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Aula_ Conceitos e alterações _ Férias (2)

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Aula 2 - FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS
Apresentação aos alunos: do professor; da bibliografia; do conteúdo programático; tipo de prova (avaliação) caderno de exercícios; explicar as regras para a avaliação do caderno de exercícios; durante as provas os códigos serão examinados pelo professor; falar sobre o plano de aula na sala virtual.
Objetivos específicos: O aluno deverá ser capaz de:
Conhecer o conceito e finalidade das férias, inclusive no que se refere à obrigatoriedade de sua concessão.
Compreender o tema em estudo, no sentido de perceber a importância do período de férias, que possibilitará ao empregado um necessário período de descanso e, ao empregador, um trabalhador em melhores condições para o desenvolvimento do labor.
SUMÁRIO:
Conceito
Natureza jurídica
Aquisição do direito
Duração do repouso
Trabalho em regime de tempo parcial
Concessão e época das férias
Remuneração das férias
Abono de férias
Férias coletivas
Efeitos da terminação do contrato de trabalho
Prescrição
INTRODUÇÃO
Explicar os objetivos específicos
Legislação: CLT arts. 129 a 153; CF/88 art. 7º XVII, 39 § 3º(funcionário público); convenção 132 OIT ver arts. 11, 5.2 (146 e 147 CLT); 3.3 (doméstico, 3 semanas, 21 dias); 8.2; 12 (132 CLT)
As férias visam proporcionar o descanso ao trabalhador, após certo período de trabalho
Aumentar o rendimento do trabalhado, principalmente o serviço intelectual
É um direito irrenunciável do trabalhador
História: No mundo: surgiu a primeira lei em 1872 na Inglaterra ao operários da indústria; em 1919 na Áustria a primeira lei que concedeu férias a todos os trabalhadores assalariados; No Brasil: em 1889 (Ministério da Agricultura), em 1890 estendida aos operários diaristas e ferroviários; em 1925 foi estendida aos a todos os empregados e operários das empresas em geral
Conceito
- Férias são o período do contrato de trabalho em que o empregado não presta serviços, mas aufere remuneração do empregador, após Ter adquirido o direito no decurso de 12 meses
Natureza jurídica
Para o empregador: é uma obrigação de fazer e dar, isto é consentir com o afastamento do empregado e pagar-lhe o salário equivalente
Para o empregado: um direito de exigir as obrigações a cargo do empregador e de se abster de trabalhar durante o período de férias
Aquisição do direito/ Duração do repouso
Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, terá direito como regra geral a 30 dias de férias ( o doméstico tinha 20 dias úteis, art. 3º Lei 5859/72, que foi alterado em 2006 e passou a ter também 30 dias de férias)
- Os dias de férias são corridos conforme tabela (art. 130 CLT):
	Nº de faltas injustificadas no período aquisitivo
	Período de gozo de férias
	Até 5
	30 dias
	De 6 a 14
	24 dias
	De 15 a 23
	18 dias
	De 24 a 32
	12 dias
Acima de 32 faltas o empregado não tem direito a férias
O art. 131 CLT não considera a falta para efeito de concessão de férias
Os atrasos ou saídas injustificadas não são faltas
Trabalho em regime de tempo parcial
- Ao empregado em regime parcial (trabalho em horas por semana):
	18 dias de férias
	Trabalho semanal superior a 22 horas, até 25
	16 dias
	Trabalho semanal superior a 20 horas, até 22
	14 dias
	Trabalho semanal superior a 15 horas, até 20
	12 dias
	Trabalho semanal superior a 10 horas, até 15
	10 dias
	Trabalho semanal superior a 5 horas, até 10
	8 dias
	Trabalho semanal igual ou inferior a 5 horas
O empregado que tiver mais de 7 faltas terá o seu período reduzido pela metade, portanto, não perde o direito às férias, só reduzido
O período de férias será computado como tempo de serviço para todos os efeitos
Não terá direito a férias se no curso do período aquisitivo: (art. 133 CLT)
deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 dias subseqüentes a sua saída
permanecer em gozo de licença remunerada por mais de 30 dias
deixar de trabalhar, com percepção de salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa
tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou acidente-doença por mais de 6 meses, ainda que descontínuos
Concessão e época das férias
Serão concedidas nos 12 meses subseqüentes à data em que aquele período haja sido adquirido (art.134 CLT)
O empregador que irá fixar a data da concessão das férias do empregado (art. 136 CLT)
A regra é que as férias são concedidas em só período, excepcionalmente em 2 períodos, desde que em qualquer um deles não seja inferior a 10 dias corridos (art. 134 CLT)
