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O universo clínico de Periodontia e Cariologia. Nesta Edição • Caderno Científi co - Periodontia • Caderno Científi co - Cariologia • Caderno Especial - Higiene Bucal V. 5 - N0 1 Jan/Fev 2011 ISSN 1981-2922 Periodontia - estética e saúde alinhadas por uma melhor qualidade de vida. O universo clínico de Periodontia e Cariologia. Vol. 5 • N0 1 • Jan/Fev/2011 PerioNews - Vol. 5, n.1 (janeiro/fevereiro/2011) - São Paulo: VM Comunicação - Divisão Cultural, 2007 Periodicidade Bimestral ISSN - 1981-2922 1. Odontologia (Periódicos) 2. Periodontia 3. Cariologia I. VM Comunicações - Divisão Cultural II. Título CDD 617.6005 Black D65 D631 Qualifi cação: Qualis Nacional B4 - Odontologia Indexação: BBO - Bibliografi a Brasileira de Odontologia LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 5 Considerado na Bíblia como um dos números simbólicos, o cinco faz referência ao Pentateuco, o primeiro bloco do livro sagrado e, ainda, aos dedos das mãos e dos pés. Na numerologia, o cinco é o número da liberdade, das mudanças; na alquimia, remete à quintessência; e, na natureza, aos cinco sentidos humanos. Para nós, da PerioNews, o número representa mais um ano na caminha- da da revista, que vem se solidifi cando e confi rmando sua importante atuação, dia a dia, junto aos periodontistas e cariologistas clínicos de todo o Brasil. Uma atuação marcada pelo padrão na busca constante da excelência em forma e conteúdo. Para este ano, um novo projeto gráfi co se apresenta aos nossos leitores, mais claro e suave, mas seguindo ainda a linha da estética vermelha. Utilizaremos, assim, nas capas deste ano, duas linhas – vermelhas e brancas – representando gengiva e dentes, o cerne da Periodontia que busca a saúde e a estética para uma melhor qualidade de vida. No aspecto editorial, a revista aprimora ainda mais a qualidade científi ca, trazendo arti- gos de interesse e de atualização profi ssional constante para os nossos leitores. Além de matérias informativas, dicas de leituras e a inauguração de uma nova coluna: Periodontia em destaque, que traz a opinião de destacados profi ssionais da Odontologia sobre temas relevantes da especialidade. 2011 chegou e com ele a revista PerioNews – Ano V. Leia e comprove. Boa leitura! Prof. Dr. Antonio Wilson Sallum Editor científi co Editorial Revista PerioNews 2011;5(1):5 PerioNews - Ano V 7Revista PerioNews 2011;5(1):7 A Periodontia de anteontem, ontem, hoje e amanhã Sérgio de Toledo é professor titular na Área de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Unicamp. Sérgio de Toledo Ponto de vista Lembro-me bem, embora não me considere tão velho assim, da Perio- dontia do cortar para sarar sem se preocupar com a prevenção. Ouvíamos coisas do tipo: “Fui ao doutor Fulano, especialista em gengiva, e ele me operou duas vezes e continua tudo igual... o que o senhor pode fazer por mim, doutor?” Eram as perguntas frequentes. O tempo passou e os conceitos e as perguntas dos pacientes mudaram. “Como posso controlar a ‘maldita’ placa dental? Qual escova devo usar?” Estávamos nós então, os periodontistas, novamente frente a um questionamento ímpar: seríamos nós os responsáveis pela doença periodontal que muitos de nossos colegas subestimavam ou preferiam ver a placa no bolso através de reabilita- ções grandiosas? Bem, o tempo corre célere. Hoje, os pacientes dizem: “Puxa vida! Meus dentes estão mo- les e vou precisar extraí-los. Será que o implante resolve o meu problema?” E estamos nós novamente na berlinda: extrair ou tentar salvar os elementos dentários? Nos faz pensar se realmente valerá a pena. Se em tantos anos de vida os nossos pacientes não se preocuparam – seja através das cirurgias radicais do anteontem ou através de artefatos indicados para uma excelente, ou ao menos boa, higiene dental para a remoção da tão famigerada placa dental, hoje biofi lme – os cuidados futuros serão respeitados? No presente, já apresentam problemas porque deixaram seus dentes, como se costuma dizer, ao “Deus dará” sem realizar os tratamentos de outrora. Devemos nós profi ssionais extraí-los hoje e colocar únicos ou vários implantes? Fico pensando... Amanhã, quem cuidará de seus próprios implantes? Será que nossos amados e venerados pacientes vão se importam em cuidar bem deles, como cuidam de seus carros, de suas mansões? Será que vão dedicar algum tempo a mais na manutenção de seus adora- dos dentes novos que lhes devolvemos com perfeição, como cuidam do corpo, por exemplo? Lembro-me de uma frase que li em um antigo folheto publicitário que dizia: “Tudo pode mudar na boca do futuro, menos a necessidade de higienizarmos corretamente os nossos dentes”. Muitas coisas mudaram. Novas técnicas, novas possibilidades. Mas, pessoalmente, acredito que nem mesmos nós, humildes periodontistas ou implantodontistas, poderemos continuar evoluindo isoladamente sem o apoio e a conscientização dos nossos queridos pacientes. Cabe a nós interagir com essa conscientização desde hoje e sempre, e durante todo o futuro. 8 EDITOR CIENTÍFICO Prof. Dr. Antonio Wilson Sallum (FOP-Unicamp/SP) (awsallum@terra.com.br) CONSELHO CIENTÍFICO Profs. Drs. Álvaro Francisco Bosco (Unesp-Araça- tuba/SP), Arthur Belém Novaes Júnior (Forp - USP/ SP), Benedicto Egbert Corrêa de Toledo (Unifeb/ SP), Cassiano Kuchenbecker Rösing (UFRGS/RS), Carlos Alberto Dotto (Unicid/SP), Daiane Cristina Peruzzo (FOP-Unicamp/SP), Eduardo Gomes Se- EDITORIAL PerioNews - Ano V PONTO DE VISTA A Periodontia de anteontem, ontem, hoje e amanhã Sérgio de Toledo PERIODONTIA EM PAUTA Halitose: etiologia, diagnóstico e tratamento. Importância psicossocial e de saúde pública CADERNO CIENTÍFICO Trabalhos originais e inéditos em Periodontia e Cariologia RESPONSABILIDADE CIVIL Orientação jurídica à comunidade odontológica Regina Célia Dalle Nogare HOMENAGEM ACONTECE MERCADO PESQUISAS EM EVIDÊNCIA Leituras essenciais GUIA DE PRODUTOS Guia de produtos de higiene bucal para uso domiciliar NORMAS DE PUBLICAÇÃO Como enviar seus trabalhos 5] 7] 10] Revista PerioNews 2011;5(1):8-9 abra (UFRN/RN), Eduardo Muniz Barretto Tinoco (Uerj-Unigranrio/RJ), Eduardo Saba Chujfi (SLMan- dic/SP), Elcio Marcantonio Jr. (Unesp-Araraquara/ SP), Enilson Antonio Sallum (FOP-Unicamp/SP), Euloir Passanezi (FOB-USP/SP), Fernanda Vieira Ribeiro (FOP-Unicamp/SP), Francisco Pustiglioni (Fousp/SP), Francisco Humberto Nociti Jr. (FOP- Unicamp/SP), Getúlio da Rocha Nogueira Filho (EBMSP/BA), Henrique Cruz Pereira (Unig/RJ), José Eduardo Cezar Sampaio (Unesp/SP), José Eustáquio da Costa (UFMG/MG), José Rober- to Cortelli (Unitau/SP), Luis Antonio P. Alves de Lima (USP/SP), Magda Feres (UnG/SP), Márcio Fernando de Moraes Grisi (Forp-USP/SP), Marcio Zaffalon Casati (FOP-Unicamp/SP), Renato de Vas- concelos Alves (FOP-UPE/PE), Ricardo Guimarães Fischer (Uerj-RJ), Rui Vicente Oppermann (UFRGS/ RS), Sérgio Luís da Silva Pereira (Unifor/CE), Sô- nia Groisman (UFRJ/RJ), Urbino da Rocha Tunes (EBMSP/BA), Valdir Gouveia Garcia (Unesp-Araça- tuba/SP), Vinicius Augusto Tramontina (PUC/Pa- raná), Wagner Leal Serra e Silva Filho (Unicamp/ SP), Wilson Roberto Sendyk (Unisa/SP), Wilson Trevisan Jr. (Aonp/PR) PerioNews [ www.perionews.com.br ] Sumário 17] 93] 91] Editor Executivo: Haroldo J. Vieira (diretoria.haroldo@ vmcom.com.br); Editora e Jornalista Responsável: Cecilia Felippe Nery MTb: 15.685 (jornalismo.cecilia@ vmcom.com.br); Revisora: Vivian Arais Soares (jornalismo.vivan@vmcom.com.br); Diretora de Arte: Miriam Ribalta (criacao.miriam@vmcom.com.br); Assistentes de Arte: Cristina Sigaud (criacao.cris@ vmcom.com.br) e Eduardo Kabello (criacao.kabello@ vmcom.com.br); Webdesigner: Rodolfo Mustafe (web. mustafe@vmcom.com.br); Webmaster: Anderson Oliveira Magalhães (web.anderson@vmcom.com.br); Gerente Operacional: José dos Reis Fernandes (go.reis@vmcom.com.br); Circulação e Assinaturas: AlexandreBecsei (assinaturas.alexandre@vmcom. com.br); Gerente Nacional de Marketing e Vendas: Paulo César Raymundo (gerencia.pcraymundo@ vmcom.com.br); Publicidade: Executivas de Contas: Cintia Helena Avila (atendimento.cintia@ vmcom.com.br) e Érika de Carvalho (atendimento. erika@vmcom.com.br); Supervisora de Vendas: Silvia Bruna; Administração: José Fernando Marino. Redação, Marketing e Publicidade: VM Comunicação - Rua Gandavo, 70 - 04023-000 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 2168-3400 - Fax: (11) 2168-3422 - www.vmcom.com.br Impressão e Acabamento: Ipsis Gráfi ca e Editora. Responsabilidade Editorial: Todos os artigos assinados, bem como conteúdos publicitários inseridos na Revista PerioNews e edições especiais, são de inteira responsabilidade dos respectivos autores, empresas e instituições. Só será permitida a reprodução total ou parcial de conteúdos desta edição com a autorização dos editores. Tiragem: 5.000 exemplares - auditada pela Circulação nacional. Revista fi liada Capa: imagem simbólica representando estética vermelha. 113] 89] 94] 99] 96] 9 O universo clínico de Periodontia e Cariologia. Erupção passiva alterada: diagnóstico, classifi cação e plano de tratamento Delayed passive eruption: diagnosis, classifi cation and treatment plan Marly Kimie Sonohara Gonzales, Ana Lúcia Pompéia Fraga de Almeida Comparação entre duas técnicas para enxerto de tecido conjuntivo em recessões Classes I ou II de Miller Comparison between two techniques of connective tissue grafting in Miller recession Class I and II Fabio Bonamin dos Santos, Vula Papalexiou, Sônia M. Luczyszyn, Sung H. Kim, Vinicius A. Tramontina Retalho reposicionado apical modifi cado e retalho posicionado coronário. Combinação de técnicas cirúrgicas para tratamento de recessão radicular The modifi ed apically repositioned fl ap and coronally positioned fl ap. Combined techniques for treatment of root recession João Carnio, Fernanda Akemi Nakanishi-Ito, Michael Hikaru Tashiro Uso tópico de antimicrobianos como um meio auxiliar no tratamento da periodontite Topical use of antibiotics as an aid in the treatment of periodontitis Larice Kércia Braz Monteiro, Maria Mônica Studart Mendes Moreira Efeitos da terapia fotodinâmica no tratamento não cirúrgico da periodontite crônica Effects of photodynamic therapy in non-surgical treatment of chronic periodontitis Bianca Calil Feldman, Léo Guimarães Soares, Eduardo Muniz Barretto Tinoco, Márcio Eduardo Vieira Falabella, Denise Gomes da Silva, Gerdal Roberto de Sousa Restauração subgengival e cirurgia plástica periodontal no tratamento de recessão gengival associada à lesão cervical não cariosa Subgingival restoration and periodontal plastic surgery in the treatment of gingival recession associated with non-carious cervical lesion Claudia Roberta Tenório-Trevisani, Tatiana Miranda Deliberador, Antonio Luiz Trevisani Júnior, Ricardo Luiz Grein Correção de erupção passiva através de cirurgia plástica periodontal Correction of passive eruption by periodontal plastic surgical. Case report Patrícia Fernanda Roesler Bertolini, Oswaldo Biondi Filho, Dalila Evelyn Santiago Desconforto e dor após aumento de coroa clínica realizado com instrumentos rotatórios e manuais Pain and discomfort after crown lengthening performed with rotatory and manuals instruments Tatiana Militz Perrone Pinto, Gustavo Nogara Dotto, Fabricio Batistin Zanatta Autopercepção sobre o impacto de saúde bucal na qualidade de vida em pacientes com doença falciforme Self perception of the impact of oral health in life quality patients with silk cell disease Caroline Lourenço Correia, Bianca Harari, Marcos Paulo Fonseca Corvino, Sonia Groisman 17] 71] Revista PerioNews 2011;5(1):8-9 25] ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES 50] 59] 35] Caderno Científi co Demais publicações VM Cultural: 42] Assinatura anual - R$ 420,00 | 6 edições Internacional - US$ 280. Central de Relacionamento com o Assinante: Hunter Contact Center | Tel.: (11) 3566-6227 assinaturas@huntercontactcenter.com.br Loja virtual: www.vmstore.com.br Importante: a revista PerioNews só comercializa assinaturas através de telemarketing próprio. Não possui “vendedores” em domicílio. Compromisso com nossos leitores Facilitar o acesso a conteúdos baseados em pesquisas clínicas testadas e comprovadas. Publicar conteúdos de vanguarda, visando trazer para mais perto possibilidades futuras. Promover a discussão de temas polê- micos e fazer consenso para melhor orientar e proporcionar segurança nas várias práticas clínicas. Incentivar a produção científi ca de jovens talentos, criando prêmios de mérito para ampliar o número de pesquisadores no Brasil. Crescer continuamente o volume de artigos clínicos publicados por edição, buscando aumentar a base de informação. Disponibilizar canal on-line de consultas para solucionar even- tuais dúvidas em práticas clínicas seguras. Garantir circulação da revista na data certa, evitando a quebra do fl uxo regular de atualização científi - ca neste campo. 64] 79] 10 Halitose: etiologia, diagnóstico e tratamento. Importância psicossocial e de saúde pública Revista PerioNews 2011;5(1):10-4 A partir desta edição, iniciamos uma nova série de textos referentes a temas importantes da Periodontia, que divulgaremos ao longo de todo o ano, sob o ponto de vista de destacados especialistas da área. Para começar, abordaremos a Halitose, uma das principais causas que levam o paciente a procurar o cirurgião-dentista. Conheça mais sobre o assunto nos textos a seguir. Dentre as especialidades odontológicas, a Periodontia é a que mais se aproxima da prática e do embasamento científi co necessário para diagnosticar e tratar o paciente portador de halitose. Isto porque os determinantes biológi- cos destas manifestações se assemelham, favorecendo o desempenho do periodontista. Por ser de causa multifatorial e alvo de poucos estudos e pesquisas, ainda não há conceito universalmente acei- to para o perfeito diagnóstico e tratamento da halitose. Embora critérios tenham sido sugeridos em diversas pu- blicações científi cas editadas por todo o mundo, a falta de um protocolo único tem levado a difi culdades e confusões crescentes. Principalmente quando se pretende realizar le- vantamentos epidemiológicos em diferentes populações. Estudos realizados por equipes multidisciplinares, com- postas por gastroenterologistas, psiquiatras, otorrinola- ringologistas e periodontistas, constataram que aproxi- madamente 87% das causas de halitose são de ordem bucal. Alterações sistêmicas desempenham papel indireto e por isso muitas vezes em estudos que procuram relação direta das doenças sistêmicas com a halitose, resultam em achados não condizentes com o que se observa cli- nicamente. Estes fatores, que hoje ainda não são devidamente escla- recidos pela ciência, deixam clara a necessidade da co- munidade acadêmica fomentar estudos e pesquisas dire- cionadas a esta área, para que haja a devida capacitação dos profi ssionais de saúde para atender e esclarecer a população que percorre consultórios médicos e odontoló- gicos em busca de ajuda. Celi Vieira Mestre em Ciências da Saúde – Universidade de Brasília – UnB/DF; Especialista em Periodontia – As- sociação Paulista de Cirurgião-Dentista; Professora – IIMDS- International Institute Medical Dentistry Science-Portugal celi17@uol.com.br Esta peregrinação resulta na realização de inúmeros exames desnecessários, como endoscopias gástricas e laringoscopias, bem como uso de diversas medicações inadequadas e até perigosas como antibióticos, ocasio- nando sérios desgastes, físico e emocional, ao paciente que acredita ter halitose. Importante ressaltar que, em média, em cada dez pa- cientes que procuram tratamento de halitose, quatro não apresentam resultados positivos depois de avaliações se- riadas. Estes indivíduos apresentam alterações sensoper- ceptivas que os levam a acreditar que possuemhalitose. Sentem que o seu hálito é alterado, porém, não apresen- tam odor no fl uxo expiratório. Esta alteração geralmente está associada às queixas de gosto ruim e/ou boca seca. Mais do que a halitose real, a pseudo-halitose acarreta sé- rios transtornos na vida de uma pessoa, levando ao isola- mento social e até mesmo familiar. Esta situação geralmente é agravada pela falta de co- nhecimento do profi ssional sobre o assunto, que tende a encaminhar este paciente para outra especialidade na intenção discreta e às vezes até inconsciente de se livrar do problema. Neste cenário, a comunidade odontológica ganha um pa- pel de importância fundamental, pois hoje é o primeiro pro- fi ssional a ser procurado para tratar a halitose, cabendo a ele absorver esta demanda. Ressaltando que o impacto da desinformação causa cons- trangimento, tanto para o paciente quanto para o profi s- sional, além de acarretar gastos desnecessários ao setor público e privado de atenção a saúde de nossa população. 11Revista PerioNews 2011;5(1):10-4 Periodontia em pauta Na história da Odontologia, lamentavelmente, o tema Hali- tose tem sido relegado a planos de menor importância e, muitas vezes, entregue a outros profi ssionais, eximindo a Odontologia de sua responsabilidade. Em termos de defi nição, halitose ou mau hálito é a manifes- tação de odores desagradáveis emanados da boca ou das cavidades nasal, paranasal e faringe. Em relatos norte-ameri- canos, após cárie e doenças periodontais, é uma das causas mais frequentes de visitas ao dentista. Modernamente, halitose tem sido considerada um problema que envolve saúde e estética. A primeira, porque a maior parte das halitoses está associada a processos de doença e a segunda, porque afeta o odor do indivíduo, o que se torna um problema de impacto estético também. Nesse sentido, sabendo do impacto que a halitose traz para o indivíduo e considerando o título proposto para a presente coluna, gos- taria de, brevemente, discutir a questão de ser ou não a hali- tose um problema de saúde pública. Um problema de saúde pública se caracteriza por ser aque- le que se distribui na população de forma ampla, causando custos importantes tanto governamentais quanto de setores privados para sua resolução que, caso não ocorra, gera gran- des malefícios coletivos. Na medida em que halitose por si só não é caracterizada como uma doença, seu entendimento como problema de saúde pública fi caria prejudicado. Estudos epidemiológicos têm demonstrado prevalências variadas, de acordo com local e critérios de defi nição. As prevalências apresentadas variam de 2% (halitose severa) a aproximada- mente 30%. Sendo assim, ainda que a halitose não possa ser caracterizada classicamente como um problema de saúde pública, é imperioso que se tenha ideia de que é um problema de prevalência signifi cativa. Mais recentemente, diferentes centros no mundo iniciaram abordagens de halitose, tendo estimulado a pesquisa na área. Esses resultados têm demonstrado que mais de 90% das halitoses são de origem bucal e são resolvidas com o tratamento odontológico. Outras tantas, com situações de origem combinada, também têm redução drástica com as medidas odontológicas para controle da halitose. Essas de- monstrações têm focado que o tratamento multiprofi ssional da halitose deve ser liderado por profi ssional da Odontologia. Nesse sentido, o cirurgião-dentista, em sua abordagem clí- nica, deve perguntar ao paciente se ele observa presença Cassiano Kuchenbecker Rösing Pós-doutorado – Universidade de Oslo; Professor associado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. ckrosing@hotmail.com de halitose ou se alguém o advertiu do fato. Seguindo-se, é importante que se captem as impressões do mesmo sobre a situação para que se possa entender as experiências pré- vias, os impactos e as crenças e atitudes em relação ao pro- blema. Também é importante que se conheçam os hábitos de higiene bucal do paciente, incluindo eventual abordagem do mesmo sobre a língua. Após o momento de entrevista, o profi ssional da Odontologia deve estar atento a todos os problemas bucais que possam ter relação com halitose. Especial atenção deve ser dada à observação da presença de saburra lingual e de doenças pe- riodontais. Havendo problemas bucais, esses devem ser tra- tados através de abordagem etiopatogênica, por ser aquela que tem efetividade e possibilidade de manutenção de resul- tados ao longo do tempo. Estudos que têm realizado tratamento periodontal têm con- sistentemente demonstrado redução de halitose. Em nosso grupo de trabalho, realizamos, em pacientes portadores de periodontite, um programa estrito e meticuloso de controle do biofi lme supragengival. Essa medida já foi capaz de redu- zir drasticamente a halitose. Ainda que os resultados obtidos com abordagens de remoção de bactérias da área da língua sejam controversos, por uma questão de higiene, é interes- sante que essas orientações sejam dadas aos pacientes, o que também tem resultado em diminuição de halitose. Quando se adotam abordagens terapêuticas como as propostas até agora, a resolutividade da halitose é elevada. Também não se pode esquecer de que, no entorno da problemática da hali- tose, diferentes produtos têm sido desenvolvidos para o seu tratamento. Agentes mascaradores, estimuladores de saliva, evitando a volatilização de compostos sulfurosos estão dispo- níveis, mas não fazem parte dessa abordagem motivacional. O cirurgião-dentista, entretanto, antes de prescrever qualquer desses agentes, deve estar familiarizado com sua segurança e, especialmente, com as evidências que o suportam. O mais importante para que se atinjam os objetivos de plena satisfação do paciente é que a equipe de saúde esteja capa- citada para entender a halitose como um problema individual de alto impacto e reconhecer a importância de seu trata- mento. À Odontologia é dada a responsabilidade de liderar o processo de tratamento, por sua importância, sem nunca deixar de lado a integralidade da atenção, com abordagens interdisciplinares e multiprofi ssionais. 12 Revista PerioNews 2011;5(1):10-4 Denise Falcão Especialista em Periodontia – Associação Paulista de Cirurgião-Dentista; Mestre e doutora em Ciências da Saúde – Universidade de Brasília – UnB. dfalcao@terra.com.br Halitose é um termo amplo que até então evi- denciava a emissão de odores desagradáveis no fl uxo expiratório. Contudo, halitose nem sempre se apresenta desta forma, pois não raro, verifi - camos a presença de distúrbios sensopercep- tíveis que revelam alterações gustatórias, olfa- tórias e/ou psicogênicas que promovem queixa de halitose, mesmo na ausência de substâncias odoríferas. Esta queixa pode ser decorrente de uma série de causas isoladas ou associadas e é frequente nos atendimentos de atenção pri- mária, uma vez que 50% da população adulta sofrem deste problema em algum momento de suas vidas. A visão segmentada, e até mesmo limitada, sobre como diagnosticar e tratar halitose tem gerado sérios transtornos de ordem emocional aos portadores, além dos gastos com a realiza- ção de exames desnecessários. É importante o profi ssional ter entendimento de que, embora as publicações científi cas afi rmem que aproximadamente 80% das causas da ha- litose sejam de responsabilidade do cirurgião- dentista, este assunto também é da compe- tência de médicos, psicólogos e nutricionistas. Importante destacar que halitose pode sinalizar uma doença, portanto, requer um diagnóstico preciso e tratamento adequado. Fundamentalmente, a elaboração do correto diagnóstico dependerá da aplicação de uma anamnese detalhada, que avalie o paciente sob a ótica do todo e não como uma peça isolada de um grande quebra-cabeça. A avalição clíni- ca deverá verifi car não somente a presença de doenças periodontais e de biofi lme lingual, mas também avaliar os padrões salivares. Este é outro aspecto falho na formação do cirurgião- dentista. Um estudo conduzido no Brasil verifi- cou que 69% dos periodontistas entrevistados não haviam tido aula sobre saliva durante a pós- graduação. Ora, a saliva, além de promover a autolimpeza, é fundamental para o equilíbrio da microbiota bucal, manutenção do pH, dentre ou- tras funcões. Por exemplo, sabe-se que na ocor- rência de maior viscosidade salivar, de um pH ligeiramente alcalino e/ou da redução do fl uxo salivar, o indivíduo já fi ca vulnerável à halitose de origem bucal em decorrência da maior prolifera- ção de patógenos proteolíticos. Quanto a verifi cação do odor, existem três mé- todos geralmente aceitos para medir e avaliar a extensão do odor nos portadores. O primeiro é o organoléptico, no qual o examinador usa sua capacidade olfativa. Muito embora este método seja considerado o padrão ouro para uso clínico, é importante destacar que nem todos os pro- fi ssionais possuem olfato hábil para atuar nesta área de atenção à saúde. Outro método é o uso de monitores portáteis que quantifi cam os com- postos sulfurados voláteis, como o Halimeter (Interscan Corporation, Chatsworth, CA, EUA) e o OralChroma (Abilit Corporation, Osaka, Ja- pão). O terceiro método, cromatografi a gasosa, é altamente sensível. Entretanto, não é aplicável para uso clínico e pouco usado em pesquisas em função da complexidade de seu uso e do alto custo. A relação dos odores corporais com os aspec- tos sociais sempre foi fator de preocupação para a humanidade e ainda é um obstáculo para a plenitude da vivência conjugal, para os relacio- namentos sociais e, até mesmo, para ascensão profi ssional. Cientes disso, grandes grupos eco- nômicos investem e lucram anualmente grandes somas na área de produtos voltados à melhoria da qualidade do hálito. Paradoxalmente, revela- se inaceitável que com o avanço dos conheci- mentos, a halitose ainda não faça parte do pro- cesso de formação dos profi ssionais da saúde. Portanto, caberá a nós mudar este panorama. 13Revista PerioNews 2011;5(1):10-4 Periodontia em pauta Daiane Peruzzo Especialista em Periodontia – UFRGS; Mestre e doutora em Clínica Odontológica – área de concentração, Periodontia – FOP – Unicamp. daiaperuzzo@yahoo.com.br O que é? A halitose não é necessariamente uma doença, mas um sinal indicativo de que algo não vai bem no orga- nismo, seja do ponto de vista patológico, fi siológico ou até mesmo uma questão de má higiene bucal. Podendo-se fazer uma analogia com a febre, representando um alerta, uma quebra de homeostasia do organismo. Quais são as causas? Pela manhã, ao acordar, o hálito é geralmente mais forte e desagradável devido a uma drás- tica redução do fl uxo salivar durante o sono, associado ao acúmulo e putrefação de células bucais descamadas, resíduos alimentares e saliva. Forma-se então uma cama- da esbranquiçada sobre a língua, principalmente no terço posterior, denominada saburra lingual (SL). As células epi- teliais, contidas na SL, são constituídas por proteínas ricas em aminoácidos que contém enxofre e, por um processo bioquímico, esses compostos (denominados genericamen- te de compostos sulfurados voláteis – CSV) são liberados, causando o mau odor bucal. Entretanto, esse mau hálito matinal é fi siológico e controlado com uma adequada hi- giene bucal. Caso o mau odor permaneça, pode-se con- siderar halitose, a qual merece cuidados especiais quan- to ao seu diagnóstico, orientação e tratamento. A maior parte dos casos de halitose está relacionada à atividade proteolítica das bactérias, residentes na superfície da lín- gua e superfícies dentais, que degradam os substratos proteicos gerando os compostos mal cheirosos, como os CSV, ácidos graxos e poliaminas. Seguida da presença da SL, a segunda grande causa da halitose está relacionada à presença do biofi lme (placa bacteriana) nas superfícies dos dentes, presença de cáries, gengivite e periodontite. O que fazer para evitar a halitose? a) beber água regu- larmente; b) ter uma dieta balanceada, incluindo alimentos fi brosos, pois eles funcionam como uma escova, limpando a língua; c) evitar o consumo excessivo de alimentos de odor carregado; d) fazer pequenas refeições a cada três e quatro horas; e) evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro; f) controlar o estresse, pois ele também contribui para a ocorrência do mau hálito; g) realizar adequada higie- ne bucal, incluindo o uso de fi o/fi ta dental e a limpeza da língua; h) manter a boca saudável, isto inclui ausência de cáries e de doenças gengivais (gengivites e periodontites). O que fazer para tratar a halitose? O tratamento da halitose está relacionado à causa, desta forma, o primeiro passo a ser dado é investigar a origem; no entanto, vale ressaltar que a grande maioria dos casos de halitose (cerca de 90%) são de origem bucal e a terapia da halitose deve ser determinada de acordo com as necessidades individu- ais de cada paciente. Para a halitose de origem bucal, as seguintes abordagens terapêuticas devem ser considera- das: a) redução da carga bacteriana intraoral; b) redução da disponibilidade de nutrientes proteicos para as bactérias, uma vez que a microbiota responsável pela conversão dos CSV são bactérias proteolíticas; c) conversão dos CSV em compostos não voláteis; d) mascaramento do mau odor. Considerando que a superfície dorsal da língua e o biofi lme dental bacteriano são os principais reservatórios de bacté- rias produtoras de CSV, os procedimentos de tratamento periodontal, realizados pelo dentista, e um efetivo contro- le de placa bacteriana, associado à higiene da superfície dorsal da língual, visando remover a SL, são medidas de fundamental importância para redução dos níveis de CSV na cavidade bucal. A limpeza da língua deve ser realiza- da usando a associação de escova + limpador lingual. A escova tem o papel de varrer a superfície da língua e o limpador de língua, por sua vez, age como um rodo, re- movendo a SL. O uso de enxaguatórios bucais sem álcool pode auxiliar na resolução do aspecto cosmético do mau odor bucal, porém, não deve ser considerado como forma única de tratamento. O uso de antissépticos, em sua grande maio- ria, não trata halitose, apenas servem para mascará-la e proporcionar um hálito mais agradável enquanto o produto está ativo na cavidade bucal. Entretanto, alguns antissépti- cos possuem maior comprovação na redução da halitose, como os que possuem em suas formulações gluconato de clorexidina ou cloreto de zinco. A clorexidina tem a capaci- dade de permanecer ativa até 12 horas, porém, o seu uso contínuo pode provocar efeitos colaterais como mancha- mento em dentes e língua, o qual pode ser removido por profi laxia feita pelo dentista. Quanto ao cloreto de zinco, poucos estudos foram realizados para avaliar o tempo de efi cácia, porém, efeitos adversos não foram encontrados. 14 Revista PerioNews 2011;5(1):10-4 A halitose é um problema multifatorial e multidisciplinar. Apesar disso, 98% ou mais se devem às causas odontológicas, com destaque especial para a doença perio- dontal e saburra lingual. Esses dois casos acontecem devido à contaminação por bactérias patogênicas anaeróbicas gram-negativas que inicialmente se localizam na língua, o que geralmente acontece por um mecanismo de aderência devido a um aumento da concentração de mucina na saliva (por redução do fl uxo salivar ou não). A preocupação com o hálito vem de longa data, mas somente em 1874, quando foi estudada e descrita por Howe, a halitose passou a ser considerada como uma entidade clínica. Os odorivetores mais importantes com relação ao desenvolvimento da halitose po- dem ser classifi cados em três grupos: 1. compostos sulfurados voláteis (mais impor- tantes, presentes na saburra e doença periodontal – sulfi dreto, metilmercaptana e dimetilsulfeto); 2. compostos orgânicos voláteis de origem putrefativa; 3. compostos orgânicos voláteis de origem sistêmica, sendo estes do tipo metabólico patológico, metabólico alimentar (fi siológico) e metabólico medicamentoso (iatrogênico). A halitosedeve ser considerada importante por pelo menos duas razões: 1) é uma restrição social; 2) pode ter consequências sistêmicas quando os microrganismos patogênicos caem na corrente circulatória (geralmente, pela perda da inserção epitelial, no início da doença periodontal). Como possíveis problemas sistêmicos devido à doença periodontal estão descritos na literatura: pneumonias, gastrite, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, eclâmpsia, nascimento prematuro, nascimento de baixo peso, abortos e artrite reacional. Informações da literatura mostram que a saburra é a sede de microrganismos responsáveis pela placa dental, cárie, doença periodontal, halitose, doenças pulmo- nares, gastrite por H. pylori etc. Por todos os motivos acima expostos, é lógico que manter a superfície da língua o mais limpa possível é uma forma de reduzir drasticamente a contagem de micror- ganismos patogênicos na cavidade bucal. No entanto, é um erro acreditar que todo hálito desagradável seja sempre anormal ou indicativo de alterações orgânicas. Encontramos alterações do hálito em pessoas normais, pela manhã, devido à hipoglicemia do jejum e pela redução fi siológica do fl uxo salivar que acontecem durante a noite. Olinda Tarzia Professora e pesquisadora – Cetao/São Paulo; Autora do livro “Halitose – um desafi o que tem cura”; Responsável pelo setor científi co – Odomed. tarzia@uol.com.br 17Revista PerioNews 2011;5(1):17-22 Periodontia RESUMO A gengiva tem um papel importante na estética do sorriso. O sorriso gen- gival, o qual apresenta exposição gengival em excesso, pode ter como fatores etiológicos: excesso maxilar vertical (esquelético), lábio superior curto ou hiperativo, posição dentária relacionada com a extrusão, coroa clínica curta, ou erupção passiva alterada. Esta última ocorre quando não há uma correta migração apical da margem gengival e parte da coroa anatômica do dente permanece coberta por gengiva. O presente trabalho teve como objetivo discutir classifi cação, métodos de diagnóstico e plano de tratamento do sorriso gengival causado por erupção passiva alterada, ilustrada por meio de um caso clínico. Unitermos - Erupção dentária; Estética dentária; Sorriso; Gengiva; Au- mento de coroa clínica; Coroa dentária. ABSTRACT The gingiva plays a fundamental role in the esthetics of smile. The gummy smile, which presents excessive gingival exposure, may have as etiologic factors the vertical maxillary excess (skeletal), short or hyperactive upper lip, extruded tooth positioning, short clinical crown, or delayed passive eruption. The latter occurs when there is no correct apical migration of the gingival margin and part of the anatomical crown of the tooth remains covered by gingiva. The present study aims at discussing the classifi cation, methods for diagnosis and treatment plan for the gummy smile caused by delayed passive eruption, illustrated by means of a case report. Key Words - Tooth eruption; Esthetics dental; Smiling; Gingiva; Tooth crown. Erupção passiva alterada: diagnóstico, classifi cação e plano de tratamento *Mestre em Periodontia e doutora em Reabilitação Oral – Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo (FOB/USP) – Bauru/SP. *Professora doutora do Depto. de Prótese – FOB/USP e Hospital de Reabi- litação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo – HRAC/ USP – Bauru/SP. Relato de caso clínico Marly Kimie Sonohara Gonzales* Ana Lúcia Pompéia Fraga de Almeida** Delayed passive eruption: diagnosis, classifi cation and treatment plan Recebido em set/2010 Aprovado em out/2010 18 Revista PerioNews 2011;5(1):17-22 Gonzales MKS • de Almeida ALPF INTRODUÇÃO As três estruturas que compõem um sorriso (dente, con- torno gengival e lábio) devem ter uma relação harmônica para uma estética aceitável1-2. O sorriso pode ser: baixo, médio e alto. O sorriso é alto quando ocorre excessiva exposição de gengiva, conhecido como sorriso gengival3-4. O sorriso gengival pode ocorrer pela posição dentária e à coroa clínica curta. As causas comuns incluem destruição coronária traumática, cáries, atrito incisal e localização coro- nária da gengiva, podendo levar a hipertrofi a do tecido ou um fenômeno conhecido como erupção passiva alterada5-9. Além disso, pode estar associado a outras condições, incluindo lábio superior curto, extrusão dentária e crescimento vertical excessivo da maxila6-7. O processo de erupção dentária basicamente constitui- se em duas fases. A erupção ativa ocorre quando o dente, em movimento oclusal, emerge da cripta óssea e continua a erupcionar até manter contato oclusal com o dente antago- nista. Este estágio é seguido pela segunda fase, a erupção passiva, caracterizada pelo deslocamento apical da junção dentogengival10-11, que resulta no aumento do comprimento da coroa clínica11-12. Quando grande parte da coroa anatômi- ca permanece coberta pela gengiva, denomina-se de erup- ção passiva alterada ou atrasada2. A ocorrência da erupção passiva alterada é imprevisível, mas a sua frequência no geral da população é de aproximadamente 12%6,10-11,13-14. Clinicamente, o paciente com erupção passiva alterada apresenta coroas clínicas curtas, apresentando a dimensão vertical da coroa menor do que a dimensão horizontal, com- prometendo a harmonia do sorriso2. Para diagnosticar a etiologia do sorriso gengival, como sendo a erupção passiva alterada, deve-se inicialmente anali- sar os lábios do paciente em repouso e no sorriso forçado4, verifi car se há exposição de gengiva em excesso. Se o com- primento do lábio estiver entre 20 e 24 mm destes parâme- tros e o paciente expuser a gengiva em excesso durante o sorriso a causa é sua hiperatividade. Após a análise do lábio, o próximo passo é a localização da JCE (junção cemento esmalte) utilizando uma sonda explo- radora subgengivalmente8. Se a JCE está localizada em uma posição normal no sulco gengival, provavelmente, o paciente não apresenta erupção passiva alterada. Quando a JCE não for detectada no sulco, a sondagem da crista óssea alveo- lar deve ser realizada. Normalmente, nos casos de erupção passiva alterada, é determinado que a JCE está próxima do sulco gengival. A medida pode ser utilizada para determinar a relação da JCE com a crista óssea alveolar7,15. O exame radiográfi co por meio de radiografi as peria- picais auxilia também na determinação do comprimento da coroa anatômica, pela localização da JCE e da quantidade de suporte ósseo8. Quando a causa do sorriso gengival for erupção passiva alterada, o tratamento será a cirurgia periodontal de aumento de coroa clínica. A indicação das diferentes técnicas cirúrgi- cas depende da classifi cação da erupção passiva alterada16. O sucesso do tratamento de aumento de coroa clínica depende de um diagnóstico apurado e um plano de tratamen- to cuidadoso, considerando as distâncias biológicas e a jun- ção dentogengival. Considerando-se que a maioria dos casos de sorriso gengival observados é devido à erupção passiva alterada, o presente artigo teve como objetivo discutir classi- fi cação, métodos de diagnóstico e plano de tratamento desta alteração, exemplifi cando-a através de um caso clínico. RELATO DE CASO CLÍNICO Paciente FM, 19 anos, gênero feminino, queixa-se da de- sarmonia do sorriso após tratamento ortodôntico e relatou ter vergonha de sorrir. Durante o exame inicial, realizou-se uma sequência de avaliação para obter o diagnóstico correto da etiologia do sorriso gengival, que consiste em: • Análise do sorriso forçado da paciente e dos seus lábios em repouso (Figura 1). • Mensuração do lábio superior em repouso: medida de 20 mm estava dentro dos parâmetros para as mulheres (de 20 a 22 mm). • Avaliação da altura da coroa clínica: desarmonia do nível Figura 1 - Sorriso inicial da paciente, mostrando exposição exces- siva da gengiva. 19Revista PerioNews 2011;5(1):17-22 Periodontia da margem gengival dos dentes anteriores superiores (Figura 2). • Medida da alturadas coroas clínica dos dentes: incisivo central superior (8 mm de altura), Figura 3. • Localização da JCE com sonda exploradora introduzida através do sulco gengival: não foi possível detectar a JCE, sugerindo a sua localização no nível da crista óssea alveolar (subgrupo B). • Sondagem óssea: após a anestesia terminal infi ltrativa, introduziu-se uma sonda milimetrada até atingir a crista óssea, a medida obtida de 2,5 mm indicava quantidade de tecido gengival supraósseo (Figura 4). • Medida da quantidade de mucosa ceratinizada: a JMG (jun- ção muco gengival) estava localizada apical à crista óssea (Tipo I), Tabela 1. • Radiografi a periapical da área para auxiliar na localização da JCE e verifi car sua relação com a crista óssea alveolar: crista óssea proximal estava distante da JCE (sem neces- sidade de osteotomia na área interproximal). O diagnóstico clínico e radiográfi co foi de erupção pas- siva alterada Tipo IB e foi planejada a correção do sorriso gengival por meio de cirurgia periodontal com retalho de bisel interno e osteotomia (Tabela 2). Posterior a uma anamnese criteriosa, executou-se a raspagem da boca toda e orienta- ções de higiene bucal para restabelecer a saúde gengival. Após a anestesia terminal infi ltrativa de toda região anterior superior, realizou-se uma incisão em bisel interno ou inverso Figura 2 - Vista frontal intrabucal: desarmonia do nível da margem dos dentes ântero-superiores. Figura 3 - Medida da altura da coroa clínica do incisivo central su- perior direito (8 mm). Figura 4 - Medida da margem gengival até a crista óssea realizada com auxílio da sonda milimetrada. TABELA 1 - CLASSIFICAÇÃO DA ERUPÇÃO PASSIVA ALTERADA6 Tipo Descrição I JMG está localizada apical a crista óssea alveolar. II JMG está localizada no nível da JCE. Subgrupo A A distância entre a crista alveolar e a JCE corresponde a 1,5 a 2 mm, permitindo a inserção normal de fi bras gengivais no cemento. Subgrupo B A crista alveolar está no nível da JCE. TABELA 2 - PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DA ERUPÇÃO PASSIVA ALTERADA6 Tipo Planejamento cirúrgico IA Gengivectomia, retalho de bisel interno. IB Retalho de bisel interno com osteotomia. IIA Retalho com posicionamento apical. IIB Retalho com posicionamento apical com osteotomia. 20 Revista PerioNews 2011;5(1):17-22 Gonzales MKS • de Almeida ALPF com lâmina de bisturi 15c, demarcando um arco côncavo regular, mais apicalmente, próximo ao nível da JCE, sem atingir a região interproximal2,8, para não alterar a papila in- terproximal e não comprometer a estética da área (Figura 5). Removeu-se o colar de gengiva de aproximadamente 2 a 3 mm (Figura 6), eliminando-se o tecido gengival em excesso e expondo a coroa anatômica do dente. O retalho total foi rebatido com um descolador, possibi- litando a visualização da crista óssea vestibular ao nível da JCE. A osteotomia com cinzéis acompanhou a JCE, estenden- do-se aproximadamente 1 a 2 mm apicalmente para permitir espaço para as distâncias biológicas (Figura 7). Finalmente, as suturas simples foram realizadas nas re- giões interproximais, com fi o Vicryl 6.0 (Johnson & Johnson), Figura 8, e removidas após uma semana. A avaliação pós- operatória de três meses revelou um adequado aumento de coroa clínica dos dentes com a preservação da característica em arco côncavo regular da margem gengival e da papila interproximal (Figura 9). A comparação entre o sorriso inicial (Figura 1) e fi nal do paciente (Figura 10) demonstrou a harmo- nia do lábio com as estruturas dentárias e gengivais obtidas após o procedimento cirúrgico periodontal. DISCUSSÃO O planejamento cirúrgico do aumento de coroa clínica se baseia na avaliação do sorriso, comprimento anatômico da coroa, comprimento do lábio superior e altura do osso maxilar. A apresentação do caso clínico enfoca também a importância do planejamento, considerando-se a distância da JCE à crista óssea alveolar e localização da JMG em relação ao nível da JCE e a quantidade de mucosa ceratinizada, para obter um sorriso com harmonia entre lábios, coroa clínica dentária e tecidos periodontais. Figura 5 - Incisão em bisel interno delimitado a nova margem gengival para expor mais a coroa anatômica dos dentes. Figura 6 - Aumento de coroa clínica dos dentes ântero-superiores após a remoção do tecido gengival marginal posicionado a margem gengival do incisivo lateral 1 mm coronal em relação à margem dos incisivos centrais e caninos. Figura 7 - Osteotomia manual realizada após rebatimento do reta- lho total, localizando a crista óssea vestibular de 1 a 2 mm apical à junção cemento-esmalte. Figura 8 - Retalho posicionado e suturado com fi o Vicryl 6-0. 21Revista PerioNews 2011;5(1):17-22 Periodontia Figura 10 - Sorriso fi nal do paciente.Figura 9 - Vista frontal da região ântero-superior, três meses após a cirurgia periodontal. A erupção passiva alterada foi classifi cada em dois tipos principais, de acordo com a relação entre junção cemento- esmalte (JCE) e junção mucogengival e então subdividiram em duas classes conforme a posição da crista óssea7. O caso clínico apresentado corresponde ao Tipo IB de erupção passiva alterada, um dos tipos mais frequentes des- ta alteração15. O Tipo I apresenta ampla faixa de gengiva, o excesso de tecido gengival pode ser removido por gengivectomia ou retalho em bisel interno. Ao contrário o Tipo II, necessita pre- servar a pouca faixa de gengiva, sendo indicada a realização de retalho posicionado apicalmente13. No subgrupo B, como a crista óssea está ao nível da JCE, indica-se a realização da ressecção óssea para criar espaço para a reinserção de fi bras gengivais e restabelecer as distâncias biológicas para o remodelamento do tecido gengival no nível mais apical4,8. Nos casos em que a crista óssea encontra-se de 1,5 a 2 mm apical a JCE, Tipo IA e IIA, o tratamento do sorriso gengival baseia-se apenas no deslocamento apical do teci- do gengival, sem a necessidade de osteotomia. Nesta fase, deve-se avaliar a simetria da margem gengival com o dente contralateral. O ponto mais alto do contorno gengival do in- cisivo central e canino está distal à linha média (no ângulo distovestibular) e do incisivo lateral está centralizado mesio- distalmente8,13. O tratamento realizado foi a gengivectomia interna (reta- lho com bisel inverso) e osteotomia. Se o tipo IB fosse trata- do apenas com gengivectomia e o excesso de gengiva fosse removido até a JCE, a distância biológica seria eliminada, ocorrendo o retorno da margem gengival a nível pré-cirúrgico com recidiva do sorriso gengival. Portanto, é necessária a Nos casos em que a crista óssea encontra- se de 1,5 a 2 mm apical a JCE, Tipo IA e IIA, o tratamento do sorriso gengival baseia-se apenas no deslocamento apical do tecido gengival, sem a necessidade de osteotomia. Nesta fase, deve-se avaliar a simetria da margem gengival com o dente contralateral. O ponto mais alto do contorno gengival do incisivo central e canino está distal à linha média (no ângulo distovestibular) e do incisivo lateral está centralizado mesiodistalmente8,13. 