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�PAGE �1� �PAGE �4� Aula 3 –(2 aulas) – TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Objetivos específicos: Identificar os princípios do direito material, com o intuito de possibilitar a compreensão dos aspectos que envolvem a proteção da relação de emprego. 2) Analisar os atos praticados pelos contratantes, no sentido de possibilitar o encerramento do pacto laboral Sumário: 2.1. Causas de extinção do contrato de trabalho 2.2. Terminação normal do contrato de trabalho, efeitos 2.3. Terminação anormal do contrato de trabalho Resolução Resilição Rescisão A terminação do contrato de trabalho por fato ou ato não dependente da vontade das partes (factum principis e força maior) A terminação do contrato de trabalho por motivo de morte, aposentadoria A terminação do contrato de trabalho e os direitos decorrentes A homologação da extinção do contrato de trabalho Termo de quitação 2.4. Prazos e efeitos Considerações gerais A abordagem da matéria seguirá uma seqüência diferente do sumário, mas atingirá todos os tópicos que devem ser abordados pelo sumário DENOMINAÇÃO Na doutrina, não há unanimidade no uso dos termos qualificadores do término do contrato de trabalho: Délio Maranhão emprega a palavra dissolução do contrato de trabalho, seja pelo meio normal ou anormal, comportando as subespécies resilição, resolução, revogação e rescisão Resilição quando as próprias partes desfazem o pacto que haviam celebrado (é o distrato do Código Civil); Resolução é quando ocorre a inexecução faltosa por uma das partes ou quando o contrato é subordinado a uma condição resolutiva; Revogação é própria dos contratos a título gratuito, que pode existir dentro de um contrato oneroso, como por exemplo o mandato; Rescisão se verifica no caso de nulidade Orlando Gomes utiliza os termos resolução, resilição ou rescisão para a dissolução dos contratos em geral Resolução ocorre a inexecução por uma das partes, por sua culpa ou não (deve ser exercida por ação judicial) Resilição ou rescisão é a cessação dos efeitos do contrato pela vontade das partes, ou por uma delas, independente de intervenção judicial Cessação é expressão genérica, neutra e técnica. O emprego das outras expressões mais confunde do que esclarece; deve ser abandonado. A CLT em muitos arts. emprega a expressão rescisão e extinção como sinônimas. CONCEITO A cessação do contrato de trabalho é a terminação do vínculo de emprego, com a extinção das obrigações para os contratantes DISPENSA ARBITRÁRIA A CF/88 no inciso I art. 7º, protege a dispensa arbitrária ou sem justa causa A dispensa arbitrária é a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro (art. 165 CLT) Motivo técnico refere-se à organização da atividade da empresa (fechamento de filial); falta de capacidade profissional do empregado Motivo econômico ou financeiro é o relativo à insolvência da empresa (o risco da atividade é do empregador) Motivo disciplinar é a dispensa por justa causa do art. 482 CLT DIVISÃO (causas de extinção do contrato de trabalho) Por decisão do empregador, que compreenderá a dispensa sem justa causa e com justa causa; Por decisão do empregado, que comporta a demissão, a rescisão indireta ou aposentadoria; Por desaparecimento de uma das partes, como a morte de empregador pessoa física, do empregado, ou extinção da empresa Por mútuo consentimento entre as partes; Por advento do termo do contrato Por força maior ou factum principis CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR DECISÃO DO EMPREGADOR O art. 7º, I da CF protege a despedida arbitrária e sem justa causa, que será regulada por lei complementar, que não foi editada. Enquanto não sair tal lei a indenização é de 40% do FGTS, art. 10, I ADCT A dispensa sem justa causa é aquela feita pelo empregador sem motivo dado pelo empregado 5.1 DISPENSA DO EMPREGADO SEM JUSTA CAUSA O empregador pode dispensar o empregado sem justa causa, mas deverá pagar: aviso prévio 13º salário proporcional férias vencidas e proporcionais saldo de salário saque do FGTS indenização de 40% direito ao seguro desemprego art. 477 § 8º CLT Tendo o empregado mais de 1 ano de empresa haverá necessidade de assistência do sindicato ou DRT (§1º art. 477 CLT) 5.2 DISPENSA DO EMPREGADO COM JUSTA CAUSA O empregado que comete falta grave, ou seja, justa causa, tipificada na lei, enseja o rompimento do vínculo empregatício; Não haverá justa causa se não previsto em lei, art. 482 CLT e outros dispositivos consolidados, como será visto posteriormente Conceito de justa causa: é a forma de dispensa decorrente de ato grave praticado pelo empregado, implicando a cessação do contrato de trabalho, de acordo com as hipóteses previstas