estrutura do periodonto infantil é a mesma do 
adulto. A diferença é que dependendo do grau de 
erupção esse periodonto pode estar mais ou menos 
inserido. Vale ressaltar que a tabua óssea da criança é 
mais fina, por isso devemos tomar alguns cuidados 
com algumas manobras cirurgias. Por exemplo 
podemos fazer infiltrativa em todos dentes 
mandibulares de uma criança, pois o osso é mais fino, 
o anestésico consegue difundir, sem necessidade de 
realização de técnicas de bloqueio. Cor de um tecido 
gengival saudável: rosa com aspecto de casca de 
laranja, da mesma forma é na criança. 
B) Diagnóstico das doenças periodontais: 
→ Características clínicas de normalidade: Então 
para realizar o diagnóstico periodontal de uma criança 
vai ser igual é no adulto. Lembrando que em alguns 
casos existem as pigmentações melânicas raciais, isso 
não é uma patologia, e sim uma alteração da 
normalidade. 
→ Gengiva normal do adolescente: Na 
adolescência ocorre da mesma forma, não existe 
alteração do aspecto, a única diferença é que ela se 
torna um pouco mais espessa, e o osso já se torna 
mais denso. A adolescência a gente define quando já 
existe dentição permanente completa, e a criança é 
na dentição mista ou só decídua. 
→ Gengiva normal da criança: A gengiva inserida 
na infância tem aspecto um pouco mais avermelhado 
e menos fibrótica, que dá um aspecto um pouco mais 
frágil para gengiva. Isso é importante saber, pois uma 
escovação traumática ou uma falta de higiene pode 
acarretar em um desenvolvimento de aftas ou 
doenças periodontais com mais velocidade. Para que 
isso é importante na prática clínica? Cuidados na hora 
de realizar sutura em alvéolo de dentes decíduos, que 
com frequência eles rasgam, então a sutura deve ser 
extremamente delicada. 
→ Profundidade de sondagem em adultos: 
considerada saudável com sulco de 2-3mm 
→ Profundidade de sondagem em dentição 
mista/decídua: considerada saudável com sulco até 
7mm. Devemos ter cautela na hora da sondagem, pois 
se o dente permanente estiver próximo da erupção 
essa profundidade pode até passar de 7mm. 
C) Gengivites: isso ocorre quando passou do 
aspecto de normalidade. A gente tem algumas 
gengivites comum em crianças. 
→ Gengivite crônica: são as doenças periodontais 
inflamatórias que atingem o periodonto de proteção, 
são de longa duração. Aqueles fatores etiológicos 
responsáveis pela periodontite permanecem por um 
bom tempo. Essas são os tipos de periodontites mais 
comum e de maior prevalência na criança. Por que? 
Por que a placa e o tártaro acumulam mais em dentes 
decíduos, devido à falta de higiene. A doença gengival 
some conforme existe a eliminação dos fatores. No 
caso aqui precisa eliminar o acumulo de placa. 
→ Gengivite eruptiva: é uma inflamação da gengiva 
que pode ocorrer durante o processo de erupção e 
desaparece à medida que o dente completa sua 
erupção se não houver comprometimento de 
acumulo de placa bacteriana. Então se as vezes o 
paciente tem a gengivite eruptiva mas acontece ali um 
acumulo de placa, essa gengivite não cessa quando o 
dente termina de irromper. Existe com certa 
frequência em crianças 
→ Gengivoestomatite herpética aguda: ocorre 
com bastante frequência em criança. A criança entra 
em contato com esse vírus herpes simplex muito 
cedo, entre os 2 a 6 anos de idade (fase subclínica). 
Ele é um vírus neurotrópico, acontece na mesma 
terminação nervosa, ou seja, aparece sempre no 
mesmo lugar. Na infecção secundária é que os 
sintomas se tornam um pouco mais severos. As lesões 
duram de 7-10 dias com regressão espontânea. 
Lembrando que ela é contagiosa, mesmo em sua fase 
subclínica, ou seja, mesmo quando não há lesões. 
Como cirurgião-dentista o que a gente faz? Prescreve 
um aciclovir tópico. Sem mexer na ferida. Orientar os 
responsáveis a não compartilhar os utensílios pessoais 
e domésticos (colher, copo, canudo, chupeta) 
→ Gengivite ulcerativa necrosante aguda: é rara 
em criança, tanto é que a professora não achou 
imagens em crianças. Acontece mais na adolescencia, 
ocorre durante o período de 7-10 dias. Ela é 
necrosante, mas não é contagiosa. Alguns falam que 
ela é a gengivite da puberdade, do início da 
adolescência. Aqui os agentes etiológicos são iguais 
aos outros, basicamente acumulo de placa (falta de 
higiene) o que acontece é que devido as alterações 
hormonais frequentes nessa idade as respostas se 
tornam mais velozes. Apresenta mau cheiro. Aqui 
nosso papel é controlar o acumulo de placa 
bacteriana. 
→ Hiperplasia gengival dilantínica: temos 
também o fator etiológico da higiene, mas nesse caso 
qual é o fator preponderante? São os 
anticonvulsivantes. Nesse caso o que podemos fazer. 
Dependendo se o grau for muito avançado e as 
medidas de higiene não estiverem surgindo efeito nós 
podemos entrar em contato com o médico para 
verificar a possibilidade de substituir ou diminuir a 
dose do medicamento. 
→ Gengivite associada à respiração bucal: temos 
como característica a criança com hábito prolongado 
de uso de chupetas que desenvolvem mordida aberta. 
