Cringe: o que é e o que nos ensina sobre conflitos de gerações

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Você usa o emoji “?”? É fã de Harry Potter? Curte tomar café da manhã? Então, sinto te informar, mas você é cringe para a Geração Z.

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Afinal, o que é “cringe”?

Primeiramente, para começar, vamos à raiz da questão: o significado do termo.

No dicionário de Oxford, “cringe” aparece como um verbo e pode ter dois significados:

  1. Ato de se afastar de alguém devido a um medo;
  2. Sentir vergonha ou constrangimento com alguma coisa.

Em uma tradução mais direta: é a tal da vergonha alheia que rola quando você vê o tio do pavê tentando fazer piada na festa da família.

Só que, nesse caso, se você for cringe você é o próprio tio do pavê.

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A origem da polêmica

Agora, certamente você deve estar se perguntando como surgiu essa polêmica toda. 

Esse termo já vinha aparecendo aos poucos na internet.

Mas o “boom” rolou por aqui quando a publicitária Carol Rocha fez o seguinte tweet:

Depois de milhares de interações, como se pode ver na imagem acima, começou uma guerra (bem-humorada, diga-se de passagem) de gerações. 

Então, daí veio toda a treta que chegou até aí.

E você, será que é cringe?

Há uma lista de hábitos e looks considerados cringes pela Geração Z. Será que você tem a maioria?

Veja um resumão:

  • Gostar de café da manhã
  • Usar calça jeans skinny
  • Usar sapatilha
  • Acessar o Facebook
  • Vestir camisas da Disney
  • Falar “boleto”

Você se identificou com a maior parte dos itens acima? Então, sim… você é cringe.

Geração Y x Geração Z

A maior rixa dessa polêmica toda é entre a geração Y e a geração z.

De forma bem resumida, a geração Y inclui os nascidos entre os anos 1980 e 1990. Já a geração Z, os que nasceram entre 1995 e 2010.

A geração Y (também chamada de millennials, pois agrupa quem virou adulto na virada do milênio) tem como características principais:

  • A origem da sociedade amplamente conectada, do ponto de vista tecnológico;
  • Perfil instável devido às mudanças dinâmicas na sociedade;
  • Capacidade multitarefa.

A geração Z, por outro lado, tem como destaques:

  • Extrema intimidade com a tecnologia e o meio digital;
  • Forte individualismo;
  • Inclinação à produção de conteúdo digital.

Os millennials, que se consideravam jovens até então, acabaram vendo nessa polêmica um sinal de que a tal idade adulta realmente chegou. 

E, agora, são os “tios” da geração Z. Como resultado, rolou toda aquela treta na internet.

Aprendizados sobre conflitos de gerações

Apesar do engajamento bem-humorado, aprendizados sérios podem ser tirados desse debate.

O conceito de gerações

O primeiro deles é sobre o próprio conceito “gerações”. Já parou para pensar no que isso significa?

Longe de ser apenas uma demarcação temporária em relação à data de nascimento dos indivíduos, as gerações são uma espécie de termômetro da construção social. 

Elas refletem a cultura, economia e a política de um determinado período. 

É por isso que interfere diretamente no comportamento dos indivíduos – e é daí que vem uma certa padronização a respeito dos valores e do modo de agir de um grupo em específico.

Essa espécie de “rótulo” ajuda a compreender o perfil de determinadas pessoas.

Mas deve ser vista com cautela para não cair na generalização e criar um ar de superioridade em relação ao grupo visto.

A importância da diversidade

Nesse sentido que falamos no tópico anterior, mais um grande aprendizado é em relação ao respeito à diversidade. 

Sim, pois quando falamos de conflitos de gerações estamos falando sobre olhares distintos sobre certos aspectos da vida. 

É claro que o humor é sempre bem-vindo, mas precisamos nos atentar a julgamentos e a tendência a achar inferior aquilo que é diferente de nós.

Comunicação: conhecer para se conectar

Um outro aspecto interessante dessa discussão sobre cringe é a própria comunicação. 

Você já parou para refletir como é benéfico estudar sobre outras gerações, suas gírias e forma de se de comunicar?

Isso é um grande aprendizado para a vida, inclusive.

Sendo a comunicação a chave para conseguirmos nos relacionar e sendo ela moldada pelos aspectos sociais de uma geração, ter interesse genuíno por esse tema vai te fazer aprender muito.

Tanto sobre aquele público em específico, quanto também sobre como se comunicar de uma forma mais eficaz com quem não fala 100% a mesma língua que você.

Empatia, a joia que deve estar presente em qualquer geração

Ter empatia para compreender que não apenas cada geração, mas cada pessoa, tem sua própria história e forma de ver o mundo torna as relações interpessoais mais construtivas e saudáveis.

E, assim, contribuímos para a construção de uma sociedade mais aberta, diversa e plural.

Afinal de contas, preconceito é pra lá de cringe, não é?

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Ericka Kellner

Ericka Kellner

Redatora na Passei Direto

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