Logo Passei Direto
Material
Study with thousands of resources!

Text Material Preview

O universo clínico de Periodontia e Cariologia.
Nesta Edição
• Caderno Científi co - Periodontia
• Caderno Científi co - Cariologia
• Caderno Especial - Higiene Bucal
V. 5 - N0 1
Jan/Fev 2011
ISSN 1981-2922
Periodontia - estética e saúde alinhadas 
por uma melhor qualidade de vida.
O universo clínico de Periodontia e Cariologia.
Vol. 5 • N0 1 • Jan/Fev/2011
PerioNews - Vol. 5, n.1 (janeiro/fevereiro/2011) - São Paulo: VM Comunicação - Divisão Cultural, 2007
Periodicidade Bimestral
ISSN - 1981-2922
1. Odontologia (Periódicos) 2. Periodontia 3. Cariologia 
I. VM Comunicações - Divisão Cultural II. Título
CDD 617.6005
Black D65
 D631
Qualifi cação:
Qualis Nacional B4 - Odontologia
Indexação: 
BBO - Bibliografi a Brasileira de Odontologia
LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
5
Considerado na Bíblia como um dos números simbólicos, o cinco 
faz referência ao Pentateuco, o primeiro bloco do livro sagrado e, ainda, 
aos dedos das mãos e dos pés. Na numerologia, o cinco é o número 
da liberdade, das mudanças; na alquimia, remete à quintessência; e, na 
natureza, aos cinco sentidos humanos.
Para nós, da PerioNews, o número representa mais um ano na caminha-
da da revista, que vem se solidifi cando e confi rmando sua importante atuação, dia a dia, 
junto aos periodontistas e cariologistas clínicos de todo o Brasil. Uma atuação marcada 
pelo padrão na busca constante da excelência em forma e conteúdo.
Para este ano, um novo projeto gráfi co se apresenta aos nossos leitores, mais claro e 
suave, mas seguindo ainda a linha da estética vermelha. Utilizaremos, assim, nas capas 
deste ano, duas linhas – vermelhas e brancas – representando gengiva e dentes, o cerne 
da Periodontia que busca a saúde e a estética para uma melhor qualidade de vida.
No aspecto editorial, a revista aprimora ainda mais a qualidade científi ca, trazendo arti-
gos de interesse e de atualização profi ssional constante para os nossos leitores. Além de 
matérias informativas, dicas de leituras e a inauguração de uma nova coluna: Periodontia 
em destaque, que traz a opinião de destacados profi ssionais da Odontologia sobre temas 
relevantes da especialidade.
2011 chegou e com ele a revista PerioNews – Ano V. Leia e comprove.
Boa leitura!
Prof. Dr. Antonio Wilson Sallum
Editor científi co
 Editorial 
Revista PerioNews 2011;5(1):5
PerioNews - Ano V
7Revista PerioNews 2011;5(1):7
A Periodontia de anteontem, ontem, hoje 
e amanhã
Sérgio de Toledo é professor titular na Área de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, 
Unicamp.
Sérgio de Toledo
 Ponto de vista 
Lembro-me bem, embora não me considere tão velho assim, da Perio-
dontia do cortar para sarar sem se preocupar com a prevenção. Ouvíamos 
coisas do tipo: “Fui ao doutor Fulano, especialista em gengiva, e ele me operou 
duas vezes e continua tudo igual... o que o senhor pode fazer por mim, doutor?” 
Eram as perguntas frequentes. 
O tempo passou e os conceitos e as perguntas dos pacientes mudaram. “Como 
posso controlar a ‘maldita’ placa dental? Qual escova devo usar?” Estávamos 
nós então, os periodontistas, novamente frente a um questionamento ímpar: 
seríamos nós os responsáveis pela doença periodontal que muitos de nossos 
colegas subestimavam ou preferiam ver a placa no bolso através de reabilita-
ções grandiosas?
Bem, o tempo corre célere. Hoje, os pacientes dizem: “Puxa vida! Meus dentes estão mo-
les e vou precisar extraí-los. Será que o implante resolve o meu problema?” E estamos nós 
novamente na berlinda: extrair ou tentar salvar os elementos dentários? Nos faz pensar se 
realmente valerá a pena.
Se em tantos anos de vida os nossos pacientes não se preocuparam – seja através das 
cirurgias radicais do anteontem ou através de artefatos indicados para uma excelente, ou ao 
menos boa, higiene dental para a remoção da tão famigerada placa dental, hoje biofi lme – os 
cuidados futuros serão respeitados? No presente, já apresentam problemas porque deixaram 
seus dentes, como se costuma dizer, ao “Deus dará” sem realizar os tratamentos de outrora. 
Devemos nós profi ssionais extraí-los hoje e colocar únicos ou vários implantes?
Fico pensando... Amanhã, quem cuidará de seus próprios implantes? Será que nossos amados 
e venerados pacientes vão se importam em cuidar bem deles, como cuidam de seus carros, 
de suas mansões? Será que vão dedicar algum tempo a mais na manutenção de seus adora-
dos dentes novos que lhes devolvemos com perfeição, como cuidam do corpo, por exemplo? 
Lembro-me de uma frase que li em um antigo folheto publicitário que dizia:
“Tudo pode mudar na boca do futuro, menos a necessidade de higienizarmos corretamente 
os nossos dentes”.
Muitas coisas mudaram. Novas técnicas, novas possibilidades. Mas, pessoalmente, acredito 
que nem mesmos nós, humildes periodontistas ou implantodontistas, poderemos continuar 
evoluindo isoladamente sem o apoio e a conscientização dos nossos queridos pacientes. 
Cabe a nós interagir com essa conscientização desde hoje e sempre, e durante todo o futuro.
8
EDITOR CIENTÍFICO
Prof. Dr. Antonio Wilson Sallum
(FOP-Unicamp/SP)
(awsallum@terra.com.br)
CONSELHO CIENTÍFICO
Profs. Drs. Álvaro Francisco Bosco (Unesp-Araça-
tuba/SP), Arthur Belém Novaes Júnior (Forp - USP/
SP), Benedicto Egbert Corrêa de Toledo (Unifeb/
SP), Cassiano Kuchenbecker Rösing (UFRGS/RS), 
Carlos Alberto Dotto (Unicid/SP), Daiane Cristina 
Peruzzo (FOP-Unicamp/SP), Eduardo Gomes Se-
EDITORIAL
PerioNews - Ano V
PONTO DE VISTA
A Periodontia de anteontem, ontem, hoje e amanhã
Sérgio de Toledo
PERIODONTIA EM PAUTA 
Halitose: etiologia, diagnóstico e tratamento. Importância 
psicossocial e de saúde pública
CADERNO CIENTÍFICO
Trabalhos originais e inéditos em Periodontia e Cariologia
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Orientação jurídica à comunidade odontológica
Regina Célia Dalle Nogare
HOMENAGEM
ACONTECE
MERCADO
PESQUISAS EM EVIDÊNCIA 
Leituras essenciais
GUIA DE PRODUTOS 
Guia de produtos de higiene bucal para uso domiciliar
NORMAS DE PUBLICAÇÃO
Como enviar seus trabalhos
5]
7]
10]
Revista PerioNews 2011;5(1):8-9
abra (UFRN/RN), Eduardo Muniz Barretto Tinoco 
(Uerj-Unigranrio/RJ), Eduardo Saba Chujfi (SLMan-
dic/SP), Elcio Marcantonio Jr. (Unesp-Araraquara/
SP), Enilson Antonio Sallum (FOP-Unicamp/SP), 
Euloir Passanezi (FOB-USP/SP), Fernanda Vieira 
Ribeiro (FOP-Unicamp/SP), Francisco Pustiglioni 
(Fousp/SP), Francisco Humberto Nociti Jr. (FOP-
Unicamp/SP), Getúlio da Rocha Nogueira Filho 
(EBMSP/BA), Henrique Cruz Pereira (Unig/RJ), 
José Eduardo Cezar Sampaio (Unesp/SP), José 
Eustáquio da Costa (UFMG/MG), José Rober-
to Cortelli (Unitau/SP), Luis Antonio P. Alves de 
Lima (USP/SP), Magda Feres (UnG/SP), Márcio 
Fernando de Moraes Grisi (Forp-USP/SP), Marcio 
Zaffalon Casati (FOP-Unicamp/SP), Renato de Vas-
concelos Alves (FOP-UPE/PE), Ricardo Guimarães 
Fischer (Uerj-RJ), Rui Vicente Oppermann (UFRGS/
RS), Sérgio Luís da Silva Pereira (Unifor/CE), Sô-
nia Groisman (UFRJ/RJ), Urbino da Rocha Tunes 
(EBMSP/BA), Valdir Gouveia Garcia (Unesp-Araça-
tuba/SP), Vinicius Augusto Tramontina (PUC/Pa-
raná), Wagner Leal Serra e Silva Filho (Unicamp/
SP), Wilson Roberto Sendyk (Unisa/SP), Wilson 
Trevisan Jr. (Aonp/PR)
PerioNews [ www.perionews.com.br ]
 Sumário
17]
93]
91]
Editor Executivo: Haroldo J. Vieira (diretoria.haroldo@
vmcom.com.br); Editora e Jornalista Responsável: 
Cecilia Felippe Nery MTb: 15.685 (jornalismo.cecilia@
vmcom.com.br); Revisora: Vivian Arais Soares 
(jornalismo.vivan@vmcom.com.br); Diretora de Arte: 
Miriam Ribalta (criacao.miriam@vmcom.com.br); 
Assistentes de Arte: Cristina Sigaud (criacao.cris@
vmcom.com.br) e Eduardo Kabello (criacao.kabello@
vmcom.com.br); Webdesigner: Rodolfo Mustafe (web.
mustafe@vmcom.com.br); Webmaster: Anderson 
Oliveira Magalhães (web.anderson@vmcom.com.br); 
Gerente Operacional: José dos Reis Fernandes 
(go.reis@vmcom.com.br); Circulação e Assinaturas: 
AlexandreBecsei (assinaturas.alexandre@vmcom.
com.br); Gerente Nacional de Marketing e Vendas: 
Paulo César Raymundo (gerencia.pcraymundo@
vmcom.com.br); Publicidade: Executivas de 
Contas: Cintia Helena Avila (atendimento.cintia@
vmcom.com.br) e Érika de Carvalho (atendimento.
erika@vmcom.com.br); Supervisora de Vendas: 
Silvia Bruna; Administração: José Fernando Marino.
Redação, Marketing e Publicidade: VM 
Comunicação - Rua Gandavo, 70 - 04023-000 - São 
Paulo - SP - Tel.: (11) 2168-3400 - 
Fax: (11) 2168-3422 - www.vmcom.com.br
Impressão e Acabamento: Ipsis Gráfi ca e Editora. 
Responsabilidade Editorial: Todos os artigos 
assinados, bem como conteúdos publicitários 
inseridos na Revista PerioNews e edições especiais, 
são de inteira responsabilidade dos respectivos 
autores, empresas e instituições. Só será permitida a 
reprodução total ou parcial de 
conteúdos desta edição com a autorização 
dos editores.
Tiragem: 5.000 exemplares - auditada pela 
Circulação nacional.
Revista fi liada
Capa: imagem simbólica
representando estética vermelha.
113]
89]
94]
99]
96]
9
O universo clínico de Periodontia e Cariologia.
Erupção passiva alterada: diagnóstico, 
classifi cação e plano de tratamento
Delayed passive eruption: diagnosis, classifi cation 
and treatment plan
Marly Kimie Sonohara Gonzales, Ana Lúcia Pompéia 
Fraga de Almeida
Comparação entre duas técnicas para enxerto 
de tecido conjuntivo em recessões Classes I ou 
II de Miller
Comparison between two techniques of connective 
tissue grafting in Miller recession Class I and II
Fabio Bonamin dos Santos, Vula Papalexiou, Sônia 
M. Luczyszyn, Sung H. Kim, Vinicius A. Tramontina
Retalho reposicionado apical modifi cado e 
retalho posicionado coronário. Combinação 
de técnicas cirúrgicas para tratamento de 
recessão radicular
The modifi ed apically repositioned fl ap and coronally 
positioned fl ap. Combined techniques for treatment 
of root recession
João Carnio, Fernanda Akemi Nakanishi-Ito, 
Michael Hikaru Tashiro
Uso tópico de antimicrobianos como um meio 
auxiliar no tratamento da periodontite
Topical use of antibiotics as an aid in the treatment 
of periodontitis
Larice Kércia Braz Monteiro, Maria Mônica Studart 
Mendes Moreira
Efeitos da terapia fotodinâmica no tratamento não 
cirúrgico da periodontite crônica
Effects of photodynamic therapy in non-surgical 
treatment of chronic periodontitis
Bianca Calil Feldman, Léo Guimarães Soares, Eduardo 
Muniz Barretto Tinoco, Márcio Eduardo Vieira Falabella, 
Denise Gomes da Silva, Gerdal Roberto de Sousa
Restauração subgengival e cirurgia plástica 
periodontal no tratamento de recessão gengival 
associada à lesão cervical não cariosa
Subgingival restoration and periodontal plastic surgery 
in the treatment of gingival recession associated with 
non-carious cervical lesion
Claudia Roberta Tenório-Trevisani, Tatiana Miranda 
Deliberador, Antonio Luiz Trevisani Júnior, 
Ricardo Luiz Grein
Correção de erupção passiva através de cirurgia 
plástica periodontal
Correction of passive eruption by periodontal plastic 
surgical. Case report
Patrícia Fernanda Roesler Bertolini, Oswaldo 
Biondi Filho, Dalila Evelyn Santiago
Desconforto e dor após aumento de coroa clínica 
realizado com instrumentos rotatórios e manuais
Pain and discomfort after crown lengthening performed 
with rotatory and manuals instruments
Tatiana Militz Perrone Pinto, Gustavo Nogara Dotto, 
Fabricio Batistin Zanatta
Autopercepção sobre o impacto de saúde bucal 
na qualidade de vida em pacientes com doença 
falciforme
Self perception of the impact of oral health in life quality 
patients with silk cell disease
Caroline Lourenço Correia, Bianca Harari, Marcos Paulo 
Fonseca Corvino, Sonia Groisman
17]
71]
Revista PerioNews 2011;5(1):8-9
25]
ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES
50]
59]
35]
 Caderno Científi co
Demais publicações VM Cultural:
42]
Assinatura anual - R$ 420,00 | 6 edições
Internacional - US$ 280.
Central de Relacionamento com o Assinante:
Hunter Contact Center | Tel.: (11) 3566-6227 
assinaturas@huntercontactcenter.com.br
Loja virtual: www.vmstore.com.br
Importante: a revista PerioNews só comercializa 
assinaturas através de telemarketing próprio. 
Não possui “vendedores” em domicílio.
Compromisso com nossos leitores
 Facilitar o acesso a conteúdos 
baseados em pesquisas clínicas 
testadas e comprovadas.
 Publicar conteúdos de vanguarda, 
visando trazer para mais perto 
possibilidades futuras.
 Promover a discussão de temas polê-
micos e fazer consenso para melhor 
orientar e proporcionar segurança 
nas várias práticas clínicas.
 Incentivar a produção científi ca de 
jovens talentos, criando prêmios de 
mérito para ampliar o número de 
pesquisadores no Brasil.
 Crescer continuamente o volume 
de artigos clínicos publicados por 
edição, buscando aumentar a base 
de informação.
 Disponibilizar canal on-line
de consultas para solucionar even-
tuais dúvidas em práticas clínicas 
seguras.
 Garantir circulação da revista na 
data certa, evitando a quebra do 
fl uxo regular de atualização científi -
ca neste campo.
64]
79]
10
Halitose: etiologia, diagnóstico e tratamento. 
Importância psicossocial e de saúde pública
Revista PerioNews 2011;5(1):10-4
A partir desta edição, iniciamos uma nova série de textos referentes a temas importantes da Periodontia, 
que divulgaremos ao longo de todo o ano, sob o ponto de vista de destacados especialistas da área. 
Para começar, abordaremos a Halitose, uma das principais causas que levam o paciente a procurar 
o cirurgião-dentista. Conheça mais sobre o assunto nos textos a seguir.
Dentre as especialidades odontológicas, a Periodontia é 
a que mais se aproxima da prática e do embasamento 
científi co necessário para diagnosticar e tratar o paciente 
portador de halitose. Isto porque os determinantes biológi-
cos destas manifestações se assemelham, favorecendo o 
desempenho do periodontista.
Por ser de causa multifatorial e alvo de poucos estudos 
e pesquisas, ainda não há conceito universalmente acei-
to para o perfeito diagnóstico e tratamento da halitose. 
Embora critérios tenham sido sugeridos em diversas pu-
blicações científi cas editadas por todo o mundo, a falta de 
um protocolo único tem levado a difi culdades e confusões 
crescentes. Principalmente quando se pretende realizar le-
vantamentos epidemiológicos em diferentes populações.
Estudos realizados por equipes multidisciplinares, com-
postas por gastroenterologistas, psiquiatras, otorrinola-
ringologistas e periodontistas, constataram que aproxi-
madamente 87% das causas de halitose são de ordem 
bucal. Alterações sistêmicas desempenham papel indireto 
e por isso muitas vezes em estudos que procuram relação 
direta das doenças sistêmicas com a halitose, resultam 
em achados não condizentes com o que se observa cli-
nicamente.
Estes fatores, que hoje ainda não são devidamente escla-
recidos pela ciência, deixam clara a necessidade da co-
munidade acadêmica fomentar estudos e pesquisas dire-
cionadas a esta área, para que haja a devida capacitação 
dos profi ssionais de saúde para atender e esclarecer a 
população que percorre consultórios médicos e odontoló-
gicos em busca de ajuda. 
Celi Vieira
Mestre em Ciências da Saúde – Universidade de Brasília – UnB/DF; Especialista em Periodontia – As-
sociação Paulista de Cirurgião-Dentista; Professora – IIMDS- International Institute Medical Dentistry 
Science-Portugal
celi17@uol.com.br
Esta peregrinação resulta na realização de inúmeros 
exames desnecessários, como endoscopias gástricas e 
laringoscopias, bem como uso de diversas medicações 
inadequadas e até perigosas como antibióticos, ocasio-
nando sérios desgastes, físico e emocional, ao paciente 
que acredita ter halitose.
Importante ressaltar que, em média, em cada dez pa-
cientes que procuram tratamento de halitose, quatro não 
apresentam resultados positivos depois de avaliações se-
riadas. Estes indivíduos apresentam alterações sensoper-
ceptivas que os levam a acreditar que possuemhalitose. 
Sentem que o seu hálito é alterado, porém, não apresen-
tam odor no fl uxo expiratório. Esta alteração geralmente 
está associada às queixas de gosto ruim e/ou boca seca. 
Mais do que a halitose real, a pseudo-halitose acarreta sé-
rios transtornos na vida de uma pessoa, levando ao isola-
mento social e até mesmo familiar.
Esta situação geralmente é agravada pela falta de co-
nhecimento do profi ssional sobre o assunto, que tende 
a encaminhar este paciente para outra especialidade na 
intenção discreta e às vezes até inconsciente de se livrar 
do problema. 
Neste cenário, a comunidade odontológica ganha um pa-
pel de importância fundamental, pois hoje é o primeiro pro-
fi ssional a ser procurado para tratar a halitose, cabendo a 
ele absorver esta demanda.
Ressaltando que o impacto da desinformação causa cons-
trangimento, tanto para o paciente quanto para o profi s-
sional, além de acarretar gastos desnecessários ao setor 
público e privado de atenção a saúde de nossa população. 
11Revista PerioNews 2011;5(1):10-4
 Periodontia em pauta
Na história da Odontologia, lamentavelmente, o tema Hali-
tose tem sido relegado a planos de menor importância e, 
muitas vezes, entregue a outros profi ssionais, eximindo a 
Odontologia de sua responsabilidade. 
Em termos de defi nição, halitose ou mau hálito é a manifes-
tação de odores desagradáveis emanados da boca ou das 
cavidades nasal, paranasal e faringe. Em relatos norte-ameri-
canos, após cárie e doenças periodontais, é uma das causas 
mais frequentes de visitas ao dentista. 
Modernamente, halitose tem sido considerada um problema 
que envolve saúde e estética. A primeira, porque a maior 
parte das halitoses está associada a processos de doença e 
a segunda, porque afeta o odor do indivíduo, o que se torna 
um problema de impacto estético também. Nesse sentido, 
sabendo do impacto que a halitose traz para o indivíduo e 
considerando o título proposto para a presente coluna, gos-
taria de, brevemente, discutir a questão de ser ou não a hali-
tose um problema de saúde pública.
Um problema de saúde pública se caracteriza por ser aque-
le que se distribui na população de forma ampla, causando 
custos importantes tanto governamentais quanto de setores 
privados para sua resolução que, caso não ocorra, gera gran-
des malefícios coletivos. Na medida em que halitose por si 
só não é caracterizada como uma doença, seu entendimento 
como problema de saúde pública fi caria prejudicado. Estudos 
epidemiológicos têm demonstrado prevalências variadas, de 
acordo com local e critérios de defi nição. As prevalências 
apresentadas variam de 2% (halitose severa) a aproximada-
mente 30%. Sendo assim, ainda que a halitose não possa ser 
caracterizada classicamente como um problema de saúde 
pública, é imperioso que se tenha ideia de que é um problema 
de prevalência signifi cativa. 
Mais recentemente, diferentes centros no mundo iniciaram 
abordagens de halitose, tendo estimulado a pesquisa na 
área. Esses resultados têm demonstrado que mais de 90% 
das halitoses são de origem bucal e são resolvidas com o 
tratamento odontológico. Outras tantas, com situações de 
origem combinada, também têm redução drástica com as 
medidas odontológicas para controle da halitose. Essas de-
monstrações têm focado que o tratamento multiprofi ssional 
da halitose deve ser liderado por profi ssional da Odontologia. 
Nesse sentido, o cirurgião-dentista, em sua abordagem clí-
nica, deve perguntar ao paciente se ele observa presença 
Cassiano Kuchenbecker Rösing
Pós-doutorado – Universidade de Oslo; Professor associado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
ckrosing@hotmail.com
de halitose ou se alguém o advertiu do fato. Seguindo-se, é 
importante que se captem as impressões do mesmo sobre 
a situação para que se possa entender as experiências pré-
vias, os impactos e as crenças e atitudes em relação ao pro-
blema. Também é importante que se conheçam os hábitos de 
higiene bucal do paciente, incluindo eventual abordagem do 
mesmo sobre a língua.
Após o momento de entrevista, o profi ssional da Odontologia 
deve estar atento a todos os problemas bucais que possam 
ter relação com halitose. Especial atenção deve ser dada à 
observação da presença de saburra lingual e de doenças pe-
riodontais. Havendo problemas bucais, esses devem ser tra-
tados através de abordagem etiopatogênica, por ser aquela 
que tem efetividade e possibilidade de manutenção de resul-
tados ao longo do tempo.
Estudos que têm realizado tratamento periodontal têm con-
sistentemente demonstrado redução de halitose. Em nosso 
grupo de trabalho, realizamos, em pacientes portadores de 
periodontite, um programa estrito e meticuloso de controle 
do biofi lme supragengival. Essa medida já foi capaz de redu-
zir drasticamente a halitose. Ainda que os resultados obtidos 
com abordagens de remoção de bactérias da área da língua 
sejam controversos, por uma questão de higiene, é interes-
sante que essas orientações sejam dadas aos pacientes, o 
que também tem resultado em diminuição de halitose. Quando 
se adotam abordagens terapêuticas como as propostas até 
agora, a resolutividade da halitose é elevada. Também não se 
pode esquecer de que, no entorno da problemática da hali-
tose, diferentes produtos têm sido desenvolvidos para o seu 
tratamento. Agentes mascaradores, estimuladores de saliva, 
evitando a volatilização de compostos sulfurosos estão dispo-
níveis, mas não fazem parte dessa abordagem motivacional. 
O cirurgião-dentista, entretanto, antes de prescrever qualquer 
desses agentes, deve estar familiarizado com sua segurança 
e, especialmente, com as evidências que o suportam.
O mais importante para que se atinjam os objetivos de plena 
satisfação do paciente é que a equipe de saúde esteja capa-
citada para entender a halitose como um problema individual 
de alto impacto e reconhecer a importância de seu trata-
mento. À Odontologia é dada a responsabilidade de liderar 
o processo de tratamento, por sua importância, sem nunca 
deixar de lado a integralidade da atenção, com abordagens 
interdisciplinares e multiprofi ssionais.
12 Revista PerioNews 2011;5(1):10-4
Denise Falcão
Especialista em Periodontia – Associação Paulista de Cirurgião-Dentista; Mestre e 
doutora em Ciências da Saúde – Universidade de Brasília – UnB.
dfalcao@terra.com.br
Halitose é um termo amplo que até então evi-
denciava a emissão de odores desagradáveis no 
fl uxo expiratório. Contudo, halitose nem sempre 
se apresenta desta forma, pois não raro, verifi -
camos a presença de distúrbios sensopercep-
tíveis que revelam alterações gustatórias, olfa-
tórias e/ou psicogênicas que promovem queixa 
de halitose, mesmo na ausência de substâncias 
odoríferas. Esta queixa pode ser decorrente de 
uma série de causas isoladas ou associadas e 
é frequente nos atendimentos de atenção pri-
mária, uma vez que 50% da população adulta 
sofrem deste problema em algum momento de 
suas vidas.
A visão segmentada, e até mesmo limitada, 
sobre como diagnosticar e tratar halitose tem 
gerado sérios transtornos de ordem emocional 
aos portadores, além dos gastos com a realiza-
ção de exames desnecessários. 
É importante o profi ssional ter entendimento de 
que, embora as publicações científi cas afi rmem 
que aproximadamente 80% das causas da ha-
litose sejam de responsabilidade do cirurgião-
dentista, este assunto também é da compe-
tência de médicos, psicólogos e nutricionistas. 
Importante destacar que halitose pode sinalizar 
uma doença, portanto, requer um diagnóstico 
preciso e tratamento adequado.
Fundamentalmente, a elaboração do correto 
diagnóstico dependerá da aplicação de uma 
anamnese detalhada, que avalie o paciente sob 
a ótica do todo e não como uma peça isolada 
de um grande quebra-cabeça. A avalição clíni-
ca deverá verifi car não somente a presença de 
doenças periodontais e de biofi lme lingual, mas 
também avaliar os padrões salivares. Este é 
outro aspecto falho na formação do cirurgião-
dentista. Um estudo conduzido no Brasil verifi-
cou que 69% dos periodontistas entrevistados 
não haviam tido aula sobre saliva durante a pós-
graduação. Ora, a saliva, além de promover a 
autolimpeza, é fundamental para o equilíbrio da 
microbiota bucal, manutenção do pH, dentre ou-
tras funcões. Por exemplo, sabe-se que na ocor-
rência de maior viscosidade salivar, de um pH 
ligeiramente alcalino e/ou da redução do fl uxo 
salivar, o indivíduo já fi ca vulnerável à halitose de 
origem bucal em decorrência da maior prolifera-
ção de patógenos proteolíticos.
Quanto a verifi cação do odor, existem três mé-
todos geralmente aceitos para medir e avaliar a 
extensão do odor nos portadores. O primeiro é 
o organoléptico, no qual o examinador usa sua 
capacidade olfativa. Muito embora este método 
seja considerado o padrão ouro para uso clínico, 
é importante destacar que nem todos os pro-
fi ssionais possuem olfato hábil para atuar nesta 
área de atenção à saúde. Outro método é o uso 
de monitores portáteis que quantifi cam os com-
postos sulfurados voláteis, como o Halimeter 
(Interscan Corporation, Chatsworth, CA, EUA) 
e o OralChroma (Abilit Corporation, Osaka, Ja-
pão). O terceiro método, cromatografi a gasosa, 
é altamente sensível. Entretanto, não é aplicável 
para uso clínico e pouco usado em pesquisas 
em função da complexidade de seu uso e do 
alto custo.
A relação dos odores corporais com os aspec-
tos sociais sempre foi fator de preocupação 
para a humanidade e ainda é um obstáculo para 
a plenitude da vivência conjugal, para os relacio-
namentos sociais e, até mesmo, para ascensão 
profi ssional. Cientes disso, grandes grupos eco-
nômicos investem e lucram anualmente grandes 
somas na área de produtos voltados à melhoria 
da qualidade do hálito. Paradoxalmente, revela-
se inaceitável que com o avanço dos conheci-
mentos, a halitose ainda não faça parte do pro-
cesso de formação dos profi ssionais da saúde. 
Portanto, caberá a nós mudar este panorama.
13Revista PerioNews 2011;5(1):10-4
 Periodontia em pauta
Daiane Peruzzo
Especialista em Periodontia – UFRGS; Mestre e doutora em Clínica Odontológica – área de concentração, 
Periodontia – FOP – Unicamp.
daiaperuzzo@yahoo.com.br
O que é? A halitose não é necessariamente uma doença, 
mas um sinal indicativo de que algo não vai bem no orga-
nismo, seja do ponto de vista patológico, fi siológico ou 
até mesmo uma questão de má higiene bucal. Podendo-se 
fazer uma analogia com a febre, representando um alerta, 
uma quebra de homeostasia do organismo.
Quais são as causas? Pela manhã, ao acordar, o hálito é 
geralmente mais forte e desagradável devido a uma drás-
tica redução do fl uxo salivar durante o sono, associado 
ao acúmulo e putrefação de células bucais descamadas, 
resíduos alimentares e saliva. Forma-se então uma cama-
da esbranquiçada sobre a língua, principalmente no terço 
posterior, denominada saburra lingual (SL). As células epi-
teliais, contidas na SL, são constituídas por proteínas ricas 
em aminoácidos que contém enxofre e, por um processo 
bioquímico, esses compostos (denominados genericamen-
te de compostos sulfurados voláteis – CSV) são liberados, 
causando o mau odor bucal. Entretanto, esse mau hálito 
matinal é fi siológico e controlado com uma adequada hi-
giene bucal. Caso o mau odor permaneça, pode-se con-
siderar halitose, a qual merece cuidados especiais quan-
to ao seu diagnóstico, orientação e tratamento. A maior 
parte dos casos de halitose está relacionada à atividade 
proteolítica das bactérias, residentes na superfície da lín-
gua e superfícies dentais, que degradam os substratos 
proteicos gerando os compostos mal cheirosos, como os 
CSV, ácidos graxos e poliaminas. Seguida da presença da 
SL, a segunda grande causa da halitose está relacionada 
à presença do biofi lme (placa bacteriana) nas superfícies 
dos dentes, presença de cáries, gengivite e periodontite.
O que fazer para evitar a halitose? a) beber água regu-
larmente; b) ter uma dieta balanceada, incluindo alimentos 
fi brosos, pois eles funcionam como uma escova, limpando 
a língua; c) evitar o consumo excessivo de alimentos de 
odor carregado; d) fazer pequenas refeições a cada três e 
quatro horas; e) evitar o consumo de bebidas alcoólicas e 
cigarro; f) controlar o estresse, pois ele também contribui 
para a ocorrência do mau hálito; g) realizar adequada higie-
ne bucal, incluindo o uso de fi o/fi ta dental e a limpeza da 
língua; h) manter a boca saudável, isto inclui ausência de 
cáries e de doenças gengivais (gengivites e periodontites).
O que fazer para tratar a halitose? O tratamento da 
halitose está relacionado à causa, desta forma, o primeiro 
passo a ser dado é investigar a origem; no entanto, vale 
ressaltar que a grande maioria dos casos de halitose (cerca 
de 90%) são de origem bucal e a terapia da halitose deve 
ser determinada de acordo com as necessidades individu-
ais de cada paciente. Para a halitose de origem bucal, as 
seguintes abordagens terapêuticas devem ser considera-
das: a) redução da carga bacteriana intraoral; b) redução da 
disponibilidade de nutrientes proteicos para as bactérias, 
uma vez que a microbiota responsável pela conversão dos 
CSV são bactérias proteolíticas; c) conversão dos CSV em 
compostos não voláteis; d) mascaramento do mau odor.
Considerando que a superfície dorsal da língua e o biofi lme 
dental bacteriano são os principais reservatórios de bacté-
rias produtoras de CSV, os procedimentos de tratamento 
periodontal, realizados pelo dentista, e um efetivo contro-
le de placa bacteriana, associado à higiene da superfície 
dorsal da língual, visando remover a SL, são medidas de 
fundamental importância para redução dos níveis de CSV 
na cavidade bucal. A limpeza da língua deve ser realiza-
da usando a associação de escova + limpador lingual. A 
escova tem o papel de varrer a superfície da língua e o 
limpador de língua, por sua vez, age como um rodo, re-
movendo a SL.
O uso de enxaguatórios bucais sem álcool pode auxiliar 
na resolução do aspecto cosmético do mau odor bucal, 
porém, não deve ser considerado como forma única de 
tratamento. O uso de antissépticos, em sua grande maio-
ria, não trata halitose, apenas servem para mascará-la e 
proporcionar um hálito mais agradável enquanto o produto 
está ativo na cavidade bucal. Entretanto, alguns antissépti-
cos possuem maior comprovação na redução da halitose, 
como os que possuem em suas formulações gluconato de 
clorexidina ou cloreto de zinco. A clorexidina tem a capaci-
dade de permanecer ativa até 12 horas, porém, o seu uso 
contínuo pode provocar efeitos colaterais como mancha-
mento em dentes e língua, o qual pode ser removido por 
profi laxia feita pelo dentista. Quanto ao cloreto de zinco, 
poucos estudos foram realizados para avaliar o tempo de 
efi cácia, porém, efeitos adversos não foram encontrados.
14 Revista PerioNews 2011;5(1):10-4
A halitose é um problema multifatorial e multidisciplinar. Apesar disso, 98% ou mais 
se devem às causas odontológicas, com destaque especial para a doença perio-
dontal e saburra lingual. Esses dois casos acontecem devido à contaminação por 
bactérias patogênicas anaeróbicas gram-negativas que inicialmente se localizam na 
língua, o que geralmente acontece por um mecanismo de aderência devido a um 
aumento da concentração de mucina na saliva (por redução do fl uxo salivar ou não).
A preocupação com o hálito vem de longa data, mas somente em 1874, quando 
foi estudada e descrita por Howe, a halitose passou a ser considerada como uma 
entidade clínica.
Os odorivetores mais importantes com relação ao desenvolvimento da halitose po-
dem ser classifi cados em três grupos: 1. compostos sulfurados voláteis (mais impor-
tantes, presentes na saburra e doença periodontal – sulfi dreto, metilmercaptana e 
dimetilsulfeto); 2. compostos orgânicos voláteis de origem putrefativa; 3. compostos 
orgânicos voláteis de origem sistêmica, sendo estes do tipo metabólico patológico, 
metabólico alimentar (fi siológico) e metabólico medicamentoso (iatrogênico).
A halitosedeve ser considerada importante por pelo menos duas razões: 1) é uma 
restrição social; 2) pode ter consequências sistêmicas quando os microrganismos 
patogênicos caem na corrente circulatória (geralmente, pela perda da inserção 
epitelial, no início da doença periodontal).
Como possíveis problemas sistêmicos devido à doença periodontal estão descritos 
na literatura: pneumonias, gastrite, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, 
eclâmpsia, nascimento prematuro, nascimento de baixo peso, abortos e artrite 
reacional.
Informações da literatura mostram que a saburra é a sede de microrganismos 
responsáveis pela placa dental, cárie, doença periodontal, halitose, doenças pulmo-
nares, gastrite por H. pylori etc.
Por todos os motivos acima expostos, é lógico que manter a superfície da língua o 
mais limpa possível é uma forma de reduzir drasticamente a contagem de micror-
ganismos patogênicos na cavidade bucal.
No entanto, é um erro acreditar que todo hálito desagradável seja sempre anormal 
ou indicativo de alterações orgânicas. Encontramos alterações do hálito em pessoas 
normais, pela manhã, devido à hipoglicemia do jejum e pela redução fi siológica do 
fl uxo salivar que acontecem durante a noite.
Olinda Tarzia
Professora e pesquisadora – Cetao/São Paulo; Autora do livro 
“Halitose – um desafi o que tem cura”; Responsável pelo setor 
científi co – Odomed.
tarzia@uol.com.br
17Revista PerioNews 2011;5(1):17-22
 Periodontia
RESUMO
A gengiva tem um papel importante na estética do sorriso. O sorriso gen-
gival, o qual apresenta exposição gengival em excesso, pode ter como 
fatores etiológicos: excesso maxilar vertical (esquelético), lábio superior 
curto ou hiperativo, posição dentária relacionada com a extrusão, coroa 
clínica curta, ou erupção passiva alterada. Esta última ocorre quando não 
há uma correta migração apical da margem gengival e parte da coroa 
anatômica do dente permanece coberta por gengiva. O presente trabalho 
teve como objetivo discutir classifi cação, métodos de diagnóstico e plano 
de tratamento do sorriso gengival causado por erupção passiva alterada, 
ilustrada por meio de um caso clínico.
Unitermos - Erupção dentária; Estética dentária; Sorriso; Gengiva; Au-
mento de coroa clínica; Coroa dentária.
ABSTRACT
The gingiva plays a fundamental role in the esthetics of smile. The gummy 
smile, which presents excessive gingival exposure, may have as etiologic 
factors the vertical maxillary excess (skeletal), short or hyperactive upper lip, 
extruded tooth positioning, short clinical crown, or delayed passive eruption. 
The latter occurs when there is no correct apical migration of the gingival 
margin and part of the anatomical crown of the tooth remains covered by 
gingiva. The present study aims at discussing the classifi cation, methods 
for diagnosis and treatment plan for the gummy smile caused by delayed 
passive eruption, illustrated by means of a case report.
Key Words - Tooth eruption; Esthetics dental; Smiling; Gingiva; Tooth 
crown.
Erupção passiva 
alterada: diagnóstico, 
classifi cação e plano de 
tratamento
*Mestre em Periodontia e doutora em Reabilitação Oral – Faculdade de 
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo (FOB/USP) – Bauru/SP.
*Professora doutora do Depto. de Prótese – FOB/USP e Hospital de Reabi-
litação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo – HRAC/
USP – Bauru/SP.
Relato de caso clínico
Marly Kimie Sonohara Gonzales*
Ana Lúcia Pompéia Fraga de Almeida**
Delayed passive eruption: diagnosis, 
classifi cation and treatment plan
Recebido em set/2010
Aprovado em out/2010
18 Revista PerioNews 2011;5(1):17-22
Gonzales MKS • de Almeida ALPF
INTRODUÇÃO
As três estruturas que compõem um sorriso (dente, con-
torno gengival e lábio) devem ter uma relação harmônica para 
uma estética aceitável1-2. O sorriso pode ser: baixo, médio e 
alto. O sorriso é alto quando ocorre excessiva exposição de 
gengiva, conhecido como sorriso gengival3-4.
O sorriso gengival pode ocorrer pela posição dentária e 
à coroa clínica curta. As causas comuns incluem destruição 
coronária traumática, cáries, atrito incisal e localização coro-
nária da gengiva, podendo levar a hipertrofi a do tecido ou um 
fenômeno conhecido como erupção passiva alterada5-9. Além 
disso, pode estar associado a outras condições, incluindo 
lábio superior curto, extrusão dentária e crescimento vertical 
excessivo da maxila6-7.
O processo de erupção dentária basicamente constitui-
se em duas fases. A erupção ativa ocorre quando o dente, 
em movimento oclusal, emerge da cripta óssea e continua a 
erupcionar até manter contato oclusal com o dente antago-
nista. Este estágio é seguido pela segunda fase, a erupção 
passiva, caracterizada pelo deslocamento apical da junção 
dentogengival10-11, que resulta no aumento do comprimento 
da coroa clínica11-12. Quando grande parte da coroa anatômi-
ca permanece coberta pela gengiva, denomina-se de erup-
ção passiva alterada ou atrasada2. A ocorrência da erupção 
passiva alterada é imprevisível, mas a sua frequência no geral 
da população é de aproximadamente 12%6,10-11,13-14.
Clinicamente, o paciente com erupção passiva alterada 
apresenta coroas clínicas curtas, apresentando a dimensão 
vertical da coroa menor do que a dimensão horizontal, com-
prometendo a harmonia do sorriso2.
Para diagnosticar a etiologia do sorriso gengival, como 
sendo a erupção passiva alterada, deve-se inicialmente anali-
sar os lábios do paciente em repouso e no sorriso forçado4, 
verifi car se há exposição de gengiva em excesso. Se o com-
primento do lábio estiver entre 20 e 24 mm destes parâme-
tros e o paciente expuser a gengiva em excesso durante o 
sorriso a causa é sua hiperatividade.
Após a análise do lábio, o próximo passo é a localização 
da JCE (junção cemento esmalte) utilizando uma sonda explo-
radora subgengivalmente8. Se a JCE está localizada em uma 
posição normal no sulco gengival, provavelmente, o paciente 
não apresenta erupção passiva alterada. Quando a JCE não 
for detectada no sulco, a sondagem da crista óssea alveo-
lar deve ser realizada. Normalmente, nos casos de erupção 
passiva alterada, é determinado que a JCE está próxima do 
sulco gengival. A medida pode ser utilizada para determinar 
a relação da JCE com a crista óssea alveolar7,15.
O exame radiográfi co por meio de radiografi as peria-
picais auxilia também na determinação do comprimento da 
coroa anatômica, pela localização da JCE e da quantidade de 
suporte ósseo8.
Quando a causa do sorriso gengival for erupção passiva 
alterada, o tratamento será a cirurgia periodontal de aumento 
de coroa clínica. A indicação das diferentes técnicas cirúrgi-
cas depende da classifi cação da erupção passiva alterada16.
O sucesso do tratamento de aumento de coroa clínica 
depende de um diagnóstico apurado e um plano de tratamen-
to cuidadoso, considerando as distâncias biológicas e a jun-
ção dentogengival. Considerando-se que a maioria dos casos 
de sorriso gengival observados é devido à erupção passiva 
alterada, o presente artigo teve como objetivo discutir classi-
fi cação, métodos de diagnóstico e plano de tratamento desta 
alteração, exemplifi cando-a através de um caso clínico.
RELATO DE CASO CLÍNICO
Paciente FM, 19 anos, gênero feminino, queixa-se da de-
sarmonia do sorriso após tratamento ortodôntico e relatou 
ter vergonha de sorrir.
Durante o exame inicial, realizou-se uma sequência de 
avaliação para obter o diagnóstico correto da etiologia do 
sorriso gengival, que consiste em:
• Análise do sorriso forçado da paciente e dos seus lábios 
em repouso (Figura 1).
• Mensuração do lábio superior em repouso: medida de 
20 mm estava dentro dos parâmetros para as mulheres 
(de 20 a 22 mm).
• Avaliação da altura da coroa clínica: desarmonia do nível 
Figura 1 - Sorriso inicial da paciente, mostrando exposição exces-
siva da gengiva.
19Revista PerioNews 2011;5(1):17-22
 Periodontia
da margem gengival dos dentes anteriores superiores 
(Figura 2).