Além da chupeta, temos também fatores associados a 
respiração bucal, adenoide. É uma alteração crônica 
que precisa ser realizado a remoção do fator 
etiológico. Mais comum na região anterossuperior da 
boca, resseca muito a gengiva. O acumulo de placa é 
muito mais ligeiro, porque existe o ressecamento da 
gengiva, não tem saliva então perde a capacidade 
tampão 
→ Periodontite: em crianças e adolescência existe 
com menos frequência, geralmente não chega a esses 
casos, mas se o fator etiológico for persistente pode 
sim desenvolver a periodontite 
D) Etiologia da doença periodontal: Vamos 
comentar agora um pouco sobre a etiologia que são 
basicamente iguais aos do adulto. Fatores locais, pré-
disponentes, determinantes... Basicamente gente: 
acumulo de biofilme. Temos que interferir para que o 
acumulo de biofilme não invada o periodonto de 
proteção e de sustentação. Ai claro que temos os 
outros fatores que podem agravar que são 
medicamentos, respiração bucal, fatores hormonais. É 
exatamente igual no adulto. 
E) Terapêutica periodontal: 
→ Procedimentos básicos 
→ Reavaliação dos procedimentos básicos 
→ Terapêutica complementar 
- igualzinho no adulto. Procedimentos básicos: 
limpeza profissional, motivacional. Temos que 
interferir na parte educativa. Profilaxia e raspagem. 
Muitas vezes precisamos repetir esses procedimentos. 
E dai temos a terapêutica medicamentosa 
complementar nos casos em que precisamos intervir 
com medicamentos e bochechos. Em crianças 
devemos cuidar com a prescrição de bochechos pois 
não podem ser ingeridos, então devemos sempre 
alertar os cuidadores para supervisionarem e não 
deixarem no alcance da criança. 
F) Tratamento das gengivites 
→ Gengivite crônica 
→ Causas do fracasso do tratamento 
→ Gengivite eruptiva 
→ GUNA 
- iguais no adulto. Devemos interferir diretamente no 
fator etiológico, e quando houver algum fator pré-
disponente como por exemplo a respiração bucal 
devemos orientar e avaliar caso de encaminhamento 
se necessário. No caso de drogas medicamentosas, 
devemos intervir no fator local e conversar com o 
médico quando necessário. Orientar a higiene 
doméstica e higiene profissional. Quando está 
relacionada a hormonios, não tem como tirar os 
hormonios do paciente, mas podemos interferir na 
condição motivacional, por exemplo dizer que o 
paciente não conseguir arrumar uma namorada ou 
namorado. Também é importante fazer a orientação 
da técnica de escovação. No caso de apinhamento 
dental podemos fazer movimentos ortodônticos, claro 
que a gente deve encaminhar para um ortodontista. 
Em alguns momentos podemosrealizar desgastes pra 
diminuir retenção de placa. 
- Higiene bucal e motivacional do paciente - 
Raspagem, alisamento e polimento - Integração clínica 
(dentistica, endodontia, cirurgias) 
G) Terapêutica Periodontal 
→ Higiene bucal e motivação do paciente 
→ Raspagem, alisamento e polimento 
→ Pequenos movimentos ortodônticos 
→ Desgaste seletivo prévio 
→ Placa de mordida 
→ Integração clínica (dentística, endodontia e 
cirurgia) 
H) Periodontite Juvenil: afeta a dentição 
permanente. Temos aqui presença de 
microorganismos virulentos. Existe uma rapida e 
progressiva perda de osso. Precisa ser feito 
diagnóstico rápido, para que a seja revertido o caso. 
Dependendo da progressão não conseguimos 
recuperar o osso. Tratamento é higiêne e 
medicamentoso e limpeza profissional. Prognóstico é 
bom desde que seja detectado rápido 
I) Controle periódico e manutenção: 
devemos acompanhar a evolução do tratamento e se 
necessários devemos repetir as limpezas profissionais. 
ESTOMATOLOGIA APLICADA À 
ODONTOPEDIATRIA 
A) LESÕES ULCERATIVAS: 
→ ÚLCERA TRAUMÁTICA: acontece muito por 
lesão voluntária. Isso ocorre bastante em pós 
operatório cirurgico, porque a criança fica mordendo 
o lábio enquanto está sob efeito da anestesia, depois 
a anestesia passa e o lábio fica todo ulcerado. Nosso 
papel é orientar os pais para acompanhar as primeiras 
horas após a cirurgia para a criança não morder o 
labio. Isso também pode ocorrer devido a escovação 
traumática. Essas ulcerações desaparecem em torno 
de 7-10 dias. Tratamento é remover a causa e manter 
o local limpo, podemos limpar com soro fisiológico, 
em caso de sangramento o soro pode ser gelado para 
ajudar a estancar o sangue. Podemos fazer a 
prescrição de corticóides tópicos ou omcilon. 
→ ÚLCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE: é a 
comum afta. É uma lesão ucerativa com fundo 
necrótico em torno de 2-5mm, com bordas bem 
definidas. A lesão dura de 12-14 dias. Pode ocorrer 
por trauma, por hereditariedade, por doenças 
autoimunes ou alguns processos infecçiosos. O 
tratamento é inespecifico pra afta. Podemos tratar os 
sintomas. Se caso estiver infecionado podemos 
prescrever omcilon orabase 
B) LESÕES COM RETENÇÃO DE LÍQUIDO 
→ MUCOCELE OU CISTO DE RETENÇÃO: a 
Mucocele pode ocorrer tanto por ação traumática, 
quanto por um cisto. Tratamento cirúrgico e 
eliminação do agente causador (mordida, prótese). 
Ruptura do ducto de glândulas salivares menores ou 
da presença de cálculos (sialolitos) que possibilitam a 
dispersão de mucina para o interior do tecido 
conjuntivo ou impedem a drenagem do muco através 
do ducto excretor danificado da glândula salivar. 
→ CISTO ERUPCIONAL OU GENGIVAL 
ERUPCIONAL: É uma alteração que ocorre nos 
tecidos moles (gengiva) e pode retardar o nascimento 
dos dentes. Ocorre um aumento de volume na região 
e toma uma coloração mais azulada ou avermelhada. 
O aumento do volume gengival pode provocar dor, 
febre, diarreias, falta de apetite sendo assim 
necessária a ulotomia (procedimento cirúrgico – um 
corte com o bisturi). É aconselhável o 
acompanhamento do odontopediatra durante este 
período. Em alguns casos específicos é indicada uma 
cirurgia para liberar o liquido e a coroa do dente. 