em lei. Justa causa é a falta praticada pelo empregado, quando praticada pelo empregador a expressão é rescisão indireta (art. 483 CLT) A doutrina é praticamente unânime no sentida da taxatividade do art. 482 CLT, no entanto não é o que ocorre com a previsão em outros dispositivos consolidados sobre a justa causa: o não pagamento de dívidas do bancário, art. 508 CLT (improbidade) a não realização de horas extras pelo ferroviário, em caso de serviços urgentes, parágrafo único art. 240 CLT (insubordinação) normas de segurança ou equipamento de proteção, parágrafo único art. 158 (indisciplina ou insubordinação) Culpa recíproca (arts. 482 e 483 CLT) a indenização devida ao empregado será reduzida à metade, art. 484 CLT, fazendo jus o obreiro a aviso prévio, férias proporcional e 13º proporcional (En. 14 TST) O ônus da prova da justa causa é do empregador, art. 818 CLT Hipóteses legais: (art. 482 CLT) (tipificação, nexo, gravidade e atualidade da falta, unicidade de sanção) Ato de improbidade, impropa é uma pessoa que não é honrada, mau caráter. Ex. falsificação de documentos, atestado médico falso, etc. Incontinência de conduta, desregramento no tocante à vida sexual. Ex. obscenidades, libidinagem, pornografia, furto, etc. Mau procedimento, ato faltoso que não se enquadra nas demais alíneas do art. 482 CLT. Ex. durante o repouso faz uso de veículo da empresa para o transporte de familiares (reprovado pela sociedade) Negociação habitual, atos de comércio praticados pelo empregado, com habitualidade e sem permissão do empregador que gere concorrência ou seja prejudicial ao serviço Condenação criminal, deve ser com o trânsito em julgado e o empregado não tenha recebido sursis ou pena alternativa, ou seja não possa continuar trabalhando Desídia, preguiça, negligência, má vontade, desleixo. Uma falta só não caracteriza a desídia Embriaguez, proveniente de álcool ou droga, habitual ou em serviço. Há que entenda tratar-se de doença e deve ser tratada, não cabendo a dispensa Violação de segredo da empresa (viola a lealdade) Indisciplina, descumprimento de ordens gerais Insubordinação descumprimento de ordens pessoais Abandono de emprego, falta durante certo período com ânimo de não retornar. Orientação jurisprudencial com analogia do art. 474 CLT, em certos caso considera 30 dias, bem como o En. 32 TST (ver nova redação em 2003) Atos lesivos à honra e boa fama, do empregador ou superiores ou outras pessoas Ofensa física, agressão contra qualquer pessoa, não há necessidade de lesão corporal Prática constante de jogo de azar Atos atentatórios contra a segurança nacional (Lei de Segurança Nacional 7170/83), terrorismo, etc. CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR DECISÃO DO EMPREGADO Por pedido de demissão, na rescisão indireta ou por aposentadoria PEDIDO DE DEMISSÃO O empregado terá que dar o aviso prévio (30 dias) e terá que trabalhar, salvo se liberado pelo empregador ou já tiver arrumado outro emprego (En. 276 TST) Não tem direito a indenização do art. 477 CLT; ao saque do FGTS e às guias do seguro-desemprego Fará jus ao 13º salário proporcional (En.261 TST), a férias vencidas e férias proporcional Com mais de 1 ano necessita assistência do sindicato ou DRT (§1º 477 CLT; confrontar com a Convenção 132 OIT) RESCISÃO INDIRETA Ocorre por decisão do empregadoem virtude da justa causa praticada pelo empregador, art. 483 CLT (ver art. 390, §5º art. 405, CLT 7º, XXXIII CF No parágrafo único do art. 407 CLT outra hipótese de rescisão indireta (mudança de função do menor) A única maneira de se verificar a justa causa do empregador é com o ajuizamento de ação na Justiça do Trabalho, postulando a rescisão indireta do contrato de trabalho. O empregado a rigor não deveria permanecer na empresa, sob pena de perdão ao empregador Se julgado procedente o empregado recebe: aviso prévio, férias proporcionais, 13º proporcional e levantará o FGTS, acrescido da multa de 40% Se improcedente, recebe só o saldo de salário e férias vencidas APOSENTADORIA (Adin STF mudou entendimento....aposentadoria não mais extingue o contrato) É uma das forma de cessação do contrato de trabalho. Se continuar no emprego, há a formação de novo contrato de trabalho A aposentadoria por invalidez só se torna definitiva depois de 5 anos e antes disso o contrato encontra-se suspenso CESSAÇÃO DO CONTRATO POR DESAPARECIMENTO DE UMA DAS PARTES Morte do empregado: implica cessação do contrato de trabalho (é pessoal); os herdeiros recebem o FGTS, saldo salário, férias vencidas e proporcionais (se com mais de 1 ano de casa), 13º proporcional; não recebe indenização e aviso prévio Morte do empregador pessoa física: o empregado está despedido; o §2º art. 483, faculta ao