22 Revista PerioNews 2011;5(1):17-22 Gonzales MKS • de Almeida ALPF REFERÊNCIAS 1. Fischman SL. Current status of indices of plaque. J Clin Periodontol 1986;13:371-4. 2. Oppermann RV, Rösing CK. Prevenção e tratamento das doenças periodontais. 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The Clinical Evaluation of an Electronic Toothbrush in the Removal of Established Plaque and Reduction of Gingivitis, Quintessence Int 1996;27:389-94. redução tanto do tecido gengival como do tecido ósseo, pro- porcionando uma distância de pelo menos 2 mm entre a JCE e a crista óssea13, criando espaço para a formação da inser- ção conjuntiva e do epitélio juncional durante a cicatrização da área. A avaliação estética cuidadosa é necessária para tornar mais realista as expectativas do tratamento do sorriso gengi- val com aumento de coroa clínica. Deve ser considerada linha média da face, posição da borda incisal e linha do sorriso. Para a harmonia gengival, a posição do lábio superior deve ser paralela ou seguir a linha gengival dos dentes superiores e a incisal dos mesmos deve seguir a linha do lábio inferior17. A posição ideal da margem gengival é ditada pelo limite ver- tical do sorriso, nos incisivos centrais e caninos está posi- cionada no mesmo nível da parte inferior do lábio superior. A margem gengival dos incisivos centrais superiores está localizada 1 a 2 mm mais incisalmente do que os incisivos la- terais e caninos. O ponto mais alto da margem é distal à linha média do incisivo central e canino e é localizado no centro do incisivo lateral13. Devem ser avaliados os limites vertical e horizontal do sorriso. A dimensão vertical ideal é quando a margem gengi- val do incisivo central e canino superiores toca a borda infe- rior do lábio superior no sorriso completo e o limite horizontal do sorriso dita quão posterior o procedimento cirúrgico deve se estender8. Os procedimentos cirúrgicos periodontais estéticos só devem ser conduzidos se houver saúde gengival. Não deve haver sinais de doença periodontal como: sangramento após a sondagem, supuração, infl amação e perda óssea10,15. No entanto, os elementos chaves para se determinar posição e contorno da margem gengival são posição e contorno do osso alveolar subjacente15. A opção pelo tratamento estético periodontal que visa corrigir o sorriso gengival implica em diagnosticar correta- mente sua etiologia18. Depois de diagnosticada a erupção passiva alterada, o plano de tratamento cirúrgico para au- mento de coroa clínica segue o tipo de alteração16. CONCLUSÃO O sucesso do tratamento do sorriso gengival está no diagnóstico adequado da real etiologia do problema e no pla- nejamento de um tratamento preocupado com a manutenção das distâncias biológicas. Endereço para correspondência: Ana Lúcia Pompéia Fraga de Almeida Al. Dr. Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 – Vila Universitária 17012-901 – Bauru – SP Tel.: (14) 3235-8081/3235-8272 – Fax: (14) 3235-8182 analmeida@usp.br 25 RESUMO A recessão gengival é uma condição bastante comum entre pacientes de ambos os sexos e em diferentes idades, aumentando sua frequência com o passar dos anos. As maiores queixas dos pacientes com reces- são gengival são hipersensibilidade radicular e aspecto antiestético. Para isto, existem diversos tratamentos, sendo as cirurgias de enxerto as mais utilizadas. Atualmente, o tratamento mais indicado para estes casos são os enxertos de tecido conjuntivo associados a alguma técnica de retalho. Este trabalho visou comparar apenas em recessões profundas, Classes I ou II de Miller, se existiam diferenças entre enxertos realizados com a técnica do envelope e a técnica do retalho posicionado apicalmente (RPA). Optou-se por estas técnicas, já que no envelope parte do enxerto fi ca ex- posto e no RPA ele é recoberto e um dos parâmetros avaliados foi o ganho de tecido ceratinizado após os atos cirúrgicos. Concluiu-se que ambas são igualmente satisfatórias quanto a recobrimento neste tipo de recessão, tendo a técnica do envelope um ganho maior de tecido ceratinizado, além de ter a cicatrização mais rápida. Unitermos - Recessão gengival; Enxerto conjuntivo; Recobrimento radi- cular. ABSTRACT The gingival recession is a common condition in pacients, in different ages, increasing its frequency with the age. Patients are frequently complaining about gingival recession, mostly in cases of root sensibility and non esthetical aspect. There are a variety of gingival recession treatment, where gingival grafts surgery are the most used procedure. Nowadays, the most indicated treatment are the graft surgeries combined with some kind of fl ap design. The goal of this study was to compare, in deep gingival recessions, Miller class I or II; if there were differences between grafts with Envelope technique and Langer and Langer technique. The choice for those techniques were that in the Envelope technique the graft remains partially exposed, while in Langer and Langer it remains covered. It was possible to conclude that both techniques had root coverage, while the Envelope present better results concerning the width of keratinized tissue and faster wound healing. Key Words - Gingival recession; Connective tissue grafts; Root coverage. Comparação entre duas técnicas para enxerto de tecido conjuntivo em recessões Classes I ou II de Miller *Especialista e mestre em Odontologia e Periodontia – PUC/PR. **Prof. em pós-graduação em Odontologia e Periodontia – PUC/PR. Relato de caso clínico Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 Periodontia Fabio Bonamin dos Santos* Vula Papalexiou** Sônia M. Luczyszyn** Sung H. Kim** Vinicius A. Tramontina** Comparison between two techniques of connective tissue grafting in Miller recession Class I and II Recebido em set/2010 Aprovado em set/2010 26 Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 dos Santos FB • Papalexiou V • Luczyszyn SM • Kim SH • Tramontina VA INTRODUÇÃO A recessão gengival é uma condição indesejada por re- sultar em exposição radicular, propiciando o acúmulo de pla- ca que pode resultar em cárie radicular, aspecto antiestético, exposição cervical das restaurações protéticas, sensibilida- de, além do medo de perda dentária por parte do paciente1. Pode ser defi nida como amigração apical da margem gengi- val, a partir da junção cemento-esmalte2. Várias são as causas da recessão gengival, entre elas o trauma de escovação, má posição dentária no arco, pre- sença de placa e cálculo dental, movimentos ortodônticos, grampos de próteses removíveis mal adaptados, incisões in- corretas, ou incisões intencionais para eliminação de bolsas periodontais3-5. Além disto, quanto menor a faixa de tecido ceratinizado, maior a incidência de recessão gengival6. É ne- cessário um mínimo de 2 mm de mucosa ceratinizada para a manutenção da saúde gengival, mesmo em áreas livres de placa clinicamente detectável7. Uma gengiva de espessura fi na apresenta pouco tecido conjuntivo entre o epitélio oral e o sulcular. Na presença de uma tábua óssea delgada, o pro- cesso infl amatório leva à formação de uma deiscência, fator imprescindível ao aparecimento das recessões. Com isto há união entre os epitélios, resultando na recessão gengival8. Recessões profundas podem representar um desafi o para o recobrimento completo de raízes expostas através de enxertos livres, devido à difi culdade de nutrição da sua porção mais coronal9-10. Os fatores que podem levar o den- te a apresentar recessão gengival podem ser divididos em: fatores anatômicos, fi siológicos e/ou patológicos11. Sabe-se que é necessária a presença de infl amação local causada por placa bacteriana ou trauma, que pode estar associada a uma série de fatores isolados ou em conjunto, tais como: trauma oclusal, presença de freios ou bridas inseridos próximos da margem gengival, hábitos nocivos, invasão de espaço bioló- gico, deiscências e fenestrações ósseas, mal posicionamen- to dentário, tábua óssea delgada, dentre outros12. A classifi cação de recessão gengival foi descrita em 1985 por Miller13, e divide-se em Classes I, II, III e IV, levando em conta a profundidade das recessões e a condição óssea e gengival interproximal. Nas Classes I e II de Miller, 100% de recobrimento radicular podem ser obtidos. A recessão Clas- se III de Miller não pode prever um recobrimento radicular completo e na Classe IV o recobrimento não pode ser espe- rado. Para o tratamento cirúrgico dessas recessões existem duas modalidades que podem ser aplicadas: enxertos pedi- culados e enxertos livres, sendo que os enxertos livres que utilizam tecido conjuntivo são os que apresentam a maior previsibilidade de recobrimento radicular9,14-16. A técnica de enxerto conjuntivo associado ao retalho posicionado coronariamente (RPC) foi descrita inicialmente17. Uma modifi cação foi então feita na técnica precursora, onde o retalho foi posicionado coronariamente recobrindo total- mente o enxerto. O enxerto conjuntivo é então submerso neste leito e assim terá irrigação de forma bilaminar, no lado interno pelo conjuntivo e periósteo e no externo pelo conjun- tivo presente no retalho. Na técnica do envelope10, o enxerto conjuntivo é colo- cado entre a superfície radicular desnuda e o retalho parcial previamente preparado. O retalho é realizado sem a presen- ça de incisões relaxantes e com a preservação das papilas, criando-se um envelope que irá servir como leito receptor do enxerto. O fato de não possuir incisões relaxantes, faz com que o suprimento sanguíneo do enxerto seja otimizado, diminuindo as chances de insucesso. Uma vez criado o enve- lope, o enxerto é colocado em seu interior, fi cando uma parte exposta ao meio bucal. A cicatrização do enxerto conjuntivo na área receptora pode ocorrer de várias formas, sendo que o mais comum é a adaptação conjuntiva. Com dois meses pós-operatórios, a adaptação do enxerto à raiz ocorre por migração epitelial e adaptação conjuntiva18. Visto que há poucos trabalhos comparando essas téc- nicas em recessões profundas ( 3 mm), faz-se necessária a avaliação comparativa para se determinar se existe uma melhor opção para tratamento destas áreas, tanto para reco- brimento radicular quanto para ganho de tecido ceratinizado. RELATO DE CASO CLÍNICO O estudo foi submetido ao CEP-PUC/PR (Comitê de Ética e Pesquisa em Humanos) e aprovado sob número 2.008. Os pacientes envolvidos assinaram um termo de consentimento, explicando os procedimentos a serem realizados, estando livres para abandonarem a pesquisa a qualquer momento, sem qualquer tipo de prejuízo para si. Foram atendidos dois pacientes vinculados à clínica Odontológica da PUC/PR, apresentando duas áreas distintas de recessão gengival Classes I ou II de Miller, com profundida- de 3 mm, em dentes homólogos monorradiculares. Como o cigarro é um fator que afeta negativamente na cicatrização de enxertos livres, pacientes fumantes não foram incluídos no estudo19-20. Previamente aos procedimentos cirúrgicos, foram realiza- dos procedimentos periodontais básicos e instrução de higie- ne bucal. Foram feitas tomadas radiográfi cas periapicais pa- 27Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 Periodontia dronizadas com o uso de posicionador, para avaliar condição óssea interproximal para certifi car ausência de perda óssea e confi rmar a classifi cação das recessões. Foi realizada uma técnica em cada dente, sendo que estes deveriam ser únicos, contralaterais, monorradiculares e sem presença de doença periodontal. Pacientes tabagistas, etilistas, com doenças crô- nicas, e com trauma de oclusão, lesões cariosas ou abrasões no dente em questão não foram incluídos neste estudo. Os parâmetros periodontais avaliados foram: profundida- de de sondagem (margem gengival ao fundo do sulco clínico), nível de inserção clínica (junção cemento-esmalte ao fundo do sulco clínico), faixa de mucosa ceratinizada (da margem gen- gival à linha mucogengival), profundidade da recessão (jun- ção cemento-esmalte à margem gengival), largura da reces- são (em sua maior largura cervical) e os índices gengival, de placa e de sangramento a sondagem. Para as sondagens foi utilizada uma sonda milimetrada tipo PCP-UNC 15 (Hu-Friedy), tendo o auxílio de um dispositivo acrílico (stent) posicionado no dente a ser tratado e nos dentes vizinhos, para padroniza- ção da posição das medidas clínicas. Para avaliação da faixa de tecido ceratinizado foi utilizada solução de iodo metaloide (solução de Schiller). As cirurgias foram realizadas em dois momentos distintos, sendo a escolha entre as duas técnicas de maneira aleatória para cada sítio cirúrgico. Os procedimentos foram realizados sob efeito de anes- tesia local infi ltrativa com uso de lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 como vasoconstritor. Após a instalação da anes- tesia, as áreas a serem tratadas foram raspadas com curetas de Gracey, segui- das de descontaminação química com uso de EDTA 24% por dois minutos. Os enxer- tos conjuntivos foram sempre retirados da região do palato do paciente, do hemiarco correspondente ao do procedimento cirúrgico, com incisão em traço único que possibilita melhor cicatrização em um curto período de tempo. Todas as cirurgias foram realizadas pelo mesmo operador, objetivando maior padronização nos resultados clínicos. Como medicação pós-cirúrgica, foi usado ibuprofeno- arginina (Spidufen) 400 mg a cada oito horas por três dias. Além disto, bochecho com clorexidina 0,12%, duas vezes ao dia por sete dias, para o controle químico de placa bacte- riana. Na área doadora usou-se cimento cirúrgico (Coe-Pak), para maior conforto do paciente, e na receptora, com obje- tivo de evitar traumas involuntários na região por parte do paciente. O cimento foi retirado após três dias para controle de placa profi ssional e foi recolocado em casos de maior desconforto do paciente. As reavaliações dos parâmetros clínicos periodontais fo- ram realizadas após um, três, seis e 18 meses, sendo com- paradas com as avaliações iniciais prévias ao procedimento cirúrgico. Caso Clínico 1 Paciente LD, sexo feminino, 24 anos, leucoderma, apre- sentava recessões nos dentes maxilares devido a sua posi- ção vestibularizada. Os dentes 14 e 24 apresentavam reces- sões Classe I de Miller comboas condições de recobrimento. Técnica do Envelope, Figuras 1 a 10, e técnica de Lan- ger e Langer, Figuras 11 a 16 (Tabela 1). As reavaliações dos parâmetros clínicos periodontais foram realizadas após um, três, seis e 18 meses, sendo comparadas com as avaliações iniciais prévias ao procedimento cirúrgico. Figura 1 - Foto inicial evidenciando recessão gengival do dente 14, com 3 mm de profundidade. Figura 2 - Confecção do envelope em espessura parcial. 28 Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 dos Santos FB • Papalexiou V • Luczyszyn SM • Kim SH • Tramontina VA Figura 3 - Após o enxerto ser posicionado, foi feita compressão com gaze, por cinco minutos, para sua estabilização. Figura 4 - Sutura do leito doador após remoção do enxerto pela técnica da incisão única. Figura 5 - Aspecto com sete dias pós-operatórios. Notar a boa maturação do enxerto. Figura 6 - Sete dias pós-operatórios na região doadora. Figura 7 - Pós-operatório de 30 dias. Figura 8 - Pós-operatório de três meses. Figura 9 - Pós-operatório de seis meses, evidenciando o ganho de tecido ceratinizado. Figura 10 - Controle após 18 meses da cirurgia. Paciente em tratamento ortodôntico. 29Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 Periodontia TABELA 1 - ÍNDICES PERIODONTAIS AVALIADOS Altura da recessão (AR), largura da recessão (LR), faixa de mucosa ceratinizada (MC), profundidade de sondagem (PS), índice de placa (IP), índice gengival (IG) e índice de sangramento (IS).Al d ã (AR) l d ã (LR) f d d (MC) f d d d d d (PS) í d d l (IP) í d l (IG) í d d (IS) Dente 14 (Envelope) Dente 24 (Langer e Langer) Início Um mês Três meses Seis meses 18 meses Início Um mês Três meses Seis meses 18 meses AR 4 mm 2 mm 2 mm 1 mm 0 mm 4 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm LR 4 mm 2 mm 2 mm 2 mm 0 mm 4 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm MC 1 mm 3 mm 3 mm 3 mm 4 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm PS 1 mm 2 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 2 mm 1 mm 1 mm IP 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 IG 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 IS 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 Figura 11 - Foto inicial do dente 24 com recessão de 4 mm de altura. Figura 12 - Retalho parcial elevado, com o enxerto estabilizado por suturas laterais. Figura 13 - Deslocamento do retalho apicalmente, recobrindo totalmente o enxerto. Figura 14 - Três meses pós-operatórios. Figura 15 - Seis meses pós-operatórios. Figura 16 - 18 meses pós-operatórios. 30 Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 dos Santos FB • Papalexiou V • Luczyszyn SM • Kim SH • Tramontina VA Caso Clínico 2 Paciente EOG, sexo masculino, leucoderma, 23 anos, procurou a Clínica de Periodontia da PUC/PR com queixa de lesões por recessão gengival em vários dentes, principalmen- te nos dentes 13 e 23. Técnica do Envelope, Figuras 17 a 24, e técnica de Lan- ger e Lange, Figuras 24 a 32 (Tabela 2). Figura 17 - Recessão inicial do dente 23 (3 mm). Figura 18 - Envelope criado na região da recessão. Figura 19 - Enxerto conjuntivo posicionado sobre a recessão. Figura 20 - Cicatrização após sete dias. Figura 21 - Um mês pós-operatório. Figura 22 - Três meses de controle. Figura 23 - Após seis meses da cirurgia, houve um aumento de volume do tecido enxertado, devido ao Creeping attatchment. 31Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 Periodontia Figura 24 - Recobrimento obtido após 18 meses da cirurgia, com aumento da faixa de tecido ceratinizado. Figura 25 - Recessão inicial no dente 13 (4 mm). Figura 26 - Incisões relaxantes e intrassulcular. Preservação das papilas. Figura 27 - Deslocamento apical do retalho, recobrindo toda a área da recessão. Figura 28 - Estabilização do retalho por pontos simples isolados. Figura 29 - Um mês pós-operatório. Figura 30 - Controle de três meses. Figura 31 - Seis meses pós-operatórios. 32 Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 dos Santos FB • Papalexiou V • Luczyszyn SM • Kim SH • Tramontina VA No presente trabalho, ambas as técnicas mostraram- se satisfatórias quanto a recobrimento radicular. Isto se deve ao fato da indicação das cirurgias para recobrimento, onde Classes I e II de Miller têm boas chances de sucesso, além da cooperação dos pacientes quanto a higiene bucal e acompanhamento profi ssional. DISCUSSÃO No presente trabalho, ambas as técnicas mostraram-se satisfatórias quanto a recobrimento radicular. Isto se deve ao fato da indicação das cirurgias para recobrimento, onde Classes I e II de Miller têm boas chances de sucesso, além da cooperação dos pacientes quanto a higiene bucal e acom- panhamento profi ssional. Em estudos prévios comparando- se enxertos de tecido conjuntivo associado às técnicas do RPC e envelope, ambos obtiveram bons resultados quanto a redução da recessão (94,7% e 89,6%, respectivamente), sendo tais diferenças apenas numéricas, não signifi cativas estatisticamente. Já quanto ao ganho de mucosa ceratini- zada, houve signifi cativa melhora com a técnica do envelo- pe21-22. Outro estudo, comparando enxertos conjuntivos pelas técnicas de Langer e Langer e túnel, constatou que ambas tiveram redução signifi cativa nas recessões, sendo estatisti- camente superiores às tratadas pela técnica do túnel (96,4%) em comparação com as tratadas pela técnica de Langer e Langer (75,5%). Também, quanto ao ganho de inserção Figura 32 - Estabilidade do enxerto após 18 meses de acompa- nhamento. TABELA 2 - ÍNDICES PERIODONTAIS AVALIADOS Altura da recessão (AR), largura da recessão (LR), faixa de mucosa ceratinizada (MC), profundidade de sondagem (PS), índice de placa (IP), índice gengival (IG) e índice de sangramento (IS). Dente 13 (Langer e Langer) Dente 23 (Envelope) Início Um mês Três meses Seis meses 18 meses Início Um mês Três meses Seis meses 18 meses AR 4 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm 3 mm 2 mm 2 mm 1 mm 1 mm LR 4 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm 3 mm 3 mm 2 mm 2 mm 1 mm MC 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 3 mm 4 mm 4 mm 4 mm PS 1 mm 2 mm 2 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm IP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 IG 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 IS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 33Revista PerioNews 2011;5(1):25-33 Periodontia clínica, a técnica do túnel foi superior 77,1% contra 56,4% da Langer e Langer23. Independente da técnica aplicada, a presença de um periodonto normal na área interproximal confere ótimo suprimento sanguíneo ao enxerto, o que não ocorre nas Classes III e IV. Em casos de recessões profun- das, a técnica do envelope deixa grande parte do enxerto exposto, sem suprimento sanguíneo por estar em contato apenas com a superfície dentária que é avascular. Portanto, apesar de esta estrutura poder ser incorporada e tornar-se tecido ceratinizado, existe o risco de necrose desta região e consequente reabsorção de parte do enxerto. Nos casos aqui apresentados, houve um aumento signifi cativo na faixa de tecido ceratinizado quando usada a técnica do envelope. Na técnica de Langer e Langer, como todo o enxerto deve ser recoberto pelo retalho, a vascularização é maior24, sen- do maior a chance de sucesso nesta terapia. Contudo, se o tecido preexistente não apresentar uma faixa adequada de mucosa ceratinizada, toda a área do recobrimento também será desprovida deste tecido, podendo haver limitação estéti- ca pela alteração da posição da junção mucogengival após o posicionamento coronário do retalho. Além disto, a cicatriza- ção das áreas tratadas com esta técnica foram mais demora- das do que nas tratadas com o envelope, devido as incisões relaxantes presentes em ambos os lados da recessão. No segundo caso apresentado com a técnica do envelope, o re- cobrimento poderia ter sido melhor se o tamanho do enxerto tivesse sido maior, por ter havido limitação de quantidade de tecido na área doadora. Entretanto, houve um aumento considerável na faixa de tecido ceratinizado pelo fenômeno do Creeping attatcment, que pode ocorrer de seis meses a um ano após o procedimento cirúrgico. A cicatrização do leito doador em todos os casos foi considerada ótima, por não ter havido necrose tecidual e consequentemente com pós-operatório favorável ao paciente. CONCLUSÃO • As duas técnicas foram igualmente satisfatóriasquanto a recobrimento radicular em recessões Classe I ou II de Miller, até 3 mm de altura. • Houve maior formação de tecido ceratinizado nas áreas que receberam a técnica de envelope. Endereço para correspondência: Fábio Bonamin dos Santos Rua Francisco Alves Guimarães, 333 - Cristo Rei 80050-210 – Curitiba – PR Tel.: (41) 3264-4001 fabiobond@yahoo.com.br REFERÊNCIAS 1. 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Esta combinação de técnicas foi efi ciente na reso- lução da sensibilidade radicular, proporcionando 100% de recobrimento com menor trauma cirúrgico, ausência de tecido doador palatal e com resultado estético ideal. Unitermos - Recobrimento radicular; Recessão gengival; Retalho reposi- cionado apical modifi cado; Retalho posicionado coronariamente. ABSTRACT This paper aims to report a clinic case of root coverage performed in a tooth with an exacerbated sensitivity due to gingival recession Class I Miller. The modifi ed apically repositioned fl ap was performed in order to increase the amount of keratinized tissue apical to the defect, prior to the use of coronally positioned fl ap. This combination of techniques was effective at a long term in resolution of the root sensitivity, providing 100% root coverage with less surgical trauma, absence of palatal donor tissue and excellent aesthetic result. Key Words - Root coverage; Gingival recession; Modifi ed apically repositioned fl ap; Coronally advanced fl ap. Retalho reposicionado apical modifi cado e retalho posicionado coronário. Combinação de técnicas cirúrgicas para tratamento de recessão radicular *Coordenador da Disciplina de Periodontia e dos Cursos de Especialização e Residência em Periodontia – Universidade Estadual de Londrina. **Professora da Disciplina e do Curso de Especialização em Periodontia – Universidade Estadual de Londrina. ***Graduado em Odontologia – Universidade Estadual de Londrina. Relato de caso clínico Revista PerioNews 2011;5(1):35-40 Periodontia João Carnio* Fernanda Akemi Nakanishi-Ito** Michael Hikaru Tashiro*** The modifi ed apically repositioned fl ap and coronally positioned fl ap. Combined techniques for treatment of root recession Recebido em ago/2010 Aprovado em set/2010 36 Revista PerioNews 2011;5(1):35-40 Carnio J • Nakanishi-Ito FA • Tashiro MH INTRODUÇÃO As recessões gengivais são defi nidas como o desloca- mento apical da gengiva marginal de sua posição cervical para níveis localizados na superfície radicular, aquém da jun- ção amelocementária1. Os fatores etiológicos das recessões gengivais podem ser divididos em dois grupos2-3: fatores determinantes (relacionados à má higienização e à escova- ção traumática4) e fatores predisponentes (incluindo tecido gengival delgado5, fatores iatrogênicos, mau posicionamento dental, inserção muscular alta, tração do frênulo e deiscên- cias ósseas alveolares). Entre os procedimentos propostos para recobrimento radicular, o retalho posicionado coronal (RPC) é uma das téc- nicas descritas na literatura para o tratamento de recessões Classe I e II de Miller6-10. Apesar de ser a técnica de fácil execução e de produzir resultado estético satisfatório, ela exige a presença de tecido ceratinizado apical ao defeito, ao redor de 3 mm, para que os resultados sejam satisfatórios e duradouros11-14. Quando existe ausência ou mesmo dimensões insatis- fatórias de gengiva ceratinizada apical ao defeito, o uso de enxerto gengival livre prévio é preconizado15-17. Embora pro- duza resultados funcionais adequados, a estética se torna comprometida e a utilização do palato como área doadora, gera mais um trauma cirúrgico e incômodo pós-operató- rio18-19. Visando aumentar a dimensão apicocoronal de gen- giva ceratinizada da área doadora, alguns autores20 propuse- ram o retalho reposicionado apical modifi cado (Marf- Modifi ed Apically Repositioned Flap), o qual apresenta vantagens como a não utilização de um tecido doador palatal, simplicidade da técnica, tempo operatório reduzido, menor trauma cirúrgico e estética satisfatória. O presente trabalho teveo objetivo de relatar um caso clínico de recessão Classe I de Miller, com ausência de tecido ceratinizado apical ao defeito. A técnica do Marf foi utilizada para aumentar a área de tecido doador previamente ao em- prego do RPC para cobertura radicular. O resultado demons- trou que a combinação dessas duas técnicas foi satisfatória e efi ciente, com resultado duradouro em longo prazo. RELATO DE CASO CLÍNICO Um paciente, sistemicamente saudável, procurou uma clínica privada com sensibilidade exacerbada no elemento 34 (Figura 1). Ao ser feito o exame clínico, foi constatada uma recessão marginal tecidual vestibular Classe I de Miller (Figura 2). Após explanação e discussão com o paciente sobre as opções técnicas a serem utilizadas, planejou-se a técnica do Marf, para aumento da gengiva apical ao defeito e posterior emprego do RPC para cobertura radicular. Antes do trata- mento cirúrgico, foram instituídos com orientação de higiene bucal e controle de placa bacteriana. Para a realização da técnica do Marf foi utilizado 1/3 de tubete de anestésico in- fi ltrativo na região gengival da área cirúrgica (Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000). A seguir, foi realizada uma inci- são horizontal biselada apical ao defeito com 10 mm de com- primento, 0,5 mm coronariamente à linha mucogengival. Um colar marginal de tecido ceratinizado permaneceu intacto na porção coronária e uma faixa de 0,5 mm de tecido ceratini- zado foi mantido ao longo da porção coronal do retalho. Pos- teriormente, duas incisões relaxantes, mesial e distal, foram realizadas conectando-se à incisão horizontal. O retalho foi então dividido e reposicionado 3 mm apicalmente ao tecido marginal remanescente (Figura 3). A área cruenta apresentou uma fi na e homogênea camada de periósteo com ausência de fi bras elásticas e musculares. Uma leve compressão com Figura 1 - Área selecionada para a técnica do retalho reposicionado apical modifi cado. Figura 2 - Solução de Schiller para melhor identifi cação da área pré-operatória. 37Revista PerioNews 2011;5(1):35-40 Periodontia gaze, por cinco minutos, foi efetuada no local para manter o retalho estável em contato com periósteo adjacente. Não houve necessidade de sutura. Para proteção da ferida, utili- zou-se cimento cirúrgico (Coe-Pack). Foi prescrita uma me- dicação analgésica e anti-infl amatória (Ibuprofeno, 600 mg a cada 12 horas) para dor, caso fosse necessária. Após a remoção do cimento cirúrgico, recomendou-se a interrupção da escovação na área cirúrgica e iniciou-se o bochecho, com clorexidina a 0,12%, por um período de quatro semanas. A cicatrização ocorreu dentro dos parâmetros da normalidade, sem sangramento e nenhuma necessidade de medicação pós- operatória (Figura 4). Após oito semanas, o tecido neoformado apresentou aspecto clínico de normalidade, aumento de tecido ceratinizado de 2,5 mm em relação às medidas pré-cirúrgicas (Figuras 5 e 6), proporcionando, dessa forma, condições favo- ráveis12,14 para a execução da técnica de RPC10. A técnica do RPC foi então executada com anestesia local infi ltrativa no fundo de fórnix (Lidocaína 2% com epine- frina 1:100.000 ). Tratou-se a raiz exposta, somente com raspagem radicular por meio de curetas manuais. Uma in- cisão intrassulcular foi realizada conectada com duas inci- sões relaxantes verticais nas extremidades mesial e distal à incisão horizontal, estendidas além da linha mucogengival13. Um retalho parcial foi confeccionado e posicionado corona- riamente ao nível da junção cemento-esmalte. Suturas absor- víveis foram usadas para manutenção do retalho em posição (6,0 Catgut - Ethycon). Os mesmos cuidados pós-operatórios realizados na técnica do Marf foram instruídos ao paciente. O pós-cirúrgico transcorreu dentro dos limites da normalidade. Um ano após o emprego da combinação das técnicas ci- rúrgicas (Figura7), os resultados obtidos foram satisfatórios em relação aos parâmetros analisados (profundidade de son- dagem, aumento de tecido ceratinizado, cobertura radicular e estética). Estes resultados se mantiveram estáveis por um período de oito anos, quando as medições fi nais foram reali- zadas (Figuras 8 e 9; Tabela 1). Figura 3 - Realização da técnica do Marf. Figura 4 - Uma semana após o procedimento do Marf. Figura 5 - Oito semanas após o procedimento do Marf. Figura 6 - Oito semanas após o procedimento do Marf. Solu- ção de Schiller delimitando a área cirúrgica. 38 Revista PerioNews 2011;5(1):35-40 Carnio J • Nakanishi-Ito FA • Tashiro MH RESULTADOS Os resultados pré e pós-operatórios ao Marf e RPC es- tão contidos na Tabela 1. Inicialmente aos procedimentos cirúrgicos, o dente 34 apresentava-se com tecido ceratinizado medindo 1,5 mm com profundidade de sondagem de 1 mm, recessão gengival de 2 mm e gengiva inserida de 0,5 mm. Após oito semanas da realização do Marf (Figura 5), houve aumento de tecido ceratinizado para 4 mm e gengiva inserida para 3 mm, com recessão e profundidade de sondagem inalteradas em rela- ção às medidas iniciais. Obteve-se, dessa forma, um ganho de 2,5 mm de tecido ceratinizado e de 2,5 mm de gengiva inserida em relação aos parâmetros iniciais, demonstrando clinicamente que os resultados almejados foram alcançados. Após um ano da realização do RPC (Figura 7), o tecido ceratinizado apresentava com 4 mm, a profundidade de son- TABELA 1 - MENSURAÇÕES PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO AO MARF E AO RPC NO DENTE 34 PrO – Pré-operatório. PO 8s – Pós-operatório Marf de oito semanas. PO 1A – Pós-operatório Marf/RPC de um ano. PO 8A – Pós-operatório Marf/RPC de oito anos. PrO PO 8s PO – 1A PO – 8A Recessão 2 2 0 0 Tecido ceratinizado 1,5 4 4 4 Profundidade de sondagem 1 1 1 1 Gengiva inserida 0,5 3 3 3 Figura 9 - Oito anos de pós-operatório do RPC. Solução de Schiller delimitando a área cirúrgica. Figura 7 - Um ano após o procedimento do RPC. Figura 8 - Oito anos após o procedimento do RPC. dagem em 1 mm, a gengiva inserida em 3 mm e ausência de recessão gengival. Oito anos após, os resultados se mantive- ram estáveis em relação às medidas de um ano. Observa-se que os resultados clínicos obtidos inicialmente se mantive- ram estáveis em longo prazo. DISCUSSÃO A Academia Americana de Periodontologia3 preconiza que o recobrimento radicular deve ser realizado nos casos de recessão gengival progressiva, sensibilidade radicular, pro- pensão a cáries radiculares e no auxílio do controle de placa. No caso clínico apresentado neste trabalho, a queixa da paciente era a existência de sensibilidade exacerbada persis- tente devido a uma recessão gengival de 2 mm (Tabela 1). O RPC foi o procedimento de escolha por ser previsível, de fácil execução, efi caz e com excelente estética. Apresentan- 39Revista PerioNews 2011;5(1):35-40 Periodontia do simplicidade na realização da técnica e baixa morbidade em razão de não depender, necessariamente, do uso de área doadora palatal21. Ele é indicado principalmente em re- cessões rasas Classe I de Miller6,12-13,22-23. No entanto, sua grande limitação é a necessidade de uma faixa de tecido ceratinizado ao redor de 3 mm apical à margem gengival o que, quando ausente, exige a realização de uma manobra cirúrgica para aumentar a quantidade desse tecido12,14. Entre os tratamentos cirúrgicos para o aumento de área doadora, a técnica mais realizada é o enxerto gengival livre6,15-17. Porém, a necessidade de um enxerto leva muitas vezes a complicações no local doador, como sangramento excessivo, uma exposição óssea pós-operatória, uma ferida palatal dolorosa, além do risco de necrose do enxerto e de área doadora18-19. Há também um segundo local de ferida, o que despende maior tempo cirúrgico e acarreta em maior desconforto pós-operatório19. Somando-se a tudo isso, mui- tas vezes, a realização de um enxerto cria uma faixa de te- cido ceratinizado muito mais ampla e volumosa do que as dimensões topográfi cas normais e a estética se torna com- prometida, devido a uma coloração pálida do tecido enxer-tado21. No caso clínico aqui apresentado, o Marf foi realizado em menor tempo cirúrgico que o habitual para a realização de técnicas que envolvem enxertos com área doadora pala- tal. Apesar de exigir a realização de dois tempos cirúrgicos separados, a associação do Marf com o RPC se justifi ca pela exigência de menor tempo operatório, redução de complica- ções trans e pós-cirúrgicas, o que gera mínimo desconforto ao paciente20,24, além de proporcionar solução estética ideal. Na oitava semana após a realização do Marf (Tabela 1), houve um ganho de 2,5 mm de gengiva inserida com uma coloração semelhante à área doadora, o que comprova a pre- visibilidade da técnica em relação à estética. Isso infl uenciou positivamente na realização do RPC. A associação das téc- nicas obteve 100% de recobrimento radicular e solucionou o problema de sensibilidade, que era a queixa principal da paciente. Baseando-se em estudos anteriores realizados com maior quantidade de dentes25, nota-se que o Marf mostra-se mais efi ciente em relação ao aumento gengival estético do que os procedimentos citados anteriormente. Após oito anos de acompanhamento, o dente envolvido ainda apresentava recobrimento total da raiz, com 4 mm de tecido ceratinizado e profundidade de sondagem de 1 mm. Dessa forma, o presente estudo demonstrou ser o Marf uma técnica previsível no aumento de gengiva, elevando a previsi- bilidade do RPC. Ainda apresenta benefícios, como a redução signifi cativa da morbidade aos tecidos, diminuição do tempo operatório e resultado estético excelente e duradouro. CONCLUSÃO No presente trabalho, a existência de sensibilidade exacerbada persistente devido a uma recessão gengival de 2 mm, que era a queixa principal da paciente, foi solucionada. A técnica do Marf combinada com a técnica do RPC obteve resultados clínicos satisfatórios. O Marf tornou previsível o recobrimento radicular, apresentando vantagens, se compa- rado a outras técnicas, pela simplicidade do procedimento, estética duradoura, redução de morbidade aos tecidos. Esta é, portanto, uma técnica a mais a ser introduzida, dentre os tratamentos cirúrgicos periodontais para o aumento de área doadora, previamente ao RPC. Endereço para correspondência: João Carnio Rua Pistóia, 245 – Jd. Canadá 86020-450 – Londrina – PR Tel.: (43) 3324-7090 jcarnio@onda.com.br Após oito anos de acompanhamento, o dente envolvido ainda apresentava recobrimento total da raiz, com 4 mm de tecido ceratinizado e profundidade de sondagem de 1 mm. Dessa forma, o presente estudo demonstrou ser o Marf uma técnica previsível no aumento de gengiva, elevando a previsibilidade do RPC. Ainda apresenta benefícios, como a redução signifi cativa da morbidade aos tecidos, diminuição do tempo operatório e resultado estético excelente e duradouro. 40 Revista PerioNews 2011;5(1):35-40 Carnio J • Nakanishi-Ito FA • Tashiro MH REFERÊNCIAS 1. Loe H, Anerud, A, Boysen H. The natural history of periodontal disease in man: Prevalence, severity, and extent of gingival recession. 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Int J Periodontics Restorative Dent 2006;26:265-9. 42 RESUMO A doença periodontal é uma patologia infecciosa infl amatória de etiolo- gia microbiana, sendo a placa bacteriana o fator etiológico primário na infl amação gengival. O tratamento das doenças periodontais consiste no controle mecânico do biofi lme bacteriano por meio da instrumentação pe- riodontal, além da introdução de higiene oral adequada. Porém, no trata- mento periodontal de sítios localizados não responsivos, a aplicação de antibióticos ou antissépticos tópicos pode ajudar a superar as defi ciências da terapia mecânica convencional. Alguns fármacos podem ser utilizados no tratamento tópico da periodontite: clorexidina, iodo povidine, metroni- dazol, tetraciclina, minociclina, doxiciclina e azitromicina. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão da literatura sobre a utilização desses fár- macos e os resultados dos estudos clínicos em humanos. Fo r am selecio- nados estudos randomizados, duplo-cego, com investigadores calibrados, incluídos no período de 2005 a 2010. No que se refere aos desfechos clínicos dos estudos analisados, observamos que são superiores quando se trata de antimicrobianos locais como adjuvantes da terapiamecânica; no entanto, não é claro quando esse tipo de terapia é realmente indicada, apresentando relação custo-benefício favorável, bem como o antimicrobia- no mais efi caz no tratamento tópico da periodontite. Unitermos - Periodontite; Antibiótico; Administração tópica. ABSTRACT Periodontal disease is an infl ammatory disease of infectious etiology and microbial plaque the primary etiological factor in gingival infl ammation. The treatment of periodontal disease is the mechanical control of bacterial biofi lm by periodontal instrumentation, and the introduction of proper oral hygiene. But in the periodontal treatment of sites that do not respond, the application of topical antiseptics or antibiotics may help overcome the shortcomings of conventional mechanical therapy. Some drugs can be used for topical treatment of periodontitis: chlorhexidine, povidone iodine, metronidazole, tetracycline, minocycline, doxycycline and azithromycin. The objective is to conduct a literature review on the use of these drugs and the results of clinical studies in humans. We selected randomized, double-blind, calibrated with researchers, including the period from 2005 to 2010. Regarding the clinical outcomes of the studies analyzed, we observe that they are superior when it comes to local antimicrobial therapy as adjuvant mechanics, however it is unclear when such therapy is really indicated by presenting cost - benefi t ratio and the most effective antimicrobial for topical treatment of periodontitis. Key Words - Periodontitis; Antibiotic; Topical administration. Uso tópico de antimicrobianos como um meio auxiliar no tratamento da periodontite *Graduada em Odontologia – UFC. **Doutora em Periodontia – Foar; Professora de Periodontia – UFC. Revisão da literatura Larice Kércia Braz Monteiro* Maria Mônica Studart Mendes Moreira** Topical use of antibiotics as an aid in the treatment of periodontitis Recebido em out/2010 Aprovado em out/2010 Revista PerioNews 2011;5(1):42-9 43 Periodontia Revista PerioNews 2011;5(1):42-9 Periodontia INTRODUÇÃO A doença periodontal é uma patologia infecciosa infl a- matória de etiologia microbiana que acomete os tecidos de suporte dos dentes, o que resulta na destruição progressiva do ligamento periodontal e do osso alveolar1-7. A placa bacte- riana, mais especifi camente as bactérias anaeróbias, é o fa- tor etiológico primário na infl amação gengival supragengival (gengivite) ou subgengival (periodontite)4,6-10. Além da presença de espécies periodontopatogênicas, a suscetibilidade do hospedeiro é imprescindível na etiopato- gênese da periodontite11. A doença periodontal acomete ampla faixa etária, mais associada a pacientes adultos11. No Brasil, a prevalência de gengivite é aproximadamente de 100% e a de periodontite é também consideravelmente alta6. Segundo outros autores, 75% da população adulta apresentam gengivite enquanto 20% a 30% são portadores de periodontite crônica5. O tratamento da periodontite consiste em controlar a presença desses microrganismos no ambiente subgengival12. Alguns autores demonstram que a principal forma de promo- ver a descontaminação da superfície radicular no tratamento das doenças periodontais é através da terapia periodontal não cirúrgica, que consiste no controle mecânico do biofi lme bacteriano por meio da instrumentação periodontal, além da introdução de higiene oral adequada para o controle do biofi l- me supragengival2,4,8,12-15. Essa terapia mecânica é responsá- vel por promover a remoção de microrganismos patogênicos encontrados no biofi lme; na maioria das vezes, é sufi ciente para reestabelecer a saúde periodontal. Entretanto, as célu- TABELA 1 - ESTUDOS FAVORÁVEIS AO USO DE ANTIMICROBIANOS TÓPICOS. PS = PROFUNDIDADE DE SONDAGEM; SS = SANGRAMENTO A SONDAGEM; RAR = RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR; NCI = NÍVEL CLÍNICO DE INSERÇÃO Referência Nº pacientes Sítios Protocolo de tratamento Resultados 11 33 Um sítio por quadrante com PS > 6 mm + SS + perda óssea > 1/3 raiz. RAR ou RAR + verniz de clorexidina subgengival/15min. Benefícios microbiológicos mantidos, pelo menos em parte, por seis meses. 16 98 Dois sítios PS > 5 mm + SS. RAR ou RAR + gel de clorexidina. RAR + gel de clorexidina: redução de PS e ganho de NCI superiores. 14 116 Dois sítios PS > 5 mm + SS. RAR ou RAR + chip de clorexidina. RAR + chip de clorexidina: redução de PS e ganho de NCI superiores. 18 15 Quatro sítios não adjacentes a partir de 2°s PM com PS 5-7 mm + SS. RAR ou RAR + gel de quitosana 1% com metroni- dazol 15% ou RAR + gel de quitosana 1%. As reduções nos valores de PS foram de 1,21 mm para quitosana, 1,48 mm para quitosana + metronidazol, e 0,94 mm para o grupo-controle. 23 22 Um M/PM inferior com defeito periodontal intraósseo (perda de duas ou três paredes). Tetraciclina + barreira regenerativa/seis semanas ou barreira regenerativa. O uso tópico de tetraciclina apresentou maior ganho de NCI. 15 37 Quatro bolsas periodontais com PS > 5mm + SS. Grupo-teste: dois dentes (um RAR), dois dentes (um RAR + quatro aplicações tetraciclina 100 mg/ mL). Grupo controle: dois dentes (um RAR), dois dentes (um RAR + quatro aplicações soro fi siológico). Parâmetros clínicos: ausência de diferenças signifi cativas. O grupo teste apresentou maior redução dos periodontopatógenos até os seis meses. 25 127 No mínimo, 16 dentes; cinco sítios com PS > 5 mm. RAR + microesferas de minociclina ou RAR. Benefícios microbiológicos, redução da PS, do SS e ganho de NCI maiores no grupo teste. 