Cuidado na hora de incisar a parte roxinha, pois é rica 
em vasos sanguíneos e pode ter maior sangramento. 
Tratamento: ulectomia ou ulotomia. 
*** Ulectomia: técnica cirúrgica que consiste na 
remoção ou exérese de formações anormais do tecido 
mucogengival sobre dentes não completamente 
erupcionados. 
*** Ulotomia: a técnica consiste apenas em uma 
incisão na gengiva para liberar espaço para a erupção 
do dente permanente. 
C) FIBROMATOSES 
→ FIBROMATOSE DILANTÍNICA: mesmo 
fator causal da gengivite dilantínica, mas aqui ao invés 
de criar uma hiperplasia cria uma Fibromatose. É uma 
massa nodular é hiperplásica, assintomática, papila 
grossa e resistente, generalizada. A placa bacteriana 
acelera a progressão, porém o agente causal é o 
medicamento (hidantoína). 
→ FIBROMATOSE IRRITATIVA: evolução de 
uma gengivite de erupção. Tratamento seria higiene e 
eliminação do fator causal. Mais uma vez... se tiver 
acumulo de biofilme acelera a agressividade. 
E) NEOPLASIAS BENIGNAS 
→ PAPILOMA: É um crescimento papilar e 
verrucoso formado por epitélio benigno e pequenas 
quantidades de tecido conjuntivo de sustentação. É a 
lesão papilar mais comum da mucosa bucal, 
constituindo aproximadamente 2,5% das lesões da 
boca. Em alguns papilomas bucais, foi demonstrada a 
associação com o subtipo do mesmo vírus do 
papiloma humano (HPV). Tem aspecto de couve flor. 
Outros papilomas bucais têm sido associados a 
diferentes subtipos do HPV. Te fator etiológico 
desconhecido. Tratamento é remoção cirúrgica. 
→ FIBROMA: neoplasia de origem conjuntiva. Ela 
é firme a palpação, não invasiva, coloração 
semelhante a gengiva. Tratamento é remoção 
cirúrgica. Fibromas são tumores benignos que se 
desenvolvem a partir de uma reação hiperplásica 
tecidual, habitualmente relacionada a estímulos 
traumáticos que são responsáveis por desencadear 
reações inflamatórias do tecido conjuntivo. A 
designação fibroma tem origem no grande número de 
células gigantes caracteristicamente localizadas em 
suas áreas de hiperplasia tecidual 
→ HEMANGIOMA: proliferação anormal dos 
vasos sanguíneos. Diagnóstico diferencial é com 
pressão digital. Se ficar isquêmico quer dizer que ali é 
vaso sanguíneo e está correndo normal. No 
hematoma houve rompimento do vaso, no 
Hemangioma o vaso esta circulante, então se ficar 
isquêmico e voltar a circular é Hemangioma. Remoção 
cirúrgica mais alguns agentes esclerosantes como 
eletrocautério, laserterapia. 
→ LINFANGIOMA: mesma proliferação de vasos, 
só que são vasos linfáticos. Mais encontrados no 
dorso da lingual, raramente encontrados em lábios e 
palato mole. A maioria já é presente no nascimento e 
nos primeiros meses de vida, mas é benigno. Os 
linfangiomas são lesões hamartomatosas dos vasos 
linfáticos. Representam proliferações benignas que 
envolvem o sistema linfático tendo uma predileção 
pela cabeça, pescoço e cavidade bucal. O prognóstico 
para os linfangiomas localizados na língua é bom para 
a maior parte dos pacientes, embora as lesões 
volumosas possam provocar obstrução das vias 
aéreas. 
F) ALTERAÇÕES CONGÊNITAS 
→ LÍNGUA FISSURADA: bem comum. É uma 
alteração da normalidade. Como a gente interfere 
aqui? Na higiene, recomendação de usar raspador de 
língua. O que se deve fazer é manter a boa higiene 
bucal, escovando os dentes, usando fio dental e 
limpando muito bem a língua para remover os restos 
de alimentos que se ficarem acumulados nas fissuras 
da língua permitem o crescimento de bactérias que 
causam mau hálito. Também é importante usar 
enxaguante bucal, pelo menos, 1 vez por dia. 
→ LÍNGUA GEOGRÁFICA: deixa as partes 
afetadas despapiladas. Língua geográfica é uma 
condição benigna para a qual não existe tratamento 
específico. O diagnóstico é clínico e leva em 
consideração as características das lesões, que 
mudam de forma e de local. Embora sejam quase 
sempre assintomáticas, alimentos condimentados, 
ácidos ou bebidas alcoólicas podem provocar ardência 
e queimação. O diagnóstico é clínico e leva em 
consideração as características das lesões, que 
mudam de forma e de local. Em alguns casos, pode 
ser necessário realizar exames de cultura e biópsia. 
Não existe tratamento específico. A única medida 
terapêutica incide sobre os sintomas, quando eles se 
manifestam, com o uso de analgésicos simples. 
→ ANQUILOGLOSSIA: É muito comum. O freio 
lingual é uma membrana mucosa aderida desde a 
base da língua até o rebordo alveolar. Esta estrutura 
no recém-nascido tem uma atuação importante no 
ato de sucção e amamentação. Um freio lingual curto 
dificulta os movimentos da língua e pode se 
apresentar bastante aderido ao assoalho da cavidadebucal. Este aspecto patológico é chamado 
Anquiloglossia. Em regra, a Anquiloglossia é 
assintomática. Por vezes poderá interferir na 
amamentação e na pronúncia de alguns sons 
(dislálias). Mas não tem qualquer relação com os 
atrasos na linguagem. Claramente interfere na higiene 
oral e nas funções da língua que exijam a sua 
exteriorização. Hoje em dia o diagnóstico é bem 
precoce. Tratamento é a remoção do freio lingual, a 
cicatrização é excelente. Geralmente usamos um 
anestésico oftalmológico a base de cocaína, só coloca 
uma gota, 3 minutos depois podemos remover o freio. 
Em alguns casos eu nem recomendo sutura, e já indica 
colocar no peito. 