• Medida da alturadas coroas clínica dos dentes: incisivo 
central superior (8 mm de altura), Figura 3.
• Localização da JCE com sonda exploradora introduzida 
através do sulco gengival: não foi possível detectar a 
JCE, sugerindo a sua localização no nível da crista óssea 
alveolar (subgrupo B).
• Sondagem óssea: após a anestesia terminal infi ltrativa, 
introduziu-se uma sonda milimetrada até atingir a crista 
óssea, a medida obtida de 2,5 mm indicava quantidade 
de tecido gengival supraósseo (Figura 4).
• Medida da quantidade de mucosa ceratinizada: a JMG (jun-
ção muco gengival) estava localizada apical à crista óssea 
(Tipo I), Tabela 1.
• Radiografi a periapical da área para auxiliar na localização 
da JCE e verifi car sua relação com a crista óssea alveolar: 
crista óssea proximal estava distante da JCE (sem neces-
sidade de osteotomia na área interproximal).
O diagnóstico clínico e radiográfi co foi de erupção pas-
siva alterada Tipo IB e foi planejada a correção do sorriso 
gengival por meio de cirurgia periodontal com retalho de bisel 
interno e osteotomia (Tabela 2). Posterior a uma anamnese 
criteriosa, executou-se a raspagem da boca toda e orienta-
ções de higiene bucal para restabelecer a saúde gengival. 
Após a anestesia terminal infi ltrativa de toda região anterior 
superior, realizou-se uma incisão em bisel interno ou inverso 
Figura 2 - Vista frontal intrabucal: desarmonia do nível da margem 
dos dentes ântero-superiores.
Figura 3 - Medida da 
altura da coroa clínica 
do incisivo central su-
perior direito (8 mm).
Figura 4 - Medida 
da margem gengival 
até a crista óssea 
realizada com auxílio 
da sonda milimetrada.
TABELA 1 - CLASSIFICAÇÃO DA ERUPÇÃO PASSIVA ALTERADA6
Tipo Descrição
I JMG está localizada apical a crista óssea alveolar.
II JMG está localizada no nível da JCE.
Subgrupo A
A distância entre a crista alveolar e a JCE 
corresponde a 1,5 a 2 mm, permitindo a inserção 
normal de fi bras gengivais no cemento.
Subgrupo B A crista alveolar está no nível da JCE.
TABELA 2 - PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DA ERUPÇÃO PASSIVA 
ALTERADA6
Tipo Planejamento cirúrgico
IA Gengivectomia, retalho de bisel interno.
IB Retalho de bisel interno com osteotomia.
IIA Retalho com posicionamento apical.
IIB Retalho com posicionamento apical com osteotomia.
20 Revista PerioNews 2011;5(1):17-22
Gonzales MKS • de Almeida ALPF
com lâmina de bisturi 15c, demarcando um arco côncavo 
regular, mais apicalmente, próximo ao nível da JCE, sem 
atingir a região interproximal2,8, para não alterar a papila in-
terproximal e não comprometer a estética da área (Figura 
5). Removeu-se o colar de gengiva de aproximadamente 2 a 
3 mm (Figura 6), eliminando-se o tecido gengival em excesso 
e expondo a coroa anatômica do dente.
O retalho total foi rebatido com um descolador, possibi-
litando a visualização da crista óssea vestibular ao nível da 
JCE. A osteotomia com cinzéis acompanhou a JCE, estenden-
do-se aproximadamente 1 a 2 mm apicalmente para permitir 
espaço para as distâncias biológicas (Figura 7).
Finalmente, as suturas simples foram realizadas nas re-
giões interproximais, com fi o Vicryl 6.0 (Johnson & Johnson), 
Figura 8, e removidas após uma semana. A avaliação pós-
operatória de três meses revelou um adequado aumento de 
coroa clínica dos dentes com a preservação da característica 
em arco côncavo regular da margem gengival e da papila 
interproximal (Figura 9). A comparação entre o sorriso inicial 
(Figura 1) e fi nal do paciente (Figura 10) demonstrou a harmo-
nia do lábio com as estruturas dentárias e gengivais obtidas 
após o procedimento cirúrgico periodontal.
DISCUSSÃO
O planejamento cirúrgico do aumento de coroa clínica 
se baseia na avaliação do sorriso, comprimento anatômico 
da coroa, comprimento do lábio superior e altura do osso 
maxilar. A apresentação do caso clínico enfoca também a 
importância do planejamento, considerando-se a distância da 
JCE à crista óssea alveolar e localização da JMG em relação 
ao nível da JCE e a quantidade de mucosa ceratinizada, para 
obter um sorriso com harmonia entre lábios, coroa clínica 
dentária e tecidos periodontais.
Figura 5 - Incisão em bisel interno delimitado a nova margem 
gengival para expor mais a coroa anatômica dos dentes.
Figura 6 - Aumento de coroa clínica dos dentes ântero-superiores 
após a remoção do tecido gengival marginal posicionado a margem 
gengival do incisivo lateral 1 mm coronal em relação à margem dos 
incisivos centrais e caninos.
Figura 7 - Osteotomia manual realizada após rebatimento do reta-
lho total, localizando a crista óssea vestibular de 1 a 2 mm apical à 
junção cemento-esmalte.
Figura 8 - Retalho posicionado e suturado com fi o Vicryl 6-0.
21Revista PerioNews 2011;5(1):17-22
 Periodontia
Figura 10 - Sorriso fi nal do paciente.Figura 9 - Vista frontal da região ântero-superior, três meses após 
a cirurgia periodontal.
A erupção passiva alterada foi classifi cada em dois tipos 
principais, de acordo com a relação entre junção cemento-
esmalte (JCE) e junção mucogengival e então subdividiram 
em duas classes conforme a posição da crista óssea7.
O caso clínico apresentado corresponde ao Tipo IB de 
erupção passiva alterada, um dos tipos mais frequentes des-
ta alteração15.
O Tipo I apresenta ampla faixa de gengiva, o excesso 
de tecido gengival pode ser removido por gengivectomia ou 
retalho em bisel interno. Ao contrário o Tipo II, necessita pre-
servar a pouca faixa de gengiva, sendo indicada a realização 
de retalho posicionado apicalmente13.
No subgrupo B, como a crista óssea está ao nível da 
JCE, indica-se a realização da ressecção óssea para criar 
espaço para a reinserção de fi bras gengivais e restabelecer 
as distâncias biológicas para o remodelamento do tecido 
gengival no nível mais apical4,8.
Nos casos em que a crista óssea encontra-se de 1,5 
a 2 mm apical a JCE, Tipo IA e IIA, o tratamento do sorriso 
gengival baseia-se apenas no deslocamento apical do teci-
do gengival, sem a necessidade de osteotomia. Nesta fase, 
deve-se avaliar a simetria da margem gengival com o dente 
contralateral. O ponto mais alto do contorno gengival do in-
cisivo central e canino está distal à linha média (no ângulo 
distovestibular) e do incisivo lateral está centralizado mesio-
distalmente8,13.
O tratamento realizado foi a gengivectomia interna (reta-
lho com bisel inverso) e osteotomia. Se o tipo IB fosse trata-
do apenas com gengivectomia e o excesso de gengiva fosse 
removido até a JCE, a distância biológica seria eliminada, 
ocorrendo o retorno da margem gengival a nível pré-cirúrgico 
com recidiva do sorriso gengival. Portanto, é necessária a 
Nos casos em que a 
crista óssea encontra-
se de 1,5 a 2 mm 
apical a JCE, Tipo IA 
e IIA, o tratamento 
do sorriso gengival 
baseia-se apenas no 
deslocamento apical 
do tecido gengival, 
sem a necessidade 
de osteotomia. Nesta 
fase, deve-se avaliar 
a simetria da margem 
gengival com o dente 
contralateral. O ponto 
mais alto do contorno 
gengival do incisivo 
central e canino está 
distal à linha média (no 
ângulo distovestibular) 
e do incisivo lateral 
está centralizado 
mesiodistalmente8,13.
22 Revista PerioNews 2011;5(1):17-22
Gonzales MKS • de Almeida ALPF
REFERÊNCIAS
1. Fischman SL. Current status of indices of plaque. J Clin Periodontol 1986;13:371-4.
2. Oppermann RV, Rösing CK. Prevenção e tratamento das doenças periodontais. 
In: Krieger L. Promoção de Saúde Bucal - Paradigma, Ciência, Humanização. São 
Paulo: Artes Médicas - Divisão Odontológica; 2003.
3. Ainamo J, Bay I. Problems and Proposals for Recording Gingivitis and Plaque. Int 
Dent J 1975;25:229-35.
4. Van der Weijden GA, Timmerman MF, Nijboer A, Reijerse E, Van der Welden U. 
Comparison of different approaches to assess bleeding on probing as indicators of 
gingivitis. J Clin Periodontol 1994;21:589-94.
5. Ramberg P, Lindhe J, Dahlen G, Volpe AR. The infl uence of gingival infl ammation on 
de novo plaque formation. J Clin Periodontol 1994;21:51-6.
6. Griffi ths GS. Formation,collection and signifi cance of gingival crevice fl uid. 
Periodontol 2000 2003;31:32-42.
7. Löe H, Holm-Pedersen P. Absence and presence of fl uid from normal and infl amed 
gingivae. Periodontics 1965;3:171-7.
8. Moreira CHC, Luz PB, Villarinho EA, Petri LC, Weidlich P, Rösing CK. A clinical trial 
testing the effi cacy of on ionic toothbrush for reducing plaque and gingivitis. J Clin 
Dent 2007;18:123-5.
9. Moreira CHC, Luz PB, Villarinho EA, Petri LC, Rösing CK. Effi cacy of an ionic 
toothbrush on gingival crevicular fl uid – a pilot study. Acta Odontol Latinoam 
2008;21:17-20.
10. Goodsan JM. Gingival crevice fl uid fl ow. Periodontol 2000 2003;31:43-54.
11. Halla-Junior R, Oppermann RV. Evaluation of Dental Flossing on a Group of Second 
Grade Students Undertaking Supervised Tooth Brushing. Oral Health Prev Dent 
2004;2:111-8.
12. Tatakis DN, Trombelli L. Modulation of clinical expression of plaque-induced 
gingivitis. I. Background review and rationale. J Clin Periodontol 2004;31:229-38. 
13. Trombelli L, Scapoli C, Orlandini E, Tosi M, Bottega S, Tatakis DM. Modulation of 
clinical expression of plaque-induced gingivitis. III. Response of “high responders” 
and “low responders” to therapy. J Clin Periodontol 2004;31:253-9.
14. Trombelli L, Scapoli C, Tatakis DN, Minenna L. Modulation of clinical espression 
of plaque-induced gingivitis: response in aggressive periodontitis subjects. J Clin 
Periodontol. 2006;33:79-85.
15. Ramberg P, Axelsson P, Lindhe J. Plaque formation at healthy and infl amed gingival 
sites in young individuals. J Clin Periodontol 1995;22:85-8.
16. Rüdiger SG, Carlén A, Meurman JH, Kari K, Olsson J. Dental biofi lms at healthy and 
infl amed gingival margins. J Clin Periodontol 2002;29:524-30.
17. Pucher JJ, Lamendola-Sitenga K, Ferguson D, Van Swoll RL. The Effectiveness of 
an Ionic Toothbrush in the Removal of Dental Plaque and Reduction on Gingivitis in 
Orthodontic Patients. Periodontal Abstr 1999;47:101-7.
18. Van Swoll RL, Van Scotter DE, Pucher JJ, Dentino AR. The Clinical Evaluation of 
an Electronic Toothbrush in the Removal of Established Plaque and Reduction of 
Gingivitis, Quintessence Int 1996;27:389-94.
redução tanto do tecido gengival como do tecido ósseo, pro-
porcionando uma distância de pelo menos 2 mm entre a JCE 
e a crista óssea13, criando espaço para a formação da inser-
ção conjuntiva e do epitélio juncional durante a cicatrização 
da área.
A avaliação estética cuidadosa é necessária para tornar 
mais realista as expectativas do tratamento do sorriso gengi-
val com aumento de coroa clínica. Deve ser considerada linha 
média da face, posição da borda incisal e linha do sorriso. 
Para a harmonia gengival, a posição do lábio superior deve 
ser paralela ou seguir a linha gengival dos dentes superiores 
e a incisal dos mesmos deve seguir a linha do lábio inferior17. 
A posição ideal da margem gengival é ditada pelo limite ver-
tical do sorriso, nos incisivos centrais e caninos está posi-
cionada no mesmo nível da parte inferior do lábio superior. 
A margem gengival dos incisivos centrais superiores está 
localizada 1 a 2 mm mais incisalmente do que os incisivos la-
terais e caninos. O ponto mais alto da margem é distal à linha 
média do incisivo central e canino e é localizado no centro do 
incisivo lateral13.
Devem ser avaliados os limites vertical e horizontal do 
sorriso. A dimensão vertical ideal é quando a margem gengi-
val do incisivo central e canino superiores toca a borda infe-
rior do lábio superior no sorriso completo e o limite horizontal 
do sorriso dita quão posterior o procedimento cirúrgico deve 
se estender8.
Os procedimentos cirúrgicos periodontais estéticos só 
devem ser conduzidos se houver saúde gengival. Não deve 
haver sinais de doença periodontal como: sangramento após 
a sondagem, supuração, infl amação e perda óssea10,15. No 
entanto, os elementos chaves para se determinar posição 
e contorno da margem gengival são posição e contorno do 
osso alveolar subjacente15.
A opção pelo tratamento estético periodontal que visa 
corrigir o sorriso gengival implica em diagnosticar correta-
mente sua etiologia18. Depois de diagnosticada a erupção 
passiva alterada, o plano de tratamento cirúrgico para au-
mento de coroa clínica segue o tipo de alteração16.
CONCLUSÃO
O sucesso do tratamento do sorriso gengival está no 
diagnóstico adequado da real etiologia do problema e no pla-
nejamento de um tratamento preocupado com a manutenção 
das distâncias biológicas.
Endereço para correspondência:
Ana Lúcia Pompéia Fraga de Almeida
Al. Dr. Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 – Vila Universitária
17012-901 – Bauru – SP
Tel.: (14) 3235-8081/3235-8272 – Fax: (14) 3235-8182
analmeida@usp.br
25
RESUMO
A recessão gengival é uma condição bastante comum entre pacientes 
de ambos os sexos e em diferentes idades, aumentando sua frequência 
com o passar dos anos. As maiores queixas dos pacientes com reces-
são gengival são hipersensibilidade radicular e aspecto antiestético. Para 
isto, existem diversos tratamentos, sendo as cirurgias de enxerto as mais 
utilizadas. Atualmente, o tratamento mais indicado para estes casos são 
os enxertos de tecido conjuntivo associados a alguma técnica de retalho. 
Este trabalho visou comparar apenas em recessões profundas, Classes 
I ou II de Miller, se existiam diferenças entre enxertos realizados com a 
técnica do envelope e a técnica do retalho posicionado apicalmente (RPA). 
Optou-se por estas técnicas, já que no envelope parte do enxerto fi ca ex-
posto e no RPA ele é recoberto e um dos parâmetros avaliados foi o ganho 
de tecido ceratinizado após os atos cirúrgicos. Concluiu-se que ambas são 
igualmente satisfatórias quanto a recobrimento neste tipo de recessão, 
tendo a técnica do envelope um ganho maior de tecido ceratinizado, além 
de ter a cicatrização mais rápida.
Unitermos - Recessão gengival; Enxerto conjuntivo; Recobrimento radi-
cular.
ABSTRACT
The gingival recession is a common condition in pacients, in different ages, 
increasing its frequency with the age. Patients are frequently complaining 
about gingival recession, mostly in cases of root sensibility and non 
esthetical aspect. There are a variety of gingival recession treatment, 
where gingival grafts surgery are the most used procedure. Nowadays, 
the most indicated treatment are the graft surgeries combined with some 
kind of fl ap design. The goal of this study was to compare, in deep gingival 
recessions, Miller class I or II; if there were differences between grafts 
with Envelope technique and Langer and Langer technique. The choice 
for those techniques were that in the Envelope technique the graft remains 
partially exposed, while in Langer and Langer it remains covered. It was 
possible to conclude that both techniques had root coverage, while the 
Envelope present better results concerning the width of keratinized tissue 
and faster wound healing.
Key Words - Gingival recession; Connective tissue grafts; Root coverage.
Comparação entre 
duas técnicas para 
enxerto de tecido 
conjuntivo em recessões 
Classes I ou II de Miller
*Especialista e mestre em Odontologia e Periodontia – PUC/PR.
**Prof. em pós-graduação em Odontologia e Periodontia – PUC/PR.
Relato de caso clínico
Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
 Periodontia
Fabio Bonamin dos Santos*
Vula Papalexiou**
Sônia M. Luczyszyn**
Sung H. Kim**
Vinicius A. Tramontina**
Comparison between two techniques 
of connective tissue grafting in Miller 
recession Class I and II
Recebido em set/2010
Aprovado em set/2010
26 Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
dos Santos FB • Papalexiou V • Luczyszyn SM • Kim SH • Tramontina VA
INTRODUÇÃO
A recessão gengival é uma condição indesejada por re-
sultar em exposição radicular, propiciando o acúmulo de pla-
ca que pode resultar em cárie radicular, aspecto antiestético, 
exposição cervical das restaurações protéticas, sensibilida-
de, além do medo de perda dentária por parte do paciente1. 
Pode ser defi nida como amigração apical da margem gengi-
val, a partir da junção cemento-esmalte2.
Várias são as causas da recessão gengival, entre elas 
o trauma de escovação, má posição dentária no arco, pre-
sença de placa e cálculo dental, movimentos ortodônticos, 
grampos de próteses removíveis mal adaptados, incisões in-
corretas, ou incisões intencionais para eliminação de bolsas 
periodontais3-5. Além disto, quanto menor a faixa de tecido 
ceratinizado, maior a incidência de recessão gengival6. É ne-
cessário um mínimo de 2 mm de mucosa ceratinizada para 
a manutenção da saúde gengival, mesmo em áreas livres de 
placa clinicamente detectável7. Uma gengiva de espessura 
fi na apresenta pouco tecido conjuntivo entre o epitélio oral e 
o sulcular. Na presença de uma tábua óssea delgada, o pro-
cesso infl amatório leva à formação de uma deiscência, fator 
imprescindível ao aparecimento das recessões. Com isto há 
união entre os epitélios, resultando na recessão gengival8.
Recessões profundas podem representar um desafi o 
para o recobrimento completo de raízes expostas através 
de enxertos livres, devido à difi culdade de nutrição da sua 
porção mais coronal9-10. Os fatores que podem levar o den-
te a apresentar recessão gengival podem ser divididos em: 
fatores anatômicos, fi siológicos e/ou patológicos11. Sabe-se 
que é necessária a presença de infl amação local causada por 
placa bacteriana ou trauma, que pode estar associada a uma 
série de fatores isolados ou em conjunto, tais como: trauma 
oclusal, presença de freios ou bridas inseridos próximos da 
margem gengival, hábitos nocivos, invasão de espaço bioló-
gico, deiscências e fenestrações ósseas, mal posicionamen-
to dentário, tábua óssea delgada, dentre outros12.
A classifi cação de recessão gengival foi descrita em 
1985 por Miller13, e divide-se em Classes I, II, III e IV, levando 
em conta a profundidade das recessões e a condição óssea 
e gengival interproximal. Nas Classes I e II de Miller, 100% de 
recobrimento radicular podem ser obtidos. A recessão Clas-
se III de Miller não pode prever um recobrimento radicular 
completo e na Classe IV o recobrimento não pode ser espe-
rado. Para o tratamento cirúrgico dessas recessões existem 
duas modalidades que podem ser aplicadas: enxertos pedi-
culados e enxertos livres, sendo que os enxertos livres que 
utilizam tecido conjuntivo são os que apresentam a maior 
previsibilidade de recobrimento radicular9,14-16.
A técnica de enxerto conjuntivo associado ao retalho 
posicionado coronariamente (RPC) foi descrita inicialmente17. 
Uma modifi cação foi então feita na técnica precursora, onde 
o retalho foi posicionado coronariamente recobrindo total-
mente o enxerto. O enxerto conjuntivo é então submerso 
neste leito e assim terá irrigação de forma bilaminar, no lado 
interno pelo conjuntivo e periósteo e no externo pelo conjun-
tivo presente no retalho.
Na técnica do envelope10, o enxerto conjuntivo é colo-
cado entre a superfície radicular desnuda e o retalho parcial 
previamente preparado. O retalho é realizado sem a presen-
ça de incisões relaxantes e com a preservação das papilas, 
criando-se um envelope que irá servir como leito receptor 
do enxerto. O fato de não possuir incisões relaxantes, faz 
com que o suprimento sanguíneo do enxerto seja otimizado, 
diminuindo as chances de insucesso. Uma vez criado o enve-
lope, o enxerto é colocado em seu interior, fi cando uma parte 
exposta ao meio bucal.
A cicatrização do enxerto conjuntivo na área receptora 
pode ocorrer de várias formas, sendo que o mais comum é 
a adaptação conjuntiva. Com dois meses pós-operatórios, a 
adaptação do enxerto à raiz ocorre por migração epitelial e 
adaptação conjuntiva18.
Visto que há poucos trabalhos comparando essas téc-
nicas em recessões profundas ( 3 mm), faz-se necessária 
a avaliação comparativa para se determinar se existe uma 
melhor opção para tratamento destas áreas, tanto para reco-
brimento radicular quanto para ganho de tecido ceratinizado.
RELATO DE CASO CLÍNICO
O estudo foi submetido ao CEP-PUC/PR (Comitê de Ética 
e Pesquisa em Humanos) e aprovado sob número 2.008. Os 
pacientes envolvidos assinaram um termo de consentimento, 
explicando os procedimentos a serem realizados, estando 
livres para abandonarem a pesquisa a qualquer momento, 
sem qualquer tipo de prejuízo para si.
Foram atendidos dois pacientes vinculados à clínica 
Odontológica da PUC/PR, apresentando duas áreas distintas 
de recessão gengival Classes I ou II de Miller, com profundida-
de  3 mm, em dentes homólogos monorradiculares. Como 
o cigarro é um fator que afeta negativamente na cicatrização 
de enxertos livres, pacientes fumantes não foram incluídos 
no estudo19-20.
Previamente aos procedimentos cirúrgicos, foram realiza-
dos procedimentos periodontais básicos e instrução de higie-
ne bucal. Foram feitas tomadas radiográfi cas periapicais pa-
27Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
 Periodontia
dronizadas com o uso de posicionador, para avaliar condição 
óssea interproximal para certifi car ausência de perda óssea 
e confi rmar a classifi cação das recessões. Foi realizada uma 
técnica em cada dente, sendo que estes deveriam ser únicos, 
contralaterais, monorradiculares e sem presença de doença 
periodontal. Pacientes tabagistas, etilistas, com doenças crô-
nicas, e com trauma de oclusão, lesões cariosas ou abrasões 
no dente em questão não foram incluídos neste estudo.
Os parâmetros periodontais avaliados foram: profundida-
de de sondagem (margem gengival ao fundo do sulco clínico), 
nível de inserção clínica (junção cemento-esmalte ao fundo do 
sulco clínico), faixa de mucosa ceratinizada (da margem gen-
gival à linha mucogengival), profundidade da recessão (jun-
ção cemento-esmalte à margem gengival), largura da reces-
são (em sua maior largura cervical) e os índices gengival, de 
placa e de sangramento a sondagem. Para as sondagens foi 
utilizada uma sonda milimetrada tipo PCP-UNC 15 (Hu-Friedy), 
tendo o auxílio de um dispositivo acrílico (stent) posicionado 
no dente a ser tratado e nos dentes vizinhos, para padroniza-
ção da posição das medidas clínicas. Para avaliação da faixa 
de tecido ceratinizado foi utilizada solução de iodo metaloide 
(solução de Schiller). As cirurgias foram realizadas em dois 
momentos distintos, sendo a escolha entre as duas técnicas 
de maneira aleatória para cada sítio cirúrgico.
Os procedimentos foram realizados sob efeito de anes-
tesia local infi ltrativa com uso de lidocaína 2% com epinefrina 
1:100.000 como vasoconstritor. Após a instalação da anes-
tesia, as áreas a serem tratadas foram 
raspadas com curetas de Gracey, segui-
das de descontaminação química com uso 
de EDTA 24% por dois minutos. Os enxer-
tos conjuntivos foram sempre retirados da 
região do palato do paciente, do hemiarco 
correspondente ao do procedimento cirúrgico, com incisão 
em traço único que possibilita melhor cicatrização em um 
curto período de tempo. Todas as cirurgias foram realizadas 
pelo mesmo operador, objetivando maior padronização nos 
resultados clínicos.
Como medicação pós-cirúrgica, foi usado ibuprofeno-
arginina (Spidufen) 400 mg a cada oito horas por três dias. 
Além disto, bochecho com clorexidina 0,12%, duas vezes ao 
dia por sete dias, para o controle químico de placa bacte-
riana. Na área doadora usou-se cimento cirúrgico (Coe-Pak), 
para maior conforto do paciente, e na receptora, com obje-
tivo de evitar traumas involuntários na região por parte do 
paciente. O cimento foi retirado após três dias para controle 
de placa profi ssional e foi recolocado em casos de maior 
desconforto do paciente.
As reavaliações dos parâmetros clínicos periodontais fo-
ram realizadas após um, três, seis e 18 meses, sendo com-
paradas com as avaliações iniciais prévias ao procedimento 
cirúrgico.
Caso Clínico 1
Paciente LD, sexo feminino, 24 anos, leucoderma, apre-
sentava recessões nos dentes maxilares devido a sua posi-
ção vestibularizada. Os dentes 14 e 24 apresentavam reces-
sões Classe I de Miller comboas condições de recobrimento.
Técnica do Envelope, Figuras 1 a 10, e técnica de Lan-
ger e Langer, Figuras 11 a 16 (Tabela 1).
As reavaliações dos parâmetros clínicos 
periodontais foram realizadas após um, três, seis e 
18 meses, sendo comparadas com as avaliações 
iniciais prévias ao procedimento cirúrgico.
Figura 1 - Foto inicial evidenciando recessão gengival do dente 14, 
com 3 mm de profundidade.
Figura 2 - Confecção do envelope em espessura parcial.
28 Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
dos Santos FB • Papalexiou V • Luczyszyn SM • Kim SH • Tramontina VA
Figura 3 - Após o enxerto ser posicionado, foi feita compressão 
com gaze, por cinco minutos, para sua estabilização.
Figura 4 - Sutura do leito doador após remoção do enxerto pela 
técnica da incisão única.
Figura 5 - Aspecto com sete dias pós-operatórios. Notar a boa 
maturação do enxerto.
Figura 6 - Sete dias pós-operatórios na região doadora.
Figura 7 - Pós-operatório de 30 dias. Figura 8 - Pós-operatório de três meses.
Figura 9 - Pós-operatório de seis meses, evidenciando o ganho de 
tecido ceratinizado.
Figura 10 - Controle após 18 meses da cirurgia. Paciente em 
tratamento ortodôntico.
29Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
 Periodontia
TABELA 1 - ÍNDICES PERIODONTAIS AVALIADOS
Altura da recessão (AR), largura da recessão (LR), faixa de mucosa ceratinizada (MC), profundidade de sondagem (PS), índice de placa (IP), índice gengival (IG) e índice de sangramento (IS).Al d ã (AR) l d ã (LR) f d d (MC) f d d d d d (PS) í d d l (IP) í d l (IG) í d d (IS)
Dente 14 (Envelope) Dente 24 (Langer e Langer)
Início Um mês Três meses Seis meses 18 meses Início Um mês Três meses Seis meses 18 meses
AR 4 mm 2 mm 2 mm 1 mm 0 mm 4 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm
LR 4 mm 2 mm 2 mm 2 mm 0 mm 4 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm
MC 1 mm 3 mm 3 mm 3 mm 4 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm
PS 1 mm 2 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 2 mm 1 mm 1 mm
IP 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0
IG 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
IS 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0
Figura 11 - Foto inicial do dente 24 com recessão de 4 mm de 
altura.
Figura 12 - Retalho parcial elevado, com o enxerto estabilizado 
por suturas laterais.
Figura 13 - Deslocamento do retalho apicalmente, recobrindo 
totalmente o enxerto.
Figura 14 - Três meses pós-operatórios.
Figura 15 - Seis meses pós-operatórios. Figura 16 - 18 meses pós-operatórios.
30 Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
dos Santos FB • Papalexiou V • Luczyszyn SM • Kim SH • Tramontina VA
Caso Clínico 2
Paciente EOG, sexo masculino, leucoderma, 23 anos, 
procurou a Clínica de Periodontia da PUC/PR com queixa de 
lesões por recessão gengival em vários dentes, principalmen-
te nos dentes 13 e 23. 
Técnica do Envelope, Figuras 17 a 24, e técnica de Lan-
ger e Lange, Figuras 24 a 32 (Tabela 2).
Figura 17 - Recessão inicial do dente 23 (3 mm).
Figura 18 - Envelope criado na região da recessão. Figura 19 - Enxerto conjuntivo posicionado sobre a recessão.
Figura 20 - Cicatrização após sete dias. Figura 21 - Um mês pós-operatório.
Figura 22 - Três meses de controle. Figura 23 - Após seis meses da cirurgia, houve um aumento de 
volume do tecido enxertado, devido ao Creeping attatchment.
31Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
 Periodontia
Figura 24 - Recobrimento obtido após 18 meses da cirurgia, com 
aumento da faixa de tecido ceratinizado.
Figura 25 - Recessão inicial no dente 13 (4 mm).
Figura 26 - Incisões relaxantes e intrassulcular. Preservação das 
papilas.
Figura 27 - Deslocamento apical do retalho, recobrindo toda a 
área da recessão.
Figura 28 - Estabilização do retalho por pontos simples isolados. Figura 29 - Um mês pós-operatório.
Figura 30 - Controle de três meses. Figura 31 - Seis meses pós-operatórios.
32 Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
dos Santos FB • Papalexiou V • Luczyszyn SM • Kim SH • Tramontina VA
No presente trabalho, ambas 
as técnicas mostraram-
se satisfatórias quanto a 
recobrimento radicular. 
Isto se deve ao fato da 
indicação das cirurgias 
para recobrimento, onde 
Classes I e II de Miller têm 
boas chances de sucesso, 
além da cooperação dos 
pacientes quanto a higiene 
bucal e acompanhamento 
profi ssional. 
DISCUSSÃO
No presente trabalho, ambas as técnicas mostraram-se 
satisfatórias quanto a recobrimento radicular. Isto se deve 
ao fato da indicação das cirurgias para recobrimento, onde 
Classes I e II de Miller têm boas chances de sucesso, além 
da cooperação dos pacientes quanto a higiene bucal e acom-
panhamento profi ssional. Em estudos prévios comparando-
se enxertos de tecido conjuntivo associado às técnicas do 
RPC e envelope, ambos obtiveram bons resultados quanto 
a redução da recessão (94,7% e 89,6%, respectivamente), 
sendo tais diferenças apenas numéricas, não signifi cativas 
estatisticamente. Já quanto ao ganho de mucosa ceratini-
zada, houve signifi cativa melhora com a técnica do envelo-
pe21-22. Outro estudo, comparando enxertos conjuntivos pelas 
técnicas de Langer e Langer e túnel, constatou que ambas 
tiveram redução signifi cativa nas recessões, sendo estatisti-
camente superiores às tratadas pela técnica do túnel (96,4%) 
em comparação com as tratadas pela técnica de Langer 
e Langer (75,5%). Também, quanto ao ganho de inserção 
Figura 32 - Estabilidade do enxerto após 18 meses de acompa-
nhamento.
TABELA 2 - ÍNDICES PERIODONTAIS AVALIADOS
Altura da recessão (AR), largura da recessão (LR), faixa de mucosa ceratinizada (MC), profundidade de sondagem (PS), índice de placa (IP), índice gengival (IG) e índice de sangramento (IS).
Dente 13 (Langer e Langer) Dente 23 (Envelope)
Início Um mês Três meses Seis meses 18 meses Início Um mês Três meses Seis meses 18 meses
AR 4 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm 3 mm 2 mm 2 mm 1 mm 1 mm
LR 4 mm 0 mm 0 mm 0 mm 0 mm 3 mm 3 mm 2 mm 2 mm 1 mm
MC 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 3 mm 4 mm 4 mm 4 mm
PS 1 mm 2 mm 2 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm
IP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
IG 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
IS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
33Revista PerioNews 2011;5(1):25-33
 Periodontia
clínica, a técnica do túnel foi superior 77,1% contra 56,4% 
da Langer e Langer23. Independente da técnica aplicada, a 
presença de um periodonto normal na área interproximal 
confere ótimo suprimento sanguíneo ao enxerto, o que não 
ocorre nas Classes III e IV. Em casos de recessões profun-
das, a técnica do envelope deixa grande parte do enxerto 
exposto, sem suprimento sanguíneo por estar em contato 
apenas com a superfície dentária que é avascular. Portanto, 
apesar de esta estrutura poder ser incorporada e tornar-se 
tecido ceratinizado, existe o risco de necrose desta região 
e consequente reabsorção de parte do enxerto. Nos casos 
aqui apresentados, houve um aumento signifi cativo na faixa 
de tecido ceratinizado quando usada a técnica do envelope. 
Na técnica de Langer e Langer, como todo o enxerto deve 
ser recoberto pelo retalho, a vascularização é maior24, sen-
do maior a chance de sucesso nesta terapia. Contudo, se o 
tecido preexistente não apresentar uma faixa adequada de 
mucosa ceratinizada, toda a área do recobrimento também 
será desprovida deste tecido, podendo haver limitação estéti-
ca pela alteração da posição da junção mucogengival após o 
posicionamento coronário do retalho. Além disto, a cicatriza-
ção das áreas tratadas com esta técnica foram mais demora-
das do que nas tratadas com o envelope, devido as incisões 
relaxantes presentes em ambos os lados da recessão. No 
segundo caso apresentado com a técnica do envelope, o re-
cobrimento poderia ter sido melhor se o tamanho do enxerto 
tivesse sido maior, por ter havido limitação de quantidade 
de tecido na área doadora. Entretanto, houve um aumento 
considerável na faixa de tecido ceratinizado pelo fenômeno 
do Creeping attatcment, que pode ocorrer de seis meses 
a um ano após o procedimento cirúrgico. A cicatrização do 
leito doador em todos os casos foi considerada ótima, por 
não ter havido necrose tecidual e consequentemente com 
pós-operatório favorável ao paciente.
CONCLUSÃO
• As duas técnicas foram igualmente satisfatóriasquanto 
a recobrimento radicular em recessões Classe I ou II de 
Miller, até 3 mm de altura.
• Houve maior formação de tecido ceratinizado nas áreas 
que receberam a técnica de envelope.
Endereço para correspondência:
Fábio Bonamin dos Santos
Rua Francisco Alves Guimarães, 333 - Cristo Rei
80050-210 – Curitiba – PR
Tel.: (41) 3264-4001
fabiobond@yahoo.com.br
REFERÊNCIAS
1. Bernimoulin JP, Curilovic Z. Gingival Recession and Tooth Mobility. J Cil Periodontol 
1977;4:107-14.
2. Guinard EA, Caffesse RG. Localized Gingival Recession I. Etiology and Prevalence. 
J West Soc Periodontol Periodontal Abstr 1977;25:3-9.
3. Checci L, Daprile G, Gatto MRA, Pellicioni GA. Gingival Recession and Tooth-Brushing 
in an Italian School of Dentistry. A Pilot Study. J Periodontol 1999;26:276-80.
4. Gillette WB, House RLV. Effects of Improper Oral Hygiene Procedures. J Am Dental 
Assoc 1980;101:476-81.
5. Khocht A, Simon G, Person P, Denepitiya JL. Gingival Recession in Relation to 
History of Hard Toothbrush Use. J Periodontol 1993;64:900-5.
6. Schoo WH, Velden UVD. Marginal Soft Tissue Recession With and Without Attachet 
Gingiva. A Five Year Longitudinal Study. J Periodontal Research 1985;20:209-11.
7. Lang NP, Löe H. The Relationship Between the Width of Keratinized Gingiva and 
Gingival Health. J. Periodontol 1972;43:623-7.
8. Novaes AB, Ruben MP, Kon S, Novaes Jr AB. The Development of the Periodontal 
Cleft. J Periodontol 1975;46:701-9.
9. Miller PD. Root coverage using a free soft tissue autograft following citric acid 
application. I. Technique. Int. J. Periodont. Rest. Dent 1982;2(1):65.
10. Raetzke PB. Covering localized areas of root exposure employing the envelope 
technique. J. Periodontol 1985;56:397-402.
11. Watson PJC. Gingival recession. J. Dentistry 1984;12(1):29-35.
12. The Am. Academy Perio. Annals of Periodontology – Proceedings of the World 
Workshop in Periodontics. Lansdowne, Virginia; 1996.
13. Miller PD. A classifi cation of marginal tissue recession. Int. J. Periodont. Rest. Dent 
1985;5(2):9-13.
14. Holbrook T, Ochsenbein C. Complete coverage of denuded root surface with a one 
stage gingival graft. Int. J. Periodont. Rest. Dent 1983;3(3):8.
15. Langer B, Calagna L. The subepitelial connective tissue graft. J Prosthetic Dent 
1980;44:363-7.
16. Langer B, Calagna LJ. The subepithelial connective tissue graft. A new approach to 
the enlacement of anterior cosmetics. Int. J. Periodontol Rest. Dent 1982;2:22-33.
17. Langer B, Langer L. Subepthelial connective tissue graft technique for root 
coverage. J. Periodontol 1985;56:715-20.
18. Guiha R, Khodeiry SE, Mota L, Caffesse R. Histological evaluation of healing 
and revascularization of the subepithelial connective tissue graft. J Periodontol. 
2001;72(4):470-8.
19. Erley KJ, Swiec GD, Herold R, Bisch FC, Peacock ME. Gingival recession treatment 
with connective tissue grafts in smokers and non-smokers. J Periodontol 
2006;77(7):1148-55.
20. Martins GA, Andia DC, Sallum AW, Sallum EA, Casati MZ, Nociti Jr. FH. Smoking 
may affect root coverage outcome: a prospective clinical study in humans. J 
Periodontol 2004;75(4):586-91.
21. Cordioli G, Mortarino C, Chierico A, Grusovin MG, Majzoub Z. Comparison of 2 
techniques of subepithelial connective tissue graft in the treatment of gingival 
recessions. J Periodontol 2001;72(11):1470-6.
22. Vergara JA, Caffesse RG. Localized gingival recessions treated with the 
original envelope technique: a report of 50 consecutive patients. J Periodontol 
2004;75(10):1397-403.
23. Tözum TF, Keçeli HG, Güncu GN, Hatipoglu H, Sengün D. Treatment of gingival 
recession: comparison of two techniques of subepithelial connective tissue graft. J 
Periodontol 2005;76(11):1842-8.
24. Zucchelli G, Amore C, Sforza NM, Montebugnoli L, de Sancctis M. Bilaminar 
techniques for the treatment of recession-type defects. A comparative clinical 
study. J Clin Periodontol 2003;30(10):862-70.
35
RESUMO
Este trabalho teve por objetivo relatar um caso clínico de recobrimento 
radicular realizado, a longo prazo, em um dente com sensibilidade exa-
cerbada devida a uma recessão gengival Classe I de Miller. O retalho re-
posicionado apical modifi cado foi executado com o intuito de aumentar a 
quantidade de tecido ceratinizado apical ao defeito, previamente ao retalho 
posicionado coronário. Esta combinação de técnicas foi efi ciente na reso-
lução da sensibilidade radicular, proporcionando 100% de recobrimento 
com menor trauma cirúrgico, ausência de tecido doador palatal e com 
resultado estético ideal.
Unitermos - Recobrimento radicular; Recessão gengival; Retalho reposi-
cionado apical modifi cado; Retalho posicionado coronariamente.
ABSTRACT
This paper aims to report a clinic case of root coverage performed in a tooth 
with an exacerbated sensitivity due to gingival recession Class I Miller. The 
modifi ed apically repositioned fl ap was performed in order to increase the 
amount of keratinized tissue apical to the defect, prior to the use of coronally 
positioned fl ap. This combination of techniques was effective at a long term 
in resolution of the root sensitivity, providing 100% root coverage with less 
surgical trauma, absence of palatal donor tissue and excellent aesthetic 
result. 
Key Words - Root coverage; Gingival recession; Modifi ed apically 
repositioned fl ap; Coronally advanced fl ap.
Retalho reposicionado 
apical modifi cado e 
retalho posicionado 
coronário. Combinação 
de técnicas cirúrgicas 
para tratamento de 
recessão radicular
*Coordenador da Disciplina de Periodontia e dos Cursos de Especialização 
e Residência em Periodontia – Universidade Estadual de Londrina.
**Professora da Disciplina e do Curso de Especialização 
em Periodontia – Universidade Estadual de Londrina.
***Graduado em Odontologia – Universidade Estadual de Londrina.
Relato de caso clínico
Revista PerioNews 2011;5(1):35-40
 Periodontia
João Carnio*
Fernanda Akemi Nakanishi-Ito**
Michael Hikaru Tashiro***
The modifi ed apically repositioned fl ap 
and coronally positioned fl ap. Combined 
techniques for treatment of root 
recession
Recebido em ago/2010
Aprovado em set/2010
36 Revista PerioNews 2011;5(1):35-40
Carnio J • Nakanishi-Ito FA • Tashiro MH
INTRODUÇÃO
As recessões gengivais são defi nidas como o desloca-
mento apical da gengiva marginal de sua posição cervical 
para níveis localizados na superfície radicular, aquém da jun-
ção amelocementária1. Os fatores etiológicos das recessões 
gengivais podem ser divididos em dois grupos2-3: fatores 
determinantes (relacionados à má higienização e à escova-
ção traumática4) e fatores predisponentes (incluindo tecido 
gengival delgado5, fatores iatrogênicos, mau posicionamento 
dental, inserção muscular alta, tração do frênulo e deiscên-
cias ósseas alveolares).
Entre os procedimentos propostos para recobrimento 
radicular, o retalho posicionado coronal (RPC) é uma das téc-
nicas descritas na literatura para o tratamento de recessões 
Classe I e II de Miller6-10. Apesar de ser a técnica de fácil 
execução e de produzir resultado estético satisfatório, ela 
exige a presença de tecido ceratinizado apical ao defeito, ao 
redor de 3 mm, para que os resultados sejam satisfatórios e 
duradouros11-14.
Quando existe ausência ou mesmo dimensões insatis-
fatórias de gengiva ceratinizada apical ao defeito, o uso de 
enxerto gengival livre prévio é preconizado15-17. Embora pro-
duza resultados funcionais adequados, a estética se torna 
comprometida e a utilização do palato como área doadora, 
gera mais um trauma cirúrgico e incômodo pós-operató-
rio18-19. Visando aumentar a dimensão apicocoronal de gen-
giva ceratinizada da área doadora, alguns autores20 propuse-
ram o retalho reposicionado apical modifi cado (Marf- Modifi ed 
Apically Repositioned Flap), o qual apresenta vantagens como 
a não utilização de um tecido doador palatal, simplicidade da 
técnica, tempo operatório reduzido, menor trauma cirúrgico 
e estética satisfatória.
