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Testes específicos para cotovelo TESTE DE INSTABILIDADE LIGAMENTAR EM VALGO OBJETIVO Avaliar a integridade do ligamento colateral medial (ulnar) do cotovelo. POSIÇÃO DO PACIENTE O paciente pode ser avaliado sentado, em pé ou em decúbito dorsal. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador deve estar de pé e de frente para o cotovelo a ser avaliado. PROCEDIMENTO DO TESTE Para estabilizar o braço do paciente, o examinador usa uma das mãos para estabilizar o cotovelo e a outra sobre o punho. Durante a palpação do ligamento com os dedos da mão esquerda, como ilustrado, o examinador realiza uma abdução ou uma força em valgo na parte distal do antebraço com a mão direita para testar a integridade do ligamento colateral medial (instabilidade valgo). A força é aplicada várias vezes com um aumento da pressão e o examinador nota alguma alteração no quadro álgico, na estabilidade ou na amplitude de movimento. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO O examinador poderá notar alguma frouxidão, diminuição da mobilidade, leve sensação final do movimento ou dor alterada, comparada com o segmento contralateral. TESTE DE INSTABILIDADE LIGAMENTAR EM VARO OBJETIVO Avaliar a integridade do ligamento colateral lateral (radial) do cotovelo. POSIÇÃO DO PACIENTE O paciente pode ser avaliado sentado, em pé ou em decúbito dorsal. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador deve estar de pé e logo em frente ao cotovelo a ser avaliado. PROCEDIMENTO DO TESTE Para estabilizar o braço do paciente, o examinador utiliza a mão esquerda, como ilustrado, para estabilizar o cotovelo e coloca a outra mão sobre o punho. Com o cotovelo do paciente levemente fletido (de 20° a 30°) e enquanto apalpa o ligamento com os dedos da mão esquerda, o examinador realiza uma adução ou força em varo na parte distal do antebraço para testar a integridade do ligamento colateral lateral (instabilidade em varo). A força é aplicada várias vezes com um aumento da pressão, e o examinador nota alguma alteração no quadro álgico, na estabilidade ou na AM. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO Normalmente, o examinador sente a tensão do ligamento quando o estresse é aplicado. Uma frouxidão excessiva ou uma leve sensação final do movimento indicam uma injúria ligamentar (entorse de primeiro, segundo ou terceiro grau) e, especialmente com o grau 3 de entorse, pode indicar uma instabilidade articular posterolateral. MANOBRA DE MILKING OBJETIVO Avaliar a integridade do ligamento colateral medial (ulnar) do cotovelo. POSIÇÃO DO PACIENTE O paciente senta com o cotovelo fletido em 90° ou mais e o antebraço supinado. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador fica de pé e bem de frente para o cotovelo a ser avaliado. PROCEDIMENTO DO TESTE O examinador utiliza a mão direita, conforme a ilustração, para pegar o polegar do paciente alcançando-o por baixo do antebraço; a outra mão pega e sustenta a parte distal do úmero e o cotovelo. A seguir, o examinador puxa o polegar do paciente, imprimindo um estresse em valgo sobre o cotovelo. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO A reprodução dos sintomas indica um teste positivo e uma ruptura parcial do ligamento colateral medial. TESTE DE ESTRESSE EM VALGO COM MOVIMENTO OBJETIVO Avaliar a integridade do ligamento colateral medial (ulnar) do cotovelo. POSIÇÃO DO PACIENTE O paciente fica em decúbito dorsal ou em pé com o braço abduzido e o cotovelo em flexão completa. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador fica de pé ao lado do cotovelo a ser avaliado. PROCEDIMENTO DO TESTE O examinador estabiliza o braço do paciente colocando uma mão no cotovelo e a outra ao redor do punho. Enquanto os dedos da mão sobre o cotovelo palpam o ligamento colateral medial, uma abdução ou força em valgo é aplicada na parte distal do antebraço para avaliar a instabilidade ligamentar (instabilidade em valgo). Durante a manutenção do estresse em valgo, o examinador rapidamente estende o cotovelo do paciente. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO A reprodução da dor entre 120° a 70° indica um teste positivo e uma ruptura parcial do ligamento colateral medial. TESTE DE PIVOT-SHIFT LATERAL OBJETIVO Avaliar a integridade e a estabilidade das estruturas posterolaterais do cotovelo. POSIÇÃO DO PACIENTE O paciente fica em decúbito dorsal com o membro superior elevado. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador fica posicionado imediatamente ao lado e cranialmente ao paciente para o teste do cotovelo. PROCEDIMENTO DO TESTE O examinador pega o punho e o antebraço com uma das mãos, com o cotovelo do paciente estendido e o antebraço totalmente supinado. A outra mão do examinador é colocada sobre a face lateral da porção distal do úmero. O avaliador flete o cotovelo do paciente e aplica um estresse em valgo e compressão axial no cotovelo enquanto mantém a supinação. Isto faz com que o rádio (e a ulna) subluxe do úmero, levando a uma proeminência da cabeça do rádio posterolateralmente e um sulco entre a cabeça radial e o capítulo, se as estruturas posterolaterais tiverem sido lesionadas. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO Se o examinador continuar a fletir o cotovelo entre 40° a 70°, ocorre uma súbita redução articular (estalido), que pode ser palpada e vista. TESTE DA GAVETA COM ROTAÇÃO POSTEROLATERAL OBJETIVO Avaliar a integridade e a estabilidade das estruturas posterolaterais do cotovelo. POSIÇÃO DO PACIENTE O paciente fica em decúbito dorsal com o membro superior a ser testado elevado e o cotovelo fletido de 40° a 90°. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador fica posicionado imediatamente ao lado e cranialmente ao paciente para o teste do cotovelo. PROCEDIMENTO DO TESTE Com uma das mãos, o examinador pega o antebraço do paciente, e este com o cotovelo estendido e o antebraço completamente supinado. A mão esquerda do avaliador é colocada, conforme ilustrado, sobre a face medial da porção distal do úmero. O examinador segura o antebraço e o braço tal como na posição do teste da gaveta do joelho. Enquanto estabiliza o úmero, o examinador empurra o rádio e a ulna posterolateralmente. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO Um resultado positivo do teste é produzido se o rádio e a ulna rodarem ao redor de um ligamento colateral medial intacto, indicando a ruptura do ligamento colateral lateral e a instabilidade posterolateral do cotovelo. TESTES DE APREENSÃO COM ROTAÇÃO POSTEROLATERAL OBJETIVO Avaliar a integridade das estruturas posterolaterais do cotovelo. POSIÇÃO DO PACIENTE O paciente fica em decúbito dorsal com o braço a ser testado elevado acima da cabeça. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador fica imediatamente ao lado e cranialmente ao cotovelo a ser testado. PROCEDIMENTO DO TESTE Com uma das mãos, o examinador pega o punho e o antebraço do paciente com o cotovelo do paciente estendido e o antebraço totalmente supinado. A outra mão do examinador é posicionada na face lateral da porção distal do úmero. Mantendo a supinação no punho, o examinador aplica um estresse em valgo no cotovelo e o flexiona. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO Se a articulação estiver instável, 20° a 30° de flexão, juntamente com um estresse em valgo, fará com que o paciente fique apreensivo e seus sintomas podem ser reproduzidos. TESTE DE EPICONDILITE LATERAL (TESTE DE COTOVELO DE TENISTA OU TESTE DE COZEN) OBJETIVO Avaliar se há uma epicondilopatia lateral do cotovelo. POSIÇÃO DO PACIENTE O paciente pode ficar em pé, sentado ou em decúbito dorsal. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador fica em pé e imediatamente de frente ao cotovelo em teste. PROCEDIMENTO DO TESTE Método 1: uma das mãos do examinador sustenta o cotovelo do paciente. O polegar desta mão repousa sobre o epicôndilo lateral. A outra mão do avaliador segura o dorso da mão do paciente. O paciente é solicitado a cerrar os punhos ativamente, pronar o antebraço, e, em desvio radial, estender o punho enquanto o examinador resiste ao movimento. Método 2: o testepode também ser feito passivamente pelo examinador. No decorrer da palpação do epicôndilo lateral, o avaliador prona passivamente o antebraço e flete completamente o punho; a seguir, enquanto mantém estas duas posições, o examinador estende o cotovelo. Os sintomas deverão ser os mesmos que no teste ativo. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO Um resultado positivo do teste é indicado pelo súbito e severo quadro doloroso na área do epicôndilo lateral do úmero. O epicôndilo pode ser palpado para determinar a origem da dor.
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