5 750 PS > 6 mm. RAR ou RAR + veículo de polímero ou RAR + microesfera de minociclina. RAR + microesfera de minociclina: redução de PS superior. 23 40 Um sítio com PS > 4 mm e perda de inserção > 4 mm. Barreira regenerativa + pomada de minociclina 2%, semanalmente, por oito semanas ou barreira regenerativa. Ganho de NCI 40% no grupo teste e 25% no grupo controle. 5 411 Dois ou mais quadrantes com quatro sítios com PS > 5 mm; no mínimo, duas dessas bolsas com PS > 7 mm. RAR + gel de doxiclina 10% (no início e após quatro meses) ou RAR. Redução signifi cativa da PS e melhora do NCI no grupo teste se comparado ao grupo controle. 27 39 Quatro bolsas com PS > 5 mm + SS. RAR + gel de doxiclina 14% ou RAR. RAR + doxiciclina: melhoria no envolvimento de furca três meses após o tratamento; não houve diferenças signifi cativas no número de reinstrumentações em um ano. 28 80 Um sítio com PS > 5 mm + SS. RAR + gel de azitromicina 0,5% ou RAR. O uso adjuvante de azitromicina melhorou os resultados clínicos e microbiológicos. 44 Revista PerioNews 2011;5(1):42-9 Monteiro LKB • Moreira MMSM las epiteliais gengivais e o tecido conjuntivo subepitelial, bem como os túbulos dentinários, podem ser invadidos por pe- riodontopatógenos, servindo como reservatório para esses microrganismos que podem recolonizar a superfície dentária mesmo após o tratamento8. Diante da difi culdade em descontaminar a região sub- gengival, tem sido proposto o uso de antimicrobianos tópicos que podem auxiliar no tratamento da periodontite7. Alguns fármacos podem ser utilizados topicamente: clo- rexidina, iodo povidine, metronidazol, tetraciclina, minocicli- na, doxiciclina e azitromicina. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão da litera- tura sobre a utilização desses fármacos e os resultados dos estudos clínicos em humanos. REVISÃO DA LITERATURA Para a realização desta revisão da literatura foram se- lecionados estudos randomizados, duplo-cego, com investi- gadores calibrados, incluídos no período de 2005 a 2010. Todos os indivíduos selecionados para esses estudos eram portadores de periodontite crônica que variou de moderada à severa. Foram avaliados os seguintes parâmetros clínicos e microbiológicos: nível clínico de inserção, profundidade de sondagem, sangramento a sondagem e análise microbiológi- ca. Esses trabalhos foram organizados em duas tabelas apre- sentando os estudos favoráveis ao uso de antimicrobianostópicos (Tabela 1) e os não favoráveis (Tabela 2). Clorexidina A clorexidina é um agente antimicrobiano de amplo es- pectro efetivo contra os microrganismos orais anaeróbios e aeróbios, gram-positivos e negativos os quais envolvem os periodontopatógenos5,8-9,16. A clorexidina na forma de bochecho é um agente quí- mico de uso tópico, utilizado no tratamento da gengivite, apresentando pouca efi ciência no tratamento da periodonti- te, uma vez que não consegue atingir concentrações efetivas nas áreas de maior profundidade da bolsa periodontal5,9,14. Diante dessa situação, no tratamento da periodontite pode-se optar pela aplicação subgengival de gel, verniz de clorexidina ou colocação de um dispositivo de liberação lenta, o Perio- chip5,14. O chip de clorexidina contém 34% de gluconato de clo- rexidina (2,5 mg) com capacidade de liberá-la no interior da bolsa periodontal por sete a dez dias em proporções de até 125 mg/ml sem causar qualquer alteração de cor visível dos dentes ao contrário do bochecho de clorexidina5,8,14. Alguns autores14 avaliaram o efeito do chip de clorexidi- na em 116 indivíduos com periodontite de moderada a seve- ra. Para cada indivíduo foram selecionados dois sítios com profundidade de sondagem (PS) > ou = 5 mm e sangramento a sondagem; cada sítio recebeu raspagem e alisamento ra- dicular (RAR) sozinho ou a associação do chip de clorexidina e terapia mecânica. A utilização do chip de clorexidina resul- tou em redução de PS e ganho de nível clínico de inserção superiores à terapia mecânica isolada. Outros autores16 ava- liaram 98 pacientes com as mesmas condições patológicas descritas acima e submetidos a um protocolo de tratamento semelhante; em vez do chip de clorexidina, foi associado o gel de clorexidina que apresentou melhores resultados na PS e nível clínico de inserção nos sítios que receberam o gel de TABELA 2 - ESTUDOS CONTRÁRIOS AO USO DE ANTIMICROBIANOS TÓPICOS. PS = PROFUNDIDADE DE SONDAGEM; SS = SANGRAMENTO A SONDAGEM; RAR = RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR; NCI = NÍVEL CLÍNICO DE INSERÇÃO Referência N° pacientes Sítios Protocolo de tratamento Resultado 19 20 Um sítio por quadrante com PS > 6 mm + SS. Um tratamento por quadrante (irrigação 5 min./ dente): 1) ultrassom + iodo 0.5%; 2) ultrassom + NaCl 0,9%; 3) NaCl 0,9%; 4) iodo 0,5%. Ausência de efeito antimicrobiano superior ao debridamento com ultrassom sozinho. 20 45 Oito sítios PS > 5 mm + SS. 1 – RAR quatro sessões (intervalo de uma sema- na); 2 – ultrassom 45 minutos + iodo 0,5%; 3 – ultrassom 45 minutos + soro fi siológico. Não houve evidência de que o iodo-povidine seja efi caz como adjunto da terapia periodontal mecânica. 21 44 Um defeito de furca grau II com PS > 5 mm + SS. Ultrassom + PVP-I 10% ou ultrassom + água destilada Ausência de diferenças estatisticamente signifi cativas. 7 21 Dois sítios PS > 5 mm + SS. RAR ou RAR + gel de metronidazol 25%. A associação não melhorou o resultado obtido. 26 32 20 dentes remanescentes (6 PS > 5 mm; 2 PS > 6 mm; 2 PS > 7 mm). Ultrassom ou ultrassom + gel de doxiciclina 8,8%. Redução da PS, ganho de NCI e fechamento de bolsas periodontais sem diferenças entre os grupos. 23 29 Um único defeito de furca grau II em molar inferior. Hiclato de doxiciclina 4% + barreira regenerativa + enxerto ósseo ou barreira regenerativa + enxerto ósseo ou enxerto ósseo. Ausência de diferenças estatísticas. 45Revista PerioNews 2011;5(1):42-9 Periodontia clorexidina se comparados à terapia mecânica isolada. Um grupo de 33 pacientes portadores de periodontite crô- nica foi submetido ao procedimento de RAR + verniz altamente concentrado de clorexidina. Os benefícios microbiológicos da aplicação subgengival do verniz de clorexidina foram manti- dos, pelo menos em parte, por um período de seis meses11. A administração subgengival de verniz de clorexidina al- tamente concentrado melhorou a terapia periodontal mecâni- ca. Uma redução de PS de quase 1 mm pode ser conseguida no caso de bolsas profundas por meio do tratamento quími- co/mecânico em que a clorexidina atue como adjuvante11. Metronidazol O metronidazol apresenta efeito bactericida seletivo con- tra espécies anaeróbias com efi ciência na microbiota subgen- gival6. Pode ser apresentado na forma de um gel bioabsorvível com benzoato de metronidazol a 15% ou 25 %6,17. Alguns autores7 avaliaram a aplicação de gel de metroni- dazol 25%, após RAR, em 21 pacientes com infl amação crô- nica recorrente apresentando, no mínimo, dois sítios com PS > ou = 5 mm e sangramento a sondagem; os locais foram escolhidos aleatoriamente para serem tratados com RAR ou RAR + metronidazol 25%. Essa associação não melhorou o resultado obtido se comparada ao procedimento mecânico isolado, o que pode ser justifi cado por uma duração de ação do gel na bolsa insufi ciente para a eliminação de bactérias. Segundo esses autores, a concentração mínima inibitó- ria de metronidazol necessária para afetar linhagens relevan- tes de periodontopatógenos é < 1 µg/ml. A concentração média de metronidazol encontrada no fl uido crevicular, após aplicação única do gel 25%, foi de 461 µg/ml. A administra- ção sistêmica de metronidazol levou a uma concentração de 8-10 µg/ml. Isso mostra que a aplicação local do gel de me- tronidazol leva a uma concentração bem maior no fl uido cre- vicular gengival do que a administração sistêmica, embora ambas as formas de administração levem a concentrações superiores à mínima inibitória7. Outros autores17 avaliaram o tempo máximo que um gel de metronidazol a 15% consegue permanecer nos sítios-alvo, em níveis adequados, para combater os periodontopatóge- nos. O fármaco foi encontrado em altas concentrações ape- nas imediatamente após a aplicação do gel e por um período de uma hora; depois dessa hora inicial, o gel possivelmente foi eliminado na bolsa periodontal de maneira progressiva com concentrações mais baixas no período de seis horas e a partir de 24 e 48 horas pouco restou do gel. Concluiu-se ainda que houve uma alteração signifi cante na prevalência de algumas bactérias em função do tempo de colheita, apenas nos grupos nos quais o gel de metronidazol foi aplicado. Po- rém, no que se refere à profundidade de sondagem e ao nível clínico de inserção, foi observada melhora clínica no período de duração de 90 dias do estudo sem diferenças entre os grupos com ou sem aplicação do gel. O gel de quitosana a 1% com ou sem metronidazol a 15% foi elaborado e aplicado como coadjuvante a RAR em comparação com a terapia mecânica isolada em 15 pacien- tes com periodontite crônica moderada a severa. Foram ava- liados, no mínimo, quatro sítios não adjacentes a partir de segundo pré-molares com PS = 5 a 7 mm e sangramento a sondagem. As reduções nos valores de PS foram de 1,21 mm para quitosana, 1,8 mm para quitosana + metronidazol e 0,94 mm para o grupo controle, o que sugere que a quito- sana é efi caz, bem como sua combinação com metronidazol no tratamento da periodontite crônica devido às suas proprie- dades antimicrobianas18. Iodo O iodo apresenta efeito bactericida, efetivo contra mui- tas bactérias, até contra os periodontopatógenos. Foram avaliados 20 pacientes portadores de periodontite crônica severa; cada quadrante com, no mínimo, um sítio com PS > ou = 6 mm e sangramento a sondagem após um mês de con- trole de placa, recebeu um dos tratamentos: ultrassom + ir- rigação subgengival com iodo/povidine 0,5% por cinco min./ dente; ultrassom + irrigação subgengival com solução salina estéril por cinco min./dente; irrigação subgengival com solu- ção salina estéril por cinco min./dente; irrigação subgengival com iodo/povidine 0,5% por cinco min./dente. Concluiu-se que a solução de iodo/povidine 0,5% não apresentou nenhum efeito antimicrobiano comparado com o debridamento reali- zado com ultrassom sozinho19. Um total de 45 pacientes com periodontite crônica apre- sentando, no mínimo, oito sítios com PS > ou = 5 mm e sangramento a sondagem foramdivididos em três grupos: RAR por quatro sessões com intervalo de uma semana entre elas; debridamento com ultrassom por 45 minutos associa- do à irrigação com iodo/povidine 0,5%; debridamento com ultrassom por 45 minutos associado à irrigação com soro fi siológico. Não houve evidência de que o iodo/povidine seja efi caz como adjunto da terapia periodontal mecânica20. Em 44 pacientes portadores de periodontite crônica com, no mínimo, um defeito de furca Grau II com PS > ou = 5 mm foram divididos em dois grupos de tratamento: instru- mentação subgengival com ultrassom + solução de iodo/po- vidine 10% ou instrumentação subgengival com ultrassom + água destilada. Concluiu-se que, embora a terapia mecânica 46 Revista PerioNews 2011;5(1):42-9 Monteiro LKB • Moreira MMSM O uso de fi bras de tetraciclina como adjuvante no debridamento mecânico demonstrou melhora signifi cativa na redução da PS, porém, a maior redução deveu-se à remoção do tecido mole ao invés de melhorar o nível clínico de inserção25. A aplicação de fi bras de tetraciclina apresentou concentrações relativamente elevadas de antibiótico no fl uido crevicular gengival por dez dias15. apresentasse efeito satisfatório no tratamento de defeitos de furca Grau II, o uso tópico de iodo/povidine como adjuvante na instrumentação subgengival não apresentou benefícios adicionais21. Alguns autores22 avaliaram 29 indivíduos com periodonti- te crônica divididos aleatoriamente em dois grupos: RAR + ir- rigação com solução fi siológica e RAR + irrigação com iodo/ povidine 10%. A adição de iodo/povidine não mostrou ganho terapêutico signifi cativo na maioria dos parâmetros clínicos utilizados quando comparados com os valores obtidos do grupo controle. Ambas as terapias reduziram a contagem e a proporção dos periodontopatógenos; aos 30 dias, o grupo teste exibiu maior redução na proporção dos periodontopa- tógenos comparado com o grupo controle. Entretanto, aos 90 dias, não foram observadas diferenças estatisticamente signifi cantes entre os grupos. Tetraciclina A tetraciclina aplicada localmente no interior das bolsas periodontais demonstrou elevada efi cácia clínica: apresentou atividades anticolagenolítica, antiosteoclástica e osteogêni- ca; promoveu a redução na profundidade de bolsas, quando da associação da terapêutica medicamentosa com a perio- dontal mecânica1,8,23-24. O hidroclorato de tetraciclina a 25% pode ser encontra- do em um sistema não absorvível de antimicrobiano de libe- ração local; é necessária sua remoção do interior da bolsa periodontal após um período de sete a dez dias8. O uso de fi bras de tetraciclina como adjuvante no de- bridamento mecânico demonstrou melhora signifi cativa na redução da PS, porém, a maior redução deveu-se à remo- ção do tecido mole ao invés de melhorar o nível clínico de inserção25. A aplicação de fi bras de tetraciclina apresentou concentrações relativamente elevadas de antibiótico no fl uido crevicular gengival por dez dias15. Um estudo de avaliação da associação de tetraciclina e barreira regenerativa mantida por seis semanas no local da regeneração mostrou resultados satisfatórios com o uso de antibióticos locais, pois os sítios tratados com o antibiótico alcançaram ganhos de nível clínico de inserção estatistica- mente maior em relação aos sítios tratados apenas com a barreira regenerativa23. Alguns autores15 avaliaram 37 pacientes que tiveram pelo menos quatro bolsas periodontais persistentes, não adjacentes, com PS de pelo menos 5 mm e sangramento a sondagem. Esses pacientes foram distribuídos aleatoria- mente em dois grupos: no grupo teste, dois dentes recebe- ram quatro aplicações de solução de tetraciclina (100 mg/ ml), enquanto os outros dois dentes receberam o mesmo tratamento acrescido de uma sessão de RAR. No grupo con- trole, dois dentes receberam uma sessão de RAR e os outros dois dentes receberam quatro aplicações de solução salina + uma sessão de RAR. Todas as terapias resultaram em dados clínicos estatisticamente signifi cativos, sem diferenças signi- fi cativas entre os grupos. A presença de bactérias diminuiu em ambos os grupos mas, somente no grupo teste, houve uma redução signifi cativa de periodontopatógenos em até seis meses. Minociclina A minociclina é um antibiótico semissintético derivado da tetraciclina. Trata-se de um antibiótico de amplo espectro que atua na inibição da síntese proteica8. Pode ser empre- gada sob três formas de apresentação: fi lme, microesfera e pomada1. A utilização em pomada (minociclina a 2%), três a quatro vezes durante duas semanas, associada à RAR apresentou melhora signifi cativa dos parâmetros clínicos (redução signifi - cante na profundidade de sondagem de bolsa) e microbiológi- cos em comparação à RAR isolado1. Um estudo de avaliação da aplicação semanal de pomada de minociclina em barreiras regenerativas por oito semanas mostrou resultados satisfató- 47Revista PerioNews 2011;5(1):42-9 Periodontia rios, apresentando ganho de nível clínico de inserção de 40% no grupo teste e de 25% no grupo controle23. As esferas de minociclina são bioabsorvíveis e apresen- tam 1 mg de minociclina5,8, podendo ser associadas ao tra- tamento periodontal não cirúrgico e cirúrgico em pacientes com periodontite crônica de moderada a severa5. O sistema de administração (cartucho e seringa) é projetado para rá- pida e fácil administração de uma dose única de minocicli- na subgengivalmente em bolsas periodontais > 5 mm com sangramento a sondagem. Com esse sistema, o cloridrato de minociclina é mantido dentro de bolsas por 21 dias em concentrações efi cazes contra patógenos periodontais5. Alguns autores25 avaliaram o efeito da aplicação local de microesferas de minociclina associada à RAR (n = 65) em comparação com o procedimento mecânico isolado (n = 62). Foram avaliados 127 indivíduos com periodontite crônica de moderada a severa apresentando, no mínimo, cinco dentes com PS > ou = 5 mm. Concluiu-se que a adição de minoci- clina reduziu a profundidade de sondagem de 1,38 mm (em comparação com 1,01 mm em RAR sozinho); o sangramen- to a sondagem foi reduzido em 25,2% (em comparação a 13,8%, em RAR) e um ganho de nível clínico de inserção de 1,16 mm (em comparação com 0,80 mm da RAR sozinho) foi alcançado. Além disso, os autores afi rmaram que a adição de minociclina reduziu efi cazmente o número de bactérias pe- riodontopatogênicas em maior medida do que RAR sozinha. Outros autores5 avaliaram 750 indivíduos com periodon- tite crônica generalizada, de moderada a severa, randomica- mente divididos em um dos três tratamentos: RAR somente (controle positivo), RAR e veículo de polímero (controle com placebo), RAR acrescido de microesferas de minociclina. Foi realizada sondagem no início (antes do tratamento) em um, três, seis e nove meses. Em particular, os indivíduos tratados com microesferas de minociclina adjuvantes apresentaram signifi cativamente maiores reduções de PS em relação aos indivíduos tratados com RAR sozinho. Doxiciclina A doxiciclina é um antibiótico de amplo espectro, se- missintético derivado da tetraciclina efi caz contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, protozoários e vários ana- eróbios. Apresenta atividade bacteriostática e atua na inibi- ção da síntese proteica5,8,23. Além de possuir propriedades antibacterianas, a doxiciclina apresenta outras ações bioló- gicas que podem resultar em um aumento na produção e manutenção do colágeno e de osso20; além disso, apresenta capacidade de inibir a proteinase contribuindo, assim, para reduzir a progressão da doença periodontal3. Segundo alguns autores3, o gel de doxiciclina seria o antimicrobiano de escolha, o que tem menor custo, facilidade de manuseio, tempo reduzido de aplicação, atividade antico- lagenolítica e aceitação do paciente. A doxiciclina pode estar disponível na forma de liberação controlada durante sete dias no interior da bolsa periodon- tal5,8 e foi capaz de promover reduções significativas (60%) de patógenos anaeróbios, sustentada por até seis meses após o tratamento5. Segundo alguns autores1, a terapia local com hidroclori- drato de doxiciclina 10% apresentou-se mais efetiva quando associada à RAR em casos de periodontite crônica, se com- parada com outros estudos em que a doxiciclina atua sem estar associada à terapia mecânica. Outra forma de liberação lenta corresponde ao gel de doxiciclina 8,5%, que apresentou redução signifi cativa na quantidade de periodontopatógenos sem evidências de re- sistência bacteriana1. Segundo alguns autores1, a utilização de doses subanti- microbianas de doxiciclina associada à RAR foi mais efetiva que os procedimentos mecânicos isoladamente, ressaltando que o período de exposição a essas doses pode ser maior sem causar resistência dos periodontopatógenos. Um estudo desenvolvido por alguns autores26 avaliou 32 indivíduos com periodontite crônica de moderada a severa apresentando, no mínimo, 20 dentes remanescentes dos quais, no mínimo, dez com PS > ou = 5 mm; destes últimos, dois com PS > ou = 6 mm e dois com PS > ou = 7 mm. Esses indivíduos receberam debridamento com ultrassom sozinho ou debridamento com ultrassom associado a gel de doxiciclina 8,8%. Concluiu-se que a administração local de doxiciclina como adjuvante do debridamento mecânico no retratamento de bolsas periodontais não melhorou signifi cati- vamente o resultado do tratamento em termos de redução de PS, ganho clínico de inserção ou probabilidade de conseguir o fechamento de bolsas periodontais (PS < ou = 4 mm) em relação ao debridamento mecânico sozinho. Outro estudo avaliou 29 indivíduos com um único defeito de furca Grau II em molar inferior, mostrando que a adição de hiclato de doxiciclina 4% à barreira utilizada na regeneração tecidual guiada + enxerto ósseo não melhora os resultados do tratamento em comparação com a barreira sem antibióti- co + enxerto ósseo ou enxerto ósseo sozinho23. A aplicação do gel de doxiciclina 10% no início do tra- tamento e quatro meses depois, em pacientes com perio- dontite crônica, reduziu a PS e melhorou o nível clínico de inserção comparável à RAR sozinho em nove meses após o tratamento5. 48 Alguns autores27 avaliaram o efeito clínico da aplicação tópica subgengival do gel de doxiciclina 14% associado à RAR em locais de bifurcação durante a terapia periodontal de su- porte; 39 pacientes com pelo menos quatro bolsas com PS > ou = 5 mm e sangramento a sondagem receberam RAR; em 20 desses pacientes, foi aplicado gel de doxiciclina subgen- givalmente. Os parâmetros clínicos foram avaliados no início, três, seis e 12 meses após a terapia. RAR + dox resultou em melhoria do envolvimento de furca se comparado com RAR três meses após o tratamento. No entanto, RAR + dox não demonstrou uma diferença signifi cativa entre ambos os grupos no número de reinstrumentações durante os 12 meses. Azitromicina Azitromicina (AZM) é um antibiótico semissintético da classe dos macrolídeos, apresenta um amplo espectro de ação antimicrobiana para bactérias anaeróbias, assim como bacilos gram-negativos, efi caz contra patógenos periodon- tais28. Alguns autores28 avaliaram 80 pacientes portadores de periodontite crônica com, no mínimo, uma bolsa com PS > ou = 5 mm e sangramento a sondagem divididos em dois grupos de tratamento: RAR somente e RAR + AZM 0,5% em um gel bioabsorvível de liberação lenta. Apesar de ambas es- tratégias de tratamento serem benéfi cas para os pacientes, o uso adjuvante de AZM 0,5% como sistema de liberação controlada melhorou os resultados clínicos e microbiológi- cos. Alguns estudos avaliaram comparativamente diferentes antimicrobianos de uso tópico. Em um deles, foram obser- vadas, por seis meses, três formas de terapia local antimi- crobiana, realizado com quatro grupos – RAR; RAR + fi bras de tetraciclina 20%; RAR + gel de minociclina 2%; RAR + gel de metronidazol. Concluiu-se que os três sistemas an- timicrobianos ofereceram benefícios sobre a terapia perio- dontal mecânica. Entretanto, o regime de RAR + fi bras de tetraciclina 20% apresentou a maior redução na PS de bolsas durante seis meses após o tratamento1. Em outro estudo, foram avaliados 32 pacientes portadores de peri-implantite apresentando um implante com PS > 4 mm, presença de periodontopatógenos e sangramento e/ou exsudato a sonda- gem. Foi realizada uma comparação entre o uso de microes- fera de minociclina + RAR e o gel de clorexidina 0,2% + RAR aplicados no início do tratamento, um mês e três meses após o início. Constatou-se que ambos os tratamentos reduziram os níveis de patógenos, porém, o tratamento com microesfe- ra de minociclina resultou em melhorias signifi cativas na PS em comparação com o gel de clorexidina em um, três e seis Revista PerioNews 2011;5(1):42-9 Monteiro LKB • Moreira MMSM meses. Reduções signifi cativas de sangramento a sondagem também foram observadas por até 12 meses5. DISCUSSÃO Os antimicrobianos tópicos atuam como adjuvantes da terapia periodontal, não substituindo o tratamento mecânico e a necessidade de uma higiene bucal adequada3. Esses fár- macos reduzem a PS e/ou promovem ganho de nível clínico de inserção, o que resulta em maior probabilidade de manu- tenção do paciente e resolução de bolsas periodontais desde que associados ao tratamento convencional. Além disso, a aplicação local de antimicrobianos retarda a formação do biofi lme novo, que tende a ocorrer logo após o procedimento mecânico7. Em termos microbiológicos, esses antimicrobianos apli- cados topicamente podem modular a resposta infl amatória, reduzir a quantidade de patógenos periodontais e, dessa for- ma, minimizar os efeitos da destruição tecidual5,8,26. A indicação dos antimicrobianos tópicos envolve casos de infecções periodontais associadas a invasões bacteria- nas no tecido epitelial e conjuntivo e no interior dos túbulos dentinários, quando acidentes anatômicos não favorecem o acesso à terapia mecânica, sítios com bolsas periodontais profundas e pacientes portadores de periodontite crônica ou agressiva, com sítios não responsivos à RAR1,8. O uso de agentes de ação controlada possibilita a ma- nutenção de uma efetiva concentração da droga no local da infecção com baixo risco para o aparecimento de resistên- cia bacteriana, bem como de efeitos colaterais indesejáveis. Além disso, apresenta risco insignifi cante de infecções extra- orais causadas por fungos, independentemente da adesão do paciente1,3,7,23,26, possibilitando a obtenção de doses tera- pêuticas consideravelmente maiores em sítios periodontais com a aplicação local dos antimicrobianos do que por meio da aplicação sistêmica3. Por outro lado, essa terapia local apresenta algumas limitações, como difi culdade em atingir a base de bolsas pe- riodontais ou lesões de furca profundas, alguns dispositivos de liberação lenta apresentam alto custo e incapacidade de afetar os patógenos periodontais residentes no tecido gengi- val ou em outros sítios da cavidade oral17. Em relação aos estudos analisados nessa revisão da lite- ratura, deve-se levar em consideração que o comportamento dos agentes antimicrobianos locais foi avaliado em diferentes condições patológicas, bem como a partir de diferentes parâ- metros. Além disso, os protocolos de tratamento têm variado entre os estudos o que, sem dúvida, tem infl uenciado os dife- 49Revista PerioNews 2011;5(1):42-9 Periodontia rentes resultados obtidos. No qu e se refere ao desfecho clíni- co dos estudos analisados, observamos que são superiores quando se trata de antimicrobianos locais como adjuvante da terapia mecânica; no entanto, não é claro quando esse tipo de terapia é realmente indicado, apresentando relação custo- benefício favorável, bem como o antimicrobiano mais efi caz no tratamento tópico da periodontite. Mesmo quando o tratamento for bem-sucedido, a redu- ção dos microrganismos que compõem a placa bacteriana é transitória, sendo necessário o acompanhamentodo trata- mento, que consiste geralmente em sessões de debridamen- to em intervalos de três a seis meses para manter os efeitos benéfi cos iniciais4. CONCLUSÃO Os agentes antimicrobianos locais podem ser utilizados em sítios não responsivos ao tratamento mecânico, de pre- ferência na forma de liberação controlada, porém, mais pes- quisas são necessárias para esclarecer os resultados que devem integrar protocolos de trabalho mais uniformes. Endereço para correspondência: Larice Kércia Braz Monteiro Rua Mário de Andrade,1.594 – Bela Vista 60442-140 – Fortaleza – CE REFERÊNCIAS 1. Pedron IG, Tortamano IP, Borsatti MA, Adde CA, Rocha RG. Co-adjuvant local antimicrobials to the periodontal treatment. Rev Odonto 2007;15(29):67-72. 2. Teles RP, Teles FRF. 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J Periodontol 2008;79(11):2125-35. 50 RESUMO Apesar da terapia periodontal não cirúrgica mostrar resultados signifi cativos na grande maioria dos casos de periodontite crônica, nenhuma das técnicas atualmente disponíveis são efi cazes para eliminar totalmente as bactérias subgengivais. Novas terapias antimicrobianas coadjuvantes ao tratamento mecânico têm sido propostas, como o uso de antimicrobianos ou antissépticos locais ou sistêmicos e, neste contexto, se insere a terapia fotodinâmica (PDT, do inglês photodynamic therapy). Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar clinicamente os efeitos da terapia fotodinâmica no tratamento não cirúrgico da periodontite crônica. Unitermos - Terapia fotodinâmica; Periodontite; Laser. ABSTRACT Despite non-surgical periodontal therapy show signifi cant results in most cases of chronic periodontitis, none of currently available techniques are effective to totally eliminate subgingival bacteria. New therapies antimicrobial adjuncts to mechanical treatment have been proposed such as use antibiotics or antiseptics local or systemic and, in this context, in part photodynamic therapy. Therefore, aim of this study is to evaluated effects of photodynamic therapy in non-surgical chronic periodontitis treatment. Key Words - Photodynamic therapy; Periodontitis; Laser. Efeitos da terapia fotodinâmica no tratamento não cirúrgico da periodontite crônica *Mestres em Periodontia – Unigranrio. **Professor adjunto – Unigranrio – Disciplina de Periodontia; Doutor em Periodontia – Universidade de Oslo. ***Professores adjuntos – Unigranrio – Disciplina de Periodontia; Doutores em Periodontia – Uerj. ****Doutor em Engenharia Mecânica – Universidade Federal de Minas Gerais. Estudo clínico Bianca Calil Feldman* Léo Guimarães Soares*Eduardo Muniz Barretto Tinoco** Márcio Eduardo Vieira Falabella*** Denise Gomes da Silva*** Gerdal Roberto de Sousa**** Effects of photodynamic therapy in non-surgical treatment of chronic periodontitis Recebido em out/2010 Aprovado em out/2010 Revista PerioNews 2011;5(1):50-6 51Revista PerioNews 2011;5(1):50-6 Periodontia Apesar da terapia periodontal não cirúrgica mostrar resultados signifi cativos na grande maioria dos casos de periodontite crônica, nenhuma das técnicas atualmente disponíveis são efi cazes para eliminar totalmente as bactérias subgengivais. INTRODUÇÃO As doenças periodontais são patologias infecto-infl a- matórias causadas por bactérias periodontopatogênicas presentes no biofi lme dental, podendo afetar indivíduos de todas as idades1. A presença destas bactérias leva a uma resposta do hospedeiro, potencialmente destrutiva, gerando condições patológicas nas estruturas de suporte dos dentes, representadas pela degradação do colágeno e reabsorção do osso alveolar2. O biofi lme dental é considerado agente primário na etio- logia da periodontite, mas apenas sua presença não é sufi - ciente para modular o curso da doença; fatores genéticos, ambientais e do hospedeiro (higiene oral, tabagismo, estres- se emocional, diabetes) também são responsáveis pela sua progressão3. A periodontite crônica é a forma mais comum de perio- dontite e sua prevalência (80%) e severidade aumentam com a idade, geralmente afetando ambos os sexos. Na maioria dos casos, a doença tem progressão lenta, podendo ocorrer rápidos e breves surtos. Pode ser classifi cada em relação a sua extensão (número de sítios envolvidos) em localizada ou generalizada e quanto à severidade (quantidade de perda de inserção) em leve moderada e severa4-5. As características clínicas observadas em pacientes com diagnóstico de periodontite crônica não tratada incluem: acúmulo de placa e cálculo supra e subgengival, compatíveis com a quantidade de destruição; presença de infl amação gengival; bolsa periodontal; perda de inserção clínica; perda óssea alveolar; sangramento gengival espontâneo ou em re- posta a sondagem e, ocasionalmente, supuração e mobilida- de dentária em casos avançados5. Uma vez que a presença do biofi lme é o fator primário que desencadeia a doença periodontal, sua remoção ou de- sorganização passa a ser o principal objetivo no tratamento da doença. Juntamente com a instrução de higiene oral e controle de placa, a instrumentação periodontal (raspagem supra/subgengival e alisamento radicular) representa os prin- cipais passos no tratamento não cirúrgico da periodontite6. Os efeitos benéfi cos deste tipo de tratamento têm como re- sultado a redução do número de microrganismos subgengi- vais e a melhoria nos parâmetros clínicos de profundidade de bolsa (PBS), nível de inserção clínica (NI), índice de placa (IP), sangramento a sondagem (SS) e supuração7-10. Apesar da terapia periodontal não cirúrgica mostrar resultados signifi cativos na grande maioria dos casos de periodontite crônica, nenhuma das técnicas atualmente dis- poníveis são efi cazes para eliminar totalmente as bactérias subgengivais. Esta limitação pode ser atribuída a vários fato- res, tais como a complexa anatomia dentária (áreas de furca e concavidades), limitações mecânicas relacionadas ao ta- manho do instrumento, destreza do operador, especialmente em bolsas periodontais profundas, e possível recolonização da bolsa periodontal, principalmente, por bactérias que são capazes de invadir os tecidos moles circundantes (A. acti- nomycetemcomitans e P. gingivalis) ou por outros sítios ou nichos intraorais11. Sendo assim, novas terapias antimicrobianas coadjuvan- tes ao tratamento mecânico têm sido propostas, como o uso de antimicrobianos ou antissépticos locais e sistêmicos12-13. E neste contexto se insere a terapia fotodinâmica (PDT, do inglês photodynamic therapy) onde um agente fotossensibili- zador (corante) liga-se à célula alvo e é ativado por uma luz com comprimento de onda específi co, ressonante ao agente fotossensibilizador. Neste processo formam-se radicais livres ou oxigênio singleto, que resultam em efeitos tóxicos para a célula14-16. Teoricamente, nem a luz nem o agente fotossensi- bilizador sozinhos são capazes de induzir efeitos citotóxicos sobre células17. A maioria das bactérias orais não absorve a luz visível de alguns tipos de laser de baixa potência. Portanto, um agente de absorção óptica não tóxico é utilizado para que se fi xe à parede bacteriana, atraindo para si a luz laser no momento da irradiação. Isso é essencial para que se tenha ação antimi- crobiana sobre as bactérias orais18. Diversos agentes fotos- sensibilizadores são utilizados na PDT. No entanto, os coran- 52 Revista PerioNews 2011;5(1):50-6 Feldman BC • Soares LG • Tinoco EMB • Falabella MEV • da Silva DG • de Sousa GR tes fenotiazínicos (azul de metileno e azul de toluidina O) são os de escolha no tratamento da periodontite e peri-implantite, pois tem demonstrado um alto grau de seletividade para cau- sar danos a bactérias gram-positivas e gram-negativas19-20. O sucesso do PDT na eliminação de microrganismos in- dica uma terapia coadjuvante para infecções microbianas lo- calizadas, como a doença periodontal21-22. Estudos in vitro23-25 e in vivo11,26-30 avaliaram a ação da terapia fotodinâmica so- bre bactérias periodontopatogênicas que foram expostas a diferentes comprimentos de onda e fotossensibilizadores, resultando em uma ação antimicrobiana efi ciente de 99%. Cli- nicamente, foi observada redução na profundidade de bolsa, níveis de inserção e sangramento a sondagem, documentan- do assim a validade da terapia fotodinâmica como alternativa do tratamento periodontal. Em vista disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar clinicamente os efeitos da terapia fotodinâmica no tratamen- to não cirúrgico da periodontite crônica. MATERIAL E MÉTODOS Seleção dos pacientes Foram selecionados 15 pacientes com diagnóstico de periodontite crônica severa4-5, sendo seis do sexo feminino e nove do sexo masculino, com média de idade de 44 anos (DP = 6,68). A seleção foi feita através da Clínica de Periodontia da Universidade do Grande Rio (Unigranrio). Os pacientes sele- cionados possuíam, no mínimo, 20 dentes e, pelo menos, cinco sítios em dentes unirradiculares com profundidade de bolsa e perda de inserção clínica 5 mm (distribuídos de forma bilateral), além de evidência radiográfi ca de perda ós- sea vertical e/ou horizontal. Foram excluídos indivíduos que: receberam tratamento periodontal nos últimos 12 meses; apresentaram comprometimento sistêmico que pudesse in- fl uenciar na terapia; estivessem grávidas; eram fumantes; fi zeram uso de antibioticoterapia nos últimos seis meses. Desenho do estudo Foi um estudo randomizado, controlado, em modelo de boca dividida, onde foram incluídos pares de dentes unirradi- culares contralaterais que possuíam um ou mais sítios com profundidade de bolsa 5 mm. Cada par, através de escolha aleatória, foi dividido em lado teste e controle25. Parâmetros clínicos No exame periodontal inicial e durante os três meses de acompanhamento, os seguintes parâmetros clínicos foram mensurados: profundidade de bolsa a sondagem (PBS), ca- racterizada pela distância da margem gengival até o fundo da bolsa; nível de inserção (NI), caracterizada pela distância da junção cemento-esmalte até o fundo da bolsa, sangramento a sondagem (SS), presença ou ausência de sangramento 30 segundos após a sondagem5,7. Preparo prévio dos pacientes Em todos os pacientes, na primeira consulta, foi realiza- da anamnese, controle de placa e instrução de higiene oral de acordo com a necessidade de cada indivíduo. Foi solicita- do exame radiográfi co completo de todos os pacientes. Terapia periodontal A terapia periodontal não cirúrgica foi realizada em todos os elementos dentários presentes, com raspagem supragengi- val ultrassônica (ponta P10; Cavitron,Dentisply), manual com curetas do tipo Mc Call, no 13/14,17/18 (Hu-Friedy, Chicago, EUA), e raspagem subgengival e alisamento radicular, sob anestesia de bloqueio da região, utilizando curetas do tipo Gracey no 5/6;7/8;11/12;13/14 (Hu-Friedy, Chicago, EUA) e limas de Hirschfeld no 5/11 (Hu-Friedy, Chicago, EUA). Foram selecionados dentes unirradiculares os quais fo- ram divididos, de forma aleatória, em lado teste e lado con- trole. Os sítios do lado teste receberam aplicação única da terapia fotodinâmica, descrita a seguir28. 1. Isolamento relativo da área a ser irradiada. 2. Aplicação do agente fotossensibilizador (corante) azul de metileno 0,01% (Chimiolux, Hipofarma, Ribeirão das Neves - MG, Brasil) no interior da bolsa periodontal com auxílio de uma seringa Luer descartável de 3 ml; (Figura 1). Figura 1 - Aplicação do corante azul de metileno 0,01% no interior da bolsa periodontal com auxílio de uma seringa Luer. 53Revista PerioNews 2011;5(1):50-6 Periodontia 3. Tempo de pré-irradiação de cinco minutos. 4. Irradiação, por fora da bolsa periodontal, com laser de diodo em baixa intensidade (TwinFlex; MMOptics; Brasil), emitindo no vermelho do espectro eletromagnético, semi- condutor, com comprimento de onda de 660 nm, potên- cia média de 40 mW e fl uência de 120 J/cm2. O modo de irradiação foi pontual com o tempo de irradiação de dois minutos por sítio. Durante aplicação, a ponta ativa foi po- sicionada 90º em relação ao longo eixo da área irradiada (Figura 2). Todo o tratamento foi realizado por único operador, devidamente calibrado (porcentagem de concordância de 98%, ± 1). Em um total de quatro consultas por paciente. O intervalo entre uma consulta e outra foi de sete dias. Reavaliações clínicas A primeira consulta de reavaliação foi realizada 30 dias após o término do tratamento, onde os sítios dos lados teste e controle de todos os pacientes foram reavaliados quanto aos parâmetros clínicos de profundidade de bolsa a sonda- gem (PBS); nível de inserção (NI); sangramento a sondagem (SS)5. As mesmas medidas foram feitas com 60 e 90 dias do término do tratamento. Tratamento dos dados Após obtenção dos valores absolutos dos parâmetros clínicos de profundidade de bolsa a sondagem (PBS), nível de inserção (NI), sangramento a sondagem (SS) nos períodos inicial, 30, 60 e 90 dias após o tratamento, foram calculadas a taxa de redução, subtraindo as medidas de 30, 60 e 90 dias pelas medidas iniciais, dos sítios com profundidade de bolsa a sondagem 5 mm. Os parâmetros clínicos PBS e NI foram analisados com o teste t Student e para os dados obtidos para SS, se utili- zou o teste Wilcoxon, para verifi car se houve diferença entre os tratamentos. Da mesma forma, a análise dos dados de cada lado separadamente foi feita com o teste Anova, para os parâmetros PBS e NI, e Kruskal Wallis para SS. O nível de signifi cância utilizado foi de 5%. RESULTADOS Foram incluídos um total de 51 pares de dentes unirra- diculares contralaterais (40 incisivos centrais; 34 incisivos laterais; 28 caninos) que possuíam um ou mais sítios com PBS 5mm, em um total de 192 sítios. No período de 30 dias, foram reavaliados 15 pacientes (192 sítios); no período de 60 dias, 14 pacientes (182 sítios); no período de 90 dias, 12 pacientes (154 sítios). Nas Tabelas 1, 2 e 3 estão descritas as médias e des- vio-padrão da PBS, NI e SS, nos intervalos de tempo inicial, 30, 60 e 90 dias dos lados teste e controle, mostrando Figura 2 - Aplicação do laser de diodo em baixa intensida- de, emitindo no vermelho do espectro eletromagnético, com a ponta ativa posicionada 90º em relação ao longo eixo do sítio. Inicial 30 dias 60 dias 90 dias Lado teste/mm 6,35 ± 1,23 4,92 ± 1,44 4,87 ± 1,52 4,72 ± 1,53 Lado controle/mm 6,28 ± 1,29 5,05 ± 1,62 5,05 ± 1,47 5,02 ± 1,74 Valor de p 0,00 Inicial 30 dias 60 dias 90 dias Lado teste/mm 7,17 ± 1,45 6,19 ± 1,73 6,17 ± 1,76 6,02 ± 1,81 Lado controle/mm 7,06 ± 1,62 6,57 ± 2,12 6,57 ± 1,85 6,58 ± 2,20 Valor de p 0,00 Inicial 30 dias 60 dias 90 dias Lado teste/% 85,48 ± 22,34 34,05 ± 23,77 46,52 ± 29,20 34,29 ± 23,20 Lado controle/% 89,2 ± 19,60 55,13 ± 34,28 59,96 ± 26,83 46,93 ± 30,63 Valor de p 0,00 TABELA 1 - MÉDIAS E DESVIO-PADRÃO DA PROFUNDIDADE DE BOLSA A SONDAGEM INICIAL, COM 30, 60 E 90 DIAS DOS LADOS TESTE E CONTROLE TABELA 2 - MÉDIAS E DESVIO-PADRÃO DO NÍVEL DE INSERÇÃO INICIAL, COM 30, 60 E 90 DIAS DOS LADOS TESTE E CONTROLE TABELA 3 - MÉDIAS E DESVIO-PADRÃO DO SANGRAMENTO A SONDAGEM INICIAL, COM 30, 60 E 90 DIAS DOS LADOS TESTE E CONTROLE 54 Revista PerioNews 2011;5(1):50-6 Feldman BC • Soares LG • Tinoco EMB • Falabella MEV • da Silva DG • de Sousa GR que houve redução da média destes parâmetros clínicos em ambos os lados, em todos os períodos avaliados, quando comparados com as medidas iniciais e que estas diferenças foram estatisticamente signifi cantes. A Tabela 4 mostra as médias e desvio-padrão do resul- tado das terapias nos grupos teste e controle nos sítios com PBS 5 mm, nos intervalos de 30, 60 e 90 dias. Houve redução dos níveis de PBS e NI sem, no entanto, mostrar diferença estatisticamente signifi cante entre os grupos teste e controle. A porcentagem de redução do número de sítios com sangramento a sondagem também mostrou redução em ambos os grupos, com o grupo teste mostrando uma redução estatisticamente signifi cante em relação ao grupo controle, no período de 60 dias. DISCUSSÃO A PDT envolve, basicamente, uma tríade: luz, um agente fotossensibilizador (corante) e oxigênio. É baseada no prin- cípio de que um fotossensibilizador liga-se a células alvo e é ativado por uma fonte de luz visível, com comprimento de onda específi co. Nesta reação ocorre a formação de oxigê- nio singleto e radicais livres, que podem provocar a inativa- ção microbiana12. O objetivo desta terapia é a obtenção de um efeito antimicrobiano, sufi cientemente grande, sobre o agente causador da infecção pela ação seletiva da luz e do corante sobre o alvo, evitando danos sobre tecidos sadios do hospedeiro30. Pesquisas recentes mostraram como vanta- gens desta terapia a simplicidade da técnica, ser de fácil exe- cução mesmo em locais de difícil acesso, baixa toxicidade do corante e efi ciente efeito local e bactericida12. Sendo assim, a terapia fotodinâmica pode ser uma alternativa viável para complementar a terapia periodontal não cirúrgica. O presente estudo testou, clinicamente, a aplicabilidade da terapia fotodinâmica adjunto à terapia não cirúrgica da pe- riodontite crônica. Os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente signifi cativa nos parâmetros clíni- cos avaliados nos lado teste e controle, nos três períodos de acompanhamento após a conclusão das terapias. Todavia, quando comparados separadamente, os lados teste e con- trole, mostraram melhoria estatisticamente signifi cativa nos parâmetros e períodos avaliados. Os resultados clínicos obtidos com a terapia não cirúr- gica isoladamente mostraram efi cácia na redução da PBS e NI, compatível com outros resultados da literatura29-30, que confi rmaram o sucesso desta terapia no controle da doença periodontal. Em uma revisão sistemática27, a média de ganho de inserção nas bolsas com PBS 5 mm de 0,64 mm e da redução da profundidade de bolsa de 1,18 mm, que se as- semelham com os achados deste estudo que mostrou uma redução de PBS em torno de 1,27 mm e ganho de inserção de 0,53 em média, após 90 dias. Na comparação entre os resultados da terapia não cirúrgi- ca associada à PDT e a terapia não cirúrgica isolada não houve diferenças estatísticas para os parâmetros clínicos de PBS, NI. Estes achados estão em concordância com outros autores9,28, que avaliaram pacientes com periodontite crônica usando uma metodologia bem parecida, nos períodos de três e seis meses para os dois primeiros meses e três meses para o segundo estudo. Em relação a SS, foi encontrada diferença estatística intergrupos, nos períodosavaliados9. No presente estudo tam- bém foi encontrada diferença estatística entre os grupos em relação a este parâmetro no período de 60 dias, e valores de p muito próximos de 0,05, para 30 e 90 dias, cuja estatística talvez fosse obtida caso a amostra fosse maior. No entanto, esse resultado não deve ser enaltecido, porque o parâmetro TABELA 4 - MÉDIAS E DESVIOS-PADRÃO DO RESULTADO (REGRESSÃO) DAS TERAPIAS NOS GRUPOS TESTE E CONTROLE NOS SÍTIOS COM PROFUNDIDADE DE BOLSA A SONDAGEM 5 MM, EM TODOS OS INTERVALOS DE TEMPO (A = 0,05) 30 dias 60 dias 90 dias Lado teste Lado controle Lado teste Lado controle Lado teste Lado controle PBS/m -1,44 ± 1,51 -1,18 ± 1,73 -1,40 ± 1,61 -1,12 ± 1,83 -1,52 ± 1,64 -1,27 ± 2,00 Valor de p 0,269 0,266 0,404 NI/mm -0,97 ± 1,47 -0,48 ± 2,16 -0,94 ± 1,75 -0,38 ± 2,12 -1,10 ± 1,61 -0,53 ± 2,34 Valor de p 0,069 0,054 0,080 SS/% -51,42 ± 36.34 -34,08 ± 40,24 -37,92 ± 40,53 -28,47 ± 34,51 -51,13 ± 38,27 - 41,96 ± 25,68 Valor de p 0,052 0,048 0,054 55Revista PerioNews 2011;5(1):50-6 Periodontia SS não seria o mais efetivo para ava- liar a melhor efetividade da terapia não cirúrgica associada ao PDT. Outros trabalhos com metodo- logia semelhante produziram resul- tados signifi cativamente melhores para raspagem e alisamento radicu- lar associada a PDT do que apenas raspagem e alisamento radicular. Um estudo28 observou redução na PBS de 1,11 ± 0,53 e 0,74 ± 0,43 mm, 12 semanas após a raspagem e ali- samento radicular adjunta ou não à PDT, respectivamente (p < 0,05). Um estudo de boca dividida26 mostrou um ganho relativo no nível de inserção de 0,67 mm após raspagem e alisa- mento radicular adjunta à PDT (p < 0,05) e de 0,35 mm após raspagem e alisamento radicular apenas (p < 0,05). O que deve ser observado nes- tes resultados clínicos, com ou sem diferenças estatísticas entre a terapia periodontal não cirúrgica isolada ou associada ao PDT, é que as reduções de PBS e ganhos de NI estão em tor- no de 1 mm, que pode apresentar pouca relevância clínica. Embora os dados disponíveis nos estudos in vitro e in vivo tenham demonstrado que a PDT possui alto efeito bac- tericida contra periodontopatógenos14,25-26, muitas são as va- riáveis que infl uenciam no resultado da terapia fotodinâmica, a simples transferência dos achados de redução bacteriana in vitro e in vivo para a clínica podem não apresentar os mes- mos resultados. A escolha do azul de metileno como corante a 0,01% a outros tipos de fotossensibilizadores deveu-se por seu uso já ser atestado há quase um século e sua toxicidade para humanos ser relativamente baixa. Na PDT, se mostrou mui- to efi caz na inativação de bactérias periodontopatogênicas, sendo muito utilizado, principalmente, em estudos clínicos de acordo com a literatura9,25,27-28, além de já possuir kits disponíveis comercialmente. A principal fonte de luz utilizada na PDT é o laser de diodo de baixa potência, emitindo no ver- melho do espectro eletromagnético. No entanto, ainda não fi cou claro o que seria mais importante para PDT, a fonte de luz para ativação ou o tipo de fotossensibilizador. Além disso, os parâmetros da fonte de luz bem como o tempo ideal para aplicação do corante e sua atuação ainda não foram completamente elu- cidados. O período de pré-irradiação do fotossensibilizador preconizado na PDT antimicrobiana varia de um a dez minutos19-20. Na metodologia utilizada, a permanência do corante AM foi de cinco minutos e a aplicação do PDT realizada em uma única sessão. Pode ser que maior número de aplicações infl uenciasse o resultado da terapia associada ao PDT. Na PDT tópica, a ação da terapia limita-se ao sítio de aplicação do fotossensibilizador e da luz. Novas avaliações são necessá- rias para esclarecer, defi nitivamente, o número de aplicações que podem melhorar o resultado desta terapia. Alguns autores9 sugeriram que a te- rapia com PDT deveria ser repetida durante as primeiras semanas de cicatrização para aumentar o efeito antimicrobiano. CONCLUSÃO Diferentes parâmetros, tais como: comprimento de onda, potência, fl uência, tempo de pré-irradiação e tempo de aplicação da luz foram utilizados nos estudos clínicos mencionados, o que pode difi cultar comparações diretas en- tre os protocolos estabelecidos. Além disso, ainda existem poucos estudos clínicos controlados, comparando a terapia periodontal não cirúrgica adjunta a PDT. Sendo assim, mais estudos são necessários antes de uma conclusão defi nitiva sobre os efeitos clínicos benéfi cos destas terapias utilizadas em conjunto. Portanto, quando comparados os lados teste e controle não houve diferenças estatísticas para os parâmetros clíni- cos de PBS e NI, em todos os períodos avaliados. Já para SS houve maior redução, com diferença estatisticamente signifi cante no período de 60 dias. E houve melhora nos pa- râmetros clínicos tanto na terapia não cirúrgica isolada como na associada a PDT. Endereço para correspondência: Léo Guimarães Soares Praça Garcia, 99 – Centro 25850-000 – Paraíba do Sul – RJ dr_leog@hotmail.com O período de pré-irradiação do fotossensibilizador preconizado na PDT antimicrobiana varia de um a dez minutos19-20. Na metodologia utilizada, a permanência do corante AM foi de cinco minutos e a aplicação do PDT realizada em uma única sessão. Pode ser que maior número de aplicações infl uenciasse o resultado da terapia associada ao PDT. Na PDT tópica, a ação da terapia limita-se ao sítio de aplicação do fotossensibilizador e da luz. 56 Revista PerioNews 2011;5(1):50-6 Feldman BC • Soares LG • Tinoco EMB • Falabella MEV • da Silva DG • de Sousa GR REFERÊNCIAS 1. Löe H, Anerud A, Boysen H, Morrison E. Natural history of periodontal disease in man. Rapid, moderate and no loss of attachment in Sri Lankan laborers 14 to 46 years of age. 