Os membros de uma mesma família que trabalhem no mesmo estabelecimento ou mesma empresa terão direito de gozar suas férias num mesmo período, desde requeiram e não cause prejuízo ao serviço (art. 136 CLT)
Os menores de 18 anos devem coincidir suas férias com as férias escolares
Trabalhando para 2 empresas do mesmo grupo, com um único contrato, terá direito a um único período de férias 136 CLT
Nascendo o filho da empregada, durante as férias, as mesmas ficarão suspensas por 120 dias, quanto ao pai (licença-paternidade) não há previsão legal 392 CLT
As férias devem ser comunicada por escrito ao empregado, com antecedência de no mínimo de 30 dias 135 CLT
As férias devem ser anotadas na CTPS; 141 CLT
O pagamento das férias deve ser feito até 2 dias antes do início do período de gozo (art. 145 CLT)
Férias concedidas após o período concessivo deverão ser pagas em dobro (só os dias que passar do período concessivo En. 81 TST)
As férias não gozadas em razão de acidente do trabalho, não há que se falar em dobra
 O doméstico não tem direito a férias proporcional (art. 3º Lei 5859/72 não menciona este direito) (existe jurisprudência entendendo ao contrário)
o doméstico não faz jus a férias em dobro (art. 7º CLT não se aplica ao doméstico)
Remuneração das férias
As férias são remuneradas
Art. 7º XVII, CF/88 o empregado tem direito a 1/3 a mais do salário normal, o terço também é devido nas férias não gozadas (indenizadas)
Se a jornada for variável apura-se a média do período aquisitivo
O adicional de horas extras, noturno, insalubridade ou perigoso serão computados no salário para efeito de férias (§ 5º art. 142 CLT)
A gratificação semestral não repercute no cálculo das férias
Abono de férias
O empregado tem a faculdade de converter 1/3 de sua férias em abono pecuniário (art. 143 CLT)
Esse abono não se confunde com o 1/3 constitucional, o abono é opção do empregado e o 1/3 constitucional é irrenunciável pelo obreiro
O abono deverá ser requerido 15 dias antes do término do período aquisitivo (não do concessivo)
O pagamento deverá ser feito até 2 dias antes do início das férias, assim como o pagamento das férias
O empregado contratado a tempo parcial não tem direito ao abono (art. 143, § 3º CLT)
O empregado dará quitação do abono e férias, com indicação do início e término
Férias coletivas
São coletivas quando concedidas não apenas a um empregado, mas a todos os empregados da empresa ou setores da empresa (art. 139 CLT)
No caso do menor de 18 anos estudante só poderá gozar no período escolar
Com no mínimo de 15 dias de antecedência deve a empresa comunicar ao órgão do Ministério do Trabalho e ao sindicato
Empregado com menos de 12 meses:
O empregado quer tiver menos de 12 meses de empresa gozará férias proporcional (art. 140 CLT)
Se for concedido um nº de dias de férias que não teria direito é considerado licença remunerada ( o risco da atividade é do empregador)
Efeitos da terminação do contrato de trabalho
Quando da cessação do contrato de trabalho:
férias vencidas
férias proporcionais
Férias em dobro se não concedidas no período apropriado
Empregado com mais ou menos de 1 ano de empresa e não sendo dispensado por justa causa, terá direito à remuneração das férias do período incompleto
Se pede demissão, com menos de 1 ano não perde o direito das férias proporcionais(convenção 132 OIT, art. 11 não perde), se mais de um ano não perde o direito (art. 147 CLT; súm 171 e 261 TST)
O trabalhadortemporário quando do término do contrato faz jus a férias proporcional indenizada (art. 12, c, lei 6019
O cálculo das férias indenizadas será feito com base na remuneração à época da reclamação ou se for o caso da época da cessação do contrato de trabalho (En. 7 TST), art. 142 CLT)
Prescrição
O art. 149 regula os prazos de prescrição para efeito de férias e art. 7º XXIX CF/88
O prazo começa a correr do término do período concessivo ou da cessação do contrato de trabalho
LEGISLAÇÃO
CLT:
CAPÍTULO IV - Das Férias Anuais (artigos 129 a 153)
 * Sobre férias: trabalhador avulso (Lei nº 5.085, de 27-8-1966, e Dec. nº 80.271, de 1º-9-1977); doméstico (Lei nº 5.859, de 11-12-1972, art. 3º, e Dec. nº 71.885, de 9-3-1973, art. 2º); Lei nº 6.019, de 3-1-1974, art. 12, "c", e Decreto nº 73.841, de 13-3-1974, art. 17, II (temporário). Vide art. 7º, XVII, da Constituição Federal. Guia de Recolhimento da Contribuição para Férias Remuneradas do Trabalhador avulso: Portaria nº 3.260, de 21-7-1978.
