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Aula_Aviso Prévio

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Aula – 2 - AVISO PRÉVIO 
Objetivos específicos:
1) Reconhecer a finalidade do aviso prévio, identificar as peculiaridades e características do aviso prévio, incluído conceito e natureza jurídica.
1.1.Conceito
1.2. Natureza Jurídica e finalidade
1.3. Cabimento, duração e efeitos
(Abordar:conceito;natureza jurídica; requisitos; vigência contratual prazo indeterminado; inexistência de justo motivo; intenção de rescindir o contrato; observância do prazo; forma explícita; prazo e efeito; indenização substitutiva; integração ao tempo de serviço; remuneração)
Origens
Nas corporações de ofício o companheiro não poderia abandonar o emprego sem avisar o mestre, o mesmo não ocorria em relação ao mestre
No Código Comercial de 1850 o aviso era de um mês
O Código Civil de 1916, art. 1221, tratava no tocante à locação de serviços
A CLT tratou nos arts. 487 a 491
A CF/88 versou pela primeira vez no art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que à melhoria de sua condição social:, XXI “ aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei”.
Conceito
Aviso prévio é a comunicação que uma parte do contrato de trabalho deve fazer à outra de que pretende rescindir o pacto, sem justa causa, de acordo com o prazo previsto em lei, sob pena de pagar uma indenização substituta.
Natureza jurídica
Tríplice natureza:
comunicar à outra parte que não interessa mais o pacto
período mínimo para que o empregador possa achar um substituto para a função ou para que o empregado possa encontrar novo emprego
o pagamento pelo restante do tempo pelo trabalho do empregado ou a indenização pelo não cumprimento do aviso por uma das partes
- Há, assim, a combinação dos elementos COMUNICAÇÃO, PRAZO E PAGAMENTO
É um direito potestativo das partes
É uma limitação ao poder de despedir
Irrenunciabilidade
É um direito irrenunciável do empregado (Sum 276 TST); Refere-se ao aviso concedido pelo empregador
Entende a doutrina que no aviso dado pelo empregado, o período pertence ao empregador e este poderá renunciá-lo, o que não ocorre quando o aviso é dado pelo empregador
Cabimento
Nos contratos por prazo indeterminado (art. 487 CLT), é incabível nos por prazo determinado
É incabível aviso no contrato temporário da Lei 6019, pois o pacto termina em 3 meses
Se houver dispensa por justa causa não cabe aviso, se ocorrer o aviso presume-se que a dispensa foi imotivada
Extinção da empresa cabe aviso (Sum 44 TST)
Despedida indireta cabe aviso, art. 478, § 4º
Por culpa recíproca (art. 484 CLT)não cabe aviso (Sum. 14 TST)(recebe 50%)
 Se por acordo entre as partes não cabe aviso
Se o contrato por prazo determinado contiver cláusula de direito recíproco de rescisão antecipada (art. 481CLT), aplica-se a regra do indeterminado, o que gera direito ao aviso (Sum. 163 TST)
Forma
A lei não estabelece, portanto pode ser verbal, mas recomenda-se que seja escrito para maior segurança
Prazo
Dois prazos pela CLT, art. 478, 8 dias se o pagamento for efetuado por semana ou inferir e de 30 dias se o pagamento for por quinzena ou mês, ou que tiver mais de 12 meses de serviço na empresa
A CF refere-se a um prazo mínimo de 30 dias, norma auto-aplicável
Dois entendimentos sobre o prazo de 8 dias:
A CF refere-se a um mínimo de 30 dias de aviso, portanto o dispositivo da CLT não foi recepcionado pela lei maior (Amauri Mascaro e Süssekind)
A CF trata de um direito do trabalhador, mas se o aviso for dado pelo empregado ao empregador, o prazo e o direito é do empregador e o prazo poderá ser de 8 dias, mas se for do empregador para o empregado será sempre de 30 dias
Nada impede que as partes ou norma coletiva fixem prazos superiores a 30 dias
A contagem do prazo do aviso não é pacífica, ou seja a partir de que dia começa-se contar o prazo? A CLT não trata do assunto. O CPC não pode ser utilizado subsidiariamente (art. 769 CLT), pois a matéria não é de processo. O parágrafo único do art. 8º CLT admite o Direito Civil como fonte subsidiária do Direito do Trabalho, em que no art. 132 diz que exclui-se o dia do começo e inclui-se o do vencimento, mas não se prorroga o prazo se cair em domingo ou feriado
Efeitos
O aviso integra para todos os efeitos, § 1º art. 487 CLT (1/12 de 13º salário e férias)
Recebe reajuste salarial ocorrido no curso do aviso 
Indenização de um salário mensal se dispensado 30 dias antes de seu reajuste salarial (LEI 7.238 DE 29/10/1984 - DOU 31/10/1984Dispõe sobre a Manutenção da Correção Monetária Automática Semestral dos Salários, de Acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, e Revoga Dispositivos do Decreto-Lei nº 2.065, de 26 de outubro de 1983.ART.9 - O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a 1 (um) salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS. * Vide art. 28 da Lei nº 8.212, de 24/07/1991)
Falta de aviso por parte do empregador, empregado recebe o salário do aviso (§1º art. 487 CLT)
Falta de aviso do empregado (§2º art. 487 CLT)
A redução de 2 horas será sempre independe se jornada de 6 ou 8 horas; início ou término da jornada; pode optar por 7 dias corridos e o rural 1 dia por semana
Se durante o aviso o empregador cometer ato que justifique a imediata rescisão deverá pagar todo o aviso (art. 490 CLT) e em relação ao empregado é tratado no art. 491 CLT e Sum. 73 TST
(Não previsto no programa) Tratar sobre o aviso prévio e estabilidade (Sum. 182 e 348 TST); Doença ou acidente do trabalho (o contrato está suspenso, não pode avisar, pois não pode procurar emprego); aviso cumprido em casa; remuneração do aviso (Sum. 253, 305 TST), o aviso se trabalhado é salário se não trabalhado é indenização
LEGISLAÇÃO
CAPÍTULO VI - Do Aviso Prévio (artigos 487 a 491)
A CF de 1988, em seu art. 7º, XXI, garante ao trabalhador aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei. XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
ART.322 - No período de exames e no de férias escolares, é assegurado aos professores o pagamento, na mesma periodicidade contratual, da remuneração por eles percebida, na conformidade dos horários, durante o período de aulas.