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Ann Periodontol 1996;1:443-90. 59Revista PerioNews 2011;5(1):59-62 RESUMO A presença de recessão gengival associada à lesão cervical não cariosa (NCCL) é uma queixa frequente dos pacientes que procuram os recursos da Odontologia. Diferentes técnicas restauradoras e cirúrgicas têm sido propostas para corrigir estas deformidades. Muitas vezes, o tratamento restaurador somente não satisfaz a necessidade estética desejada pelo paciente. Sendo assim, a cirurgia plástica periodontal tem sido associada ao tratamento restaurador para solucionar estes casos de estética desfa- vorável. O objetivo do presente trabalho foi revisar e discutir a literatura relativa a associação de materiais restauradores e cirurgia mucogengival. Unitermos - Recessão gengival; Cirurgia plástica; Periodontia; Cimentos de ionômeros de vidro; Materiais dentários; Abrasão dentária. ABSTRACT The presence of gingival recession associated with non-carious cervical lesions (NCCL) is a commum complaint of patients seeking dental treatment. Different surgical and restorative techniques have been proposed to correct these deformities. In most cases, only the restorative treatment plan does not meet the aesthetics desired by the patient. Thus, the periodontal plastic surgery has been associated with restorative treatment to resolve aesthetic disadvantage cases. The aim of this paper is to review and discuss the literature on the association of restorative materials and mucogingival surgery. Key Words - Gingival recession; Surgery plastic; Periodontics; Glass ionomer cements; Dental materials; Tooth abrasion. Restauração subgengival e cirurgia plástica periodontal no tratamento de recessão gengival associada à lesão cervical não cariosa *Especialista em Periodontia – UFPR; Mestranda do Curso de Mestrado Profi ssional em Odontologia Clínica – Universidade Positivo – Curitiba/PR. **Doutora em Periodontia – Foa/Unesp; Professora titular – Universidade Positivo – Curitiba/PR. ***Especialista em Dentística e Prótese – ABO/PG; Mestre em Odontologia – Universidade Positivo – Curitiba/PR. ****Doutor em Periodontia – USP/SP; Professor adjunto da Disciplina de Periodontia – UFPR. Claudia Roberta Tenório-Trevisani* Tatiana Miranda Deliberador** Antonio Luiz Trevisani Júnior*** Ricardo Luiz Grein**** Subgingival restoration and periodontal plastic surgery in the treatment of gingival recession associated with non-carious cervical lesion Recebido em mar/2010 Aprovado em mai/2010 Revisão da literatura Periodontia 60 Revista PerioNews 2011;5(1):59-62 Tenório-Trevisani CR • Deliberador TM • Trevisani Jr. AL • Grein RL INTRODUÇÃO A prevalência de cáries está sendo diminuída severa- mente na população e os dentes estão em função por um maior período de tempo1. Sendo assim, outros problemas dentais e periodontais têm sido observados na população, como a presença de recessões gengivais. A recessão gengival é a migração apical da margem da gengiva com exposição da superfície radicular2 e pode ser encontrada tanto em pacientes com alto nível de higiene oral como em populações sem trata- mento periodontal com pobre higiene oral3. Muitos fatores etiológicos têm sido relacionados com o desenvolvi- mento da recessão gengival. Entre eles, a infl amação induzida por placa, trauma de escovação, impactação ali- mentar, Ortodontia e procedimentos restauradores4. O envolvimento estético, a pre- sença de hipersensibilidade dentiná- ria, o aparecimento de cáries radicu- lares, desgastes cervicais e lesões cervicais não cariosas (NCCL) são algumas das consequências relacio- nadas às recessões gengivais3. Logo, os procedimentos de recobrimento radicular se tornaram uma parte im- portante do tratamento periodontal5. Contudo, existem situações clínicas complexas como, por exemplo, a presença de lesões cervicais profun- das, que impedem o aplainamento da superfície radicular. O aplainamento mecânico é uma das etapas funda- mentais do procedimento cirúrgico para recobrimento radicular, pois tem por objetivo suavizar irregularidades, ranhuras e reduzir a convexidade da raiz6. Segundo alguns autores7-8, técnicas cirúrgicas mucogengivais convencionais para recobrimento radicular poderiam estar contraindicadas devido à necessidade de um grande aplai- namento radicular, o que comprometeria o órgão dentário. O tratamento das lesões cervicais não cariosas inclui ajuste oclusal, orientação de higiene bucal e procedimentos restauradores9. Entre as alternativas para as restaurações das NCCL estão os materiais estéticos como as resinas e os compostos resinosos10. As técnicas restauradoras resul- tam em proteção contra novas perdas de estrutura dentária e sensibilidade. Porém, elas podem não satisfazer a demanda estética dos pacientes, pois podem deixar os dentes com a coroa clínica aumentada. Sendo assim, um processo terapêu- tico ideal para o tratamento de recessão gengival associada às NCCL tem sido um desafi o aos clínicos6. O objetivo do presente trabalho foi fazer uma revisão da literatura abor- dando a associação de materiais restauradores e cirurgia mucogengival. REVISÃO DA LITERATURA Materiais restauradores resino- sos têm sido extensamente estuda- dos, especialmente no que se refere a adesão11, polimento,acabamento fi nal12-13, biocompatibilidade14 e esté- tica15. A resposta dos tecidos periodon- tais frente a restaurações adesivas tem sido avaliada por alguns pesqui- sadores. Alguns estudos16-17 têm mos- trado que restaurações subgengivais podem estar mais associadas a san- gramento gengival, perda de inserção e recessão gengival quando compara- das às restaurações supragengivais. Além disso, podem facilitar o acúmu- lo de biofi lme dental e consequente- mente levar a infl amação gengival. A rugosidade e o posicionamento sub- gengival de restaurações de resina acrílica são fatores determinantes para o desenvolvimento de infl ama- ção gengival18. Contudo, outros estu- dos6,19 mais recentes têm mostrado que o uso de materiais restauradores resinosos pode ser uma alternativa biocompatível em restaurações sub- gengivais. Em sítios subgengivais restaurados com materiais iono- méricos, em pacientes que apresentavam lesões radiculares extensas, apresentaram-se tecidos periodontais clinicamen- te saudáveis e bem adaptados à superfície radicular, sem sangramento a sondagem e com mínima profundidade de sondagem. Histologicamente, o autor observou adesão de fi broblastos e tecido conjuntivo às restaurações20. Em sítios subgengivais restaurados com materiais ionoméricos, em pacientes que apresentavam lesões radiculares extensas, apresentaram tecidos periodontais clinicamente saudáveis e bem adaptados à superfície radicular, sem sangramento a sondagem e com mínima profundidade de sondagem. Histologicamente, o autor observou adesão de fi broblastos e tecido conjuntivo às restaurações20. 61Revista PerioNews 2011;5(1):59-62 Periodontia Em outro estudo onde sítios restaurados com cimento de ionômero de vidro modifi cado por resina, compômeros e resina composta foram associados à presença de maior quantidade de fl uido gengival comparados a sítios não restau- rados. No entanto, o índice gengival e o índice de placa não mostraram diferenças signifi cativas entre os sítios restaura- dos e não restaurados21. Analisando os níveis de interleucina-1 presentes no fl uido gengival adjacente a restaurações subgengivais de cimento de aluminato de cálcio, resina composta e esmalte, foi con- cluído que as restaurações não afetaram a saúde gengival e nem alteraram signifi cativamente os níveis de interleucina-1 no fl uido gengival ou iniciaram a infl amação gengival22. Em estudo realizado em cães19 foi avaliada histologica- mente a resposta dos tecidos periodontais a restaurações subgengivais, Classe V, com resina composta e cimento de ionômero de vidro modifi cado por resina e observada biocom- patibilidade de todos os materiais restauradores testados. A formação de epitélio juncional longo foi o tipo de cicatrização predominante, com ausência de inserção de tecido conjunti- vo e neoformação óssea sobre os materiais restauradores. A resposta periodontal de restaurações subgengivais de amálgama e cimento de ionômero de vidro modifi cado por resina também foi avaliada em estudo realizado em cães. Os autores observaram um infi ltrado infl amatório mais inten- so relacionado às restaurações de amálgama que aquele relacionado às restaurações com cimento de ionômero de vidro modifi cado por resina. O controle de placa bacteriana minimizou a resposta infl amatória na maioria dos sítios res- taurados23. Em estudo clínico6 foi avaliado o tratamento de reces- sões gengivais associadas a abrasões cervicais com cimen- to de ionômero de vidro modifi cado por resina ou com resina composta microparticulada e retalho posicionado coronal- mente. Aos seis meses pós-operatórios, os autores observa- ram recobrimento radicular sem dano aos tecidos periodon- tais. Outros autores24 também observaram clinicamente que tanto o ionômero de vidro modifi cado com resina, como a resina microparticulada usadas subgengivalmente não mos- traram efeitos negativos na saúde periodontal. Contudo, o ionômero de vidro mostrou efeitos mais positivos quanto à diminuição da composição do biofi lme subgengival em rela- ção a resina composta. O tratamento de recessão gengival associada à lesões cervicais não cariosas com retalho posicionado coronal- mente ou associado com restauração de ionômero de vidro modifi cado por resina foi avaliado clinicamente em estudo clínico1. Os autores concluíram que ambos os procedimen- tos alcançaram recobrimento radicular após seis meses de acompanhamento. Além disso, relataram que no grupo que combinou o tratamento restaurador e cirúrgico periodontal houve redução da sensibilidade radicular. O sucesso clínico deste procedimento foi observado após dois anos de acom- panhamento25. Em recente relato de caso clínico26 foi observado que recessões gengivais múltiplas adjacentes associadas com abrasão cervical profunda podem ser tratadas com sucesso quando combinado cirurgia mucogengival e dentística restau- radora. A técnica de recobrimento radicular com enxerto de te- cido conjuntivo associada ao tratamento restaurador, com ionômero de vidro, também tem sido considerada um trata- mento de sucesso em estudo clínico27 e em relatos de casos clínicos6. DISCUSSÃO Atualmente, dentro do plano de tratamento odontológico integrado, a importância de um sorriso harmônico tem sido considerada pelos periodontistas e pelo próprio paciente. A presença de recessão gengival associada a lesão cervical não cariosa é uma queixa frequente dos pacientes que procu- ram os recursos da Odontologia. Muitas vezes, o tratamento restaurador somente não satisfaz a necessidade estética de- sejada pelo paciente, por deixar o dente com a coroa clínica longa. Sendo assim, a cirurgia plástica periodontal tem sido associada ao tratamento restaurador para solucionar estes casos de estética desfavorável. O cimento de ionômero de vidro e a resina composta são os materiais restauradores de escolha para restaura- ções onde fator estético é primordial. Contudo, quando estes materiais são colocados subgengivalmente pode ocorrer in- fl amação dos tecidos periodontais, bem como aumento da perda de inserção16-17. Em estudo realizado com acompanha- mento de 26 anos, a detecção clínica destes fatores poderá ser observada somente após um a três anos do tratamento restaurador16. Alguns trabalhos recentes1,3 mostraram resul- tados efetivos quando avaliaram clinicamente o tratamento de recessões gengivais associadas a abrasões cervicais res- tauradas com cimento de ionômero de vidro modifi cado por resina ou com resina composta microparticulada e retalho posicionado coronalmente. Resultados satisfatórios também foram observados clinicamente quando a técnica de enxerto de tecido conjuntivo foi realizada sobre materiais restaurado- res5,25-26. Contudo, estes resultados apresentam acompanha- mento pós-operatório de seis meses a dois anos somente. 62 Revista PerioNews 2011;5(1):59-62 Tenório-Trevisani CR • Deliberador TM • Trevisani Jr. AL • Grein RL REFERÊNCIAS 1. Santamaría MP, Suaid FF, Nociti Júnior FH, Casati MZ, Sallum AW, Sallum EA. 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Histologicamente, a resina composta e o cimento de io- nômero de vidro modifi cado por resina se mostraram biocom- patíveis quando aplicados subgengivalmente19. Clinicamente, a resposta infl amatória dos tecidos periodontais frente a res- taurações adesivas subgengivais pode ser prevenida quando os materiais restauradores são aplicados sobre isolamento absoluto, quando forem aplicados respeitando as distâncias biológicas e quando forem bem polidos. Outros aspectos importantes devem ser avaliados quan- do a associação dos procedimentos (cirurgia periodontal e tratamento restaurador) é realizada. Entre eles, os fatores etiológicos da recessão gengival e das lesões cervicais não cariosas devem ser removidos antes de realizar o tratamento restaurador e cirúrgico periodontal. Ainda, a conscientização do paciente em relação a um excelente controle de placa deve ser reforçada. Por fi m, a indicação correta da técnica cirúrgica mucogengival para cada caso deve ser levada em consideração. Todos estes fatores irão favorecer o sucesso do tratamento. CONCLUSÃO A cirurgia periodontal combinada ao procedimento res- taurador leva a solução tanto da recessão gengival como da abrasão cervical podendo ser considerada um tratamento de sucesso clínico. Contudo, estudos longitudinais com acompa- nhamento em longo prazo devem ser realizados para validar esta forma de tratamento associada. Endereço para correspondência: Tatiana Miranda Deliberador Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Campo Cumprido 81280-330 – Curitiba – PR tdeliberador@up.edu.br 64 Revista PerioNews 2011;5(1):64-70 RESUMO Dentre os aspectos que infl uenciam nas características do sorriso estão linha mediana, posicionamento dental, linha do sorriso e características gengivais. A erupção passiva alterada é uma condição que interfere na estética do sorriso, por originar coroas clínicas curtas e ser associada ao sorriso gengival. Este trabalho relata um caso clínico de erupção passiva alterada que, devido às suas características, interferia na harmonia do sorriso e foi corrigida pela técnica de gengivectomia. Paciente do gênero feminino, 20 anos, leucoderma, não relatou alterações sistêmicas, queixa- va-se da estética do seu sorriso devido à diferença no tamanho das coroas clínicas dos elementos 12 e 22 e excessiva exposição gengival na região. Após o diagnóstico de erupção passiva alterada tipo 1A na face vestibular do elemento 12, o seu tratamento consistiu na realização de gengivecto- mia com incisão de bisel interno. Após um ano do tratamento, a paciente relatou estar satisfeita com o resultado estético alcançado. Portanto, em casos de erupção passiva alterada associada apenas ao posicionamento coronário do tecido gengival em relação à junção cemento-esmalte, a gen- givectomia, uma técnica de cirurgia plástica periodontal, mostra-se efi caz para a sua correção e para o restabelecimento da harmonia do sorriso. Unitermos - Sorriso; Estética; Periodontia; Gengivectomia. ABSTRACT Features that infl uencing characteristics of the smile are the midline, dental position, smile line and gingival. Altered passive eruption is a clinical condition characterized by an altered coronary placement of the gingival tissue, with or without the placement of the bone margin, which interferes with the aesthetic smile and is considered etiological factor for short clinical crowns and to be associated with gum smile. This paper presents a case report that describe the correction of altered passive eruption by the technique of gingivectomy. Female patient, 20 years old, caucasian, without systemic complications, complains about the aesthetics of the tooth 12. After the diagnosis of altered passive eruption associated only change of the gingival position, gingivectomy was the treatment performed with the internal bevel incision, on the buccal surface of the element 12. After 1 year of treatment, the patient reports to be satisfi ed with the aesthetic result, the teeth 12 and 22 show the same size of the clinical crown. Therefore, in cases of altered passive eruption with changes in the gingival position only, the gingivectomy, a periodontal plastic surgerytechnique, is effective in your correction and to reestablish the harmony of smile. Key Words - Smiling; Esthetics; Periodontics; Gingivectomy. Correção de erupção passiva através de cirurgia plástica periodontal * Professora da Disciplina de Periodontia – Unip/Campinas e Sorocaba; Professora doutora da Disciplina de Clínica Odontológica – PUC/Campinas. ** Professor da Disciplina de Periodontia – Unip/Campinas e Sorocaba; Mestrando em Clínica Odontológica/Implante – Unip/São Paulo. *** Graduanda de Odontologia – Unip/Campinas. Relato de caso clínico Patrícia Fernanda Roesler Bertolini* Oswaldo Biondi Filho** Dalila Evelyn Santiago*** Correction of passive eruption by periodontal plastic surgical. Case report Recebido em set/2010 Aprovado em out/2010 65Revista PerioNews 2011;5(1):64-70 Periodontia INTRODUÇÃO A palavra estética deriva do grego aisthetikos, que sig- nifi ca percepção, sensação, podendo ser também caracte- rizada como o estudo que determina o caráter do belo nas produções naturais artísticas, a fi losofi a das belas artes, ou ainda a harmonia das formas e coloridos1. A estética segue o padrão sociocultural de determinada sociedade, porém, não deixa de ser considerada um parâmetro subjetivo2. Um sorriso considerado atraente e estético leva em con- sideração cor, forma e simetria dos dentes associadas às características do tecido gengival, da forma e simetria dos lábios, como também a existência de uma relação harmônica destes elementos com a face do paciente3. A posição do tecido gengival ao redor do elemento den- tal é infl uenciada pelo colo cervical dental, características do ponto de contato e da margem óssea. O ponto da margem gengival localizado mais apical ao redor do elemento dental caracteriza o zênite gengival, que possui aspectos únicos para cada grupo de dentes, o que torna o seu conhecimento de extrema relevância para restabelecer o contorno gengival adequado ao redor do elemento dental durante procedimen- tos estéticos4. Dentre as condições clínicas associadas com altera- ções no posicionamento da margem gengival está a erup- ção passiva alterada, que é defi nida como uma condição em que após o processo de erupção dental a margem gengival mantém-se coronária à junção cemento esmalte (JCE) e pode ser associada ou não a uma alteração no posicionamento da crista óssea alveolar (COA) em relação à JCE. Pode também ocorrer variação na quantidade da faixa de tecido queratiniza- do ao redor do elemento dental5. O conhecimento da classifi cação e caracterização dos tipos de erupção passiva alterada é de suma importância na prática clínica para que o profi ssional estabeleça o tratamen- to adequado para sua correção (Tabela 1). Os procedimentos de cirurgia plástica periodontal, den- tre eles as técnicas de gengivectomia e retalho deslocado apicalmente, podem ser indicados para modifi car as caracte- rísticas dos tecidos periodontais ao redor do elemento dental e, consequentemente, a silhueta do seu formato e suas pro- porções. Nos casos de erupção passiva alterada quando há o envolvimento apenas do tecido gengival com a existência de uma ampla faixa de tecido queratinizado, a técnica de gengivectomia está indicada3,5-6. Este trabalho demonstra através do relato de um caso clínico a correção de erupção passiva associada com altera- ção apenas no posicionamento do tecido gengival através da cirurgia plástica periodontal, gengivectomia. RELATO DE CASO CLÍNICO Paciente do gênero feminino, 20 anos, leucoderma, du- rante a anamnese não relatou alterações sistêmicas, porém, queixava-se da estética do seu sorriso devido à diferença no tamanho da coroa clínica dos dentes 12 (Figura 1a) e 22 (Figura 1b), onde o elemento 12 apresentava-se menor que seu homólogo. Ao sorrir, o excesso de tecido gengival que fi cava ex- posto na região do dente 12 também a incomodava (Figura 2). A sequência do exame físico da paciente consistiu da análise da linha do seu sorriso, sondagem periodontal para de- terminar o estado de saúde tecidual associado ao nível de in- serção clínica e a realização de exame radiográfi co periapical pela técnica do paralelismo para determinar a altura da COA. A paciente foi caracterizada com linha do sorriso média, onde fi cavam expostas as cervicais dos elementos dentais e área de papila gengival. O diagnóstico de erupção passiva alterada na face ves- tibular do elemento 12 foi realizado através da sondagem periodontal associada ao exame radiográfi co, sendo base- ado no posicionamento coronário da margem gengival em relação à JCE, originando uma coroa clínica curta, relaciona- da à ausência de infl amação tecidual e de desgaste incisal (Figura 3). Sua higiene oral foi considerada satisfatória. A classifi cação de erupção passiva tipo 1A foi baseada na presença de extensa faixa de tecido queratinizado ao redor do elemento dental, associada apenas ao posiciona- mento coronário do tecido gengival em relação à JCE (Figu- ra 4a). Radiografi camente, a distância da COA a JCE estava em torno de 2 mm (Figura 4b). O tratamento eleito para resolução desta condição clíni- ca foi a técnica de cirurgia plástica periodontal, gengivecto- mia, realizada com incisão de bisel interno na face vestibular do elemento dental 12. TABELA1 - CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS TIPOS DE ERUPÇÃO PASSIVA ALTERADA Erupção passiva alterada Tipo Característica clínica e radiográfi ca 1A Ampla faixa de tecido queratinizado com COA apical JCE. 1B Ampla faixa de tecido queratinizado com distância entre COA/JCE < 2 mm. 2A Limitada faixa de tecido queratinizado, COA apical JCE. 2B Limitada faixa de tecido queratinizado com distância entre COA/JCE < 2 mm. 66 Revista PerioNews 2011;5(1):64-70 Bertolini PFR • Biondi Filho O • Santiago DE Figuras 1 - Diferença do tamanho das coroas clínicas dos elementos 12 (A) e 22 (B) demonstrada com uso da sonda milimetrada. Figura 2 - Sorriso da paciente evidencia a excessiva exposição do tecido gengival na face vestibular do dente 12 e a diferença no tamanho das coroas clínicas dos incisivos laterais. Figura 3 - Erupção passiva alterada presente no elemento 12, sen- do caracterizada pela presença de coroa clínica curta, associada à ausência de infl amação tecidual e de desgaste incisal. Figuras 4 - Característica de erupção passiva alterada tipo 1A evidenciada. A. Extensa faixa de tecido queratinizado ao redor do elemento 12. B. Aspecto de normalidade da distância da COA a JCE nas faces proximais. Figura 5 - Execução de anestesia infi ltrativa prévia a técnica cirúrgica. A B A B 67Revista PerioNews 2011;5(1):64-70 Periodontia Após a assepsia intraoral usando bochecho com 15 ml de gluconato de clorexidina a 0,12% por um minuto, realizou- se assepsia extraoral com gel de clorexidina a 2%. A anestesia da região foi obtida pela técnica infi ltra- tiva com uso de anestésico cloridrato de prilocaína a 3% (Figura 5). Em seguida, fez-se a sondagem periodontal e a marcação do ponto sangrante na face vestibular do elemento dental 12 com uso de sonda milimetrada de Willians para A B C Figuras 6 - Sequência para obtenção do ponto sangrante para guiar a incisão cirúrgica. A. Obtenção da profundidade de sondagem. B. Transferência da profundidade de sondagem. C. Marcação do ponto sangrante. Figuras 7 - Sequência de incisões realizadas na técnica de gengivectomia para remoção do tecido gengival e restabelecimento do contorno adequa- do. A. Incisão de bisel interno. B. Incisão sulcular. Figuras 8 - A. Remoção do colarinho gengival com uso de cureta McCall 13/14. B. Nota-se exposição do esmalte cervical durante remoção do colarinho gengival. A B A B estabelecer a quantidade de tecido gengival a ser removido e guiar a incisão a ser realizada (Figuras 6). Para a remoção do tecido gengival na região, realizou-se incisão de bisel interno (Figura 7a), tendo sua fi nalização na superfície dental, seguida de incisão sulcular (Figura 7b) utili- zando a lâmina de bisturinúmero 15c e o colarinho gengival foi removido com cureta McCall 13/14 (Figuras 8). Após a constatação da regularização do tamanho da 68 Revista PerioNews 2011;5(1):64-70 Bertolini PFR • Biondi Filho O • Santiago DE Figuras 11 - Após um ano pós-operatório. A. Aspecto das coroas clínicas dos dentes 12 e 22. B. Manuten- ção do comprimento restabelecido da coroa clínica do dente 12. coroa clínica do elemento 12 em relação ao 22 (Figura 9), fi nalizou-se o procedimento cirúrgico sem haver necessidade de sutura ou uso de cimento cirúrgico. Durante a primeira semana pós-operatória, a paciente foi orientada a bochechar por um minuto, 15 ml de gluconato de clorexidina a 0,12% de 12/12 horas, para realizar o con- trole químico do biofi lme supragengival da região. Sendo que após este período, a paciente voltou a realizar normalmente seus hábitos de higiene oral. Para controle da dor, foi indicada Dipirona sódica 500 mg/ml na posologia de 35 gotas diluídas em ½ copo de água de quatro em quatro horas por no máximo três dias, apenas se houvesse dor. Após um ano do tratamento, a paciente relatou estar satisfeita com o resultado estético obtido (Figura 10) e ao exame clínico observa-se o mesmo tamanho das coroas clíni- cas dos elementos dentais 12 e 22 (Figuras 11). DISCUSSÃO Pelo fato da estética ser considerada um padrão que se- gue determinadas normas de uma cultura, os profi ssionais da área da saúde devem se lembrar também que ela envolve um aspecto clínico subjetivo, portanto, dentre os seus requisitos se enquadra o respeito aos anseios do paciente, para não serem realizados procedimentos desnecessários6. Portanto, o cirurgião-dentista deve estar consciente das considerações estéticas pertinentes à remoção dos tecidos periodontais ao redor do elemento dental e deve saber indicar a sua manuten- ção quando necessário7. Características clínicas que indicam a realização de pro- cedimentos estéticos em Periodontia são relacionadas à alte- ração da arquitetura gengival associada aos defeitos ósseos, invasão do espaço biológico, áreas de pônticos com rebor- dos defi cientes, inserção alta de freio e sua proximidade com Figura 9 - Aspecto pós-operatório imediato após a realização da gengivectomia. Figura 10 - Aspecto do sorriso da paciente após um ano pós- operatório. A B 69Revista PerioNews 2011;5(1):64-70 Periodontia a margem gengival, assimetria gengival devido à ausência ou excesso tecidual8. A excessiva exposição do tecido gengival durante o sor- riso pode estar associada a uma variedade de condições, como erupção passiva, excessivo crescimento maxilar verti- cal, hipermobilidade labial ou ainda lábios curtos5. A erupção passiva alterada é uma condição clínica caracterizada por um posicionamento coronário do tecido gengival, associado ou não à alteração no posicionamento da margem óssea, que interfere na estética do sorriso, por originar coroas clínicas curtas e ser associada ao sorriso gengival. O termo erupção passiva retardada também pode ser utilizado para defi nir esta condição clínica9. O diagnóstico desta alteração é realizado pela obser- vação do posicionamento coronário do tecido gengival em relação à JCE, presença de profundidade de sondagem au- mentada associada à caracterização do posicionamento da COA em relação à JCE pelo exame radiográfi co10, ou através de sondagem óssea3,9. No caso clínico relatado, o diagnósti- co de erupção passiva alterada foi baseado na associação da sondagem periodontal com o exame radiográfi co. A ocorrência de erupção passiva alterada é imprevisível, sendo que é diagnosticada em 12% da população geral11. Clinicamente, o tecido gengival é considerado saudável e o paciente apresenta índice de placa satisfatório12. Estas ca- racterísticas coincidem com os parâmetros apresentados no caso relatado. Pelo fato dos casos de erupção passiva alterada tipo 1A apresentarem ampla faixa de tecido gengival e a alteração ser limitada apenas ao posicionamento coronário do tecido gengival, a gengivectomia é a técnica cirúrgica de eleição para sua correção em concordância com diversos relatos na literatura3,6,8. Com o objetivo de igualar o tamanho da coroa clínica do elemento 12 em relação ao 22, a técnica de gengivectomia foi realizada com incisão de bisel interno. Esta incisão pro- picia a remoção do tecido gengival em excesso em áreas em que não há necessidade de alterar a topografi a do teci- do gengival. Como vantagem, foi relatado pelo paciente um maior conforto, pois não há exposição do tecido conjuntivo gengival na cavidade bucal e, consequentemente, não há indi- cação para colocação de cimento cirúrgico durante o período pós-operatório13. Durante a execução do procedimento cirúrgico, o profi s- sional deve conhecer a característica do zênite gengival para restabelecer o contorno adequado ao redor do elemento den- tal. O zênite gengival para o incisivo lateral coincide com o longo eixo do elemento dental4. A curvatura e o comprimento labial infl uenciam na quan- tidade de dentes e de tecido gengival que fi cam expostos durante o sorriso. Ao sorrir, a linha do sorriso é determinada pelo bordo inferior do lábio superior, que se encontra disten- dido14. Cerca de 69% da população possuem linha média do sorriso, contra 11% que apresentam linha alta do sorriso15. No caso clínico relatado, a paciente apresenta linha média do sorriso, que é caracterizada pela exposição do terço cervical dos dentes e do tecido gengival interproximal, porém, devido à presença de erupção passiva alterada na face vestibular do dente 12, esta condição evidenciou a excessiva exposição gengival, a sua coroa clínica curta e enfatizou a diferença no seu tamanho das coroas clínicas entre os elementos 12 e 22. Soluções periodontais para os desafi os estéticos, ge- ralmente, são melhores elaboradas pela análise da linha do sorriso da paciente desde o seu exame clínico inicial. Sen- do que o cirurgião-dentista deve analisar a linha do sorriso observando o paciente a uma distância normal durante uma conversa16-17. Porém, muitos profi ssionais ao planejarem tra- A erupção passiva alterada é uma condição clínica caracterizada por um posicionamento coronário do tecido gengival, associado ou não à alteração no posicionamento da margem óssea, que interfere na estética do sorriso, por originar coroas clínicas curtas e ser associada ao sorriso gengival. O termo erupção passiva retardada também pode ser utilizado para defi nir esta condição clínica9. 70 Revista PerioNews 2011;5(1):64-70 Bertolini PFR • Biondi Filho O • Santiago DE REFERÊNCIAS 1. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. Nova Cultural 1998;10:2261. 2. Cardoso RJ, Gonçalves EAN. Estética. São Paulo: Artes Médicas; 2002. 3. Garber DA, Salama MA. The aesthetic smile: diagnosis and treatment. Periodontol 2000 1996;11:18-28. 4. Rufenacht CR. Fundamentos de estética. São Paulo: Quintessence Editora; 1998. 5. Robbins JW. Differential diagnosis and treatment of excess gingival display. Pract Periodontics Aesthet Dent 1999;11(2):265-72. 6. 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Dent Clin North Am 2001;45(1):143-54. tamentos estéticos não alcançam os resultados desejados por focarem apenas o elemento dental e não o sorriso do paciente e os aspectos periodontais que interferem em sua harmonia18. CONCLUSÃO A avaliação de aspectos periodontais relacionados à es- tética e o diagnóstico de suas alterações são essenciais para o cirurgião-dentista devolver a harmonia do sorriso. Nos casos de erupção passiva alterada associada ape- nas a necessidade de correção do posicionamento do tecido gengival, a técnica de gengivectomia é indicada para a obten- ção de um resultado estético satisfatório. Endereço para correspondência: Patrícia Fernanda Roesler Bertolini Rua América, 615 – Apto. 83 13600-100 – Araras – SP Tel.: (19) 9644-5582/ (11) 9989-8067 bertolinipfr@hotmail.com 71Revista PerioNews 2011;5(1):71-6 Periodontia RESUMO O objetivo do estudo foi avaliar os aspectos relacionados a percepções subjetivas do paciente, relacionadas aos procedimentos cirúrgicos após a cirurgia de aumento de coroa clínica (ACC), com necessidade de osteo- tomia realizada com instrumentos rotatórios (OR) e manuais (OM). O estu- do apresentou um ensaio clínico randomizado com grupos em paralelo. Participaram do estudo 34 pacientes de ambos os sexos, necessitando de cirurgia de ACC, que aleatoriamente foram divididos em dois grupos: primeiro grupo (16 pacientes), a osteotomia realizada com instrumentos rotatórios, e o segundo grupo (18 pacientes) com instrumentos manuais. Imediatamente após a cirurgia e após sete dias foi avaliado através de uma escala analógica visual (VAS) o desconforto durante o procedimento e dor pós-operatória, respectivamente. O tempo cirúrgico foi também re- gistrado. Os resultados indicaram não haver diferenças estatisticamente signifi cantes entre o tempo cirúrgico (90,8 versus 99,1 minutos) para OR e OM, respectivamente. O desconforto e a dor pós-operatória foram (7,5 e 11,1 versus 14,8 e 19,9) para o grupo OR e OM, respectivamente, sem diferenças estatísticas entre os grupos. Portanto, o tipo de osteotomia parece não infl uenciar nas percepções subjetivas do paciente e no período clínico de cirurgia. Entretanto, estudos com maiores amostras são neces- sários para confi rmar ou refutar estes achados. Unitermos - Dor pós-operatória; Medição da dor; Aumento de coroa clí- nica; Osteotomia. ABSTRACT The aim of this study was to evaluate the aspects related to the patient’s subjective perceptions related to surgical procedures after crown lengthening surgery (CLS) in need of osteotomy performed with rotary instruments (RO) and manual instruments (MO). The design of study was a randomized clinical trial with parallel groups. Study participants were 34 patients of both genders requires surgery for CLS, which were divided randomly into two groups: fi rst group (16 patients) osteotomy performed with rotary instruments and the second group (18 patients) with manual instruments. Immediately after surgery and after seven days was assessed using a visual analogue scale (VAS) discomfort during the procedure and postoperative pain, respectively. Surgical time was also recorded. The results showed no statistically signifi cant differences between the surgical time (90.8 versus 99.1 minutes) for RO and MO, respectively. The discomfort and postoperative pain were (7.5 and 11.1 versus 14.8 and 19.9) for group OR and OM, respectively, without statistical differences between groups. Therefore, the type of osteotomy does not infl uence the subjective perceptions of the patient and clinician during surgery. However, studies with larger samples are needed to confi rm or refute these fi ndings. Key Words - Pain postoperative; Pain measurement; Crown lengthening; Osteotomy. Desconforto e dor após aumento de coroa clínica realizado com instrumentos rotatórios e manuais *Mestranda em Ciências Odontológicas – Universidade Federal de Santa Maria/Santa Maria/RS. **Doutor em Radiologia Odontológica – FOSJC/Unesp; Docente do curso de Odontologia – Universidade Federal de Santa Maria/Santa Maria/RS. ***Doutor em Odontologia com ênfase em Periodontia – Ulbra; Docente do curso de Odontologia – Centro Universitário Franciscano – Unifra/Santa Maria/RS. Estudo clínico Tatiana Militz Perrone Pinto* Gustavo Nogara Dotto** Fabricio Batistin Zanatta*** Pain and discomfort after crown lengthening performed with rotatory and manuals instruments Recebido em out/2010 Aprovado em out/2010 72 Revista PerioNews 2011;5(1):71-6 Pinto TMP • Dotto GN • Zanatta FB INTRODUÇÃO Comparações entre diferentes tratamentos odontológi- cos têm sido, normalmente, realizadas através de desfechos sub-rogados, centrados em parâmetros clínicos. Entretanto, há um aumento recente de pesquisas realizadas na área da saúde, incluindo desfechos centrados no paciente. O aumen- to de evidências que apresentam percepções relacionadas ao paciente agrega uma importante ferramenta na tomada de decisões para os mais diversifi cados tratamentos Odon- tológicos1. A dor é uma experiência sensorial ou emocional desa- gradável, associada a um dano tecidual real ou potencial, e possui uma natureza extremamente subjetiva2. Os proce- dimentos odontológicos que apresentam maior expectativa de dor pós-operatória são as exodontias e os procedimentos cirúrgicos periodontias3-8. A cirurgia de aumento de coroa clínica (ACC) é um pro- cedimento ressectivo que tem por objetivo remover estrutura periodontal de suporte acima da crista óssea alveolar, para restabelecer as dimensões biológicas da união dentogengi- val9. Durante a execução da técnica de ACC com necessida- de de remoção de tecido ósseo, a osteotomia pode ser exe- cutada através de instrumentos rotatórios e/ou manuais10. De acordo com nosso conhecimento, não há evidên- cias relacionadas às percepções subjetivas que comparem osteotomias realizadas com instrumentos manuais ou rota- tórios. Portanto, o objetivo do estudo foi comparar, após desconforto e dor pós-operatória, a cirurgia de aumento de coroa clínica com necessidade de osteotomia realizada com instrumentos rotatórios e manuais, bem como o período de tempo clínico para a realização das cirurgias com os dois instrumentos de osteotomia. MATERIAL E MÉTODOS Desenho experimental O presente estudo apresentou um ensaio clínico rando- mizado, com grupos em paralelo. O projeto de pesquisa e o termo de consentimento livre e esclarecido estão de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo Seres Humanos (Resolução nº 196/96 do Con- selho Nacional de Saúde) e foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Franciscano (Uni- fra) sob protocolo de número 067.2009.2. Amostra Participaram do estudo 34 pacientes que estavam sen- do atendidos no laboratório de práticas clínicas no curso de Odontologia do Centro Universitário Franciscano, entre mar- ço e novembro de 2009, e necessitavam de cirurgia de au- mento de coroa clínica em dentes posteriores. Devido à falta de estudos semelhantes para que se realizasse um cálculoamostral, o presente estudo incluiu os participantes elegíveis e após foi realizado um cálculo do poder do estudo. Consi- derando uma diferença detectada de 8,0 nos desfechos de desconforto e dor entre os grupos experimentais, sendo uma amostra de 16 participantes para cada grupo, o nível de sig- nifi cância de 5%, o desvio-padrão de 8,0 pontos, um teste bicaudal, o poder do estudo resultou em 80%. Critérios de elegibilidade Para participar do estudo, os pacientes deveriam: ter no mínimo 18 anos; ser sistemicamente saudável; necessitar de cirurgia de aumento de coroa clínica (ACC) com indicação de osteotomia/osteoplastia em sítios proximais na mandíbula e/ ou maxila; não apresentar doença periodontal destrutiva no sítio de ACC; não necessitar de quimioprofi laxia antimicro- biana; não apresentar nenhuma restrição ao procedimento cirúrgico; aceitar participar do estudo assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. Pacientes que não retor- naram para as avaliações pós-operatórias foram excluídos do estudo. Randomização Os pacientes foram alocados nos grupos experimentais através do uso de sorteio com uma moeda (cara/coroa). A randomização foi executada por um profi ssional não envolvi- do na cirurgia nem nas avaliações posteriores. Intervenção O ato cirúrgico foi executado seguindo todo o protocolo de biossegurança tradicional. As cirurgias foram realizadas por diversos operadores. Após a anestesia local, foram re- gistrados, em quatro sítios do dente em questão, índice de placa visível (0: ausência de placa e 1: presença de placa) e de sangramento gengival (0: ausência de sangramento gen- gival e 1: presença de sangramento gengival)11 e as medidas da profundidade de sondagem e nível de inserção clínica do dente em questão. Posteriormente, a sondagem transpe- riodontal foi realizada com a sonda periodontal milimetrada (Neumar, São Paulo, Brasil) até atingir a crista óssea. Posteriormente, foi iniciado o retalho mucoperiostal com a confecção de um colarinho, realizado com lâmina de bisturi 15c (Swann-Morton, Sheffi eld, Inglaterra), incisão intrassulcu- lar e descolamento do periósteo. Em seguida, a randomiza- 73Revista PerioNews 2011;5(1):71-6 Periodontia ção para o procedimento experimental foi realizada por uma pessoa não envolvida na cirurgia. A osteotomia foi conduzida com instrumentos manuais (cinzéis de Rhodes 36/37, Fedi 1, 2 e 3, limas Buck 11/12 e Schluger 9/10 PHD da marca Neumar, São Paulo, Brasil) ou por meio de instrumentos rota- tórios (pontas diamantadas esféricas números 1011, 1012, 1014, 1016, e cônica – extremidade de chama – número 3203, heritage SSwhite, Dufl ex, Rio de Janeiro, Brasil) com irrigação através da caneta de alta rotação, segundo a ran- domização. Na sequência, a sutura (simples ou colchoreiro vertical) do retalho foi confeccionada. Por fi m, o cimento ci- rúrgico (PerioBond, Dentisply, Petrópolis, RJ, Brasil) foi colo- cado em todas as cirurgias realizadas. A duração do ato cirúrgico foi registrada a partir da primeira incisão até a sutura. Todos os pacientes foram instruídos a fazerem controle químico de placa com diglu- conato de clorexidina 0,12% (15 mililitros de 12/12 horas) durante dez dias, e uso de analgésico paracetamol 750 mg (um comprimido de seis em seis horas) durante três dias no pós-operatório cirúrgico. No pós-operatório imediato e no momento da remoção da sutura (sete dias), o registro de desconforto e dor pós- operatória, respectivamente, foram coletados através de es- cala analógica visual. A escala analógica visual consiste em um retângulo de 10 cm, em uma extremidade representava ausência (zero cm) do parâmetro avaliado (dor ou descon- forto) e o outro extremo representava dor ou desconforto insuportável (10 cm). Cada paciente foi orientado a marcar, em um único traço na vertical, o ponto que melhor correspon- desse à intensidade de dor ou desconforto no momento da avaliação12. Eventuais eventos relacionados ao período pós- operatório foram questionados. Desfechos avaliados O desfecho primário foi avaliar a percepção de descon- forto imediato à cirurgia e à dor pós-operatória. O desfecho secundário foi a relação dessas percepções com o tempo despendido para a execução das cirurgias. O profi ssional que coletou as informações relacionadas aos desfechos não tinha conhecimento do instrumento utilizado para osteotomia durante a cirurgia. Análise dos resultados Os resultados foram analisados considerando o indiví- duo como unidade de análise. Foram apresentadas médias e desvio-padrão dos parâmetros analisados. Os mesmos foram comparados considerando as variáveis independentes, o tipo de osteotomia e o tempo cirúrgico. As variáveis dependentes foram às percepções de desconforto e dor pós-operatória. Foram utilizados testes bivariados não paramétricos (Mann Whitney). RESULTADOS Participaram do estudo 34 pacientes do laboratório de práticas clínicas do curso de Odontologia do Centro Univer- sitário Franciscano (Unifra), de ambos os sexos, com neces- sidade de cirurgia de aumento de coroa clínica, com idades variando entre 18 e 60 anos. Dos quais 16 receberam osteo- tomia com instrumentos rotatórios e 18 com manuais. A maioria dos pacientes era do sexo masculino nos dois grupos e a média de idade foi de 37,2 anos para osteotomia com instrumentos rotatórios e 36,1 anos para osteotomia com instrumentos manuais. Não houve diferença estatistica- mente signifi cante entre as variáveis demográfi cas dos gru- pos experimentais (Tabela 1). Em relação aos parâmetros periodontais dos grupos experimentais, pôde-se observar que o percentual médio de placa visível e sangramento gengival para o grupo OR foi de 66,7% e 68,8%, respectivamente, e de 77,8% e 61,1% para o grupo OM, respectivamente. As médias de profundidade e A duração do ato cirúrgico foi registrada a partir da primeira incisão até a sutura. Todos os pacientes foram recomendados a fazer controle químico de placa com digluconato de clorexidina 0,12% (15 mililitros de 12/12 horas) durante dez dias, e uso de analgésico paracetamol 750 mg (um comprimido de seis em seis horas) durante três dias no pós-operatório cirúrgico. 