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Aula_Empregador

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AULA Nº 04 
Objetivos específicos: Analisar a figura do empregador, suas características e responsabilidades. Os alunos, necessariamente, ao término da aula, saberão diferenciar a empresa do estabelecimento, suas peculiaridades e efeitos, especificamente em relação à sucessão do empregador e existência do grupo econômico empresarial.
SUMÁRIO (trabalho I)
EMPREGADOR
Conceito;
Características;
Empresa e estabelecimento;
Grupo econômico;
Sucessão de empregadores;
Dono de obra;
Poderes do empregador;
Poder de organização;
Poder de comando;
Poder disciplinar;
Regulamento de empresa
Conceito e características:
A definição de empregador encontra-se no art. 2º CLT.
Empregador: na época de manufatura pessoa física ( o dono da oficina); no capitalismo pessoa jurídica (empresa); atualmente (solidariedade ativa das empresas) empregador também grupo de empresas como se fosse uma grande empresa.
É por meio da definição de empregado que se chegará a definição de empregador
Empresa e estabelecimento:
Art. 2º “considera-se empregador a empresa...”
Empresa é a atividade organizada para a produção ou circulação de bens e serviços para o mercado, com o fito de lucro. (atividade- produção- lucro)
Estabelecimento é o lugar em que o empresário exerce suas atividades. O estabelecimento compreende as coisas corpóreas existentes em determinado lugar da empresa, como instalações, máquinas, equipamentos, etc
As empresas têm filiais (estabelecimentos)
O estabelecimento é a organização produtora que constitui o capital
A empresa é a atividade profissional do empresário
Em uma linguagem figurada: partindo-se do centro para a periferia, o estabelecimento circunscrito pela empresa e esta pela pessoa natural ou jurídica
Os dois conceitos estão interligados porque a organização produtora é posta em marcha pela atividade profissional do empresário, isto é, pelo exercício da empresa
O Código Civil Art. 966 “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (regula o direito de empresa; Direito Comercial)
Grupo econômico
O § 2º do art. 2º CLT regula, em parte o assunto. En. TST 129 e 331
Generalidades: tipos de empregador – estrutura jurídica (pessoa física ou jurídica); há empregador em geral (empresa) e por equiparação( profissionais liberais, instituições sem fins lucrativos, etc); quanto ao setor econômico (urbano, comerciais ou industriais, rurais e doméstico);setores do direito(empregador público e privado)
Nada impede que empresas contratem outras empresas para prestação de serviço (ver enunciado TST 331), atividade meio e atividade fim
GRUPO DE EMPRESAS (§2º art. 2º CLT; En. 129 TST)
Haverá sempre uma empresa dominante
Holding company, empresa mãe com controle acionário
Pool associação de empresa para uma ação conjunta (normalmente em época de crise)
Joint venture formas de associações pretensamente sem configurar grupo econômico
Grupo econômico é empregador único?
Solidariedade ativa e/ou passiva?
Evaristo de Morais Filho diz que o grupo consorcial é empregador único, para todos os efeitos trabalhistas, a solidariedade é passiva e ativa
Discutível o grupo econômico ser empregador único (nada impediria a transferência de um empregado para qualquer empresa do grupo; um advogado poderia dar assistência a todo o grupo)
A lei §2º, art.2º CLT solidariedade passiva; a jurisprudência En. 129 TST solidariedade ativa
Sucessão de empregadores
Sucessão em sentido jurídico consiste: na substituição de uma pessoa por outra na mesma relação jurídica;
No Direito do Trabalho a sucessão de empresas deve-se entender de modo diverso, pois sendo a empresa o exercício de uma atividade econômica organizada, não pode dar-se a sucessão na empresa;
Empregador é a empresa e o contrato de trabalho subsiste oponível ao novo proprietário do negócio (La Cueva diz que não se pode esquecer que o direito de propriedade sobre a empresa do empregador)
Sucessão é substituição de sujeitos; empresa é atividade; estabelecimento é objeto de direito
Os contratos intuitu personae, feitos em atenção às qualidades pessoais do contratante, não estendem seus efeitos aos sucessores deste (contrato);
A lei protege o trabalhador em seu emprego, enquanto esse emprego existir, independente de quem seja o empregador (Oscar Saraiva)
Deve-se entender que sucessão, no direito do trabalho, supõe uma substituição de sujeitos de uma relação jurídica, e que, não sendo a empresa ou estabelecimento sujeitos de direito, não há que se falar em sucessões de empresas, mas de empregadores
A lei: ler arts. 448 (a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados) e §2º do art. 2º;
Dois requisitos para que haja sucessão de empregadores:
que um estabelecimento, como unidade econômico-jurídica, passe de um para outro titular;
que a prestação de serviço pelo empregador não sofra solução de continuidade
Sucessão também ocorre no caso de arrendamento;
O novo concessionário de um serviço público sucede o outro;
Se o contrato de trabalho for de intuitu personae, em relação a ambos os contratantes, não poderá haver sucessão;
 A cláusula, na compra e venda de estabelecimento, na qual recebe o negócio “livre e desembaraçado de quaisquer ônus”, não impede a aplicação do 448 da CLT.
