A crise de Representatividade e os riscos para a democracia Brasileira

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Os riscos da crise de " Representatividade " para
a democracia Brasileira!
Em sua música “Que país é este?”, a banda Legião Urbana demonstra insatisfação com
o quadro político brasileiro, que tornou o país irreconhecível para sua própria população.
Apesar de ter sido lançada em 1987, ainda hoje a canção reflete a crise política existente no
país, que decorre de diversos escândalos de corrupção, levando a nação a um estado de
descrença política, e este torna-se grande ameaça ao regime democrático. Assim, faz-se
necessário debater e analisar como esses aspectos intensificam os perigos da crise de
representatividade para a democracia brasileira.
Em primeiro lugar, o abandono e a decepção com a política pela sociedade brasileira é
inegável. Essa situação pode ser observada desde as manifestações de 2013 até atingir
seu
ápice nas eleições de 2018, que bateu recordes de votos nulos e brancos, ultrapassando a
taxa de 30%, de acordo com o G1. Isso decorre dos sucessivos escândalos de corrupção
que
acometem o Brasil, e, por ocorrerem na maioria dos partidos, os cidadãos brasileiros têm a
sensação de que não há candidatos honestos, preferindo deixar de votar a eleger alguém
que
não o representa. Contudo, essa atitude é um equívoco, e vai de encontro ao ideal do
diplomata brasileiro Rui Barbosa, que afirma que “quem não luta por seus direitos não é
digno
deles”, pois o voto é o direito primordial, e a partir dele conquista-se os demais benefícios.
Outrossim, essa falta de participação popular e a falta de credibilidade nas instituições
políticas ameaça a manutenção da democracia, porque estimula o surgimento de regimes
autoritários. De fato, quando a população não encontra esperança alguma, ela é facilmente
iludida por políticos oportunistas, que se mostram como salvadores da pátria, a partir de
falsas promessas e de sentimento apelativo de mudança, mas suas reais aspirações são ao
poder absoluto. Isso pode ser verificado em diferentes momentos da história, como a
ascensão de Hitler na Alemanha e o implante do Estado Novo por Getúlio Vargas no Brasil,
haja vista que ambos emergiram em contexto de descontentamento popular com a crise
política instalada em suas respectivas épocas. Nesse sentido, dá-se início a um processo
de
demagogia – utilização de poder tirânico em nome do povo – que deve ser combatido.
Logo, medidas são necessárias para a solução desse impasse. Para isso, cabe às ONGs,
por meio da criação de um portal online, desenvolver vídeos, que devem ser realizados por
profissionais de diversos grupos sociais, que informem e alertem os cidadãos de seus
direitos
e da importância da participação política, para que a população volte a exercer sua
cidadania.
Ademais, uma matéria sobre consciência política deve ser inserida na BNCC do Ensino
Médio,
a fim de despertar senso crítico nos jovens da nova geração. Com essas medidas, o Brasil,
a
partir da ação social, voltará a ser reconhecido por seu povo.