→ LÁPIO LEPORINO: tratamento é cirúrgico. 
Etiologia é hereditário ou teratogênico (uso de drogas 
durante a gestação). Hoje em dia o prognóstico é 
muito bom e as pessoas levam uma vida normal. 
G) DOENÇAS INFECCIOSAS 
→ CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA 
AGUDA: Candidose, ou “candidíase”, é a infecção 
fúngica mais frequente em pacientes pediátricos. É 
causada pela Candica albicans, fungo que é integrante 
da microflora oral em grande parte das pessoas 
saudáveis3,15. Alguns fatores locais podem predispor 
ao desenvolvimento da candidíase bucal, como: 
xerostomia, higiene bucal deficiente, anemia, doenças 
crônicas, infecções virais, uso crônico de antibióticos e 
corticosteroides. Os recémnascidos e as crianças são 
particularmente susceptíveis à doença. Candidíase 
Pseudomembranosa- É a forma mais comum da 
doença, popularmente conhecida como ‘’sapinho’’. 
Clinicamente, é possível observar a presença de placas 
brancas ou amareladas que são facilmente removidas. 
São mais frequentes na mucosa jugal, língua e palato. 
É comum em recém-nascidos, em decorrência do 
sistema imunológico ainda pouco desenvolvido. 
Tratamento é feito com antifúngico local, nistatina. 
Se for persistente é interessante fazer a cultura 
fungica para saber qual o tipo de fungo da região. 
→ SÍFILIS: A sífilis é uma doença bacteriana que 
ataca principalmente os órgãos genitais, mas que 
também pode causar sérias lesões orais. Segundo o 
especialista, existem duas maneiras para a 
contaminação da doença. Uma é através do contato 
entre a cavidade oral e a área infectada, ou seja, 
contato direto sobre a lesão causada pela bactéria, e a 
outra é através da infecção pela mãe durante o 
período de gestação. Quando a mulher descobre no 
pré-natal é realizado o tratamento, e as complicações 
são menores para o bebe. Tratamento médico. 
→ OSTEOMIELITE AGUDA SUPURATIVA: 
Osteomielite é um processo inflamatório/infeccioso 
iniciado no osso medular, que pode estender-se para 
o osso cortical e partes moles. A maioria das 
Osteomielites que acometem nossa área de interesse 
inicia-se por meio de uma invasão bacteriana em um 
dente destruído ou um alvéolo em reparação, por 
exemplo. Já uma pequena porcentagem de 
osteomielites maxilomandibulares, mais graves, 
podem ocorrer por infecções hematogênicas 
sistêmicas ou quando de altas doses de radiação X em 
radioterapia. É importante lembrar que a 
osteomielite é um processo patológico mediado pelo 
binômio virulência do microrganismo X resistência 
do hospedeiro; isso significa que a diferença entre o 
grau de virulência do agente agressor e a capacidade 
do organismo de se defender resultará em uma 
resposta específica do tecido ósseo que poderá ser 
observada pelos exames de imagem, o que implicará 
diretamente no plano de tratamento e prognóstico. 
Tratamento é drenagem do abcesso e 
antibioticoterapia. Em alguns casos podem ser 
realizadas culturas bacterianas para saber qual o tipo 
de bactéria. A porta de entrada do agente infeccioso 
ou antígeno para o osso medular costuma se dar por 
meio de: 
-Dentes destruídos (necrose pulpar) 
-Periodonto ou região periimplantar 
-Alvéolos 
-Traumas 
-Dentes parcialmente irrompidos (pericoronarites) 
Outros fatores de ordem sistêmica, menos comuns 
podem ser: 
-Infecções hematogênicas de ordem sistêmica 
-Doses de Radiação X usadas em radioterapia 
→ OSTEOMILIELITE DE GARRÉ: A 
Osteomielite de Garré também conhecida como 
Periostite Ossificante é um tipo raro de lesão que 
afeta principalmente a primeira e a segunda década 
de vida, sem predileção por sexo e raça, e acomete 
em sua grande maioria a mandíbula, em região de 
molares. O fator etiológico mais comum é a infecção 
ou irritação leve a moderada, sendo a cárie na região 
de molar permanente a mais relacionada. 
Radiograficamente, a periostite ossificante é 
caracterizada pela presença de esclerose densa com 
nova formação óssea do periósteo, havendo dupla 
formação óssea resultando em uma aparência de 
“casca de cebola” devido à sucessiva deposição de 
camadas de osso subperiósteo. Tratamento é a 
remoção do agente causal, extração ou endodontia 
do dente. 
→ ESTOMATITE HERPÉTICA AGUDA: 
mesmo vírus de herpes simples. É bem agressivo. A 
outra que vimos era a primária. Está é a aguda. 
Criança de 2-5 anos. Dura cerca de 1 semana. 
Tratamento é sintomático, uso de analgésicos e 
aciclovir tópico 
→ HERPANGINA: Lesões vesiculares e ulcerativas 
na mucosa. Herpargina é caracterizada por início 
súbito com febre, dor de garganta, cefaleia, anorexia 
e, geralmente, dor no pescoço. Crianças podem 
apresentar vômitos. O diagnóstico da Herpargina é 
clínico, levando-se em consideração a localização e a 
distribuição na cavidade oral e faringe. Quando há 
necessidade, pode ser feito o isolamento do vírus por 
meio de exames laboratoriais ou verificação da 
existência de anticorpos contra o vírus em questão na 
corrente sanguínea do paciente. Normalmente, o 
tratamento é somente de suporte, uma vez que se 
trata de uma doença auto-limitante e geralmente 
termina seu curso dentro de uma semana. Indica-se o 
uso de um fármaco antitérmico para baixar a febre, 
bem como outros fármacos, como ibuprofeno e 
paracetamol, além de agentes anestésicos tópicos 
para aliviar a dor local. Antibióticos são 
recomendados apenas em casos de infecções 
bacterianas secundárias. Também é recomendado 
evitar consumir alimentos condimentados, ácidos e 
quentes, bem como aumentar a ingestão de líquidos 
durante o período de tratamento 
H) ALTERAÇÕES HEREDITÁRIAS 
→ FIBROMATOSE GENGIVAL 
HEREDITÁRIA: transmitida por gene autossômico 
dominante. Começa na primeira década de vida. 