empregado se outra pessoa continua o negócio, de permanecer no emprego ou sair Extinção da empresa: o empregado recebe todos seus direitos, pois quem corre o risco é a empresa CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR MÚTUO ACORDO DAS PARTES Pode ocorrer, mas não poderá levantar o FGTS. Os salário e férias não podem ser transacionados. As demais verbas podem ser negociadas no acordo CESSAÇÃO POR ADVENTO DO TERMO DO CONTRATO No termo o empregado tem direito de levantar o FGTS, 13º proporcional, férias proporcional; Não tem direito ao aviso prévio e nem indenização de 40% do FGTS O empregador que rescindir antes do termo indenizará pela metade, art. 479 CLT(mais o previsto no art. 14 e 9º §1º do Dec. 99684/90. A mesma coisa ocorre com o empregado, §1º art. 480 CLT Com cláusula assecuratória de rescisão antecipada, se ocorrer procede-se como no por prazo indeterminado, art. 481 CLT FORÇA MAIOR E FACTUM PRINCIPIS Força maior é um acontecimento inevitável e imprevisível, art. 501 CLT; o empregado recebe as verbas por inteiro (incêndio, inundação, etc.) Factum principis, art. 486 CLT, fato do príncipe, responde o governo LEGISLAÇÃO - CF/88 ART.7 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: * A Lei nº 9.799, de 26/05/1999, insere na Consolidação das Leis do Trabalho, regras de acesso da mulher ao mercado de trabalho. I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; ADCT - Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (artigos 1 a 83) ART.10 - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7, I, da Constituição: I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 6, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; ** Referida Lei, sobre o FGTS, acha-se revogada. ** Sobre FGTS trata a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, regulamentada pelo Decreto nº 99.684, de 8 de novembro de 1990. CLT ART.165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. * Art. 165 com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977. * "Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato" (CF de 1988, art. 10, II, "a", das Disposições Transitórias). * Vide Enunciado 339 do TST. Parágrafo único. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. * Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977. CAPÍTULO V - Da Rescisão (artigos 477 a 486) * O art. 7º, "i" da CF de 1988 assegura ao trabalhador a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos. Vide art. 10, II, das disposições transitórias da CF de 1988. Normas para a assistência ao empregado, na rescisão do contrato de trabalho: Instrução Normativa n. 2, de 12/03/1992 (DOU de 16/03/1992, p. 3376). ART.477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa. * Art. 477 com redação dada pela Lei nº 5.584, de 26/06/1970. * Vide Enunciados 50, 60, 132, 139, 148, 157, 295, 314 e 330 do TST e Decreto-lei n. 779, de 21-8-1969. Vide arts. 485 e 499 e §§ da CLT. * Vide Portaria n. 60, de 4-2-1999, do Ministério do Trabalho e Emprego. § 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão de contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho. * § 1º com redação dada pela Lei nº 5.584, de 26/06/1970. Decreto-lei n. 779, de 21-8-1969. § 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. * § 2º com redação dada pela Lei nº 5.584, de 26/06/1970. Decreto-lei n. 779, de 21-8-1969. § 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz. * § 3º com redação dada pela Lei nº 5.584, de 26/06/1970. * Vide Decreto-lei n. 779, de 21-8-1969. § 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro. * § 4º com redação dada pela Lei nº 5.584, de 26/06/1970. § 5º Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a 1 (um) mês de remuneração do empregado. * § 5º com redação dada pela Lei nº 5.584, de 26/06/1970. § 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: * § 6º acrescentado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989. a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. * Vide art. 23, § 1º, I, da Lei n. 8.036, de 11-5-1990. § 7º O ato da assistência na rescisão contratual (parágrafos 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador. * § 7º acrescentado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989. § 8º A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando,comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. * § 8º acrescentado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989. * Vide art. 2º, parágrafo único, da mesma Lei. * Extinção do BTN: Lei n. 8.177, de 1º-3-1991. § 9º (Vetado) * § 9º acrescentado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989. ART.478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses. * Sobre obra certa, vide arts. 