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Barroco (Final XVI até começo XVIII) 1) Formação e contexto • A palavra “barroco” foi empregada primeiramente na arquitetura como uma crítica ao ecletismo das construções do século XVII, principalmente pelo uso ousado das regras de construções clássicas ou pela má interpretação destas. • Ou seja, o barroco foi uma designação pejorativa até o final do século XIX, quando alguns historiadores voltaram a estudá-lo. • Temos dois possíveis sentidos para a palavra. • O primeiro, de origem italiana, significa “grotesco” e “absurdo”. • O segundo, de interpretação portuguesa, compreende uma “pedra irregular”, daí a chamada “pérola barroca”, uma pérola irregular. • A noção de irregularidade vai permear a arte barroca, visto que é uma oposição ao modelo clássico (harmonia e regularidade), à sua exaltação do racional, e a afirmação de uma arte que apelasse para o oposto: o sentimentalismo, o drama e a ousadia construtiva. • Em sua origem, o Barroco foi marcado pelo embate entre a Igreja Católica e a Igreja Protestante. • A reforma protestante impeliu a Igreja Católica a sustentar um estilo artístico que fosse capaz de contra-atacar o avanço da reforma. • Surge então a contra-reforma em que a arte barroca torna-se um grande instrumento de propaganda religiosa, envolvendo o povo pela emoção através da arte. • À irregularidade, podemos apontar a noção de excesso. • Se, por um lado, a arte clássica prezava pelo caráter visual sintético, linear e econômico, o barroco dará prioridade ao excesso como modo de quebrar a suposta serenidade clássica e expressar a paixão, um tema constante neste estilo. 2) Características e elementos estilísticos • Apesar de o barroco ter se evidenciado como um estilo oficial da igreja católica italiana, o seu estilo se diversificou e não pode ser considerado apenas como uma arte religiosa, mas sim como uma postura reflexiva diante da arte que traz pontos consideráveis de diferença com o Renascimento. • Por essa razão temos o “barroco rico”, italiano, católico e representado pelo escultor e arquiteto Bernini e pelo pintor Caravaggio, e o “barroco pobre”, flamengo e holandês, protestante, que têm como os seus principais artistas Rubens e Rembrandt. • Mas a questão central de ambos os estilos barrocos é a dramaticidade e instabilidade nas imagens.
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