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doenças periodontais

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Pneumonia nosocomial, biofilme dentário e doenças periodontais 
 
A pneumonia é uma doença de caráter infeccioso e inflamatório, que 
acomete os pulmões causando insuficiência respiratória, sintomatologia 
dolorosa torácica e fadiga. Além de febre, tosse, dores musculares, entre 
outros. É denominada como pneumonia bacteriana, podendo ser classificada 
ainda como pneumonia adquirida na comunidade e pneumonia nosocomial 
(PN) ou hospitalar. 
Essa doença tem a maior probabilidade de acometer indivíduos 
imunocomprometidos, idosos e pacientes que estejam em ambiente hospitalar. 
Doenças respiratórias, como as pneumonias, podem se desenvolver sob 
influencia desfavorável das doenças periodontais (DP). Nas DP e doenças 
pulmonares há presença de microrganismos similares, gerando reação 
imunoinflamatória. 
As DP são formadas por consequência das respostas imuno-
inflamatórias produzidas pelo hospedeiro, afim de combater os sintomas 
advindos da ação do biofilme dentário no meio bucal. Variações no periodonto 
de proteção originam a gengivite, resultando em danos ao periodonto de 
sustentação que por sua vez gera a periodontite. Sendo a gengivite reversível, 
enquanto que a periodontite é de caráter irreversível. 
O biofilme pode reter patógenos respiratórios em indivíduos 
hospitalizados. Colaborando para o processo infeccioso inerente a PN. Os 
microrganismos presentes na cavidade bucal podem ser aspirados e ir para os 
pulmões, comprometendo a defesa imunológica dos pacientes. A interação de 
patógenos respiratórios no biofilme pode se tornar um fator adjuvante para o 
acometimento pela PN. 
A atenção com pacientes de PN deve ser redobrada pois cerca de 20 a 
50% dos indivíduos com essa patologia vão a óbito. 
O acúmulo de biofilme em pacientes na UTI desencadea problemas 
periodontais, como a gengivite e periodontite, ou ainda a cárie dentária. 
Levando isso em consideração, as abordagens odontológicas visam melhorar a 
qualidade de higiene oral, diminuindo o aglomerado bacteriano presente, 
minimizando os casos de infecção hospitalar agravados em virtude da má 
higienização bucal. 
A higienização oral deficiente resulta no acúmulo de biofilme dentário, 
podendo assim desenvolver DP, que por sua vez pode relacionar-se com a 
condição sistêmica do paciente. 
A inclusão da odontologia preventiva frente as internações hospitalares 
trás excelentes benefícios, uma vez que pode minimizar a interação da PN com 
a ação do biofilme dentário e das DPs. 
 
Qual o melhor anestésico local para meu paciente? 
 
A função do anéstesico local é bloquear por um período de tempo a 
condução nervosa em parte do corpo, causando perda das sensações sem que 
haja a perda da consciência pelo paciente. Os anestésicos com 
vasoconstritores possuem um melhor desempenho quanto à duração do seu 
efeito e diminuição da toxicidade sistêmica. Enquanto que a velocidade de 
absorção no organismo é menor, fazendo com que os anestésicos passem 
mais lentamente para a circulação, ficando por um maior período de tempo no 
local em que foi injetado. Dessa forma, ao usar vasos constritores, se obtém o 
bloqueio nervoso efetivo com menor quantidade de anestésico. 
Em pacientes com arritmia cardíaca não há restrições quanto ao sal 
anestésico, porém o vasoconstritor deve ser epinefrina, além de ser necessária 
avaliação dos medicamentos usados pelo paciente. 
Pacientes que sofreram AVC também não possuem restrições para o sal 
anestésico, enquanto que o vasoconstritor pode ser epinefrina ou felipressina. 
Deve ser feita avaliação dos medicamentos usados pelo paciente e o 
atendimento ser realizado apenas após 6 meses do acidente. 
Pacientes que fazem uso de anticoagulantes e pacientes que posuem 
hipertensão arterial, não existem restrições para o tipo de sal anestésico, e os 
vasoconstritores de escolha podem ser a epinefrina ou a felipressina. Para os 
pacientes do primeiro grupo que por ventura façam uso de varfarina, é 
contraindicada a prescrição de AINES e paracetamol. E para os seguintes é 
contraindicada a prescrição de AINES seletivos. 
Para paciente renal crônico as opções de sal anestésico são as 
seguintes: cloridato de articaína, cloridato de lidocaína, cloridato de prilocaína e 
cloridato de bupivacaína. Devendo atentar-se em diminuir a dose máxima em 
30% por consulta. Não há restrições quanto ao tipo de vasoconstritor. 
Pacientes asmáticos devem usar sal anestésico de cloridato de 
mepivacaína e cloridato de prilocaína, sendo a felipressina o vasoconstritor 
indicado. Os pacientes que fazem uso crônico de corticosteroides deverão ser 
tratados como pacientes com insuficiência suprarrenal. 
Pacientes com diabetes mellitus não possuem restrição para o tipo de 
sal anestésico, porém o vasoconstritor de escolha deve ser a epinefrina. 
Para pacientes grávidas o sal anestésico de primeira escolha deve ser o 
cloridrato de bupivacaína e cloridrato de lidocaína para segunda escolha, 
sendo a epinefrina o vasoconstritor de escolha. A tretaciclina, felipressina e o 
estolato de eritromicina são contraindicados durante todo período de gravidez. 
E o metronidazol sendo contraindicado apenas no primeiro trimestre de 
gestação. 
Pacientes com insuficiência suprarrenal não possuem restrição para o 
tipo de sal anestésico. Os vasoconstritores podem ser epinefrina ou 
felipressina. 
 