Fibromatose gengival hereditária (FGH) é uma 
desordem rara caracterizada pelo crescimento fibroso 
acentuado do tecido gengival. É conhecida também 
como hiperplasia gengival hereditária, fibromatose 
idiopática e hipertrofia gengival (Fletcher, 1966). 
Geralmente, desenvolve-se como desordem isolada, 
mas pode ser uma característica de muitas síndromes 
como Rutherford, Jones, Cross, Ramon, entre outro. 
Tratamento é cirúrgico, mais por questão estética e 
funcional. Ela não é nem maligna nem benigna, é uma 
alteração da anormalidade. 
→ QUERUBISMO: recebe esse nome por que 
dizem que se parecem um anjo. Transmitida por gene 
autossômico dominante, é bem rara. Afeta 
preponderantemente maxila e mandíbula. Na 
radiografia aparecem pontos radiolúcidos com 
aspectos císticos multiloculares. Prognóstico não é 
dos melhores. Ela é auto-limitante, chega em certo 
momento que ela para, geralmente fazem-se cirurgias 
de correções após a puberdade. 
I) NEOPLASIAS MALIGNAS 
→ LINFOMA DE BURKETT: afeta 
principalmente maxila e mandíbula, além do trato 
gastrointestinal. O linfoma de Burkett é o tumor 
humano que cresce mais rapidamente e a patologia 
revela alta taxa mitótica, proliferação monoclonal de 
células B e padrão de "céu estrelado" dos macrófagos 
benignos que engoliram linfócitos malignos 
apoptóticos. Ela é rara. Grande destruição óssea. 
Tratamento é radioterapia e quimioterapia 
→ SARCOMAS: ocorrem principalmente em 
jovens, promovendo metástase. Prognóstico não é 
bom. Não é raro o acometimento de maxila e 
mandíbula.Sarcoma de kaposi é um dos mais 
frequentes, e está relacionado ao HIV. Os sarcomas 
tendem a se infiltrar nos tecidos que ficam ao redor 
do local onde se originaram, tornando a cirurgia 
tecnicamente mais difícil. Exceto por raros casos, os 
sarcomas se espalham primariamente pelos vasos 
sanguíneos. Os pulmões são os órgãos que mais 
correm risco de metástases; já o envolvimento do 
cérebro é muito raro. Os sarcomas são divididos, de 
acordo com o grau de agressividade, em baixo grau, 
grau intermediário e alto grau. Os de alto grau têm 
maior propensão para produzir metástases em locais 
distantes ao de origem 
→ SARCOMA OSTEOGÊNICO: O 
osteossarcoma ou sarcoma osteogênico é o câncer 
ósseo primário mais frequente e se inicia nas células 
ósseas. Ele ocorre mais frequentemente em crianças 
e adultos jovens com idade entre 10 a 30, mas cerca 
de 10% dos casos ocorre em pessoas entre 60 a 70 
anos, sendo mais comum em homens do que em 
mulheres. Estes tumores se desenvolvem com mais 
frequência nos ossos dos braços, pernas e pelve. 
Acontece bastante em ossos longos. Ocorre bastante 
na mandíbula. Massa tumoral que se estende muito 
rápido. 
→ LEUCEMIA: A leucemia caracteriza-se como 
uma doença maligna dos glóbulos brancos 
(leucócitos) e, dependendo do tipo, pode ser mais 
comum em crianças ou em adultos. Os glóbulos 
brancos normalmente crescem e se dividem de 
maneira ordenada, de acordo com a necessidade do 
corpo humano. Contudo, em pessoas que 
desenvolvem a leucemia, a medula óssea acaba 
produzindo glóbulos brancos que não funcionam de 
maneira adequada. Tratamento é médico, 
envolvendo quimioterapia. Na boca podem aparece 
sintomas como excesso de sangramento gengival. 
* Sintomas: 
- Febre ou calafrios; 
- Fadiga e fraqueza persistentes; 
- Infecções frequentes ou graves; 
- Perda de peso sem motivo aparente; 
- Nódulos linfáticos inchados; 
- Desconforto abdominal, provocado pelo inchaço do 
fígado ou do baço; 
- Hemorragias ou hematomas recorrentes; 
- Pequenas manchas vermelhas na pele; 
- Suor excessivo, principalmente à noite; Dores nos 
ossos e nas articulações 
MANUAL ABO 
A) DOENÇAS PERIODONTAIS EM 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES: 
- Estudos epidemiológicos indicam que a gengivite de 
intensidade variável é quase universal nas crianças e 
adolescentes. 
→ DOENÇAS GENGIVAIS INDUZIDAS POR 
PLACA: 
* Gengivite associada apenas com a placa dentária e 
doenças gengivais modificadas por fatores sistêmicos 
associados com o sistema endócrino 
- Gengivite caracterizada pela presença de inflamação 
gengival sem perda detectável de osso ou ligamento 
periodontal é comum em crianças 
- Embora a microbiologia dessa doença não tenha 
sido completamente caracterizada, o aumento de 
níveis subgengivais de Actinomices sp., 
Capnocytophaga sp., Leptotrichia sp. e Selenomonas 
sp. tem sido encontrado em crianças quando 
comparado com gengivite em adultos. Essas espécies 
podem, portanto, ser importantes na sua etiologia e 
patogênese 
- A flutuação normal e anormal nos níveis 
hormonais, incluindo alterações nos níveis de 
hormônio gonadotrófico durante o início da 
puberdade pode modificar a resposta inflamatória 
da gengiva à placa dentária. De maneira semelhante, 
alterações no nível de insulina em pacientes com 
diabete podem afetar a saúde gengival. Em ambas as 
situações, há um aumento da resposta inflamatória à 
placa. Entretanto, a condição gengival geralmente 
responde à minuciosa remoção dos depósitos 
bacterianos e à cuidadosa da higiene bucal diária. 