O presente trabalho teveo objetivo de relatar um caso 
clínico de recessão Classe I de Miller, com ausência de tecido 
ceratinizado apical ao defeito. A técnica do Marf foi utilizada 
para aumentar a área de tecido doador previamente ao em-
prego do RPC para cobertura radicular. O resultado demons-
trou que a combinação dessas duas técnicas foi satisfatória 
e efi ciente, com resultado duradouro em longo prazo.
RELATO DE CASO CLÍNICO
Um paciente, sistemicamente saudável, procurou uma 
clínica privada com sensibilidade exacerbada no elemento 
34 (Figura 1). Ao ser feito o exame clínico, foi constatada 
uma recessão marginal tecidual vestibular Classe I de Miller 
(Figura 2). 
Após explanação e discussão com o paciente sobre as 
opções técnicas a serem utilizadas, planejou-se a técnica do 
Marf, para aumento da gengiva apical ao defeito e posterior 
emprego do RPC para cobertura radicular. Antes do trata-
mento cirúrgico, foram instituídos com orientação de higiene 
bucal e controle de placa bacteriana. Para a realização da 
técnica do Marf foi utilizado 1/3 de tubete de anestésico in-
fi ltrativo na região gengival da área cirúrgica (Lidocaína 2% 
com epinefrina 1:100.000). A seguir, foi realizada uma inci-
são horizontal biselada apical ao defeito com 10 mm de com-
primento, 0,5 mm coronariamente à linha mucogengival. Um 
colar marginal de tecido ceratinizado permaneceu intacto na 
porção coronária e uma faixa de 0,5 mm de tecido ceratini-
zado foi mantido ao longo da porção coronal do retalho. Pos-
teriormente, duas incisões relaxantes, mesial e distal, foram 
realizadas conectando-se à incisão horizontal. O retalho foi 
então dividido e reposicionado 3 mm apicalmente ao tecido 
marginal remanescente (Figura 3). A área cruenta apresentou 
uma fi na e homogênea camada de periósteo com ausência 
de fi bras elásticas e musculares. Uma leve compressão com 
Figura 1 - Área selecionada para a técnica do retalho 
reposicionado apical modifi cado.
Figura 2 - Solução de Schiller para melhor identifi cação 
da área pré-operatória.
37Revista PerioNews 2011;5(1):35-40
 Periodontia
gaze, por cinco minutos, foi efetuada no local para manter 
o retalho estável em contato com periósteo adjacente. Não 
houve necessidade de sutura. Para proteção da ferida, utili-
zou-se cimento cirúrgico (Coe-Pack). Foi prescrita uma me-
dicação analgésica e anti-infl amatória (Ibuprofeno, 600 mg 
a cada 12 horas) para dor, caso fosse necessária. Após a 
remoção do cimento cirúrgico, recomendou-se a interrupção 
da escovação na área cirúrgica e iniciou-se o bochecho, com 
clorexidina a 0,12%, por um período de quatro semanas. A 
cicatrização ocorreu dentro dos parâmetros da normalidade, 
sem sangramento e nenhuma necessidade de medicação pós-
operatória (Figura 4). Após oito semanas, o tecido neoformado 
apresentou aspecto clínico de normalidade, aumento de tecido 
ceratinizado de 2,5 mm em relação às medidas pré-cirúrgicas 
(Figuras 5 e 6), proporcionando, dessa forma, condições favo-
ráveis12,14 para a execução da técnica de RPC10.
A técnica do RPC foi então executada com anestesia 
local infi ltrativa no fundo de fórnix (Lidocaína 2% com epine-
frina 1:100.000 ). Tratou-se a raiz exposta, somente com 
raspagem radicular por meio de curetas manuais. Uma in-
cisão intrassulcular foi realizada conectada com duas inci-
sões relaxantes verticais nas extremidades mesial e distal à 
incisão horizontal, estendidas além da linha mucogengival13. 
Um retalho parcial foi confeccionado e posicionado corona-
riamente ao nível da junção cemento-esmalte. Suturas absor-
víveis foram usadas para manutenção do retalho em posição 
(6,0 Catgut - Ethycon). Os mesmos cuidados pós-operatórios 
realizados na técnica do Marf foram instruídos ao paciente. O 
pós-cirúrgico transcorreu dentro dos limites da normalidade.
Um ano após o emprego da combinação das técnicas ci-
rúrgicas (Figura7), os resultados obtidos foram satisfatórios 
em relação aos parâmetros analisados (profundidade de son-
dagem, aumento de tecido ceratinizado, cobertura radicular 
e estética). Estes resultados se mantiveram estáveis por um 
período de oito anos, quando as medições fi nais foram reali-
zadas (Figuras 8 e 9; Tabela 1).
Figura 3 - Realização da técnica do Marf. Figura 4 - Uma semana após o procedimento do Marf.
Figura 5 - Oito semanas após o procedimento do Marf. Figura 6 - Oito semanas após o procedimento do Marf. Solu-
ção de Schiller delimitando a área cirúrgica.
38 Revista PerioNews 2011;5(1):35-40
Carnio J • Nakanishi-Ito FA • Tashiro MH
RESULTADOS
Os resultados pré e pós-operatórios ao Marf e RPC es-
tão contidos na Tabela 1.
Inicialmente aos procedimentos cirúrgicos, o dente 34 
apresentava-se com tecido ceratinizado medindo 1,5 mm 
com profundidade de sondagem de 1 mm, recessão gengival 
de 2 mm e gengiva inserida de 0,5 mm. Após oito semanas 
da realização do Marf (Figura 5), houve aumento de tecido 
ceratinizado para 4 mm e gengiva inserida para 3 mm, com 
recessão e profundidade de sondagem inalteradas em rela-
ção às medidas iniciais. Obteve-se, dessa forma, um ganho 
de 2,5 mm de tecido ceratinizado e de 2,5 mm de gengiva 
inserida em relação aos parâmetros iniciais, demonstrando 
clinicamente que os resultados almejados foram alcançados.
Após um ano da realização do RPC (Figura 7), o tecido 
ceratinizado apresentava com 4 mm, a profundidade de son-
TABELA 1 - MENSURAÇÕES PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO AO MARF E 
AO RPC NO DENTE 34
PrO – Pré-operatório. PO 8s – Pós-operatório Marf de oito semanas. PO 1A – Pós-operatório Marf/RPC 
de um ano. PO 8A – Pós-operatório Marf/RPC de oito anos.
PrO PO 8s PO – 1A PO – 8A
Recessão 2 2 0 0
Tecido ceratinizado 1,5 4 4 4
Profundidade de sondagem 1 1 1 1
Gengiva inserida 0,5 3 3 3
Figura 9 - Oito anos de pós-operatório do RPC. Solução de 
Schiller delimitando a área cirúrgica.
Figura 7 - Um ano após o procedimento do RPC. Figura 8 - Oito anos após o procedimento do RPC.
dagem em 1 mm, a gengiva inserida em 3 mm e ausência de 
recessão gengival. Oito anos após, os resultados se mantive-
ram estáveis em relação às medidas de um ano. Observa-se 
que os resultados clínicos obtidos inicialmente se mantive-
ram estáveis em longo prazo.
DISCUSSÃO
A Academia Americana de Periodontologia3 preconiza 
que o recobrimento radicular deve ser realizado nos casos de 
recessão gengival progressiva, sensibilidade radicular, pro-
pensão a cáries radiculares e no auxílio do controle de placa.
No caso clínico apresentado neste trabalho, a queixa da 
paciente era a existência de sensibilidade exacerbada persis-
tente devido a uma recessão gengival de 2 mm (Tabela 1). 
O RPC foi o procedimento de escolha por ser previsível, de 
fácil execução, efi caz e com excelente estética. Apresentan-
39Revista PerioNews 2011;5(1):35-40
 Periodontia
do simplicidade na realização da técnica e baixa morbidade 
em razão de não depender, necessariamente, do uso de 
área doadora palatal21. Ele é indicado principalmente em re-
cessões rasas Classe I de Miller6,12-13,22-23. No entanto, sua 
grande limitação é a necessidade de uma faixa de tecido 
ceratinizado ao redor de 3 mm apical à margem gengival 
o que, quando ausente, exige a realização de uma manobra 
cirúrgica para aumentar a quantidade desse tecido12,14.
Entre os tratamentos cirúrgicos para o aumento de 
área doadora, a técnica mais realizada é o enxerto gengival 
livre6,15-17. Porém, a necessidade de um enxerto leva muitas 
vezes a complicações no local doador, como sangramento 
excessivo, uma exposição óssea pós-operatória, uma ferida 
palatal dolorosa, além do risco de necrose do enxerto e de 
área doadora18-19. Há também um segundo local de ferida, o 
que despende maior tempo cirúrgico e acarreta em maior 
desconforto pós-operatório19. Somando-se a tudo isso, mui-
tas vezes, a realização de um enxerto cria uma faixa de te-
cido ceratinizado muito mais ampla e volumosa do que as 
dimensões topográfi cas normais e a estética se torna com-
prometida, devido a uma coloração pálida do tecido enxer-tado21.
No caso clínico aqui apresentado, o Marf foi realizado 
em menor tempo cirúrgico que o habitual para a realização 
de técnicas que envolvem enxertos com área doadora pala-
tal. Apesar de exigir a realização de dois tempos cirúrgicos 
separados, a associação do Marf com o RPC se justifi ca pela 
exigência de menor tempo operatório, redução de complica-
ções trans e pós-cirúrgicas, o que gera mínimo desconforto 
ao paciente20,24, além de proporcionar solução estética ideal.
Na oitava semana após a realização do Marf (Tabela 1), 
houve um ganho de 2,5 mm de gengiva inserida com uma 
coloração semelhante à área doadora, o que comprova a pre-
visibilidade da técnica em relação à estética. Isso infl uenciou 
positivamente na realização do RPC. A associação das téc-
nicas obteve 100% de recobrimento radicular e solucionou 
o problema de sensibilidade, que era a queixa principal da 
paciente. Baseando-se em estudos anteriores realizados com 
maior quantidade de dentes25, nota-se que o Marf mostra-se 
mais efi ciente em relação ao aumento gengival estético do 
que os procedimentos citados anteriormente.
Após oito anos de acompanhamento, o dente envolvido 
ainda apresentava recobrimento total da raiz, com 4 mm de 
tecido ceratinizado e profundidade de sondagem de 1 mm. 
Dessa forma, o presente estudo demonstrou ser o Marf uma 
técnica previsível no aumento de gengiva, elevando a previsi-
bilidade do RPC. Ainda apresenta benefícios, como a redução 
signifi cativa da morbidade aos tecidos, diminuição do tempo 
operatório e resultado estético excelente e duradouro.
CONCLUSÃO
No presente trabalho, a existência de sensibilidade 
exacerbada persistente devido a uma recessão gengival de 
2 mm, que era a queixa principal da paciente, foi solucionada. 
A técnica do Marf combinada com a técnica do RPC obteve 
resultados clínicos satisfatórios. O Marf tornou previsível o 
recobrimento radicular, apresentando vantagens, se compa-
rado a outras técnicas, pela simplicidade do procedimento, 
estética duradoura, redução de morbidade aos tecidos. Esta 
é, portanto, uma técnica a mais a ser introduzida, dentre os 
tratamentos cirúrgicos periodontais para o aumento de área 
doadora, previamente ao RPC.
Endereço para correspondência:
João Carnio
Rua Pistóia, 245 – Jd. Canadá
86020-450 – Londrina – PR
Tel.: (43) 3324-7090
jcarnio@onda.com.br
Após oito anos de acompanhamento, o dente envolvido ainda apresentava 
recobrimento total da raiz, com 4 mm de tecido ceratinizado e profundidade de 
sondagem de 1 mm. Dessa forma, o presente estudo demonstrou ser o Marf uma 
técnica previsível no aumento de gengiva, elevando a previsibilidade do RPC. Ainda 
apresenta benefícios, como a redução signifi cativa da morbidade aos tecidos, 
diminuição do tempo operatório e resultado estético excelente e duradouro.
40 Revista PerioNews 2011;5(1):35-40
Carnio J • Nakanishi-Ito FA • Tashiro MH
REFERÊNCIAS
1. Loe H, Anerud, A, Boysen H. The natural history of periodontal disease in 
man: Prevalence, severity, and extent of gingival recession. J periodontol 
1992;63:489-95.
2. Allen EP. Use of mucogingival surgical procedures to enhance esthetics. Dent. Clin. 
North Am 1988;32:307-30.
3. American Academy of Periodontology. Consensus report on mucogingival 
therapy. Proceedings of the World Workshop in Periodontics. Ann Periodontol 
1996;1:702-96.
4. Joshipura JK, Kent RL, de Paola APF. Gingival recession: Intra-oral distribution and 
associated factors. J. Periodontol 1994;65:864-71.
5. Baker D, Seymour G. The possible pathogenesis of gingival recession. A 
histological study of induced recession in the rat. J Clin Periodontol, Dinamarca 
1976;3(4):208-19.
6. Bernimoulin JP, Lüscher B, Mühlemann HR. Coronally repositioned fl ap. Clinical 
evaluation after one year. J Clin Periodontol 1975;2:1-13.
7. Matter J. Free gingival graft and coronally repositioned fl ap. A 2-year follow-up 
report. J Clin Periodontol 1979;6:437-42.
8. Tenenbaum H, Klewansky P, Roth JJ. Clinical evaluation of gingival recession 
treated by coronally repositioned fl ap technique. J Periodontol 1980;51:686-90.
9. Miller PD. A classifi cation of marginal tissue recession. Int J Periodontics Restorative 
Dent 1985;5:8-13.
10. Pini-Prato G, Pagliaro U, Baldi C, Nieri M, Saletta D, Cairo F et al. Coronally 
advanced fl ap procedure for root coverage. Flap with tension versus fl ap without 
tension: a randomized controlled clinical study. J Periodontol 2000;71:188-201.
11. Restrepo OJ. Coronally repositioned fl ap. Report of four cases. J. Periodontol 
1973;44:564-7.
12. Corn H. Reconstrutive mucogingival surgery. In: Goldman HM, Cohen DW (Org.). 
Periodontal therapy. 6ª ed. St Louis: Mosby; 1980.
13. Allen EP, Miller PD. Coronal positioning of existing gingiva: Short term results in the 
treatment of shallow marginal tissue recession. J Periodontol 1989;60:316-9.
14. De Sanctis M, Zucchelli G. Coronally advanced fl ap: a modifi ed surgical approach 
for isolated recession type defects. Three-year results. J Clin Periodontol 
2007;34:262-8.
15. Björn H. Free transplantation of gingiva propria. Sven Tandlak Tidskr 1963;22:684-9.
16. Livingston HL. Total coverage of denuded root surfaces with a free gingival 
autograft. A case report. Journal of Periodontology, Chicago 1975;46(4):209-16.
17. Maynard Jr. JG. Coronal positioning of a previously placed autogenous gingival 
graft. J Periodontol 1977;151-5.
18. Brasher WJ, Rees TD, Boyce WA. Complications of free grafts of masticatory 
mucosa. J Periodontol 1975;46:133-8.
19. Terrence J, Wai SC, Athanasios IZ, Petros D. Postoperative Complications Following 
Gingival Augmentation Procedures. J Periodontol 2006;77:2070-9.
20. Carnio J, Miller Jr PD. Increasing the amount of attached gingiva using a modifi ed 
apically repositioned fl ap. J Periodontol 1999;70(9):1110-7.
21. McGuire MK, Martha VN. Treated with Coronally Advanced Flaps and Either Enamel 
Matrix Derivative or Connective Tissue. Part 1: Comparison of Clinical Parameters 
J Periodontol 2003;74:1110-25.
22. Huang L, Neiva EFR, Wang H. Factors Affecting the Outcomes of Coronally 
Advanced Flap Root Coverage Procedure. J Periodontol 2005;76:1729-34.
23. Cairo F, Pagliaro U, Nieri M. Treatment of gingival recession with coronally advanced 
fl ap procedures. A systematic rewiew. J Clin Periodontol 2008;35(Suppl. 8):136-62.
24. Carnio J, Camargo PM, Passanezi E. Increasing the apico-coronal dimension of 
attached gingiva using the modifi ed apically repositioned fl ap technique: A case 
series with a 6-month follow-up. J Periodontol 2007;78(9):1825-30.
25. Carnio J, Camargo PM. The modifi ed apically repositioned fl ap to increase the 
dimensions of attached gingival: The single incision technique for multiple adjacent 
teeth. Int J Periodontics Restorative Dent 2006;26:265-9.
42
RESUMO
A doença periodontal é uma patologia infecciosa infl amatória de etiolo-
gia microbiana, sendo a placa bacteriana o fator etiológico primário na 
infl amação gengival. O tratamento das doenças periodontais consiste no 
controle mecânico do biofi lme bacteriano por meio da instrumentação pe-
riodontal, além da introdução de higiene oral adequada. Porém, no trata-
mento periodontal de sítios localizados não responsivos, a aplicação de 
antibióticos ou antissépticos tópicos pode ajudar a superar as defi ciências 
da terapia mecânica convencional. Alguns fármacos podem ser utilizados 
no tratamento tópico da periodontite: clorexidina, iodo povidine, metroni-
dazol, tetraciclina, minociclina, doxiciclina e azitromicina. O objetivo do 
trabalho foi realizar uma revisão da literatura sobre a utilização desses fár-
macos e os resultados dos estudos clínicos em humanos. Fo r am selecio-
nados estudos randomizados, duplo-cego, com investigadores calibrados, 
incluídos no período de 2005 a 2010. No que se refere aos desfechos 
clínicos dos estudos analisados, observamos que são superiores quando 
se trata de antimicrobianos locais como adjuvantes da terapiamecânica; 
no entanto, não é claro quando esse tipo de terapia é realmente indicada, 
apresentando relação custo-benefício favorável, bem como o antimicrobia-
no mais efi caz no tratamento tópico da periodontite.
Unitermos - Periodontite; Antibiótico; Administração tópica.
ABSTRACT
Periodontal disease is an infl ammatory disease of infectious etiology and 
microbial plaque the primary etiological factor in gingival infl ammation. The 
treatment of periodontal disease is the mechanical control of bacterial biofi lm 
by periodontal instrumentation, and the introduction of proper oral hygiene. 
But in the periodontal treatment of sites that do not respond, the application 
of topical antiseptics or antibiotics may help overcome the shortcomings 
of conventional mechanical therapy. Some drugs can be used for topical 
treatment of periodontitis: chlorhexidine, povidone iodine, metronidazole, 
tetracycline, minocycline, doxycycline and azithromycin. The objective is to 
conduct a literature review on the use of these drugs and the results of 
clinical studies in humans. We selected randomized, double-blind, calibrated 
with researchers, including the period from 2005 to 2010. Regarding the 
clinical outcomes of the studies analyzed, we observe that they are superior 
when it comes to local antimicrobial therapy as adjuvant mechanics, 
however it is unclear when such therapy is really indicated by presenting 
cost - benefi t ratio and the most effective antimicrobial for topical treatment 
of periodontitis. 
Key Words - Periodontitis; Antibiotic; Topical administration.
Uso tópico de 
antimicrobianos como 
um meio auxiliar 
no tratamento da 
periodontite
*Graduada em Odontologia – UFC.
**Doutora em Periodontia – Foar; Professora de Periodontia – UFC.
Revisão da literatura
Larice Kércia Braz Monteiro*
Maria Mônica Studart Mendes Moreira**
Topical use of antibiotics as an aid in the 
treatment of periodontitis
Recebido em out/2010
Aprovado em out/2010
Revista PerioNews 2011;5(1):42-9
43
 Periodontia
Revista PerioNews 2011;5(1):42-9
 Periodontia
INTRODUÇÃO
A doença periodontal é uma patologia infecciosa infl a-
matória de etiologia microbiana que acomete os tecidos de 
suporte dos dentes, o que resulta na destruição progressiva 
do ligamento periodontal e do osso alveolar1-7. A placa bacte-
riana, mais especifi camente as bactérias anaeróbias, é o fa-
tor etiológico primário na infl amação gengival supragengival 
(gengivite) ou subgengival (periodontite)4,6-10.
Além da presença de espécies periodontopatogênicas, 
a suscetibilidade do hospedeiro é imprescindível na etiopato-
gênese da periodontite11. 
A doença periodontal acomete ampla faixa etária, mais 
associada a pacientes adultos11. No Brasil, a prevalência de 
gengivite é aproximadamente de 100% e a de periodontite é 
também consideravelmente alta6. Segundo outros autores, 
75% da população adulta apresentam gengivite enquanto 
20% a 30% são portadores de periodontite crônica5.
O tratamento da periodontite consiste em controlar a 
presença desses microrganismos no ambiente subgengival12. 
Alguns autores demonstram que a principal forma de promo-
ver a descontaminação da superfície radicular no tratamento 
das doenças periodontais é através da terapia periodontal 
não cirúrgica, que consiste no controle mecânico do biofi lme 
bacteriano por meio da instrumentação periodontal, além da 
introdução de higiene oral adequada para o controle do biofi l-
me supragengival2,4,8,12-15. Essa terapia mecânica é responsá-
vel por promover a remoção de microrganismos patogênicos 
encontrados no biofi lme; na maioria das vezes, é sufi ciente 
para reestabelecer a saúde periodontal. Entretanto, as célu-
TABELA 1 - ESTUDOS FAVORÁVEIS AO USO DE ANTIMICROBIANOS TÓPICOS. PS = PROFUNDIDADE DE SONDAGEM; SS = SANGRAMENTO A 
SONDAGEM; RAR = RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR; NCI = NÍVEL CLÍNICO DE INSERÇÃO
Referência Nº pacientes Sítios Protocolo de tratamento Resultados
11 33 Um sítio por quadrante com PS > 6 mm + SS + perda óssea > 1/3 raiz.
RAR ou RAR + verniz de clorexidina 
subgengival/15min.
Benefícios microbiológicos mantidos, pelo 
menos em parte, por seis meses.
16 98 Dois sítios PS > 5 mm + SS. RAR ou RAR + gel de clorexidina. RAR + gel de clorexidina: redução de PS e ganho de NCI superiores.
14 116 Dois sítios PS > 5 mm + SS. RAR ou RAR + chip de clorexidina. RAR + chip de clorexidina: redução de PS e ganho de NCI superiores.
18 15 Quatro sítios não adjacentes a partir de 2°s PM com PS 5-7 mm + SS.
RAR ou RAR + gel de quitosana 1% com metroni-
dazol 15% ou RAR + gel de quitosana 1%. 
As reduções nos valores de PS foram de 1,21 mm 
para quitosana, 1,48 mm para quitosana + 
metronidazol, e 0,94 mm para o grupo-controle.
23 22
Um M/PM inferior com defeito 
periodontal intraósseo (perda 
de duas ou três paredes).
Tetraciclina + barreira regenerativa/seis semanas 
ou barreira regenerativa. 
O uso tópico de tetraciclina apresentou maior 
ganho de NCI.
15 37 Quatro bolsas periodontais com PS > 5mm + SS.
Grupo-teste: dois dentes (um RAR), dois dentes 
(um RAR + quatro aplicações tetraciclina 100 mg/
mL).
Grupo controle: dois dentes (um RAR), dois dentes 
(um RAR + quatro aplicações soro fi siológico).
Parâmetros clínicos: ausência de diferenças 
signifi cativas. O grupo teste apresentou maior 
redução dos periodontopatógenos até os seis 
meses.
25 127 No mínimo, 16 dentes; cinco sítios com PS > 5 mm. RAR + microesferas de minociclina ou RAR.
Benefícios microbiológicos, redução da PS, do 
SS e ganho de NCI maiores no grupo teste.
5 750 PS > 6 mm. RAR ou RAR + veículo de polímero ou RAR + microesfera de minociclina. 
RAR + microesfera de minociclina: redução de 
PS superior.
23 40 Um sítio com PS > 4 mm e perda de inserção > 4 mm.
Barreira regenerativa + pomada de minociclina 
2%, semanalmente, por oito semanas ou barreira 
regenerativa.
Ganho de NCI 40% no grupo teste e 25% no 
grupo controle.
5 411
Dois ou mais quadrantes com quatro 
sítios com PS > 5 mm; no mínimo, 
duas dessas bolsas com PS > 7 mm.
RAR + gel de doxiclina 10% (no início e após 
quatro meses) ou RAR.
Redução signifi cativa da PS e melhora do NCI 
no grupo teste se comparado ao grupo controle.
27 39 Quatro bolsas com PS > 5 mm + SS. RAR + gel de doxiclina 14% ou RAR.
RAR + doxiciclina: melhoria no envolvimento 
de furca três meses após o tratamento; não 
houve diferenças signifi cativas no número de 
reinstrumentações em um ano.
28 80 Um sítio com PS > 5 mm + SS. RAR + gel de azitromicina 0,5% ou RAR. O uso adjuvante de azitromicina melhorou os resultados clínicos e microbiológicos.
44 Revista PerioNews 2011;5(1):42-9
Monteiro LKB • Moreira MMSM
las epiteliais gengivais e o tecido conjuntivo subepitelial, bem 
como os túbulos dentinários, podem ser invadidos por pe-
riodontopatógenos, servindo como reservatório para esses 
microrganismos que podem recolonizar a superfície dentária 
mesmo após o tratamento8. 
Diante da difi culdade em descontaminar a região sub-
gengival, tem sido proposto o uso de antimicrobianos tópicos 
que podem auxiliar no tratamento da periodontite7.
Alguns fármacos podem ser utilizados topicamente: clo-
rexidina, iodo povidine, metronidazol, tetraciclina, minocicli-
na, doxiciclina e azitromicina.
O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão da litera-
tura sobre a utilização desses fármacos e os resultados dos 
estudos clínicos em humanos.
REVISÃO DA LITERATURA
Para a realização desta revisão da literatura foram se-
lecionados estudos randomizados, duplo-cego, com investi-
gadores calibrados, incluídos no período de 2005 a 2010. 
Todos os indivíduos selecionados para esses estudos eram 
portadores de periodontite crônica que variou de moderada 
à severa. Foram avaliados os seguintes parâmetros clínicos 
e microbiológicos: nível clínico de inserção, profundidade de 
sondagem, sangramento a sondagem e análise microbiológi-
ca. Esses trabalhos foram organizados em duas tabelas apre-
sentando os estudos favoráveis ao uso de antimicrobianostópicos (Tabela 1) e os não favoráveis (Tabela 2).
Clorexidina
A clorexidina é um agente antimicrobiano de amplo es-
pectro efetivo contra os microrganismos orais anaeróbios e 
aeróbios, gram-positivos e negativos os quais envolvem os 
periodontopatógenos5,8-9,16.
A clorexidina na forma de bochecho é um agente quí-
mico de uso tópico, utilizado no tratamento da gengivite, 
apresentando pouca efi ciência no tratamento da periodonti-
te, uma vez que não consegue atingir concentrações efetivas 
nas áreas de maior profundidade da bolsa periodontal5,9,14. 
Diante dessa situação, no tratamento da periodontite pode-se 
optar pela aplicação subgengival de gel, verniz de clorexidina 
ou colocação de um dispositivo de liberação lenta, o Perio-
chip5,14.
O chip de clorexidina contém 34% de gluconato de clo-
rexidina (2,5 mg) com capacidade de liberá-la no interior da 
bolsa periodontal por sete a dez dias em proporções de até 
125 mg/ml sem causar qualquer alteração de cor visível dos 
dentes ao contrário do bochecho de clorexidina5,8,14. 
Alguns autores14 avaliaram o efeito do chip de clorexidi-
na em 116 indivíduos com periodontite de moderada a seve-
ra. Para cada indivíduo foram selecionados dois sítios com 
profundidade de sondagem (PS) > ou = 5 mm e sangramento 
a sondagem; cada sítio recebeu raspagem e alisamento ra-
dicular (RAR) sozinho ou a associação do chip de clorexidina 
e terapia mecânica. A utilização do chip de clorexidina resul-
tou em redução de PS e ganho de nível clínico de inserção 
superiores à terapia mecânica isolada. Outros autores16 ava-
liaram 98 pacientes com as mesmas condições patológicas 
descritas acima e submetidos a um protocolo de tratamento 
semelhante; em vez do chip de clorexidina, foi associado o 
gel de clorexidina que apresentou melhores resultados na PS 
e nível clínico de inserção nos sítios que receberam o gel de 
TABELA 2 - ESTUDOS CONTRÁRIOS AO USO DE ANTIMICROBIANOS TÓPICOS. PS = PROFUNDIDADE DE SONDAGEM; SS = SANGRAMENTO A 
SONDAGEM; RAR = RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR; NCI = NÍVEL CLÍNICO DE INSERÇÃO
Referência N° pacientes Sítios Protocolo de tratamento Resultado
19 20 Um sítio por quadrante com PS > 6 mm + SS.
Um tratamento por quadrante (irrigação 5 min./
dente): 1) ultrassom + iodo 0.5%; 2) ultrassom 
+ NaCl 0,9%; 3) NaCl 0,9%; 4) iodo 0,5%.
Ausência de efeito antimicrobiano superior 
ao debridamento com ultrassom sozinho.
20 45 Oito sítios PS > 5 mm + SS.
1 – RAR quatro sessões (intervalo de uma sema-
na); 2 – ultrassom 45 minutos + iodo 0,5%; 
3 – ultrassom 45 minutos + soro fi siológico.
Não houve evidência de que o iodo-povidine 
seja efi caz como adjunto da terapia 
periodontal mecânica.
21 44 Um defeito de furca grau II com PS > 5 mm + SS.
Ultrassom + PVP-I 10% ou ultrassom 
+ água destilada
Ausência de diferenças estatisticamente 
signifi cativas.
7 21 Dois sítios PS > 5 mm + SS. RAR ou RAR + gel de metronidazol 25%. A associação não melhorou o resultado obtido.
26 32
20 dentes remanescentes 
(6 PS > 5 mm; 2 PS > 6 mm; 
2 PS > 7 mm).
Ultrassom ou ultrassom + gel de doxiciclina 8,8%.
Redução da PS, ganho de NCI e fechamento 
de bolsas periodontais sem diferenças entre 
os grupos.
23 29 Um único defeito de furca grau II em molar inferior.
Hiclato de doxiciclina 4% + barreira regenerativa + 
enxerto ósseo ou barreira regenerativa 
+ enxerto ósseo ou enxerto ósseo.
Ausência de diferenças estatísticas.
45Revista PerioNews 2011;5(1):42-9
 Periodontia
clorexidina se comparados à terapia mecânica isolada.
Um grupo de 33 pacientes portadores de periodontite crô-
nica foi submetido ao procedimento de RAR + verniz altamente 
concentrado de clorexidina. Os benefícios microbiológicos da 
aplicação subgengival do verniz de clorexidina foram manti-
dos, pelo menos em parte, por um período de seis meses11.
A administração subgengival de verniz de clorexidina al-
tamente concentrado melhorou a terapia periodontal mecâni-
ca. Uma redução de PS de quase 1 mm pode ser conseguida 
no caso de bolsas profundas por meio do tratamento quími-
co/mecânico em que a clorexidina atue como adjuvante11.
Metronidazol
O metronidazol apresenta efeito bactericida seletivo con-
tra espécies anaeróbias com efi ciência na microbiota subgen-
gival6. Pode ser apresentado na forma de um gel bioabsorvível 
com benzoato de metronidazol a 15% ou 25 %6,17.
Alguns autores7 avaliaram a aplicação de gel de metroni-
dazol 25%, após RAR, em 21 pacientes com infl amação crô-
nica recorrente apresentando, no mínimo, dois sítios com PS 
> ou = 5 mm e sangramento a sondagem; os locais foram 
escolhidos aleatoriamente para serem tratados com RAR ou 
RAR + metronidazol 25%. Essa associação não melhorou o 
resultado obtido se comparada ao procedimento mecânico 
isolado, o que pode ser justifi cado por uma duração de ação 
do gel na bolsa insufi ciente para a eliminação de bactérias.
Segundo esses autores, a concentração mínima inibitó-
ria de metronidazol necessária para afetar linhagens relevan-
tes de periodontopatógenos é < 1 µg/ml. A concentração 
média de metronidazol encontrada no fl uido crevicular, após 
aplicação única do gel 25%, foi de 461 µg/ml. A administra-
ção sistêmica de metronidazol levou a uma concentração de 
8-10 µg/ml. Isso mostra que a aplicação local do gel de me-
tronidazol leva a uma concentração bem maior no fl uido cre-
vicular gengival do que a administração sistêmica, embora 
ambas as formas de administração levem a concentrações 
superiores à mínima inibitória7.
Outros autores17 avaliaram o tempo máximo que um gel 
de metronidazol a 15% consegue permanecer nos sítios-alvo, 
em níveis adequados, para combater os periodontopatóge-
nos. O fármaco foi encontrado em altas concentrações ape-
nas imediatamente após a aplicação do gel e por um período 
de uma hora; depois dessa hora inicial, o gel possivelmente 
foi eliminado na bolsa periodontal de maneira progressiva 
com concentrações mais baixas no período de seis horas e 
a partir de 24 e 48 horas pouco restou do gel. Concluiu-se 
ainda que houve uma alteração signifi cante na prevalência de 
algumas bactérias em função do tempo de colheita, apenas 
nos grupos nos quais o gel de metronidazol foi aplicado. Po-
rém, no que se refere à profundidade de sondagem e ao nível 
clínico de inserção, foi observada melhora clínica no período 
de duração de 90 dias do estudo sem diferenças entre os 
grupos com ou sem aplicação do gel.
O gel de quitosana a 1% com ou sem metronidazol a 
15% foi elaborado e aplicado como coadjuvante a RAR em 
comparação com a terapia mecânica isolada em 15 pacien-
tes com periodontite crônica moderada a severa. Foram ava-
liados, no mínimo, quatro sítios não adjacentes a partir de 
segundo pré-molares com PS = 5 a 7 mm e sangramento a 
sondagem. As reduções nos valores de PS foram de 1,21 
mm para quitosana, 1,8 mm para quitosana + metronidazol 
e 0,94 mm para o grupo controle, o que sugere que a quito-
sana é efi caz, bem como sua combinação com metronidazol 
no tratamento da periodontite crônica devido às suas proprie-
dades antimicrobianas18.
Iodo
O iodo apresenta efeito bactericida, efetivo contra mui-
tas bactérias, até contra os periodontopatógenos. Foram 
avaliados 20 pacientes portadores de periodontite crônica 
severa; cada quadrante com, no mínimo, um sítio com PS > 
ou = 6 mm e sangramento a sondagem após um mês de con-
trole de placa, recebeu um dos tratamentos: ultrassom + ir-
rigação subgengival com iodo/povidine 0,5% por cinco min./
dente; ultrassom + irrigação subgengival com solução salina 
estéril por cinco min./dente; irrigação subgengival com solu-
ção salina estéril por cinco min./dente; irrigação subgengival 
com iodo/povidine 0,5% por cinco min./dente. Concluiu-se 
que a solução de iodo/povidine 0,5% não apresentou nenhum 
efeito antimicrobiano comparado com o debridamento reali-
zado com ultrassom sozinho19.
Um total de 45 pacientes com periodontite crônica apre-
sentando, no mínimo, oito sítios com PS > ou = 5 mm e 
sangramento a sondagem foramdivididos em três grupos: 
RAR por quatro sessões com intervalo de uma semana entre 
elas; debridamento com ultrassom por 45 minutos associa-
do à irrigação com iodo/povidine 0,5%; debridamento com 
ultrassom por 45 minutos associado à irrigação com soro 
fi siológico. Não houve evidência de que o iodo/povidine seja 
efi caz como adjunto da terapia periodontal mecânica20.
Em 44 pacientes portadores de periodontite crônica 
com, no mínimo, um defeito de furca Grau II com PS > ou = 
5 mm foram divididos em dois grupos de tratamento: instru-
mentação subgengival com ultrassom + solução de iodo/po-
vidine 10% ou instrumentação subgengival com ultrassom + 
água destilada. Concluiu-se que, embora a terapia mecânica 
46 Revista PerioNews 2011;5(1):42-9
Monteiro LKB • Moreira MMSM
O uso de fi bras de tetraciclina como adjuvante no debridamento mecânico 
demonstrou melhora signifi cativa na redução da PS, porém, a maior redução 
deveu-se à remoção do tecido mole ao invés de melhorar o nível clínico de 
inserção25. A aplicação de fi bras de tetraciclina apresentou concentrações 
relativamente elevadas de antibiótico no fl uido crevicular gengival por dez dias15.
apresentasse efeito satisfatório no tratamento de defeitos de 
furca Grau II, o uso tópico de iodo/povidine como adjuvante 
na instrumentação subgengival não apresentou benefícios 
adicionais21.
Alguns autores22 avaliaram 29 indivíduos com periodonti-
te crônica divididos aleatoriamente em dois grupos: RAR + ir-
rigação com solução fi siológica e RAR + irrigação com iodo/
povidine 10%. A adição de iodo/povidine não mostrou ganho 
terapêutico signifi cativo na maioria dos parâmetros clínicos 
utilizados quando comparados com os valores obtidos do 
grupo controle. Ambas as terapias reduziram a contagem e 
a proporção dos periodontopatógenos; aos 30 dias, o grupo 
teste exibiu maior redução na proporção dos periodontopa-
tógenos comparado com o grupo controle. Entretanto, aos 
90 dias, não foram observadas diferenças estatisticamente 
signifi cantes entre os grupos.
Tetraciclina
A tetraciclina aplicada localmente no interior das bolsas 
periodontais demonstrou elevada efi cácia clínica: apresentou 
atividades anticolagenolítica, antiosteoclástica e osteogêni-
ca; promoveu a redução na profundidade de bolsas, quando 
da associação da terapêutica medicamentosa com a perio-
dontal mecânica1,8,23-24.
O hidroclorato de tetraciclina a 25% pode ser encontra-
do em um sistema não absorvível de antimicrobiano de libe-
ração local; é necessária sua remoção do interior da bolsa 
periodontal após um período de sete a dez dias8.
O uso de fi bras de tetraciclina como adjuvante no de-
bridamento mecânico demonstrou melhora signifi cativa na 
redução da PS, porém, a maior redução deveu-se à remo-
ção do tecido mole ao invés de melhorar o nível clínico de 
inserção25. A aplicação de fi bras de tetraciclina apresentou 
concentrações relativamente elevadas de antibiótico no fl uido 
crevicular gengival por dez dias15.
Um estudo de avaliação da associação de tetraciclina e 
barreira regenerativa mantida por seis semanas no local da 
regeneração mostrou resultados satisfatórios com o uso de 
antibióticos locais, pois os sítios tratados com o antibiótico 
alcançaram ganhos de nível clínico de inserção estatistica-
mente maior em relação aos sítios tratados apenas com a 
barreira regenerativa23.
Alguns autores15 avaliaram 37 pacientes que tiveram 
pelo menos quatro bolsas periodontais persistentes, não 
adjacentes, com PS de pelo menos 5 mm e sangramento 
a sondagem. Esses pacientes foram distribuídos aleatoria-
mente em dois grupos: no grupo teste, dois dentes recebe-
ram quatro aplicações de solução de tetraciclina (100 mg/
ml), enquanto os outros dois dentes receberam o mesmo 
tratamento acrescido de uma sessão de RAR. No grupo con-
trole, dois dentes receberam uma sessão de RAR e os outros 
dois dentes receberam quatro aplicações de solução salina + 
uma sessão de RAR. Todas as terapias resultaram em dados 
clínicos estatisticamente signifi cativos, sem diferenças signi-
fi cativas entre os grupos. A presença de bactérias diminuiu 
em ambos os grupos mas, somente no grupo teste, houve 
uma redução signifi cativa de periodontopatógenos em até 
seis meses.
Minociclina
A minociclina é um antibiótico semissintético derivado 
da tetraciclina. Trata-se de um antibiótico de amplo espectro 
que atua na inibição da síntese proteica8. Pode ser empre-
gada sob três formas de apresentação: fi lme, microesfera 
e pomada1.
A utilização em pomada (minociclina a 2%), três a quatro 
vezes durante duas semanas, associada à RAR apresentou 
melhora signifi cativa dos parâmetros clínicos (redução signifi -
cante na profundidade de sondagem de bolsa) e microbiológi-
cos em comparação à RAR isolado1. Um estudo de avaliação 
da aplicação semanal de pomada de minociclina em barreiras 
regenerativas por oito semanas mostrou resultados satisfató-
47Revista PerioNews 2011;5(1):42-9
 Periodontia
rios, apresentando ganho de nível clínico de inserção de 40% 
no grupo teste e de 25% no grupo controle23.
As esferas de minociclina são bioabsorvíveis e apresen-
tam 1 mg de minociclina5,8, podendo ser associadas ao tra-
tamento periodontal não cirúrgico e cirúrgico em pacientes 
com periodontite crônica de moderada a severa5. O sistema 
de administração (cartucho e seringa) é projetado para rá-
pida e fácil administração de uma dose única de minocicli-
na subgengivalmente em bolsas periodontais > 5 mm com 
sangramento a sondagem. Com esse sistema, o cloridrato 
de minociclina é mantido dentro de bolsas por 21 dias em 
concentrações efi cazes contra patógenos periodontais5.
Alguns autores25 avaliaram o efeito da aplicação local 
de microesferas de minociclina associada à RAR (n = 65) em 
comparação com o procedimento mecânico isolado (n = 62). 
Foram avaliados 127 indivíduos com periodontite crônica de 
moderada a severa apresentando, no mínimo, cinco dentes 
com PS > ou = 5 mm. Concluiu-se que a adição de minoci-
clina reduziu a profundidade de sondagem de 1,38 mm (em 
comparação com 1,01 mm em RAR sozinho); o sangramen-
to a sondagem foi reduzido em 25,2% (em comparação a 
13,8%, em RAR) e um ganho de nível clínico de inserção de 
1,16 mm (em comparação com 0,80 mm da RAR sozinho) foi 
alcançado. Além disso, os autores afi rmaram que a adição 
de minociclina reduziu efi cazmente o número de bactérias pe-
riodontopatogênicas em maior medida do que RAR sozinha.
Outros autores5 avaliaram 750 indivíduos com periodon-
tite crônica generalizada, de moderada a severa, randomica-
mente divididos em um dos três tratamentos: RAR somente 
(controle positivo), RAR e veículo de polímero (controle com 
placebo), RAR acrescido de microesferas de minociclina. Foi 
realizada sondagem no início (antes do tratamento) em um, 
três, seis e nove meses. Em particular, os indivíduos tratados 
com microesferas de minociclina adjuvantes apresentaram 
signifi cativamente maiores reduções de PS em relação aos 
indivíduos tratados com RAR sozinho.