74 Revista PerioNews 2011;5(1):71-6 Pinto TMP • Dotto GN • Zanatta FB nível de inserção clínica foram respectivamente 2,43 e 2,46 para o grupo OR e 1,94 e 2,05, respectivamente, para o grupo OM (Tabela 1). A média do tempo cirúrgico, calculado a partir da incisão até a fi nalização dos procedimentos de síntese, não diferiu de forma estatisticamente signifi cante entre os grupos ex- perimentais. Os procedimentos tiveram duração média 90,8 minutos para o grupo OR e 99,1 minutos para o grupo OM (Figura 1). Em relação ao desconforto pós-operatório imediato, afe- rido através de uma escala analógica visual com variações de zero (ausência de desconforto) a 100 (máximo descon- forto já percebido), foi encontrado desconforto médio de 7,5 pontos para o grupo OR e 14,8 pontos para o grupo OM. O grupo OM apresentou desconforto médio levemente maior que o grupo OR, porém, sem diferenças estatísticas intergru- pos (Tabela 2). A dor pós-operatória (sete dias), também aferida através da escala analógica visual, apresentou-se levemente maior no grupo OM, porém, sem diferença estatisticamente signifi can- te entre os grupos. A média de dor pós-operatória para os pacientes do grupo OR foi 11,1 pontos e 19,9 pontos para o grupo OM (Tabela 3). A Tabela 4 apresenta uma correlação entre o tempo ci- rúrgico e as variáveis desconforto pós-operatório imediato e dor pós-operatória (sete dias), a qual demonstrou fraca cor- relação entre o tempo cirúrgico e as variáveis de desconforto e dor para ambos os grupos experimentais. TABELA 1 - CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA DE ACORDO COM AS VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS E PARÂMETROS PERIODONTAIS COM OS GRUPOS EXPERIMENTAIS Instrumentos Idade (média ± dp) Sexo (%) IPV (%) ISG (%) PS (%) NIC (média ± dp) Rotatórios 37,2 (± 13,9) M: 62,5– F: 37,5 66,7 68,8 2,43 ± 0,77 2,46 ± 0,9 Manuais 36,1 (± 11,3) M: 63,3 – F: 37,5 77,8 61,1 1,94 ± 0,70 2,05 ± 0,7 Instrumentos Média (± dp) Mediana (P 25% - P 75%) Mínimo/máximo Rotatórios 7,5 (± 9,06) 5 (2 - 8.5) 0 – 35 Manuais 14,8 (± 22,16) 5 (2 – 17.5) 0 - 70 Valor de p 0,52* Instrumentos Média (± dp) Mediana (P 25% - P75%) Mínimo/máximo Rotatórios 11,1 (± 9,67) 9 (2,25 – 21,5) 0 – 28 Manuais 19,9 (± 23,2) 8 (4,75 – 39) 2 – 87 Valor de p 0,37* Instrumentos Tempo (min.) versus desconforto Tempo (min.) versus dor Rotatórios 0,49* 0,25* Manuais 0,36* 0,37* * Coefi ciente de correlação Spearman. TABELA 4 - CORRELAÇÃO ENTRE O TEMPO CIRÚRGICO (MINUTOS) E AS VARIÁVEIS DESCONFORTO PÓS- OPERATÓRIO IMEDIATO E DOR PÓS-OPERATÓRIA (SETE DIAS) DE ACORDO COM OS GRUPOS EXPERIMENTAIS * Teste Mann Whitney a um nível de signifi cância de 5%. TABELA 3 - DOR PÓS-OPERATÓRIA (SETE DIAS) ATRAVÉS DA ESCALA ANALÓGICA VISUAL DE ACORDO COM OS GRUPOS EXPERIMENTAIS * Teste Mann Whitney a um nível de signifi cância de 5%. TABELA 2 - DESCONFORTO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO ATRAVÉS DA ESCALA ANALÓGICA VISUAL DE ACORDO COM OS GRUPOS EXPERIMENTAIS 75Revista PerioNews 2011;5(1):71-6 Periodontia Figura 1 - Tempo cirúrgico (minutos) de acordo com os grupos experimentais. DISCUSSÃO A presente investigação buscou comparar o desconforto imediato, dor pós-operatória e tempo cirúrgico após a cirurgia de aumento de coroa clínica com necessidade de osteotomia realizada com instrumentos rotatórios e manuais. De forma geral, não foram encontradas diferenças estatisticamente signifi cantes em relação aos parâmetros avaliados. Não hou- ve nenhuma ocorrência de complicações pós-operatórias re- latadas pelos pacientes. Apenas uma paciente relatou, no dia da remoção da sutura, hipersensibilidade dentinária. Considerando os aspectos metodológicos, as modali- dades de osteotomia foram aleatoriamente escolhidas. Esse procedimento assegura que diversas variáveis, tais como a localização nos maxilares, tipo de dente (pré-molar ou molar), biotipo gengival e outras variáveis desconhecidas possam ser igualmente distribuídas nos grupos experimentais, sem que infl uenciem diferentemente a um dos grupos experimentais. Foram realizadas 34 cirurgias, sendo 20 por um ope- rador e 14 cirurgias por outros operadores (acadêmicos de Odontologia). Esta diferença de operadores pode ter gerado um viés de seleção, uma vez que não houve padronização dos operadores. Entretanto, este fato pode aumentar a validade externa do estudo uma vez que na prática clínica cotidiana os pacientes são operados por diferentes cirurgiões-dentistas. Ainda, é importante ressaltar que todos os operadores ti- nham padronização da técnica cirúrgica e foram acompanha- dos pelo professor da disciplina. Quanto aos desfechos de desconforto e dor pós-ope- ratória, não foram observadas diferenças estatisticamente signifi cantes entre os grupos experimentais. Entretanto, quando analisadas as médias, medianas e percentuais pode- se observar uma tendência de maior desconforto e dor no grupo que recebeu osteotomia manual. Estes achados não podem ser atribuídos ao tempo cirúrgico, já que não houve diferenças entre os grupos experimentais, bem como as cor- relações entre o tempo e os desfechos não se mostraram fortes. Assim, a justifi cativa pode ser devido à força que se deve aplicar para a realização da osteotomia com instrumen- tos manuais. No entanto, esta explicação não está baseada em evidências. A dor é uma experiência singular que pode ser infl uenciada por diversos elementos, tais como emoção, cognição, memória e construções sociais do indivíduo. Ela pode ser consequência de injúria tecidual (infl amatória) ou de lesão de nervos (neuropática). Quando a lesão tecidual ocorre, inúmeros mediadores (íons, noradrenalina, histamina, citocinas, entre outros) são liberados, gerando potencial de ação; que são retransmitidos centralmente pela área espino- talâmica, na qual o impulso é sucessivamente modulado no cérebro, tálamo, hipotálamo e sistema límbico13. Quanto à forma de aferição do desconforto e da dor, es- calas de intensidade de dor mostraram-se adequadas para a avaliação de dor pós-operatória em procedimentos cirúrgicos periodontais e, quando empregadas corretamente, são úteis em pesquisas odontológicas que visam avaliar percepções subjetivas de dor pós-operatória dos pacientes12,14. 76 Revista PerioNews 2011;5(1):71-6 Pinto TMP • Dotto GN • Zanatta FB CONCLUSÃO Os resultados do presente estudo devem ser analisados através de uma perspectiva clínica. Os desfechos de percep- ção do paciente, independente do tipo de osteotomia realiza- da, obtiveram-se escores bem baixos quanto ao desconforto e dor após os procedimentos, o que reforça a constatação que cirurgias de ACC apresentam um pós-operatório sem maiores preocupações, com medicações analgésicas mais potentes. Por fi m, em relação ao tempo cirúrgico, parece não haver diferenças clinicamente importantes entre os dois tipos de osteotomia. Portanto, recomenda-se para cirurgias de ACC o uso de instrumentos e que o operador tenha domí- nio da técnica, ressaltando que osteotomias com brocas têm maior potencial iatrogênico. Endereço para correspondência: Tatiana Militz Perrone Pinto Rua Roberto Holtermann, 314 – Bairro Medianeira 97015-570 – Santa Maria – RS Telefones: (55)3223-3445 / (55)96130324 tatimilitz@hotmail.com REFERÊNCIAS 1. Riordain RN, McCreary C. The use of quality of life measures in oral medicine: a review of literature. Oral Dis. 2010;16(5):419-30. 2. Iasp. Pain Terminology. Disponível em: <http://www.iasp-pain.org/AM/Template. cfm?Section=Pain_Defi ...isplay.cfm&ContentID=1728>. Acesso em: 22 de maio de 2010. 3. Cooper SA, Beaver WT. A model to evaluate mild analgesics in oral surgery outpatients. Clin Pharmacol Ther 1976;20(2):241-50. 4. Gallardo F, Rossi E. Analgesic effi cacy of fl urbiprofen as compared to acetaminophen and placebo after periodontal surgery. J Periodontol 1990;61(4):224-7. 5. 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Foi utilizado o instrumento OHIP-14, que avalia li- mitação funcional, dor física, desconforto psicológico, incapacidade psico- lógica, física e social e defi ciência. Dos 23 entrevistados, a dimensão que apresentou maior impacto na qualidade de vida foi dor física e desconforto psicológico com 30,4% das respostas. A população estudada necessita de atendimento de saúde multiprofi ssional para melhorar sua qualidade de vida, de saúde bucal e geral, voltando a se sentir socialmente inserido. Unitermos - Qualidade de vida; Saúde bucal; Autopercepção; Doença fal- ciforme. ABSTRACT Oral health structures seems to have an important hole in individuals life, once they area associated not only to mastigatory ability but to social life, related to esthetics and welfare, through this point of view oral health could infl uence people quality life perceptions. In the population that there is a need of dental treatment, there is a need to clarify the relation between oral health and life quality, in order to establish oral people needs as well life quality and their subjective themes in their underlines. The aim of this study was to evaluated the quality life perception from patients that attend regular oral health care in the Clinic of the Department of Community Dentistry of Faculty of Dentistry from UFRJ. It was conduct a transversal study were OHIP-14 questionnaire was applied in all participants. These questionnaires evaluates the psychological discomfort dimension; functional limitation; psychological discomfort; psychological incapability; physical, social and defi ciency. From the 23 interviewed presented highest life impact was physical pain and psychological discomfort with 30.4% of the answers. It was possible to concluded that the study sample needs an multiprofessional in order to achieve better life quality, good general and oral health to be feel insert in society again. Key Words - Life quality; Oral health; Self concept; Silk cell disease. Autopercepção sobre o impacto de saúde bucal na qualidade de vida em pacientes com doença falciforme *Especialista em Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio de Janeiro. **Acadêmica de Psicologia – Universidade Pontifícia Católica/RJ. ***Médico e doutorado em Saúde Coletiva – Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense; Prof. responsável da Área de Políticas Públicas do Mestrado em Odontologia – Faculdade de Odontologia da UFF. ****Mestre e doutora e Odontologia Social – Federal Fluminense; Professora associada – Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Saúde coletiva Caroline Lourenço Correia* Bianca Harari** Marcos Paulo Fonseca Corvino*** Sonia Groisman**** Self perception of the impact of oral health in life quality patients with silk cell disease Recebido em dez/2010 Aprovado em dez/2010 Cariologia 80 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S INTRODUÇÃO A saúde bucal é resultante do bem-estar físico, mental e social e é nesse contexto que a cavidade oral se torna um órgão a ser preservado devido a sua importância nas mais variadas funções que a boca desempenha. A procura para mantê-la em sua integridade total deve sofrer cada vez mais difusão em todo e qualquer meio social, pois esta funciona como um dos pilares da inserção do homem em um meio favorável que o mantém gozando de saúde e em harmonia com o mundo que o rodeia. Uma grande parcela da população mundial sofre de pa- tologias que são consideradas as mais comuns, porém, so- mente para uma minoria essas doenças interferem nas ativi- dades sociais normais; uma relativa parcela da população só busca o atendimento odontológico quando a anormalidade se estabelece, apresentando-se seja na forma de dor, mau hálito ou outros incômodos. Trata-se de um aspecto de caráter so- cial que se refl ete no processo saúde/doença. A visita ao dentista deveria estar relacionada a um há- bito de manutenção da saúde e não a percepção de doença emergente em que o paciente teme, além do desconforto físico, problemas de caráter social que podem ocorrer. No caso específi co da doença falciforme, as alterações de má- oclusão e de desenvolvimento de cabeça e pescoço podem interferir de fato na vida social desses pacientes, portanto, quanto antes aspectos relativos a esta enfermidade forem elucidados, mais facilmente os pacientes podem ser encami- nhados a tratamentos multidisciplinares, onde poderão rece- ber atendimento de profi ssionais como dentista, psicólogo, serviço social etc., para melhor inserção social do mesmo. O interesse da saúde pública, na saúde oral, parece se originar da atual preocupação cultural da população sobre sua autopercepção, ou seja, a imagem como meio para atin- gir objetivos, como conseguir uma colocação no mercado de trabalho e se relacionar socialmente entre outras coisas. Na população que necessita dos serviços públicos de saúde, a relação da saúde bucal com a qualidade de vida precisa ser melhor esclarecida para, dessa forma, serem aumentadas as possibilidades de identifi cação das necessi- dades destes indivíduos estabelecendo, desta maneira, prio- ridades que levem em consideração a autopercepção dessa relação saúde bucal e qualidade de vida e as subjetividades inerentes ao tema. REVISÃO DA LITERATURA Em 1967, a construção da realidade foi descrita por autores1, sendo formada através de membros individuais da coletividade ou através de escolhas coletivas. A maioria das pessoas é o que os fi lósofos chamam de inocentes realistas, ou seja, assumem e acreditam no que veem como verdadeiro e destinado a ser como seus olhos enxergam o mundo. Para os sociólogos, entretanto, o conceito sobre realidade é dese- nhado através de um processo social ou de uma experiência cultural, logo, a realidade é vista, desenhada e compreendida de acordo com as experiências sociais e culturais de cada indivíduo. Os mesmos autores1, em 2003, transportaram esta de- fi nição para a Odontologia. A visão do mundo difere de acor- do com as diferentes possibilidades de cada um, seja ele um operário, um médico ou um cirurgião-dentista. Obviamente, essa perspectiva da realidade também tem grande relevân- cia na Odontologia. Para os cirurgiões-dentistas existe um consenso no entendimento do que constitui doenças cárie e periodontal, assim como, desordens e anomalias bucais. Esse entendimento comum é baseado em um critério bioló- gico que defi ne saúde, patologias e suas necessidades de tratamento, entretanto, para os sociólogos, saúde bucal e doença são conceitos sociais. A doença falciforme (DF) originou-se na Ásia Menor e na África, foi trazida às Américas pela imigração forçada dos nativos africanos para o trabalho escravo e é hoje encontrada em toda Europa e Ásia2. No Brasil, distribui-se heterogeneamente, sendo mais prevalente onde a proporção de negros é maior. Ocorre tam- bém entre brancos, decorrente da miscigenação da popula- ção brasileira. No sudeste do Brasil, a prevalência média de portadores (heterozigotos) é de 2% e entre os negros essa prevalência eleva-se para 10%. Pela sua alta prevalência, a DF confi gura-se como um importante problema de saúde pú- blica no país2. A hemoglobina S (Hb. S) pode ocorrer em sua forma homozigotaSS (anemia falciforme), associada à outra hemo- globina mutante SC, SD, SE (doença falciforme) ou defeitos quantitativos da produção das cadeias α e β da hemoglobina (síndromes talassêmicas). A Hb S quando heterozigose com a hemoglobina A (Hb. A) é trazida como traço falciforme (AS) ou apenas traço quando com outra hemoglobina mutante (AC, AD, AE)3. A DF é crônica e, embora tratável, pode representar alto grau de sofrimento para o paciente, do ponto de vista mé- dico, genético e psicossocial, além de se apresentar com várias doenças associadas. As suas complicações compro- metem a qualidade de vida do paciente com DF e pode levar à invalidez4. 81Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Cariologia A anemia falciforme no decurso de sua evolução afeta ór- gãos e sistemas, assim, as manifestações clínicas que esses pacientes apresentarão no decorrer da vida devem-se a dois fenômenos principais: vaso-oclusão dos glóbulos vermelhos seguida de infarto nos diversos órgãos e tecidos e aqueles decorrentes da hemólise crônica e seus mecanismos com- pensadores. Dessa maneira, esses eventos associados resul- tam em injúria aguda e crônica nos diversos órgãos e tecidos como pulmões, coração, ossos, rins, fígado, retina e pele3. As manifestações orais também têm sido conside- radas um importante fator, tais como, atraso na erup- ção dentária, periodontite, língua lisa, descolorada e despapilada, hipomatura- ção e hipermineralização de esmalte e dentina, hi- percementose, osteomie- lite, necrose pulpar entre outras mais5. A literatura é rica em evidências sobre o impacto de fatores sociais na saúde bucal6. Autores7 publicaram um artigo onde a proposta era ve- rifi car o estado de saúde bucal da população inglesa adulta em 1998 e comparar com trabalho semelhante realizado nos anos de 1960, 1970 e 1980. Uma amostra nacional re- presentativa foi constituída de 6.204 adultos entrevistados e 3.817 foram odontologicamente examinados. As mudan- ças mais marcantes nas condições de saúde bucal foram relacionadas à redução de perda dentária e no número de elementos dentários cariados e obturados com grande incre- mento ao longo das décadas de elementos dentários hígidos, pontuando que as condições de saúde bucal sofreram modi- fi cações ao longo do tempo, correlacionadas com melhorias de qualidade de vida. De modo geral, na área de saúde, são crescentes os estudos sobre a qualidade de vida, que passaram a ser am- plamente utilizados como medida de desfecho em saúde, decorrente das mudanças de paradigmas que têm infl uen- ciado as políticas e as práticas do setor. Devido aos impac- tos físicos, psicológicos e sociais da DF, tanto os aspectos objetivos quanto subjetivos da vida devem ser considerados como importantes para a compreensão da qualidade de vida dos pacientes8. De acordo com a Organização Mundial de Saúde9 (OMS), qualidade de vida é a percepção do indivíduo sobre sua posi- ção na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive e em relação a seus objetivos, expecta- tivas, padrões e preocupações. Presentes nessa defi nição, aspectos fundamentais referentes à multidimensionalidade, à subjetividade e à presença de elementos positivos (mobi- lidade) e negativos (dor)10. Esses aspectos são representa- dos pelo domínio físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio ambiente e espiritualidade/crenças pessoais. A avaliação da autopercepção que o indivíduo tem em relação a sua saúde não é uma tarefa fácil, entretanto, a as- sociação de indicadores de qualidade de vida e de saúde bucal são necessárias, pela relevância no planejamento de ações de promoção de saúde, uma vez que apresentam im- pacto odontológico11. Entre os indicadores desenvolvidos, o Oral Health Impact Profi le (OHIP) mede a percepção do indivíduo sobre o impac- to biopsicossocial das desordens bucais associadas à quali- dade de vida, tem sido um dos mais utilizados em diferentes culturas. Ele foi desenvolvido por Slade e Spencer (1994), de acordo com o modelo conceitual de Locker (1988), sendo constituído de 49 itens que capturam sete dimensões do im- pacto das doenças sobre a qualidade de vida12. A validação da forma simplifi cada do OHIP com 14 itens demonstrou que esse instrumento resumido apresentava propriedades similares às do formato original e, sendo mais sucinto, requer menos tempo para aplicação, o que favorece sua utilização, inclusive, em serviços de saúde, em processos de avaliação de saúde bucal e qualidade de vida13. A versão brasileira do OHIP-14, traduzida e validada para o português do Brasil, demonstrou excelentes propriedades psicométri- cas, similares às do instrumento original; para isso, fi zeram um estudo transversal que mediu o impacto da dor de dentes na qualidade de vida durante a gestação. A amostra estudada foi de 504 mulheres de baixo nível de renda. Com base nos resultados desse estudo, os autores concluíram que a versão A avaliação da autopercepção que o indivíduo tem em relação a sua saúde não é uma tarefa fácil, entretanto, a associação de indicadores de qualidade de vida e de saúde bucal são necessárias, pela relevância no planejamento de ações de promoção de saúde, uma vez que apresentam impacto odontológico11. 82 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S brasileira do OHIP-14 apresenta resultados compatíveis com o instrumento original14. O OHIP é um indicador que fornece uma medida abran- gente de disfunções, desconfortos e incapacidade autoava- liada atribuída à condição bucal, complementando os indica- dores tradicionais de epidemiologia bucal, e trabalha com sete dimensões do impacto: limitação funcional, dor física, desconforto psicológico, incapacidade física, social e psico- lógica e defi ciência para realização de atividades cotidianas. O questionário OHIP-14 vem sendo bastante utilizado para indicar os aspectos da qualidade de vida mais afetados pelo estado de saúde bucal e é um forte aliado no estabeleci- mento de melhores abordagens para atendimento integral ao paciente. Esse instrumento permite indicar as dimensões da qualidade de vida afetadas pela condição de saúde bucal13. Em estudos utilizando o indicador subjetivo OHIP-14, autores15-16 mostraram que o impacto produzido pelas con- dições bucais na qualidade de vida das pessoas pode ser determinado pelos indicadores subjetivos que corroboram no redirecionamento das políticas de gestão dos sistemas de saúde, para que os mesmos se voltem para as necessidades da população. A autopercepção também foi avaliada por autores17 em diferentes faixas etárias e mostraram que a faixa etária de 20 a 44 anos foi a que apresentou maior impacto na qualidade de vida, nas dimensões desconforto psicológico, seguida de dor física e incapacidade física. Diante da signifi cância da cavidade bucal no meio so- cial, o objetivo do trabalho foi avaliar a autopercepção da saúde bucal relacionada à qualidade de vida dos pacientes com DF na Clínica do Departamento de Odontologia Social e Preventiva da Faculdade de Odontologia da UFRJ, utilizando o questionário OHIP-14. METODOLOGIA Foram aplicados os questionários com perguntas fe- chadas (Anexo I), para serem marcados valores numéricos sobre autopercepção do impacto da saúde bucal na qualida- de de vida (OHIP-14), em 23 pacientes, de oito a 44 anos, portadores de DF da Clínica do Departamento de Odontologia Social e Preventiva da Faculdade de Odontologia da UFRJ. Os questionários foram aplicados após aprovação no Comitê de Ética, FR 394160 (Anexo II), explicação aos indivíduos e aos pais dos indivíduos menores de idade, assim como a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo III). Para a coleta dos dados, a pesquisadora procedeu à leitura de cada pergunta juntamente com o participante. Após essa leitura, o voluntário escolheu livremente a resposta a cada questão, entre cinco opções, conforme a Escala deLikert – sempre, repetidamente, às vezes, raramente e nun- ca – e acompanhava a marcação indicada. Os dados foram lançados no Programa Epi Info, versão 2005, que permitiu o cálculo das médias e percentuais para caracterização da amostra, de acordo com as variáveis listadas. Os aspectos levantados nas questões aplicadas seguem o modelo conceitual proposto por Locker12, agrupado em sete dimensões: limitação funcional, dor física, desconforto psico- lógico, incapacidade física, psicológica, social e defi ciência, que permitiu avaliar a percepção dos respondentes sobre o impacto produzido pelos problemas de saúde bucal sobre a qualidade de vida. Posteriormente, os dados foram exportados com vistas à composição de planilhas no programa Excel da Microsoft, versão 2001. A utilização desse programa permitiu a ordena- ção dos dados de acordo com o objetivo a ser verifi cado, bem como o cálculo do valor OHIP-14, em pontos para cada pa- ciente entrevistado, em cada dimensão e na somatória delas. As pontuações foram obtidas a partir da aplicação do escalo- namento Likert em associação com o peso de cada pergunta, A autopercepção também foi avaliada por autores17 em diferentes faixas etárias e mostraram que a faixa etária de 20 a 44 anos foi a que apresentou maior impacto na qualidade de vida, nas dimensões desconforto psicológico, seguida de dor física e incapacidade física. 83Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Cariologia FACULDADE DE ODONTOLOGIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA Nome: Idade: Responsável: 1. Você teve problemas para falar por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 2. Você sentiu que o sabor dos alimentos tem piorado por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 3. Você já sentiu dores fortes na boca? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 4. Você tem se sentido incomodado ao comer algum alimento por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 5. Você tem fi cado pouco à vontade por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 6. Você se sentiu estressado por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 7. Sua alimentação tem sido prejudicada por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 8. Você teve que parar suas refeições por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 9. Você tem encontrado difi culdade para relaxar por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 10. Você já se sentiu um pouco envergonhado por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 11. Você tem estado um pouco irritado com outras pessoas por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 12. Você tem tido difi culdade de realizar suas atividades diárias por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 13. Você sentiu que a sua vida em geral fi cou pior por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 14. Você tem estado sem poder fazer suas atividades diárias por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura? ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca ANEXO I 84 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S ANEXO II O Projeto deverá ser entregue no CEP em até 30 dias a partir de 10/12/2010. Não ocorrendo a entrega nesse prazo esta Folha de Rosto será INVALIDADA. conforme preconizaram os idealizadores do instrumento12. A cada categoria, foi atribuído um valor entre zero e quatro. A resposta sempre recebeu o maior número de pontos e nunca o menor número de pontos – quatro: sempre; três: repetidamen- te; dois: às vezes; um: raramente; zero: nunca. No questionário OHIP-14, uma vez que cada duas pergun- tas correspondem a uma dimensão, chegou-se à pontuação de cada dimensão por meio da soma dos valores OHIP-14 das duas perguntas correspondentes. Neste estudo, por adotar uma escala numérica nominal e categórica para expressar os resultados de cada dimensão de forma dicotômica, constituíram-se dois grupos: com im- pacto nas respostas sempre e repetidamente, sem impacto às vezes, raramente e nunca. 85Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Cariologia FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Caro Sr (a). O Departamento de Odontologia Social e Preventiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro está realizando um Estudo para o grau de satisfação dos pacientes com doença falciforme a fi m de trabalhar essa realidade de forma integrada com a reabilitação oral e social do indivíduo com doença falciforme. Lembramos que sua participação neste estudo é voluntária. ___________________________________________________________ Assinatura do paciente ou responsável ____________________________________________________________ Orientadora: Sonia Groisman ___________________________________________________________ Assinatura da pesquisadora Caroline Lourenço Correia ___________________________________________________________ Assinatura da pesquisadora Bianca Harari ANEXO III RESULTADOS A amostra foi composta de 23 pacientes portadores de DF, com faixa etária variando de oito a 44 anos, com média de 26 anos. A Tabela 1 apresenta porcentagens da variável impacto nas sete dimensões do OHIP-14. Na dimensão limitação funcional, 17,4% (4) apresentaram-se com impacto e 82,6% (19) sem impacto na qualidade de vida (Gráfi co 1); já na dimensão dor física, 30,4% (7) mos- traram impacto na qualidade de vida e 69,6% (16) não apresentaram impacto (Gráfi co 2); o mesmo ocorreu na dimensão desconforto psicológico (Gráfi co 3). Já nas di- mensões incapacidade física, psicológica e social, as por- centagens foram idênticas, com 13% (3) com impacto e 87% (20) sem impacto na qualidade de vida (Gráfi cos 4 a 6). Porém, quando a dimensão referida foi a defi ciência, 21,7% (5) obtiveram impacto e 78,3% (18) não apresenta- ram impacto na qualidade de vida (Gráfi co 7). 86 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S TABELA 1 - PREVALÊNCIA DE IMPACTO DE PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME POR DIMENSÃO Dimensão N = 23 Limitação funcional Com impacto 17,4% (4) Sem impacto 82,6% (19) Dor física Com impacto 30,4% (7) Sem impacto 69,6% (16) Desconforto psicológico Com impacto 30,4% (7) Sem impacto 69,6% (16) Incapacidade física Com impacto 13,0% (3) Sem impacto 87,0% (20) Incapacidade psicológica Com impacto 13,0% (3) Sem impacto 87,0% (20) Incapacidade social Com impacto 13,0% (3) Sem impacto 87,0% (20) Defi ciência Com impacto 21,7% (5) Sem impacto 78,3% (18) GRÁFICO 1 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA DIMENSÃO LIMITAÇÃO FUNCIONAL GRÁFICO 2 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA DIMENSÃO DOR FÍSICA GRÁFICO 3 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA DIMENSÃO DESCONFORTO PSICOLÓGICO GRÁFICO 4 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA DIMENSÃO INCAPACIDADE FÍSICA 87Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Cariologia DISCUSSÃO Nesta investigação procurou-se entender como os pacien- tes com a doença falciforme identifi cavam a sua qualidade de vida. Por meio da percepção subjetiva dos participantes do estudo, foi possível identifi car quais dimensões foram as quemais afetavam a autopercepção em relação à saúde bucal. Não existem trabalhos na literatura nacional ou interna- cional abordando o impacto da autopercepção da saúde bu- cal na qualidade de vida em pacientes portadores de doença falciforme. As dimensões dor física e desconforto psicológi- co, ambas com a mesma frequência de respostas, foram as dimensões que tiveram mais impacto na qualidade de vida – com 30,4% das respostas –, seguido de defi ciência 21,7%, limitação funcional 17,4% e incapacidade física, psicológica e social, todas com 13,0% das respostas com impacto na qualidade de vida. Esses resultados se assemelham com ou- tros autores15-17 que mostraram que desconforto psicológico e dor física obtiveram respostas com impacto na qualidade de vida do indivíduo. Esses resultados, quando comparados com outros es- tudos15-17, demonstraram que o percentual de impacto nos pacientes com doença falciforme apresentou-se signifi cati- vamente maior, em todas as dimensões relacionadas. Esse fato pode estar relacionado com a gravidade da doença fal- ciforme, levando o indivíduo a negligenciar ou ter um menor autocuidado com sua saúde bucal. Diante da impossibilidade de cura das doenças crônicas, a avaliação da qualidade de vida passou a ser um importante marcador que determina o impacto da saúde na vida dos pacientes. Direcionar estratégias para implementação de programas de saúde que privilegiem ações específi cas, de cuidado integral, incluindo o autocuidado com a saúde bucal, são muito importantes já que em indivíduos portadores de doença falciforme uma lesão cariosa ou doença periodontal podem acarretar crises falcêmicas, levando a internações hospitalares e até a morte. A doença crônica afeta direta- mente a vida pessoal e familiar do paciente, apresentando característica multidimensional, aspecto que deve ser consi- derado ao se mensurar a qualidade de vida9. Na perspectiva atual de promoção da saúde, que vai além de ações que meramente evitam a doença e prolon- gam a vida, a atenção voltada para verdadeiras ações que assegurem os meios e as situações que ampliem a qua- lidade de vida experimentada torna-se fundamental, trans- formando os sujeitos protagonistas das suas ações e de- senvolvendo a sua capacidade de autonomia e o padrão de bem-estar18. Com isso, educação para saúde bucal e GRÁFICO 7 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA DIMENSÃO DEFICIÊNCIA GRÁFICO 5 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA DIMENSÃO INCAPACIDADE PSICOLÓGICA GRÁFICO 6 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA DIMENSÃO INCAPACIDADE SOCIAL 88 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88 Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S REFERÊNCIAS 1. Berger P, Luckmann T. 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CONCLUSÃO Nos 23 pacientes portadores de doença falciforme, com média de idade de 26 anos, a dimensão que apresentou maior impacto na qualidade de vida foi o desconforto psico- lógico e a dor física com o mesmo percentual de respostas. Nos últimos anos, a proposição de políticas públicas bra- sileiras, que dentre outros fatores contemplam a melhoria da qualidade de vida da população, tem se tornado uma realida- de no setor saúde, apesar de haver ainda um longo caminho a ser percorrido diante das iniquidades existentes no país. No tocante à doença falciforme, é preciso avançar na proposição de políticas públicas específi cas que contemplem a efetivação de ações verdadeiras e concretas para a melho- ria da condição de saúde com vista à promoção da equidade. Endereço de correspondência: Sonia Groisman Rua Viúva Lacerda 246/102 – Humaitá 22261-050 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2535-0455 sonia@dentistas.com.br 89Revista PerioNews 2011;5(1):89 Responsabilidade civil Orientação jurídica à comunidade odontológica Parceria entre PerioNews e ImplantNews e escritório de advocacia benefi ciará assinantes das revistas. A PerioNews e a ImplantNews colocam, a partir deste ano, mais um serviço à disposição de seus assinantes. Para dar orientação aos cirurgiões-dentistas em responsabilidade civil junto aos pacientes, as publicações fi rmaram parceria com um escritório de advocacia que prestará orientações aos especialistas assinantes das revistas. O serviço, cuja proposta é alertar e esclarecer dúvidas para que os especialistas possam conhecer seus limites na prática, será oferecido pela doutora Regina Célia Dalle No- gare, que há mais de 19 anos atua em orientação, asses- soramento e defesa dos cirurgiões-dentistas nos diversos problemas que estes enfrentam na atividade profi ssional, especialmente no que se refere à responsabilidade civil pelos tratamentos realizados. Formada há mais de 20 anos em Direito, Regina foi con- tratada da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, onde atuou por mais de 17 anos, tempo sufi ciente para adquirir vasta experiência em um campo extremamente especializado, buscando sempre a melhor forma de orientar e defender os cirurgiões-dentistas em seu relacionamento com os pacientes. Confi ra abaixo a entrevista que a doutora Regina conce- deu à PerioNews: PerioNews - Primeiramente, a senhora poderia defi nir em que consiste a Responsabilidade Civil Profi ssional? Regina Célia Dalle Nogare - Noâmbito jurídico signifi ca a obrigação decorrente da lei em que uma pessoa deve repa- rar um dano ou ressarcir um prejuízo causado à outra. PN - Qual a abordagem mais frequente que lhe apresentam envolvendo a relação profi ssional/paciente? Regina - Quando iniciamos nosso atendimento aos cirurgiões- dentistas, as consultas eram sobre os mais variados assuntos, desde a contratação de pessoal ao recolhimento de tributos, passando pela constituição de sociedades, montagem de con- sultório etc. Com o decorrer do tempo e o advento do Código de Defesa do Consumidor, este perfi l começou a se modifi car, sendo que a maioria das consultas e orientações passaram a envolver especifi camente a área de Responsabilidade Civil, abrangendo ainda a atuação profi ssional propriamente dita, elaboração de prontuário, denúncias no Conselho de Classe (ética), reclamações perante os órgãos de Defesa do Consu- midor, restituição e conciliação de honorários, interrupções de tratamento, publicidade etc., embora os demais temas tam- bém constituam objeto de dúvidas a nós apresentados. PN - No que consistirá a parceria para prestação de serviços de orientação jurídica entre as revistas PerioNews e Implant- News e o seu escritório de advocacia? Regina - Consistirá, evidentemente, na orientação ao cirur- gião-dentista, englobando todas as questões que envolvem a relação profi ssional/paciente, com foco principal na responsa- bilidade do profi ssional no tratamento de seus pacientes, com orientação preventiva no sentido de alertar os profi ssionais para eventuais problemas que possam ocorrer, como também diante de casos concretos que já estejam enfrentando. PN - Quais as especialidades mais suscetíveis às reclama- ções dos pacientes? Como se colocam a Periodontia e a Im- plantodontia nesse quadro? Regina - Atualmente, vêm crescendo as discussões judiciais e extrajudiciais sobre os tratamentos que envolvem reabili- tações por meio de prótese sobreimplantes. Com relação à Periodontia, as reclamações são menos frequentes, mas mesmo assim, existem e não devem ser desconsideradas. PN - Quais os casos mais comuns de responsabilidade civil profi ssional na área odontológica? Regina - Como já foi referido, atualmente, acredito que os casos mais comuns envolvem a reabilitação oral por meio de prótese ou prótese sobreimplante, cujas reclamações vão desde a inadequação do tratamento e o comprometimento da osseointegração, deslocamento para o seio maxilar, fra- turas, infecções etc. PN - A senhora gostaria de acrescentar alguma considera- ção ao que já foi apresentado? Regina - Considerando o número crescente de ações envol- vendo os profi ssionais da área de saúde, especifi camente a odontológica, a grande preocupação refere-se à necessidade de uma orientação preventiva para os profi ssionais, enfati- zando a importância da construção de uma documentação consistente que permita comprovar o que foi realizado no tratamento. Dúvidas e orientações enviar e-mail à dra. Regina Célia Dalle Nogare (dallenogare@terra.com.br). 