Pacientes com distúrbios convulsivos não possuem restrições para o sal 
anestésico, enquanto a epinefrina e a felipressina devem ser os 
vasoconstritores de escolha. Evitando expor o paciente a fadiga e a 
hipoglicemia. 
Em pacientes idosos o sal anestésico deve ser o cloridrato de articaína, 
e a felipressina o vasoconstritor. 
É imprescindível que o cirurgião-dentista faça uma anamnese detalhada 
para obter todas as informações necessárias na tomada de decisão quanto ao 
anestésico, para os variados pacientes. 
 
 
Estratégias de cuidado bucal para idosos com Doença de Alzheimer no 
domicílio 
 
A Doença de Alzheimer é a mais comum das demências. Os sintomas 
podem ser perda de memória, dificuldades de comunicação, dificuldades em 
realizar tarefas domésticas diárias, alterações de personalidade e de humor. 
Com o progresso da doença, os indivíduos com DA passam a se tornar 
dependentes de terceiros para realizar atividades básicas da vida. 
O comprometimento funcional e cognitivo associados aos distúrbios 
comportamentais em idosos com DA, coopera pra uma higiene bucal bastante 
debilitada, gerando um grande risco de doenças bucais. 
Na maioria das vezes a higienização bucal dos idosos com DA é feita 
pelos próprios cuidadores destes. Sendo assim seria ideal os cuidadores 
receberem instruções sobre os cuidados necessários com a saúde bucal 
desses indivíduos, sendo aplicado de forma correta. 
No presente estudo constatou-se que grande maioria dos cuidadores 
eram informais, do sexo feminino e não exerciam atividade remunerada. 
A avaliação foi dividida em 3 categorias quanto à participação do 
cuidador na realização de cuidados bucais em domicílio. Na categoria “ele faz 
tudo sozinho” os cuidadores relataram não interferir na prática de higienização 
do idoso, pois o mesmo se mostra capaz de realizar tal. Há a categoria “eu 
ajudo mas é ele quem faz”, onde os cuidadores ajudam recordando o paciente 
que deve fazer a sua higienização, ou ainda demonstrando os movimentos que 
devem ser realizados pelo idoso. Na categoria “eu tenho que fazer tudo, ele 
não consegue mais”, os cuidadores realizam totalmente a higienização bucal 
dos idosos. Os cuidadores apresentam dificuldade na escovação por conta da 
não cooperação dos idosos. 
O ato de cuidar do idoso com DA é de alta complexidade, exige 
conhecimento e habilidades para realizar seu trabalho. Existem os agravantes 
como os medicamentos indutores de xerostomia, a redução da coordenação 
motora fina e o declínio cognitivo, que elevam o grau de dificuldade. 
A atuaçãodo cirurgião-dentista se faz necessária em todas as 
categorias citadas. Auxiliando tanto os idosos com DA, como os cuidadores 
quanto à adequeada higienização e individualizando cada orientação em 
domicílio.

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