 * Art. 322, "caput", com redação dada pela Lei nº 9.013, de 30/03/1995 (DOU de 31/03/1995, em vigor na data da publicação).
 § 1º Não se exigirá dos professores, no período de exames, a prestação de mais de 8 (oito) horas de trabalho diário, salvo mediante o pagamento complementar de cada hora excedente pelo preço correspondente ao de uma aula.
 § 2º No período de férias, não se poderá exigir dos professores outro serviço senão o relacionado com a realização de exames.
 * Vide Sum 10 do TST.
§ 3º Na hipótese de dispensa sem justa causa, ao término do ano letivo ou no curso das férias escolares, é assegurado ao professor o pagamento a que se refere o "caput" deste artigo.
 * § 3º acrescentado pela Lei nº 9.013, de 30/03/1995 (DOU de 31/03/1995, em vigor na data da publicação).
ART.487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
 I - 8 (oito) dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior;
 * Inciso com redação dada pela Lei nº 1.530, de 26/12/1951.
 * Entendemos prejudicado pelo art. 7, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 o disposto neste inciso.
 * O art. 7º, XXI, da CF de 1988 garante aos trabalhadores urbanos e rurais o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias.
II - 30 (trinta) dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa.
 * Inciso com redação dada pela Lei nº 1.530, de 26/12/1951.
 * Vide art. 7º, XXI, da CFde 1988.
 * Vide, sobre aviso prévio, os Sum 14, 44, 73, 163, 182, 230 e 253 do TST.
§ 1º A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
 * Vide Sum 305 do TST.
§ 2º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
 § 3º Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço.
 § 4º É devido o aviso prévio na despedida indireta.
 * § 4º acrescentado pela Lei nº 7.108, de 05/07/1983.
 § 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado.
 * § 5º acrescido pela Lei nº 10.218, de 11/04/2001 (DOU de 12/04/2001 - em vigor desde publicação).
 § 6º O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais.
§ 6º acrescido pela Lei nº 10.218, de 11/04/2001 (DOU de 12/04/2001 - em vigor desde a publicação).
ART.488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral.
 Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso I, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso II do art. 487 desta Consolidação.
 * Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 7.093, de 25/04/1983.
Vide art. 15 da Lei n. 5.889, de 8-6-1973 (Rural).
LEI 5.889 DE 08/06/1973 - DOU 11/06/1973 RET 30/10/1973
Estatui Normas Reguladoras do Trabalho Rural e dá outras Providências.
 * Regulamentada pelo Decreto nº 73.626, de 12/02/1974.
ART.15 - Durante o prazo do aviso prévio, se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, o empregado rural terá direito a 1 (um) dia por semana, sem prejuízo do salário integral, para procurar outro trabalho.
ART.489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
 Parágrafo único. Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, com se o aviso não tivesse sido dado.
ART.490 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida.
ART.491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justa para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo.
JURISPRUDÊNCIA
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJG III DE 25/08/1969
Sum.10 - É assegurado aos professores o pagamento dos salários no período de férias escolares. Se despedido sem justa causa, ao terminar o ano letivo ou no curso dessas férias, faz jus aos referidos salários.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJG III DE 25/08/1969
Sum.14 –( NOVA REDAÇÃO: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 CLT), o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do 13º salário e das férias proporcionais.) 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 14/06/1973
ENUN.44 - A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.
ENUNCIADO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 26/09/1978
Sum.73 – (NOVA REDAÇÃO: A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prezo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatórias)
 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 11/10/1982
Sum.163 - Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT (ex-prejulgado nº 42).
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 19/10/1983
Sum.182 - O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indenização adicional do art. 9 da Lei nº 6.708/79.
LEI 6.708 DE 30/10/1979 - DOU DE 30/10/1979
Dispõe sobre a Correção Automática dos Salários, Modifica a Política Salarial e dá outras Providências.
 * Regulamentada pelo Decreto nº 84.560, de 14/03/1980.
ART.9 - O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele, ou não, optante pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 19/09/1985
Sum.230 - É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 23/05/1986
Sum.253 - A gratificação semestral não repercute nos cálculos das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo duodécimo na indenização por antiguidade e na gratificação natalina (nova redação)
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 01/03/1988
Sum.276 - O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU DE 05/11/1992
Sum.305 - O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito à contribuição para o FGTS.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DJU 28/06/1996
Sum.348 - É inválida a concessão do Aviso Prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos.

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