→ PERIODONTITE: 
* Periodontite agressiva, periodontite crônica e 
periodontite como manifestação de doenças 
sistêmicas 
- a periodontite crônica é mais comum em adultos, 
enquanto a periodontite agressiva pode ser mais 
comum em crianças e adolescentes 
- As características primárias da periodontite agressiva 
incluem uma história familiar de perda de osso e 
ligamento. Características secundárias incluem 
anormalidades fagocitárias e resposta exagerada de 
macrófagos. 
- A periodontite agressiva pode ser localizada ou 
generalizada. Na periodontite agressiva localizada 
(LAgP) os pacientes têm perda de ligamento 
interproximal em pelo menos dois primeiros molares 
permanentes e incisivos, com perda de inserção em 
não mais do que outros dois dentes além de primeiros 
molares e incisivos. Na periodontite agressiva 
generalizada (GAgP), os pacientes têm perda 
generalizada de inserção interproximal, incluindo pelo 
menos três dentes que não sejam primeiros molares e 
incisivos. 
- A periodontite crônica é mais prevalente em 
adultos, mas pode ocorrer em crianças e 
adolescentes. Pode ser localizada (menos de 30% da 
dentição afetada) ou generalizada (mais de 30% da 
dentição afetada) e é caracterizada por uma taxa de 
progressão baixa ou moderada que pode incluir 
períodos de destruição rápida. Mais ainda, a 
gravidade da doença pode ser leve (1 a 2 mm de 
perda clínica de inserção), moderada (3 a 4 mm de 
perda clínica de inserção), ou grave (≥ 5 mm de perda 
clínica de inserção). 
- A periodontite como manifestação de doença 
sistêmica é uma doença rara em criança que 
geralmente inicia-se na fase de erupção dos dentes 
decíduos até a idade de 4 ou 5 anos 
- O tratamento da periodontite como manifestação 
de uma doença sistêmica em crianças é similar ao 
tratamento da periodontite localizada e generalizada 
agressiva da dentição permanente e há relatos que 
incluem a raspagem mecânica cirúrgica e não cirúrgica 
e terapia antimicrobiana. 
→ DOENÇAS PERIODONTAIS 
NECROSANTES: 
- Os dois achados mais significantes utilizados no 
diagnóstico da NPD são a presença de necrose e 
ulceração interproximal e o surgimento rápido de 
dor gengival. Pacientes com NPD podem se sentir 
frequentemente febris. Os sítios com 
gengivite/periodontite ulcerativa necrosante abrigam 
níveis elevados de espiroqueta e P. intermedia, e a 
invasão tecidual por espiroqueta tem se mostrado 
ocorrer. 
- Fatores que predispõem crianças a NPD incluem 
infecções virais (incluindo HIV), má-nutrição, stress 
emocional, falta de sono e uma variedade de doenças 
sistêmicas 
- O tratamento envolve a raspagem mecânica, 
instrução de higiene bucal, e acompanhamento 
cuidadoso. 
- Raspagem com ultra-som tem se mostrado 
particularmente efetivo e resulta num rápido 
decréscimo dos sintomas. 
- Se o paciente está febril, antibióticos podem ser uma 
importante terapia adjunta. O metronidazol e a 
penicilina têm sido sugeridos como drogas de escolha 
RESUMO: Embora a prevalência das doenças 
periodontais destrutivas seja muito mais baixa em 
crianças que em adultos, as crianças podem 
desenvolver formas graves de periodontite 
- Em alguns casos, esta doença destrutiva é a 
manifestação de uma doença sistêmica subjacente 
conhecida. Em outros pacientes jovens, a causa básica 
para o aumento da suscetibilidade e o 
estabelecimento precoce da doença é desconhecida. 
Estas doenças são frequentemente familiais, 
sugerindo uma predisposição genética para a doença 
agressiva. As modalidades atuais de manejo das 
doenças periodontais de crianças e adolescentes 
podem incluir antibioticoterapia em combinação 
com a terapia cirúrgica e/ou não cirúrgica. Uma vez 
que o diagnóstico precoce garante maior chance de 
sucesso do tratamento, é importante que o exame 
periodontal seja realizado em crianças como parte da 
rotina da visita ao dentista. 
B) ORIENTAÇÃO PARA TERAPIA 
PERIODONTAL: 
- Pesquisas têm fornecido evidência de que as 
doenças crônicas inflamatórias periodontais são 
tratáveis. Estudos também têm sido direcionados 
para fornecerem informação para o melhor 
entendimento dos mecanismos da progressão e 
patogênese da doença para tornar o tratamento das 
doenças periodontais mais efetivo e previsível 
- a grande maioria dos pacientes é capaz de manter 
sua dentição por toda a vida com tratamentoapropriado, controle razoável de placa, e cuidados 
de manutenção contínuos 
- Entretanto, existem algumas situações nas quais a 
terapia tradicional não é efetiva em paralisar a 
doença. Nestas circunstâncias, a progressão da 
doença pode ser reduzida, mas eventualmente pode 
haver perda dentária 
- Os objetivos da terapia periodontal são de 
preservar a dentição natural, os tecidos periodontais e 
tecidos peri-implantares; de manter e melhorar a 
condição periodontal e periimplantar, conforto, 
estética e função. Os sinais clínicos de periodonto 
saudável atualmente aceitos incluem a ausência de 
sinais inflamatórios da doença como vermelhidão, 
inchaço, supuração e sangramento à sondagem; 
manutenção de um nível de periodonto de inserção 
funcional; sem recessão ou com recessão mínima na 
ausência de perda óssea interproximal; e implantes 
dentários funcionais 
→ EXAME PERIODONTAL: 
- Tal exame inclui uma discussão com o paciente e/ou 
responsável no que se refere à queixa principal, 
revisão da história médica e odontológica, exame 
clínico e análise radiográfica. 
1. Exame extra e intra-oral para detectar doenças ou 
condições não-periodontais. 