Doxiciclina
A doxiciclina é um antibiótico de amplo espectro, se-
missintético derivado da tetraciclina efi caz contra bactérias 
gram-positivas e gram-negativas, protozoários e vários ana-
eróbios. Apresenta atividade bacteriostática e atua na inibi-
ção da síntese proteica5,8,23. Além de possuir propriedades 
antibacterianas, a doxiciclina apresenta outras ações bioló-
gicas que podem resultar em um aumento na produção e 
manutenção do colágeno e de osso20; além disso, apresenta 
capacidade de inibir a proteinase contribuindo, assim, para 
reduzir a progressão da doença periodontal3.
Segundo alguns autores3, o gel de doxiciclina seria o 
antimicrobiano de escolha, o que tem menor custo, facilidade 
de manuseio, tempo reduzido de aplicação, atividade antico-
lagenolítica e aceitação do paciente.
A doxiciclina pode estar disponível na forma de liberação 
controlada durante sete dias no interior da bolsa periodon-
tal5,8 e foi capaz de promover reduções significativas (60%) 
de patógenos anaeróbios, sustentada por até seis meses 
após o tratamento5.
Segundo alguns autores1, a terapia local com hidroclori-
drato de doxiciclina 10% apresentou-se mais efetiva quando 
associada à RAR em casos de periodontite crônica, se com-
parada com outros estudos em que a doxiciclina atua sem 
estar associada à terapia mecânica.
Outra forma de liberação lenta corresponde ao gel de 
doxiciclina 8,5%, que apresentou redução signifi cativa na 
quantidade de periodontopatógenos sem evidências de re-
sistência bacteriana1.
Segundo alguns autores1, a utilização de doses subanti-
microbianas de doxiciclina associada à RAR foi mais efetiva 
que os procedimentos mecânicos isoladamente, ressaltando 
que o período de exposição a essas doses pode ser maior 
sem causar resistência dos periodontopatógenos.
Um estudo desenvolvido por alguns autores26 avaliou 32 
indivíduos com periodontite crônica de moderada a severa 
apresentando, no mínimo, 20 dentes remanescentes dos 
quais, no mínimo, dez com PS > ou = 5 mm; destes últimos, 
dois com PS > ou = 6 mm e dois com PS > ou = 7 mm. 
Esses indivíduos receberam debridamento com ultrassom 
sozinho ou debridamento com ultrassom associado a gel de 
doxiciclina 8,8%. Concluiu-se que a administração local de 
doxiciclina como adjuvante do debridamento mecânico no 
retratamento de bolsas periodontais não melhorou signifi cati-
vamente o resultado do tratamento em termos de redução de 
PS, ganho clínico de inserção ou probabilidade de conseguir 
o fechamento de bolsas periodontais (PS < ou = 4 mm) em 
relação ao debridamento mecânico sozinho.
Outro estudo avaliou 29 indivíduos com um único defeito 
de furca Grau II em molar inferior, mostrando que a adição de 
hiclato de doxiciclina 4% à barreira utilizada na regeneração 
tecidual guiada + enxerto ósseo não melhora os resultados 
do tratamento em comparação com a barreira sem antibióti-
co + enxerto ósseo ou enxerto ósseo sozinho23.
A aplicação do gel de doxiciclina 10% no início do tra-
tamento e quatro meses depois, em pacientes com perio-
dontite crônica, reduziu a PS e melhorou o nível clínico de 
inserção comparável à RAR sozinho em nove meses após o 
tratamento5. 
48
Alguns autores27 avaliaram o efeito clínico da aplicação 
tópica subgengival do gel de doxiciclina 14% associado à RAR 
em locais de bifurcação durante a terapia periodontal de su-
porte; 39 pacientes com pelo menos quatro bolsas com PS > 
ou = 5 mm e sangramento a sondagem receberam RAR; em 
20 desses pacientes, foi aplicado gel de doxiciclina subgen-
givalmente. Os parâmetros clínicos foram avaliados no início, 
três, seis e 12 meses após a terapia. RAR + dox resultou em 
melhoria do envolvimento de furca se comparado com RAR 
três meses após o tratamento. No entanto, RAR + dox não 
demonstrou uma diferença signifi cativa entre ambos os grupos 
no número de reinstrumentações durante os 12 meses.
Azitromicina
Azitromicina (AZM) é um antibiótico semissintético da 
classe dos macrolídeos, apresenta um amplo espectro de 
ação antimicrobiana para bactérias anaeróbias, assim como 
bacilos gram-negativos, efi caz contra patógenos periodon-
tais28.
Alguns autores28 avaliaram 80 pacientes portadores de 
periodontite crônica com, no mínimo, uma bolsa com PS > 
ou = 5 mm e sangramento a sondagem divididos em dois 
grupos de tratamento: RAR somente e RAR + AZM 0,5% em 
um gel bioabsorvível de liberação lenta. Apesar de ambas es-
tratégias de tratamento serem benéfi cas para os pacientes, 
o uso adjuvante de AZM 0,5% como sistema de liberação 
controlada melhorou os resultados clínicos e microbiológi-
cos.
Alguns estudos avaliaram comparativamente diferentes 
antimicrobianos de uso tópico. Em um deles, foram obser-
vadas, por seis meses, três formas de terapia local antimi-
crobiana, realizado com quatro grupos – RAR; RAR + fi bras 
de tetraciclina 20%; RAR + gel de minociclina 2%; RAR + 
gel de metronidazol. Concluiu-se que os três sistemas an-
timicrobianos ofereceram benefícios sobre a terapia perio-
dontal mecânica. Entretanto, o regime de RAR + fi bras de 
tetraciclina 20% apresentou a maior redução na PS de bolsas 
durante seis meses após o tratamento1. Em outro estudo, 
foram avaliados 32 pacientes portadores de peri-implantite 
apresentando um implante com PS > 4 mm, presença de 
periodontopatógenos e sangramento e/ou exsudato a sonda-
gem. Foi realizada uma comparação entre o uso de microes-
fera de minociclina + RAR e o gel de clorexidina 0,2% + RAR 
aplicados no início do tratamento, um mês e três meses após 
o início. Constatou-se que ambos os tratamentos reduziram 
os níveis de patógenos, porém, o tratamento com microesfe-
ra de minociclina resultou em melhorias signifi cativas na PS 
em comparação com o gel de clorexidina em um, três e seis 
Revista PerioNews 2011;5(1):42-9
Monteiro LKB • Moreira MMSM
meses. Reduções signifi cativas de sangramento a sondagem 
também foram observadas por até 12 meses5.
DISCUSSÃO
Os antimicrobianos tópicos atuam como adjuvantes da 
terapia periodontal, não substituindo o tratamento mecânico 
e a necessidade de uma higiene bucal adequada3. Esses fár-
macos reduzem a PS e/ou promovem ganho de nível clínico 
de inserção, o que resulta em maior probabilidade de manu-
tenção do paciente e resolução de bolsas periodontais desde 
que associados ao tratamento convencional. Além disso, a 
aplicação local de antimicrobianos retarda a formação do 
biofi lme novo, que tende a ocorrer logo após o procedimento 
mecânico7.
Em termos microbiológicos, esses antimicrobianos apli-
cados topicamente podem modular a resposta infl amatória, 
reduzir a quantidade de patógenos periodontais e, dessa for-
ma, minimizar os efeitos da destruição tecidual5,8,26.
A indicação dos antimicrobianos tópicos envolve casos 
de infecções periodontais associadas a invasões bacteria-
nas no tecido epitelial e conjuntivo e no interior dos túbulos 
dentinários, quando acidentes anatômicos não favorecem o 
acesso à terapia mecânica, sítios com bolsas periodontais 
profundas e pacientes portadores de periodontite crônica ou 
agressiva, com sítios não responsivos à RAR1,8.
O uso de agentes de ação controlada possibilita a ma-
nutenção de uma efetiva concentração da droga no local da 
infecção com baixo risco para o aparecimento de resistên-
cia bacteriana, bem como de efeitos colaterais indesejáveis. 
Além disso, apresenta risco insignifi cante de infecções extra-
orais causadas por fungos, independentemente da adesão 
do paciente1,3,7,23,26, possibilitando a obtenção de doses tera-
pêuticas consideravelmente maiores em sítios periodontais 
com a aplicação local dos antimicrobianos do que por meio 
da aplicação sistêmica3. 
Por outro lado, essa terapia local apresenta algumas 
limitações, como difi culdade em atingir a base de bolsas pe-
riodontais ou lesões de furca profundas, alguns dispositivos 
de liberação lenta apresentam alto custo e incapacidade de 
afetar os patógenos periodontais residentes no tecido gengi-
val ou em outros sítios da cavidade oral17.
Em relação aos estudos analisados nessa revisão da lite-
ratura, deve-se levar em consideração que o comportamento 
dos agentes antimicrobianos locais foi avaliado em diferentes 
condições patológicas, bem como a partir de diferentes parâ-
metros. Além disso, os protocolos de tratamento têm variado 
entre os estudos o que, sem dúvida, tem infl uenciado os dife-
49Revista PerioNews 2011;5(1):42-9
 Periodontia
rentes resultados obtidos. No qu e se refere ao desfecho clíni-
co dos estudos analisados, observamos que são superiores 
quando se trata de antimicrobianos locais como adjuvante da 
terapia mecânica; no entanto, não é claro quando esse tipo 
de terapia é realmente indicado, apresentando relação custo-
benefício favorável, bem como o antimicrobiano mais efi caz 
no tratamento tópico da periodontite.
Mesmo quando o tratamento for bem-sucedido, a redu-
ção dos microrganismos que compõem a placa bacteriana é 
transitória, sendo necessário o acompanhamentodo trata-
mento, que consiste geralmente em sessões de debridamen-
to em intervalos de três a seis meses para manter os efeitos 
benéfi cos iniciais4.
CONCLUSÃO
Os agentes antimicrobianos locais podem ser utilizados 
em sítios não responsivos ao tratamento mecânico, de pre-
ferência na forma de liberação controlada, porém, mais pes-
quisas são necessárias para esclarecer os resultados que 
devem integrar protocolos de trabalho mais uniformes.
Endereço para correspondência:
Larice Kércia Braz Monteiro
Rua Mário de Andrade,1.594 – Bela Vista
60442-140 – Fortaleza – CE
REFERÊNCIAS
1. Pedron IG, Tortamano IP, Borsatti MA, Adde CA, Rocha RG. Co-adjuvant local 
antimicrobials to the periodontal treatment. Rev Odonto 2007;15(29):67-72.
2. Teles RP, Teles FRF. Antimicrobial agents used in the control of periodontal biofi lms: 
effective adjuncts to mechanical plaque control? Braz Oral Res 2009;23(1):39-48.
3. Olate SM, Soto MA. Local antimicrobial in periodontics: Literature review. Acta 
Odontol Venez 2007;45(3).
4. Almazin SM, Dziak R, Andreana S, Giancio SG. The effect of doxycycline hyclate, 
chlorexidine gluconate, and minocycline hydrochloride on osteoblastic proliferation 
and differentiation in vitro. J Periodontol 2009;80(6):999-1005.
5. Paquette DW, Ryan ME, Wilder RS. Locally Delivered Antimicrobials: Clinical 
Evidence and Relevance. J Dent Hyg 2008;Suppl.:10-15.
6. Araújo MG, Sukekava F. Epidemiology of periodontal disease in Latin America. Rev 
Periodontia 2007;17(2):7-13.
7. Leiknes T, Leiknes KN, Boe OE, Skavland RJ, Tryggve L. Topical use of a 
metronidazole gel in the treatment of sites with symptoms of recurring chronic 
infl ammation. J Periodontol 2007;78(8):1538-44.
8. Meira ALT, Todescan SMC, Azoubel E, Bittencourt S, Azoubel MCF. Use of local 
antimicrobials in periodontics: a critical approach. Rev Periodontia 2007;17(1):83-9.
9. Neto CAF, Parolo CCF, Rösing CK, Maltz M. Comparative analysis of the effect of 
two chlorhexidine mouthrinses on plaque accumulation and gingival bleeding. Braz 
Oral Res 2008;22(2):139-44.
10. Savage Amir, Eaton KA, Moles DR, Needleman I. A systematic review of defi nitions 
of periodontitis and methods that have been used to identify this disease. J Clin 
Periodontol 2009;36:458-67.
11. Cosyn J, Sabzevar MM. Subgingival chlorexidine varnish administration as an 
adjunct to some-day full-mouth root planning. II. Microbiological observations. J 
Periodontol 2007;78(3):438-45.
12. Cionca N, Giannopoulou C, Ugolotti G, Mombelli A. Amoxicillin and metronidazole 
as an adjunct to full-mouth scaling and root planning of chronic periodontitis. J 
Periodontol 2009;80(3):364-71.
13. Del Peloso Ribeiro E´, Bittencourt S, Sallum EA, Nociti FH Jr., Gonçalves RB, 
Casati MZ. Periodontal debridement as a therapeutic approach for severe chronic 
periodontitis: a clinical, microbiological and immunological study. J Clin Periodontol 
2008;5:789-98.
14. Paolantonio M, D’Angelo M, Grassi RF, Perinetti G, Piccolomini R, Pizzo G et al. 
Clinical and Microbiologic Effects of Subgingival Controlled-Release Delivery 
of Chlorhexidine Chip in the Treatment of Periodontitis: A Multicenter Study. J 
Periodontol 2008;79(2):271-82.
15. Bosco JMD, Lopes BMV, Bosco AF, Spolidorio DMP, Marcantonio RAC. Local 
application of tetracycline solution with a microbrush: An alternative treatment for 
persistent periodontitis. Quintessence Int 2009; 40(1):29-40.
16. Paolantonio M, D’Ercole S, Pilloni A, D’Archivio D, Lisanti L, Graziani F et al. Clinical, 
microbiologic, and biochemical effects of subgingival administration of a xanthan-
based chlorexidine gel in the treatment of periodontitis: a randomized multicenter 
trial. J Periodontol 2009;80(9):1479-92.
17. Sato S. Avaliação in vivo de um dispositivo de liberação lenta de metronidazol para 
tratamento de bolsas periodontais: parâmetros clínicos e microbiológicos em um 
modelo animal [tese]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2006.
18. Akincibal H, Senel S, Yetkin Ay Z. Application of Chitosan Gel in the Treatment of 
Chronic Periodontitis. J Biomed Mater Res 2006;80(2):290-6.
19. Leonhardt A, Bergstro C, Krok L, Cardaropoli G. Microbiological effect of the use of 
an ultrasonic device and iodine irrigation in patients with severe chronic periodontal 
disease: A randomized controlled clinical study. Acta Odontol Scand 2007;65:52-9.
20. Zanatta GM, Bittencourt S, Nociti FHJ, Sallum EA, Sallum AW, Casati MZ. Periodontal 
debridement with povidone-iodine in periodontal treatment: short-term clinical and 
biochemical observations. J Periodontol 2006;77(3):478-505.
21. Ribeiro EDP, Bittencourt S, Ambrosano GMB, Nociti FHJ, Sallum EA, Sallum AW 
et al. Povidone-Iodine Used as an Adjunct to Non-Surgical Treatment of Furcation 
Involvements. J Periodontol 2006;77(2):211-17.
22. Perrella FA. Clinical and microbiological evaluation of subgingival irrigation with 
povidine-iodine-10% as adjunct to non-surgical periodontal therapy [tese]. São José 
dos Campos: Universidade Estadual Paulista; 2008.
23. Lyons LC, Weltman RL, Moretti AJ, Trejo PM. Regeneration of degree II furcation 
defects with a 4% doxycycline hyclate bioabsorbable barrier. J Periodontol 
2008;79(1):72-9.
24. Tamimi F, Torres J, Bettini R, Ruggera F, Rueda C, Lopez-Ponce M et al. Doxycycline 
sustained release from brushite cements for the treatment of periodontal diseases. 
J Biomed Mater Res 2007;707-14.
25. Goodson JM, Gunsolley JC, Grossi SG, Bland PS, Corgel JO, Doherty F et al. 
Minocycline HCI microspheres reduce red-complex bacteria in periodontal disease 
therapy. J Periodontol 2007;78(8):1568-79.
26. Tomasi C, Koutouzis T, Wennström. Locally delivered doxycycline as an adjunct 
to mechanical debridement at retreatment of periodontal pockets. J Periodontol 
2008;79(3):431-9.
27. Dannewitz B, Lippert K, Lang NP, Tonetti MS, Eickholz P. Supportive periodontal 
therapy of furcation sites: non-surgical instrumentation with or without topical 
doxycycline. J Clin Periodontol 2009;36:514-522.
28. Pradeep AR, Sagar SV, Daisy H. Clinical and Microbiologic Effects of Subgingivally 
Delivered 0.5% Azithromycin in the Treatment of Chronic Periodontitis. J Periodontol 
2008;79(11):2125-35.
50
RESUMO
Apesar da terapia periodontal não cirúrgica mostrar resultados signifi cativos 
na grande maioria dos casos de periodontite crônica, nenhuma das 
técnicas atualmente disponíveis são efi cazes para eliminar totalmente as 
bactérias subgengivais. Novas terapias antimicrobianas coadjuvantes ao 
tratamento mecânico têm sido propostas, como o uso de antimicrobianos 
ou antissépticos locais ou sistêmicos e, neste contexto, se insere a 
terapia fotodinâmica (PDT, do inglês photodynamic therapy). Sendo assim, 
o objetivo do presente estudo foi avaliar clinicamente os efeitos da terapia 
fotodinâmica no tratamento não cirúrgico da periodontite crônica.
Unitermos - Terapia fotodinâmica; Periodontite; Laser.
ABSTRACT
Despite non-surgical periodontal therapy show signifi cant results in most 
cases of chronic periodontitis, none of currently available techniques are 
effective to totally eliminate subgingival bacteria. New therapies antimicrobial 
adjuncts to mechanical treatment have been proposed such as use antibiotics 
or antiseptics local or systemic and, in this context, in part photodynamic 
therapy. Therefore, aim of this study is to evaluated effects of photodynamic 
therapy in non-surgical chronic periodontitis treatment.
Key Words - Photodynamic therapy; Periodontitis; Laser.
Efeitos da terapia 
fotodinâmica no 
tratamento não cirúrgico 
da periodontite crônica
*Mestres em Periodontia – Unigranrio.
**Professor adjunto – Unigranrio – Disciplina de Periodontia; 
Doutor em Periodontia – Universidade de Oslo.
***Professores adjuntos – Unigranrio – Disciplina de Periodontia; 
Doutores em Periodontia – Uerj.
****Doutor em Engenharia Mecânica – Universidade 
Federal de Minas Gerais.
Estudo clínico
Bianca Calil Feldman*
Léo Guimarães Soares*Eduardo Muniz Barretto Tinoco**
Márcio Eduardo Vieira Falabella***
Denise Gomes da Silva***
Gerdal Roberto de Sousa****
Effects of photodynamic therapy 
in non-surgical treatment of 
chronic periodontitis
Recebido em out/2010
Aprovado em out/2010
Revista PerioNews 2011;5(1):50-6
51Revista PerioNews 2011;5(1):50-6
 Periodontia
Apesar da terapia periodontal 
não cirúrgica mostrar resultados 
signifi cativos na grande maioria 
dos casos de periodontite 
crônica, nenhuma das técnicas 
atualmente disponíveis são 
efi cazes para eliminar totalmente 
as bactérias subgengivais.
INTRODUÇÃO
As doenças periodontais são patologias infecto-infl a-
matórias causadas por bactérias periodontopatogênicas 
presentes no biofi lme dental, podendo afetar indivíduos de 
todas as idades1. A presença destas bactérias leva a uma 
resposta do hospedeiro, potencialmente destrutiva, gerando 
condições patológicas nas estruturas de suporte dos dentes, 
representadas pela degradação do colágeno e reabsorção 
do osso alveolar2.
O biofi lme dental é considerado agente primário na etio-
logia da periodontite, mas apenas sua presença não é sufi -
ciente para modular o curso da doença; fatores genéticos, 
ambientais e do hospedeiro (higiene oral, tabagismo, estres-
se emocional, diabetes) também são responsáveis pela sua 
progressão3.
A periodontite crônica é a forma mais comum de perio-
dontite e sua prevalência (80%) e severidade aumentam com 
a idade, geralmente afetando ambos os sexos. Na maioria 
dos casos, a doença tem progressão lenta, podendo ocorrer 
rápidos e breves surtos. Pode ser classifi cada em relação a 
sua extensão (número de sítios envolvidos) em localizada ou 
generalizada e quanto à severidade (quantidade de perda de 
inserção) em leve moderada e severa4-5.
As características clínicas observadas em pacientes 
com diagnóstico de periodontite crônica não tratada incluem: 
acúmulo de placa e cálculo supra e subgengival, compatíveis 
com a quantidade de destruição; presença de infl amação 
gengival; bolsa periodontal; perda de inserção clínica; perda 
óssea alveolar; sangramento gengival espontâneo ou em re-
posta a sondagem e, ocasionalmente, supuração e mobilida-
de dentária em casos avançados5.
Uma vez que a presença do biofi lme é o fator primário 
que desencadeia a doença periodontal, sua remoção ou de-
sorganização passa a ser o principal objetivo no tratamento 
da doença. Juntamente com a instrução de higiene oral e 
controle de placa, a instrumentação periodontal (raspagem 
supra/subgengival e alisamento radicular) representa os prin-
cipais passos no tratamento não cirúrgico da periodontite6. 
Os efeitos benéfi cos deste tipo de tratamento têm como re-
sultado a redução do número de microrganismos subgengi-
vais e a melhoria nos parâmetros clínicos de profundidade de 
bolsa (PBS), nível de inserção clínica (NI), índice de placa (IP), 
sangramento a sondagem (SS) e supuração7-10.
Apesar da terapia periodontal não cirúrgica mostrar 
resultados signifi cativos na grande maioria dos casos de 
periodontite crônica, nenhuma das técnicas atualmente dis-
poníveis são efi cazes para eliminar totalmente as bactérias 
subgengivais. Esta limitação pode ser atribuída a vários fato-
res, tais como a complexa anatomia dentária (áreas de furca 
e concavidades), limitações mecânicas relacionadas ao ta-
manho do instrumento, destreza do operador, especialmente 
em bolsas periodontais profundas, e possível recolonização 
da bolsa periodontal, principalmente, por bactérias que são 
capazes de invadir os tecidos moles circundantes (A. acti-
nomycetemcomitans e P. gingivalis) ou por outros sítios ou 
nichos intraorais11.
Sendo assim, novas terapias antimicrobianas coadjuvan-
tes ao tratamento mecânico têm sido propostas, como o uso 
de antimicrobianos ou antissépticos locais e sistêmicos12-13. 
E neste contexto se insere a terapia fotodinâmica (PDT, do 
inglês photodynamic therapy) onde um agente fotossensibili-
zador (corante) liga-se à célula alvo e é ativado por uma luz 
com comprimento de onda específi co, ressonante ao agente 
fotossensibilizador. Neste processo formam-se radicais livres 
ou oxigênio singleto, que resultam em efeitos tóxicos para a 
célula14-16. Teoricamente, nem a luz nem o agente fotossensi-
bilizador sozinhos são capazes de induzir efeitos citotóxicos 
sobre células17.
A maioria das bactérias orais não absorve a luz visível de 
alguns tipos de laser de baixa potência. Portanto, um agente 
de absorção óptica não tóxico é utilizado para que se fi xe à 
parede bacteriana, atraindo para si a luz laser no momento 
da irradiação. Isso é essencial para que se tenha ação antimi-
crobiana sobre as bactérias orais18. Diversos agentes fotos-
sensibilizadores são utilizados na PDT. No entanto, os coran-
52 Revista PerioNews 2011;5(1):50-6
Feldman BC • Soares LG • Tinoco EMB • Falabella MEV • da Silva DG • de Sousa GR
tes fenotiazínicos (azul de metileno e azul de toluidina O) são 
os de escolha no tratamento da periodontite e peri-implantite, 
pois tem demonstrado um alto grau de seletividade para cau-
sar danos a bactérias gram-positivas e gram-negativas19-20.
O sucesso do PDT na eliminação de microrganismos in-
dica uma terapia coadjuvante para infecções microbianas lo-
calizadas, como a doença periodontal21-22. Estudos in vitro23-25 
e in vivo11,26-30 avaliaram a ação da terapia fotodinâmica so-
bre bactérias periodontopatogênicas que foram expostas a 
diferentes comprimentos de onda e fotossensibilizadores, 
resultando em uma ação antimicrobiana efi ciente de 99%. Cli-
nicamente, foi observada redução na profundidade de bolsa, 
níveis de inserção e sangramento a sondagem, documentan-
do assim a validade da terapia fotodinâmica como alternativa 
do tratamento periodontal.
Em vista disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar 
clinicamente os efeitos da terapia fotodinâmica no tratamen-
to não cirúrgico da periodontite crônica. 
MATERIAL E MÉTODOS
Seleção dos pacientes
Foram selecionados 15 pacientes com diagnóstico de 
periodontite crônica severa4-5, sendo seis do sexo feminino 
e nove do sexo masculino, com média de idade de 44 anos 
(DP = 6,68).
A seleção foi feita através da Clínica de Periodontia da 
Universidade do Grande Rio (Unigranrio). Os pacientes sele-
cionados possuíam, no mínimo, 20 dentes e, pelo menos, 
cinco sítios em dentes unirradiculares com profundidade de 
bolsa e perda de inserção clínica  5 mm (distribuídos de 
forma bilateral), além de evidência radiográfi ca de perda ós-
sea vertical e/ou horizontal. Foram excluídos indivíduos que: 
receberam tratamento periodontal nos últimos 12 meses; 
apresentaram comprometimento sistêmico que pudesse in-
fl uenciar na terapia; estivessem grávidas; eram fumantes; 
fi zeram uso de antibioticoterapia nos últimos seis meses.
Desenho do estudo
Foi um estudo randomizado, controlado, em modelo de 
boca dividida, onde foram incluídos pares de dentes unirradi-
culares contralaterais que possuíam um ou mais sítios com 
profundidade de bolsa  5 mm. Cada par, através de escolha 
aleatória, foi dividido em lado teste e controle25.
Parâmetros clínicos
No exame periodontal inicial e durante os três meses de 
acompanhamento, os seguintes parâmetros clínicos foram 
mensurados: profundidade de bolsa a sondagem (PBS), ca-
racterizada pela distância da margem gengival até o fundo da 
bolsa; nível de inserção (NI), caracterizada pela distância da 
junção cemento-esmalte até o fundo da bolsa, sangramento 
a sondagem (SS), presença ou ausência de sangramento 30 
segundos após a sondagem5,7.
Preparo prévio dos pacientes
Em todos os pacientes, na primeira consulta, foi realiza-
da anamnese, controle de placa e instrução de higiene oral 
de acordo com a necessidade de cada indivíduo. Foi solicita-
do exame radiográfi co completo de todos os pacientes.
Terapia periodontal
A terapia periodontal não cirúrgica foi realizada em todos 
os elementos dentários presentes, com raspagem supragengi-
val ultrassônica (ponta P10; Cavitron,Dentisply), manual com 
curetas do tipo Mc Call, no 13/14,17/18 (Hu-Friedy, Chicago, 
EUA), e raspagem subgengival e alisamento radicular, sob 
anestesia de bloqueio da região, utilizando curetas do tipo 
Gracey no 5/6;7/8;11/12;13/14 (Hu-Friedy, Chicago, EUA) e 
limas de Hirschfeld no 5/11 (Hu-Friedy, Chicago, EUA).
Foram selecionados dentes unirradiculares os quais fo-
ram divididos, de forma aleatória, em lado teste e lado con-
trole. Os sítios do lado teste receberam aplicação única da 
terapia fotodinâmica, descrita a seguir28.
1. Isolamento relativo da área a ser irradiada.
2. Aplicação do agente fotossensibilizador (corante) azul de 
metileno 0,01% (Chimiolux, Hipofarma, Ribeirão das Neves 
- MG, Brasil) no interior da bolsa periodontal com auxílio de 
uma seringa Luer descartável de 3 ml; (Figura 1).
Figura 1 - Aplicação do corante azul de metileno 0,01% 
no interior da bolsa periodontal com auxílio de uma seringa 
Luer.
53Revista PerioNews 2011;5(1):50-6
 Periodontia
3. Tempo de pré-irradiação de cinco minutos.
4. Irradiação, por fora da bolsa periodontal, com laser de 
diodo em baixa intensidade (TwinFlex; MMOptics; Brasil), 
emitindo no vermelho do espectro eletromagnético, semi-
condutor, com comprimento de onda de 660 nm, potên-
cia média de 40 mW e fl uência de 120 J/cm2. O modo de 
irradiação foi pontual com o tempo de irradiação de dois 
minutos por sítio. Durante aplicação, a ponta ativa foi po-
sicionada 90º em relação ao longo eixo da área irradiada 
(Figura 2).
Todo o tratamento foi realizado por único operador, 
devidamente calibrado (porcentagem de concordância de 
98%, ± 1). Em um total de quatro consultas por paciente. O 
intervalo entre uma consulta e outra foi de sete dias.
Reavaliações clínicas
A primeira consulta de reavaliação foi realizada 30 dias 
após o término do tratamento, onde os sítios dos lados teste 
e controle de todos os pacientes foram reavaliados quanto 
aos parâmetros clínicos de profundidade de bolsa a sonda-
gem (PBS); nível de inserção (NI); sangramento a sondagem 
(SS)5. As mesmas medidas foram feitas com 60 e 90 dias do 
término do tratamento.
Tratamento dos dados
Após obtenção dos valores absolutos dos parâmetros 
clínicos de profundidade de bolsa a sondagem (PBS), nível 
de inserção (NI), sangramento a sondagem (SS) nos períodos 
inicial, 30, 60 e 90 dias após o tratamento, foram calculadas 
a taxa de redução, subtraindo as medidas de 30, 60 e 90 
dias pelas medidas iniciais, dos sítios com profundidade de 
bolsa a sondagem  5 mm.
Os parâmetros clínicos PBS e NI foram analisados com 
o teste t Student e para os dados obtidos para SS, se utili-
zou o teste Wilcoxon, para verifi car se houve diferença entre 
os tratamentos. Da mesma forma, a análise dos dados de 
cada lado separadamente foi feita com o teste Anova, para 
os parâmetros PBS e NI, e Kruskal Wallis para SS. O nível de 
signifi cância utilizado foi de 5%.
RESULTADOS
Foram incluídos um total de 51 pares de dentes unirra-
diculares contralaterais (40 incisivos centrais; 34 incisivos 
laterais; 28 caninos) que possuíam um ou mais sítios com 
PBS  5mm, em um total de 192 sítios. No período de 30 
dias, foram reavaliados 15 pacientes (192 sítios); no período 
de 60 dias, 14 pacientes (182 sítios); no período de 90 dias, 
12 pacientes (154 sítios).
Nas Tabelas 1, 2 e 3 estão descritas as médias e des-
vio-padrão da PBS, NI e SS, nos intervalos de tempo inicial, 
30, 60 e 90 dias dos lados teste e controle, mostrando 
Figura 2 - Aplicação do laser de diodo em baixa intensida-
de, emitindo no vermelho do espectro eletromagnético, com 
a ponta ativa posicionada 90º em relação ao longo eixo do 
sítio.
Inicial 30 dias 60 dias 90 dias
Lado teste/mm 6,35 ± 1,23 4,92 ± 1,44 4,87 ± 1,52 4,72 ± 1,53 
Lado controle/mm 6,28 ± 1,29 5,05 ± 1,62 5,05 ± 1,47 5,02 ± 1,74
Valor de p 0,00
Inicial 30 dias 60 dias 90 dias
Lado teste/mm 7,17 ± 1,45 6,19 ± 1,73 6,17 ± 1,76 6,02 ± 1,81 
Lado controle/mm 7,06 ± 1,62 6,57 ± 2,12 6,57 ± 1,85 6,58 ± 2,20
Valor de p 0,00
Inicial 30 dias 60 dias 90 dias
Lado teste/% 85,48 ± 22,34 34,05 ± 23,77 46,52 ± 29,20 34,29 ± 23,20 
Lado controle/% 89,2 ± 19,60 55,13 ± 34,28 59,96 ± 26,83 46,93 ± 30,63
Valor de p 0,00
TABELA 1 - MÉDIAS E DESVIO-PADRÃO DA PROFUNDIDADE DE 
BOLSA A SONDAGEM INICIAL, COM 30, 60 E 90 DIAS DOS LADOS 
TESTE E CONTROLE
TABELA 2 - MÉDIAS E DESVIO-PADRÃO DO NÍVEL DE INSERÇÃO 
INICIAL, COM 30, 60 E 90 DIAS DOS LADOS TESTE E CONTROLE
TABELA 3 - MÉDIAS E DESVIO-PADRÃO DO SANGRAMENTO A 
SONDAGEM INICIAL, COM 30, 60 E 90 DIAS DOS LADOS TESTE E 
CONTROLE
54 Revista PerioNews 2011;5(1):50-6
Feldman BC • Soares LG • Tinoco EMB • Falabella MEV • da Silva DG • de Sousa GR
que houve redução da média destes parâmetros clínicos em 
ambos os lados, em todos os períodos avaliados, quando 
comparados com as medidas iniciais e que estas diferenças 
foram estatisticamente signifi cantes. 
A Tabela 4 mostra as médias e desvio-padrão do resul-
tado das terapias nos grupos teste e controle nos sítios com 
PBS  5 mm, nos intervalos de 30, 60 e 90 dias. Houve 
redução dos níveis de PBS e NI sem, no entanto, mostrar 
diferença estatisticamente signifi cante entre os grupos teste 
e controle. A porcentagem de redução do número de sítios 
com sangramento a sondagem também mostrou redução 
em ambos os grupos, com o grupo teste mostrando uma 
redução estatisticamente signifi cante em relação ao grupo 
controle, no período de 60 dias.
DISCUSSÃO
A PDT envolve, basicamente, uma tríade: luz, um agente 
fotossensibilizador (corante) e oxigênio. É baseada no prin-
cípio de que um fotossensibilizador liga-se a células alvo e 
é ativado por uma fonte de luz visível, com comprimento de 
onda específi co. Nesta reação ocorre a formação de oxigê-
nio singleto e radicais livres, que podem provocar a inativa-
ção microbiana12. O objetivo desta terapia é a obtenção de 
um efeito antimicrobiano, sufi cientemente grande, sobre o 
agente causador da infecção pela ação seletiva da luz e do 
corante sobre o alvo, evitando danos sobre tecidos sadios 
do hospedeiro30. Pesquisas recentes mostraram como vanta-
gens desta terapia a simplicidade da técnica, ser de fácil exe-
cução mesmo em locais de difícil acesso, baixa toxicidade do 
corante e efi ciente efeito local e bactericida12. Sendo assim, 
a terapia fotodinâmica pode ser uma alternativa viável para 
complementar a terapia periodontal não cirúrgica.
O presente estudo testou, clinicamente, a aplicabilidade 
da terapia fotodinâmica adjunto à terapia não cirúrgica da pe-
riodontite crônica. Os resultados mostraram que não houve 
diferença estatisticamente signifi cativa nos parâmetros clíni-
cos avaliados nos lado teste e controle, nos três períodos de 
acompanhamento após a conclusão das terapias. Todavia, 
quando comparados separadamente, os lados teste e con-
trole, mostraram melhoria estatisticamente signifi cativa nos 
parâmetros e períodos avaliados.
Os resultados clínicos obtidos com a terapia não cirúr-
gica isoladamente mostraram efi cácia na redução da PBS e 
NI, compatível com outros resultados da literatura29-30, que 
confi rmaram o sucesso desta terapia no controle da doença 
periodontal. Em uma revisão sistemática27, a média de ganho 
de inserção nas bolsas com PBS  5 mm de 0,64 mm e da 
redução da profundidade de bolsa de 1,18 mm, que se as-
semelham com os achados deste estudo que mostrou uma 
redução de PBS em torno de 1,27 mm e ganho de inserção 
de 0,53 em média, após 90 dias.
Na comparação entre os resultados da terapia não cirúrgi-
ca associada à PDT e a terapia não cirúrgica isolada não houve 
diferenças estatísticas para os parâmetros clínicos de PBS, NI. 
Estes achados estão em concordância com outros autores9,28, 
que avaliaram pacientes com periodontite crônica usando uma 
metodologia bem parecida, nos períodos de três e seis meses 
para os dois primeiros meses e três meses para o segundo 
estudo. Em relação a SS, foi encontrada diferença estatística 
intergrupos, nos períodosavaliados9. No presente estudo tam-
bém foi encontrada diferença estatística entre os grupos em 
relação a este parâmetro no período de 60 dias, e valores de 
p muito próximos de 0,05, para 30 e 90 dias, cuja estatística 
talvez fosse obtida caso a amostra fosse maior. No entanto, 
esse resultado não deve ser enaltecido, porque o parâmetro 
TABELA 4 - MÉDIAS E DESVIOS-PADRÃO DO RESULTADO (REGRESSÃO) DAS TERAPIAS NOS 
GRUPOS TESTE E CONTROLE NOS SÍTIOS COM PROFUNDIDADE DE BOLSA A SONDAGEM  5 MM, 
EM TODOS OS INTERVALOS DE TEMPO (A = 0,05)
30 dias 60 dias 90 dias
Lado teste Lado controle Lado teste Lado controle Lado teste Lado controle
PBS/m -1,44 ± 1,51 -1,18 ± 1,73 -1,40 ± 1,61 -1,12 ± 1,83 -1,52 ± 1,64 -1,27 ± 2,00
Valor de p 0,269 0,266 0,404
NI/mm -0,97 ± 1,47 -0,48 ± 2,16 -0,94 ± 1,75 -0,38 ± 2,12 -1,10 ± 1,61 -0,53 ± 2,34
Valor de p 0,069 0,054 0,080
SS/% -51,42 ± 36.34 -34,08 ± 40,24 -37,92 ± 40,53 -28,47 ± 34,51 -51,13 ± 38,27 - 41,96 ± 25,68
Valor de p 0,052 0,048 0,054
55Revista PerioNews 2011;5(1):50-6
 Periodontia
SS não seria o mais efetivo para ava-
liar a melhor efetividade da terapia não 
cirúrgica associada ao PDT.
Outros trabalhos com metodo-
logia semelhante produziram resul-
tados signifi cativamente melhores 
para raspagem e alisamento radicu-
lar associada a PDT do que apenas 
raspagem e alisamento radicular. Um 
estudo28 observou redução na PBS 
de 1,11 ± 0,53 e 0,74 ± 0,43 mm, 
12 semanas após a raspagem e ali-
samento radicular adjunta ou não à 
PDT, respectivamente (p < 0,05). Um 
estudo de boca dividida26 mostrou um 
ganho relativo no nível de inserção 
de 0,67 mm após raspagem e alisa-
mento radicular adjunta à PDT (p < 
0,05) e de 0,35 mm após raspagem 
e alisamento radicular apenas (p < 
0,05). O que deve ser observado nes-
tes resultados clínicos, com ou sem 
diferenças estatísticas entre a terapia 
periodontal não cirúrgica isolada ou 
associada ao PDT, é que as reduções 
de PBS e ganhos de NI estão em tor-
no de 1 mm, que pode apresentar 
pouca relevância clínica.
Embora os dados disponíveis nos estudos in vitro e in 
vivo tenham demonstrado que a PDT possui alto efeito bac-
tericida contra periodontopatógenos14,25-26, muitas são as va-
riáveis que infl uenciam no resultado da terapia fotodinâmica, 
a simples transferência dos achados de redução bacteriana 
in vitro e in vivo para a clínica podem não apresentar os mes-
mos resultados.
A escolha do azul de metileno como corante a 0,01% a 
outros tipos de fotossensibilizadores deveu-se por seu uso 
já ser atestado há quase um século e sua toxicidade para 
humanos ser relativamente baixa. Na PDT, se mostrou mui-
to efi caz na inativação de bactérias periodontopatogênicas, 
sendo muito utilizado, principalmente, em estudos clínicos 
de acordo com a literatura9,25,27-28, além de já possuir kits 
disponíveis comercialmente. A principal fonte de luz utilizada 
na PDT é o laser de diodo de baixa potência, emitindo no ver-
melho do espectro eletromagnético. No entanto, ainda não 
fi cou claro o que seria mais importante para PDT, a fonte de 
luz para ativação ou o tipo de fotossensibilizador. Além disso, 
os parâmetros da fonte de luz bem como o tempo ideal para 
aplicação do corante e sua atuação 
ainda não foram completamente elu-
cidados.
O período de pré-irradiação do 
fotossensibilizador preconizado na 
PDT antimicrobiana varia de um a dez 
minutos19-20. Na metodologia utilizada, 
a permanência do corante AM foi de 
cinco minutos e a aplicação do PDT 
realizada em uma única sessão. Pode 
ser que maior número de aplicações 
infl uenciasse o resultado da terapia 
associada ao PDT. Na PDT tópica, a 
ação da terapia limita-se ao sítio de 
aplicação do fotossensibilizador e da 
luz. Novas avaliações são necessá-
rias para esclarecer, defi nitivamente, 
o número de aplicações que podem 
melhorar o resultado desta terapia. 
Alguns autores9 sugeriram que a te-
rapia com PDT deveria ser repetida 
durante as primeiras semanas de 
cicatrização para aumentar o efeito 
antimicrobiano.
CONCLUSÃO
Diferentes parâmetros, tais como: comprimento de 
onda, potência, fl uência, tempo de pré-irradiação e tempo 
de aplicação da luz foram utilizados nos estudos clínicos 
mencionados, o que pode difi cultar comparações diretas en-
tre os protocolos estabelecidos. Além disso, ainda existem 
poucos estudos clínicos controlados, comparando a terapia 
periodontal não cirúrgica adjunta a PDT. Sendo assim, mais 
estudos são necessários antes de uma conclusão defi nitiva 
sobre os efeitos clínicos benéfi cos destas terapias utilizadas 
em conjunto.
Portanto, quando comparados os lados teste e controle 
não houve diferenças estatísticas para os parâmetros clíni-
cos de PBS e NI, em todos os períodos avaliados. Já para 
SS houve maior redução, com diferença estatisticamente 
signifi cante no período de 60 dias. E houve melhora nos pa-
râmetros clínicos tanto na terapia não cirúrgica isolada como 
na associada a PDT.
Endereço para correspondência:
Léo Guimarães Soares
Praça Garcia, 99 – Centro
25850-000 – Paraíba do Sul – RJ
dr_leog@hotmail.com
O período de pré-irradiação 
do fotossensibilizador 
preconizado na PDT 
antimicrobiana varia de 
um a dez minutos19-20. Na 
metodologia utilizada, a 
permanência do corante 
AM foi de cinco minutos e a 
aplicação do PDT realizada 
em uma única sessão. 
Pode ser que maior 
número de aplicações 
infl uenciasse o resultado 
da terapia associada ao 
PDT. Na PDT tópica, a 
ação da terapia limita-se 
ao sítio de aplicação do 
fotossensibilizador e da luz.
56 Revista PerioNews 2011;5(1):50-6
Feldman BC • Soares LG • Tinoco EMB • Falabella MEV • da Silva DG • de Sousa GR
REFERÊNCIAS
1. Löe H, Anerud A, Boysen H, Morrison E. Natural history of periodontal disease in 
man. Rapid, moderate and no loss of attachment in Sri Lankan laborers 14 to 46 
years of age. J Clin Periodontol 1986;13(5):431-45.
