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Princípios biomecânicos dos preparos em fixa

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Princípios biomecânicos dos preparos com finalidade protética:
Profa. Rossana, 08/08/19
Definição de preparos com finalidade protética: são preparos com características próprias, realizados em elementos dentais que receberão uma restauração protética posteriormente.
· Preparo dental – fundamentos:
· Proteção do complexo dentina-polpa
· Saúde periodontal
· Proteção aos remanescentes
· Oclusão apropriada
· Estética
· Longevidade
A reabilitação oral tem princípios mecânicos (necessita parar na posição, e a mecânica que a segura), biológicos (pois tem tecidos biológicos, envolvido no sistema estomatognático) e estéticos. Todos esses três princípios estão interligados. 
PRINCIPIOS MECÂNICOS:
Tem como base a retenção da restauração, principalmente durante a mastigação, e necessita de estabilidade, para que não se desloque. 
· Retenção: depende basicamente do contato existente entre as superfícies internas da restauração e as externas do dente preparado: é uma retenção friccional. 
Dão características que impedem o deslocamento da restauração quando submetida a forças de tração, impedindo o deslocamento no sentido do longo eixo. 
· Resistência: é relacionada com forças oblíquas que incidem em cima do preparo. A forma de resistência previne o deslocamento da restauração quando submetidas as forças oblíquas que podem provocar a rotação da restauração. 
Resistência + retenção = estabilidade.
· Sistema de retenção e resistência: tem grande influência do preparo dental. É o ponto principal para a estabilidade da prótese. A fundição e cimentação não tem tanta influência quanto o preparo dental. 
· Estabilidade: depende do grau de inclinação ou conicidade, a área total de superfície, área do cimento sob ação de cisalhamento e aspereza da superfície preparada.
· Grau de inclinação (conicidade): Quando as paredes são paralelas temos uma alta resistência friccional, e assim temos dificuldade de assentamento da restauração protética. O preparo precisa ter uma certa conicidade, sendo 3° para a distal e 3° para mesial, chegando no máximo a 6°, para isso a broca tem um formato adequado para dar essa inclinação. 
A conicidade é inversamente proporcional à retenção. Quanto mais cônico o preparo, menor a retenção (diminui superfície de contato), por isso deveremos ficar próximo a 6° de inclinação, podendo variar a 10 (em dentes com coroa clínica longa), devido a utilização de pontas diamantadas corretas. 
Dentes com coroa clínica curta o paralelismo é fundamental, pois uma inclinação excessiva forma um arco de deslocamento. 
Em uma coroa clínica longa as paredes do preparo exercem efetiva resistência ao deslocamento, devido ao ponto de fulcro (ponto de apoio para formação de uma alavanca), se existe paredes de preparo para segurar o movimento, a força se dissipa. Quando temos uma coroa clínica curta, não há paredes que oferecem resistência ao deslocamento. 
A inclinação correta oferece oposição ao deslocamento, preserva estrutura dental (comprometendo biologicamente) e leva ao sucesso da restauração. 
A resistência e estabilidade dependem das dimensões do dente e da forma de preparo, e da resistências às forças laterais. 
· Área total de superfície: Fatores que exercem uma influência direta são: volume do dente (M > PM > C > IS> I inf), extensão da cobertura (coroas totais ou parciais, como inlays, onlays e crown) e adição de formas auxiliares de retenção (como por exemplo um sulco ou uma caixa na superfície do preparo). 
· Área do cimento sob ação de cisalhamento: A película de cimento está sujeita a pressões diversas que dependem da direção da força incidente. Quanto mais ideal o preparo, maior a ação de cisalhamento sobre o cimento, que é resistente ao cisalhamento. Uma única direção de inserção e remoção, garante uma maior área do cimento sob ação de cisalhamento. 
· Aspereza da superfície dental preparada: como a ponta é diamantada fica micro irregularidades, que permite o contato do cimento, formando um embricamento mecânico. Na área cervical precisa ser o mais liso possível. A superfície preparada não pode ser muito polida, para que tenha um maior embricamento mecânico com o cimento. 
· Formas auxiliares de retenção: podem ser sulcos, caixas ou pinos. Elas aumentam a retenção e melhoram a resistência, devido ao aumento da área circunferencial, limitações de movimentos e limitação dos planos de inserção e remoção. 
· Durabilidade da restauração: tem três fatores relacionados: redução oclusal, redução axial satisfatória e reforço da estrutura.
· Redução oclusal: acompanhando a inclinação das cúspides, aumentando a resistência, superfícies antagônicas às forças oblíquas e preservação do complexo dentina-polpa. 
· Redução axial satisfatória: possibilidade de reconstrução anatômica correta; contornos corretos levam a preservação do complexo dentina-polpa e do periodonto. 
· Erros comuns em preparos: conicidade excessiva; desgaste exagerado (oclusal e/ou axial); desgaste insuficiente; linha de término sem definição e nitidez; linha de termino incompatível com o material restaurador.

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