Exceção que não se aplica §2º art. 141 lei 11101/ 05 (na recuperação judicial); inconstitucional...art. 1º, IV CF; art. 3º I, III CF ; princípio da proteção e da continuidade da relação
Dono de obra
Discute-se se o dono de obra que está construindo ou reformando sua residência é empregador da pessoa que lhe presta serviços de construção;
No Direito Civil, distingue-se a empreitada, em que se contrata uma obra, determinado resultado – a realização de obra certa- da de locação de serviços, em que prepondera a própria força de trabalho, não se contratando uma obra, mas a atividade (advogado, médico, etc)
O contrato de trabalho diferencia-se em função da subordinação;
O dono de obra não assume o risco da atividade econômica nem visa lucro, não existe produção nem circulação de bens e serviços para o mercado, com fito de lucro;
Não há equiparação do dono de obra com o § 1º do art. 2º CLT;
Não é trabalho doméstico;
O empreiteiro não é subordinado;
Não se trata de contrato por prazo determinado porque os elementos subordinação e assunção dos riscos da atividade econômica não estão presentes;
Acórdão TST “ O dono da obra não pode ser considerado empregador porque não exerce na construção, atividade econômica, sendo que na hipótese do § 1º do art. 2º da CLT não existe alusão ao mesmo”; OJ 191 SDI-1 TST
Se o dono da obra é uma construtora que tem o intuito de comercializar, haverá relação de emprego
Poderes do empregador, de organização, de comando e disciplinar
A subordinação de um lado e o poder diretivo do outro lado da moeda;
Poder de direção é a faculdade atribuída ao empregador de determinar o modo como a atividade do empregado, deve ser exercida.
O poder de direção manifesta-se de 3 forma:
a)poder de organização
b)poder de controle sobre o empregado
c)poder disciplinar sobre o empregado
Poder de organização sobre a atividade do empregado;
A organização da empresa pode ser econômica ou social (social 7º XXV CF);
A empresa pode ter um regulamento interno, unilateral ou bilateral (carreira, etc), a lei faculta, mas não obriga
Poder disciplinar é o direito do empregador de impor sanções disciplinares aos empregados;
Art. 474, CLT, suspensão de até 30 dias
A lei não prevê a advertência (mas quem pode mais pode menos)
Não são admitidas outras penalidades, como multa (exceto atletas profissionais), rebaixamento de função (salvo cargo de confiança) e transferências punitivas
O controle do exercício disciplinar é da Justiça do Trabalho
O poder de controle dá ao empregador o direito de fiscalizar o trabalho do empregado;
Forma de controle é a marcação dos horários de entrada e saídano serviço.
Regulamento da empresa
Nossa legislação não trata especificamente do regulamento de empresa;
A lei e jurisprudências: parágrafo único do arts. 391 (direitos da mulher); 144 (abono de férias) CLT. Enunciados TST: 72, 77, 84, 87, 92, 97, 186, 288, 313, 326 e 327. 
IUS VARIANDI: 
O empregador poderá fazer unilateralmente, em casos especiais, pequenas modificações no contrato e que não importe prejuízo ao trabalhador (ver arts. 450, 469 CLT; En 29 e 43 TST)
JUS RESISTENTIAE (ilegalidade ou abuso de poder; rescisão indireta art. 483 CLT)
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