2. Lang NP, Tonetti MS. Periodontal diagnosis in treated periodontitis. Why, when and 
how to use clinical parameters. J Clin Periodontol 1996;23:240-50.
3. Flemming TF. Periodontitis. Ann Periodontol 1999;4:32-8.
4. AAP. Consensus report. Discussion section I. In: Nevins M, Becker W, Kornman 
K, editors. Proceedings of the World Workshop in Clinical Periodontics. Chicago: 
American Academy of Periodontology; 1999.
5. Armitage GC. Development of a Classifi cation System for Periodontal Diseases and 
Conditions. Annals of Periodontology 1999;4(1):1-6.
6. Newman MG, Takei H, Carranza FA, Klokkevold PR. Periodontia clínica. Rio de 
Janeiro: Elsevier; 2007.
7. Axelson P, Lindhe J. The signifi cance of maintenance care in the treatment of 
periodontal disease. J Clin Periodontol 1981;8(4):281-94.
8. Hellström MK, Ramberg P, Krok L, Lindhe J. The effect of supragingival plaque 
control on the subgingival microfl ora in human periodontitis. J Clin Periodontol 
1996;23(10):934-40.
9. Ximénez-Fyvie LA, Haffajee AD, Socransky SS. Microbial composition of supra- 
and subgingival plaque in subjects with adult periodontitis. J Clin Periodontol 
2000;27(10):722-32.
10. Christodoulides N, Nikolidakis D, Chondros P, Becker J, Schwarz F, Rössler R, 
Sculean A. Photodynamic therapy as an adjunct to non-surgical periodontal 
treatment: a randomized, controlled clinical trial. J Periodontol 2008;7(9):1638-44.
11. Quirynen M, Teughels W, Soete M, Van Steenberghe D. Topical antiseptics and 
antibiotics in the initial therapy of chronic adult periodontitis: microbiological 
aspects. Periodontol 2000 2002;28:72-90.
12. Konopka K, Goslinski T. Photodynamic therapy in dentistry. J Dental Research 
2007;86(8):694-707.
13. Meisel P, Kocher T. Photodynamic therapy for periodontal diseases: state of the 
art. J Photochem Photobiol B 2005;79:159-70.
14. Pfi tzner A, Sigusch BW, Albrecht V, Glockmann E. Killing of periodontopathogenic 
bacteria by photodynamic therapy. J Periodontol 2004;75:1343-9.
15. Takasaki AA, Aoki A, Mizutani K, Schwarz AS, Wang C, Koshy G et al. Appplication 
of antimicrobial therapyin periodontal and peri-implant diseases. Periodontol 2000 
2009;51:1-32.
16. Zanin ICJ, Gonçalves RB. Novas perspectivas do uso do laser terapêutico. In: 
Brugnera JA, Santos AEC, Bolgna ED, Ladalardo TCCG. Laserterapia aplicada à 
clínica odontológica. São Paulo: Santos; 2003.
17. Usacheva MN, Teichert MC, Biel MA. Comparision of the methylene blue and 
toluidine blue photobactericidal effi cacy against gram-positive and gram-negative 
microorganisms. Lasers Surg Med 2001;29:165-173.
18. Wilson M, Dobson J, Harvey W. Sensitization of oral bacteria to killing by low-power 
laser radiation. Curr Microbiol 1992;25:77-81.
19. Jori G. Photodynamic therapy of microbial infections: state of the art and 
perspectives. JEPTO 2006;25:505-519.
20. Kömerik N, Macrobert AJ. Photodynamic therapy as an alternative antimicrobial 
modality for oral infection. J Environ Pathol Toxicol Oncol 2006;25(1-2):487-504.
21. Chan Y, Lai CH. Bactericidal effects of different laser wavelengths on 
periodontopathic germs in photodynamic therapy. Lasers Med Sci 2003;18:51-5.
22. Sarkar S, Wilson M. Lethal photosensitization of bacteria in subgingival plaque from 
patients with chronic periodontitis. J Periodontal Res 1993;28(3):204-10.
23. Souza, GR. Análise comparativa por espectroscopia da emissão de luz por LED’S 
vermelhos e lasers emitindo no vermelho do espectro eletromagnético na redução 
de bactérias periodontopatogênicas [tese]. Programa de pós-graduação em 
engenharia mecânica. Minas Gerais: UFMG; 2007.
24. Sigusch BW, Pfi tzner A, Albrecht V, Glockmann E. Effi cacy of photodynamic therapy 
on infl ammatory signs and two selected periodontopathogenic species in a beagle 
dog model. J Periodontol 2005;76:1100-5.
25. Oliveira RR, Schwartz-Filho HO, Novaes Jr. AB, Taba Jr. M. Antimicrobial 
Photodynamic Therapy in the Non-Surgical Treatment of Aggressive Periodontitis: 
A Preliminary Randomized Controlled Clinical Study. J Periodontol 2007.
26. Qin YL, Luan XL, Bi LJ, Sheng YQ, Zhou CN, Zhang ZG. Comparison of toluidine 
blue-mediated photodynamic therapy and conventional scaling treatment for 
periodontitis in rats. J Periodont Res 2008;43:162-167.
27. Almeida JM, Theodoro LH, Bosco AF, Nagata MJ, Oshiiwa M, Garcia VG. Infl uence of 
photodynamic therapy on the development of ligature-induced periodontitis in rats. 
J Periodontol. 2007;78(3):566-75.
28. Andersen R, Loebel N, Hammond D, Wilson M. Treatment of periodontal disease by 
photodisinfection compared to scaling and root planning. J Clin Dent 2007;18:34-38.
29. Baderstein A, Niveus R, Egelberg J. 4-year observations of basic periodontal 
therapy. J Clin Periodontol 1987;14:438-44.
30. Cobb CM. Non-surgical pocket therapy: mechanical. Ann Periodontol 1996;1:443-90.
59Revista PerioNews 2011;5(1):59-62
RESUMO
A presença de recessão gengival associada à lesão cervical não cariosa 
(NCCL) é uma queixa frequente dos pacientes que procuram os recursos 
da Odontologia. Diferentes técnicas restauradoras e cirúrgicas têm sido 
propostas para corrigir estas deformidades. Muitas vezes, o tratamento 
restaurador somente não satisfaz a necessidade estética desejada pelo 
paciente. Sendo assim, a cirurgia plástica periodontal tem sido associada 
ao tratamento restaurador para solucionar estes casos de estética desfa-
vorável. O objetivo do presente trabalho foi revisar e discutir a literatura 
relativa a associação de materiais restauradores e cirurgia mucogengival.
Unitermos - Recessão gengival; Cirurgia plástica; Periodontia; Cimentos 
de ionômeros de vidro; Materiais dentários; Abrasão dentária.
ABSTRACT
The presence of gingival recession associated with non-carious cervical 
lesions (NCCL) is a commum complaint of patients seeking dental treatment. 
Different surgical and restorative techniques have been proposed to correct 
these deformities. In most cases, only the restorative treatment plan does 
not meet the aesthetics desired by the patient. Thus, the periodontal 
plastic surgery has been associated with restorative treatment to resolve 
aesthetic disadvantage cases. The aim of this paper is to review and discuss 
the literature on the association of restorative materials and mucogingival 
surgery.
Key Words - Gingival recession; Surgery plastic; Periodontics; Glass 
ionomer cements; Dental materials; Tooth abrasion.
Restauração 
subgengival e cirurgia 
plástica periodontal no 
tratamento de recessão 
gengival associada 
à lesão cervical não 
cariosa
*Especialista em Periodontia – UFPR; Mestranda do Curso de Mestrado 
Profi ssional em Odontologia Clínica – Universidade Positivo – Curitiba/PR.
**Doutora em Periodontia – Foa/Unesp; Professora titular – Universidade 
Positivo – Curitiba/PR.
***Especialista em Dentística e Prótese – ABO/PG; Mestre em Odontologia 
– Universidade Positivo – Curitiba/PR.
****Doutor em Periodontia – USP/SP; Professor adjunto da Disciplina de 
Periodontia – UFPR.
Claudia Roberta Tenório-Trevisani*
Tatiana Miranda Deliberador**
Antonio Luiz Trevisani Júnior***
Ricardo Luiz Grein****
Subgingival restoration and periodontal 
plastic surgery in the treatment of gingival 
recession associated with non-carious 
cervical lesion
Recebido em mar/2010
Aprovado em mai/2010
Revisão da literatura Periodontia
60 Revista PerioNews 2011;5(1):59-62
Tenório-Trevisani CR • Deliberador TM • Trevisani Jr. AL • Grein RL
INTRODUÇÃO
A prevalência de cáries está sendo diminuída severa-
mente na população e os dentes estão em função por um 
maior período de tempo1. Sendo assim, outros problemas 
dentais e periodontais têm sido observados na população, 
como a presença de recessões gengivais.
A recessão gengival é a migração apical da margem 
da gengiva com exposição da superfície radicular2 e pode 
ser encontrada tanto em pacientes com alto nível de higiene 
oral como em populações sem trata-
mento periodontal com pobre higiene 
oral3. Muitos fatores etiológicos têm 
sido relacionados com o desenvolvi-
mento da recessão gengival. Entre 
eles, a infl amação induzida por placa, 
trauma de escovação, impactação ali-
mentar, Ortodontia e procedimentos 
restauradores4.
O envolvimento estético, a pre-
sença de hipersensibilidade dentiná-
ria, o aparecimento de cáries radicu-
lares, desgastes cervicais e lesões 
cervicais não cariosas (NCCL) são 
algumas das consequências relacio-
nadas às recessões gengivais3. Logo, 
os procedimentos de recobrimento 
radicular se tornaram uma parte im-
portante do tratamento periodontal5. 
Contudo, existem situações clínicas 
complexas como, por exemplo, a 
presença de lesões cervicais profun-
das, que impedem o aplainamento da 
superfície radicular. O aplainamento 
mecânico é uma das etapas funda-
mentais do procedimento cirúrgico 
para recobrimento radicular, pois tem 
por objetivo suavizar irregularidades, 
ranhuras e reduzir a convexidade 
da raiz6. Segundo alguns autores7-8, 
técnicas cirúrgicas mucogengivais 
convencionais para recobrimento radicular poderiam estar 
contraindicadas devido à necessidade de um grande aplai-
namento radicular, o que comprometeria o órgão dentário.
O tratamento das lesões cervicais não cariosas inclui 
ajuste oclusal, orientação de higiene bucal e procedimentos 
restauradores9. Entre as alternativas para as restaurações 
das NCCL estão os materiais estéticos como as resinas e 
os compostos resinosos10. As técnicas restauradoras resul-
tam em proteção contra novas perdas de estrutura dentária e 
sensibilidade. Porém, elas podem não satisfazer a demanda 
estética dos pacientes, pois podem deixar os dentes com a 
coroa clínica aumentada. Sendo assim, um processo terapêu-
tico ideal para o tratamento de recessão gengival associada 
às NCCL tem sido um desafi o aos clínicos6. O objetivo do 
presente trabalho foi fazer uma revisão da literatura abor-
dando a associação de materiais restauradores e cirurgia 
mucogengival.
REVISÃO DA LITERATURA
Materiais restauradores resino-
sos têm sido extensamente estuda-
dos, especialmente no que se refere 
a adesão11, polimento,acabamento 
fi nal12-13, biocompatibilidade14 e esté-
tica15.
A resposta dos tecidos periodon-
tais frente a restaurações adesivas 
tem sido avaliada por alguns pesqui-
sadores. Alguns estudos16-17 têm mos-
trado que restaurações subgengivais 
podem estar mais associadas a san-
gramento gengival, perda de inserção 
e recessão gengival quando compara-
das às restaurações supragengivais. 
Além disso, podem facilitar o acúmu-
lo de biofi lme dental e consequente-
mente levar a infl amação gengival. A 
rugosidade e o posicionamento sub-
gengival de restaurações de resina 
acrílica são fatores determinantes 
para o desenvolvimento de infl ama-
ção gengival18. Contudo, outros estu-
dos6,19 mais recentes têm mostrado 
que o uso de materiais restauradores 
resinosos pode ser uma alternativa 
biocompatível em restaurações sub-
gengivais.
Em sítios subgengivais restaurados com materiais iono-
méricos, em pacientes que apresentavam lesões radiculares 
extensas, apresentaram-se tecidos periodontais clinicamen-
te saudáveis e bem adaptados à superfície radicular, sem 
sangramento a sondagem e com mínima profundidade de 
sondagem. Histologicamente, o autor observou adesão de 
fi broblastos e tecido conjuntivo às restaurações20.
Em sítios subgengivais 
restaurados com 
materiais ionoméricos, 
em pacientes que 
apresentavam lesões 
radiculares extensas, 
apresentaram 
tecidos periodontais 
clinicamente saudáveis 
e bem adaptados à 
superfície radicular, 
sem sangramento 
a sondagem e com 
mínima profundidade 
de sondagem. 
Histologicamente, o 
autor observou adesão 
de fi broblastos e 
tecido conjuntivo às 
restaurações20.
61Revista PerioNews 2011;5(1):59-62
 Periodontia
Em outro estudo onde sítios restaurados com cimento 
de ionômero de vidro modifi cado por resina, compômeros 
e resina composta foram associados à presença de maior 
quantidade de fl uido gengival comparados a sítios não restau-
rados. No entanto, o índice gengival e o índice de placa não 
mostraram diferenças signifi cativas entre os sítios restaura-
dos e não restaurados21.
Analisando os níveis de interleucina-1 presentes no fl uido 
gengival adjacente a restaurações subgengivais de cimento 
de aluminato de cálcio, resina composta e esmalte, foi con-
cluído que as restaurações não afetaram a saúde gengival e 
nem alteraram signifi cativamente os níveis de interleucina-1 
no fl uido gengival ou iniciaram a infl amação gengival22.
Em estudo realizado em cães19 foi avaliada histologica-
mente a resposta dos tecidos periodontais a restaurações 
subgengivais, Classe V, com resina composta e cimento de 
ionômero de vidro modifi cado por resina e observada biocom-
patibilidade de todos os materiais restauradores testados. A 
formação de epitélio juncional longo foi o tipo de cicatrização 
predominante, com ausência de inserção de tecido conjunti-
vo e neoformação óssea sobre os materiais restauradores.
A resposta periodontal de restaurações subgengivais de 
amálgama e cimento de ionômero de vidro modifi cado por 
resina também foi avaliada em estudo realizado em cães. 
Os autores observaram um infi ltrado infl amatório mais inten-
so relacionado às restaurações de amálgama que aquele 
relacionado às restaurações com cimento de ionômero de 
vidro modifi cado por resina. O controle de placa bacteriana 
minimizou a resposta infl amatória na maioria dos sítios res-
taurados23.
Em estudo clínico6 foi avaliado o tratamento de reces-
sões gengivais associadas a abrasões cervicais com cimen-
to de ionômero de vidro modifi cado por resina ou com resina 
composta microparticulada e retalho posicionado coronal-
mente. Aos seis meses pós-operatórios, os autores observa-
ram recobrimento radicular sem dano aos tecidos periodon-
tais. Outros autores24 também observaram clinicamente que 
tanto o ionômero de vidro modifi cado com resina, como a 
resina microparticulada usadas subgengivalmente não mos-
traram efeitos negativos na saúde periodontal. Contudo, o 
ionômero de vidro mostrou efeitos mais positivos quanto à 
diminuição da composição do biofi lme subgengival em rela-
ção a resina composta.
O tratamento de recessão gengival associada à lesões 
cervicais não cariosas com retalho posicionado coronal-
mente ou associado com restauração de ionômero de vidro 
modifi cado por resina foi avaliado clinicamente em estudo 
clínico1. Os autores concluíram que ambos os procedimen-
tos alcançaram recobrimento radicular após seis meses de 
acompanhamento. Além disso, relataram que no grupo que 
combinou o tratamento restaurador e cirúrgico periodontal 
houve redução da sensibilidade radicular. O sucesso clínico 
deste procedimento foi observado após dois anos de acom-
panhamento25.
Em recente relato de caso clínico26 foi observado que 
recessões gengivais múltiplas adjacentes associadas com 
abrasão cervical profunda podem ser tratadas com sucesso 
quando combinado cirurgia mucogengival e dentística restau-
radora.
A técnica de recobrimento radicular com enxerto de te-
cido conjuntivo associada ao tratamento restaurador, com 
ionômero de vidro, também tem sido considerada um trata-
mento de sucesso em estudo clínico27 e em relatos de casos 
clínicos6.
DISCUSSÃO
Atualmente, dentro do plano de tratamento odontológico 
integrado, a importância de um sorriso harmônico tem sido 
considerada pelos periodontistas e pelo próprio paciente. A 
presença de recessão gengival associada a lesão cervical 
não cariosa é uma queixa frequente dos pacientes que procu-
ram os recursos da Odontologia. Muitas vezes, o tratamento 
restaurador somente não satisfaz a necessidade estética de-
sejada pelo paciente, por deixar o dente com a coroa clínica 
longa. Sendo assim, a cirurgia plástica periodontal tem sido 
associada ao tratamento restaurador para solucionar estes 
casos de estética desfavorável.
O cimento de ionômero de vidro e a resina composta 
são os materiais restauradores de escolha para restaura-
ções onde fator estético é primordial. Contudo, quando estes 
materiais são colocados subgengivalmente pode ocorrer in-
fl amação dos tecidos periodontais, bem como aumento da 
perda de inserção16-17. Em estudo realizado com acompanha-
mento de 26 anos, a detecção clínica destes fatores poderá 
ser observada somente após um a três anos do tratamento 
restaurador16. Alguns trabalhos recentes1,3 mostraram resul-
tados efetivos quando avaliaram clinicamente o tratamento 
de recessões gengivais associadas a abrasões cervicais res-
tauradas com cimento de ionômero de vidro modifi cado por 
resina ou com resina composta microparticulada e retalho 
posicionado coronalmente. Resultados satisfatórios também 
foram observados clinicamente quando a técnica de enxerto 
de tecido conjuntivo foi realizada sobre materiais restaurado-
res5,25-26. Contudo, estes resultados apresentam acompanha-
mento pós-operatório de seis meses a dois anos somente.
62 Revista PerioNews 2011;5(1):59-62
Tenório-Trevisani CR • Deliberador TM • Trevisani Jr. AL • Grein RL
REFERÊNCIAS
1. Santamaría MP, Suaid FF, Nociti Júnior FH, Casati MZ, Sallum AW, Sallum EA. 
Periodontal surgery and glass ionomer restoration in the treatment of gingival 
recession associated with a non-carious cervical lesion: report of three cases. J 
Periodontol 2007;78:1146-53.
2. Wennströem JL. Mucogingival therapy. Ann Periodontol 1996;1:671-701.
3. Santamaría MP, Feitosa DS, Nociti Júnior FH, Sallum AW, Sallum EA. Cervical 
restoration and the amount of soft tissue coverage achieved by coronally advanced 
fl ap: A 2-year follow-up randomized-controlled clinical trial. J Clin Periodontol 
2009;36:434-41.
4. Bouchard P, Malet J, Borghetti A. Decision-making in aesthetics: Root coverage 
revisited. Periodontol 2000 2001;27:97-120.
5. Alkan A, Keskiner I, Yuzbasioglu E. Connective tissue grafting on resin ionomer in 
localized gingival recession. J Periodontol 2006;77:1446-51.
6. Lucchesi JA, Santos VR, Amaral CM, Peruzzo DC, Duarte, PM. Coronally positioned 
fl ap for treatment of restored root surfaces: a 6-monthclinical evaluation. J 
Periodontol 2007;78:615-23.
7. McGuire MK. Soft tissue augmentation of previously restored root surfaces. In J 
Periodontics Restorative Dent 1996;16:570-81.
8. Camargo PM, Lagos RA, Lekovic V, Wolinsky LE. Soft tissue root coverage as 
treatment for cervical abrasion and caries. Gen Dent 2001;49:299-304.
9. Tyas MJ. The Class V lesion. Aetiology and restoration. Aust Dent J 1995;40:167-70.
10. Maneenut C, Tyas MJ. Clinical evaluation of resin-modifi ed glass-ionomer 
restorative cements in cervical ‘abrasion’ lesions: one-year results. Quintessence 
Int 1995;26:739-43.
11. Mitra SB. Adhesion to dentin and physical properties of a light-cured glass ionomer 
liner/base. J Dent Rest 1991;70:72-4.
12. Sotres LS, Van Huysen G, Gilmore HW. A histologic study of gingival tissue response 
to amalgam, silicate and resin restorations. J Periodontol 1969;40:543-6.
13. Blank LW, Caffesse RG, Charbenaeau GT. The gingival response to well-fi nished 
composite resin restorations. J Prosthet Dent 1979;42:626-32.
14. Brentegani LG, Bombonato KF, Carvalho TL. Histological evaluation of the 
biocompatibility of a glass ionomer cement in rat alveolus. Biomaterials 
1997;18:137-40.
15. Fahl N Jr, Denegy GE, Jackson RD. Protocol for predictable restoration of anterior 
teeth with composite resins. Oral Health 1998;88:15-22.
16. Schatzle M, Land NP, Anerut A, Boysen H, Burgin W, Löe H. The infl uence of 
margins of restorations of periodontal pocket depth. Swed Dent J 1997;21:77-83.
17. Bader JD, McClure F, Scurria MS, Shugars DA, Heymann HO. Case-control study of 
non-carious cervical lesions 1996;24:286-91.
18. Larato DC. Infl uence of a composite resin restoration on the gingival. Prosthetic 
Dentistry 1972;28:402-4.
19. Martins TM, Bosco AF, Nóbrega FJO, Nagata MJH, Garcia VG, Fucini SE. Periodontal 
tissue response to coverage of root cavities restored with resin materials: a 
histomorphometric study in dogs. J Periodontol 2007;78:1075-82.
20. Dragoo MR. Resin ionomer and hybrid-ionomer cements: Part II: Human clinical 
and histologic wound healing, responses in specifi c periodontal lesion. Int J 
Periodontics Restorative Dent 1997;17:75-87.
21. Van Dijken JWV, Sjöström S. Development of gingivitis around aged restorations 
of resin-modifi ed glass ionomer cement, polyacid-modifi ed resin composite 
(compomer) and resin composite. Clin Oral Investig 1998;2:180-3.
22. Konradsson K, Van Dijken JW. Interleukin-1 levels in gingival crevicular fl uid 
adjacent to restorations of calcium aluminate cement and resin composite. J Clin 
Periodontol 2005;32:462-6.
23. Gomes SC, Miranda LA, Soares I, Oppermann RV. Clinical and histologic evaluation 
of the periodontal response to restorative procedures in the dog. Int J Periodontics 
Restorative Dent 2005;25:39-47.
24. Santos VR, Lucchesi JA, Cortelli SC, Amaral CM, Feres M, Duarte PM. Effects of 
glass ionomer and microfi lled composite subgingival restorations on periodontal 
tissue and subgengival biofi lm: a 6 month evaluation. J Periodontol 2007;78:1522-8.
25. Santamaria MP, Ambrosano GMB, Casati MZ, Nociti Júnior FH, Sallum AW, Sallum 
EA. Connective tissue graft plus resin-modifi ed glass ionomer restoration for the 
treatment of gingival recession associated with non-carious cervical lesion: a 
randomized-controlled clinical trial. J Clin Periodontol 2009;36:791-8.
26. Deliberador TM, Bosco AF, Martin TM, Nagata MJH. Treatment of gingival 
recessions associated to cervical abrasion lesions with subepithelial connective 
tissue graft: a case report. Eur J Dent 2009;3:318-23.
27. Harris RJ, Harris AW. The coronally positioned pedicle graft with inlaid margins: 
A predictable method of obtaining root coverage of shallow defects. Int J 
Periodontics Restorative Dent 1994;14:228-41.
Histologicamente, a resina composta e o cimento de io-
nômero de vidro modifi cado por resina se mostraram biocom-
patíveis quando aplicados subgengivalmente19. Clinicamente, 
a resposta infl amatória dos tecidos periodontais frente a res-
taurações adesivas subgengivais pode ser prevenida quando 
os materiais restauradores são aplicados sobre isolamento 
absoluto, quando forem aplicados respeitando as distâncias 
biológicas e quando forem bem polidos. 
Outros aspectos importantes devem ser avaliados quan-
do a associação dos procedimentos (cirurgia periodontal e 
tratamento restaurador) é realizada. Entre eles, os fatores 
etiológicos da recessão gengival e das lesões cervicais não 
cariosas devem ser removidos antes de realizar o tratamento 
restaurador e cirúrgico periodontal. Ainda, a conscientização 
do paciente em relação a um excelente controle de placa 
deve ser reforçada. Por fi m, a indicação correta da técnica 
cirúrgica mucogengival para cada caso deve ser levada em 
consideração. Todos estes fatores irão favorecer o sucesso 
do tratamento.
CONCLUSÃO
A cirurgia periodontal combinada ao procedimento res-
taurador leva a solução tanto da recessão gengival como da 
abrasão cervical podendo ser considerada um tratamento de 
sucesso clínico. Contudo, estudos longitudinais com acompa-
nhamento em longo prazo devem ser realizados para validar 
esta forma de tratamento associada.
Endereço para correspondência:
Tatiana Miranda Deliberador
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Campo Cumprido
81280-330 – Curitiba – PR
tdeliberador@up.edu.br
64 Revista PerioNews 2011;5(1):64-70
RESUMO
Dentre os aspectos que infl uenciam nas características do sorriso estão 
linha mediana, posicionamento dental, linha do sorriso e características 
gengivais. A erupção passiva alterada é uma condição que interfere na 
estética do sorriso, por originar coroas clínicas curtas e ser associada ao 
sorriso gengival. Este trabalho relata um caso clínico de erupção passiva 
alterada que, devido às suas características, interferia na harmonia do 
sorriso e foi corrigida pela técnica de gengivectomia. Paciente do gênero 
feminino, 20 anos, leucoderma, não relatou alterações sistêmicas, queixa-
va-se da estética do seu sorriso devido à diferença no tamanho das coroas 
clínicas dos elementos 12 e 22 e excessiva exposição gengival na região. 
Após o diagnóstico de erupção passiva alterada tipo 1A na face vestibular 
do elemento 12, o seu tratamento consistiu na realização de gengivecto-
mia com incisão de bisel interno. Após um ano do tratamento, a paciente 
relatou estar satisfeita com o resultado estético alcançado. Portanto, em 
casos de erupção passiva alterada associada apenas ao posicionamento 
coronário do tecido gengival em relação à junção cemento-esmalte, a gen-
givectomia, uma técnica de cirurgia plástica periodontal, mostra-se efi caz 
para a sua correção e para o restabelecimento da harmonia do sorriso.
Unitermos - Sorriso; Estética; Periodontia; Gengivectomia.
ABSTRACT
Features that infl uencing characteristics of the smile are the midline, dental 
position, smile line and gingival. Altered passive eruption is a clinical condition 
characterized by an altered coronary placement of the gingival tissue, with 
or without the placement of the bone margin, which interferes with the 
aesthetic smile and is considered etiological factor for short clinical crowns 
and to be associated with gum smile. This paper presents a case report 
that describe the correction of altered passive eruption by the technique 
of gingivectomy. Female patient, 20 years old, caucasian, without systemic 
complications, complains about the aesthetics of the tooth 12. After the 
diagnosis of altered passive eruption associated only change of the gingival 
position, gingivectomy was the treatment performed with the internal bevel 
incision, on the buccal surface of the element 12. After 1 year of treatment, 
the patient reports to be satisfi ed with the aesthetic result, the teeth 12 and 
22 show the same size of the clinical crown. Therefore, in cases of altered 
passive eruption with changes in the gingival position only, the gingivectomy, 
a periodontal plastic surgerytechnique, is effective in your correction and to 
reestablish the harmony of smile.
Key Words - Smiling; Esthetics; Periodontics; Gingivectomy.
Correção de erupção 
passiva através de 
cirurgia plástica 
periodontal
* Professora da Disciplina de Periodontia – Unip/Campinas e Sorocaba; 
Professora doutora da Disciplina de Clínica Odontológica – PUC/Campinas.
** Professor da Disciplina de Periodontia – Unip/Campinas e Sorocaba; 
Mestrando em Clínica Odontológica/Implante – Unip/São Paulo. 
*** Graduanda de Odontologia – Unip/Campinas.
Relato de caso clínico
Patrícia Fernanda Roesler Bertolini*
Oswaldo Biondi Filho**
Dalila Evelyn Santiago***
Correction of passive eruption by 
periodontal plastic surgical. Case report
Recebido em set/2010
Aprovado em out/2010
65Revista PerioNews 2011;5(1):64-70
 Periodontia
INTRODUÇÃO
A palavra estética deriva do grego aisthetikos, que sig-
nifi ca percepção, sensação, podendo ser também caracte-
rizada como o estudo que determina o caráter do belo nas 
produções naturais artísticas, a fi losofi a das belas artes, ou 
ainda a harmonia das formas e coloridos1. A estética segue o 
padrão sociocultural de determinada sociedade, porém, não 
deixa de ser considerada um parâmetro subjetivo2.
Um sorriso considerado atraente e estético leva em con-
sideração cor, forma e simetria dos dentes associadas às 
características do tecido gengival, da forma e simetria dos 
lábios, como também a existência de uma relação harmônica 
destes elementos com a face do paciente3.
A posição do tecido gengival ao redor do elemento den-
tal é infl uenciada pelo colo cervical dental, características do 
ponto de contato e da margem óssea. O ponto da margem 
gengival localizado mais apical ao redor do elemento dental 
caracteriza o zênite gengival, que possui aspectos únicos 
para cada grupo de dentes, o que torna o seu conhecimento 
de extrema relevância para restabelecer o contorno gengival 
adequado ao redor do elemento dental durante procedimen-
tos estéticos4.
Dentre as condições clínicas associadas com altera-
ções no posicionamento da margem gengival está a erup-
ção passiva alterada, que é defi nida como uma condição em 
que após o processo de erupção dental a margem gengival 
mantém-se coronária à junção cemento esmalte (JCE) e pode 
ser associada ou não a uma alteração no posicionamento da 
crista óssea alveolar (COA) em relação à JCE. Pode também 
ocorrer variação na quantidade da faixa de tecido queratiniza-
do ao redor do elemento dental5.
O conhecimento da classifi cação e caracterização dos 
tipos de erupção passiva alterada é de suma importância na 
prática clínica para que o profi ssional estabeleça o tratamen-
to adequado para sua correção (Tabela 1).
Os procedimentos de cirurgia plástica periodontal, den-
tre eles as técnicas de gengivectomia e retalho deslocado 
apicalmente, podem ser indicados para modifi car as caracte-
rísticas dos tecidos periodontais ao redor do elemento dental 
e, consequentemente, a silhueta do seu formato e suas pro-
porções. Nos casos de erupção passiva alterada quando há 
o envolvimento apenas do tecido gengival com a existência 
de uma ampla faixa de tecido queratinizado, a técnica de 
gengivectomia está indicada3,5-6.
Este trabalho demonstra através do relato de um caso 
clínico a correção de erupção passiva associada com altera-
ção apenas no posicionamento do tecido gengival através da 
cirurgia plástica periodontal, gengivectomia.
RELATO DE CASO CLÍNICO
Paciente do gênero feminino, 20 anos, leucoderma, du-
rante a anamnese não relatou alterações sistêmicas, porém, 
queixava-se da estética do seu sorriso devido à diferença 
no tamanho da coroa clínica dos dentes 12 (Figura 1a) e 22 
(Figura 1b), onde o elemento 12 apresentava-se menor que seu 
homólogo. Ao sorrir, o excesso de tecido gengival que fi cava ex-
posto na região do dente 12 também a incomodava (Figura 2).
A sequência do exame físico da paciente consistiu da 
análise da linha do seu sorriso, sondagem periodontal para de-
terminar o estado de saúde tecidual associado ao nível de in-
serção clínica e a realização de exame radiográfi co periapical 
pela técnica do paralelismo para determinar a altura da COA.
A paciente foi caracterizada com linha do sorriso média, 
onde fi cavam expostas as cervicais dos elementos dentais e 
área de papila gengival.
O diagnóstico de erupção passiva alterada na face ves-
tibular do elemento 12 foi realizado através da sondagem 
periodontal associada ao exame radiográfi co, sendo base-
ado no posicionamento coronário da margem gengival em 
relação à JCE, originando uma coroa clínica curta, relaciona-
da à ausência de infl amação tecidual e de desgaste incisal 
(Figura 3). Sua higiene oral foi considerada satisfatória.
A classifi cação de erupção passiva tipo 1A foi baseada 
na presença de extensa faixa de tecido queratinizado ao 
redor do elemento dental, associada apenas ao posiciona-
mento coronário do tecido gengival em relação à JCE (Figu-
ra 4a). Radiografi camente, a distância da COA a JCE estava 
em torno de 2 mm (Figura 4b).
O tratamento eleito para resolução desta condição clíni-
ca foi a técnica de cirurgia plástica periodontal, gengivecto-
mia, realizada com incisão de bisel interno na face vestibular 
do elemento dental 12.
TABELA1 - CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS TIPOS DE 
ERUPÇÃO PASSIVA ALTERADA
Erupção passiva alterada
Tipo Característica clínica e radiográfi ca
1A Ampla faixa de tecido queratinizado com COA apical JCE.
1B Ampla faixa de tecido queratinizado com distância entre COA/JCE < 2 mm.
2A Limitada faixa de tecido queratinizado, COA apical JCE.
2B Limitada faixa de tecido queratinizado com distância entre COA/JCE < 2 mm.
66 Revista PerioNews 2011;5(1):64-70
Bertolini PFR • Biondi Filho O • Santiago DE
Figuras 1 - Diferença do tamanho das coroas clínicas dos elementos 12 (A) e 22 (B) 
demonstrada com uso da sonda milimetrada.
Figura 2 - Sorriso da paciente evidencia a excessiva exposição 
do tecido gengival na face vestibular do dente 12 e a diferença no 
tamanho das coroas clínicas dos incisivos laterais.
Figura 3 - Erupção passiva alterada presente no elemento 12, sen-
do caracterizada pela presença de coroa clínica curta, associada à 
ausência de infl amação tecidual e de desgaste incisal.
Figuras 4 - Característica de erupção passiva alterada tipo 1A evidenciada. 
A. Extensa faixa de tecido queratinizado ao redor do elemento 12. B. Aspecto de 
normalidade da distância da COA a JCE nas faces proximais.
Figura 5 - Execução de anestesia infi ltrativa prévia a 
técnica cirúrgica.
A B
A B
67Revista PerioNews 2011;5(1):64-70
 Periodontia
Após a assepsia intraoral usando bochecho com 15 ml 
de gluconato de clorexidina a 0,12% por um minuto, realizou-
se assepsia extraoral com gel de clorexidina a 2%.
A anestesia da região foi obtida pela técnica infi ltra-
tiva com uso de anestésico cloridrato de prilocaína a 3% 
(Figura 5). Em seguida, fez-se a sondagem periodontal e a 
marcação do ponto sangrante na face vestibular do elemento 
dental 12 com uso de sonda milimetrada de Willians para 
A B C
Figuras 6 - Sequência para obtenção do ponto sangrante para guiar a incisão cirúrgica. A. Obtenção da profundidade de 
sondagem. B. Transferência da profundidade de sondagem. C. Marcação do ponto sangrante.
Figuras 7 - Sequência de incisões realizadas na técnica de gengivectomia 
para remoção do tecido gengival e restabelecimento do contorno adequa-
do. A. Incisão de bisel interno. B. Incisão sulcular. 
Figuras 8 - A. Remoção do colarinho 
gengival com uso de cureta McCall 13/14. 
B. Nota-se exposição do esmalte cervical 
durante remoção do colarinho gengival.
A B
A
B
estabelecer a quantidade de tecido gengival a ser removido 
e guiar a incisão a ser realizada (Figuras 6).
Para a remoção do tecido gengival na região, realizou-se 
incisão de bisel interno (Figura 7a), tendo sua fi nalização na 
superfície dental, seguida de incisão sulcular (Figura 7b) utili-
zando a lâmina de bisturinúmero 15c e o colarinho gengival 
foi removido com cureta McCall 13/14 (Figuras 8).
Após a constatação da regularização do tamanho da 
68 Revista PerioNews 2011;5(1):64-70
Bertolini PFR • Biondi Filho O • Santiago DE
Figuras 11 - Após um ano pós-operatório. A. Aspecto das coroas clínicas dos dentes 12 e 22. B. Manuten-
ção do comprimento restabelecido da coroa clínica do dente 12.
coroa clínica do elemento 12 em relação ao 22 (Figura 9), 
fi nalizou-se o procedimento cirúrgico sem haver necessidade 
de sutura ou uso de cimento cirúrgico. 
Durante a primeira semana pós-operatória, a paciente 
foi orientada a bochechar por um minuto, 15 ml de gluconato 
de clorexidina a 0,12% de 12/12 horas, para realizar o con-
trole químico do biofi lme supragengival da região. Sendo que 
após este período, a paciente voltou a realizar normalmente 
seus hábitos de higiene oral. 
Para controle da dor, foi indicada Dipirona sódica 
500 mg/ml na posologia de 35 gotas diluídas em ½ copo 
de água de quatro em quatro horas por no máximo três dias, 
apenas se houvesse dor.
Após um ano do tratamento, a paciente relatou estar 
satisfeita com o resultado estético obtido (Figura 10) e ao 
exame clínico observa-se o mesmo tamanho das coroas clíni-
cas dos elementos dentais 12 e 22 (Figuras 11).
DISCUSSÃO
Pelo fato da estética ser considerada um padrão que se-
gue determinadas normas de uma cultura, os profi ssionais da 
área da saúde devem se lembrar também que ela envolve um 
aspecto clínico subjetivo, portanto, dentre os seus requisitos 
se enquadra o respeito aos anseios do paciente, para não 
serem realizados procedimentos desnecessários6. Portanto, 
o cirurgião-dentista deve estar consciente das considerações 
estéticas pertinentes à remoção dos tecidos periodontais ao 
redor do elemento dental e deve saber indicar a sua manuten-
ção quando necessário7.
Características clínicas que indicam a realização de pro-
cedimentos estéticos em Periodontia são relacionadas à alte-
ração da arquitetura gengival associada aos defeitos ósseos, 
invasão do espaço biológico, áreas de pônticos com rebor-
dos defi cientes, inserção alta de freio e sua proximidade com 
Figura 9 - Aspecto pós-operatório imediato após a realização da 
gengivectomia. 
Figura 10 - Aspecto do sorriso da paciente após um ano pós-
operatório.
A B
69Revista PerioNews 2011;5(1):64-70
 Periodontia
a margem gengival, assimetria gengival devido à ausência ou 
excesso tecidual8.
A excessiva exposição do tecido gengival durante o sor-
riso pode estar associada a uma variedade de condições, 
como erupção passiva, excessivo crescimento maxilar verti-
cal, hipermobilidade labial ou ainda lábios curtos5.
A erupção passiva alterada é uma condição clínica 
caracterizada por um posicionamento coronário do tecido 
gengival, associado ou não à alteração no posicionamento 
da margem óssea, que interfere na estética do sorriso, por 
originar coroas clínicas curtas e ser associada ao sorriso 
gengival. O termo erupção passiva retardada também pode 
ser utilizado para defi nir esta condição clínica9.
O diagnóstico desta alteração é realizado pela obser-
vação do posicionamento coronário do tecido gengival em 
relação à JCE, presença de profundidade de sondagem au-
mentada associada à caracterização do posicionamento da 
COA em relação à JCE pelo exame radiográfi co10, ou através 
de sondagem óssea3,9. No caso clínico relatado, o diagnósti-
co de erupção passiva alterada foi baseado na associação da 
sondagem periodontal com o exame radiográfi co. 
A ocorrência de erupção passiva alterada é imprevisível, 
sendo que é diagnosticada em 12% da população geral11. 
Clinicamente, o tecido gengival é considerado saudável e o 
paciente apresenta índice de placa satisfatório12. Estas ca-
racterísticas coincidem com os parâmetros apresentados no 
caso relatado.
Pelo fato dos casos de erupção passiva alterada tipo 1A 
apresentarem ampla faixa de tecido gengival e a alteração 
ser limitada apenas ao posicionamento coronário do tecido 
gengival, a gengivectomia é a técnica cirúrgica de eleição 
para sua correção em concordância com diversos relatos na 
literatura3,6,8.
Com o objetivo de igualar o tamanho da coroa clínica do 
elemento 12 em relação ao 22, a técnica de gengivectomia 
foi realizada com incisão de bisel interno. Esta incisão pro-
picia a remoção do tecido gengival em excesso em áreas 
em que não há necessidade de alterar a topografi a do teci-
do gengival. Como vantagem, foi relatado pelo paciente um 
maior conforto, pois não há exposição do tecido conjuntivo 
gengival na cavidade bucal e, consequentemente, não há indi-
cação para colocação de cimento cirúrgico durante o período 
pós-operatório13.
Durante a execução do procedimento cirúrgico, o profi s-
sional deve conhecer a característica do zênite gengival para 
restabelecer o contorno adequado ao redor do elemento den-
tal. O zênite gengival para o incisivo lateral coincide com o 
longo eixo do elemento dental4. 
A curvatura e o comprimento labial infl uenciam na quan-
tidade de dentes e de tecido gengival que fi cam expostos 
durante o sorriso. Ao sorrir, a linha do sorriso é determinada 
pelo bordo inferior do lábio superior, que se encontra disten-
dido14. Cerca de 69% da população possuem linha média do 
sorriso, contra 11% que apresentam linha alta do sorriso15. 
No caso clínico relatado, a paciente apresenta linha média do 
sorriso, que é caracterizada pela exposição do terço cervical 
dos dentes e do tecido gengival interproximal, porém, devido 
à presença de erupção passiva alterada na face vestibular do 
dente 12, esta condição evidenciou a excessiva exposição 
gengival, a sua coroa clínica curta e enfatizou a diferença no 
seu tamanho das coroas clínicas entre os elementos 12 e 22.
Soluções periodontais para os desafi os estéticos, ge-
ralmente, são melhores elaboradas pela análise da linha do 
sorriso da paciente desde o seu exame clínico inicial. Sen-
do que o cirurgião-dentista deve analisar a linha do sorriso 
observando o paciente a uma distância normal durante uma 
conversa16-17. Porém, muitos profi ssionais ao planejarem tra-
A erupção passiva 
alterada é uma condição 
clínica caracterizada 
por um posicionamento 
coronário do tecido 
gengival, associado 
ou não à alteração no 
posicionamento da 
margem óssea, que 
interfere na estética 
do sorriso, por originar 
coroas clínicas curtas 
e ser associada ao 
sorriso gengival. O 
termo erupção passiva 
retardada também pode 
ser utilizado para defi nir 
esta condição clínica9.
70 Revista PerioNews 2011;5(1):64-70
Bertolini PFR • Biondi Filho O • Santiago DE
REFERÊNCIAS
1. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. Nova Cultural 1998;10:2261.