1 e art. 2 da Lei n. 2.959, de 17-11-1956. * Vide Enunciados 138 e 147 do TST. § 1º O primeiro ano de duração do contrato por prazo indeterminado é considerado como período de experiência, e, antes que se complete, nenhuma indenização será devida. * Vide Enunciado 188 do TST. § 2º Se o salário for pago por dia, o cálculo da indenização terá por base 30 (trinta) dias. * Número de dias corrigido para aplicação da Lei n. 605, de 5-1-1949. § 3º Se pago por hora, a indenização apurar-se-á na base de 220 (duzentas e vinte) horas por mês. * § 3º com redação conforme a Constituição (art.7, XIII). * Vide art. 7º, XIII, da CF de 1988. § 4º Para os empregados que trabalhem à comissão ou que tenham direito a percentagens, a indenização será calculada pela média das comissões ou percentagens percebidas nos últimos 12 (doze) meses de serviço. * § 4º com redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28/02/1967. § 5º Para os empregados que trabalhem por tarefa ou serviço feito, a indenização será calculada na base média do tempo costumeiramente gasto pelo interessado para realização de seu serviço, calculando-se o valor do que seria feito durante 30 (trinta) dias. ART.479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. * Vide Lei n. 2.959, de 17-11-1956, e Decreto-lei n. 691, de 18-7-1969 (Técnico estrangeiro). * Vide art. 14 e parágrafo único da Lei n. 5.889, de 8-6-1973. * "Não existe incompatibilidade lógica nem axiológica entre o art. 479 da CLT e a legislação do FGTS" (RR 1781/80 - TRT 1ª Reg. - Rel. Min. Ary Campista, DJU de 12-6-1981, p. 5758). * Vide Enunciado 125 do TST. Parágrafo único. Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado. ART.480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. * Vide Decreto-lei n. 691, de 18-7-1969 (Técnico estrangeiro). § 1º A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. * Primitivo § único renumerado pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20/03/1944. * Vide Enunciado 77 do TST e Decreto-lei n. 691, de 18-7-1969 (Técnico estrangeiro). § 2º (Revogado pela Lei nº 6.533, de 24/05/1978). ART.481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. * Vide Decreto-lei n. 691, de 18-7-1969 (Técnico estrangeiro). ART.482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; * Vide Enunciados 32 e 62 do TST. j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima-defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima-defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado, a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. * Parágrafo único acrescentado pelo Decreto-lei nº 3, de 27/01/1966. * Vide Enunciados 62 e 77 do TST. ART.483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrário aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. * Vide art. 407, parágrafo único, da CLT. ART.407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou à sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções. * Art. 407 com redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28/02/1967. Parágrafo único. Quando a empresa tomar as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de função, configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483. * Parágrafo único com redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28/02/1967. § 1º O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. § 2º No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. § 3º Nas hipóteses das letras "d", "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. * § 3º acrescentado pela Lei nº 4.825, de 05/11/1965. * Vide Enunciados 13 do TST. ART.484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. * Vide Enunciado 14 do TST. ART.485 - Quando cessar a atividade da empresa, por morte do empregador, os empregados terão direito, conforme o caso, à indenização a que se referem os artigos 477 e 497. * Vide Enunciados 44 e 298 do TST. ART.486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. * Art. 486 com redação dada pela Lei nº 1.530, de 26/12/1951. § 1º Sempre que o empregador invocar em sua defesa o preceito do presente artigo, o tribunal do trabalho competente notificará a pessoa de direito públicoapontada como responsável pela paralisação do trabalho, para que, no prazo de 30 (trinta) dias, alegue o que entender devido, passando a figurar no processo como chamada à autoria. * § 1º com redação dada pelo Decreto-lei nº 6.110, de 16/12/1943. § 2º Sempre que a parte interessada, firmada em documento hábil, invocar defesa baseada na disposição deste artigo e indicar qual o juiz competente, será ouvida a parte contrária, para, dentro de 3 (três) dias, falar sobre essa alegação. * § 2º com redação dada pela Lei nº 1.530, de 26/12/1951. § 3º Verificada qual a autoridade responsável, a Junta de Conciliação ou Juiz dar-se-á por incompetente, remetendo os autos ao Juiz Privativo da Fazenda, perante o qual correrá o feito nos termos previstos no processo comum. * § 3º com redação dada pela Lei nº 1.530, de 26/12/1951. JURISPRUDÊNCIA ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 20/12/1994 ENUN.339 - O Suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, inciso II, alínea "a", do ADCT da Constituição da República de 1988.