SEÇÃO I - Do Direito a Férias e da sua Duração (artigos 129 a 133)
ART.129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.
 * Art. 129 com redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13/04/1977.
 * Diz o art. 7º, XVII, da CF de 1988 que o trabalhador tem direito ao gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal.
 * Vide, sobre férias, os Enunciados 7º, 10, 14, 81, 89, 149, 171, 253 e 261 do TST e Súmulas 198, 199 e 200 do STF.
 * Trabalhador avulso: Lei nº 5.085, de 27/08/1966, Decreto nº 80.271, de 01/09/1977.
 * Férias Anuais Remuneradas da gente do mar (Convenção nº 146 da OIT): Decreto nº 3.168, de 14/09/1999 (DOU de 15/09/1999).
Férias Anuais Remuneradas (Convenção nº 132 da OIT): Decreto nº 3.197, de 05/10/1999 (DOU de 06/10/1999).
ART.130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
* Vide art. 2º, § 2º, da Lei nº 4.749, de 12/08/1965, sobre adiantamento de parcela da Gratificação de Natal.
 * Vide art. 3º da Lei nº 5.859, de 11/12/1972.
 * Vide art. 7º, XVII, da CF de 1988.
§ 1º É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º O período de férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
ART.130-A - Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas;
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas;
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.
ART.131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado:
I - nos casos referidos no art. 473;
II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social.
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133;
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário;
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133.
ART.132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa.
Vide art. 472, § 1º, da CLT.
ART.133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída;
 II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;
 III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
 IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
 * A CF de 1988, em seu art. 7º, XIX, diz ser direito do trabalhador a licença-paternidade.
 * Vide art. 131, III, da CLT.
§ 1º A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 2º Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.
§ 3º Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de quinze dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho.
§ 4º (VETADO).
SEÇÃO II - Da Concessão e da Época das Férias (artigos 134 a 138)
ART.134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que empregado tiver adquirido o direito.
§ 1º Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.
ART.135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
§ 1º O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social - (CTPS) , para que nela seja anotada a respectiva concessão.
§ 2º A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte: Vide art. 11, "caput", da Lei n. 9.841, de 5-10-1999, regulamentada pelo Decreto nº 3.474, de 19/05/2000.
ART.136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.
§ 1º Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.
§ 2º O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
ART.137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
§ 1º Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenhaconcedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas.
§ 2º A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida.
§ 3º Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, par fins de aplicação da multa de caráter administrativo.
ART.138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.
SEÇÃO III - Das Férias Coletivas (artigos 139 a 141)
ART.139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
§ 1º As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.
§ 3º Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho.
ART.140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.
ART.141 - Quando o número de empregados contemplados com as férias coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, mediante carimbo, anotações de que trata o art. 135, § 1º.
§ 1º O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do Trabalho, dispensará a referência ao período aquisitivo a que correspondem, para cada empregado, as férias concedidas.
§ 2º Adotado o procedimento indicado neste artigo, caberá à empresa fornecer ao empregado cópia visada do recibo correspondente à quitação mencionada no parágrafo único do art. 145.
§ 3º Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo empregado.
SEÇÃO IV - Da Remuneração e do Abono de Férias (artigos 142 a 145)
ART.142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão.
* A CF de 1988 diz que o trabalhador tem direito ao gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal (art. 7º, XVII). Vide Parecer n. 77/89 (DOU de 17-3-1989, p. 4166).
§ 1º Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias.
§ 2º Quando o salário for pago por tarefa, tomar-se-á por base a média da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
§ 3º Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias.
§ 4º A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 5º Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias.
* Vide art. 7º, XVI da CF, de 1988.
§ 6º Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme, será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes.
Federal.
ART.143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
* Vide Parecer nº 76/89 (DOU de 17/03/1989, p. 4165).
§ 1º O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo.
§ 2º Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial.
desde a publicação).
ART.144 - O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho.
Vide nota ao artigo anterior.