2. Exame periodontal geral para avaliar a topografia 
gengival e estruturas relacionadas; avaliar a 
profundidade de sondagem, recessão e nível de 
inserção; avaliar a saúde da região subgengival com 
medidas como sangramento à sondagem e supuração; 
avaliar o estado clínico da furca; e detectar lesões 
endo-periodontais. 
3. Avaliar a presença, grau e/ou distribuição de placa, 
cálculo e inflamação gengival. 
4. Exame dental, incluindo avaliação de cárie dentária, 
relação dos contatos proximais, o estado das 
restaurações e aparelhos protéticos. 
5. Determinação do grau de mobilidade dos dentes. 
6. Exame da oclusão. 
7. Interpretação de um número satisfatório de 
radiografias periapicais e interproximais de qualidade 
e atuais. 
8. Avaliação das possíveis inter-relações sistêmicas 
periodontais. 
→ DOENÇAS PERIODONTAIS E 
CONDIÇÕES: 
- Doenças do periodonto podem ser categorizadas 
como doenças gengivais, periodontais, doenças 
periodontais necrosantes, abscessos do periodonto e 
deformidades e condições de desenvolvimento ou 
adquiridas. 
- Gengivite é a inflamação da gengiva sem perda de 
inserção ou sem perda não-progressiva de inserção. 
- Outras doenças gengivais podem ser modificadas por 
fatores sistêmicos, medicações ou má-nutrição. 
Periodontite é a inflamação gengival com perda 
progressiva de inserção. 
- Diferentes formas incluem, mas não são limitadas 
a, periodontite crônica, periodontite agressiva, 
periodontite como manifestação de doença 
sistêmica, periodontite ulcerativa necrosante e 
periodontite associada a lesões endodônticas. 
Periodontite pode ser ainda categorizada pelo grau de 
perda de inserção como leve, moderada ou severa; 
pela extensão como localizada ou generalizada; e pelo 
estado pós tratamento como recorrente ou refratária. 
Recessão facial envolvendo perda de inserção 
periodontal e tecido gengival afeta crianças e adultos 
→ PROCEDIMENTOS DE TRATAMENTO: 
1. Educação do paciente, treinamento individual de 
higiene bucal, e aconselhamento quanto ao controle 
de fatores de risco (e.x.: fumo, condições médicas, 
stress) com referência quando apropriado. 
2. Remoção de placa bacteriana e cálculo 
supragengival e subgengival são realizados por meio 
de raspagem periodontal. O alisamento radicular 
abrangente é utilizado para tratar irregularidades 
superficiais da mesma ou alterações causadas por 
problemas periodontais. Em algumas circunstâncias, 
estes procedimentos podem ser incorporados ao 
tratamento cirúrgico. 
3. Procedimentos finais quando apropriados incluem 
avaliação pós-tratamento com revisão e reforço de 
higiene bucal diária. 
→ OUTROS: 
1. Agentes quimioterápicos. Estes agentes podem 
reduzir, eliminar ou mudar a qualidade dos patógenos 
microbianos; ou alterar a resposta do hospedeiro 
através da liberação local ou sistêmica de agente(s) 
apropriado(s). 
2. Procedimentos ressectivos: Estes procedimentos 
visam reduzir ou eliminar bolsas periodontais e criar 
uma forma gengival aceitável para permitir higiene 
bucal efetiva e manutenção do tratamento 
periodontal. Procedimentos em tecidos moles 
incluem gengivectomia, gengivoplastia, e vários 
procedimentos de retalho mucogengival. 
Procedimentos ósseos incluem osteotomia e 
osteoplastia. Procedimentos em tecidos dentários 
incluem ressecção de raiz, hemi-secção dentária e 
odontoplastia. Procedimentos ósseos e de tecidos 
dentários combinados podem ser requeridos para o 
manejo de lesões endodônticas-periodontais. 
3. Os procedimentos periodontais regenerativos 
incluem: enxertos de tecidos moles, enxertos ósseos, 
biomodificação radicular, regeneração tecidual guiada 
e combinações destes procedimentos para defeitos 
ósseos, furca e recessão. 
→ Procedimentos periodontais reconstrutivos 
incluem: regeneração óssea guiada, aumento de 
rebordo, preservação de rebordo, desenvolvimento 
de sítio para implante, e preenchimento de seio. 
4. Cirurgia plástica periodontal para aumento 
gengival, para correção de recessão gengival ou 
defeitos de tecido mole ou para alcançar melhora da 
estética bucal. 
5. Terapia oclusal, que pode incluir: movimentos 
dentários mínimos, ajuste oclusal, esplintagem, ou 
recomendação de aparato para a redução de trauma 
oclusal. 
6. Procedimentos protéticos periodontais incluem: 
cirurgia de retalho exploratória, procedimentos de 
ressecção, procedimentos regenerativos ou 
reconstrutivos ou aumento de coroa clínica, realizado 
para facilitar planos de tratamento restaurador ou 
protético. 
7. Extração seletiva de dentes e raízes quando 
indicados, para facilitar a terapia periodontal, planos 
de tratamento restauradores e/ou protético. 
8. Procedimentos para facilitar o tratamento 
ortodôntico incluindo, mas não limitado a exposição 
dentária, frenectomia, fibrotomia e aumento gengival. 
9. Manejo das inter-relações periodontal sistêmica 
quando apropriado. 
C) TRATAMENTO DA GENGIVITE 
INDUZIDA POR PLACA, 
PERIODONTITE CRÔNICA E OUTRAS 
CONDIÇÕES CLÍNICAS 
PERIODONTAIS: 
- As duas principais formas da doença periodontal são 
a gengivite e a periodontite. A placa bacteriana, ou 
biofilme placa dental, é o fator etiológico primário, 
responsável pela destruição do periodonto de 
proteção e de sustentação 
- A gengivite pode ser definida como uma inflamação 
gengival que não resulta em perda clínica dos tecidos 
de sustentação. Já a periodontite é uma inflamação 
do periodonto de proteção e de sustentação, 
caracterizada pela perda do tecido conjuntivo de 
sustentação e do osso alveolar. Cada uma destas 
condições pode ser classificada de acordo com a 
etiologia, a apresentação clínica e a associação de 
fatores complicadores 
- A gengivite é considerada uma doença reversível. 