2. Cardoso RJ, Gonçalves EAN. Estética. São Paulo: Artes Médicas; 2002.
3. Garber DA, Salama MA. The aesthetic smile: diagnosis and treatment. Periodontol 
2000 1996;11:18-28.
4. Rufenacht CR. Fundamentos de estética. São Paulo: Quintessence Editora; 
1998.
5. Robbins JW. Differential diagnosis and treatment of excess gingival display. Pract 
Periodontics Aesthet Dent 1999;11(2):265-72.
6. Gusmão ES, Coelho RS, Cedro IR, Santos RL. Cirurgia plástica periodontal para 
correção de sorriso. Odontologia Clin Cientif 2006;5:345-348. Disponível em: 
<http://www.cro-pe.org.br/revista/revistas/OUTDEZ15.pdf>.
7. Evian CI, Corn H, Rosenberg ES. Retained interdental papilla procedure for 
maintaining anterior esthetics. Compend Contin Educ Dent 1985;6(1):58-64.
8. Ravon NA, Handelsman M, Levine D. Multidisciplinary care: periodontal 
aspects to treatment planning the anterior esthetic zone. J Calif Dent Assoc 
2008;36(8):575-84.
9. Kao RT, Dault S, Frangadakis K, Salehieh JJ. Esthetic crown lengthening: 
appropriate diagnosis for achieving gingival balance. J Calif Dent Assoc 
2008;36(3):187-91.
10. Foley TF, Sandhu HS, Athanasopoulos C. Esthetic periodontal considerations in 
orthodontic treatment — the management of excessive gingival display. J Can 
Dent Assoc 2003;69(6):368-72.
11.Evian CI, Cutler SA, Rosenberg ES, Shah RK. Altered passive eruption: the 
undiagnosed entity. J Am Dent Assoc 1993;124(10):107-10.
12. Dolt AH 3rd, Robbins JW. Altered passive eruption: an etiology of short clinical 
crowns. Quintessence Int 1997;28(6):363-72.
13. Khuller N, Sharma N. Biologic width: evaluation and correction of its violation. J 
Oral Health Comm Dent 2009;3(1):20-5.
14. Borghetti A, Monne-Corti V. Cirurgia Plástica Periodontal. Porto Alegre: Artmed 
Editora; 2002.p.489.
15. Tjan AH, Miller GD, The JG. Some esthetic factors in a smile. J Prosthet Dent 
1984;51(1):24-8.
16. Paul SJ. Smile analysis and face-bow transfer: enhancing aesthetic restorative 
treatment. Pract Proced Aesthet Dent 2001;13(3):217-22.
17. Reddy MS. Achieving gingival esthetics. J Am Dent Assoc 2003;134(3):295-304.
18. Ward DH. Proportional smile design using the recurring esthetic dental (red) 
proportion. Dent Clin North Am 2001;45(1):143-54.
tamentos estéticos não alcançam os resultados desejados 
por focarem apenas o elemento dental e não o sorriso do 
paciente e os aspectos periodontais que interferem em sua 
harmonia18.
CONCLUSÃO
A avaliação de aspectos periodontais relacionados à es-
tética e o diagnóstico de suas alterações são essenciais para 
o cirurgião-dentista devolver a harmonia do sorriso.
Nos casos de erupção passiva alterada associada ape-
nas a necessidade de correção do posicionamento do tecido 
gengival, a técnica de gengivectomia é indicada para a obten-
ção de um resultado estético satisfatório.
Endereço para correspondência:
Patrícia Fernanda Roesler Bertolini
Rua América, 615 – Apto. 83
13600-100 – Araras – SP
Tel.: (19) 9644-5582/ (11) 9989-8067
bertolinipfr@hotmail.com
71Revista PerioNews 2011;5(1):71-6
 Periodontia
RESUMO
O objetivo do estudo foi avaliar os aspectos relacionados a percepções 
subjetivas do paciente, relacionadas aos procedimentos cirúrgicos após 
a cirurgia de aumento de coroa clínica (ACC), com necessidade de osteo-
tomia realizada com instrumentos rotatórios (OR) e manuais (OM). O estu-
do apresentou um ensaio clínico randomizado com grupos em paralelo. 
Participaram do estudo 34 pacientes de ambos os sexos, necessitando 
de cirurgia de ACC, que aleatoriamente foram divididos em dois grupos: 
primeiro grupo (16 pacientes), a osteotomia realizada com instrumentos 
rotatórios, e o segundo grupo (18 pacientes) com instrumentos manuais. 
Imediatamente após a cirurgia e após sete dias foi avaliado através de 
uma escala analógica visual (VAS) o desconforto durante o procedimento 
e dor pós-operatória, respectivamente. O tempo cirúrgico foi também re-
gistrado. Os resultados indicaram não haver diferenças estatisticamente 
signifi cantes entre o tempo cirúrgico (90,8 versus 99,1 minutos) para OR 
e OM, respectivamente. O desconforto e a dor pós-operatória foram (7,5 
e 11,1 versus 14,8 e 19,9) para o grupo OR e OM, respectivamente, sem 
diferenças estatísticas entre os grupos. Portanto, o tipo de osteotomia 
parece não infl uenciar nas percepções subjetivas do paciente e no período 
clínico de cirurgia. Entretanto, estudos com maiores amostras são neces-
sários para confi rmar ou refutar estes achados.
Unitermos - Dor pós-operatória; Medição da dor; Aumento de coroa clí-
nica; Osteotomia.
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the aspects related to the patient’s 
subjective perceptions related to surgical procedures after crown lengthening 
surgery (CLS) in need of osteotomy performed with rotary instruments (RO) 
and manual instruments (MO). The design of study was a randomized clinical 
trial with parallel groups. Study participants were 34 patients of both genders 
requires surgery for CLS, which were divided randomly into two groups: fi rst 
group (16 patients) osteotomy performed with rotary instruments and the 
second group (18 patients) with manual instruments. Immediately after 
surgery and after seven days was assessed using a visual analogue scale 
(VAS) discomfort during the procedure and postoperative pain, respectively. 
Surgical time was also recorded. The results showed no statistically 
signifi cant differences between the surgical time (90.8 versus 99.1 minutes) 
for RO and MO, respectively. The discomfort and postoperative pain were 
(7.5 and 11.1 versus 14.8 and 19.9) for group OR and OM, respectively, 
without statistical differences between groups. Therefore, the type of 
osteotomy does not infl uence the subjective perceptions of the patient and 
clinician during surgery. However, studies with larger samples are needed to 
confi rm or refute these fi ndings.
Key Words - Pain postoperative; Pain measurement; Crown lengthening; 
Osteotomy.
Desconforto e dor após 
aumento de coroa 
clínica realizado com 
instrumentos rotatórios 
e manuais
*Mestranda em Ciências Odontológicas – Universidade Federal de Santa 
Maria/Santa Maria/RS.
**Doutor em Radiologia Odontológica – FOSJC/Unesp; Docente do curso 
de Odontologia – Universidade Federal de Santa Maria/Santa Maria/RS.
***Doutor em Odontologia com ênfase em Periodontia – Ulbra; Docente 
do curso de Odontologia – Centro Universitário Franciscano – Unifra/Santa 
Maria/RS.
Estudo clínico
Tatiana Militz Perrone Pinto*
Gustavo Nogara Dotto**
Fabricio Batistin Zanatta***
Pain and discomfort after crown 
lengthening performed with rotatory 
and manuals instruments
Recebido em out/2010
Aprovado em out/2010
72 Revista PerioNews 2011;5(1):71-6
Pinto TMP • Dotto GN • Zanatta FB
INTRODUÇÃO
Comparações entre diferentes tratamentos odontológi-
cos têm sido, normalmente, realizadas através de desfechos 
sub-rogados, centrados em parâmetros clínicos. Entretanto, 
há um aumento recente de pesquisas realizadas na área da 
saúde, incluindo desfechos centrados no paciente. O aumen-
to de evidências que apresentam percepções relacionadas 
ao paciente agrega uma importante ferramenta na tomada 
de decisões para os mais diversifi cados tratamentos Odon-
tológicos1.
A dor é uma experiência sensorial ou emocional desa-
gradável, associada a um dano tecidual real ou potencial, 
e possui uma natureza extremamente subjetiva2. Os proce-
dimentos odontológicos que apresentam maior expectativa 
de dor pós-operatória são as exodontias e os procedimentos 
cirúrgicos periodontias3-8.
A cirurgia de aumento de coroa clínica (ACC) é um pro-
cedimento ressectivo que tem por objetivo remover estrutura 
periodontal de suporte acima da crista óssea alveolar, para 
restabelecer as dimensões biológicas da união dentogengi-
val9. Durante a execução da técnica de ACC com necessida-
de de remoção de tecido ósseo, a osteotomia pode ser exe-
cutada através de instrumentos rotatórios e/ou manuais10.
De acordo com nosso conhecimento, não há evidên-
cias relacionadas às percepções subjetivas que comparem 
osteotomias realizadas com instrumentos manuais ou rota-
tórios. Portanto, o objetivo do estudo foi comparar, após 
desconforto e dor pós-operatória, a cirurgia de aumento de 
coroa clínica com necessidade de osteotomia realizada com 
instrumentos rotatórios e manuais, bem como o período de 
tempo clínico para a realização das cirurgias com os dois 
instrumentos de osteotomia.
MATERIAL E MÉTODOS
Desenho experimental
O presente estudo apresentou um ensaio clínico rando-
mizado, com grupos em paralelo. O projeto de pesquisa e o 
termo de consentimento livre e esclarecido estão de acordo 
com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa 
envolvendo Seres Humanos (Resolução nº 196/96 do Con-
selho Nacional de Saúde) e foram aprovados pelo Comitê de 
Ética em Pesquisa do Centro Universitário Franciscano (Uni-
fra) sob protocolo de número 067.2009.2.
Amostra
Participaram do estudo 34 pacientes que estavam sen-
do atendidos no laboratório de práticas clínicas no curso de 
Odontologia do Centro Universitário Franciscano, entre mar-
ço e novembro de 2009, e necessitavam de cirurgia de au-
mento de coroa clínica em dentes posteriores. Devido à falta 
de estudos semelhantes para que se realizasse um cálculoamostral, o presente estudo incluiu os participantes elegíveis 
e após foi realizado um cálculo do poder do estudo. Consi-
derando uma diferença detectada de 8,0 nos desfechos de 
desconforto e dor entre os grupos experimentais, sendo uma 
amostra de 16 participantes para cada grupo, o nível de sig-
nifi cância de 5%, o desvio-padrão de 8,0 pontos, um teste 
bicaudal, o poder do estudo resultou em 80%.
Critérios de elegibilidade
Para participar do estudo, os pacientes deveriam: ter no 
mínimo 18 anos; ser sistemicamente saudável; necessitar de 
cirurgia de aumento de coroa clínica (ACC) com indicação de 
osteotomia/osteoplastia em sítios proximais na mandíbula e/
ou maxila; não apresentar doença periodontal destrutiva no 
sítio de ACC; não necessitar de quimioprofi laxia antimicro-
biana; não apresentar nenhuma restrição ao procedimento 
cirúrgico; aceitar participar do estudo assinando o termo de 
consentimento livre e esclarecido. Pacientes que não retor-
naram para as avaliações pós-operatórias foram excluídos 
do estudo. 
Randomização
Os pacientes foram alocados nos grupos experimentais 
através do uso de sorteio com uma moeda (cara/coroa). A 
randomização foi executada por um profi ssional não envolvi-
do na cirurgia nem nas avaliações posteriores.
Intervenção
O ato cirúrgico foi executado seguindo todo o protocolo 
de biossegurança tradicional. As cirurgias foram realizadas 
por diversos operadores. Após a anestesia local, foram re-
gistrados, em quatro sítios do dente em questão, índice de 
placa visível (0: ausência de placa e 1: presença de placa) e 
de sangramento gengival (0: ausência de sangramento gen-
gival e 1: presença de sangramento gengival)11 e as medidas 
da profundidade de sondagem e nível de inserção clínica do 
dente em questão. Posteriormente, a sondagem transpe-
riodontal foi realizada com a sonda periodontal milimetrada 
(Neumar, São Paulo, Brasil) até atingir a crista óssea.
Posteriormente, foi iniciado o retalho mucoperiostal com 
a confecção de um colarinho, realizado com lâmina de bisturi 
15c (Swann-Morton, Sheffi eld, Inglaterra), incisão intrassulcu-
lar e descolamento do periósteo. Em seguida, a randomiza-
73Revista PerioNews 2011;5(1):71-6
 Periodontia
ção para o procedimento experimental foi realizada por uma 
pessoa não envolvida na cirurgia. A osteotomia foi conduzida 
com instrumentos manuais (cinzéis de Rhodes 36/37, Fedi 
1, 2 e 3, limas Buck 11/12 e Schluger 9/10 PHD da marca 
Neumar, São Paulo, Brasil) ou por meio de instrumentos rota-
tórios (pontas diamantadas esféricas números 1011, 1012, 
1014, 1016, e cônica – extremidade de chama – número 
3203, heritage SSwhite, Dufl ex, Rio de Janeiro, Brasil) com 
irrigação através da caneta de alta rotação, segundo a ran-
domização. Na sequência, a sutura (simples ou colchoreiro 
vertical) do retalho foi confeccionada. Por fi m, o cimento ci-
rúrgico (PerioBond, Dentisply, Petrópolis, RJ, Brasil) foi colo-
cado em todas as cirurgias realizadas.
A duração do ato cirúrgico foi registrada a partir da 
primeira incisão até a sutura. Todos os pacientes foram 
instruídos a fazerem controle químico de placa com diglu-
conato de clorexidina 0,12% (15 mililitros de 12/12 horas) 
durante dez dias, e uso de analgésico paracetamol 750 mg 
(um comprimido de seis em seis horas) durante três dias no 
pós-operatório cirúrgico.
No pós-operatório imediato e no momento da remoção 
da sutura (sete dias), o registro de desconforto e dor pós-
operatória, respectivamente, foram coletados através de es-
cala analógica visual. A escala analógica visual consiste em 
um retângulo de 10 cm, em uma extremidade representava 
ausência (zero cm) do parâmetro avaliado (dor ou descon-
forto) e o outro extremo representava dor ou desconforto 
insuportável (10 cm). Cada paciente foi orientado a marcar, 
em um único traço na vertical, o ponto que melhor correspon-
desse à intensidade de dor ou desconforto no momento da 
avaliação12. Eventuais eventos relacionados ao período pós-
operatório foram questionados. 
Desfechos avaliados
O desfecho primário foi avaliar a percepção de descon-
forto imediato à cirurgia e à dor pós-operatória. O desfecho 
secundário foi a relação dessas percepções com o tempo 
despendido para a execução das cirurgias. O profi ssional 
que coletou as informações relacionadas aos desfechos não 
tinha conhecimento do instrumento utilizado para osteotomia 
durante a cirurgia.
Análise dos resultados
Os resultados foram analisados considerando o indiví-
duo como unidade de análise. Foram apresentadas médias e 
desvio-padrão dos parâmetros analisados. Os mesmos foram 
comparados considerando as variáveis independentes, o tipo 
de osteotomia e o tempo cirúrgico. As variáveis dependentes 
foram às percepções de desconforto e dor pós-operatória. 
Foram utilizados testes bivariados não paramétricos (Mann 
Whitney).
RESULTADOS
Participaram do estudo 34 pacientes do laboratório de 
práticas clínicas do curso de Odontologia do Centro Univer-
sitário Franciscano (Unifra), de ambos os sexos, com neces-
sidade de cirurgia de aumento de coroa clínica, com idades 
variando entre 18 e 60 anos. Dos quais 16 receberam osteo-
tomia com instrumentos rotatórios e 18 com manuais.
A maioria dos pacientes era do sexo masculino nos dois 
grupos e a média de idade foi de 37,2 anos para osteotomia 
com instrumentos rotatórios e 36,1 anos para osteotomia 
com instrumentos manuais. Não houve diferença estatistica-
mente signifi cante entre as variáveis demográfi cas dos gru-
pos experimentais (Tabela 1).
Em relação aos parâmetros periodontais dos grupos 
experimentais, pôde-se observar que o percentual médio de 
placa visível e sangramento gengival para o grupo OR foi de 
66,7% e 68,8%, respectivamente, e de 77,8% e 61,1% para 
o grupo OM, respectivamente. As médias de profundidade e 
A duração do ato 
cirúrgico foi registrada 
a partir da primeira 
incisão até a sutura. 
Todos os pacientes 
foram recomendados a 
fazer controle químico de 
placa com digluconato 
de clorexidina 0,12% 
(15 mililitros de 12/12 
horas) durante dez dias, 
e uso de analgésico 
paracetamol 750 mg (um 
comprimido de seis em 
seis horas) durante três 
dias no pós-operatório 
cirúrgico.
74 Revista PerioNews 2011;5(1):71-6
Pinto TMP • Dotto GN • Zanatta FB
nível de inserção clínica foram respectivamente 2,43 e 2,46 
para o grupo OR e 1,94 e 2,05, respectivamente, para o 
grupo OM (Tabela 1).
A média do tempo cirúrgico, calculado a partir da incisão 
até a fi nalização dos procedimentos de síntese, não diferiu 
de forma estatisticamente signifi cante entre os grupos ex-
perimentais. Os procedimentos tiveram duração média 90,8 
minutos para o grupo OR e 99,1 minutos para o grupo OM 
(Figura 1).
Em relação ao desconforto pós-operatório imediato, afe-
rido através de uma escala analógica visual com variações 
de zero (ausência de desconforto) a 100 (máximo descon-
forto já percebido), foi encontrado desconforto médio de 7,5 
pontos para o grupo OR e 14,8 pontos para o grupo OM. O 
grupo OM apresentou desconforto médio levemente maior 
que o grupo OR, porém, sem diferenças estatísticas intergru-
pos (Tabela 2).
A dor pós-operatória (sete dias), também aferida através 
da escala analógica visual, apresentou-se levemente maior no 
grupo OM, porém, sem diferença estatisticamente signifi can-
te entre os grupos. A média de dor pós-operatória para os 
pacientes do grupo OR foi 11,1 pontos e 19,9 pontos para o 
grupo OM (Tabela 3).
A Tabela 4 apresenta uma correlação entre o tempo ci-
rúrgico e as variáveis desconforto pós-operatório imediato e 
dor pós-operatória (sete dias), a qual demonstrou fraca cor-
relação entre o tempo cirúrgico e as variáveis de desconforto 
e dor para ambos os grupos experimentais. 
TABELA 1 - CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA DE ACORDO COM AS VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS E 
PARÂMETROS PERIODONTAIS COM OS GRUPOS EXPERIMENTAIS
Instrumentos Idade (média ± dp) Sexo (%) IPV (%) ISG (%) PS (%) NIC (média ± dp)
Rotatórios 37,2 (± 13,9) M: 62,5– F: 37,5 66,7 68,8 2,43 ± 0,77 2,46 ± 0,9
Manuais 36,1 (± 11,3) M: 63,3 – F: 37,5 77,8 61,1 1,94 ± 0,70 2,05 ± 0,7
Instrumentos Média (± dp) Mediana (P 25% - P 75%) Mínimo/máximo
Rotatórios 7,5 (± 9,06) 5 (2 - 8.5) 0 – 35
Manuais 14,8 (± 22,16) 5 (2 – 17.5) 0 - 70
Valor de p 0,52*
Instrumentos Média (± dp) Mediana (P 25% - P75%) Mínimo/máximo
Rotatórios 11,1 (± 9,67) 9 (2,25 – 21,5) 0 – 28
Manuais 19,9 (± 23,2) 8 (4,75 – 39) 2 – 87
Valor de p 0,37*
Instrumentos Tempo (min.) versus desconforto Tempo (min.) versus dor
Rotatórios 0,49* 0,25*
Manuais 0,36* 0,37*
* Coefi ciente de correlação Spearman.
TABELA 4 - CORRELAÇÃO ENTRE O TEMPO CIRÚRGICO (MINUTOS) E AS VARIÁVEIS DESCONFORTO PÓS-
OPERATÓRIO IMEDIATO E DOR PÓS-OPERATÓRIA (SETE DIAS) DE ACORDO COM OS GRUPOS EXPERIMENTAIS
* Teste Mann Whitney a um nível de signifi cância de 5%.
TABELA 3 - DOR PÓS-OPERATÓRIA (SETE DIAS) ATRAVÉS DA ESCALA ANALÓGICA VISUAL DE ACORDO COM 
OS GRUPOS EXPERIMENTAIS
* Teste Mann Whitney a um nível de signifi cância de 5%.
TABELA 2 - DESCONFORTO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO ATRAVÉS DA ESCALA ANALÓGICA VISUAL DE 
ACORDO COM OS GRUPOS EXPERIMENTAIS
75Revista PerioNews 2011;5(1):71-6
 Periodontia
Figura 1 - Tempo cirúrgico (minutos) de acordo com os grupos experimentais.
DISCUSSÃO
A presente investigação buscou comparar o desconforto 
imediato, dor pós-operatória e tempo cirúrgico após a cirurgia 
de aumento de coroa clínica com necessidade de osteotomia 
realizada com instrumentos rotatórios e manuais. De forma 
geral, não foram encontradas diferenças estatisticamente 
signifi cantes em relação aos parâmetros avaliados. Não hou-
ve nenhuma ocorrência de complicações pós-operatórias re-
latadas pelos pacientes. Apenas uma paciente relatou, no dia 
da remoção da sutura, hipersensibilidade dentinária.
Considerando os aspectos metodológicos, as modali-
dades de osteotomia foram aleatoriamente escolhidas. Esse 
procedimento assegura que diversas variáveis, tais como a 
localização nos maxilares, tipo de dente (pré-molar ou molar), 
biotipo gengival e outras variáveis desconhecidas possam ser 
igualmente distribuídas nos grupos experimentais, sem que 
infl uenciem diferentemente a um dos grupos experimentais.
Foram realizadas 34 cirurgias, sendo 20 por um ope-
rador e 14 cirurgias por outros operadores (acadêmicos de 
Odontologia). Esta diferença de operadores pode ter gerado 
um viés de seleção, uma vez que não houve padronização dos 
operadores. Entretanto, este fato pode aumentar a validade 
externa do estudo uma vez que na prática clínica cotidiana 
os pacientes são operados por diferentes cirurgiões-dentistas. 
Ainda, é importante ressaltar que todos os operadores ti-
nham padronização da técnica cirúrgica e foram acompanha-
dos pelo professor da disciplina.
Quanto aos desfechos de desconforto e dor pós-ope-
ratória, não foram observadas diferenças estatisticamente 
signifi cantes entre os grupos experimentais. Entretanto, 
quando analisadas as médias, medianas e percentuais pode-
se observar uma tendência de maior desconforto e dor no 
grupo que recebeu osteotomia manual. Estes achados não 
podem ser atribuídos ao tempo cirúrgico, já que não houve 
diferenças entre os grupos experimentais, bem como as cor-
relações entre o tempo e os desfechos não se mostraram 
fortes. Assim, a justifi cativa pode ser devido à força que se 
deve aplicar para a realização da osteotomia com instrumen-
tos manuais. No entanto, esta explicação não está baseada 
em evidências. A dor é uma experiência singular que pode 
ser infl uenciada por diversos elementos, tais como emoção, 
cognição, memória e construções sociais do indivíduo. Ela 
pode ser consequência de injúria tecidual (infl amatória) ou 
de lesão de nervos (neuropática). Quando a lesão tecidual 
ocorre, inúmeros mediadores (íons, noradrenalina, histamina, 
citocinas, entre outros) são liberados, gerando potencial de 
ação; que são retransmitidos centralmente pela área espino-
talâmica, na qual o impulso é sucessivamente modulado no 
cérebro, tálamo, hipotálamo e sistema límbico13.
Quanto à forma de aferição do desconforto e da dor, es-
calas de intensidade de dor mostraram-se adequadas para a 
avaliação de dor pós-operatória em procedimentos cirúrgicos 
periodontais e, quando empregadas corretamente, são úteis 
em pesquisas odontológicas que visam avaliar percepções 
subjetivas de dor pós-operatória dos pacientes12,14.
76 Revista PerioNews 2011;5(1):71-6
Pinto TMP • Dotto GN • Zanatta FB
CONCLUSÃO
Os resultados do presente estudo devem ser analisados 
através de uma perspectiva clínica. Os desfechos de percep-
ção do paciente, independente do tipo de osteotomia realiza-
da, obtiveram-se escores bem baixos quanto ao desconforto 
e dor após os procedimentos, o que reforça a constatação 
que cirurgias de ACC apresentam um pós-operatório sem 
maiores preocupações, com medicações analgésicas mais 
potentes. Por fi m, em relação ao tempo cirúrgico, parece 
não haver diferenças clinicamente importantes entre os dois 
tipos de osteotomia. Portanto, recomenda-se para cirurgias 
de ACC o uso de instrumentos e que o operador tenha domí-
nio da técnica, ressaltando que osteotomias com brocas têm 
maior potencial iatrogênico.
Endereço para correspondência:
Tatiana Militz Perrone Pinto
Rua Roberto Holtermann, 314 – Bairro Medianeira
97015-570 – Santa Maria – RS
Telefones: (55)3223-3445 / (55)96130324
tatimilitz@hotmail.com
REFERÊNCIAS
1. Riordain RN, McCreary C. The use of quality of life measures in oral medicine: a 
review of literature. Oral Dis. 2010;16(5):419-30.
2. Iasp. Pain Terminology. Disponível em: <http://www.iasp-pain.org/AM/Template.
cfm?Section=Pain_Defi ...isplay.cfm&ContentID=1728>. Acesso em: 22 de maio 
de 2010.
3. Cooper SA, Beaver WT. A model to evaluate mild analgesics in oral surgery 
outpatients. Clin Pharmacol Ther 1976;20(2):241-50.
4. Gallardo F, Rossi E. Analgesic effi cacy of fl urbiprofen as compared to acetaminophen 
and placebo after periodontal surgery. J Periodontol 1990;61(4):224-7.
5. Gallardo F, Rossi E. Effects of sodium meclofenamate on postoperative pain 
following periodontal surgery. J Periodontol 1992;63(3);116-68.
6. Vogel RI, Desjardins PJ, Major KVO. Comparison of presurgical and immediate 
postsurgical ibuprofen on postoperative periodontal pain. J Periodontol 
1992;63(11):914-8.
7. Matthews DC, McCulloch CAG. Evaluating patient perceptions as short-term 
outcomes of periodontal treatment: a comparison of surgical and non-surgical 
therapy. J Periodontol 1993;64(10):990-7.
8. Trombelli L, Schincaglia GP, Zangari F, Scapoli C, Calura G. Effect of pretreatment 
with ketorolac tromethamine on post-operative pain following periodontal surgery. 
J Clin Peridontol 1996;23(2):128-32.
9. Perez JR, Smukler H, Nunn MA. Clinical evatuation of the supraosseous gingivae 
before and after cronw lengthening. J Periodontol 2007;78(6):1023-30.
10. Lopes JCA, Lopes RR. Reparação periodontal após cirurgia de aumento de coroa 
clinica por meio de instrumentos manuais e rotatórios: estudo biométrico em 
humanos. Revista Periodontia Sobrape 2001;10(2):11-6.
11. Ainamo J, Bay I. Problems and proposals for recordin gingivitis and plaque. Int Dent 
1975;25(4):229-235.
12. Cavassim R, Bianchi AK, Tozetto CW, Pillati GL, Santos FA. Avaliação da intensidade 
de dorpós-operatória em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos 
periodontais – correlação entre diferentes escalas. Publ. UEPG Biol. Health Sci 
2003;9(3):37-44.
13. Goes P, Lima APS, Lima V. Farmacoterapia da dor aguda e da infl amação em 
odontologia. Multidiciplinariedade na Saúde Bucal 2009;2:102-109.
14. Canakçi CF, Canakçi V. Pain experienced by patients undergoing different 
periodontal therapies. JADA 2007;138:1563-73.
79Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
RESUMO
As estruturas bucais parecem ter um papel fundamental na vida dos indiví-
duos por estarem associados, funcionalmente, à capacidade de mastiga-
ção e alimentação, tornado os indivíduos socialmenteaceitáveis do ponto 
de vista estético e de bem-estar. Dessa forma, a saúde bucal pode infl uen-
ciar a percepção de qualidade de vida das pessoas. Na população que 
demanda os serviços de saúde, a relação da saúde bucal com a qualidade 
de vida precisa ser melhor esclarecida para se identifi car as necessidades 
das pessoas em estabelecer prioridades que levem em consideração a 
autopercepção de saúde bucal, da qualidade de vida e as subjetividades 
inerentes ao tema. O objetivo do estudo foi avaliar a percepção da quali-
dade de vida dos pacientes com doença falciforme que são atendidas na 
Clínica do Departamento de Odontologia Social e Preventiva da Faculdade 
de Odontologia da UFRJ. Foi utilizado o instrumento OHIP-14, que avalia li-
mitação funcional, dor física, desconforto psicológico, incapacidade psico-
lógica, física e social e defi ciência. Dos 23 entrevistados, a dimensão que 
apresentou maior impacto na qualidade de vida foi dor física e desconforto 
psicológico com 30,4% das respostas. A população estudada necessita 
de atendimento de saúde multiprofi ssional para melhorar sua qualidade 
de vida, de saúde bucal e geral, voltando a se sentir socialmente inserido.
Unitermos - Qualidade de vida; Saúde bucal; Autopercepção; Doença fal-
ciforme.
ABSTRACT
Oral health structures seems to have an important hole in individuals life, 
once they area associated not only to mastigatory ability but to social life, 
related to esthetics and welfare, through this point of view oral health could 
infl uence people quality life perceptions. In the population that there is a 
need of dental treatment, there is a need to clarify the relation between 
oral health and life quality, in order to establish oral people needs as well 
life quality and their subjective themes in their underlines. The aim of this 
study was to evaluated the quality life perception from patients that attend 
regular oral health care in the Clinic of the Department of Community 
Dentistry of Faculty of Dentistry from UFRJ. It was conduct a transversal 
study were OHIP-14 questionnaire was applied in all participants. These 
questionnaires evaluates the psychological discomfort dimension; 
functional limitation; psychological discomfort; psychological incapability; 
physical, social and defi ciency. From the 23 interviewed presented highest 
life impact was physical pain and psychological discomfort with 30.4% of 
the answers. It was possible to concluded that the study sample needs an 
multiprofessional in order to achieve better life quality, good general and 
oral health to be feel insert in society again.
Key Words - Life quality; Oral health; Self concept; Silk cell disease.
Autopercepção sobre o 
impacto de saúde bucal 
na qualidade de vida em 
pacientes com doença 
falciforme
*Especialista em Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
**Acadêmica de Psicologia – Universidade Pontifícia Católica/RJ.
***Médico e doutorado em Saúde Coletiva – Faculdade de Medicina da 
Universidade Federal Fluminense; Prof. responsável da Área de Políticas 
Públicas do Mestrado em Odontologia – Faculdade de Odontologia da UFF.
****Mestre e doutora e Odontologia Social – Federal Fluminense; 
Professora associada – Faculdade de Odontologia da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro.
Saúde coletiva
Caroline Lourenço Correia*
Bianca Harari**
Marcos Paulo Fonseca Corvino***
Sonia Groisman****
Self perception of the impact of 
oral health in life quality patients 
with silk cell disease
Recebido em dez/2010
Aprovado em dez/2010
 Cariologia
80 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S
INTRODUÇÃO
A saúde bucal é resultante do bem-estar físico, mental 
e social e é nesse contexto que a cavidade oral se torna um 
órgão a ser preservado devido a sua importância nas mais 
variadas funções que a boca desempenha. A procura para 
mantê-la em sua integridade total deve sofrer cada vez mais 
difusão em todo e qualquer meio social, pois esta funciona 
como um dos pilares da inserção do homem em um meio 
favorável que o mantém gozando de saúde e em harmonia 
com o mundo que o rodeia.
Uma grande parcela da população mundial sofre de pa-
tologias que são consideradas as mais comuns, porém, so-
mente para uma minoria essas doenças interferem nas ativi-
dades sociais normais; uma relativa parcela da população só 
busca o atendimento odontológico quando a anormalidade se 
estabelece, apresentando-se seja na forma de dor, mau hálito 
ou outros incômodos. Trata-se de um aspecto de caráter so-
cial que se refl ete no processo saúde/doença.
A visita ao dentista deveria estar relacionada a um há-
bito de manutenção da saúde e não a percepção de doença 
emergente em que o paciente teme, além do desconforto 
físico, problemas de caráter social que podem ocorrer. No 
caso específi co da doença falciforme, as alterações de má-
oclusão e de desenvolvimento de cabeça e pescoço podem 
interferir de fato na vida social desses pacientes, portanto, 
quanto antes aspectos relativos a esta enfermidade forem 
elucidados, mais facilmente os pacientes podem ser encami-
nhados a tratamentos multidisciplinares, onde poderão rece-
ber atendimento de profi ssionais como dentista, psicólogo, 
serviço social etc., para melhor inserção social do mesmo.
O interesse da saúde pública, na saúde oral, parece se 
originar da atual preocupação cultural da população sobre 
sua autopercepção, ou seja, a imagem como meio para atin-
gir objetivos, como conseguir uma colocação no mercado 
de trabalho e se relacionar socialmente entre outras coisas.
Na população que necessita dos serviços públicos de 
saúde, a relação da saúde bucal com a qualidade de vida 
precisa ser melhor esclarecida para, dessa forma, serem 
aumentadas as possibilidades de identifi cação das necessi-
dades destes indivíduos estabelecendo, desta maneira, prio-
ridades que levem em consideração a autopercepção dessa 
relação saúde bucal e qualidade de vida e as subjetividades 
inerentes ao tema. 
REVISÃO DA LITERATURA
Em 1967, a construção da realidade foi descrita por 
autores1, sendo formada através de membros individuais da 
coletividade ou através de escolhas coletivas. A maioria das 
pessoas é o que os fi lósofos chamam de inocentes realistas, 
ou seja, assumem e acreditam no que veem como verdadeiro 
e destinado a ser como seus olhos enxergam o mundo. Para 
os sociólogos, entretanto, o conceito sobre realidade é dese-
nhado através de um processo social ou de uma experiência 
cultural, logo, a realidade é vista, desenhada e compreendida 
de acordo com as experiências sociais e culturais de cada 
indivíduo.
Os mesmos autores1, em 2003, transportaram esta de-
fi nição para a Odontologia. A visão do mundo difere de acor-
do com as diferentes possibilidades de cada um, seja ele um 
operário, um médico ou um cirurgião-dentista. Obviamente, 
essa perspectiva da realidade também tem grande relevân-
cia na Odontologia. Para os cirurgiões-dentistas existe um 
consenso no entendimento do que constitui doenças cárie 
e periodontal, assim como, desordens e anomalias bucais. 
Esse entendimento comum é baseado em um critério bioló-
gico que defi ne saúde, patologias e suas necessidades de 
tratamento, entretanto, para os sociólogos, saúde bucal e 
doença são conceitos sociais.
A doença falciforme (DF) originou-se na Ásia Menor e na 
África, foi trazida às Américas pela imigração forçada dos 
nativos africanos para o trabalho escravo e é hoje encontrada 
em toda Europa e Ásia2.
No Brasil, distribui-se heterogeneamente, sendo mais 
prevalente onde a proporção de negros é maior. Ocorre tam-
bém entre brancos, decorrente da miscigenação da popula-
ção brasileira. No sudeste do Brasil, a prevalência média de 
portadores (heterozigotos) é de 2% e entre os negros essa 
prevalência eleva-se para 10%. Pela sua alta prevalência, a 
DF confi gura-se como um importante problema de saúde pú-
blica no país2.
A hemoglobina S (Hb. S) pode ocorrer em sua forma 
homozigotaSS (anemia falciforme), associada à outra hemo-
globina mutante SC, SD, SE (doença falciforme) ou defeitos 
quantitativos da produção das cadeias α e β da hemoglobina 
(síndromes talassêmicas). A Hb S quando heterozigose com 
a hemoglobina A (Hb. A) é trazida como traço falciforme (AS) 
ou apenas traço quando com outra hemoglobina mutante 
(AC, AD, AE)3. 
A DF é crônica e, embora tratável, pode representar alto 
grau de sofrimento para o paciente, do ponto de vista mé-
dico, genético e psicossocial, além de se apresentar com 
várias doenças associadas. As suas complicações compro-
metem a qualidade de vida do paciente com DF e pode levar 
à invalidez4. 
81Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
 Cariologia
A anemia falciforme no decurso de sua evolução afeta ór-
gãos e sistemas, assim, as manifestações clínicas que esses 
pacientes apresentarão no decorrer da vida devem-se a dois 
fenômenos principais: vaso-oclusão dos glóbulos vermelhos 
seguida de infarto nos diversos órgãos e tecidos e aqueles 
decorrentes da hemólise crônica e seus mecanismos com-
pensadores. Dessa maneira, esses eventos associados resul-
tam em injúria aguda e crônica nos diversos órgãos e tecidos 
como pulmões, coração, ossos, rins, fígado, retina e pele3. 
As manifestações orais 
também têm sido conside-
radas um importante fator, 
tais como, atraso na erup-
ção dentária, periodontite, 
língua lisa, descolorada e 
despapilada, hipomatura-
ção e hipermineralização 
de esmalte e dentina, hi-
percementose, osteomie-
lite, necrose pulpar entre 
outras mais5.
A literatura é rica em 
evidências sobre o impacto de fatores sociais na saúde bucal6.
Autores7 publicaram um artigo onde a proposta era ve-
rifi car o estado de saúde bucal da população inglesa adulta 
em 1998 e comparar com trabalho semelhante realizado 
nos anos de 1960, 1970 e 1980. Uma amostra nacional re-
presentativa foi constituída de 6.204 adultos entrevistados 
e 3.817 foram odontologicamente examinados. As mudan-
ças mais marcantes nas condições de saúde bucal foram 
relacionadas à redução de perda dentária e no número de 
elementos dentários cariados e obturados com grande incre-
mento ao longo das décadas de elementos dentários hígidos, 
pontuando que as condições de saúde bucal sofreram modi-
fi cações ao longo do tempo, correlacionadas com melhorias 
de qualidade de vida. 
De modo geral, na área de saúde, são crescentes os 
estudos sobre a qualidade de vida, que passaram a ser am-
plamente utilizados como medida de desfecho em saúde, 
decorrente das mudanças de paradigmas que têm infl uen-
ciado as políticas e as práticas do setor. Devido aos impac-
tos físicos, psicológicos e sociais da DF, tanto os aspectos 
objetivos quanto subjetivos da vida devem ser considerados 
como importantes para a compreensão da qualidade de vida 
dos pacientes8. 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde9 (OMS), 
qualidade de vida é a percepção do indivíduo sobre sua posi-
ção na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores 
nos quais ele vive e em relação a seus objetivos, expecta-
tivas, padrões e preocupações. Presentes nessa defi nição, 
aspectos fundamentais referentes à multidimensionalidade, 
à subjetividade e à presença de elementos positivos (mobi-
lidade) e negativos (dor)10. Esses aspectos são representa-
dos pelo domínio físico, psicológico, nível de independência, 
relações sociais, meio ambiente e espiritualidade/crenças 
pessoais.
A avaliação da autopercepção que o indivíduo tem em 
relação a sua saúde não é uma tarefa fácil, entretanto, a as-
sociação de indicadores de qualidade de vida e de saúde 
bucal são necessárias, pela relevância no planejamento de 
ações de promoção de saúde, uma vez que apresentam im-
pacto odontológico11.
Entre os indicadores desenvolvidos, o Oral Health Impact 
Profi le (OHIP) mede a percepção do indivíduo sobre o impac-
to biopsicossocial das desordens bucais associadas à quali-
dade de vida, tem sido um dos mais utilizados em diferentes 
culturas. Ele foi desenvolvido por Slade e Spencer (1994), de 
acordo com o modelo conceitual de Locker (1988), sendo 
constituído de 49 itens que capturam sete dimensões do im-
pacto das doenças sobre a qualidade de vida12.
A validação da forma simplifi cada do OHIP com 14 itens 
demonstrou que esse instrumento resumido apresentava 
propriedades similares às do formato original e, sendo mais 
sucinto, requer menos tempo para aplicação, o que favorece 
sua utilização, inclusive, em serviços de saúde, em processos 
de avaliação de saúde bucal e qualidade de vida13. A versão 
brasileira do OHIP-14, traduzida e validada para o português 
do Brasil, demonstrou excelentes propriedades psicométri-
cas, similares às do instrumento original; para isso, fi zeram 
um estudo transversal que mediu o impacto da dor de dentes 
na qualidade de vida durante a gestação. A amostra estudada 
foi de 504 mulheres de baixo nível de renda. Com base nos 
resultados desse estudo, os autores concluíram que a versão 
A avaliação da autopercepção que o indivíduo tem em relação 
a sua saúde não é uma tarefa fácil, entretanto, a associação de 
indicadores de qualidade de vida e de saúde bucal são necessárias, 
pela relevância no planejamento de ações de promoção de saúde, 
uma vez que apresentam impacto odontológico11.
82 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S
brasileira do OHIP-14 apresenta resultados compatíveis com 
o instrumento original14.
O OHIP é um indicador que fornece uma medida abran-
gente de disfunções, desconfortos e incapacidade autoava-
liada atribuída à condição bucal, complementando os indica-
dores tradicionais de epidemiologia bucal, e trabalha com 
sete dimensões do impacto: limitação funcional, dor física, 
desconforto psicológico, incapacidade física, social e psico-
lógica e defi ciência para realização de atividades cotidianas. 
O questionário OHIP-14 vem sendo bastante utilizado para 
indicar os aspectos da qualidade de vida mais afetados pelo 
estado de saúde bucal e é um forte aliado no estabeleci-
mento de melhores abordagens para atendimento integral ao 
paciente. Esse instrumento permite indicar as dimensões da 
qualidade de vida afetadas pela condição de saúde bucal13.
Em estudos utilizando o indicador subjetivo OHIP-14, 
autores15-16 mostraram que o impacto produzido pelas con-
dições bucais na qualidade de vida das pessoas pode ser 
determinado pelos indicadores subjetivos que corroboram no 
redirecionamento das políticas de gestão dos sistemas de 
saúde, para que os mesmos se voltem para as necessidades 
da população.
A autopercepção também foi avaliada por autores17 em 
diferentes faixas etárias e mostraram que a faixa etária de 20 
a 44 anos foi a que apresentou maior impacto na qualidade 
de vida, nas dimensões desconforto psicológico, seguida de 
dor física e incapacidade física.
Diante da signifi cância da cavidade bucal no meio so-
cial, o objetivo do trabalho foi avaliar a autopercepção da 
saúde bucal relacionada à qualidade de vida dos pacientes 
com DF na Clínica do Departamento de Odontologia Social e 
Preventiva da Faculdade de Odontologia da UFRJ, utilizando o 
questionário OHIP-14.