91 Tributo à tradicional família Todescan Quatro gerações contribuindo com a história da Odontologia brasileira. Todescan, a tradicional família de cirurgiões-dentistas brasileiros per- deu, recentemente, dois dos mais destacados profi ssionais da Odontologia brasileira: Reynaldo Todescan e Luiz Antonio Todescan, ambos naturais de Descalvado, interior de São Paulo. A trajetória da família na Odontologia foi iniciada em 1912, com Antonio Todescan. A segunda geração de cirurgiões-dentistas foi formada por Alfeu Todescan, que se tornou um importante histologista, e seu irmão Reynaldo Todescan, um destacado protesista, que faleceu em novembro passado, deixando viúva Mara Todescan, quatro fi lhos, três dos quais são cirurgiões- dentistas, e nove netos. Reynaldo Todescan foi presidente da Associação Paulista de Ci- rurgiões Dentistas (APCD) em duas ocasiões, criador do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (Ciosp), professor titular de Prótese Removível das Faculdades de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp) e autor de livros e diversos artigos sobre prótese removível. Além disso, Reynaldo foi um dos fundadores do Conselho Regional de Odontologia de São Pau- lo (Crosp), sendo registrado na entidade com o número 6, e ajudou a escrever o primeiro estatuto da instituição. Luiz Antonio Todescan Em 1955, o sobrinho de Alfeu e Reynaldo, José Hildebrando, deu iní- cio à terceira geração de cirurgiões-dentistas da família. Seu irmão, Luiz Antonio Todescan, que faleceu no início deste ano, formou-se também em Odontologia. Foi casado com Sonia, com quem teve dois fi lhos, um deles cirurgião-dentista, a quarta geração. Luiz Todescan era especialista na área de Odontopediatria, sendo que sua bandeira da promoção de saúde bucal fez a grande diferença na histó- ria da doença cárie em nosso país. Foi presidente da Associação Brasileira de Odontopediatria por duas gestões, ministrou diversos cursos e confe- rências em todo o Brasil e no exterior e autor do capítulo Promoção de Saúde da Criança do livro de Atualização em Odontologia, de 1996. Além da Odontologia, Luiz Antonio gostava de música, de cozinhar, tanto que participou do livro Cozinhando com os Notáveis, e adorava pes- car, tendo pescado, uma vez, um marlin de 239 quilos! Junto com Reynaldo e José Hildebrando, Luiz Antonio participou do movimento de atualização e valorização da Odontologia brasileira. Enquanto São Paulo desenhava seu mundo urbano, reve- lados nas estruturas de ferro, viadutos, pontes, trilhos de trem, edifícios e bomba de gasolina, a Odontologia redesenhava suas bocas destruídas com estruturas de ferro, pontes, próteses fi xas, coroas de aço etc. O espírito inovador e criativo e o exercício da profi ssão norteado pela ética e pela moral fi ze- ram de Reynaldo e Luiz Antonio Todescan referência em excelência de saúde bucal no Brasil. A eles nossas homenagens. À família nossos sentimentos. Homenagem Revista PerioNews 2011;5(1):91 93 Em dezembro último, a Univer- sidade de Groningem anunciou as recentes descobertas de dois de seus pesquisadores – os professores Bauke Dijkstra e Lubbert Dijkhulzen – em seu estudo publicado na Pro- ceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) acerca da formação da placa dental. Saiba mais sobre o assunto conferindo o comentário do professor Jaime Cury: “A sacarose é considerada o mais cariogênico dos açú- cares da dieta, porque além de ser fermentada em ácidos pelas bactérias da placa (biofi lme) dental, ela é o único car- boidrato utilizado pelo homem que é substrato das enzimas chamadas de glicosiltransferases (GTFs). Para uma leitura de revisão sugiro nossa publicação no JDR (Paes Leme et al.). As GTFs transformam a sacarose em polissacarídeos extracelulares (PEC), componentes da matriz do biofi lme dental. Entre esses PEC se destacam os glucanos insolúveis (Peci), os quais funcionam como uma cola biológica ajudando as bactérias aderirem a superfície dental e entre si, assim Revista PerioNews 2011;5(1):93 Acontece Pesquisadores holandeses revelam estrutura de enzima da placa dental O professor Jaime Cury, titular de Bioquímica da FOP-Unicamp, comenta artigo de pesquisadores para os leitores da PerioNews. Pela primeira vez, a American Academy of Periodontolo- gy (AAP) concedeu o prêmio “Clinical Impact Award” (Prêmio de Impacto Clínico) a um professor brasileiro, pelo estudo em que trouxe uma nova abordagem na avaliação de infl uên- cia genética nas doenças periodontais. Trata-se de Gustavo Pompermanier Garlet, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), que recebeu o prêmio durante o 96o Encontro Anual da Academia Americana de Periodontia (AAP), realizado de 30 de outubro a 2 de novembro de 2010, no Centro de Conven- ções do Havaí, em Honolulu, nos Estados Unidos. O estudo, conduzido por Garlet, foi “Chronic gingivitis as the control group for case/control studies of periodontitis genetics: a paradigmchange based in case/control defi nition como deixam a matriz do biofi lme mais porosa, facilitando a difusão do açúcar ingerido para o interior do biofi lme, provo- cando menor queda de pH e, consequentemente, mais cárie dentária. Entretanto, o mecanismo pelo qual a GTF transforma a sacarose em Peci se baseava em duas hipóteses e o traba- lho recente elucidou como essa enzima quebra a sacarose, libera a frutose para o metabolismo bacteriano e ao mesmo tempo transfere o resíduo de glicose para um aceptor, for- mando as colas biológicas de glucanos. Essa descoberta abre a possibilidade de produção de moléculas inteligentes que ajam no sítio ativo da enzima blo- queando essa reação. Do mesmo modo que bactérias do grupo mutans, às quais são as mais cariogênicas, podem ser geneticamente modifi cadas em termos dos aminoácidos componentes do sítio ativo da enzima, tornando-se não há- beis de fazer a síntese de Peci. Por outro lado, deve ser ressaltado que isso nunca vai acabar com a cárie. Aliás, essa doença é não-erradicável, porque ela é provocada por bactérias que estão na boca de todos nós, portanto, não estranhas ao organismo humano e pela exposição do biofi lme a açúcares da dieta e a sacarose é apenas o mais cariogênico deles.” AAP premia estudo de periodontistas brasileiros reappraisal and supportede by classic SNP analysis”, que também tem como autores Alexandre R. Vieira, Ana Paula Camapanelli, Ana Paula F. Trombone, Ariadne Letra, Cristina R. Cardoso, Gabriela Gennaro, João S. Silva, Renato Menezes e Walter Martins. O critério escolhido pela APP para determinar o melhor trabalho apresentado durante o evento foi apontar o estudo “como maior potencial de inovação e avanço para a saúde periodontal do paciente”. A nova abordagem proposta por Garlet e sua equipe per- mite detectar os fatores de susceptibilidade ou resistência dos indivíduos, sobretudo, no que se refere às variações de- nominadas SNPs (Single-Nucleotide Polymorphism). 94 No Congresso do Centenário da APCD, a Colgate, patrocinadora do evento, além de participar com um es- tande na feira, onde mostrou sua linha de produtos e promoveu atividades e distribuiu brindes aos cirurgiões- dentistas, realizou um Simpósio com ciclo de oito palestras. “Pe- riodontia médica: a inter-relação da saúde bucal com cardiopatias e diabetes”, tema de uma delas, foi apresentada pelos professores Eduardo Saba-Chujfi , coordenador dos cursos de Especialização e de Mestrado em Perio- dontia da São Leopoldo Mandic, e Arthur Belém Novaes, especialista em Periodontia e Máster of Scien- ce em Dentistry pela Universidade de Boston. Em suas apresentações, Saba e Novaes mostraram a importância do trabalho mul- tidisciplinar entre a Odontologia e a Medicina. “Ao realizar um tratamento periodontal para inibir a infecção, o cirur- gião-dentista minimiza problemas em órgãos sistêmicos do paciente, como cardiopatias e agravamento do qua- dro clínico dos diabéticos”, informa Saba, que na palestra concentrou-se na questão cardíaca. Segundo o professor, a doença periodontal agride as placas de ateroma, podendo levar a uma ruptura des- sa capa de forma mais rápida. “No tratamento periodon- tal é possível inibir a formação dessas citocinas, do fator alfa de necrose tumoral, no caso interleucinas, que vão atuar na ruptura dessa capa fi brosa”, afi rma. A apresentação de Novaes buscou focar na importân- cia do tratamento periodontal como auxiliar no controle do diabetes. “Estudos realizados fora do país e do grupo da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, na disciplina de Periodontia, têm contribuído para chegar à conclusão de que, de fato, a doença periodontal tem infl uência no diabetes e, se a tratarmos adequadamente, melhoramos a saúde desses pacientes”, informa Novaes. “Dessa for- Revista PerioNews 2011;5(1):94-5 Simpósio Colgate promove a Periodontia clínica no Congressão Palestras discutiram fl uoretação, higiene bucal, hipersensibilidade dentinária, doença cárie, marketing e Periodontia médica. ma, esperamos que num futuro próximo, os médicos cola- borem nesse trabalho, encaminhando seus pacientes para uma avaliação periodontal e, se for o caso, auxiliando-os no tratamento”, completa. Técnicas disponíveis para tratamento periodontal Outro tema de bastante des- taque no Simpósio da Colgate foi “Os recursos atuais para o contro- le do biofi lme e a relação com a longevidade dos tratamentos”, ministrado por Euloir Passanezzi, professor responsável pela área departamental de Periodontia do Departamento de Prótese da Fa- culdade de Odontologia de Bauru, e Antonio Wilson Sallum, professor titular em Periodontia da FOP – Uni- camp e editor científi co da Perio- News. Bastante abrangente, Passa- nezzi apresentou as inovações que foram introduzidas, como forma de recurso mecânico e quimioterápico. “O objetivo foi mostrar todos os instrumentos que existem atualmente visando chegar a um estado geral de higienização mais adequado para a preservação da saúde das pessoas”, explica. Em sua abordagem, Sallum destacou a importância de se conhecer bem o paciente, em meio a tantas inova- ções e ferramentas disponíveis. “Estamos vivendo numa era de tecnologia altíssima, com uma grande quantidade de fármacos para controlar a parte do biofi lme da boca, da placa bacteriana, contudo, o mais importante é co- nhecer os pacientes e seus perfi s sistêmicos para saber qual deles é mais suscetível ao risco de desenvolver cá- rie e doenças periodontais ou que tem mais difi culdade no controle da manutenção da escovação, dentre outros itens”, ressalta. 95Revista PerioNews 2011;5(1):94-5 Mercado Circuito interativo foi o destaque da Johnson & Johnson no Congressão As marcas Listerine e Reach, da Johnson & Johnson, participaram do Congresso do Centenário da APCD com um circuito interativo em seu estande, cujo destaque foi o mi- nilaboratório. Ali, os visitantes puderam conhecer os testes realizados na fábrica de São José dos Campos (SP), como o de fadiga da escova dental, o de fi o dental e o misturador de enxaguatório bucal. O circuito começava mostrando, por meio de um diver- tido game, as técnicas de higiene bucal. Em seguida, os visi- tantes foram convidados a passar para outro espaço, onde fi zeram uma viagem no tempo, conhecendo o desenvolvimen- to da linha de higiene bucal. “Os produtos – escova, fi o e enxaguante – têm ações di- ferentes na higiene bucal, cada um complementando o outro. E foi exatamente isso que mostramos na primeira estação, passando depois para a linha do tempo. Mas, a grande no- vidade foi o minilaboratório, ao fi nal do percurso, que pro- porcionou maior integração e interação entre os visitantes de uma forma lúdica”, explica José Eduardo Pelino, gerente de Relacio- namento Científi co e Profi ssional da Johnson & Johnson. No circuito foi possí- vel, também, conhecer os ingredientes ativos presentes no Liste- rine e a matéria- prima da qual é feita a escova e o fi o dental. “Ao com- pletar as três etapas, o participante saiu entendendo melhor porque escova, fi o e enxaguatório são importantes para a manutenção da higiene bucal”, ressaltou Rodrigo Ribeiro, ge- rente de Marketing Profi ssional. Para mais informações visite o site www.jnjbrasil.com.br. explica José e de Relacio- ofi ssional ossí- er Oral-B trouxe para o Congressão linha de higiene bucal Com o estande lotado pelos cirurgi- ões-dentistas, professores, acadêmicos e visitantes, durante os quatro dias do Congresso do Centenário da APCD, a Oral-B apresentou sua linha completa de higiene bucal. Entre os destaques, o fi o dental Oral-B Pro-Saúde. “Trata-se de um monofi lamento de politetrafl uoretileno PTFE, que desliza mais macio entre os dentes do que os fi os dentais de nylon”, explica Carlos Kemel, gerente de Relações Profi ssionais da Oral-B. A outra novidade foi o creme dental Oral-B Pro-Saude Whi- tening, que possui uma mistura de ingredientes branqueadoresque removem as manchas da superfície dos dentes, realçando a brancura natural do sorriso e oferecendo proteção. E, comple- tando a linha de lançamentos, o novo antisséptico bucal Oral-B Pro-Saúde sem corante e sem álcool, que proporciona proteção por 12 horas contra a placa e a gengivite. Mais informações acesse www.oral-b.com.br. Durante os quatro dias do Congresso do Cente- nário da APCD, o estande da Bitufo esteve repleto de visitantes. Eles foram conferir de perto a linha de produ- tos da empresa, com destaque para o gel e enxaguante bucal Maxi Control, lançados no evento. “Integrantes da linha Clo- rexidina, um ativo que tem a função antimicrobiana, os novos produtos não contém álcool em sua formulação e são efi cazes na prevenção da cárie, gengivite, periodon- tite e mau hálito”, informa Gabriela Risso, da área de divulgação da Bitufo. Com refrescante sabor de menta, o Gel Dental Maxi Control Bitufo possui Gluconato de Clorexidina a 0,12%, que permanece nas superfícies dos tecidos bucais, in- clusive nos dentes, por até oito horas. Outras informações no site www.bitufo.com.br. Lançamento da Bitufo no Congresso 96 Artigo 1: Berchier CE, Slot DE, Van Der Weijden GA. The effi cacy of 0.12% chlorhexidine mouthrinse com- pared with 0,2% on plaque accumulation and periodon- tal parameters: a systematic review. J Clin Periodontol 2010;37:829-39. Por que é interessante: o digluconato de clorexidina tem seu uso consolidado como agente de controle químico de placa e como agente anti-infl amatório. Existem diversas in- dicações de uso dessa substância: após cirurgia periodontal e peri-implantar, para pacientes com limitação motora e pa- cientes com idade avançada. O uso da clorexidina por médio e longo prazo pode provocar alguns efeitos colaterais, sendo a alteração de paladar o mais frequente. Tendo em vista a necessidade de minimizar os efeitos colaterais dessa subs- tância, tem sido propostas concentrações menores, como a concentração de 0,12%. Este artigo consiste em uma re- visão sistemática, que tem como princípio reunir, de forma organizada, resultados de pesquisas clínicas e auxiliar na explicação de diferenças encontradas entre estudos primá- rios que investigam a mesma questão. Esse tipo de estudo facilita a elaboração de diretrizes clínicas, sendo extrema- mente útil para tomadas de decisão na área de saúde. Desta forma, esta revisão teve como objetivo comparar a efi cácia das concentrações de 0,12% e 0,2% no controle de placa e na melhora nos parâmetros clínicos periodontais (gengivite e periodontite). Desenho experimental: foram realizadas buscas manuais e eletrônicas até fevereiro de 2010. Para inclusão no estudo, os artigos deveriam ser ensaios clínicos controlados, con- duzidos em humanos com idade maior ou igual a 18 anos e com boa saúde sistêmica. Deveriam ainda comparar a clo- rexidina a 0,12% com a concentração de 0,2%. Foram con- siderados os seguintes parâmetros: índice de placa, índice gengival, níveis de gengivite, profundidade de sondagem e nível de inserção clínica. Os achados: considerando-se os critérios de inclusão, foram selecionados oito artigos. Desses oito, foi possível submeter sete à meta-análise. Comparando-se as concentrações de 0,12% e 0,2% de clorexidina, as informações relativas à infl a- mação gengival foram esparsas e não foi encontrado nenhum estudo que comparasse as duas concentrações e avaliassem Leituras essenciais Sob coordenação do Prof. Dr. Antônio Wilson Sallum, editor científi co da revista, a presente coluna selecionou alguns artigos científi cos publicados em periódicos de circulação internacional, fez a leitura crítica e traz comentários dos mesmos. Mais uma forma de ampliar nossos conhecimentos. Confi ra. a profundidade de sondagem ou o nível de inserção clínica. Em relação à inibição da placa, os resultados mostraram uma pequena, mas signifi cante diferença em favor da concentra- ção de 0,2%. No entanto, a relevância clínica dessa diferença é provavelmente irrelevante. Comentários: a clorexidina é um agente antiplaca com efeito consolidado e em uso há mais de 40 anos. Esta re- visão sistemática confi rma, mais uma vez, a segurança em seu uso em uma concentração menor, que leva a menores efeitos colaterais e que, ainda assim, mantém seu efeito antiplaca. Unitermos: Chlorhexidine; Concentration; Gingivitis; Mou- thrinse; Mouthwash; Plaque; Systematic review. Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio- dontia – FOP-Unicamp. Artigo 2: Shimazaki Y, Egami Y, Matsubara T, Koike G, Akifusa S, Jingu S et al. Relationship between obesi- ty and physical fi tness and periodontitis. J Periodontol 2010;81(8):1124-31. Por que é interessante: a periodontite é uma doença infl a- matória com alta prevalência que tem como fator etiológico primário o biofi lme. No entanto, essa doença pode ser modi- fi cada por diversos fatores, como fatores do hospedeiro, do meio ambiente e genéticos. A obesidade tem chamado aten- ção por ser o fator de risco para várias doenças decorrentes do estilo de vida e por ser o centro da síndrome metabólica. Além disso, alguns estudos têm mostrado uma relação posi- tiva entre obesidade e doença periodontal. Embora esses es- tudos tenham mostrado relação positiva entre as duas doen- ças, outros estudos não encontraram os mesmos resultados, além de considerar grupos de idades e variáveis diferentes. Dessa forma, este estudo teve como objetivo esclarecer de forma mais clara a relação entre obesidade e doença pe- riodontal por meio da análise da relação entre o índice de obesidade e o nível máximo de consumo de oxigênio (V_O2) durante o exercício e a periodontite. Desenho experimental: foram incluídos no estudo 1.160 indivíduos (idade entre 20 e 77 anos) que receberam trata- mento médico e odontológico e que apresentaram os pré- requisitos para essa análise. As condições periodontais Revista PerioNews 2011;5(1):96-8 97Revista PerioNews 2011;5(1):96-8 Pesquisas em evidência foram avaliadas utilizando-se o índice das necessidades de tratamento periodontal na comunidade (CPI) e indivíduos com três ou mais sextantes de CPI, três ou quatro foram defi - nidas como portadores de periodontite severa. O índice de massa muscular e a porcentagem de gordura corporal foram usados como indicadores de obesidade e o V_O2 durante o exercício foi usado como indicador de aptidão física. Foi exa- minado o efeito isolado e a interação da obesidade e V_O2 sobre a periodontite severa. Os achados: o estudo demonstrou que indivíduos magros e com altos níveis de aptidão física tiveram signifi cante menor risco de desenvolver periodontite severa. Comentários: embora o estudo tenha como foco um assun- to importante e atual, existem algumas limitações em seu desenho. O CPI é um método de análise que pode subestimar a severidade da doença periodontal por examinar a profundi- dade de sondagem de somente alguns dentes e não analisar o nível de inserção clínica. O estudo é epidemiológico e trans- versal. Portanto, não se pode determinar mecanismos que expliquem a relação entre obesidade e aptidão física e perio- dontite. Sendo assim, estudos de coorte, intervencionais e experimentais são necessários para estabelecer associação causal entre essas condições. Unitermos: Epidemiology; Obesity; Periodontal diseases; Pe- riodontitis; Physical fi tness. Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio- dontia – FOP-Unicamp. Artigo 3: Takeuchi N, Ekuni D, Yamamoto T, Morita M. Relationship between the prognosis of periodontitis and occlusal force during the maintenance phase – a co- hort study. J Periodont Res 2010;45:612-17. Por que é interessante: a manutenção da saúde após o tra- tamento periodontal é um grande desafi o para os periodontis- tas. Existem vários estudos que discutem os fatores de risco para a progressão da doença periodontal e que afi rmam que durante a fase de manutenção o risco dessa progressão é maior. Como fatores de risco durantea fase de manutenção podem ser considerados: perda óssea inicial, envolvimento de furca, número de bolsas residuais, altas contagens de Porphyromonas gingivalis e Treponema denticola, número de dentes perdidos, tabagismo e estresse. Além desses fatores, o trauma oclusal tem sido sugerido como fator de risco du- rante a fase de manutenção. Poucos estudos têm analisado a relação entre progressão da periodontite e fatores oclusais em sujeitos individualmente. Portanto, o objetivo desse estu- do de coorte foi investigar alguma relação entre habilidade de mordida (força oclusal, pressão oclusal, área de contato oclusal) e a progressão da periodontite durante a fase de manutenção. Desenho experimental: 194 pacientes foram monitorados durante três anos durante a fase de manutenção da terapia periodontal. Os sujeitos com progressão da doença (grupo progressão) foram defi nidos tendo-se como base a presença de dois ou mais dentes com perda de inserção proximal longi- tudinal de 3 mm, ou mais, ou perda dentária como resultado da doença periodontal durante o estudo. Indivíduos com alta força oclusal foram identifi cados como homens com força maior do que 500 N e mulheres com força oclusal maior do que 370 N. A associação entre capacidade de mordida e a progressão da doença foi investigada utilizando-se regressão logística. Os achados: havia 83 sujeitos no grupo progressão e 111 no grupo não progressão. A regressão logística demonstrou que a progressão da doença periodontal estava signifi cante- mente associada com a presença de um ou mais dentes com nível de inserção clínica de sete ou mais milímetros (odds ratio: 2.397; 95% intervalo de confi ança: 1.306 – 4.399) (p = 0,005) e baixa força oclusal force (odds ratio: 2.352; 95% intervalo de confi ança: 1.273 – 4.346) (p = 0,006). Sendo assim, a presença de um ou mais dentes com nível de in- serção clínica maior ou igual a sete e baixas forças oclusais podem ser fatores de risco para a progressão da doença periodontal durante fase de manutenção. Comentários: este estudo investiga a infl uência do trauma de oclusão sobre a progressão da periodontite. Muitas ve- zes, durante o tratamento periodontal e a fase de manuten- ção, os fatores oclusais são negligenciados e não recebem sua devida importância. Uma simples análise das forças oclu- sais pode melhorar tanto a manutenção dos resultados do tratamento periodontal como força mastigatória e qualidade de vida dos pacientes. Unitermos: Occlusal force; Risk factors; Periodontal pro- gression; Maintenance phase. Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio- dontia – FOP-Unicamp. Artigo 4: Yek EC, Cintan S, Topcuoglu N, Kulekci G, Issever H, Kantarci A. Effi cacy of Amoxicillin and Metronidazole Combination for the Management of Generalized Aggressive Periodontitis. Periodontol 2010;81:964-74. Por que é interessante: a periodontite agressiva é uma doença de rápida progressão, que se inicia precocemente e leva à grande número de perda dental. O seu tratamento e manutenção dos resultados é um grande desafi o para os clí- 98 Revista PerioNews 2011;5(1):96-8 nicos. Assim como para as doenças crônicas, a abordagem terapêutica primária para a P. agressiva é o tratamento não cirúrgico. No entanto, muitas vezes os resultados não são du- radouros como desejado devido à recolonização bacteriana. Dessa forma, sugere-se o uso de antibióticos como adjuntos para a terapia na tentativa de prolongar ou estabilizar os re- sultados. Poucos estudos analisam a recolonização bacteria- na e os resultados em relação ao efeito da combinação de dois antibióticos não são muito claros. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar os efeitos da combinação da amoxicilina e do metronidazol como adjuntos da raspagem e alisamento radiculares sobre os parâmetros clínicos e micro- biológicos em pacientes com periodontite agressiva genera- lizada e ainda analisar em longo prazo os resultados obtidos e a recolonização bacteriana. Desenho experimental: 28 pacientes foram aleatoriamente incluídos no estudo. O grupo teste (n = 12) recebeu amoxi- cilina + metronidazol e raspagem e alisamento radicular. O grupo controle (n = 16) recebeu somente raspagem e alisa- mento radicular. Além da análise clínica, amostras subgengi- vais de placa foram analisadas para total de bactérias cultivá- veis e para presença de Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia (T. forsythensis), Treponema denticola, Prevotella intermedia, Prevotella nigrescens, Prevotella pallens e Ag- gregatibacter actinomycetemcomitans (Actinobacillus ac- tinomycetemcomitans) usando a reação de polimerase em cadeia (PCR). Os achados: os resultados desse estudo sugerem que a combinação de amoxicilina e metronidazol como adjunto de raspagem e alisamento radiculares leva a resultados clínicos melhores quando comparados com o tratamento mecânico isoladamente. Essa abordagem terapêutica farmacológica resultou em redução signifi cante de T. forsythia e preveniu sua recolonização por seis meses, sugerindo que T. forsythia pode determinar a estabilidade a longo prazo dos resultados do tratamento periodontal. Comentários: este estudo demonstrou que é válido utilizar a combinação de antibióticos como adjunto da terapia pe- riodontal e que a severidade da doença agressiva pode es- tar ligada não somente ao A.a., mas também a T. forsythia. Portanto, deve-se voltar a atenção a outras bactérias que não somente o A.a. no estudo da etiopatogênese da doença agressiva. Unitermos: Aggressive periodontitis; Amoxicillin; Metronida- zole; Tannerella forsythia. Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio- dontia – FOP-Unicamp. Artigo 5: Zabor EC, Klebanoff M, Yu K, Zhang J, Nansel T, Andrews W et al. Association between periodontal di- sease, bacterial vaginosis, and sexual risk behaviours. J Clin Periodontol 2010;37:888-93. Por que é interessante: a doença periodontal é um gru- po de doenças orais infl amatórias e diversos estudos têm sugerido que a periodontite poderia estar associada à ocor- rência de parto prematuro, bebê de baixo peso ao nascer e pré-eclâmpsia. A vaginose bacteriana é uma condição de alta prevalência e com etiologia desconhecida. A vaginose afeta aproximadamente 30% das mulheres entre 14 e 49 anos. Essa condição é caracterizada por uma diminuição das espé- cies de lactobacillus normalmente predominantes e por um correspondente aumento na diversidade de microrganismos anaeróbios. Tanto a periodontite como a vaginose têm sido relacionadas ao aumento de partos prematuros e de bebês de baixo peso ao nascer. Este estudo teve como objetivo analisar a relação entre periodontite e vaginose. Desenho experimental: foram analisados dados de 3.569 mulheres incluídas nesse estudo. A doença periodontal foi defi nida como a presença de três ou mais sítios com perda de inserção maior ou igual a 4 mm. A vaginose bacteriana foi diagnosticada como nível maior ou igual a sete de coloração gram Nugent. Os achados: 28% das mulheres com vaginose bacteriana apresentaram doença periodontal, correspondendo um ris- co 1,29 (95% CI: 1,12, 1,47) vezes maior de presença de doença periodontal entre mulheres com vaginose. Sexo oral com parceiros não circuncidados foi associado com um risco 1,28 (95% CI: 0,97, 1,69) vezes maior de desenvolvimento de doença periodontal, quando comparadas com sexo oral com parceiros circuncidados. No entanto, essa associação não foi estatisticamente signifi cativa. Comentários: a associação entre periodontite e vaginose foi pequena, no entanto, signifi cante. Essa associação precisa ser investigada para que se possa entender os mecanismos que as duas condições compartilham. Pode ser que exista uma relação positiva entre periodontite, práticas sexuais e condição de circuncisão do parceiro e essa relação deve ser investigada. Somente depois de entender essas relações, as respostas do organismo poderão ser moduladas ou as condições evitadas para que sepossa diminuir o risco de ocorrência de parto prematuro. Unitermos: Bacterial; Bacterial infections; Epidemiology; Pe- riodontal diseases; Sexual behaviour; Vaginosis. Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio- dontia – FOP-Unicamp. 99 Guia de produtos de higiene bucal para uso domiciliar Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 Guia deGuia de produtos dde higiene bucal Prescrição 100 Capa protetora Bitufo • Bitufo Protector (resina termoplástica e pigmento). • Protetor de Cerdas Ben 10 (resina termoplástica e pigmento). Condor • Capa Protetora (resina termoplástica e pigmento) – protetor de cerdas. DentalClean • Protetor de Cerdas DentalClean (resina termoplástica) – proporciona mais higiene à escova de dente, diminuindo o contato das cerdas com o ambiente externo. Seu formato permite boa ventilação, evitando a proliferação de fundos. Tamanho universal. Disponível para escovas adultas e infantis. • Protetor de cerdas com ventosa – além de contar com a efi ciência e a proteção do protetor de cerdas, dispõe de ventosa, mantendo a escova suspensa e as cerdas secas. • Porta escova com ventosa (resina termoplástica) – prático e moderno. Disponível também na versão Garfi eld. Garante um ambiente mais organizado e muito mais bonito. DentalPrev • Protetor de cerdas Dentics – protege e auxilia na durabili- dade das cerdas da escova dental. Compatível coma maioria das escovas dentais; protege a principal parte da escova: as cerdas; prático e fácil de transportar. Sanifi ll • Estojo Sanifi ll para escova dental – desenvolvido para o abrigo e transporte de qualquer escova dental Sanifi ll. A aber- tura pela lateral facilita a limpeza. • Protetor de Cerdas – conjunto de protetores de cerdas composto por três unidades. Proporciona proteção e higiene a cabeça da escova dental. Cera ortodôntica DentalClean Proporciona maior conforto ao usuário de aparelho ortodôntico e ajuda a diminuir o desconforto causado pelo contato entre os bráquetes e a cavidade bucal. Caixinha fácil de carregar com cinco barras. Dentifrício (creme dental e gel) Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A • Flogoral Creme Dental – sabor menta (benzidamina) – anes- tésico, analgésico e anti-infl amatório. Active Indústria e Comércio de Produtos de Higiene Pessoal e Cosméticos Ltda. • Gel Dental Infantil Active Kid´s sabor morango. • Gel Dental Infantil Active Kid´s sabor tutti fruti. • Gel Dental Infantil Active Kid´s sabor uva. Amway do Brasil • Glister Multi-Action creme dental com fl úor – 60g e 200g – (fl úor, silicato de sódio e sylodent) – efi ciente agente polidor que ajuda a branquear e a eliminar manchas de café, chá e cigarro. Ajuda a prevenir a formação de cáries e deixa um hálito mentolado. Bitufo • Gel Dental Bitufo Mentahh (xilitol e triclosan – sorbitol, glyce- rin, sodium saccharin, peg-8, methylparaben, propylparaben, al- cohol, cellulose gum, xanthan gum, aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, fl avor, ci 42051, sodium fl úoride {1100ppm}). A PerioNews coloca à disposição do cirurgião-dentista o Guia de Produtos de Higiene Bucal para uso Domiciliar. Dividido em categorias de produtos, o guia auxiliará o profi ssional a indicar a melhor profi laxia aos pacientes do consultório. Acompanhe. • Gel Dental Bitufo Cocoricó s/ fl úor frutas tropicais (xilitol e triclosan – sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, me- thylparaben, propylparaben, alcohol, cellulose gum, xanthan gum, áqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, fl avor, xylitol, titanium dioxide, triclosan, calcium disodium edta, aroma). • Gel Dental Bitufo Cocoricó s/ fl úor tutti fruti (xilitol e triclosan – sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, me- thylparaben, propylparaben, alcohol, cellulose gum, xanthan gum, aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, fl avor, xylitol, titanium dioxide, triclosan, calcium disodium edta, aroma). • Gel Dental Bitufo Cocoricó s/ fl úor morango (xilitol e triclosan – sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, me- thylparaben, propylparaben, alcohol, cellulose gum, xanthan gum, aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, fl avor, xylitol, titanium dioxide, triclosan, calcium disodium edta, aroma). • Gel Dental Bitufo Cocoricó c/ fl úor morango (xilitol e fl úor – sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, cellulose gum, aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, xylitol, ci 16035, sodium fl úoride, aroma). • Gel dental Bitufo Maxi Control 100 g (clorexidina 0,12% – sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, cellulose gum, aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, xylitol, ci 16035, sodium fl úoride, aroma). Colgate • Colgate Total 12 Clean Mint (triclosan e copolímero) – pro- teção completa por 12 horas. • Colgate Total 12 Advanced Fresh (idem) – hálito mais fres- co com 12 horas de proteção. • Colgate Total 12 Whitening (idem) – ajuda na remoção de manchas, proporcionando dentes mais brancos. • Colgate Total 12 Professional Clean (idem) – prolonga os efeitos da limpeza feita no consultório do dentista. • Novo Colgate Total 12 Professional Sensitive (idem) – a nova variante da já consagrada linha Colgate Total 12 (idem) – previne contra os principais problemas bucais e alivia a sensibilidade dentinária, sendo uma ótima ferramenta para uso diário e prevenção do aparecimento da sensibilidade. • Colgate Sensitive Multi Proteção (idem) – apresenta uma fórmula clinicamente comprovada com citrato de potássio que proporciona máximo alívio para a hipersensibilidade dentinária. Além disso, oferece proteção completa dos dentes e gengivas. • Colgate Prevident 5.000 (idem) – desenvolvido para ajudar no combate à cárie e à desmineralização dos dentes, o creme dental é um poderoso aliado na prevenção e no tratamento desses problemas bucais, pode ser utilizado pelos pacientes em casa, diariamente. Com agradável sabor menta, o creme dental Prevident 5000 tem em sua fórmula uma quantidade superior de fl úor (5000 ppm) em relação aos produtos con- vencionais, por isso, deve ser utilizado uma vez por dia. Condor • Creme Dental 100% Branco (ingrediente ativo: sodium monofl úorophosphate. Ingredientes: glycerin, sorbitol, calcium carbonate, sodium silicate, aqua, sodium saccharin, methylpa- raben, carboxymethyl celulose, sodium lauril sulfate, aroma, alcohol. Contém: monofl úorfosfato de sódio – 1.450 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos). • Creme Dental Condor Menta Ice (ingrediente ativo: sodium monofl úorophosphate. Ingredientes: glycerin, sorbitol, calcium carbonate, sodium silicate, aqua, sodium saccharin, methylpa- raben, carboxymethyl celulose, sodium lauril sulfate, aroma, alcohol. Contém: monofl uorfosfato de sódio – 1.500 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos). • Creme Dental Condor Hortelã Fresh (ingrediente ativo: sodium monofl úorophosphate. Ingredientes: glycerin, sorbitol, calcium carbonate, sodium silicate, aqua, sodium saccharin, methylparaben, carboxymethyl celulose, sodium lauril sulfate, aroma, alcohol. Contém: monofl uorfosfato de sódio – 1.500 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos). • Creme Dental Condor Eucalipto Power (ingrediente ativo: sodium monofl úorophosphate. Ingredientes: glycerin, sorbitol, calcium carbonate, sodium silicate, aqua, sodium saccharin, methylparaben, carboxymethyl celulose, sodium lauril sulfate, aroma, alcohol. Contém: monofl uorfosfato de sódio – 1.500 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos). • Gel Dental Condor Fresh Sensation Menta Azul (ingrediente ativo: sodium fl úoride. Ingredientes: peg-8, sorbitol, sodium sac- charin, sodium benzoate, carboxymethyl celulose, sodium lauryl sulfate, sílica, aroma, ci 42090, aqua. Contém: fl uoreto de sódio – 1.100 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos). • Gel Dental Condor Fresh Sensation Menta Vermelha (in- grediente ativo: sodium fl úoride. Ingredientes: peg-8, sorbitol, sodium saccharin, sodium benzoate, carboxymethyl celulose, sodium lauryl sulfate, sílica,aroma, ci 14720, ci 14700, aqua. Contém: fl uoreto de sódio – 1.100 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos). • Gel Dental Condor Júnior (ingrediente ativo: sodium fl úo- ride. ingredientes: peg-8, sorbitol, sodium saccharin, sodium benzoate, carboxymethyl celulose, sodium lauryl sulfate, sílica, aroma, ci 16185, ci 14700, aqua. Contém: fl uoreto de sódio – 1.100 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos). • Gel Dental Condor Kids (ingrediente ativo: sodium fl úoride. in- gredientes: peg-8, sorbitol, sodium saccharin, sodium benzoate, carboxymethyl celulose, sodium lauryl sulfate, sílica, aroma, ci 14700, aqua. Contém: fl uoreto de sódio – 500 ppm de fl úor) – Uso diário (para crianças de dois a cinco anos). • Gel Dental Condor Baby (ingredientes: peg-8, sorbitol, sodium saccharin, sodium benzoate, carboxymethyl celulose, sodium lauryl sulfate, sílica, aroma, ci 16185, ci 14700, aqua. Não contém fl úor) – Uso diário (para bebês a partir de seis meses). Close Up • Extra Whitening – tira manchas deixadas por café, cigarros, refrigerantes e alimentos ricos em corantes. É um efi ciente agente de limpeza e de polimento no processo de escovação, sem causar dano ao esmalte. Seus dentes mais brancos em apenas duas semanas. • Triple (duplo cálcio + fl úor bioativo) – protege os dentes por até 12 horas contra o ataque das cáries nas três áreas dos dentes: superior, base e entre os dentes. Close Up Triple 12 horas de proteção contra as cáries. • Active Gel (active clean septibucal) – refrescância e dentes mais brancos após quatro semanas de uso. • Liquifresh – ação antisséptica. Pode ser utilizado de duas formas: como gel dental para escovar os dentes: é só colocar o gel diretamente na escova, não necessita molhar; ou como refrescante bucal: basta pingar gotas do produto na boca e bochechar com água (sem engolir). • Double Fresh – ação antibacteriana e refrescância de um enxaguatório bucal. • Whitening Xperience – dentes mais brancos e refrescância. Daudt • Odontis-Rx Sensiblock (fosfosilicato de cálcio e sódio + monofl úorfosfato de sódio) – creme dental de uso diário desenvolvido para controle e prevenção da hipersensibilidade dentinária. • Odontis-Rx Pro 40+ (fosfosilicato de cálcio e sódio + monofl úorfosfato de sódio) – creme dental de uso diário de- senvolvido para uso adulto e sênior para prevenção e controle da hipersensibilidade dentinária e prevenção da gengivite. • Odontis-Rx Ortho (fosfosilicato de cálcio e sódio + monof- lúorfosfato de sódio) - creme dental de uso diário desenvolvido para usuários de aparelhos ortodônticos para prevenção das cáries e da gengivite, formando uma proteção natural sobre os dentes. Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 101Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 • Malvatrikids Baby (xilitol) 70 g – gel dental sem fl úor e com xilitol indicado para prevenção das cáries de crianças de até quatro anos de idade, sem risco de fl uorose. • Malvatrikids F (fl úor e xilitol) 70 g – gel dental com 500 ppm de fl úor indicado para prevenção das cáries e remineralizador do esmalte de crianças de quatro a sete anos. • Noplak Max Gel (clorexidina 0,20% e cetilpiridínio) – gel dental para higiene oral indicado como coadjuvante no contro- le da placa bacteriana e na prevenção da gengivite. • Malvatricin Gel (tirotricina 0,25 mg/g; quinosol 6,2 mg/g; fl uoreto de sódio 2,2mg/g) – indicado para alívio das afecções da boca, prevenção das cáries e aftas. DentalPrev • Creme Dental Dentics Familiar 90 g – hálito puro e proteção para toda a família; ajuda na eliminação dos germes causadores da placa bacteriana e do mau hálito; refrescante sabor menta – hálito puro. Flúor ativo + Cálcio: máxima proteção anticáries e fortalecimento do esmalte dos dentes. • Creme Dental Dentics Dentes Sensíveis com Branqueador 90 g – alívio e proteção para dentes sensíveis além de ter ação branqueadora; refrescante sabor menta; proporciona a limpeza suave dos dentes. • Creme Dental Dentics Ação Total 90 g – ação branqueado- ra; ajuda no alívio da sensibilidade dentinária; auxilia na pro- teção contra o tártaro; refrescante sabor menta; previne contra os germes que causam a gengivite; ajuda na eliminação dos germes causadores da placa bacteriana e mau hálito. Flúor Ativo + cálcio: máxima proteção anticáries e fortalecimento do esmalte dos dentes. • Gel Dental Dentics 2 em 1 100 g – refrescante Bucal + Gel Dental. Ajuda na eliminação dos germes causadores da placa bacteriana; disponível nos sabores: Red Mint, Blue Mint e Mint. Flúor ativo – proteção anticáries. • Gel Dental Dentics Explosão Refrescante 90 g – sensação super refrescante – hálito puro; ajuda na eliminação dos ger- mes causadores da placa bacteriana; disponível nos sabores: Red Mint, Cool Mint e Mint. Flúor ativo – máxima proteção anticáries. Fórmula & Ação • Angelform (glicerina, sorbitol, carboximetilcelulose, silicato de sódio, metilparabeno, aroma não cariogênico tutti fruti, corante alimentar, veículo qsp) – na limpeza dos dentes dos bebês e crianças em idade onde exista a possibilidade de ingestão de gel dental fl uoretado. • Cleanform Gel 0,12% (digluconato de clorhexidine) – pla- ca bacteriana, infecções bucais e processos infl amatórios da gengiva. • Eviform Gel Dental (eritrosina) – evidenciação da placa bacteriana. • Whiteform (peróxido de carbamida, nitrato de potássio e íon de fl úor) – clareador dental. Laboratório Boniquet do Brasil • Ultra Action Menta (fl úor ativo e cálcio) – anticárie. • Ultra Action Eucalipto Herbal Própolis e Camomila (fl úor ativo e cálcio) – contra bactérias e infl amações. • Ultra Action Multi (triclosan e refrescante sabor de hortelã) – ação anticárie, antiplaca e antitártaro. • Bonisense Original (fl úor e citrato de potássio) – anticárie e hipersensibilidade dos dentes. • Bonisense Fresh (fl úor, triclosan e citrato de potássio) – anticárie, placa bacteriana e hipersensibilidade dos dentes. • Bonisense Complete (fl úor, triclosan, citrato de potássio e vitamina E) – anticárie, placa bacteriana, hipersensibilidade dos dentes e antitártaro. • Ultra Action Branqueador Gel (fl úor ativo, fórmula branquea- dora, sabor mentol) – dentes mais brancos. • Ultra Action Teen High School Musical gel (fl úor ativo) – anticárie. • Ultra Action Gel para crianças 90 g (fl úor ativo, gel com estrelinhas brilhantes, sabor tutti fruti) – anticárie. • Ultra Action Kids gel 50 g (fl úor ativo e sabores tutti fruti, bublle gum, morango mágico e banana mix) – anticárie. • Gel Dental Bonibay 0 a 3 anos (sem fl úor e corantes, com xylitol, óleo de camomila natural e tampa fl ip top) - proteção contra as cáries, anti-infl amatório e antisséptico. Laboratório Gross – Divisão Lacer • Gengilacer Creme Dental (triclosan/zinco, fl úor e enoxolona) – combate a gengivite, mantém a saúde gengival e controla o biofi lme. • Perioxidin Gel Bioadesivo (clorexidina a 0,2%) – doença pe- riodontal localizada, pós-operatório, implantes, pacientes com necessidades especiais, lesões aftosas recorrentes. • Sensilacer Gel Dental (nitrato de potássio a 5%, fl úor e xilitol) – hipersensibilidade dentinária. Laclede • First Teeth Baby Toothpaste - Combo Pack (enzimas anti- bacterianas do leite para proporcionar a mais natural proteção para os dentes e gengiva do bebê. Não possui sacarina nem corantes. Sem fl uoreto, seguro em caso de ingestão) – Indi- cada para criança de três meses a dois anos de idade (Infa- Dent); Indicada para criança acima de três meses (Creme Dental). • FirstTeeth Baby Toothpaste Creme Dental para bebê, tubo com 40 g – enzimas antibacterianas do leite para proporcionar a mais natural proteção para os dentes e gengiva do bebê. Não possui sacarina nem corantes. Sem Fluoreto, seguro em caso de ingestão – indicada para crianças acima de três meses. • Biotène Gel Toothpaste, tubo com 125 g (complexo sistema de enzimas bioativas: glicose oxidase, lactoperoxidase e lisozi- ma, que ajudam a proteger os dentes e gengivas. possuixilitol. ausência de corante, sacarina e lauril sulfato de sódio {LSS}) – cuidar da saúde bucal ajudando a fortalecer o sistema de defesa natural da saliva, proporcionando aos pacientes o conforto e alívio dos efeitos mais graves da boca seca. Auxilia na redução das bactérias associadas à placa e mau hálito. • Biotène Toothpaste, tubo com 125 g (complexo sistema de enzimas bioativas: glicose oxidase, lactoperoxidase e lisozima, que ajudam a proteger os dentes e gengivas. possui xilitol. apresenta baixa abrasividade, ausência de corante, sacarina e lauril sulfato de sódio {LSS}) – cuidar da saúde bucal ajudando a fortalecer o sistema de defesa natural da saliva, proporcionando aos pacientes o conforto e o alívio dos efeitos mais graves da boca seca. Auxilia na redução das bactérias associadas à placa e mau hálito. Oral B • Creme Dental Dentes Sensíveis (menos abrasivo, contém fl úor, sabor menta) – hipersensibilidade dentinária e anticárie. Pharmakin • Gingikin B5 Pasta Dentifrícia 90 g (triclosan, citrato de zin- co, provitamina b5, fl uoreto de sódio e xilitol) – prevenção da gengivite, placa bacteriana e cárie. • Orthokin Pasta Dentifrícia 90 g (digluconato de clorexidina, acetato de zinco, fl uoreto de sódio) – manutenção em trata- mentos de ortodontia; auxilia na prevenção da gengivite e na prevenção da cárie dentária. • Flúorkin Bifl úor 250 menta forte – pasta 90 g (fl uoreto de sódio) – prevenção da cárie e da erosão ácida. • KIN Dentifício Branqueador Progressivo – pasta dentrifícia 95 g – (bicarbonato de sódio micropulverizado) – branqueador. • FlúorKIN Infantil pasta 60 g morango (500 ppm de fl úor) – cuidados com dentes de leite (crianças de dois a cinco anos de idade). • Orthokin Dentifício líquido 100 ml – tripla ação: protege os dentes, as gengivas e os aparelhos. • Cariax Dentes Sensíveis pasta dentrifícia 90 g (nitrato de potásio 5%; fl uoreto de sódio) – endurece o esmalte do dente e obstrui as túbulos dentinários. • Cariax Gengivas Pasta dentifrícia 90 g (clorexidina 0,12% e fl uoreto de sódio 0,22%) – combate a formação excessiva de placa bacteriana, prevenção das cáries e no controle da halitose. • FlúorKin Júnior Gel 95 g (800 ppm de fl úor) – cárie dentária. • Fixofl úor gel 30 ml (fl uoreto de sódio e triclosan) – preven- ção da cárie dentária, dessensibilização dos dentes e redução da placa bacteriana. Sanifi ll • Creme Dental Branqueador Dupla-ação Sanifi ll – possui in- gredientes efi cazes e seguros especialmente formulados para remover manchas, recuperando assim, o branco natural dos dentes, além de proporcionar um brilho perolado. • Creme Dental Branqueador Sanifi ll – remove as manchas superfi ciais, causadas pelo consumo diário de alimentos co- loridos. O uso regular protege os dentes de novas manchas, deixando-os com o branco natural. • Creme Dental Dessensibilizante Sanifi ll – possui efeito des- sensibilizante, pois atua diretamente nas terminações nervo- sas da polpa do dente. Efetivo no alivio dos dentes sensíveis, protege as raízes e combate a formação das cáries. • Creme Dental Antitártaro Sanifi ll – previne a formação do tártaro e protege seus dentes contra a formação das cáries. Seu efeito prolongado, por até 12 horas, aumenta a efi cácia no controle ao tártaro, reduzindo continuamente a sua formação entre as escovações. • Creme Dental Clareador mais Antisséptico Sanifi ll – com- bate a formação das cáries e a formação do tártaro. Em sua fórmula foi adicionado o antisséptico bucal Sanifi ll, que ajuda a eliminar as bactérias causadoras da placa bacteriológica. Sua ação prolongada, por até 12 horas, aumenta a efi cácia no controle da placa bacteriana. • Gel com Flúor Sanifi ll – age como remineralizador dos den- tes. O fl úor presente funciona como um preventivo, pois seu uso diário auxilia no combate as cáries. Agradável sabor de menta. • Gel Sanikids 100 g Sanifi ll – gel dental sem fl úor e sem lauril, indicado para crianças de dois a cinco anos de idade. Sabor tutti-frutti. • Gel Bucal Sanifi ll Bebê Sanifi ll – gel bucal para o bebê, indicado para crianças de cinco meses a dois anos. Não pos- sui lauril nem fl úor. Possui sabor de maçã verde e extrato de camomila o que suaviza a limpeza. • Gel Sanikids Bisnaga 50 g Sanifi ll – indicado para crianças a partir dos seis anos, possui baixo teor de fl úor. Protege os dentinhos das crianças contra as cáries. Desenvolvido para ser utilizado quando os primeiros dentes defi nitivos, principalmen- te os molares, estiverem nascendo. Suavetex • Creme Dental Contente Plus (fl úor e carbonato de cálcio) – combate as cáries, a placa bacteriana e o tártaro. • Creme Dental Contente Power (fl úor e carbonato de cálcio - aroma menta) – tripla ação e frescor apurado por mais tempo. • Creme Dental Contente Nature (fl úor, extrato de açaí, extrato de romã e extrato de limão) – anticárie, protege as gengivas contra infl amações, ação antisséptica e adistringente e sen- sação de frescor. • Creme Dental Contente Branqueador (micropartículas de polimento) – combate o tártaro e a placa bacteriana e devolve a cor natural dos dentes. • Creme Dental Contente Sensitive (nitrato de potássio) – controla e previne gradativamente a sensibilidade dos dentes. • Creme Dental Contente Kids em três apresentações: tutti fru- ti, uva e morango (baixo índice de abrasividade, com quantida- de ideal de fl úor e sabor de frutas) – proteção contra as cáries. • Gel Dental Contente (aromas naturais da menta) – hálito com sensação de refrescância e limpeza. Guia de produtos 103Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 Trihydal • Trihydal, Creme Dental (cloramina-T) – sangramentos e in- fl amações, hipersensibilidade, gengitives, halitoses rebeldes, periondontites, placas bacterianas, infecções, cáries, estoma- tites, aftas e higiene. União Química • Emoform (nitrato de potássio) - proporciona máximo alívio para a hipersensibilidade dentinária; gel e creme dental que previne e controla a sensibilidade dos dentes. Cuida dos den- tes e da boca de forma integrada. Weleda • Gel Dental Infantil (glicerina, água {aqua}, sílica, algina, calendula offi cinalis, foeniculum vulgare {erva doce}, mentha viridis {menta}, esculina, limoneno {a partir de óleos essen- ciais naturais}) – proteção natural para o dente de leite infantil - sem fl úor ou qualquer aditivo sintético. Enxaguatório bucal/colutório Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A • Flogoral Colutório sabor menta/laranja (benzidamina) – anestésico, analgésico e anti-infl amatório. Bitufo • Antisséptico Bitufo Perio Therapy 300 ml (aqua, alcohol, sorbitol, methylparaben, sodium saccharin, sodium lauroyl sar- cosinate, fl avor, ci 42090, chlorhexidine digluconate 0,12%). • Antisséptico Bitufo s/ alcool menta extraforte 300 ml (sorbitol, sodium saccharin, triclosan, sodium benzoate, peg 40 hydrogenatedcastor oil, sodium lauryl sulfate, propylene glycolci 42090, aqua, aroma, sodium fl úoride). • Antisséptico Bitufo s/ alcool menta suave 300 ml (sorbitol, sodium saccharin, triclosan, sodium benzoate, peg 40 hydro- genatedcastor oil, sodium lauryl sulfate, propylene glycolci 16035, ci 17200, aqua, aroma, sodium fl úoride). • Antisséptico Bitufo Perio Therapy 1l (aqua, alcohol, sorbitol, methylparaben, sodium saccharin, sodium lauroyl sarcosinate, fl avor, ci 42090, chlorhexidine digluconate 0,12%). Colgate • Colgate Plax Whitening – é o primeiro enxaguante do mercado brasileiro que auxilia no processo de clareamento dentário. Complementa o tratamento odontológico de bran- queamento dos dentes, graças a um agente ativo que ajuda a combater o amarelamento, além dos benefícios característicos dos produtos da marca – elimina os germes que causam a gengivite, a placa bacteriana e o mau hálito. Com sabor menta, deve ser utilizado por quatro semanas, com o enxágue da boca duas vezes ao dia (pela manhã e à noite), durante um minuto, antes e após escovar os dentes. • Colgate Plax Ice – alia a megarefrescância aos benefícioscaracterísticos dos enxaguatórios da marca: garante 12 horas de proteção e hálito fresco e mata os germes que causam a gengivite, placa bacteriana e o mau hálito. • Colgate Plax Sem Álcool – excelente opção para quem deseja proteção sem o ardor excessivo causado pelo álcool. O produto ajuda a reduzir a cárie em até 71% e a formação da placa, protegendo e limpando onde a escova não alcança. • Novo Colgate PerioGard Sem Álcool – tem a mesma efi cá- cia comprovada da versão tradicional, não provoca ardor, ajuda mais na redução da gengivite do que a versão com álcool. É uma solução à base de Gluconato de Clorexidina a 0,12%, que tem ação segura no combate aos germes que causam a gengivite e a progressão de doenças periodontais. Protege por oito horas com somente 30 segundos de bochecho, auxilia na redução da placa bacteriana e mau hálito. Os produtos da marca são indicados tanto para uso em consultório (antes e depois de procedimentos cirúrgicos, para reduzir a dissemina- ção de microrganismos), quanto doméstico, como item auxiliar no tratamento da infl amação gengival. Condor • Antisséptico Bucal Condor Menta e Canela (ingrediente ativo: sodium fl úoride {225 ppm fl úoride íon}, cetylpyridinium cloride {CCP}. Outros: sodium benzoate, polysorbate 20, so- dium saccharin, sorbitol, ci 42090, aroma, aqua) – uso diário (a partir de seis anos). • Antisséptico Bucal Condor Hortelã Fresh (ingrediente ativo: sodium fl úoride {225 ppm fl úoride íon}, cetylpyridinium clori- de {CCP}. Outros: sodium benzoate, polysorbate 20, sodium saccharin, sorbitol, ci 19140, ci 42051, aroma, aqua) – uso diário (a partir de seis anos). • Antisséptico Bucal Condor Júnior Morango (ingrediente ativo: sodium fl úoride {225 ppm fl úoride íon}, cetylpyridinium cloride {CCP}. Outros: sodium benzoate, polysorbate 20, so- dium saccharin, sorbitol, ci 16035, aroma, aqua) – uso diário (a partir de seis anos). Daudt • Malvatrikids Júnior (fl úor e xilitol) – enxaguatório bucal indicado para complementar a higiene bucal diária de crianças maiores de seis anos. • Noplak (clorexidina 0,12%) – solução para bochecho indicada como auxiliar no controle da placa bacteriana na prevenção da gengivite e de outros problemas periodontais. Também indicada para pessoas impossibilitadas de escovar os dentes. • Noplak Max Solução (clorexidina 0,12%, cetilpiridínio e fl úor) – solução para bochecho de ação antisséptica de amplo espectro para auxílio no controle da placa bacteriana e na prevenção da gengivite e de outros problemas periodontais. DentalClean • Clinexidin (poloxamer 407, metilparabeno, diglucontato de clorexidine, sorbitol, aspartame, ci42090, aroma e água) – com digluconato de clorexidina a 0,12%, protege a fl ora e a mucosa bucal, não contém álcool e é indicado para reduzir os germes que causam a placa bacteriana, a gengivite e o mau hálito. Auxilia os profi ssionais no tratamento dos pacientes. • Garfi eld (225ppm de fl úor na forma de sódium fl uoride, polaxamer 407, metilparabeno, sucralose, sorbitol, fosfato de sódio, ácido cítrico, triclosan, extrato de calêndula, aroma, água e glicerina) – desenvolvido especialmente para crianças, protege os dentes e evita a formação de cáries. Agradável sabor tutti fruti. • H2Clean (idem – CI 19140, CI 73015, CI42090) – hálito fresco e prolongado com ação antisséptica do Triclosan. Baixo teor de álcool. • H2Clean Extratos Naturais (idem) - combate os germes que causam mau hálito, placa e gengivite. Ação antibacteriana do Própolis e cicatrizante da Calêndula. DentalPrev • Antisséptico Bucal Dentics – combate as bactérias cau- sadoras da placa; explosão de sabor extraforte; sensação duradoura de limpeza e hálito puro. Exclusivo lacre interno inviolável, para sua maior segurança. Nos sabores Cool Mint e Mint. • Antisséptico Bucal Dentics Classic + – combate as bacté- rias causadoras da placa; sabor refrescante e suave; sensação duradoura de limpeza e hálito puro. Exclusivo lacre interno inviolável, para sua maior segurança. • Antisséptico Bucal Dentics Sem álcool – ajuda a combater as bactérias causadoras da placa; sensação duradoura de limpeza e hálito puro. Sem álcool: não resseca a boca; sem açúcar: indicado para diabéticos, gestante e crianças acima de anos. SensExclusivo lacre interno inviolável, para sua maior segurança. Fórmula & Ação • Antisséptico Bucal (cloreto de cetilpiridineo) – como enxa- guatório bucal antisséptico. Elimina as bactérias causadoras do mau hálito, gengivite e placa bacteriana, deixando o hálito agradável. • Cleanform Enxaguatório Bucal a 0,12% (clorhexidine) – placa bacteriana, infecções bucais e processos infl amatórios da gengiva. • Cleanform Enxaguatório Bucal a 0,12% fl uoreto (clorhexidi- ne, 0,12% fl úoretado) – placa bacteriana, infecções bucais e processos infl amatórios da gengiva; ação dessensibilizante e anticárie. • Cleanform Enxaguatórios Bucais (digluconato de clorhexidi- ne, fl uoreto de sódio) – sem álcool e incolor – placa bacteria- na, infecções bucais e processos infl amatórios da gengiva. • Cleanform Enxaguatório Bucal a 0,2% fl uoretado (digluco- nato de clorhexidine) – placa bacteriana, infecções bucais e processos infl amatórios da gengiva. • Cleanform Enxaguatório Bucal a 0,2% fl uoretado (digluco- nato de clorhexidine, fl uoreto de sódio) – placa bacteriana, infecções bucais e processos infl amatórios da gengiva; ação dessensibilizante e anticárie. • Enxaguatório Bucal Pré-moldagem/Enxaguatório bucal pré- moldagem com fl úor (álcool etílico, irgasan dp 300, aroma não cariogênico de menta, edulcorante, corante e água deionizada. A versão fl úor contém fl uoreto de sódio 0,05%) – para limpar e desengordurar os dentes antes da moldagem. Elimina a mu- cina e melhora a fi delidade da moldagem. Também tem ação antisséptica e anticárie. • Eviform Concentrado (eritrosina) – evidenciação da placa bacteriana. • Eviform solução para bochecos (eritrosina) – evidenciação da placa bacteriana. • Fluoreto de sódio 0,05% (fl uoreto de sódio) – anticárie e dessensibilizante. • NDP (fosfato de dexametasona, paraclorofenol, polietileno- glicol 400) – curativo intracanal. Johnson & Johnson • Johnson & Johnson Reach Antisséptico Bucal Cool Mint, frasco com 250 ml (água desmineralizada, sucralose, saca- rina, álcool etílico, poloxamer 407, glicerina, aroma de menta, metilparabeno, fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio mo- nobásico, propilparabeno, corante azul fd&c nº 1. Ingredientes ativos: fl uoreto de sódio - 0,05% ou 226 ppm de fl úor ativo, cloreto de cetilpiridínio {CPC}, 0,05%) – uso adulto. • Johnson & Johnson Reach Solução Dental Flúoretada Menta, frasco com 250 ml (água desmineralizada, álcool etílico, sucra- lose, poloxamer 407, glicerina, aroma de menta, metilparabe- no, fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico, propilparabeno, corante azul fd&c nº1, corante amarelo ali- mento 4. Ingredientes ativos: fl uoreto de sódio - 0,05% ou 226 ppm de fl úor ativo) – uso adulto. • Johnson & Johnson Reach Infantil – Zoodent, frasco com 250 ml (água desmineralizada, sucralose, glicerina, poloxamer 407, metilparabeno, aroma de tutti fruti, fosfato de sódio mo- nobásico, cloreto de cetilpiridínio, fosfato de sódio dibásico, ácido cítrico, propilparabeno, corante vermelho dc 33. Ingre- dientes ativos: fl uoreto de sódio, - 0,05% ou 226 ppm de fl úor ativo) – uso infantil e adulto. • Listerine Antisséptico Bucal Cuidado Total –250 ml; 500 ml. (thymol, eucalyptol, methyl salicilate, menthol, aqua, alco- hol, sorbitol, poloxamer 407, aroma, benzoic acid, zinc chlo- ride, sucralose, sodium saccharin, sodium benzoate, sodium fl uoride, CI16035 e CI42090. Contém sodium fl uoride 0,022% {100 ppm de fl úor}) – uso adulto. Não administrar o produto em menores de 12 anos. Não engolir. Seis benefícios para uma higiene bucal completa: 1. Mantém as gengivas protegi- das contra os germes causadores da gengivite; 2. Fortalece os dentes, protegendo-os contra as cáries; 3.Mantém o branco Guia de produtos 104 natural dos seus dentes, inibindo a formação do tártaro; 4. Garante até 24 horas de proteção contínua para um hálito fresco*; 5. Mata até 99% dos germes**; 6. Reduz a placa bacteriana. (*Quando usado duas vezes ao dia; ** Que causam a placa, a gengivite e o mau hálito). • Listerine Antisséptico bucal defesa dos dentes e gengivas, 250 ml; 500 ml (timol 0,064%, eucaliptol 0,092%, salicilato de metila 0,06% e mentol 0,042%, fl uoreto de sódio 0,022% {100ppm de fl úor}. Excipiente: água purifi cada, solução de sorbitol, álcool 21,6%, poloxamer 407, ácido benzóico, aro- ma de menta, sacrina sódica, benzoato de sódio N-propanol, corante amarelo # 10 e corante verde # 3) – uso adulto. Não administrar o produto em menores de 12 anos. Não engolir. Manter fora do alcance de crianças. • Listerine Antisséptico Bucal Original, 250 ml (timol 0,064%, eucaliptol 0,092%, salicilato de metila 0,06% e mentol 0,042%. Excipiente: água, álcool 26,9%, poloxamer 407, ácido benzóico, benzoato de sódio, corante caramelo) – uso adulto. Não administrar o produto em menores de 12 anos. Não engolir. Manter fora do alcance de crianças; mata os germes que causam o mau hálito, a placa bacteriana e a gengivite. • Listerine Antisséptico Bucal Tartar Control, 250 ml; 500 ml; 1000 ml (timol 0,064%, eucaliptol 0,092%, salicilato de meti- la 0,06% e mentol 0,042%. Excipiente: água purifi cada, solu- ção de sorbitol, álcool 21,6%, poloxamer 407, ácido benzóico, sacarina sódica, cloreto de zinco, aroma de menta, benzoato de sódio N-propanol e corante FD&C azul # 1) – uso adulto. Não administrar o produto em menores de 12 anos. Não en- golir. Manter fora do alcance de crianças; mata os germes que causam o mau hálito, a placa bacteriana e a gengivite. Seu sabor forte de menta assegura hálito puro e oferece agradável sensação de refrescância. • Listerine Freshburst Antisséptico Bucal, 250 ml (timol 0,064%, eucaliptol 0,092%, salicilato de metila 0,06% e mentol 0,042%. Excipiente: água, solução de sorbitol, álcool 21,6%, poloxamer 407, ácido benzóico, essência de menta, sacarina sódica, benzoato de sódio e corante amarelo # 10 e corante verde # 3) – uso adulto. Não administrar o produto em menores de 12 anos. Não engolir; mata os germes que causam o mau hálito, a placa bacteriana e a gengivite. • Listerine Vanilla Mint Antisséptico bucal, 250 ml; 500 ml (thy- mol 0,064%, eucalyptol 0,092%, methyl salicylate 0,066% menthol 0,042%. Excipientes: aqua, sorbitol, alcohol 21,6%, poloxamer 407, benzoic acid, menthe piperita oil, mentha viri- dis oil, propylene glycol alginate, sucralose, sodium benzoate, aroma, CI 42090, CI 15985) – uso adulto. Não administrar o produto em menores de 12 anos. Não engolir. Manter fora do alcance de crianças. Suave. • Listerine Whitening, 236 ml; 473 ml (água, álcool (8%), peróxido de hidrogênio, fosfato de sódio, poloxâmero 407, lauril sulfato de sódio, citrato de sódio, aroma de menta, men- tol, eucaliptol, sacarina sódica, sucralose.) – uso adulto. Não administrar o produto em menores de 12 anos. Não engolir. Manter fora do alcance de crianças; é um branqueador em forma de enxaguatório. Portanto, não deve substituir o uso do antisséptico bucal. Oral-B • Antisséptico Bucal OralB (0,07% de cloreto de cetilpiridínio - CPC) - desempenho superior, mata até 99% das bactérias, proteção por 12 horas contra a placa e a gengivite. Pharmakin • Orthokin Enxaguatório Bucal, 2l (para portadores de apare- lhos ortodônticos) – tripla ação: protege o dente, as gengivas e os aparelhos. • Periokin Enxaguatório Bucal, 250 ml (digluconato de clorexi- dina) – previne gengivite, placa bacteriana e manutenção dos tratamentos periodontais e peri-implantares. • Gingikin B5 Enxague Bucal, 250 ml (Triclosan, Lactato de zinco, Provitamina B5 e Xilitol) – controle da placa, prevenção da gengivite e manutenção e prioteção da gengiva. • Periokin Gel – antisséptico dental (digluconato de clorexidi- na) – prevenção da gengivite e da placa bacteriana. • Orthokin Enxaguatório Bucal, 250 ml – tripla ação: protege os dentes, as gengivas e os aparelhos. • Cariax Dentes Sensíveis Enxaguatório Bucal, 250 ml (nitrato de potássio 5% e fl uoreto de sódio 0,05%) – ação sinérgica, promovendo ação dessensibilizante e obstrução dos túbulos dentinários. • Cariax Gengivas Enxaguatório Bucal, 250 ml (diglocunato de clorexidina 0,12%, fl uoreto de sódio 0,05% e 0% de álco- ol) – controla a placa bacteriana, reduz a infl amação e elimina o sangramento gengival com ações bactericidas. • Cariax Gengivas Enxaguatório Bucal, 2l (diglocunato de clore- xidina 0,12%, fl uoreto de sódio 0,05% e 0% de álcool) – trata- mento das afecções gengivais. • FlúorKin Júnior Enxágue Bucal, 250 ml (fl uoreto de sódio) – cárie dentária. • PerioKIN Gel – Antisséptico dental (Clorexidina 20%) – tratamentos pós-cirúrgicos, extração, implantes, raspagem, próteses, ortodontia tratamento de canal. Laboratório Gross – Divisão Lacer • Perioxidin Enxaguatório Bucal (clorexidina a 0,12% e xi- litol) – periodontite, pré e pós-operatórios e pacientes sob tratamento quimioterápico ou radioterápico. • Gengilacer Enxaguatório Bucal (triclosan/zinco, xilitol e vitamina E). Laclede • Biotène Mouthwash, frasco com 59 e 240 ml (complexo sistema de enzimas bioativas: glicose oxidase, lactoperoxidase e lisozima e lactoferrina) – cuida da saúde bucal ajudando a fortalecer o sistema de defesa natural da saliva, proporcionan- do aos pacientes o conforto e alívio dos efeitos mais graves da boca seca. Auxilia na redução das bactérias associadas à placa e mau hálito. Sanifi ll • Antisséptico Super – não possui álcool e combina o sabor picante do gengibre e o refrescante sabor de menta, formando sabor Gengibre Mentolado proporcionando uma ardência como se existisse o álcool. Auxilia na prevenção da gengivite e placa bacteriana, mantém o equilíbrio bacteriano da mucosa bucal e previne a formação das cáries. • Solução Bucal Sanifi ll Premium – efi caz no combate as bactérias. Contribui para o controle profi lático no pré e pós- operatório de cirurgias bucais, eliminando assim o risco de infecções. Indicado como auxiliar na prevenção de gengivi- tes. Não possui álcool. Até o presente momento não foram registrados casos de pigmentação ou alterações no paladar após bochecho com a solução bucal. O uso da Solução Bucal Sanifi ll Premium deve ser parte de um programa controlado pelo cirurgião-dentista. • Antisséptico Antitártaro – auxilia na prevenção do tártaro, gengivite, placa bacteriana e protege seus dentes contra a formação das cáries. Sem álcool. • Antisséptico Clareador – auxilia na remoção de manchas superfi ciais, causadas pelo consumo diário de alimentos colo- ridos, devolvendo aos dentes o brilho natural. Auxilia no com- bate da placa bacteriana, mantém dentes brancos e auxilia na prevenção de cáries. Sem álcool. • Antisséptico Dentes Sensíveis – contém citrato de potássio que auxilia no alívio da sensibilidade. Efetivo no alívio dos dentes sensíveis, protegendo as raízes. Previne a formação das cáries e gengivite. Sem álcool. • Solução Fluoretada Sanifl uor sem Corante – solução dental fl uoretada, indicada também em casos de clareamento dental, pois não possui corante, contém fl úor, ajuda a prevenir a cárie e possui a função de um remineralizador, que ajuda a reorganizar nos dentes os minerais perdidos durante o dia. Sem álcool. • Antisséptico Menta/Morango/Limão (300 ml) – indicado para uso diário, previne a cárie e auxilia na prevenção da gengivite e placa bacteriana. Não possui álcool. • Antisséptico Sanikids Tutti fruti (300 ml) – indicado para crianças a partir dos seis anos. Complementa a higienização e ajuda a prevenir a cárie. Suavetex • Antisséptico Bucal em três apresentações: Plus, Power – extraforte e Fresh – hortelã (xilitol, fl uoreto de sódio, cloreto de cetilpiridino, sem álcool) – combate as cáries, previne a formação da placa bacteriana e auxiliana remineralização do esmalte dentário. União Química • Benzitrat (cloridrato de benzidamina): antisséptico bucal exerce ação anestésica local e anti-infl amatória, estimula a cicatrização e acelera o processo de recuperação dos tecidos lesados. Indicações: aftas, glossites, estomatites, gengivites de diferentes etiologias, periodontopatias tratamento auxiliar da terapêutica dentária conservadora e extrativa, hipersensibi- lidade da dentina. Uso pediátrico e adulto. Escova de prótese Curaprox/Curaden • Escova para prótese BDC 150/152 (resinas termoplásticas, polipropileno, pigmentos, fi o metálico de aço inoxidável, fi bras de nylon) - desenvolvida para higienização de próteses totais (PT), próteses parciais removíveis (PPR), placas de relaxamento e aparelhos móveis e/ou removíveis. Escova dental manual Bitufo • Escova Dental Bitufo Dry (resina termoplástica, pigmento, nylon âncoras metálicas). • Escova Dental Bitufo dois tufos MA (resina termoplástica, pigmento, nylon, cyanoacrilato). • Escova Dental Bitufo dois tufos EM (idem). • Escova Dental Bitufo intertufo cilíndrica (resina termoplásti- ca, pigmento, nylon âncoras metálicas). • Escova Dental Bitufo Intertufo Cônica (idem). • Escova Dental Bitufo Ortodôntica 22 (idem). • Escova Dental Bitufo Ortodôntica 32 (idem). • Escova Dental Bitufo Duplação (idem). • Escova Dental Bitufo Day & Trip (idem). • Escova Bitufo Interdental c/ 2 refi s (idem). • Escova Dental Bitufo Pós-cirúrgica (idem). • Escova Dental Bitufo Infantil (idem). • Escova Dental Bitufo 22 EM (idem). • Escova Dental Bitufo 22 MA (idem). • Escova Dental Bitufo 28 EM (idem). • Escova Dental Bitufo 28 MA (idem). • Escova Dental Bitufo 28 ME (idem). • Escova Dental Bitufo 32 EM (idem). • Escova Dental Bitufo 32 MA (idem). • Escova Dental Bitufo 32 ME (idem). • Escova Dental Bitufo 37 EM (idem). • Escova Dental Bitufo 37 MA (idem). • Escova Dental Bitufo 37 ME (idem). • Escova Dental Bitufo Baby Care Cocoricó (idem). • Escova Dental Bitufo Baby Care 1° Dentinho (idem). • Escova Dental Bitufo Luminus ME (resina termoplástica, elastômero, nylon âncoras metálicas). • Escova Dental Bitufo Flex MA (idem). • Escova Dental Bitufo Flex ME (idem). • Escova Dental Bitufo Máxima MA (idem). • Escova Dental Bitufo Máxima ME (idem). • Escova Dental Bitufo Cocoricó dois a cinco anos (resina Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 106 Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 termoplástica, elastômero, nylon âncoras metálicas). • Escova Dental Bitufo Luminus Plus MA (idem). • Escova Dental Bitufo Luminus Plus ME (idem). • Escova Dental Bitufo Triple Action MA (idem). • Escova Dental Bitufo Triple Action ME (idem). • Escova Dental Bitufo Cocoricó acima de cinco anos Brasil (idem). • Escova Bitufo Ben 10 com protetor (idem). • Escova Bitufo Ben 10 com suporte (idem). • Escova Dental Massageadora Cocoricó (silicone atóxico). Colgate • Colgate Professional Extra Clean – desenvolvida com base na recomendação dos dentistas, a Colgate Professional Extra Clean conta com cabeça compacta, cerdas retas e extrama- cias e limpador de língua. • Colgate Twister Fresh Cabeça Compacta – a escova tem cerdas que avisam a hora de trocar o produto. Tem cabo emborrachado, além de design arrojado e anatômico para fa- cilitar o manuseio no momento da escovação. Assim como as demais variantes da linha Colgate Twister Fresh, a versão com cabeça compacta foi desenvolvida para tornar a escovação ainda mais efi ciente e traz uma ponta limpadora – cerdas ele- vadas na frente da cabeça que ajudam a limpar os dentes do fundo – e cabo angulado, facilitando o alcance nas áreas mais difíceis da escovação. Outro diferencial é o seu limpador de língua, localizado na parte posterior da cabeça, que remove as bactérias causadoras do mau hálito, promovendo hálito fresco. • Escova Colgate 360º Original – promove uma limpeza mais completa com as cerdas multifuncionais, cerdas polidoras e limpador de língua e bochecha, removendo mais bactérias. • Escova Colgate 360º Sensitive – traz as cerdas polidoras de borracha e o exclusivo limpador de línguas e bochechas, com o benefício das cerdas extramacias, que são mais suaves com as gengivas e com as raízes expostas dos dentes. Estudos clínicos demonstram que as cerdas extramacias da Colgate 360º Sensitive são 48% mais suaves do que as das escovas tradicionais, reduzindo o desgaste na superfície exposta das raízes dos dentes, além de remover 38% mais placa bacteria- na que uma escova manual de cerdas planas. • Nova Colgate 360º Deep Clean – possui cerdas superfi nas com pontas azuis, que limpam entre os dentes e abaixo da linha da gengiva. Oferece vários benefícios para manter a boca saudável, pois ajuda a limpar os dentes, língua, bochechas e gengiva, e remove a placa bacteriana, manchas e bactérias causadoras do mau hálito. Condor • Style – Escova Dental Sônica (borracha termoplástica, cer- das de nylon, âncora metálica, resina termoplástica e pigmen- to) – adulto. • Escova Dental Evolution (idem) – adulto. • Escova Dental Finest (idem) – dentes sensíveis. • Escova Dental Axis (idem) – ortodôntico. • Escova Dental Maxil (idem) – adulto. • Escova Dental Avantix (idem) – adulto. • Escova Dental Bambinos (idem) - infantil de dois a quatro anos. • Escova Dental Kids (idem) – infantil de cinco a sete anos. • Escova Dental Flyer (idem) – juvenil , também disponível em versão para uso ortodôntico. • Escova Dental Fun (cerdas de nylon, âncora metálica, resina termoplástica e pigmento) – juvenil. • Escova Dental Trip (idem) – ideal para levar a todo lugar, pois cabe em qualquer bolso ou pasta. • Escova Dental Denture (idem) – para limpeza de aparelho ortodôntico móvel e dentadura. • Baby Dent – Escova Dental Massageadora (borracha de silicone líquida) – para bebês a partir de seis meses. • Escova Dental Medic (cerdas de nylon, âncora metálica, resina termoplástica e pigmento) – adulto. • Escova Dental Bass (idem) – adulto. • Escova Dental Júnior (idem) – infantil a partir de quatro anos. • Escova Dental Plus (idem) – adulto. • Escova Dental Dinossauros (idem) - Infantil a partir de quatro anos. Curaprox/Curaden • Escova Dental CS 5460 Prime (resinas termoplásticas, poli- propileno, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com 0,10 mm de diâmetro) - desenvolvida para uma higiene oral totalmente efi ciente e atraumática; cerdas do tipo ultrassoft possui ação se- letiva sobre a placa bacteriana realizando a sua desorganização sem provocar retração gengival em longo prazo. Recomendada para jovens a partir de 16 anos e adultos de todas as idades é a escova com o maior número de cerdas do mundo. • Escova Dental CS 3960 Prime (resinas termoplásticas, poli- propileno, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com 0,12 mm de diâmetro) - desenvolvida para remover e/ou desorganizar a placa bacteriana de forma mais intensa, porém, sem machucar as gengivas. Com 3960 cerdas do tipo supersoft é indicada para jovens a partir de 16 anos e adultos de todas as idades, podendo ser utilizada na transição para a escova CS 5460 Prime por pessoas que estão habituadas realizar a higiene oral com escovas convencionais. • Escova Dental CS 1560 Prime (resinas termoplásticas, po- lipropileno, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com 0,15 mm de diâmetro) - desenvolvida para uma higiene oral com- pleta. Com 1560 fi lamentos ativos do tipo soft, possui uma ação seletiva sobre a placa bacteriana e grande capacidade de higienização. Indicada para jovens a partir de 16 anos e adultos, podendo ser utilizada na transição para a escova CS 3960 Prime por pessoas que estão habituadas realizar a higiene oral com escovas mais duras. • Escova Dental CS Young (cabo de material plástico embor- rachado, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com pontas arredondadas e polidas). Com forma anatômica arredondada da cabeça foi especifi camente desenvolvida para a higiene oral dos adolescentes. Pela presença de cerdas com textura ultramacia, possui ação seletiva sobre a placa bacteriananão machucando as gengivas e tornando a escovação um verdadeiro prazer. • Escova Dental CURAkid (cabo de material plástico embor- rachado, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com pontas arredondadas e polidas). Especifi camente desenvolvida para a higiene oral dos bebês e das crianças pequenas é indicada para meninos e meninas após a erupção dos primeiros dentes até cinco a seis anos de idade. Com ação seletiva sobre a placa bacteriana, pela presença de 4260 cerdas do tipo supersoft de textura ultramacia, tornam a escovação atraumática e um ver- dadeiro prazer para as crianças pequenas. Para em pé sozinha e adere no vidro do banheiro auxiliando a parte motivacional da escovação. • Escova Dental cirúrgica CS Surgical (resinas termoplásti- cas, polipropileno, pigmentos, cerdas megasoft de Curen com 0,06 mm de diâmetro) - desenvolvida para o período pós- cirúrgico, periodontia, implantodontia, lesões orais e pacientes com necessidades especiais. • Escovas Unitufo CS 1006 (resinas termoplásticas, polipropile- no, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com cerdas de 6 mm de comprimento) - desenvolvida para uma higiene oral individual na técnica Solo. Possui ação seletiva sobre a placa bacteriana sendo indicada para jovens e adultos de todas as idades em dentes naturais, apinhamentos, giroversões, Periodontia e Próte- se. • Escovas Unitufo CS 1009 (resinas termoplásticas, polipropile- no, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com cerdas de 9 mm de comprimento. Desenvolvida para uma higiene oral individual. Possui ação seletiva sobre a placa bacteriana sendo indicada para jovens e adultos de todas as idades em Implantodontia e Ortodontia. DentalClean • Acqua Plus - cabo com cerdas de borracha e limpador de língua. Cabeça ovalada e com muito mais cerdas. Nas texturas média, macia e extramacia. Cerdas de nylon polidas com sete fases de arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnolo- gia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. • Color Plus - cabeça tamanho 35 e corte reto. Cerdas de nylon, pontas polidas e arredondadas fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrá- vel. Uso adulto. • Cristal Kid - cabo ergonômico resistente à quebra, design que garante conforto, suavidade e seu tamanho de cabeça (27). Cerdas de nylon polidas e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Disponível na textura macia. • Doctor Duck - formato do patinho e cabo autoportante, que mantém a escova em pé, traz alegria e diversão para o público infantil com diversas roupas para colecionar. Possui cabeça oval tamanho 30. Cerdas com pontas arredondadas garantindo proteção à gengiva e ao esmalte dos dentes. • Dual – possui corte reto de cerdas, cabo ergonômico bicom- ponente, cuida dos dentes e gengivas e têm limpador de língua. Com cerdas especiais de borracha em formato circular, sua função complementar potencializa a limpeza. Texturas média, macia e extramacia. Cerdas de nylon polidas com sete fases de arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. • Flip Top – a escova portátil mais bonita do mercado! Cabeça tamanho 35. Cerdas de nylon, polidas com sete fases de arre- dondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. • Garfi eld – agregando beleza ao design, a escova proporciona às crianças maior entusiasmo. Nas versões masculinas e femi- ninas, possui cabeça tamanho 27, alta tecnologia de fi lamentos com o uso do nylon e com pontas arredondadas que não da- nifi cam o esmalte dos dentes. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Disponível na textura macia e extramacia. • Ideal Perio – recomendada pelos periodontistas, possui cabeça tamanho 30, limpador de língua e corte reto de cerdas que gera uma escovação mais delicada. Cerdas de nylon ma- cias e extramacias, pontas polidas com sete fases de arredon- damento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. Acompanha protetor de cerdas. • Infantil no Estojo – escova com estojo para as crianças. Cabeça tamanho 27, cerdas de nylon polidas com sete fases de arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Disponível na textura macia e extramacia. • Marine – design atraente e divertido e tem o formato de um peixinho. O conceito da escova foi desenvolvido seguindo ten- dências de famosos Odontopediatras brasileiros: traz cabeça oval 25 recoberta com borracha para maior proteção, limpador de língua no verso da cabeça e cabo estendido para facilitar o auxílio dos pais no ato da escovação. Cerdas de nylon polidas e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. • Metallic – cabeça 35 full, escova indicada por ortodontistas devido ao maior número de cerdas por área e efeito 3D com área interna mais baixa que área externa, proporcionando mais limpeza e durabilidade. Cerdas de nylon polidas com sete fases de arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo bicomponente em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. • Nova Ideal - com formato anatômico e com cabo bicom- ponente. Cabeças tamanho 30 e 35, cerdas de nylon médias, macias e extramacias, polidas com sete fases de arredonda- mento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. • Pós-cirúrgica – ideal para o pós-operatório, gengivas sensí- veis e clareamento. Cabeça tamanho 30, cerdas de nylon ultra macias, polidas com sete fases de arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. Acompanha protetor de cerdas. • Relax - cabo de borracha que proporciona melhor ergono- 107Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 mia e cerdas de borracha nas laterais para maior conforto e suavidade na escovação das gengivas. Cabeça tamanho 37. Cerdas de nylon polidas com sete fases de arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. DentalPrev • Escova dental Dentics Protection – cabeça regular com cer- das macias ou médias. Cerdas de alta qualidade com pontas arredondadas e polidas que auxiliam na limpeza dos dentes e massageando as gengivas. Acompanha protetor de cerdas. • Escova dental Dentics Massage – cerdas massageadoras que estimulam a circulação sanguínea local, auxiliando na redução da gengivite e maior alcance dos dentes posteriores; cabeça grande com cerdas macia ou média; cabeça emborracha que não machuca a gengiva. Exclusivo cabo ergonômico bicompo- nente com apoio emborrachado que proporciona maior controle e manuseio durante a escovação. • Escova Dental Dentics Innova + fi o grátis – limpeza nas áreas de difícil acesso; ponta Alongada: mais acesso nos dentes posteriores; cabeça grande com cerdas macias; quatro cores: cabo branco com borracha nas cores rosa, lilás, azul e verde; cabo ergonômico bicomponente com apoio emborra- chado. Acompanha fi o dental 25 m. • Escova Dental Dentics Máxima – maior alcance entre os dentes; cerdas em diferentes níveis; cabeça grande com cerdas macias; pescoço fl exível que reduz a pressão da escovação. • Escova Dental Dentics Original + – cabeça grande com cer- das: macias, médias e duras; cabo com apoio antiderrapante; cerdas com pontas arredondadas e polidas que protegem a gengiva e o esmalte dos dentes. • Escova Dental Dentics Viagem – portátil e prática, cabeça pequena com cerdas: macias e médias; cabo dobrável que protege as cerdas; ideal para viagens, levar na bolsa ou manter no trabalho. • Escova Dental Dentics Original Kids – cabeça pequena com cerdas extramacias; cabo com apoio antiderrapante; cerdas com as pontas arredondadas e polidas que protegem a gengi- va e o esmalte dos dentes. • Escova dental Dentics Kids Plus – cabeça pequena com cer- das extramacias; cerdas laterais inclinadas especialmentepro- jetadas para auxiliar na remoção da placa bacteriana; pescoço fl exível que diminui a pressão sobre a gengiva. EdelWhite • EW-ST2 Unitufo – ideal para pessoas com dentes tortos, fi ssuras profundas e aparelhos ortodônticos. • EW-K2D Kid's soft speZial (cabo de resinas termoplásticas e polipropileno {santoprene}, cerdas de Konex, pigmentos, âncora metálica) – ideal para usar desde o surgimento do primeiro dente até os dez anos de idade. • EW-ATD Soft Acu+Tension (idem) – ideal para pessoas que fazem muita pressão nos dentes ao escová-los, para dentes sensíveis, gengivas fracas ou problemas de abrasão. • EW-SD Soft Flosserbrush (idem) – ideal para limpeza de dentes sensíveis e gengivas irritadas. • EW-QW Whitening Médium (idem) – ideal para a remoção de manchas e da placa bacteriana (cerdas clareadoras Pedex com íons-F que são altamente efi cientes). • EW-SN Medium Allround (idem) – ideal para a limpeza diária de dentes saudáveis. Johnson & Johnson • Johnson & Johnson Reach Access (cabeça grande, 40 cerdas: macia e média; resinas termoplásticas, pigmentos e âncora metálica) – uso adulto. Cerdas frontais: tufo frontal para a limpeza dos dentes posteriores. Cerdas internas on- duladas: atuam na remoção da placa bacteriana nos espaços interproximais. Cerdas externas com corte convexo: limpam o sulco gengival com suavidade. Cabo emborrachado: a dis- tribuição da porção de borracha no cabo facilita o manuseio, proporcionando um maior controle durante a escovação. • Johnson & Johnson Reach Comfort Clean (cabeça grande, 40 cerdas: média e macia; resinas termoplásticas, pigmentos e âncora metálica) – uso adulto. Exclusiva cabeça emborracha- da: permite maior suavidade durante a escovação. Formato da cabeça diferenciado e tufo frontal de cerdas: excelente poder de limpeza, principalmente nos lugares mais difíceis, como os dentes do fundo e a parte de trás dos dentes da frente. Cabo emborrachado de design ergonômico: facilita o manuseio duran- te a escovação, além de tornar a escova mais moderna. • Johnson & Johnson Reach Cuidado Total (cabeça pequena, 30. Cerdas macias; resinas termoplásticas, pigmento, âncora metálica) uso adulto. Auxilia na prevenção e combate ao mau hálito. Remove a placa dental de todas as áreas dos dentes. Alcança os espaços entre os dentes, os espaços abaixo da linha da gengiva e alcançam os dentes do fundo. Desenvolvida em parceria com dentistas. • Johnson & Johnson Reach Essencial (cabeça 30 pequena cerdas média e macia; resinas termoplásticas, pigmentos e âncora metálica) – uso adulto. Cabeça pequena: atinge os lu- gares mais difíceis da boca. Cabo angulado: facilita a limpeza dos dentes de trás. Cerdas em dois níveis: as cerdas internas limpam os dentes, enquanto as cerdas externas mais macias limpam suavemente entre a gengiva e os dentes. Selo ABO (Associação Brasileira de Odontologia), que atesta a qualidade. • Johnson & Johnson Reach Essencial Jr. (cabeça pequena e cerdas macias; resinas termoplásticas, pigmentos e âncora metálica) – uso adulto. Cabeça pequena com cantos arredon- dados: limpar melhor os dentes posteriores. Cerdas macias e arredondadas: limpar os dentes com suavidade e sem machu- car a gengiva. Cabo sextavado: induz a escovação a 45 graus, técnica mais efi caz para a remoção da placa subgengival. • Johnson & Johnson Reach Magic Grip (pequena, macia, resinas termoplásticas, pigmentose âncora metálica) - foi especialmente desenvolvida para motivar as crianças a esco- varem corretamente os dentes. • Johnson & Johnson Reach Max (cabeça pequena, 30 cer- das: macia. resinas termopláticas, pigmentos e âncora metá- lica) – uso adulto. Cerdas frontais: tufo frontal para a limpeza dos dentes posteriores. Cerdas internas em dois níveis: as cerdas internas mais altas facilitam a limpeza dos espaços interproximais e os tufos centrais atuam na limpeza da super- fície dos dentes. Cerdas externas de borracha: proporcionam um contato suave na gengiva. Cabo emborrachado: a distri- buição da porção de borracha no cabo facilita o manuseio, proporcionando um maior controle durante a escovação. • Johnson & Johnson Reach Powerpuff Girls (cabeça peque- na/cerdas macias; resinas termoplásticas, pigmento, âncora metálica) – uso infantil. • Johnson & Johnson Reach Professional (cabeça pequena, 30 cerdas: extramacia e macia; cabeça grande, 40 cerdas: macia, média e dupla ação) – uso adulto. Maior concentração de cerdas: a área encerdada ocupa praticamente toda a sua cabeça, o que resulta em uma textura ideal uma efi ciente remoção da placa bacteriana. Cerdas em um único nível: os tufos de cerdas estão dispostos em forma reta e as pontas são arredondadas para limpar os dentes e a linha gengival suavemente. Cerdas Timer: indicam o momento de trocar a escova (em geral, após três meses de uso). Cabeça e cantos arredondados: não machucam a boca nem a gengiva. Cabo sextavado: facilita o posicionamento da escova a 45 graus em relação a linha gengival, técnica de escovação mais indicada pelos dentistas; Pescoço angulado: o seu design permite uma melhor escovação dente a dente, pois facilita o acesso a cada ponto das superfícies dentárias, vestibular e lingual. "Grip" antiderrapante: maior fi rmeza e segurança na escovação. • Johnson & Johnson Reach Professional Extreme (cabeça pequena 30; cerdas macias. polipropileno, elastômero termo- plástico, pigmentos e âncora metálica) – uso adulto. Higiene bucal completa, correta e segura. • Johnson & Johnson Reach Ultra Clean (cabeça pequena 40, macia e média. resinas termosplásticas, pigmentos e âncora metálica) – uso adulto. Cabeça pequena: atinge os lu- gares mais difíceis da boca. Cabo angulado: facilita a limpeza dos dentes de trás. Cerdas em dois níveis: as cerdas internas limpam os dentes, enquanto as cerdas externas mais macias limpam suavemente entre a gengiva e os dentes. • Johnson & Johnson Reach Zoodent (cabeça pequena e cerdas macias. resinas termoplásticas, pigmentos e âncora metálica) - uso infantil. Cabeça pequena e anatômica: alcança todos os cantos da boca; cerdas macias e arredondadas: lim- pam os dentes e a gengiva delicadamente. Cabo ergonômico: formato exclusivo e uma empunhadura larga para melhorar a segurança e o controle das crianças durante a escovação. • Johnson & Johnson TEK (cerdas: macia/média/dura; resinas termoplásticas, pigmentos e âncora metálica) – uso adulto. Cabeça ovalada e pequena, que se encaixa melhor nos lugares de difícil acesso sem machucar a gengiva, pescoço fi no, cerdas arredondadas em um único nível, que são mais macias e duráveis. Limpam melhor entre a gengiva e os den- tes, cabo longo e anatômico que permite uma escovação mais confortável e segura. Produto onde a relação custo/benefício é bem avaliada. Oral-B • Pulsar (cerdas MicroPulse, emborrachadas e exclusiva ação pulsante). • CrossAction Vitalizer (cerdas cruzadas, cerdas de borracha nas laterais da escova, cerdas Cross Action, cerdas Indicator e massageadores macios de borracha) – capaz de proporcionar gengivas mais saudáveis e dentes mais brancos. • Exceed (cabeça 40, cerdas cruzadas e indicator e power tip) – remove 90% mais placas bacterianas. • Advantage Ártica – limpa e ajuda a clarear os dentes. • Advantage Plus. • Indicator Plus – sinaliza o momento da troca da escova; o cabo emborrachado permite maior controle e manuseio. • Vision – Cerdas Indicator: sinalizam o momento da tro- ca da escova. Cabo Comfort Grip: permite maior controle e manuseio. Cerdas Triple Fan: penetram profundamente entre os dentes. • Classic – contém cerdas com formato concavo que permi- tem uma limpeza mais completa. • Portátil – fácil e prática de guardar e transportar. Ideal para pessoas que trabalham, estudam ou viajam e necessitam de uma escova dental portátil para escovar os dentes após as refeições. • Ortodôntica – para usuários de aparelhos ortodônticos, pois proporciona uma limpeza efetiva da lateral dos dentes e dos aparelhos. • Ultramacia/Sensitive – parapessoas que possuem dentes e gengivas sensíveis e necessitam de uma escovação mais suave no dia a dia. • Sulcus – proporciona limpeza efetiva do sulco gengival e de aparelhos ortodônticos, sendo também indicada para gengivas sensíveis ou infl amadas. Pharmakin • Escova Kin Júnior – Blister (cabo anatômico, cabeça peque- na e fi lmanetos tynes) – efi caz para eliminar a placa dental. • Escova kit viagem com pasta dentifrícia 8 g (ergonômica com textura antideslizante, sistema de travamento do cabo, cabeça desenhada, sistema de ventilação para ótima conservação da escova, fi lamentos polidos e arredondados) – uso diário, espe- cialmente para viagens, no trabalho ou na escola. • Escova KIN Ortodôntica Gravada (com gravação invertida e efeito “lente de aumento”) – pacientes com aparelho ortodôn- tico fi xo. • Escova KIN Pós-cirúrgica Gravada (idem) – pacientes pós- cirurgia oral ou em tratamento. • Escova KIN Extrassuave Gravada (idem) – pacientes com Guia de produtos 108 gengivite. • Escova KIN Suave gravada (idem) – pacientes com hiper- sensibilidade dentária. • Escova KIN Média gravada (idem). • Escova KIN Ortodôntica – para usuários de aparelho orto- dôntico fi xo; limpeza e efi cácia superior. • Escova KIN Pós-cirúrgica – pacientes pós-cirurgia oral; limpeza e efi cácia superior. • Escova KIN Extrassuave – pacientes com gengivite; propor- ciona escovação efi caz e segura. • Escova KIN Suave – pacientes com hipersensibilidade den- tária; máxima efi cácia e suavidade na higiene bucal. • Escova KIN Média – máxima efi cácia e suavidade na higie- ne bucal. Rhada • Escova Dental Adulta Macia Aleg Master Pluss – com cabo ergonômico para maior fi rmeza na escovação, cerdas de nylon com pontas arredondadas. • Escova Dental Adulta Média Aleg Master Pluss – idem. • Escova Dental Adulta Macia – Aleg Wave – idem. • Escova Dental Adulta Média – Aleg Wave - idem. • Dr. Axell Escova Dental Adulta Macia - idem. • Dr. Axell Escova Dental Adulta Média - idem. • Dr. Axell Escova Dental Infantil Macia - idem. Sanifi ll • Sanifi ll Kônica – possui cerdas cônicas com pontas mi- crofi nas e ultrafl exíveis que acessam áreas onde escovas convencionais não alcançam. • Sanifi ll Ativa Grátis Estojo – desenvolvida com um cabo robusto para melhor empunhadura. Suas cerdas cruzadas proporcionam melhor limpeza e remoção da placa bacteria- na. Acompanha um estojo para armazenar a escova. • Escova Dental Tryon – apresenta um cabo anatômico com ótima empunhadura, melhorando a escovação. Possui higieni- zador emborrachado, para língua e bochecha. • Escova Dental Sanifi ll Fases 1 – com um cabo ergonômico e cerdas hipermacias a escova é indicada para crianças a partir do zero anos. Possui higienizador emborrachado para língua e bochecha. • Escova Dental Sanifi ll Fases 2 – possui cerdas extramacias e higienizador emborrachado, para língua e bochecha. Massa- geia e limpa as gengivas e os dentes dos bebês. Recomenda- do para crianças a partir dos dois anos. • Escova Dental Sanifi ll Fases 3 – com cerdas macias e higie- nizador para língua e bochecha. Densidade ideal para a troca de dentição, dos dentes de leite para os dentes permanentes. Recomendado para crianças a partir dos cinco anos. • Kit Sanifi ll Ortodôntico – composto por uma escova Orto- dôntica na densidade média e um estojo com 25 condutores dentais. Próprio para quem possui aparelho ortodôntico. • Sanifi ll Biortodôntica – escova com duas extremidades distin- tas: uma cabeça com cerdas que possuem corte em “v” indicada para a escovação em aparelhos ortodônticos e a outra extremi- dade com tufo único que complementa a escovação localizada em aparelhos ortodônticos e pontes fi xas. • Sanifi ll Sensível – desenvolvida para a higienização de áreas que sofrem alguma intervenção cirúrgica e/ou clarea- mento dental. Possui cerdas hipermacias e arredondadas para maior conforto na escovação. • Sanifi ll Tufos – cerdas concentradas em tufo único com perfi l cônico, o que proporciona maior alcance nas regiões mais difíceis de serem alcançadas e promove completa higie- nização localizada do aparelho ortodôntico. • Sanifi ll Bebê – cerdas hipermacias para massagear e limpar as gengivas e dentes dos bebês. • Sanifi ll Ortodôntica – escova com perfi l de corte das cerdas em “v” para melhor higienização de aparelhos ortodônticos. Nas densidades, média e macia. • Sanifi ll Prótesys – perfi l do corte das cerdas ondulado, com densidade dura. Adequado para escovação de prótese e apa- relho ortodôntico móvel. • Sanifi ll Klinische – possui cabo emborrachado e cerdas com si- nalizador de uso que indicam o momento certo de trocar a escova. Acompanha gratuitamente um fi o dental com 25 m. • Sanifi ll Multifl ex – escova com Grips em borracha e sistema de fl exão que permite o movimento do pescoço para todos os lados, o que proporciona um manuseio adequado. Possui cerdas sinalizadoras de uso que ao perderem a cor até a metade, indicam o momento de trocar a escova. Cabeças em dois tamanhos: 33 e 41 tufos. • Sanifi ll Nature – cabeça mais estreita na frente o que per- mite melhor acesso a todos os dentes. Possui cerdas alterna- das, sendo que as mais altas limpam as laterais dos dentes e as cerdas mais baixas a superfície. • Sanifi ll Tendency – cabeça de tamanho intermediário, ana- tômica e com cerdas alternadas. As cerdas mais altas limpam as laterais dos dentes e as cerdas mais baixas a superfície. • Sanifi ll Sanikids – escova com estreitamento frontal e pescoço longo para melhor alcance a todos os dentes das crianças. Disponível nos personagens Sanikids: Malabarista, Skatista, Patinadora e Gênio. • Ultra Profi ssional – cerdas de nylon com pontas arredon- dadas. Possui cerdas sinalizadoras de uso que ao perderem a cor, até a metade, indicam o momento de trocar a escova. Cabeça em diversos tamanhos: 26, 39 e 47 tufos. • Oral Magic – pescoço angulado e fl exível, que permite manter a pressão constante sobre os dentes e gengivas na es- covação. Cabo emborrachado, proporcionando uma escovação com mais fi rmeza. Suavetex • Contente Soft – cabeça arredondada, pescoço afi lado, cabo anatômico. • Contente Clean – cabeça arredondada, cerdas com dupla ação (limpa e massageia), pescoço afi lado. • Contente Super – cabeça arredondada, cerdas com dupla ação (limpa e massageia), cabo anatômico e emborrachado. • Contente Massage – cerdas macias de borracha massage- adora estimulam a circulação; cerdas de nylon com pontas arredondadas e polidas, não machucam a gengiva; cabo emborrachado. TePe • Special care baby-compacta, ultramacia (cabo: polipropi- leno; cerdas: poliamida - aprox. 