Anestesia local

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Anestesia local
É o procedimento anestésico usado para bloquear a dor em pequenas regiões do corpo, habitualmente na pele ou mucosa.
Mecanismo de ação: Inibição reversível da condução das fibras nervosas pela diminuição da permeabilidade ao sódio. A forma ionizada do anestésico local liga-se de modo específico aos canais de sódio, inativando-os e impedindo a propagação do impulso nervoso.
Fibras mais susceptíveis: Fibras de menor diâmetro, fibras mais superficiais, fibras de alta frequência de despolarização e fibras não mielinizadas.
Ordem:
1. Fibras B- elevação da temperatura da pele.
2. Fibras A e C- sensação de dor- temperatura.
3. Fibras A- pedra da propriocepção.
4. Fibras A- perda de tato e pressão.
5. Fibras A- perda da função motora.
Vasoconstritores: Antagonizam o efeito vasodilatador que é inerente a maioria dos anestésicos locais. Benefícios clínicos- Diminuição dos níveis sistêmicos do anestésico, limitação dos efeitos tóxicos, melhora da qualidade do bloqueio e prolongamento da sua duração.
É contraindicada a administração de anestésico com vasoconstritor em extremidades.
-Realizar anestesia em locais inflamados ou infectados reduz a qualidade e a duração da anestesia local: ambiente ácido inativa o anestésico, maior absorção pela vasodilatação local. Anestésico local não difunde bem em cicatrizes.
Principais anestésicos locais: Amidas e ésteres. As amidas são mais resistentes á hidrolise, tem maior duração do efeito anestésico.
Lidocaína: Rápido inicio de ação, moderada duração e moderada toxicidade.
Bupivacaína: Tem maior efeito vasodilatador que a lidocaína e maior duração. Tem efeito de inicio mais lento que a lidocaína. É mais lipossolúvel – no tecido gorduroso tem alta distribuição e menos anestésico vai para o vaso sanguíneo.
Equipamentos: Solução antisséptica, pinça, bandeja e algodão, luvas, seringas, solução anestésicas, agulhas de calibre 18 ou 20/ 25,27 ou 30 -para aplicação do anestésico.
Bloqueio de campo: É uma técnica que permite a anestesia de grandes áreas cutâneas, realizando aplicações do anestésico em um padrão de losango em torno de uma área desejada ou lesão. Indicações: grandes lesões cutâneas, cistos, abscessos, estruturas faciais, genitais e bloqueio digital. Leva mais tempo para agir do que nos bloqueios intradérmicos, não é incomum que precise de 5min para ter o efeito anestésico completo
Anestesia infiltrativa: Infiltração do anestésico para margens paralelas á lesão, é preferível em feridas muito contaminadas para que a agulha não carregue resíduos para outros tecidos não contaminados. Ocorre infiltração do anestésico abaixo da lesão.
Bloqueio digital: Nervo digital palma e dorsal que passa pelas laterais do dedo.
Anestesia para punções: Para toracocentese e paracentese.
Anestesia e mínimo de dor: Temperatura ambiente, tampone o anestésico com bicarbonato 8,4% (9:1)- anestésico se apresenta na forma de parte ionizada e parte não ionizada, o aumento da temperatura e o tamponamento estão a favor da parte não ionizada (forma do anestésico que melhor penetra nos tecidos). Utiliza agulha de menor calibre possível, mão dominante, esticar a pele no local do bloqueio com a mão não dominante, fazer uma pausa antes de injeta o anestésico, as reinserções e injeções do anestésico devem ser feita 1 cm dentro da área que foi anteriormente anestesiada, evite mudar a angulação da agulha após a penetração da pele.
Complicações: Lipotímia, síncope e hipotensão postural, sangramento e formação de hematoma, infecção, palpitação ou sensação de calor devido ao componente da adrenalina, hipertemia maligna no distúrbio metabólico potencialmente fatal através da aplicação de anestésicos apenas do tipo amida em indivíduos com susceptibilidade genética- manifestações de taquicardia, hiperventilação, arritmia, sudorese. Reação alérgica são raras e metahemoglobinemia (prilocaína, articaína e benzocaína).
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Victoria Almeida