METODOLOGIA
Foram aplicados os questionários com perguntas fe-
chadas (Anexo I), para serem marcados valores numéricos 
sobre autopercepção do impacto da saúde bucal na qualida-
de de vida (OHIP-14), em 23 pacientes, de oito a 44 anos, 
portadores de DF da Clínica do Departamento de Odontologia 
Social e Preventiva da Faculdade de Odontologia da UFRJ. 
Os questionários foram aplicados após aprovação no Comitê 
de Ética, FR 394160 (Anexo II), explicação aos indivíduos e 
aos pais dos indivíduos menores de idade, assim como a 
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
(Anexo III).
Para a coleta dos dados, a pesquisadora procedeu à 
leitura de cada pergunta juntamente com o participante. Após 
essa leitura, o voluntário escolheu livremente a resposta a 
cada questão, entre cinco opções, conforme a Escala deLikert – sempre, repetidamente, às vezes, raramente e nun-
ca – e acompanhava a marcação indicada. Os dados foram 
lançados no Programa Epi Info, versão 2005, que permitiu 
o cálculo das médias e percentuais para caracterização da 
amostra, de acordo com as variáveis listadas.
Os aspectos levantados nas questões aplicadas seguem 
o modelo conceitual proposto por Locker12, agrupado em sete 
dimensões: limitação funcional, dor física, desconforto psico-
lógico, incapacidade física, psicológica, social e defi ciência, 
que permitiu avaliar a percepção dos respondentes sobre o 
impacto produzido pelos problemas de saúde bucal sobre a 
qualidade de vida.
Posteriormente, os dados foram exportados com vistas 
à composição de planilhas no programa Excel da Microsoft, 
versão 2001. A utilização desse programa permitiu a ordena-
ção dos dados de acordo com o objetivo a ser verifi cado, bem 
como o cálculo do valor OHIP-14, em pontos para cada pa-
ciente entrevistado, em cada dimensão e na somatória delas. 
As pontuações foram obtidas a partir da aplicação do escalo-
namento Likert em associação com o peso de cada pergunta, 
A autopercepção 
também foi avaliada 
por autores17 em 
diferentes faixas 
etárias e mostraram 
que a faixa etária 
de 20 a 44 anos foi 
a que apresentou 
maior impacto na 
qualidade de vida, 
nas dimensões 
desconforto 
psicológico, seguida 
de dor física e 
incapacidade física.
83Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
 Cariologia
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Nome:
Idade:
Responsável:
1. Você teve problemas para falar por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
2. Você sentiu que o sabor dos alimentos tem piorado por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
3. Você já sentiu dores fortes na boca?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
4. Você tem se sentido incomodado ao comer algum alimento por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
5. Você tem fi cado pouco à vontade por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
6. Você se sentiu estressado por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
7. Sua alimentação tem sido prejudicada por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
8. Você teve que parar suas refeições por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
9. Você tem encontrado difi culdade para relaxar por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
10. Você já se sentiu um pouco envergonhado por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
11. Você tem estado um pouco irritado com outras pessoas por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
12. Você tem tido difi culdade de realizar suas atividades diárias por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
13. Você sentiu que a sua vida em geral fi cou pior por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
14. Você tem estado sem poder fazer suas atividades diárias por causa de problemas com dentes, boca ou dentadura?
 ( ) Sempre ( ) Repetidamente ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
ANEXO I
84 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S
ANEXO II
O Projeto deverá ser entregue no CEP em até 30 dias a partir de 10/12/2010. Não ocorrendo a entrega 
nesse prazo esta Folha de Rosto será INVALIDADA.
conforme preconizaram os idealizadores do instrumento12. A 
cada categoria, foi atribuído um valor entre zero e quatro. A 
resposta sempre recebeu o maior número de pontos e nunca o 
menor número de pontos – quatro: sempre; três: repetidamen-
te; dois: às vezes; um: raramente; zero: nunca.
No questionário OHIP-14, uma vez que cada duas pergun-
tas correspondem a uma dimensão, chegou-se à pontuação 
de cada dimensão por meio da soma dos valores OHIP-14 das 
duas perguntas correspondentes.
Neste estudo, por adotar uma escala numérica nominal 
e categórica para expressar os resultados de cada dimensão 
de forma dicotômica, constituíram-se dois grupos: com im-
pacto nas respostas sempre e repetidamente, sem impacto 
às vezes, raramente e nunca.
85Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
 Cariologia
FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro Sr (a).
O Departamento de Odontologia Social e Preventiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro está realizando 
um Estudo para o grau de satisfação dos pacientes com doença falciforme a fi m de trabalhar essa realidade 
de forma integrada com a reabilitação oral e social do indivíduo com doença falciforme. Lembramos que sua 
participação neste estudo é voluntária.
___________________________________________________________
Assinatura do paciente ou responsável
____________________________________________________________
Orientadora: Sonia Groisman
___________________________________________________________
Assinatura da pesquisadora Caroline Lourenço Correia
___________________________________________________________
Assinatura da pesquisadora Bianca Harari
ANEXO III
RESULTADOS
A amostra foi composta de 23 pacientes portadores 
de DF, com faixa etária variando de oito a 44 anos, com 
média de 26 anos. A Tabela 1 apresenta porcentagens 
da variável impacto nas sete dimensões do OHIP-14. Na 
dimensão limitação funcional, 17,4% (4) apresentaram-se 
com impacto e 82,6% (19) sem impacto na qualidade de 
vida (Gráfi co 1); já na dimensão dor física, 30,4% (7) mos-
traram impacto na qualidade de vida e 69,6% (16) não 
apresentaram impacto (Gráfi co 2); o mesmo ocorreu na 
dimensão desconforto psicológico (Gráfi co 3). Já nas di-
mensões incapacidade física, psicológica e social, as por-
centagens foram idênticas, com 13% (3) com impacto e 
87% (20) sem impacto na qualidade de vida (Gráfi cos 4 a 
6). Porém, quando a dimensão referida foi a defi ciência, 
21,7% (5) obtiveram impacto e 78,3% (18) não apresenta-
ram impacto na qualidade de vida (Gráfi co 7).
86 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S
TABELA 1 - PREVALÊNCIA DE IMPACTO DE PACIENTES COM 
DOENÇA FALCIFORME POR DIMENSÃO
Dimensão N = 23
Limitação funcional
Com impacto 17,4% (4)
Sem impacto 82,6% (19)
Dor física
Com impacto 30,4% (7)
Sem impacto 69,6% (16)
Desconforto psicológico
Com impacto 30,4% (7)
Sem impacto 69,6% (16)
Incapacidade física
Com impacto 13,0% (3)
Sem impacto 87,0% (20)
Incapacidade psicológica
Com impacto 13,0% (3)
Sem impacto 87,0% (20)
Incapacidade social
Com impacto 13,0% (3)
Sem impacto 87,0% (20)
Defi ciência
Com impacto 21,7% (5)
Sem impacto 78,3% (18)
GRÁFICO 1 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA 
DIMENSÃO LIMITAÇÃO FUNCIONAL
GRÁFICO 2 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA 
DIMENSÃO DOR FÍSICA
GRÁFICO 3 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA 
DIMENSÃO DESCONFORTO PSICOLÓGICO
GRÁFICO 4 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA 
DIMENSÃO INCAPACIDADE FÍSICA
87Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
 Cariologia
DISCUSSÃO
Nesta investigação procurou-se entender como os pacien-
tes com a doença falciforme identifi cavam a sua qualidade de 
vida. Por meio da percepção subjetiva dos participantes do 
estudo, foi possível identifi car quais dimensões foram as quemais afetavam a autopercepção em relação à saúde bucal. 
Não existem trabalhos na literatura nacional ou interna-
cional abordando o impacto da autopercepção da saúde bu-
cal na qualidade de vida em pacientes portadores de doença 
falciforme. As dimensões dor física e desconforto psicológi-
co, ambas com a mesma frequência de respostas, foram as 
dimensões que tiveram mais impacto na qualidade de vida 
– com 30,4% das respostas –, seguido de defi ciência 21,7%, 
limitação funcional 17,4% e incapacidade física, psicológica 
e social, todas com 13,0% das respostas com impacto na 
qualidade de vida. Esses resultados se assemelham com ou-
tros autores15-17 que mostraram que desconforto psicológico 
e dor física obtiveram respostas com impacto na qualidade 
de vida do indivíduo.
Esses resultados, quando comparados com outros es-
tudos15-17, demonstraram que o percentual de impacto nos 
pacientes com doença falciforme apresentou-se signifi cati-
vamente maior, em todas as dimensões relacionadas. Esse 
fato pode estar relacionado com a gravidade da doença fal-
ciforme, levando o indivíduo a negligenciar ou ter um menor 
autocuidado com sua saúde bucal. 
Diante da impossibilidade de cura das doenças crônicas, 
a avaliação da qualidade de vida passou a ser um importante 
marcador que determina o impacto da saúde na vida dos 
pacientes. Direcionar estratégias para implementação de 
programas de saúde que privilegiem ações específi cas, de 
cuidado integral, incluindo o autocuidado com a saúde bucal, 
são muito importantes já que em indivíduos portadores de 
doença falciforme uma lesão cariosa ou doença periodontal 
podem acarretar crises falcêmicas, levando a internações 
hospitalares e até a morte. A doença crônica afeta direta-
mente a vida pessoal e familiar do paciente, apresentando 
característica multidimensional, aspecto que deve ser consi-
derado ao se mensurar a qualidade de vida9.
Na perspectiva atual de promoção da saúde, que vai 
além de ações que meramente evitam a doença e prolon-
gam a vida, a atenção voltada para verdadeiras ações que 
assegurem os meios e as situações que ampliem a qua-
lidade de vida experimentada torna-se fundamental, trans-
formando os sujeitos protagonistas das suas ações e de-
senvolvendo a sua capacidade de autonomia e o padrão 
de bem-estar18. Com isso, educação para saúde bucal e 
GRÁFICO 7 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA 
DIMENSÃO DEFICIÊNCIA
GRÁFICO 5 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA 
DIMENSÃO INCAPACIDADE PSICOLÓGICA
GRÁFICO 6 - RELAÇÃO DE IMPACTO E NÃO IMPACTO NA 
DIMENSÃO INCAPACIDADE SOCIAL
88 Revista PerioNews 2011;5(1):79-88
Correia CL • Harari B • Corvino MPF • Groisman S
REFERÊNCIAS
1. Berger P, Luckmann T. The Social Construction of Reality. Penguin Books, 
Harmondsworth; 1967.
2. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de 
diagnóstico e tratamento de doenças falciformes; 2001.
3. Andrews CH, England MC, Kemp WB. Sickle cell anemia: an etiological factor in 
pulpar necrosis. J Endod 1983;9:249-53.
4. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de saúde 
bucal na doença falciforme; 2005.
5. Rosa LJ, Magalhães MHCG. Aspectos gerais e bucais da anemia falciforme e suas 
implicações no atendimento odontológico. Revista da APCD 2002;56(5):377-81.
6. Murray JJ, Beal JF. Social factors and preventive dentistry. In: Murray JJ. The 
prevention of dental disease. Oxford: Oxford University Press; 1990.
7. Walker A, Cooper I. Adult dental health survey – oral health in the United Kingdom 
1998. London: The Stationery Offi ce; 2000.
8. Thomas VJ, Taylor LM. The psychosocial experience of people with sickle cell 
disease and impacto n quality of life: Qualitative fi ndings from focus groups. Br J 
Health Psychol 2002;7(part 3):345-63.
9. The WHOQOL Group. The World Health Oraganization Quality of Life assessment 
(WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Social Science 
Medicine 1995:41(10):1403-9.
10. Thomas VJ, Dixon AL, Milligan P. Cognitive-behaviour therapy for the management 
of sickle cess disease pain: An evaluation of a community-based intervention.Br J 
Health Psychol 1999;4:209-29.
11. Nadanovsk P. Promoção de saúde e a prevenção das doenças bucais. In: Pinto VG. 
Saúde bucal coletiva. 4. ed. São Paulo: Santos; 2000.p.293.
12. Slade GD, Spencer AJ. Development and evaluation of the oral health impact 
profi le. Community Dent Oral Epidemiol 2007;35(Suppl. 1):20-31.
13. Slade GD. Derivation and validation of a short-form oral health impact profi le. 
Community Dent Oral Epidemiol 1997;25(4):284-90.
14. Almeida AM, Loureiro CA, Araujo VE. Um estudo trasncultural de valores de saúde 
bucal utilizando o instrumento OHIP-14 (Oral Health Impact Profi le) na forma simplifi ca 
parte I: Adaptação cultural e lingüística. UFES Ver. Odontol 2004;6(1):6-15.
15. Bombara-Nunes FF, Miotto MHMB, Barcellos LA. Autopercepção de Saúde Bucal 
do Agente Comunitário de Saúde de Vitória, ES, Brasil. Pesq Bras Odontoped Clin 
Integ 2008;8(1):7-1.
16. Silva ME, Villaça EL, Magalhães CS, Ferreira EF. Impacto da perda dentária na 
qualidade de vida. Ciênc. Saúde Coletiva 2010;15(3):841-50.
17. Correia CL, Groisman S, Corvino MPF. Oral Health Profi le in Cidade de Deus, Rio de 
Janeiro, Brazil. Community Dent Oral Epidemiol. In press.
18. Buss PM. Promoção de saúde e qualidade de vida. Ciências e saúde coletiva 
2000;5(1):163-77.
motivação são fundamentais para a inserção social dos pa-
cientes com doença falciforme.
CONCLUSÃO
Nos 23 pacientes portadores de doença falciforme, 
com média de idade de 26 anos, a dimensão que apresentou 
maior impacto na qualidade de vida foi o desconforto psico-
lógico e a dor física com o mesmo percentual de respostas.
Nos últimos anos, a proposição de políticas públicas bra-
sileiras, que dentre outros fatores contemplam a melhoria da 
qualidade de vida da população, tem se tornado uma realida-
de no setor saúde, apesar de haver ainda um longo caminho 
a ser percorrido diante das iniquidades existentes no país.
No tocante à doença falciforme, é preciso avançar na 
proposição de políticas públicas específi cas que contemplem 
a efetivação de ações verdadeiras e concretas para a melho-
ria da condição de saúde com vista à promoção da equidade.
Endereço de correspondência:
Sonia Groisman
Rua Viúva Lacerda 246/102 – Humaitá
22261-050 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2535-0455
sonia@dentistas.com.br
89Revista PerioNews 2011;5(1):89
 Responsabilidade civil
Orientação jurídica à comunidade odontológica
Parceria entre PerioNews e ImplantNews e escritório de advocacia benefi ciará assinantes das revistas.
A PerioNews e a ImplantNews colocam, a partir deste 
ano, mais um serviço à disposição de seus assinantes. Para 
dar orientação aos cirurgiões-dentistas em responsabilidade 
civil junto aos pacientes, as publicações fi rmaram parceria 
com um escritório de advocacia que prestará orientações 
aos especialistas assinantes das revistas. 
O serviço, cuja proposta é alertar e esclarecer dúvidas 
para que os especialistas possam conhecer seus limites na 
prática, será oferecido pela doutora Regina Célia Dalle No-
gare, que há mais de 19 anos atua em orientação, asses-
soramento e defesa dos cirurgiões-dentistas nos diversos 
problemas que estes enfrentam na atividade profi ssional, 
especialmente no que se refere à responsabilidade civil pelos 
tratamentos realizados.
Formada há mais de 20 
anos em Direito, Regina foi con-
tratada da Associação Paulista 
de Cirurgiões-Dentistas, onde 
atuou por mais de 17 anos, 
tempo sufi ciente para adquirir 
vasta experiência em um campo 
extremamente especializado, 
buscando sempre a melhor forma de orientar e defender os 
cirurgiões-dentistas em seu relacionamento com os pacientes.
Confi ra abaixo a entrevista que a doutora Regina conce-
deu à PerioNews:
PerioNews - Primeiramente, a senhora poderia defi nir em 
que consiste a Responsabilidade Civil Profi ssional?
Regina Célia Dalle Nogare - Noâmbito jurídico signifi ca a 
obrigação decorrente da lei em que uma pessoa deve repa-
rar um dano ou ressarcir um prejuízo causado à outra.
PN - Qual a abordagem mais frequente que lhe apresentam 
envolvendo a relação profi ssional/paciente?
Regina - Quando iniciamos nosso atendimento aos cirurgiões-
dentistas, as consultas eram sobre os mais variados assuntos, 
desde a contratação de pessoal ao recolhimento de tributos, 
passando pela constituição de sociedades, montagem de con-
sultório etc. Com o decorrer do tempo e o advento do Código 
de Defesa do Consumidor, este perfi l começou a se modifi car, 
sendo que a maioria das consultas e orientações passaram 
a envolver especifi camente a área de Responsabilidade Civil, 
abrangendo ainda a atuação profi ssional propriamente dita, 
elaboração de prontuário, denúncias no Conselho de Classe 
(ética), reclamações perante os órgãos de Defesa do Consu-
midor, restituição e conciliação de honorários, interrupções de 
tratamento, publicidade etc., embora os demais temas tam-
bém constituam objeto de dúvidas a nós apresentados. 
PN - No que consistirá a parceria para prestação de serviços 
de orientação jurídica entre as revistas PerioNews e Implant-
News e o seu escritório de advocacia? 
Regina - Consistirá, evidentemente, na orientação ao cirur-
gião-dentista, englobando todas as questões que envolvem a 
relação profi ssional/paciente, com foco principal na responsa-
bilidade do profi ssional no tratamento de seus pacientes, com 
orientação preventiva no sentido de alertar os profi ssionais 
para eventuais problemas que possam ocorrer, como também 
diante de casos concretos que já estejam enfrentando.
PN - Quais as especialidades mais suscetíveis às reclama-
ções dos pacientes? Como se colocam a Periodontia e a Im-
plantodontia nesse quadro? 
Regina - Atualmente, vêm crescendo as discussões judiciais 
e extrajudiciais sobre os tratamentos que envolvem reabili-
tações por meio de prótese sobreimplantes. Com relação 
à Periodontia, as reclamações são menos frequentes, mas 
mesmo assim, existem e não devem ser desconsideradas. 
PN - Quais os casos mais comuns de responsabilidade civil 
profi ssional na área odontológica?
Regina - Como já foi referido, atualmente, acredito que os 
casos mais comuns envolvem a reabilitação oral por meio 
de prótese ou prótese sobreimplante, cujas reclamações vão 
desde a inadequação do tratamento e o comprometimento 
da osseointegração, deslocamento para o seio maxilar, fra-
turas, infecções etc.
PN - A senhora gostaria de acrescentar alguma considera-
ção ao que já foi apresentado?
Regina - Considerando o número crescente de ações envol-
vendo os profi ssionais da área de saúde, especifi camente a 
odontológica, a grande preocupação refere-se à necessidade 
de uma orientação preventiva para os profi ssionais, enfati-
zando a importância da construção de uma documentação 
consistente que permita comprovar o que foi realizado no 
tratamento.
Dúvidas e orientações enviar e-mail à dra. Regina Célia Dalle Nogare (dallenogare@terra.com.br).
91
Tributo à tradicional família Todescan
Quatro gerações contribuindo com a história da Odontologia brasileira.
Todescan, a tradicional família de cirurgiões-dentistas brasileiros per-
deu, recentemente, dois dos mais destacados profi ssionais da Odontologia 
brasileira: Reynaldo Todescan e Luiz Antonio Todescan, ambos naturais de 
Descalvado, interior de São Paulo.
A trajetória da família na Odontologia foi iniciada em 1912, com Antonio 
Todescan. A segunda geração de cirurgiões-dentistas foi formada por Alfeu 
Todescan, que se tornou um importante histologista, e seu irmão Reynaldo 
Todescan, um destacado protesista, que faleceu em novembro passado, 
deixando viúva Mara Todescan, quatro fi lhos, três dos quais são cirurgiões-
dentistas, e nove netos.
Reynaldo Todescan foi presidente da Associação Paulista de Ci-
rurgiões Dentistas (APCD) em duas ocasiões, criador do Congresso Internacional de Odontologia 
de São Paulo (Ciosp), professor titular de Prótese Removível das Faculdades de Odontologia da 
Universidade de São Paulo (Fousp) e autor de livros e diversos artigos sobre prótese removível.
Além disso, Reynaldo foi um dos fundadores do Conselho Regional de Odontologia de São Pau-
lo (Crosp), sendo registrado na entidade com o número 6, e ajudou a escrever o primeiro estatuto 
da instituição.
Luiz Antonio Todescan
Em 1955, o sobrinho de Alfeu e Reynaldo, José Hildebrando, deu iní-
cio à terceira geração de cirurgiões-dentistas da família. Seu irmão, Luiz 
Antonio Todescan, que faleceu no início deste ano, formou-se também em 
Odontologia. Foi casado com Sonia, com quem teve dois fi lhos, um deles 
cirurgião-dentista, a quarta geração.
Luiz Todescan era especialista na área de Odontopediatria, sendo que 
sua bandeira da promoção de saúde bucal fez a grande diferença na histó-
ria da doença cárie em nosso país. Foi presidente da Associação Brasileira 
de Odontopediatria por duas gestões, ministrou diversos cursos e confe-
rências em todo o Brasil e no exterior e autor do capítulo Promoção de 
Saúde da Criança do livro de Atualização em Odontologia, de 1996.
Além da Odontologia, Luiz Antonio gostava de música, de cozinhar, 
tanto que participou do livro Cozinhando com os Notáveis, e adorava pes-
car, tendo pescado, uma vez, um marlin de 239 quilos!
Junto com Reynaldo e José Hildebrando, Luiz Antonio participou do movimento de atualização 
e valorização da Odontologia brasileira. Enquanto São Paulo desenhava seu mundo urbano, reve-
lados nas estruturas de ferro, viadutos, pontes, trilhos de trem, edifícios e bomba de gasolina, a 
Odontologia redesenhava suas bocas destruídas com estruturas de ferro, pontes, próteses fi xas, 
coroas de aço etc.
O espírito inovador e criativo e o exercício da profi ssão norteado pela ética e pela moral fi ze-
ram de Reynaldo e Luiz Antonio Todescan referência em excelência de saúde bucal no Brasil. A eles 
nossas homenagens. À família nossos sentimentos.
 Homenagem
Revista PerioNews 2011;5(1):91
93
Em dezembro último, a Univer-
sidade de Groningem anunciou as 
recentes descobertas de dois de 
seus pesquisadores – os professores 
Bauke Dijkstra e Lubbert Dijkhulzen 
– em seu estudo publicado na Pro-
ceedings of the National Academy of 
Sciences (PNAS) acerca da formação 
da placa dental.
Saiba mais sobre o assunto conferindo o comentário do 
professor Jaime Cury:
“A sacarose é considerada o mais cariogênico dos açú-
cares da dieta, porque além de ser fermentada em ácidos 
pelas bactérias da placa (biofi lme) dental, ela é o único car-
boidrato utilizado pelo homem que é substrato das enzimas 
chamadas de glicosiltransferases (GTFs). Para uma leitura de 
revisão sugiro nossa publicação no JDR (Paes Leme et al.).
As GTFs transformam a sacarose em polissacarídeos 
extracelulares (PEC), componentes da matriz do biofi lme 
dental. Entre esses PEC se destacam os glucanos insolúveis 
(Peci), os quais funcionam como uma cola biológica ajudando 
as bactérias aderirem a superfície dental e entre si, assim 
Revista PerioNews 2011;5(1):93
 Acontece
Pesquisadores holandeses revelam 
estrutura de enzima da placa dental
O professor Jaime Cury, titular de Bioquímica da FOP-Unicamp, comenta artigo 
de pesquisadores para os leitores da PerioNews.
Pela primeira vez, a American Academy of Periodontolo-
gy (AAP) concedeu o prêmio “Clinical Impact Award” (Prêmio 
de Impacto Clínico) a um professor brasileiro, pelo estudo 
em que trouxe uma nova abordagem na avaliação de infl uên-
cia genética nas doenças periodontais. Trata-se de Gustavo 
Pompermanier Garlet, da Faculdade de Odontologia de Bauru 
(FOB), que recebeu o prêmio durante o 96o Encontro Anual da 
Academia Americana de Periodontia (AAP), realizado de 30 
de outubro a 2 de novembro de 2010, no Centro de Conven-
ções do Havaí, em Honolulu, nos Estados Unidos.
O estudo, conduzido por Garlet, foi “Chronic gingivitis 
as the control group for case/control studies of periodontitis 
genetics: a paradigmchange based in case/control defi nition 
como deixam a matriz do biofi lme mais porosa, facilitando a 
difusão do açúcar ingerido para o interior do biofi lme, provo-
cando menor queda de pH e, consequentemente, mais cárie 
dentária.
Entretanto, o mecanismo pelo qual a GTF transforma a 
sacarose em Peci se baseava em duas hipóteses e o traba-
lho recente elucidou como essa enzima quebra a sacarose, 
libera a frutose para o metabolismo bacteriano e ao mesmo 
tempo transfere o resíduo de glicose para um aceptor, for-
mando as colas biológicas de glucanos. 
Essa descoberta abre a possibilidade de produção de 
moléculas inteligentes que ajam no sítio ativo da enzima blo-
queando essa reação. Do mesmo modo que bactérias do 
grupo mutans, às quais são as mais cariogênicas, podem 
ser geneticamente modifi cadas em termos dos aminoácidos 
componentes do sítio ativo da enzima, tornando-se não há-
beis de fazer a síntese de Peci. 
Por outro lado, deve ser ressaltado que isso nunca vai 
acabar com a cárie. Aliás, essa doença é não-erradicável, 
porque ela é provocada por bactérias que estão na boca de 
todos nós, portanto, não estranhas ao organismo humano e 
pela exposição do biofi lme a açúcares da dieta e a sacarose 
é apenas o mais cariogênico deles.”
AAP premia estudo de periodontistas brasileiros
reappraisal and supportede by classic SNP analysis”, que 
também tem como autores Alexandre R. Vieira, Ana Paula 
Camapanelli, Ana Paula F. Trombone, Ariadne Letra, Cristina 
R. Cardoso, Gabriela Gennaro, João S. Silva, Renato Menezes 
e Walter Martins.
O critério escolhido pela APP para determinar o melhor 
trabalho apresentado durante o evento foi apontar o estudo 
“como maior potencial de inovação e avanço para a saúde 
periodontal do paciente”.
A nova abordagem proposta por Garlet e sua equipe per-
mite detectar os fatores de susceptibilidade ou resistência 
dos indivíduos, sobretudo, no que se refere às variações de-
nominadas SNPs (Single-Nucleotide Polymorphism).
94
No Congresso do Centenário da APCD, a Colgate, 
patrocinadora do evento, além de participar com um es-
tande na feira, onde mostrou sua linha de produtos e 
promoveu atividades e distribuiu brindes aos cirurgiões-
dentistas, realizou um Simpósio 
com ciclo de oito palestras. “Pe-
riodontia médica: a inter-relação 
da saúde bucal com cardiopatias 
e diabetes”, tema de uma delas, 
foi apresentada pelos professores 
Eduardo Saba-Chujfi , coordenador 
dos cursos de Especialização e de 
Mestrado 
em Perio-
dontia da São Leopoldo Mandic, e 
Arthur Belém Novaes, especialista 
em Periodontia e Máster of Scien-
ce em Dentistry pela Universidade 
de Boston. 
Em suas apresentações, 
Saba e Novaes mostraram a importância do trabalho mul-
tidisciplinar entre a Odontologia e a Medicina. “Ao realizar 
um tratamento periodontal para inibir a infecção, o cirur-
gião-dentista minimiza problemas em órgãos sistêmicos 
do paciente, como cardiopatias e agravamento do qua-
dro clínico dos diabéticos”, informa Saba, que na palestra 
concentrou-se na questão cardíaca.
Segundo o professor, a doença periodontal agride 
as placas de ateroma, podendo levar a uma ruptura des-
sa capa de forma mais rápida. “No tratamento periodon-
tal é possível inibir a formação dessas citocinas, do fator 
alfa de necrose tumoral, no caso interleucinas, que vão 
atuar na ruptura dessa capa fi brosa”, afi rma.
A apresentação de Novaes buscou focar na importân-
cia do tratamento periodontal como auxiliar no controle do 
diabetes. “Estudos realizados fora do país e do grupo da 
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, na disciplina 
de Periodontia, têm contribuído para chegar à conclusão 
de que, de fato, a doença periodontal tem infl uência no 
diabetes e, se a tratarmos adequadamente, melhoramos 
a saúde desses pacientes”, informa Novaes. “Dessa for-
Revista PerioNews 2011;5(1):94-5
Simpósio Colgate promove 
a Periodontia clínica no Congressão
Palestras discutiram fl uoretação, higiene bucal, hipersensibilidade dentinária, 
doença cárie, marketing e Periodontia médica.
ma, esperamos que num futuro próximo, os médicos cola-
borem nesse trabalho, encaminhando seus pacientes para 
uma avaliação periodontal e, se for o caso, auxiliando-os 
no tratamento”, completa.
Técnicas disponíveis para 
tratamento periodontal
Outro tema de bastante des-
taque no Simpósio da Colgate foi 
“Os recursos atuais para o contro-
le do biofi lme e a relação com a 
longevidade dos tratamentos”, 
ministrado por Euloir Passanezzi, 
professor responsável pela área 
departamental de Periodontia do 
Departamento de Prótese da Fa-
culdade de Odontologia de Bauru, 
e Antonio Wilson Sallum, professor 
titular em Periodontia da FOP – Uni-
camp e editor científi co da Perio-
News.
Bastante abrangente, Passa-
nezzi apresentou as inovações que 
foram introduzidas, como forma 
de recurso mecânico e quimioterápico. “O objetivo foi 
mostrar todos os instrumentos que existem atualmente 
visando chegar a um estado geral de higienização mais 
adequado para a preservação da saúde das pessoas”, 
explica.
Em sua abordagem, Sallum destacou a importância 
de se conhecer bem o paciente, em meio a tantas inova-
ções e ferramentas disponíveis. “Estamos vivendo numa 
era de tecnologia altíssima, com uma grande quantidade 
de fármacos para controlar a parte do biofi lme da boca, 
da placa bacteriana, contudo, o mais importante é co-
nhecer os pacientes e seus perfi s sistêmicos para saber 
qual deles é mais suscetível ao risco de desenvolver cá-
rie e doenças periodontais ou que tem mais difi culdade 
no controle da manutenção da escovação, dentre outros 
itens”, ressalta.
95Revista PerioNews 2011;5(1):94-5
 Mercado
Circuito interativo foi o destaque da 
Johnson & Johnson no Congressão
As marcas Listerine e Reach, da Johnson & Johnson, 
participaram do Congresso do Centenário da APCD com um 
circuito interativo em seu estande, cujo destaque foi o mi-
nilaboratório. Ali, os visitantes puderam conhecer os testes 
realizados na fábrica de São José dos Campos (SP), como o 
de fadiga da escova dental, o de fi o dental e o misturador de 
enxaguatório bucal.
O circuito começava mostrando, por meio de um diver-
tido game, as técnicas de higiene bucal. Em seguida, os visi-
tantes foram convidados a passar para outro espaço, onde 
fi zeram uma viagem no tempo, conhecendo o desenvolvimen-
to da linha de higiene bucal.
“Os produtos – escova, fi o e enxaguante – têm ações di-
ferentes na higiene bucal, cada um complementando o outro. 
E foi exatamente isso que mostramos na primeira estação, 
passando depois para a linha do tempo. Mas, a grande no-
vidade foi o minilaboratório, ao fi nal do percurso, que pro-
porcionou maior integração e interação entre os visitantes 
de uma forma lúdica”, explica José 
Eduardo Pelino, gerente de Relacio-
namento Científi co e Profi ssional 
da Johnson & Johnson.
No circuito foi possí-
vel, também, conhecer 
os ingredientes ativos 
presentes no Liste-
rine e a matéria-
prima da qual é 
feita a escova e o 
fi o dental. “Ao com-
pletar as três etapas, o participante saiu entendendo melhor 
porque escova, fi o e enxaguatório são importantes para a 
manutenção da higiene bucal”, ressaltou Rodrigo Ribeiro, ge-
rente de Marketing Profi ssional.
Para mais informações visite o site 
www.jnjbrasil.com.br.
 explica José 
e de Relacio-
ofi ssional 
ossí-
er 
Oral-B trouxe para 
o Congressão linha 
de higiene bucal
Com o estande lotado pelos cirurgi-
ões-dentistas, professores, acadêmicos 
e visitantes, durante os quatro dias do 
Congresso do Centenário da APCD, a 
Oral-B apresentou sua linha completa de 
higiene bucal. Entre os destaques, o fi o 
dental Oral-B Pro-Saúde. “Trata-se de um 
monofi lamento de politetrafl uoretileno 
PTFE, que desliza mais macio entre os 
dentes do que os fi os dentais de nylon”, explica Carlos Kemel, 
gerente de Relações Profi ssionais da Oral-B.
A outra novidade foi o creme dental Oral-B Pro-Saude Whi-
tening, que possui uma mistura de ingredientes branqueadoresque removem as manchas da superfície dos dentes, realçando 
a brancura natural do sorriso e oferecendo proteção. E, comple-
tando a linha de lançamentos, o novo antisséptico bucal Oral-B 
Pro-Saúde sem corante e sem álcool, que proporciona proteção 
por 12 horas contra a placa e a gengivite.
Mais informações acesse www.oral-b.com.br.
Durante os quatro dias do Congresso do Cente-
nário da APCD, o estande da Bitufo esteve repleto de 
visitantes. Eles foram conferir de perto a linha de produ-
tos da empresa, com destaque para o gel e enxaguante 
bucal Maxi Control, lançados no evento.
“Integrantes da linha Clo-
rexidina, um ativo que tem a 
função antimicrobiana, os 
novos produtos não contém 
álcool em sua formulação e 
são efi cazes na prevenção 
da cárie, gengivite, periodon-
tite e mau hálito”, informa 
Gabriela Risso, da área de 
divulgação da Bitufo.
Com refrescante sabor de menta, o Gel Dental Maxi 
Control Bitufo possui Gluconato de Clorexidina a 0,12%, 
que permanece nas superfícies dos tecidos bucais, in-
clusive nos dentes, por até oito horas.
Outras informações no site www.bitufo.com.br.
Lançamento da Bitufo 
no Congresso
96
Artigo 1: Berchier CE, Slot DE, Van Der Weijden GA. 
The effi cacy of 0.12% chlorhexidine mouthrinse com-
pared with 0,2% on plaque accumulation and periodon-
tal parameters: a systematic review. J Clin Periodontol 
2010;37:829-39.
Por que é interessante: o digluconato de clorexidina tem 
seu uso consolidado como agente de controle químico de 
placa e como agente anti-infl amatório. Existem diversas in-
dicações de uso dessa substância: após cirurgia periodontal 
e peri-implantar, para pacientes com limitação motora e pa-
cientes com idade avançada. O uso da clorexidina por médio 
e longo prazo pode provocar alguns efeitos colaterais, sendo 
a alteração de paladar o mais frequente. Tendo em vista a 
necessidade de minimizar os efeitos colaterais dessa subs-
tância, tem sido propostas concentrações menores, como 
a concentração de 0,12%. Este artigo consiste em uma re-
visão sistemática, que tem como princípio reunir, de forma 
organizada, resultados de pesquisas clínicas e auxiliar na 
explicação de diferenças encontradas entre estudos primá-
rios que investigam a mesma questão. Esse tipo de estudo 
facilita a elaboração de diretrizes clínicas, sendo extrema-
mente útil para tomadas de decisão na área de saúde. Desta 
forma, esta revisão teve como objetivo comparar a efi cácia 
das concentrações de 0,12% e 0,2% no controle de placa e 
na melhora nos parâmetros clínicos periodontais (gengivite e 
periodontite). 
Desenho experimental: foram realizadas buscas manuais 
e eletrônicas até fevereiro de 2010. Para inclusão no estudo, 
os artigos deveriam ser ensaios clínicos controlados, con-
duzidos em humanos com idade maior ou igual a 18 anos e 
com boa saúde sistêmica. Deveriam ainda comparar a clo-
rexidina a 0,12% com a concentração de 0,2%. Foram con-
siderados os seguintes parâmetros: índice de placa, índice 
gengival, níveis de gengivite, profundidade de sondagem e 
nível de inserção clínica. 
Os achados: considerando-se os critérios de inclusão, foram 
selecionados oito artigos. Desses oito, foi possível submeter 
sete à meta-análise. Comparando-se as concentrações de 
0,12% e 0,2% de clorexidina, as informações relativas à infl a-
mação gengival foram esparsas e não foi encontrado nenhum 
estudo que comparasse as duas concentrações e avaliassem 
Leituras essenciais
Sob coordenação do Prof. Dr. Antônio Wilson Sallum, editor científi co da revista, a presente coluna selecionou 
alguns artigos científi cos publicados em periódicos de circulação internacional, fez a leitura crítica 
e traz comentários dos mesmos. Mais uma forma de ampliar nossos conhecimentos. Confi ra. 
a profundidade de sondagem ou o nível de inserção clínica. 
Em relação à inibição da placa, os resultados mostraram uma 
pequena, mas signifi cante diferença em favor da concentra-
ção de 0,2%. No entanto, a relevância clínica dessa diferença 
é provavelmente irrelevante. 
Comentários: a clorexidina é um agente antiplaca com 
efeito consolidado e em uso há mais de 40 anos. Esta re-
visão sistemática confi rma, mais uma vez, a segurança em 
seu uso em uma concentração menor, que leva a menores 
efeitos colaterais e que, ainda assim, mantém seu efeito 
antiplaca.
Unitermos: Chlorhexidine; Concentration; Gingivitis; Mou-
thrinse; Mouthwash; Plaque; Systematic review.
Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio-
dontia – FOP-Unicamp. 
Artigo 2: Shimazaki Y, Egami Y, Matsubara T, Koike G, 
Akifusa S, Jingu S et al. Relationship between obesi-
ty and physical fi tness and periodontitis. J Periodontol 
2010;81(8):1124-31.
Por que é interessante: a periodontite é uma doença infl a-
matória com alta prevalência que tem como fator etiológico 
primário o biofi lme. No entanto, essa doença pode ser modi-
fi cada por diversos fatores, como fatores do hospedeiro, do 
meio ambiente e genéticos. A obesidade tem chamado aten-
ção por ser o fator de risco para várias doenças decorrentes 
do estilo de vida e por ser o centro da síndrome metabólica. 
Além disso, alguns estudos têm mostrado uma relação posi-
tiva entre obesidade e doença periodontal. Embora esses es-
tudos tenham mostrado relação positiva entre as duas doen-
ças, outros estudos não encontraram os mesmos resultados, 
além de considerar grupos de idades e variáveis diferentes. 
Dessa forma, este estudo teve como objetivo esclarecer de 
forma mais clara a relação entre obesidade e doença pe-
riodontal por meio da análise da relação entre o índice de 
obesidade e o nível máximo de consumo de oxigênio (V_O2) 
durante o exercício e a periodontite.
Desenho experimental: foram incluídos no estudo 1.160 
indivíduos (idade entre 20 e 77 anos) que receberam trata-
mento médico e odontológico e que apresentaram os pré-
requisitos para essa análise. As condições periodontais 
Revista PerioNews 2011;5(1):96-8
97Revista PerioNews 2011;5(1):96-8
 Pesquisas em evidência
foram avaliadas utilizando-se o índice das necessidades de 
tratamento periodontal na comunidade (CPI) e indivíduos com 
três ou mais sextantes de CPI, três ou quatro foram defi -
nidas como portadores de periodontite severa. O índice de 
massa muscular e a porcentagem de gordura corporal foram 
usados como indicadores de obesidade e o V_O2 durante o 
exercício foi usado como indicador de aptidão física. Foi exa-
minado o efeito isolado e a interação da obesidade e V_O2 
sobre a periodontite severa. 
Os achados: o estudo demonstrou que indivíduos magros e 
com altos níveis de aptidão física tiveram signifi cante menor 
risco de desenvolver periodontite severa. 
Comentários: embora o estudo tenha como foco um assun-
to importante e atual, existem algumas limitações em seu 
desenho. O CPI é um método de análise que pode subestimar 
a severidade da doença periodontal por examinar a profundi-
dade de sondagem de somente alguns dentes e não analisar 
o nível de inserção clínica. O estudo é epidemiológico e trans-
versal. Portanto, não se pode determinar mecanismos que 
expliquem a relação entre obesidade e aptidão física e perio-
dontite. Sendo assim, estudos de coorte, intervencionais e 
experimentais são necessários para estabelecer associação 
causal entre essas condições.
Unitermos: Epidemiology; Obesity; Periodontal diseases; Pe-
riodontitis; Physical fi tness.
Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio-
dontia – FOP-Unicamp. 
Artigo 3: Takeuchi N, Ekuni D, Yamamoto T, Morita M. 
Relationship between the prognosis of periodontitis and 
occlusal force during the maintenance phase – a co-
hort study. J Periodont Res 2010;45:612-17.
Por que é interessante: a manutenção da saúde após o tra-
tamento periodontal é um grande desafi o para os periodontis-
tas. Existem vários estudos que discutem os fatores de risco 
para a progressão da doença periodontal e que afi rmam que 
durante a fase de manutenção o risco dessa progressão é 
maior. Como fatores de risco durantea fase de manutenção 
podem ser considerados: perda óssea inicial, envolvimento 
de furca, número de bolsas residuais, altas contagens de 
Porphyromonas gingivalis e Treponema denticola, número de 
dentes perdidos, tabagismo e estresse. Além desses fatores, 
o trauma oclusal tem sido sugerido como fator de risco du-
rante a fase de manutenção. Poucos estudos têm analisado 
a relação entre progressão da periodontite e fatores oclusais 
em sujeitos individualmente. Portanto, o objetivo desse estu-
do de coorte foi investigar alguma relação entre habilidade 
de mordida (força oclusal, pressão oclusal, área de contato 
oclusal) e a progressão da periodontite durante a fase de 
manutenção.
Desenho experimental: 194 pacientes foram monitorados 
durante três anos durante a fase de manutenção da terapia 
periodontal. Os sujeitos com progressão da doença (grupo 
progressão) foram defi nidos tendo-se como base a presença 
de dois ou mais dentes com perda de inserção proximal longi-
tudinal de 3 mm, ou mais, ou perda dentária como resultado 
da doença periodontal durante o estudo. Indivíduos com alta 
força oclusal foram identifi cados como homens com força 
maior do que 500 N e mulheres com força oclusal maior do 
que 370 N. A associação entre capacidade de mordida e a 
progressão da doença foi investigada utilizando-se regressão 
logística. 
Os achados: havia 83 sujeitos no grupo progressão e 111 
no grupo não progressão. A regressão logística demonstrou 
que a progressão da doença periodontal estava signifi cante-
mente associada com a presença de um ou mais dentes com 
nível de inserção clínica de sete ou mais milímetros (odds 
ratio: 2.397; 95% intervalo de confi ança: 1.306 – 4.399) (p 
= 0,005) e baixa força oclusal force (odds ratio: 2.352; 95% 
intervalo de confi ança: 1.273 – 4.346) (p = 0,006). Sendo 
assim, a presença de um ou mais dentes com nível de in-
serção clínica maior ou igual a sete e baixas forças oclusais 
podem ser fatores de risco para a progressão da doença 
periodontal durante fase de manutenção. 