9.000 fi lamentos [fi lamentos extramamente macios com 0,06 mm de diâmetro]) - indicada para uso em áreas de tecidos orais delicados, dentes sensíveis, xerostomias e após cirurgias orais. Pode ser usada também para motivação da escovação em bebês; cabeça com formato trian- gular e compacta, que permite limpeza dos dentes posteriores com maior conforto; pescoço longo que permite atingir áreas de difícil acesso; pescoço da escova pode ser angulável em água quente (um minuto) proporcionando maior conforto durante a escovação. • Gentle Care, ultramacia (cabo: polipropileno; cerdas: polia- mida) – indicada para uso em áreas de tecidos orais delica- dos, dentes sensíveis, xerostomias e após cirurgias orais. Pode ser usada também para motivação da escovação em bebês; cabeça com formato triangular e compacta, que permite lim- peza dos dentes posteriores com maior conforto; pescoço longo que permite atingir áreas de difícil acesso; pescoço da escova pode ser angulável em água quente (um minuto) proporcionando maior conforto durante a escovação. • Sole, regular (cabo: polipropileno; cerdas: poliamida {tufo com aprox. 700 fi lamentos}) – possui um tufo único e com- pacto com fi lamentos curtos. Indicada para limpeza de apa- relhos ortodônticos fi xos, próteses unitárias ou pontes, linha gengival e dentes de difícil acesso na dentição mista; pescoço longoque permite atingir áreas de difícil acesso; tufo com aproximadamente 700 fi lamentos. • Implante Orto, macia (cabo: polipropileno; cerdas: polia- mida) – possui duas fi leiras de cerdas com fi lamentos que facilitam a limpeza de aparelhos ortodônticos fi xos, pinos de implantes e sulcos oclusais; pescoço longo que permite atingir áreas de difícil acesso; pescoço da escova pode ser angulável em água quente (um minuto) proporcionando maior conforto durante a escovação. • Supreme, macia (cabo: polipropileno, elastômero termo- plástico; cerdas: tereftalato de polietileno) – possui fi lamentos em dois níveis; o mais longo e mais fi no permite a limpeza entre os dentes e da linha gengival, enquanto o mais curto limpa de forma efi ciente o restante da superfície dos dentes; cabo com área anatômica de posicionamento do dedo, que permite maior conforto na empunhadura da escova; pescoço da escova pode ser angulável em água quente (um minuto) proporcionando maior conforto durante a escovação. • Denture, regular (cabo: polipropileno; cerdas: poliamida) – possui fi lamentos longos e potentes. Indicada para limpeza de próteses fi xas e removíveis; melhor empunhadura da escova pode ser conseguida com a angulação do pescoço da escova para trás; pescoço da escova pode ser angulável em água quente (um minuto) proporcionando maior conforto durante a escovação. Laclede • Escova de Dente Biotène Supersoft – com cerdas extrama- cias especialmente recomendada para pessoas com irritação e ou sensibilidade gengival. • Infa-Dent Escova Dental Massageadora – escova os primei- ros dentinhos e massageia a gengiva do bebê estimulando o hábito da higiene bucal; indicada para criança de três meses a dois anos de idade. Lactona do Brasil • Escovas de dentes série IQ - extramacia, macia e média (cabo longo e ergométrico, cabeça pequena com cerdas com- pactas, cerdas de nylon, cabeça arredondada e polida) – para uso após cirurgia dental e gengiva sensível. • Escova de dentes M 38 extramacia (cabo largo e cabeça re- donda, cerdas de nylon, cabeça arredondada e polida) – usada após cirurgia bucal, gengivas sensíveis. • Escova de dentes M 39 macia e M 40 média (idem). • Escova de dentes M 41 dura (idem) – usada para remoção de placa dentária e limpeza de dentaduras. • Escova de dentes M 31 macia (cabo extralongo e cabeça pequena e arredondada, cerdas de nylon). • Escova de dentes série ortodôntica (cabo pequeno, um tufo de cerdas com cabeça pequena e cabo longo, cerdas de nylon) – para crianças e adultos com aparelhos ortodônticos. • Escovas de dentes infantis (cabo longo, afi lado e largo nas extremidades, cabeça compacta, pequena e redonda, cerdas de nylon redondas e polidas, copo com sucção para manter a escova em pé) – para crianças de três anos e acima. • Escova de dentes série Toby Fruit (cabo pequeno com cerdas estreitas, cerdas de nylon, cabeça redonda e polida) – para crianças de três anos e acima. • Escova de dentes M 30 macia – infantil (cabo longo com pescoço estreito, cerdas de nylon, cabeça redonda e polida) – para crianças acima de seis anos. Escova elétrica Colgate • Colgate Motion Multi-Action – já consagrada por sua efi ci- ência na limpeza da boca devido à sua frequência de dez mil oscilações por minuto, a escova elétrica Colgate Motion Multi- Action tem design mais ergonômico e fácil de usar. Apresenta cabo com duplo componente – emborrachado – é mais leve Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 109Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 Guia de produtos e fi na, deixando assim a escova mais confortável e fácil de manusear. A escova elétrica também conta com pescoço angu- lado e removível, com ótima relação custo-benefício. Apresenta duas cabeças oscilatórias redondas: a primeira ponta para limpar profundamente entre os dentes e ao redor das gengivas e a segunda, para remover suavemente a placa bacteriana e dar brilho aos dentes. • Escova elétrica Colgate 360º Sonic Power – combina vibra- ções sônicas e cerdas multinível na remoção de mais placa bacteriana. Possui cabo emborrachado e anatômico, cerdas polidoras que facilitam a limpeza entre os dentes e o exclusivo limpador de língua da linha Colgate 360º. A escova elétrica Colgate 360º Sonic Power está disponível em quatro cores (verde, azul, rosa e laranja). Condor Suprema – Escova Dental Elétrica (borracha termoplástica, cerdas de nylon, âncora metálica, resina termoplástica e pig- mento) – adulto. Oral B • Escova Elétrica Oral-B CrossAction Power – cerdas manuais combinada com movimento oscilatório para uma limpeza mais completa e profunda. • Escova Elétrica Oral-B CrossAction Whitening – limpa e ajuda a clarear os dentes, proporcionando um sorriso natu- ralmente branco. • Escova Elétrica a pilha Braun Oral-B D4 – remove mais placa bacteriana que qualquer escova manual. Funciona a pilha e é fácil de transportar. Possui refi s que podem ser substituídos e capa de segurança para proteção e higiene de sua boca. Techline • Escova Dental à pilha – uso adulto Modelo /EDA-01. • Escova Dental à pilha – uso infantil Modelo/EDI-02. Waterpik • Escova Dental Sônica DeLuxe DT-400 – limpeza dos dentes, gengiva, língua e boca de um modelo geral. • Escova Dental Sônica Standard DT-300 – limpeza dos den- tes, gengiva, língua e boca de um modelo geral. Escova interdental Bitufo • Escova Bitufo interdental HB UF (resina termoplástica, pig- mento, nylon, fi o de aço). • Escova Bitufo interdental HB EF (idem). • Escova Bitufo interdental HB F (idem). • Escova Bitufo interdental HB ME (idem). • Escova Bitufo interdental HB GR (idem). • Escova Bitufo interdental HB conica (idem). Colgate Novas escovas Colgate Total Interdental – oferecem mais pra- ticidade e higiene, com nova apresentação. De fácil manuseio, possuem cerdas de seção triangular (Tri-Proxi) que promovem maior efi cácia na limpeza interdental. Contribuem efetivamente para a redução da placa bacteriana, minimizando o risco de cárie dentária e doenças gengivais, e estão disponíveis em três variações de tamanho (2 mm, 4 mm e 5 mm). Possuem de- sempenho superior em comparação com escovas no formato redondo convencional. Condor • Escova Interdental Cônica Ultrafi na (cabo plástico e capa {plástico ABS}. Arame de aço inoxidável. Filamentos de nylon contendo óxido de alumínio branco abrasivo) – para aparelho ortodôntico, pontes fi xas e espaço interdental muito grande. • Escova Interdental Cônica (idem) – para aparelho ortodôn- tico, pontes fi xas e espaço interdental muito grande. • Escova Interdental Cilíndrica (idem) – para aparelho orto- dôntico, pontes fi xas e espaço interdental muito grande. Curaprox/Curaden • Escovas Interdentais Curaprox CS Prime (plástico polipropile- no, pigmentos, aço inoxidável, fi bras de nylon, fi o metálico livre de níquel Cural). Possuem diferentes cabos e cinco diferentes diâmetros que resolvem 100% dos casos. As escovas são re- presentadas por diferentes cores e possuem a melhor relação diâmetro de acesso e diâmetro de efetividade do mercado mundial (escova interdental 06/azul, com diâmetro de acesso de 0,6 mm e efetividade de 2,0 mm; escova interdental 07/ vermelha, com diâmetro de acesso de 0,7 mm e efetividade de 2,5 mm; escova interdental 08/rosa, com diâmetro de acesso de 0,8 mm e efetividade de 3,0 mm; escova interdental 09/ amarela, com diâmetro de acesso de 0,9 mm e efetividade de 4,0 mm; escova interdental 11/verde, com diâmetro de acesso de 1,1 mm e efetividade de 5,0 mm). As escovas se adaptam perfeitamente aos espaços proximais côncavos localizados entre os dentes. São as únicas que podem ser previamente calibradas pelo cirurgião-dentista através da sonda IAP Prime, patenteada pela Curaprox e que mede o diâmetro do espaço proximal evitando retrações gengivais. Indicadas para todas as idades na prevenção de doenças gengivais, Periodontia, Ortodontia, Prótese e Implantodontia. • CPS 457B kit Interdental PocketSet (plástico ABS, santro- prene TPE, polipropileno, polioximetileno pigmentos,resinas termoplásticas, aço inoxidável, alumínio, fi bras de nylon, fi o Metálico livre de níquel Cural). • CPS 410B (kit interdental com cabo de alumínio). • CPS 405B (kit interdental com cabo plástico digital com tampa prolongadora). • UHS420B (cabo de alumínio duplo). • UHS410B (cabo de alumínio simples rosa). • UHS411B (cabo de alumínio simples verde). • CPS-06B (CPS 06 B refi l interdental 0,06 mm, contém quatro unidades). • CPS-07B (CPS 07 B refi l interdental 0,07 mm, contém qua- tro unidades). • CPS-08B (CPS 08 B refi l interdental 0,08 mm, contém quatro unidades). • CPS-09B (CPS 09 B refi l interdental 0,09 mm, contém quatro unidades). • CPS-11B (CPS 11 B refi l interdental 0,11 mm, contém quatro unidades). DentalClean • Escova Interdental DentalClean (polipropileno, cerdas de nylon, fi o de aço) – tecnologia alemã, possui fi o fl exível de aço inoxidável revestido com uma fi na camada plástica. Efi - ciente limpeza entre os espaços dos dentes onde a escova convencional não alcança. Indicado também para quem usa prótese e aparelho dentário. Tamanhos: 0,4 mm (rosa) – a mais fi na do mercado; 0,5 mm (vermelha); 0,6 mm (azul). EdelWhite • EW-ID5SSS Escova Interdental 0.45/2.00 mm (nylon, po- lietileno, pigmentos, fi o revestido) – a melhor forma de limpar os espaços dentais. • EW-ID5SS Escova Interdental 0.5/2.40 mm (idem) – a melhor forma de limpar os espaços dentais. • EW-ID5S Escova Interdental 0.6/3.00 mm (idem) – a me- lhor forma de limpar os espaços dentais. • EW-IDM Escova Interdental 0.7/4.00 mm (idem) – a melhor forma de limpar os espaços dentais. • EW-IDL Escova Interdental 0.8/5.00 mm (idem) – a melhor forma de limpar os espaços dentais. Oral B • Escova End Tufted Cônica – complementar ao uso da escova dental regular para áreas de difícil acesso, tais como: aparelhos ortodônticos, pontes fi xas e espaços interdentais estreitos. • Set Interdental com dois refi s – para quem possui aparelhos ortodônticos, pontes, coroas, implantes ou amplos espaços interdentais. Pode ser utilizada com o refi l cônico ou cilíndrico. • Interdental Compacta – em modelo compacto, indicada para quem possui aparelhos ortodônticos, pontes, coroas, implantes ou amplos espaços interdentais. • Refi l para Escovas Interdentais – contém seis unidades. Disponível nas versões cônica e cilíndrica. Lactona do Brasil • Escova Interdental (cabo longo com cerdas macias e fi - lamentos polidos de nylon) – apresentada em sete estilos: xx-pequeno curto, xx-pequeno longo, x-pequeno, pequeno, médio, grande/médio e grande – para o consumidor. • Escova Interdental (idem) – apresentada em nove tamanhos: xx-pequeno curto, xx-pequeno longo, x-pequeno, pequeno, médio, grande/médio, grande, x-grande e xx-grande – para dentistas e higienistas. • Escova Interdental 27BB (cabo em acrílico, escova pequena com tufo única nas duas extremidades) – limpeza de áreas de difícil acesso. Desenhada especialmente para dentes irregula- res, limpeza de aparelhos e implantes. • Escova Periodental com refi l (cabo longo, com adaptador de escova espiral). • Palitos Interdentais (feitos de pequenos pedaços de madeira polida, sabor menta) – para remoção de placa. TePe • Interdental Vermelha - 0,5 mm, macia (poliamida, polipro- pileno, pigmentos - fi o fl exível de aço inoxidável revestido com fi na camada plástica) – limpeza entre os dentes; aparelhos ortodônticos; próteses fi xas ou unitárias. • Interdental Azul - 0,6 mm, macia (idem). • Interdental Amarela - 0,7 mm, macia (idem). • Interdental Verde - 0,8 mm, macia (idem). • Interdental Rosa – 0,4 mm, macia (idem). • Interdental Roxa - 1,1 mm, macia (idem). • Interdental Vermelha - 0,5 mm, extramacia (idem). • Interdental Azul - 0,6 mm extramacia (idem). • Interdental Amarela - 0,7 mm extramacia (idem). • Interdental Laranja – 0,44 mm, macia (idem). • Interdental Verde - 0,8 mm, extramacia (idem). • Interdental Roxa - 1,1 mm, extramacia (idem). • Escova Interspace - cabo + pontas, regular (poliamida, po- lipropileno, pigmentos) – limpeza entre os dentes; aparelhos ortodônticos; próteses fi xas ou unitárias; dentição mista. • Escova Interspace - cabo + pontas, macia (idem). • Escova Interspace - cabo + pontas, extramacia (idem). Fio dental Bitufo • Fio Way Bitufo (resina termoplástica, pigmento). • Fio Dental Bitufo 20 m, 75 m, 100 m e 150 m (paraffi n, paraffi num liquidum, polypropylene, menthol). Colgate • Fio dental Colgate 50 m Menta – conta com variante de sabor menta, ideal para as pessoas que buscam produtos com sabor refrescante, um dos atributos mais valorizados por quem compra fi os e fi tas dentais, já que proporcionam a sensação de uma limpeza mais duradoura. O fi o Colgate 50 m é de po- lipropileno encerado, que confere ao produto maior resistência. • Fita dental Colgate Total (PTFE - politetrafl uoretileno) - pro- porciona mais refrescância, desliza fácil e não desfi a. Disponível também no sabor menta, com as cores azul e verde. Condor • Fio Dental Condor Tradicional (fi o de polypropyilene, mi- crocrystaline wax, beeswax, sorbitan stearate, polysorbate 60, 110 dimethicone) – uso diário. • Fio Dental Condor Menta Ice (fi o de polypropyilene, micro- crystaline wax, beeswax, sorbitan stearate, polysorbate 60, sodium sacharin, aroma, aqua, dimethicone) – uso diário. • Fio Dental Condor Júnior (fi o de polypropyilene, microcrys- taline wax, beeswax, sorbitan stearate, polysorbate 60, sodium sacharin, aroma, aqua) – uso diário. Curaprox/Curaden • Fio Dental Curaprox DF 843 – 50 m - (nylon, cera, oleato de gliceril, sacarina sódica, butilhidroxitolueno/BHT, aroma - auxilia a remoção de detritos alimentares e da placa bacteria- na de regiões proximais planas. Com uma cobertura de cera, resiste ao desfi amento e possibilita o deslize entre os dentes. Recomendado para jovens e adultos de todas as idades, de- vendo ser utilizado pela manhã e à noite antes de se escovar os dentes e passar escova interdental. DentalClean • Fio e fi ta dental 50 m (polipropileno encerado, resina ter- moplástica e aroma de menta) – são produzidos em maqui- nário de última geração e com elevado padrão de qualidade e resistência. Sistema efi ciente que desliza e expande ajudando na remoção da placa bacteriana. Seu grande diferencial é o estojo com visor transparente, o qual permite verifi car o quanto de fi o resta na embalagem. Possui tampa higiênica e fi o deslizante. • Fio e fi ta de 100 m (idem) – possuem alta resistência, são super deslizantes e tem aroma ultrarrefrescante. Sistema efi ciente que desliza e expande ajudando na remoção da placa bacteriana. Resistente ao desfi amento e ao rompimento. Em- balagem com tampa. • Fio Garfi eld 50 m (polipropileno, resina termoplástica, cera e aroma tutti fruti) - especialmente desenvolvido para o pú- blico infantil, tem peso relativo menor, tornando-o muito mais leve em relação ao fi o adulto, proporcionando conforto e má- xima proteção aos tecidos gengivais. Possui tampa higiênica e fi o deslizante. DentalPrev • Fio Dental Dentics Original – alto poder de remoção da pla- ca bacteriana e dos resíduos entre os dentes e abaixo da linha gengival; desliza facilmente entre os dentes; maior resistência ao desfi amento e rompimento. Disponível nas versões de 50 m e 100 m • Fio dental Dentics Menta – alto poder de remoção da placa bacteriana e dos resíduos entre os dentes e abaixo da linha gengival; Maior resistência ao desfi amento e rompimento. Agradável sabor menta duradouro. EdelWhite • EW-PL70 Fita Dental Encerada (polietileno, cera micro- cristalina, polyester, essência) – para fácil acesso e máxima remoção de placa e resíduos alimentares entre os dentes. • EW-EF25 Fio Dental Expanding Floss (idem) – ideal para a limpeza até mesmo dos espaços maiores entre os dentes, deslizando e expandindo para a remoção das placas e os residuos alimentares. Higimaster • Fio Dental 50 m – tampa mais higiênica. Johnson & Johnson • Johnson & Johnson Reach. Fio Cuidado Total. Estojo com 40 m defi o dental (fi o de polipropileno, cera microcristalina e aroma de menta, CI 15850, CI 74160). Uso adulto. Re- move até 40% a mais de placa dental; auxilia na remoção da placa dental acumulada nos lugares mais difíceis de sua boca; auxilia na prevenção de doenças gengivais; resistente ao desfi amento; sabor refrescante e duradouro; expande em contato com os dentes. • Johnson & Johnson Reach. Fio Clean Paste Original. Estojo com 40 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, cera mi- crocristalina, aroma de menta, corante CI 74160 e CI 74260). Uso adulto. Vai além da remoção da placa bacteriana. Tem uma exclusiva fórmula Freshmint, por isso possui muito mais sabor que outros fi os, dando uma sensação de frescor similar ao creme dental. O fi o também possui a tecnologia de entre- laçamento Expansion Plus, que promove a expansão do fi o ao entrar em contato com a superfície interproximal dos dentes, promovendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana. • Johnson & Johnson Reach. Fio clean Paste Whitening. Es- tojo com 40 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, cera microcristalina, aroma, sílica, sacarina sódica). Uso adulto. Vai além da remoção da placa bacteriana. Tem uma exclusiva fórmula Freshmint, por isso possui muito mais sabor que ou- tros fi os, dando uma sensação de frescor similar ao creme dental. O fi o também possui a tecnologia de entrelaçamento Expansion Plus, que promove a expansão do fi o ao entrar em contato com a superfície interproximal dos dentes, promo- vendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana. O Clean Paste Whitening possui sílica, substância removedora de manchas, ajudando a clarear os espaços entre os dentes. • Johnson & Johnson Reach, Fio Clean Paste Tartar Control. Estojo com 40 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, cera microcristalina, pirosfato tetrasódico, aroma, sacarina sódica e CI 74160). Uso adulto. Vai além da remoção da placa bacteriana. Tem uma exclusiva fórmula Freshmint, por isso possui muito mais sabor que outros fi os, dando uma sensação de frescor similar ao creme dental. O fi o também possui a tecnologia de entrelaçamento Expansion Plus, que promove a expansão do fi o ao entrar em contato com a superfície interproximal dos dentes, promovendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana. O Clean Paste Tartar Control contém Pirosfato Tetrasódico, um ingrediente ativo que ajuda a inibir a formação do cálculo (tártaro). • Johnson & Johnson Reach, Fio Expansion Plus Regular. Estojo com 50 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, cera microcristalina, aroma de citros, ácido cítrico, corante amarelo {CI 18792} e corante verde {CI 74260}). Uso adulto. Possui exclusiva tecnologia de entrelaçamento que promove a expan- são do fi o ao entrar em contato com a superfície interproximal dos dentes, promovendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana. • Johnson & Johnson Reach, Fio Expansion Plus Citrus. Estojo com 40 m de fi o dental (idem). Uso adulto. Possui exclusiva tecnologia de entrelaçamento que promove a expansão do fi o ao entrar em contato com a superfície interproximal dos dentes, promovendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana, com um agradável sabor cítrico. • Johnson & Johnson Reach, Fio Expansion Plus Menta. Estojo com 50 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, corante verde CI 74260, cera microcristalina e aroma de mentol). Uso adulto. Possui exclusiva tecnologia de entrelaçamento que promove a expansão do fi o ao entrar em contato com a superfície interpro- ximal dos dentes, promovendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana, com um agradável sabor menta. • Johnson & Johnson Reach, Fio Expansion Plus Extra Fino. Estojo com 50 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, co- rante azul CI 74160, cera microcristalina e aroma de menta). Uso adulto. Possui exclusiva tecnologia de entrelaçamento que promove a expansão do fi o ao entrar em contato com a superfície interproximal dos dentes, promovendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana, com um agradável sabor menta. O fi o dental Expansion Plus Extra Fino foi especial- mente desenvolvido para atingir os espaços estreitos entre os dentes, por possuir um formato mais fi no que os outros fi os. • Johnson & Johnson Reach, Fio Dental Infantil – Zoodent. Estojo com 40 metros de fi o (resina termoplástica, cera mi- crocristalina, essência, corante azul CI 74160 e corante ver- melho CI 15850). Uso Infantil. Feito com resina termoplástica, que resiste ao desfi amento, deslizando suavemente. Possui agradável sabor/aroma tutti fruti. • Johnson & Johnson Reach, Fita Dental Expansion Plus. Estojo com 50 metros de fi ta (polipropileno entrelaçado). Uso adulto. A fi ta dental tem maior área de ação entre os dentes, com material que resiste ao desfi amento, deslizando suave- mente. É mais fl exível e proporciona maior maciez na gengiva. • Johnson & Johnson Fio Dental TEK – 100 m. Estojo com 100 metros (polipropileno entrelaçado, cera e essência). Uso adulto. Fio com resina termoplástica e refrescante sabor mentol. Desliza suavemente entre os dentes sem machucar as gengivas. OralB • SATÏNfl oss & SATINtape – banhados por cera, suave para as gengivas e com total resistência ao desfi amento e rompimento. Agradável sensação de frescor e alto poder na remoção da placa bacteriana. • Fio Dental Essential Floss – maior resistência ao rompimento e desfi amento, facilidade de inserção e deslizamento entre os dentes e suavidade para as gengivas e dedos. • Fio Dental Oral-B Super Floss – especialmente desenvolvido para remoção efi caz da placa bacteriana em pessoas com aparelhos ortodônticos, coroas, pontes ou implantes. Rhada • Fio Dental Dr. Axell 100 m – proporciona suavidade na lim- peza, prevenindo a gengivite, formação de tártaro, de placas, mau hálito e cárie. • Fio Dental Aleg 100 m – com aroma de menta, proporciona suavidade na limpeza, prevenindo a gengivite, formação de tártaro, de placas, mau hálito e cárie. Sanifi ll • Fio/Fita dental Premium (50m) – desenvolvido com dupla camada de cera, proporcionando um maior conforto na sua utilização além de deixar um frescor na boca, devido a seu sabor de menta. Desliza com mais facilidade entre os dentes e possui um aspecto de cinta. • Fio dental em sachê Sanifi ll – possui as mesmas caracte- rísticas do Fio Premium 300 m e 50 m. Embalagem contém 50 sachês com 40 cm cada, embalado um a um, é ideal para ser levado na bolsa e carteira. • Fio Dental Sanifi ll (25 m, 50 m, 100 m) / Fio Den- tal Sanifi ll Extrafi no (50 m, 100 m) / Fita Dental Sanifi ll (50 m, 100 m) – contribui para evitar a formação da placa e prevenir o tártaro e as cáries, quando utilizado de acordo com o recomendado pelo seu dentista. Suavetex • Fio Dental 50 m e 10 m – preserva os dentes limpos e saudáveis. Lactona do Brasil • Fio Dental 100 m (levemente encerado, com fl úor, sabor mental, cor azulada) – interdental. Fio dental elétrico Waterpik • Flosser FL-220 (a pilha; bastão anatômico e design com- pacto). Limpador de língua Curaprox/Curaden • Raspador de língua CTC 201 CTC 202 CTC 203 (resinas termoplásticas, polipropileno, pigmentos) - desenvolvido para higienização da língua e melhora da halitose. Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 111Revista PerioNews 2011;5(1):99-111 Guia de produtos DentalClean • Hálito Fresco (resina termoplástica, pigmento e ancora metálica) - de um lado possui cerdas macias que permitem escovar a língua e do outro lado permite remover a saburra lingual, causadora do mau hálito. • Ideal Perio com Limpador de Língua (cabeça 30 e cerdas Du Pont com pontas arredondadas) – escovação delicada para gengivas sensíveis. • Pratic Plus – simples, prático e moderno. Com o limpador Pratic é possível remover a saburra lingual causadora do mau hálito e de placa bacteriana, além de diminuir o risco de doen- ças. Sua composição em elastômero (borracha) permite que as crianças e idosos também possam usá-lo. EdelWhite • EW-TC3Limpador de Língua (polietileno, pigmentos) – ideal para a limpeza diária da língua mantendo o hálito puro e fresco. Higimaster • HigiLíngua – limpador de língua. Kolbe • Limpador de Língua (poliestireno pigmentado, material reciclável atóxico ou aço cirúrgico autoclavável) – adulto e pediátrico; remove a saburra lingual formada por bactérias, restos de alimentos e células epiteliais descamadas da muco- sa oral que causam mau hálito, cáries, doenças periodontais, infecções de gengiva e garganta etc. Rhada • Limpador de Língua Aleg – remove a saburra lingual, placa bacteriana causadora do mau hálito, localizada no fundo da língua. Sanifi ll • Higienizador de língua Sanifi ll – instrumento plástico de uso manual e simples que possibilita fácil higienização lingual. Remove restos de alimentos e bactérias da região superior da língua. • Escova Higienizadora de língua Sanifi ll Bizz – possui sistema de higienização que combina a ação das cerdas e aletas que ajudam a combater as bactérias presentes na língua que são a causa no 1 do mau hálito. Efi caz contra a saburra. TePe • Raspador de Língua, Unidade em blister (polipropileno, co- rantes) – limpeza da língua; reduzir o mau hálito removendo as bactérias da língua. Limpeza de aparelhos de Ortodontia removíveis Pharmakin • Kin Orthonet Limpador Diário e Kin Orthonet Desincrustrante Semanal (agentes desincrustantes, poder bactericida e fungi- cida) – limpeza profunda sem danifi car o aparelho. Luva MAM Brasil • Luva de cuidado oral MAM. Massageador de gengiva MAM Brasil • Massageador de gengiva MAM. Sanifi ll • Escova Massageadora Sanifi ll Bebê – dedal feito com ma- terial 100% de silicone. Massageia a gengiva e os primeiros dentinhos do bebê. Mordedores Curaprox/Curaden • CURAbaby estimulador neurosensorial para bebês (com- posto de policarbonato, plástico emborrachado). As diferentes formas, texturas, cores e o chocalho proporcionam ao bebê uma grande variedade de estímulos neurosensoriais (visuais, auditivos e táteis). Seu uso alivia a dor e aumenta a salivação favorecendo a erupção dental e a proteção contra cáries. O formato anatômico com simulação de uma pequena escova condiciona o bebê para a futura escovação. Recomendado para meninos e meninas de dois meses até a erupção dos primeiros dentes. MAM Brasil • Meu primeiro mordedor MAM. • Mordedor Brush MAM. • Multi mordedor MAM. • Mordedor Twister MAM. Palito de dente EdelWhite EW-FS24 Palito de Dente Flexi-Brush Stics (revestido com xylitol e fl uoreto de sódio) – ideal para garantir uma limpeza completa e segura dos espaços entre os dentes durante o dia. Passa-fi o DentalClean • Haste fl exível que auxilia na utilização do fi o dental em usuários de aparelhos ortodônticos e próteses fi xas. Disponível em caixinha de 25 e 50 unidades. Produtos para dentaduras Laclede • Biotène Boca Seca – adesivo para dentadura, tubo com 68 g (enzimas naturais, glicose oxidase, lactoperoxidase e lisozima, mais lactoferrina, de ação antimicrobiana) – para o ajuste da prótese total em pacientes com boca seca. Produtos para hálito Amway do Brasil • Glister Spray Refrescante Bucal. • Glister Spray Rrefrescante Bucal, 9 g. Bitufo • Spray Bucal Bitufo Menta Blister (óleo de melaleuca). • Spray bucal Bitufo Blue Sparks Blister (óleo de melaleuca). • Spray bucal Bitufo Red Fresh Com Roma Blister (óleo de melaleuca). DentalPrev • Spray Bucal Dentics – sem açúcar; agradável sabor mint. Prático e fácil de transportar: possui prática válvula pump spray que permite o uso em qualquer lugar a qualquer hora. Dokmos Cosméticos • Aromatizante Bucal Beija Bem Mentha. • Aromatizante Bucal Beija Bem Morango e Canela. • Peppermint – óleo essencial de mentha piperita. Kolbe • Breath Alert é um medidor de hálito portátil (tem o tamanho de um isqueiro e utiliza 2 Pilhas AAA "Palito") – detecta e mede os compostos sulfurados voláteis e gases hidrocarbone- tos, presentes na boca, que causam o mau hálito e mensura os resultados em 4 estágios: os estagio 1 e o 2 não são hálito perceptíveis no nariz humano, os 3 e 4 são halitose em menor e maior grau, o Breath Alert vem com o manual traduzido para o Português. Laboratório Boniquet • Aromatizante Bucal Bonicaps (cápsulas de revestimento fi no e gelatinoso, isentas de açúcar e com aroma de menta) – refrescar o hálito. Pharmakin • Kin Halitose spray 40 ml (peróxido de carbamida) – pre- venção e tratamento da halitose, coadjuvante no tratamento das afecções periodontais e manutenção de uma ótima saúde bucodental. Sanifi ll • Aromatizante Bucal Sanifi ll - proporciona frescor e hálito puro a todo o momento. Com Cloreto de Zinco, que auxilia no combate as bactérias causadoras do mau hálito. Frasco disponível com 15 ml. Sabor menta. • Gel Higienizador para Língua Sanifi ll – especialmente de- senvolvido para a higiene lingual. Formulado com Cloreto de Zinco, higieniza e neutraliza os compostos de Enxofre voláteis, responsáveis pelo mau hálito. Deixa um hálito fresco e agra- dável sabor de menta. Umidifi cadores de boca seca Laclede • Biotène Oral Balance - gel umidifi cante oral, tubo com 42 g e 9 ml (complexo sistema de enzimas bioativas: glicose oxidase, lactoperoxidase e lisozima, mais lactoferrina) – saliva substituta de longa duração para o alívio da boca seca. Lubrifi - cante oral especialmente formulado para manter a boca úmida por até seis horas. Alivia e ajuda a proteger a mucosa oral contra irritações, coceiras e sensação de queimação. Contém o sistema de enzimas Biotène que ajuda a inibir o crescimento de bactérias patogênicas. • Biotène Oral Balance Umidifi cada de Boca Seca Líquido, frasco com 45 ml (amino-ácidos {AA}, proteínas do leite, ácidos graxos essenciais {AGE}, mais um sistema enzimático antimicrobiano natural: lisozima, lactoperoxidase e lactofer- rina) – umidifi cante de boca seca líquido desenvolvido para proporcionar a umidade, o alívio rápido e a proteção aos que sofrem com a boca seca, durante todo o dia e a noite. Con- tém agentes umidifi cantes, AGE, AA, e proteínas do leite que recriam a proteção natural encontrada na boca. As enzimas bioativas mantêm a microbiota oral saudável e equilibrada inibindo odores bucais. Pharmakin • Kin hidrat spray 40 ml (tiocianato de potássio, cloreto de potássio, cloreto de sódio, cloreto de cálcio, cloreto de magnésio, dihidro- genofosfato de potássio, xilitol, sacarina sódica, nipasept sódico, 2- bromo-2-nitropopano-1,3-diol, mentol, aroma, ácido cítrico, óleo de rícino hidrogenado, PEG 40, água purifi cada) – alivia os problemas ocasionados pela redução de fl uxo salivar (xerostomia); restabelece o equilíbrio salivar; hidrata e refresca a cavidade bucal; previne o aparecimento de afecções bucais oriundas da redução do fl uxo salivar. 113 1. OBJETIVO A revista PerioNews, de periodicidade bimestral, destina-se à publicação de trabalhos inéditos de pesquisa aplicada, bem como artigos de atualização, relatos de casos clínicos e revisão da literatura na área de Implantodontia e de especialidades multidis- ciplinares que a envolvam. 2. NORMAS 2.1. Os trabalhos enviados para publicação devem ser inéditos, não sendo permitida a sua apresentação simultânea em outro periódico. 2.2. Os trabalhos deverão ser enviados exclusivamente via correio, gravados em CD, em formato DOC ou RTF (Word for Windows), acompanhados de uma cópia em papel, com informações para contato (endereço, telefone e e-mail do autor responsável). 2.2.1. O CD deve estar com a identifi cação do autor responsável, em sua face não gravável, com etiqueta ou caneta retroprojetor (própria para escrever na superfície do CD). 2.3. O material enviado, uma vez publicado o trabalho, não será devolvido. 2.4. A revista PerioNews reserva todos os direitos autorais do trabalho publicado. 2.5. A revista PerioNews receberá para publicação trabalhos redigidos em português. 2.6. A revista PerioNews submeterá os originais à apreciação do Conselho Científi co, que decidirásobre a sua aceitação. Os nomes dos relatores/avaliadores permanecerão em sigilo e estes não terão ciência dos autores do trabalho analisado. 2.7. O trabalho deverá ser entregue juntamente com o Termo de Cessão de Direitos Autorais, assinado pelo(s) autor(es) ou pelo autor responsável. 2.7.1. Modelo de Termo de Cessão de Direitos Autorais: [Local e data] Eu (nós), [nome(s) do(s) autor(es)], autor(es) do trabalho intitulado [título do trabalho], o qual submeto(emos) à apreciação da revista PerioNews para nela ser publicado, declaro(amos) concordar, por meio deste sufi ciente instrumento, que os direitos autorais referentes ao citado trabalho tornem-se propriedade exclusiva da revista PerioNews a partir da data de sua submissão, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação de qualquer natureza, sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida junto à revista PerioNews. Declaro(amos) serem verdadeiras as informações do formulário de Confl ito de Interesse. No caso de não aceitação para publicação, essa cessão de direitos autorais será automaticamente revogada após a devolução defi nitiva do citado trabalho, mediante o recebimento, por parte do autor, de ofício específi co para esse fi m. [Assinatura(s)] [Assinatura] Importante: autores e coautores deverão preencher individualmente o formulário com informações próprias. Estas deverão ser acrescentadas ao fi nal do artigo, em forma de texto, como Nota de Esclarecimento. 2.8. As informações contidas nos trabalhos enviados são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores. 2.9. Os trabalhos desenvolvidos em instituições ofi ciais de ensino e/ou pesquisa deverão conter no texto referências à aprovação pelo Comitê de Ética. 2.10. Os trabalhos que se referirem a relato de caso clínico com identifi cação do paciente deverão conter o Termo de Consentimento do Paciente, assinado por este. 3. APRESENTAÇÃO 3.1. Estrutura 3.1.1. Trabalhos científi cos (pesquisas, artigos e teses) – Deverão conter título em português, nome(s) do(s) autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou revisão da literatura, proposição, material(ais) e método(s), resultados, discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em inglês (abstract), unitermos em inglês (key words) e referências bibliográfi cas. Limites: texto com, no máximo, 35.000 caracteres (com espaços), 4 tabelas ou quadros, 4 gráfi cos e 16 fi guras/imagens. 3.1.2. Revisão da literatura – Deverão conter título em português, nome(s) do(s) autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou pro- posição, revisão da literatura, discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em inglês (abstract), unitermos em inglês (key words) e referências bibliográfi cas. Limites: texto com, no máximo, 25.000 caracteres (com espaços), 10 páginas de texto, 4 tabelas ou quadros, 4 gráfi cos e 16 fi guras. 3.1.3. Relato de caso(s) clínico(s) – Deverão conter título em português, nome(s) do(s) autor(es), titu- lação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou proposição, relato do(s) caso(s) clínico(s), discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em inglês (abstract), unitermos em inglês (key words) e referências bibliográfi cas. Como enviar seus trabalhos Importante: Envie seu trabalho apenas pelo correio, para: PerioNews Att. Cecilia Felippe Nery (Editora) Rua Gandavo, 70 – Vila Clementino 04023-000 – São Paulo – SP Contendo CD identifi cado (com todo o material do artigo), impresso completo do trabalho a ser submetido, Termo de Cessão de Direitos Autorais/Formulário de Confl ito de Interesse devidamente preenchidos e Termo de Consentimento do Paciente, quando necessário. Em caso de dúvida, entre em contato com a redação: (11) 2168-3400 – <secretaria@perionews.com.br>. Revista PerioNews 2011;5(1):113-4 Normas de publicação Os trabalhos enviados que não seguirem rigorosamente as Normas de Publicação serão devolvidos automaticamente. A revista PerioNews adota em suas normas de publicação o estilo de Vancouver (Sistema Numérico de Citação), visando à padronização universal de expressões científi cas nos trabalhos publicados. Desde janeiro de 2011, todos os trabalhos deverão ser enviados com o formulário de Confl ito de Interesse preenchido, material que passa a fazer parte do Termo de Cessão de Direitos Autorais. Confl ito de Interesse Sim Não Eu recebi apoio fi nanceiro para pesquisa dado por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho Eu, ou os membros da minha família, recebemos honorários de consultoria ou fomos pagos como avaliadores por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho Eu, ou os membros da minha família, possuímos ações ou investimentos em organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho Eu recebi honorários de apresentações vindos de organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho Você está empregado pela entidade comercial que patrocinou o estudo? Você possui patentes ou royalties, trabalhou como testemunha especializada, ou realizou atividades para uma entidade com interesse fi nanceiro nesta área? (forneça uma descrição resumida) 114 Limites: texto com, no máximo, 18.000 caracteres (com espaços), 2 tabelas ou quadros, 2 gráfi cos e 32 fi guras. 3.2. Formatação de página: a. Margens superior e inferior: 2,5 cm b. Margens esquerda e direita: 3 cm c. Tamanho do papel: carta d. Alinhamento do texto: justifi cado e. Recuo especial da primeira linha dos parágrafos: 1,25 cm f. Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas g. Controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado h. As páginas devem ser numeradas 3.3. Formatação de texto: a. Tipo de fonte: times new roman b. Tamanho da fonte: 12 c. Título em português: máximo de 90 caracteres d. Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulos principais e. Resumos em português e inglês: máximo de 250 palavras cada f. Unitermos e key words: máximo de cinco. Consultar Descritores em Ciências da Saúde – Bireme (www. bireme.br/decs/) 3.4 Citações de referências bibliográfi cas a. No texto, seguir o Sistema Numérico de Citação, no qual somente os números índices das referências, na forma sobrescrita, são indicados no texto. b. Números sequenciais devem ser separados por hífen (ex.: 4-5); números aleatórios devem ser separados por vírgula (ex.: 7, 12, 21). c. Não citar os nomes dos autores e o ano de publi- cação. Exemplos: Errado: “Bergstrom J, Preber H2 (1994)...” Correto: “Vários autores1,5,8 avaliaram que a saúde geral e local do paciente é necessária para o sucesso do tratamento”; “Outros autores1-3 concordam...” 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4.1. Quantidade máxima de 30 referências bibliográ- fi cas por trabalho. 4.2. A exatidão das referências bibliográfi cas é de responsabilidade única e exclusiva dos autores. 4.3. A apresentação das referências bibliográfi cas deve seguir a normatização do estilo Vancouver, conforme orientações fornecidas pelo International Committee of Medical Journal Editors (www.icmje. org) no “Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals”. 4.4. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o “List of Journals Indexed in Index Medicus” (www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html) e impressos sem negrito, itálico ou grifo/sublinhado. 4.5. As referências devem ser numeradas em ordem de entrada no texto pelos sobrenomes dos autores, que devem ser seguidos pelos seus prenomes abre- viados, sem ponto ou vírgula. A vírgula só deve ser usada entre os nomes dos diferentes autores. Incluir ano, volume, número (fascículo) e páginas do artigo logo após o título do periódico. Exemplo: “1. Lorato DC. Infl uence of a composite resin resto- ration on the gengival. Prosthet Dent 1992;28:402-4. 2. Bergstrom