(alterada em 2005) ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 14/06/1973 ENUN.50 - A gratificação natalina, instituída pela Lei nº 4.090, de 1962, é devida pela empresa cessionária ao servidor público cedido, enquanto durar a cessão. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 24/10/1974 ENUN.60 - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 11/10/1982 ENUN.132 - O adicional-periculosidade pago em caráter permanente integra o cálculo de indenização (ex-prejulgado nº 3). E horas extras (alterada em 2005) ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 11/10/1982 ENUN.139 - O adicional de insalubridade, pago em caráter permanente, integra a remuneração para o cálculo de indenização (ex-prejulgado nº 11).(alterada em 2005) ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 11/10/1982 ENUN.148 - É computável a gratificação de Natal para efeito de cálculo da indenização (ex-prejulgado nº 20). ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 11/10/1982 ENUN.157 - A gratificação instituída pela Lei nº 4.090, de 1962, é devida na resolução contratual de iniciativa do empregado (ex-prejulgado nº 32). ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 15/03/1989 ENUN.295 - A cessação do contrato de trabalho em razão de aposentadoria espontânea do empregado exclui o direito ao recebimento de indenização relativa ao período anterior à opção. A realização de depósito na conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, cogitada no § 3º do art. 14 da Lei nº 8036/90, coloca-se no campo das faculdades atribuídas ao empregador. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 22/09/1993 ENUN.314 - Ocorrendo a rescisão contratual no período de trinta dias que antecede à data-base, observado o Enunciado de nº 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com o salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis ns. 6.708/79 e 7.238/84. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU 21/12/1993 ENUN.330 - A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que essas constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação. Enunciado com redação dada pela Resolução TST nº 108, de 05/04/2001 (DJU de 18/04/2001 - em vigor desde a publicação). ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 11/10/1982 ENUN.138 - Em caso de readmissão, conta-se a favor do empregado o período de serviço anterior encerrado com a saída espontânea (ex-prejulgado nº 9). ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 09/11/1983 ENUN.188 - O contrato de experiência pode ser prorrogado, respeitado o limite máximo de 90 (noventa) dias. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 06/10/1981 ENUN.125 - O art. 479, da CLT, aplica-se ao trabalhador optante pelo FGTS, admitido mediante contrato por prazo determinado, nos termos do art. 30, § 3º, do Decreto nº 59.820, de 20 de dezembro de 1966. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 26/09/1978 ENUN.77 - Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou sindicância internos a que se obrigou a empresa, por norma regulamentar. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJG III DE 27/11/1970 ENUN.32 - Configura-se o abandono de emprego quando o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário, nem justificar o motivo de não o fazer. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 24/10/1974 ENUN.62 - O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito contra o empregado que incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJG III DE 25/08/1969 ENUN.13 - O só pagamento dos salários atrasados em audiência não elide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJG III DE 25/08/1969 ENUN.14 - Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado fará jus ao aviso prévio, às férias proporcionais e à gratificação natalina do ano respectivo. (50%) ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 14/06/1973 ENUN.44 - A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 15/03/1989 ENUN.298 - A conclusão acerca da ocorrência de violação literal de lei pressupõe pronunciamento explícito, na sentença rescindenda, sobre a matéria veiculada.
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