ART.145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.
Parágrafo único. O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias.
SEÇÃO V - Dos Efeitos da Cessação do Contrato de Trabalho (artigos 146 a 148)
ART.146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.
* Vide art. 7º, XVII, da CF de 1988.
Parágrafo único. Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
SEÇÃO V - Dos Efeitos da Cessação do Contrato de Trabalho (artigos 146 a 148)
ART.147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.
* Vide art. 7º, XVII, da CF de 1988.
 * Vide Enunciado 261 do TST.
ART.148 - A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449.
SEÇÃO VI - Do Início da Prescrição (artigo 149)
ART.149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho.
* Vide arts. 11 e 440 da CLT e 7º, XXIX, da CF de 1988.
SEÇÃO VII - Disposições Especiais (artigos 150 a 152)
ART.150 - O tripulante que, por determinação do armador, for transferido para o serviço de outro, terá computado, para o efeito de gozo de férias, o tempo de serviço prestado ao primeiro, ficando obrigado a concedê-las o armador em cujo serviço ele se encontra na época de gozá-las.
§ 1º As férias poderão ser concedidas, a pedido dos interessados e com aquiescência do armador, parceladamente, nos portos de escala de grande estadia do navio, aos tripulantes ali residentes.
§ 2º Será considerada grande estadia a permanência no porto por prazo excedente de 6 (seis) dias.
§ 3º Os embarcadiços, para gozarem férias nas condições deste artigo, deverão pedi-las, por escrito, ao armador, antes do início da viagem, no porto de registro ou armação.
§ 4º O tripulante, ao terminar as férias, apresentar-se-á ao armador, que deverá designá-lo para qualquer de suas embarcações ou o adir a algum dos seus serviços terrestres, respeitadas a condição pessoal e a remuneração.
§ 5º Em caso de necessidade, determinada pelo interesse público, e comprovada pela autoridadecompetente, poderá o armador ordenar a suspensão das férias já iniciadas ou a iniciar-se, ressalvado ao tripulante o direito ao respectivo gozo posteriormente.
§ 6º O Delegado do Trabalho Marítimo poderá autorizar a acumulação de 2 (dois) períodos de férias do marítimo, mediante requerimento justificado:
 I - do sindicato, quando se tratar de sindicalizado; e
 II - da empresa, quando o empregado não for sindicalizado.
ART.151 - Enquanto não se criar um tipo especial de caderneta profissional para os marítimos, as férias serão anotadas pela Capitania do Porto na caderneta-matrícula do tripulante, na página das observações.
ART.152 - A remuneração do tripulante, no gozo de férias, será acrescida da importância correspondente à etapa que estiver vencendo.
SEÇÃO VIII - Das Penalidades (artigo 153)
ART.153 - As infrações ao disposto neste Capítulo serão punidas com multas de valor igual a 160 BTN por empregado em situação irregular.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será em dobro.
JURISPRUDÊNCIA
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJG III DE 25/08/1969
ENUN.7 - A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado à época da reclamação ou, se for o caso, à da extinção do contrato.
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJG III DE 25/08/1969
ENUN.10 - É assegurado aos professores o pagamento dos salários no período de férias escolares. Se despedido sem justa causa, ao terminar o ano letivo ou no curso dessas férias, faz jus aos referidos salários.
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJG III DE 25/08/1969
ENUN.14 - Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado não fará jus ao aviso prévio, às férias proporcionais e à gratificação natalina do ano respectivo.
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 14/06/1973
ENUN.46 - As faltas ou ausências decorrentes de acidentes do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 26/09/1978
ENUN.81 - Os dias de férias, gozadas após o período legal de concessão, deverão ser remunerados em dobro.
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 26/09/1978
ENUN.89 - Se as faltas já são justificadas pela lei consideram-se como ausências legais e não serão descontadas para o cálculo do período de férias.
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 11/10/1982
ENUN.149 - A remuneração das férias do tarefeiro deve ser a base média da produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa da data da concessão (ex-prejulgado nº 22).
ENUN.171 – (ver nova redação)
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 23/05/1986
ENUN.253 - A gratificação semestral não repercute nos cálculos das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. (nova redação em 2003 ver)
ENUN.261 – (ver nova redação em 2003 - quem pede demissão antes de completar 12 meses tem direito a férias proporcionais)
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU 21/12/1993
ENUN.328 - O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da Constituição da República de 1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto em seu art. 7, inciso XVII.

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