Sua terapia está baseada, primeiramente, no 
equilíbrio dos fatores etiológicos buscando-se reduzir 
ou eliminar a inflamação, permitindo a recuperação 
do tecido gengival. A manutenção apropriada do 
tecido periodontal por meio de cuidados pessoais e 
profissionais é importante na prevenção da recidiva 
da inflamação. 
- Já a abordagem terapêutica para a periodontite 
pode ser dividida em duas grandes categorias: 
- tratamento anti-infeccioso: visa paralisar a 
progressão da perda do periodonto de sustentação, 
por meio da remoção dos fatores etiológicos e; 
- terapia regenerativa: objetiva restaurar as 
estruturas destruídas pela doença 
- A doença periodontal pode ser resultante de várias 
causas, como por exemplo, presença de bactérias ou 
traumas. No entanto, o acúmulo de microorganismos 
aderidos à superfície dentária é o principal fator 
associado à esta enfermidade. A presença de 
bactérias subgengivais específicas, tabagismo, 
diabetes, idade e gênero masculinosão fatores de 
risco proeminentes para o desenvolvimento da 
doença periodontal crônica. Além disso, existem 
evidências de que fatores ambientais, genéticos e 
sistêmicos também podem contribuir com o seu 
desenvolvimento 
→ GENGIVITE INDUZIDA POR PLACA: 
- A terapia para indivíduos com gengivite induzida 
pela placa dental está inicialmente direcionada para 
a redução da quantidade de bactérias e dos depósitos 
calcificados e não calcificados 
- Pacientes que apresentem esta condição mas, não 
sendo portadores de cálculo, de alterações na 
morfologia gengival e ou de doenças sistêmicas que 
afetem a saúde bucal, podem responder 
positivamente ao regime terapêutico composto de 
controle individual de placa 
- Para tanto, uma variedade de instrumentos 
mecânicos auxiliares na higiene bucal pode ser 
utilizada. A manutenção periódica é fundamental 
- A remoção do cálculo dental é acompanhada pela 
raspagem e alisamento radicular por meio de 
instrumentos manuais, sônicos ou ultra-sônicos. Essa 
terapia objetiva reduzir a quantidade de bactérias 
subgengivais a um nível inferior à capacidade de início 
da inflamação clínica. 
- Para alguns pacientes, a utilização de agentes 
tópicos antimicrobianos para reduzir a quantidade de 
placa dental pode ser benéfica tanto para a prevenção 
quanto para o tratamento da gengivite. 
- Desta forma, 3 medicamentos são considerados 
aceitáveis para o controle da gengivite: 
- Produto com os ingredientes ativos: timol, mentol, 
eucaliptol e metil salicilato; 
- Produto com o ingrediente ativo digluconato de 
clorexidina e; 
- Triclosan 
→ DOENÇAS PERIODONTAIS 
NECROSANTES: 
- A gengivite ulcerativa necrosante (GUN) está 
associada ao acúmulo de bactérias específicas em 
indivíduos com baixa resistência, e normalmente 
responde rapidamente à terapêutica baseada em 
controle de placa e debridamento profissional. 
- A administração de antibióticos sistêmicos está 
indicada se linfoadenopatia ou febre estiverem 
presentes. 
- A prescrição de bochechos quimioterápicos poderá 
ser benéfica durante o estágio inicial do tratamento. 
- Após a resolução da fase aguda, podem ser indicadas 
intervenções adicionais com intuito de prevenir a 
recorrência da doença ou corrigir as deformidades 
causadas nos tecidos moles. 
- A periodontite ulcerativa necrosante (PUN) se 
manifesta como uma rápida necrose com destruição 
da gengiva e do periodonto. 
- Os sinais iniciais são caracterizados por 
sangramento gengival, dor e, usualmente, representa 
um agravamento da gengivite ulcerativa necrosante 
em indivíduos com baixa resistência. Ela já foi 
reportada em indivíduos HIV positivos e negativos, 
mas sua prevalência é desconhecida. O tratamento 
envolve debridamento profissional associado com 
irrigação de antissépticos (povidine ou iodo), 
bochechos com antimicrobianos (clorexidina) e 
administração sistêmica de antibióticos. 
→ HIPERPLASIA GENGIVAL: A inflamação 
gengival crônica pode resultar em hiperplasia 
gengival. Este crescimento gengival exagerado pode 
estar relacionado a fatores genéticos ou ao uso de 
drogas como por exemplo, anticonvulsivantes, 
ciclosporinas e drogas que bloqueiam o canal de 
cálcio. 
- Em indivíduos que fazem uso de fenitoína, o 
crescimento gengival pode ser minimizado com boa 
higiene bucal e manutenção profissional. 
- O manejo pós-operatório é de fundamental 
importância já que todos os benefícios da redução 
cirúrgica podem ser perdidos pela rápida proliferação 
tecidual durante a fase pós cirúrgica. 
- A recorrência é comum em pacientes com 
crescimento gengival induzido por drogas, podendo 
ser requeridas novas intervenções cirúrgicas e não-
cirúrgicas. Para estes casos o médico do paciente 
poderá ser consultado buscando-se verificar a 
possibilidade de utilização de uma medicação que não 
induza à hiperplasia gengival. 
→ PERIODONTITE CRÔNICA: 
- A terapia apropriada para pacientes com 
periodontite varia em função da extensão, das 
características da perda de inserção, das variações na 
anatomia local, do tipo de doença periodontal e do 
objetivo terapêutico. 
- Em conseqüência à destruição dos tecidos de 
sustentação do dente, vai ocorrer a formação de 
bolsa periodontal e alteração na anatomia óssea. 
- Os objetivos do tratamento baseiam-se na 
paralisação da progressão da perda de suporte, e na 
resolução da inflamação, por meio da eliminação dos 
fatores etiológicos, permitindo o reparo da região 
afetada.

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