Comentários: este estudo investiga a infl uência do trauma 
de oclusão sobre a progressão da periodontite. Muitas ve-
zes, durante o tratamento periodontal e a fase de manuten-
ção, os fatores oclusais são negligenciados e não recebem 
sua devida importância. Uma simples análise das forças oclu-
sais pode melhorar tanto a manutenção dos resultados do 
tratamento periodontal como força mastigatória e qualidade 
de vida dos pacientes. 
Unitermos: Occlusal force; Risk factors; Periodontal pro-
gression; Maintenance phase.
Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio-
dontia – FOP-Unicamp. 
Artigo 4: Yek EC, Cintan S, Topcuoglu N, Kulekci G, 
Issever H, Kantarci A. Effi cacy of Amoxicillin and 
Metronidazole Combination for the Management of 
Generalized Aggressive Periodontitis. Periodontol 
2010;81:964-74.
Por que é interessante: a periodontite agressiva é uma 
doença de rápida progressão, que se inicia precocemente 
e leva à grande número de perda dental. O seu tratamento e 
manutenção dos resultados é um grande desafi o para os clí-
98 Revista PerioNews 2011;5(1):96-8
nicos. Assim como para as doenças crônicas, a abordagem 
terapêutica primária para a P. agressiva é o tratamento não 
cirúrgico. No entanto, muitas vezes os resultados não são du-
radouros como desejado devido à recolonização bacteriana. 
Dessa forma, sugere-se o uso de antibióticos como adjuntos 
para a terapia na tentativa de prolongar ou estabilizar os re-
sultados. Poucos estudos analisam a recolonização bacteria-
na e os resultados em relação ao efeito da combinação de 
dois antibióticos não são muito claros. Assim, este trabalho 
teve como objetivo analisar os efeitos da combinação da 
amoxicilina e do metronidazol como adjuntos da raspagem e 
alisamento radiculares sobre os parâmetros clínicos e micro-
biológicos em pacientes com periodontite agressiva genera-
lizada e ainda analisar em longo prazo os resultados obtidos 
e a recolonização bacteriana. 
Desenho experimental: 28 pacientes foram aleatoriamente 
incluídos no estudo. O grupo teste (n = 12) recebeu amoxi-
cilina + metronidazol e raspagem e alisamento radicular. O 
grupo controle (n = 16) recebeu somente raspagem e alisa-
mento radicular. Além da análise clínica, amostras subgengi-
vais de placa foram analisadas para total de bactérias cultivá-
veis e para presença de Porphyromonas gingivalis, Tannerella 
forsythia (T. forsythensis), Treponema denticola, Prevotella 
intermedia, Prevotella nigrescens, Prevotella pallens e Ag-
gregatibacter actinomycetemcomitans (Actinobacillus ac-
tinomycetemcomitans) usando a reação de polimerase em 
cadeia (PCR). 
Os achados: os resultados desse estudo sugerem que a 
combinação de amoxicilina e metronidazol como adjunto de 
raspagem e alisamento radiculares leva a resultados clínicos 
melhores quando comparados com o tratamento mecânico 
isoladamente. Essa abordagem terapêutica farmacológica 
resultou em redução signifi cante de T. forsythia e preveniu 
sua recolonização por seis meses, sugerindo que T. forsythia 
pode determinar a estabilidade a longo prazo dos resultados 
do tratamento periodontal. 
Comentários: este estudo demonstrou que é válido utilizar 
a combinação de antibióticos como adjunto da terapia pe-
riodontal e que a severidade da doença agressiva pode es-
tar ligada não somente ao A.a., mas também a T. forsythia. 
Portanto, deve-se voltar a atenção a outras bactérias que 
não somente o A.a. no estudo da etiopatogênese da doença 
agressiva. 
Unitermos: Aggressive periodontitis; Amoxicillin; Metronida-
zole; Tannerella forsythia.
Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio-
dontia – FOP-Unicamp. 
Artigo 5: Zabor EC, Klebanoff M, Yu K, Zhang J, Nansel 
T, Andrews W et al. Association between periodontal di-
sease, bacterial vaginosis, and sexual risk behaviours. 
J Clin Periodontol 2010;37:888-93.
Por que é interessante: a doença periodontal é um gru-
po de doenças orais infl amatórias e diversos estudos têm 
sugerido que a periodontite poderia estar associada à ocor-
rência de parto prematuro, bebê de baixo peso ao nascer e 
pré-eclâmpsia. A vaginose bacteriana é uma condição de alta 
prevalência e com etiologia desconhecida. A vaginose afeta 
aproximadamente 30% das mulheres entre 14 e 49 anos. 
Essa condição é caracterizada por uma diminuição das espé-
cies de lactobacillus normalmente predominantes e por um 
correspondente aumento na diversidade de microrganismos 
anaeróbios. Tanto a periodontite como a vaginose têm sido 
relacionadas ao aumento de partos prematuros e de bebês 
de baixo peso ao nascer. Este estudo teve como objetivo 
analisar a relação entre periodontite e vaginose.
Desenho experimental: foram analisados dados de 3.569 
mulheres incluídas nesse estudo. A doença periodontal foi 
defi nida como a presença de três ou mais sítios com perda 
de inserção maior ou igual a 4 mm. A vaginose bacteriana foi 
diagnosticada como nível maior ou igual a sete de coloração 
gram Nugent. 
Os achados: 28% das mulheres com vaginose bacteriana 
apresentaram doença periodontal, correspondendo um ris-
co 1,29 (95% CI: 1,12, 1,47) vezes maior de presença de 
doença periodontal entre mulheres com vaginose. Sexo oral 
com parceiros não circuncidados foi associado com um risco 
1,28 (95% CI: 0,97, 1,69) vezes maior de desenvolvimento 
de doença periodontal, quando comparadas com sexo oral 
com parceiros circuncidados. No entanto, essa associação 
não foi estatisticamente signifi cativa. 
Comentários: a associação entre periodontite e vaginose foi 
pequena, no entanto, signifi cante. Essa associação precisa 
ser investigada para que se possa entender os mecanismos 
que as duas condições compartilham. Pode ser que exista 
uma relação positiva entre periodontite, práticas sexuais e 
condição de circuncisão do parceiro e essa relação deve ser 
investigada. Somente depois de entender essas relações, 
as respostas do organismo poderão ser moduladas ou as 
condições evitadas para que sepossa diminuir o risco de 
ocorrência de parto prematuro. 
Unitermos: Bacterial; Bacterial infections; Epidemiology; Pe-
riodontal diseases; Sexual behaviour; Vaginosis. 
Revisado por: Mônica Grazieli Corrêa. Doutoranda em Perio-
dontia – FOP-Unicamp.
99
Guia de
produtos
de higiene 
bucal
para uso
domiciliar
Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
Guia deGuia de
produtos
dde higiene 
bucal
Prescrição
100
Capa protetora
Bitufo
• Bitufo Protector (resina termoplástica e pigmento).
• Protetor de Cerdas Ben 10 (resina termoplástica e pigmento).
Condor
• Capa Protetora (resina termoplástica e pigmento) – protetor 
de cerdas.
DentalClean
• Protetor de Cerdas DentalClean (resina termoplástica) – 
proporciona mais higiene à escova de dente, diminuindo o 
contato das cerdas com o ambiente externo. Seu formato 
permite boa ventilação, evitando a proliferação de fundos. 
Tamanho universal. Disponível para escovas adultas e infantis.
• Protetor de cerdas com ventosa – além de contar com 
a efi ciência e a proteção do protetor de cerdas, dispõe de 
ventosa, mantendo a escova suspensa e as cerdas secas.
• Porta escova com ventosa (resina termoplástica) – prático 
e moderno. Disponível também na versão Garfi eld. Garante um 
ambiente mais organizado e muito mais bonito.
DentalPrev
• Protetor de cerdas Dentics – protege e auxilia na durabili-
dade das cerdas da escova dental. Compatível coma maioria 
das escovas dentais; protege a principal parte da escova: as 
cerdas; prático e fácil de transportar.
Sanifi ll
• Estojo Sanifi ll para escova dental – desenvolvido para o 
abrigo e transporte de qualquer escova dental Sanifi ll. A aber-
tura pela lateral facilita a limpeza.
• Protetor de Cerdas – conjunto de protetores de cerdas 
composto por três unidades. Proporciona proteção e higiene a 
cabeça da escova dental.
Cera ortodôntica
DentalClean
Proporciona maior conforto ao usuário de aparelho ortodôntico 
e ajuda a diminuir o desconforto causado pelo contato entre 
os bráquetes e a cavidade bucal. Caixinha fácil de carregar 
com cinco barras.
Dentifrício (creme dental e gel)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A
• Flogoral Creme Dental – sabor menta (benzidamina) – anes-
tésico, analgésico e anti-infl amatório.
Active Indústria e Comércio de Produtos de
Higiene Pessoal e Cosméticos Ltda.
• Gel Dental Infantil Active Kid´s sabor morango.
• Gel Dental Infantil Active Kid´s sabor tutti fruti.
• Gel Dental Infantil Active Kid´s sabor uva.
Amway do Brasil
• Glister Multi-Action creme dental com fl úor – 60g e 200g 
– (fl úor, silicato de sódio e sylodent) – efi ciente agente polidor 
que ajuda a branquear e a eliminar manchas de café, chá e 
cigarro. Ajuda a prevenir a formação de cáries e deixa um 
hálito mentolado.
Bitufo
• Gel Dental Bitufo Mentahh (xilitol e triclosan – sorbitol, glyce-
rin, sodium saccharin, peg-8, methylparaben, propylparaben, al-
cohol, cellulose gum, xanthan gum, aqua, hydratedsílica, sodium 
lauryl sulfate, fl avor, ci 42051, sodium fl úoride {1100ppm}).
A PerioNews coloca à disposição do cirurgião-dentista o Guia de Produtos 
de Higiene Bucal para uso Domiciliar. Dividido em categorias de produtos, o guia auxiliará 
o profi ssional a indicar a melhor profi laxia aos pacientes do consultório. Acompanhe.
• Gel Dental Bitufo Cocoricó s/ fl úor frutas tropicais (xilitol 
e triclosan – sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, me-
thylparaben, propylparaben, alcohol, cellulose gum, xanthan 
gum, áqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, fl avor, xylitol, 
titanium dioxide, triclosan, calcium disodium edta, aroma).
• Gel Dental Bitufo Cocoricó s/ fl úor tutti fruti (xilitol e 
triclosan – sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, me-
thylparaben, propylparaben, alcohol, cellulose gum, xanthan 
gum, aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, fl avor, xylitol, 
titanium dioxide, triclosan, calcium disodium edta, aroma).
• Gel Dental Bitufo Cocoricó s/ fl úor morango (xilitol e 
triclosan – sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, me-
thylparaben, propylparaben, alcohol, cellulose gum, xanthan 
gum, aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, fl avor, xylitol, 
titanium dioxide, triclosan, calcium disodium edta, aroma). 
• Gel Dental Bitufo Cocoricó c/ fl úor morango (xilitol e fl úor 
– sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, cellulose gum, 
aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, xylitol, ci 16035, 
sodium fl úoride, aroma).
• Gel dental Bitufo Maxi Control 100 g (clorexidina 0,12% 
– sorbitol, glycerin, sodium saccharin, peg-8, cellulose gum, 
aqua, hydratedsílica, sodium lauryl sulfate, xylitol, ci 16035, 
sodium fl úoride, aroma).
Colgate
• Colgate Total 12 Clean Mint (triclosan e copolímero) – pro-
teção completa por 12 horas.
• Colgate Total 12 Advanced Fresh (idem) – hálito mais fres-
co com 12 horas de proteção.
• Colgate Total 12 Whitening (idem) – ajuda na remoção de 
manchas, proporcionando dentes mais brancos.
• Colgate Total 12 Professional Clean (idem) – prolonga os 
efeitos da limpeza feita no consultório do dentista.
• Novo Colgate Total 12 Professional Sensitive (idem) – a 
nova variante da já consagrada linha Colgate Total 12 (idem) 
– previne contra os principais problemas bucais e alivia a 
sensibilidade dentinária, sendo uma ótima ferramenta para uso 
diário e prevenção do aparecimento da sensibilidade.
• Colgate Sensitive Multi Proteção (idem) – apresenta uma 
fórmula clinicamente comprovada com citrato de potássio que 
proporciona máximo alívio para a hipersensibilidade dentinária. 
Além disso, oferece proteção completa dos dentes e gengivas.
• Colgate Prevident 5.000 (idem) – desenvolvido para ajudar 
no combate à cárie e à desmineralização dos dentes, o creme 
dental é um poderoso aliado na prevenção e no tratamento 
desses problemas bucais, pode ser utilizado pelos pacientes 
em casa, diariamente. Com agradável sabor menta, o creme 
dental Prevident 5000 tem em sua fórmula uma quantidade 
superior de fl úor (5000 ppm) em relação aos produtos con-
vencionais, por isso, deve ser utilizado uma vez por dia. 
Condor
• Creme Dental 100% Branco (ingrediente ativo: sodium 
monofl úorophosphate. Ingredientes: glycerin, sorbitol, calcium 
carbonate, sodium silicate, aqua, sodium saccharin, methylpa-
raben, carboxymethyl celulose, sodium lauril sulfate, aroma, 
alcohol. Contém: monofl úorfosfato de sódio – 1.450 ppm de 
fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos).
• Creme Dental Condor Menta Ice (ingrediente ativo: sodium 
monofl úorophosphate. Ingredientes: glycerin, sorbitol, calcium 
carbonate, sodium silicate, aqua, sodium saccharin, methylpa-
raben, carboxymethyl celulose, sodium lauril sulfate, aroma, 
alcohol. Contém: monofl uorfosfato de sódio – 1.500 ppm de 
fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos).
• Creme Dental Condor Hortelã Fresh (ingrediente ativo: 
sodium monofl úorophosphate. Ingredientes: glycerin, sorbitol, 
calcium carbonate, sodium silicate, aqua, sodium saccharin, 
methylparaben, carboxymethyl celulose, sodium lauril sulfate, 
aroma, alcohol. Contém: monofl uorfosfato de sódio – 1.500 
ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos).
• Creme Dental Condor Eucalipto Power (ingrediente ativo: 
sodium monofl úorophosphate. Ingredientes: glycerin, sorbitol, 
calcium carbonate, sodium silicate, aqua, sodium saccharin, 
methylparaben, carboxymethyl celulose, sodium lauril sulfate, 
aroma, alcohol. Contém: monofl uorfosfato de sódio – 1.500 
ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos).
• Gel Dental Condor Fresh Sensation Menta Azul (ingrediente 
ativo: sodium fl úoride. Ingredientes: peg-8, sorbitol, sodium sac-
charin, sodium benzoate, carboxymethyl celulose, sodium lauryl 
sulfate, sílica, aroma, ci 42090, aqua. Contém: fl uoreto de sódio 
– 1.100 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos).
• Gel Dental Condor Fresh Sensation Menta Vermelha (in-
grediente ativo: sodium fl úoride. Ingredientes: peg-8, sorbitol, 
sodium saccharin, sodium benzoate, carboxymethyl celulose, 
sodium lauryl sulfate, sílica,aroma, ci 14720, ci 14700, aqua. 
Contém: fl uoreto de sódio – 1.100 ppm de fl úor) – Uso diário 
(a partir de seis anos).
• Gel Dental Condor Júnior (ingrediente ativo: sodium fl úo-
ride. ingredientes: peg-8, sorbitol, sodium saccharin, sodium 
benzoate, carboxymethyl celulose, sodium lauryl sulfate, sílica, 
aroma, ci 16185, ci 14700, aqua. Contém: fl uoreto de sódio – 
1.100 ppm de fl úor) – Uso diário (a partir de seis anos).
• Gel Dental Condor Kids (ingrediente ativo: sodium fl úoride. in-
gredientes: peg-8, sorbitol, sodium saccharin, sodium benzoate, 
carboxymethyl celulose, sodium lauryl sulfate, sílica, aroma, ci 
14700, aqua. Contém: fl uoreto de sódio – 500 ppm de fl úor) – 
Uso diário (para crianças de dois a cinco anos).
• Gel Dental Condor Baby (ingredientes: peg-8, sorbitol, 
sodium saccharin, sodium benzoate, carboxymethyl celulose, 
sodium lauryl sulfate, sílica, aroma, ci 16185, ci 14700, aqua. 
Não contém fl úor) – Uso diário (para bebês a partir de seis 
meses).
Close Up
• Extra Whitening – tira manchas deixadas por café, cigarros, 
refrigerantes e alimentos ricos em corantes. É um efi ciente 
agente de limpeza e de polimento no processo de escovação, 
sem causar dano ao esmalte. Seus dentes mais brancos em 
apenas duas semanas.
• Triple (duplo cálcio + fl úor bioativo) – protege os dentes 
por até 12 horas contra o ataque das cáries nas três áreas 
dos dentes: superior, base e entre os dentes. Close Up Triple 
12 horas de proteção contra as cáries.
• Active Gel (active clean septibucal) – refrescância e dentes 
mais brancos após quatro semanas de uso.
• Liquifresh – ação antisséptica. Pode ser utilizado de duas 
formas: como gel dental para escovar os dentes: é só colocar 
o gel diretamente na escova, não necessita molhar; ou como 
refrescante bucal: basta pingar gotas do produto na boca e 
bochechar com água (sem engolir).
• Double Fresh – ação antibacteriana e refrescância de um 
enxaguatório bucal. 
• Whitening Xperience – dentes mais brancos e refrescância.
Daudt
• Odontis-Rx Sensiblock (fosfosilicato de cálcio e sódio + 
monofl úorfosfato de sódio) – creme dental de uso diário 
desenvolvido para controle e prevenção da hipersensibilidade 
dentinária.
• Odontis-Rx Pro 40+ (fosfosilicato de cálcio e sódio + 
monofl úorfosfato de sódio) – creme dental de uso diário de-
senvolvido para uso adulto e sênior para prevenção e controle 
da hipersensibilidade dentinária e prevenção da gengivite.
• Odontis-Rx Ortho (fosfosilicato de cálcio e sódio + monof-
lúorfosfato de sódio) - creme dental de uso diário desenvolvido 
para usuários de aparelhos ortodônticos para prevenção das 
cáries e da gengivite, formando uma proteção natural sobre os 
dentes.
Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
101Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
• Malvatrikids Baby (xilitol) 70 g – gel dental sem fl úor e com 
xilitol indicado para prevenção das cáries de crianças de até 
quatro anos de idade, sem risco de fl uorose.
• Malvatrikids F (fl úor e xilitol) 70 g – gel dental com 500 ppm 
de fl úor indicado para prevenção das cáries e remineralizador do 
esmalte de crianças de quatro a sete anos.
• Noplak Max Gel (clorexidina 0,20% e cetilpiridínio) – gel 
dental para higiene oral indicado como coadjuvante no contro-
le da placa bacteriana e na prevenção da gengivite.
• Malvatricin Gel (tirotricina 0,25 mg/g; quinosol 6,2 mg/g; 
fl uoreto de sódio 2,2mg/g) – indicado para alívio das afecções 
da boca, prevenção das cáries e aftas.
DentalPrev
• Creme Dental Dentics Familiar 90 g – hálito puro e proteção 
para toda a família; ajuda na eliminação dos germes causadores 
da placa bacteriana e do mau hálito; refrescante sabor menta – 
hálito puro. Flúor ativo + Cálcio: máxima proteção anticáries e 
fortalecimento do esmalte dos dentes.
• Creme Dental Dentics Dentes Sensíveis com Branqueador 
90 g – alívio e proteção para dentes sensíveis além de ter 
ação branqueadora; refrescante sabor menta; proporciona a 
limpeza suave dos dentes.
• Creme Dental Dentics Ação Total 90 g – ação branqueado-
ra; ajuda no alívio da sensibilidade dentinária; auxilia na pro-
teção contra o tártaro; refrescante sabor menta; previne contra 
os germes que causam a gengivite; ajuda na eliminação dos 
germes causadores da placa bacteriana e mau hálito. Flúor 
Ativo + cálcio: máxima proteção anticáries e fortalecimento 
do esmalte dos dentes.
• Gel Dental Dentics 2 em 1 100 g – refrescante Bucal + Gel 
Dental. Ajuda na eliminação dos germes causadores da placa 
bacteriana; disponível nos sabores: Red Mint, Blue Mint e Mint. 
Flúor ativo – proteção anticáries.
• Gel Dental Dentics Explosão Refrescante 90 g – sensação 
super refrescante – hálito puro; ajuda na eliminação dos ger-
mes causadores da placa bacteriana; disponível nos sabores: 
Red Mint, Cool Mint e Mint. Flúor ativo – máxima proteção 
anticáries.
Fórmula & Ação
• Angelform (glicerina, sorbitol, carboximetilcelulose, silicato 
de sódio, metilparabeno, aroma não cariogênico tutti fruti, 
corante alimentar, veículo qsp) – na limpeza dos dentes dos 
bebês e crianças em idade onde exista a possibilidade de 
ingestão de gel dental fl uoretado.
• Cleanform Gel 0,12% (digluconato de clorhexidine) – pla-
ca bacteriana, infecções bucais e processos infl amatórios da 
gengiva.
• Eviform Gel Dental (eritrosina) – evidenciação da placa 
bacteriana.
• Whiteform (peróxido de carbamida, nitrato de potássio e íon 
de fl úor) – clareador dental.
Laboratório Boniquet do Brasil
• Ultra Action Menta (fl úor ativo e cálcio) – anticárie.
• Ultra Action Eucalipto Herbal Própolis e Camomila (fl úor ativo 
e cálcio) – contra bactérias e infl amações.
• Ultra Action Multi (triclosan e refrescante sabor de hortelã) 
– ação anticárie, antiplaca e antitártaro.
• Bonisense Original (fl úor e citrato de potássio) – anticárie e 
hipersensibilidade dos dentes.
• Bonisense Fresh (fl úor, triclosan e citrato de potássio) – 
anticárie, placa bacteriana e hipersensibilidade dos dentes.
• Bonisense Complete (fl úor, triclosan, citrato de potássio e 
vitamina E) – anticárie, placa bacteriana, hipersensibilidade 
dos dentes e antitártaro.
• Ultra Action Branqueador Gel (fl úor ativo, fórmula branquea-
dora, sabor mentol) – dentes mais brancos.
• Ultra Action Teen High School Musical gel (fl úor ativo) – 
anticárie.
• Ultra Action Gel para crianças 90 g (fl úor ativo, gel com 
estrelinhas brilhantes, sabor tutti fruti) – anticárie.
• Ultra Action Kids gel 50 g (fl úor ativo e sabores tutti fruti, 
bublle gum, morango mágico e banana mix) – anticárie.
• Gel Dental Bonibay 0 a 3 anos (sem fl úor e corantes, com 
xylitol, óleo de camomila natural e tampa fl ip top) - proteção 
contra as cáries, anti-infl amatório e antisséptico.
Laboratório Gross – Divisão Lacer
• Gengilacer Creme Dental (triclosan/zinco, fl úor e enoxolona) 
– combate a gengivite, mantém a saúde gengival e controla 
o biofi lme.
• Perioxidin Gel Bioadesivo (clorexidina a 0,2%) – doença pe-
riodontal localizada, pós-operatório, implantes, pacientes com 
necessidades especiais, lesões aftosas recorrentes.
• Sensilacer Gel Dental (nitrato de potássio a 5%, fl úor e 
xilitol) – hipersensibilidade dentinária.
Laclede
• First Teeth Baby Toothpaste - Combo Pack (enzimas anti-
bacterianas do leite para proporcionar a mais natural proteção 
para os dentes e gengiva do bebê. Não possui sacarina nem 
corantes. Sem fl uoreto, seguro em caso de ingestão) – Indi-
cada para criança de três meses a dois anos de idade (Infa-
Dent); Indicada para criança acima de três meses (Creme 
Dental).
• FirstTeeth Baby Toothpaste Creme Dental para bebê, tubo com 
40 g – enzimas antibacterianas do leite para proporcionar a 
mais natural proteção para os dentes e gengiva do bebê. Não 
possui sacarina nem corantes. Sem Fluoreto, seguro em caso de 
ingestão – indicada para crianças acima de três meses.
• Biotène Gel Toothpaste, tubo com 125 g (complexo sistema 
de enzimas bioativas: glicose oxidase, lactoperoxidase e lisozi-
ma, que ajudam a proteger os dentes e gengivas. possuixilitol. 
ausência de corante, sacarina e lauril sulfato de sódio {LSS}) – 
cuidar da saúde bucal ajudando a fortalecer o sistema de defesa 
natural da saliva, proporcionando aos pacientes o conforto e 
alívio dos efeitos mais graves da boca seca. Auxilia na redução 
das bactérias associadas à placa e mau hálito.
• Biotène Toothpaste, tubo com 125 g (complexo sistema de 
enzimas bioativas: glicose oxidase, lactoperoxidase e lisozima, 
que ajudam a proteger os dentes e gengivas. possui xilitol. 
apresenta baixa abrasividade, ausência de corante, sacarina 
e lauril sulfato de sódio {LSS}) – cuidar da saúde bucal 
ajudando a fortalecer o sistema de defesa natural da saliva, 
proporcionando aos pacientes o conforto e o alívio dos efeitos 
mais graves da boca seca. Auxilia na redução das bactérias 
associadas à placa e mau hálito.
Oral B
• Creme Dental Dentes Sensíveis (menos abrasivo, contém 
fl úor, sabor menta) – hipersensibilidade dentinária e anticárie.
Pharmakin
• Gingikin B5 Pasta Dentifrícia 90 g (triclosan, citrato de zin-
co, provitamina b5, fl uoreto de sódio e xilitol) – prevenção da 
gengivite, placa bacteriana e cárie.
• Orthokin Pasta Dentifrícia 90 g (digluconato de clorexidina, 
acetato de zinco, fl uoreto de sódio) – manutenção em trata-
mentos de ortodontia; auxilia na prevenção da gengivite e na 
prevenção da cárie dentária.
• Flúorkin Bifl úor 250 menta forte – pasta 90 g (fl uoreto de 
sódio) – prevenção da cárie e da erosão ácida.
• KIN Dentifício Branqueador Progressivo – pasta dentrifícia 95 
g – (bicarbonato de sódio micropulverizado) – branqueador.
• FlúorKIN Infantil pasta 60 g morango (500 ppm de fl úor) 
– cuidados com dentes de leite (crianças de dois a cinco anos 
de idade).
• Orthokin Dentifício líquido 100 ml – tripla ação: protege os 
dentes, as gengivas e os aparelhos.
• Cariax Dentes Sensíveis pasta dentrifícia 90 g (nitrato de 
potásio 5%; fl uoreto de sódio) – endurece o esmalte do dente 
e obstrui as túbulos dentinários.
• Cariax Gengivas Pasta dentifrícia 90 g (clorexidina 0,12% 
e fl uoreto de sódio 0,22%) – combate a formação excessiva 
de placa bacteriana, prevenção das cáries e no controle da 
halitose.
• FlúorKin Júnior Gel 95 g (800 ppm de fl úor) – cárie dentária.
• Fixofl úor gel 30 ml (fl uoreto de sódio e triclosan) – preven-
ção da cárie dentária, dessensibilização dos dentes e redução 
da placa bacteriana.
Sanifi ll
• Creme Dental Branqueador Dupla-ação Sanifi ll – possui in-
gredientes efi cazes e seguros especialmente formulados para 
remover manchas, recuperando assim, o branco natural dos 
dentes, além de proporcionar um brilho perolado.
• Creme Dental Branqueador Sanifi ll – remove as manchas 
superfi ciais, causadas pelo consumo diário de alimentos co-
loridos. O uso regular protege os dentes de novas manchas, 
deixando-os com o branco natural.
• Creme Dental Dessensibilizante Sanifi ll – possui efeito des-
sensibilizante, pois atua diretamente nas terminações nervo-
sas da polpa do dente. Efetivo no alivio dos dentes sensíveis, 
protege as raízes e combate a formação das cáries.
• Creme Dental Antitártaro Sanifi ll – previne a formação do 
tártaro e protege seus dentes contra a formação das cáries. 
Seu efeito prolongado, por até 12 horas, aumenta a efi cácia no 
controle ao tártaro, reduzindo continuamente a sua formação 
entre as escovações.
• Creme Dental Clareador mais Antisséptico Sanifi ll – com-
bate a formação das cáries e a formação do tártaro. Em sua 
fórmula foi adicionado o antisséptico bucal Sanifi ll, que ajuda 
a eliminar as bactérias causadoras da placa bacteriológica. 
Sua ação prolongada, por até 12 horas, aumenta a efi cácia no 
controle da placa bacteriana.
• Gel com Flúor Sanifi ll – age como remineralizador dos den-
tes. O fl úor presente funciona como um preventivo, pois seu 
uso diário auxilia no combate as cáries. Agradável sabor de 
menta.
• Gel Sanikids 100 g Sanifi ll – gel dental sem fl úor e sem 
lauril, indicado para crianças de dois a cinco anos de idade. 
Sabor tutti-frutti.
• Gel Bucal Sanifi ll Bebê Sanifi ll – gel bucal para o bebê, 
indicado para crianças de cinco meses a dois anos. Não pos-
sui lauril nem fl úor. Possui sabor de maçã verde e extrato de 
camomila o que suaviza a limpeza.
• Gel Sanikids Bisnaga 50 g Sanifi ll – indicado para crianças 
a partir dos seis anos, possui baixo teor de fl úor. Protege os 
dentinhos das crianças contra as cáries. Desenvolvido para ser 
utilizado quando os primeiros dentes defi nitivos, principalmen-
te os molares, estiverem nascendo.
Suavetex
• Creme Dental Contente Plus (fl úor e carbonato de cálcio) – 
combate as cáries, a placa bacteriana e o tártaro.
• Creme Dental Contente Power (fl úor e carbonato de cálcio - 
aroma menta) – tripla ação e frescor apurado por mais tempo.
• Creme Dental Contente Nature (fl úor, extrato de açaí, extrato 
de romã e extrato de limão) – anticárie, protege as gengivas 
contra infl amações, ação antisséptica e adistringente e sen-
sação de frescor.
• Creme Dental Contente Branqueador (micropartículas de 
polimento) – combate o tártaro e a placa bacteriana e devolve 
a cor natural dos dentes.
• Creme Dental Contente Sensitive (nitrato de potássio) – 
controla e previne gradativamente a sensibilidade dos dentes.
• Creme Dental Contente Kids em três apresentações: tutti fru-
ti, uva e morango (baixo índice de abrasividade, com quantida-
de ideal de fl úor e sabor de frutas) – proteção contra as cáries.
• Gel Dental Contente (aromas naturais da menta) – hálito 
com sensação de refrescância e limpeza.
 Guia de produtos
103Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
Trihydal
• Trihydal, Creme Dental (cloramina-T) – sangramentos e in-
fl amações, hipersensibilidade, gengitives, halitoses rebeldes, 
periondontites, placas bacterianas, infecções, cáries, estoma-
tites, aftas e higiene.
União Química
• Emoform (nitrato de potássio) - proporciona máximo alívio 
para a hipersensibilidade dentinária; gel e creme dental que 
previne e controla a sensibilidade dos dentes. Cuida dos den-
tes e da boca de forma integrada.
Weleda
• Gel Dental Infantil (glicerina, água {aqua}, sílica, algina, 
calendula offi cinalis, foeniculum vulgare {erva doce}, mentha 
viridis {menta}, esculina, limoneno {a partir de óleos essen-
ciais naturais}) – proteção natural para o dente de leite infantil 
- sem fl úor ou qualquer aditivo sintético.
Enxaguatório bucal/colutório
Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A
• Flogoral Colutório sabor menta/laranja (benzidamina) – 
anestésico, analgésico e anti-infl amatório.
Bitufo
• Antisséptico Bitufo Perio Therapy 300 ml (aqua, alcohol, 
sorbitol, methylparaben, sodium saccharin, sodium lauroyl sar-
cosinate, fl avor, ci 42090, chlorhexidine digluconate 0,12%).
• Antisséptico Bitufo s/ alcool menta extraforte 300 ml 
(sorbitol, sodium saccharin, triclosan, sodium benzoate, peg 
40 hydrogenatedcastor oil, sodium lauryl sulfate, propylene 
glycolci 42090, aqua, aroma, sodium fl úoride).
• Antisséptico Bitufo s/ alcool menta suave 300 ml (sorbitol, 
sodium saccharin, triclosan, sodium benzoate, peg 40 hydro-
genatedcastor oil, sodium lauryl sulfate, propylene glycolci 
16035, ci 17200, aqua, aroma, sodium fl úoride).
• Antisséptico Bitufo Perio Therapy 1l (aqua, alcohol, sorbitol, 
methylparaben, sodium saccharin, sodium lauroyl sarcosinate, 
fl avor, ci 42090, chlorhexidine digluconate 0,12%).
Colgate
• Colgate Plax Whitening – é o primeiro enxaguante do 
mercado brasileiro que auxilia no processo de clareamento 
dentário. Complementa o tratamento odontológico de bran-
queamento dos dentes, graças a um agente ativo que ajuda a 
combater o amarelamento, além dos benefícios característicos 
dos produtos da marca – elimina os germes que causam a 
gengivite, a placa bacteriana e o mau hálito. Com sabor menta, 
deve ser utilizado por quatro semanas, com o enxágue da boca 
duas vezes ao dia (pela manhã e à noite), durante um minuto, 
antes e após escovar os dentes. 
• Colgate Plax Ice – alia a megarefrescância aos benefícioscaracterísticos dos enxaguatórios da marca: garante 12 horas 
de proteção e hálito fresco e mata os germes que causam a 
gengivite, placa bacteriana e o mau hálito. 
• Colgate Plax Sem Álcool – excelente opção para quem deseja 
proteção sem o ardor excessivo causado pelo álcool. O produto 
ajuda a reduzir a cárie em até 71% e a formação da placa, 
protegendo e limpando onde a escova não alcança. 
• Novo Colgate PerioGard Sem Álcool – tem a mesma efi cá-
cia comprovada da versão tradicional, não provoca ardor, ajuda 
mais na redução da gengivite do que a versão com álcool. É 
uma solução à base de Gluconato de Clorexidina a 0,12%, 
que tem ação segura no combate aos germes que causam a 
gengivite e a progressão de doenças periodontais. Protege por 
oito horas com somente 30 segundos de bochecho, auxilia 
na redução da placa bacteriana e mau hálito. Os produtos da 
marca são indicados tanto para uso em consultório (antes e 
depois de procedimentos cirúrgicos, para reduzir a dissemina-
ção de microrganismos), quanto doméstico, como item auxiliar 
no tratamento da infl amação gengival.
Condor
• Antisséptico Bucal Condor Menta e Canela (ingrediente 
ativo: sodium fl úoride {225 ppm fl úoride íon}, cetylpyridinium 
cloride {CCP}. Outros: sodium benzoate, polysorbate 20, so-
dium saccharin, sorbitol, ci 42090, aroma, aqua) – uso diário 
(a partir de seis anos).
• Antisséptico Bucal Condor Hortelã Fresh (ingrediente ativo: 
sodium fl úoride {225 ppm fl úoride íon}, cetylpyridinium clori-
de {CCP}. Outros: sodium benzoate, polysorbate 20, sodium 
saccharin, sorbitol, ci 19140, ci 42051, aroma, aqua) – uso 
diário (a partir de seis anos).
• Antisséptico Bucal Condor Júnior Morango (ingrediente 
ativo: sodium fl úoride {225 ppm fl úoride íon}, cetylpyridinium 
cloride {CCP}. Outros: sodium benzoate, polysorbate 20, so-
dium saccharin, sorbitol, ci 16035, aroma, aqua) – uso diário 
(a partir de seis anos).
Daudt
• Malvatrikids Júnior (fl úor e xilitol) – enxaguatório bucal 
indicado para complementar a higiene bucal diária de crianças 
maiores de seis anos.
• Noplak (clorexidina 0,12%) – solução para bochecho 
indicada como auxiliar no controle da placa bacteriana na 
prevenção da gengivite e de outros problemas periodontais. 
Também indicada para pessoas impossibilitadas de escovar os 
dentes.
• Noplak Max Solução (clorexidina 0,12%, cetilpiridínio e 
fl úor) – solução para bochecho de ação antisséptica de amplo 
espectro para auxílio no controle da placa bacteriana e na 
prevenção da gengivite e de outros problemas periodontais. 
DentalClean
• Clinexidin (poloxamer 407, metilparabeno, diglucontato de 
clorexidine, sorbitol, aspartame, ci42090, aroma e água) – 
com digluconato de clorexidina a 0,12%, protege a fl ora e a 
mucosa bucal, não contém álcool e é indicado para reduzir os 
germes que causam a placa bacteriana, a gengivite e o mau 
hálito. Auxilia os profi ssionais no tratamento dos pacientes.
• Garfi eld (225ppm de fl úor na forma de sódium fl uoride, 
polaxamer 407, metilparabeno, sucralose, sorbitol, fosfato de 
sódio, ácido cítrico, triclosan, extrato de calêndula, aroma, 
água e glicerina) – desenvolvido especialmente para crianças, 
protege os dentes e evita a formação de cáries. Agradável 
sabor tutti fruti.
• H2Clean (idem – CI 19140, CI 73015, CI42090) – hálito 
fresco e prolongado com ação antisséptica do Triclosan. Baixo 
teor de álcool.
• H2Clean Extratos Naturais (idem) - combate os germes que 
causam mau hálito, placa e gengivite. Ação antibacteriana do 
Própolis e cicatrizante da Calêndula.
DentalPrev
• Antisséptico Bucal Dentics – combate as bactérias cau-
sadoras da placa; explosão de sabor extraforte; sensação 
duradoura de limpeza e hálito puro. Exclusivo lacre interno 
inviolável, para sua maior segurança. Nos sabores Cool Mint e 
Mint.
• Antisséptico Bucal Dentics Classic + – combate as bacté-
rias causadoras da placa; sabor refrescante e suave; sensação 
duradoura de limpeza e hálito puro. Exclusivo lacre interno 
inviolável, para sua maior segurança.
• Antisséptico Bucal Dentics Sem álcool – ajuda a combater 
as bactérias causadoras da placa; sensação duradoura de 
limpeza e hálito puro. Sem álcool: não resseca a boca; sem 
açúcar: indicado para diabéticos, gestante e crianças acima 
de anos. SensExclusivo lacre interno inviolável, para sua maior 
segurança.
Fórmula & Ação
• Antisséptico Bucal (cloreto de cetilpiridineo) – como enxa-
guatório bucal antisséptico. Elimina as bactérias causadoras 
do mau hálito, gengivite e placa bacteriana, deixando o hálito 
agradável.
• Cleanform Enxaguatório Bucal a 0,12% (clorhexidine) – 
placa bacteriana, infecções bucais e processos infl amatórios 
da gengiva.
• Cleanform Enxaguatório Bucal a 0,12% fl uoreto (clorhexidi-
ne, 0,12% fl úoretado) – placa bacteriana, infecções bucais e 
processos infl amatórios da gengiva; ação dessensibilizante e 
anticárie.
• Cleanform Enxaguatórios Bucais (digluconato de clorhexidi-
ne, fl uoreto de sódio) – sem álcool e incolor – placa bacteria-
na, infecções bucais e processos infl amatórios da gengiva.
• Cleanform Enxaguatório Bucal a 0,2% fl uoretado (digluco-
nato de clorhexidine) – placa bacteriana, infecções bucais e 
processos infl amatórios da gengiva.
• Cleanform Enxaguatório Bucal a 0,2% fl uoretado (digluco-
nato de clorhexidine, fl uoreto de sódio) – placa bacteriana, 
infecções bucais e processos infl amatórios da gengiva; ação 
dessensibilizante e anticárie.
• Enxaguatório Bucal Pré-moldagem/Enxaguatório bucal pré-
moldagem com fl úor (álcool etílico, irgasan dp 300, aroma não 
cariogênico de menta, edulcorante, corante e água deionizada. 
A versão fl úor contém fl uoreto de sódio 0,05%) – para limpar 
e desengordurar os dentes antes da moldagem. Elimina a mu-
cina e melhora a fi delidade da moldagem. Também tem ação 
antisséptica e anticárie.
• Eviform Concentrado (eritrosina) – evidenciação da placa 
bacteriana.
• Eviform solução para bochecos (eritrosina) – evidenciação 
da placa bacteriana.
• Fluoreto de sódio 0,05% (fl uoreto de sódio) – anticárie e 
dessensibilizante.
• NDP (fosfato de dexametasona, paraclorofenol, polietileno-
glicol 400) – curativo intracanal.
Johnson & Johnson
• Johnson & Johnson Reach Antisséptico Bucal Cool Mint, 
frasco com 250 ml (água desmineralizada, sucralose, saca-
rina, álcool etílico, poloxamer 407, glicerina, aroma de menta, 
metilparabeno, fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio mo-
nobásico, propilparabeno, corante azul fd&c nº 1. Ingredientes 
ativos: fl uoreto de sódio - 0,05% ou 226 ppm de fl úor ativo, 
cloreto de cetilpiridínio {CPC}, 0,05%) – uso adulto.
• Johnson & Johnson Reach Solução Dental Flúoretada Menta, 
frasco com 250 ml (água desmineralizada, álcool etílico, sucra-
lose, poloxamer 407, glicerina, aroma de menta, metilparabe-
no, fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico, 
propilparabeno, corante azul fd&c nº1, corante amarelo ali-
mento 4. Ingredientes ativos: fl uoreto de sódio - 0,05% ou 
226 ppm de fl úor ativo) – uso adulto.
• Johnson & Johnson Reach Infantil – Zoodent, frasco com 
250 ml (água desmineralizada, sucralose, glicerina, poloxamer 
407, metilparabeno, aroma de tutti fruti, fosfato de sódio mo-
nobásico, cloreto de cetilpiridínio, fosfato de sódio dibásico, 
ácido cítrico, propilparabeno, corante vermelho dc 33. Ingre-
dientes ativos: fl uoreto de sódio, - 0,05% ou 226 ppm de fl úor 
ativo) – uso infantil e adulto.
• Listerine Antisséptico Bucal Cuidado Total –250 ml; 500 
ml. (thymol, eucalyptol, methyl salicilate, menthol, aqua, alco-
hol, sorbitol, poloxamer 407, aroma, benzoic acid, zinc chlo-
ride, sucralose, sodium saccharin, sodium benzoate, sodium 
fl uoride, CI16035 e CI42090. Contém sodium fl uoride 0,022% 
{100 ppm de fl úor}) – uso adulto. Não administrar o produto 
em menores de 12 anos. Não engolir. Seis benefícios para 
uma higiene bucal completa: 1. Mantém as gengivas protegi-
das contra os germes causadores da gengivite; 2. Fortalece os 
dentes, protegendo-os contra as cáries; 3.Mantém o branco 
 Guia de produtos
104
natural dos seus dentes, inibindo a formação do tártaro; 4. 
Garante até 24 horas de proteção contínua para um hálito 
fresco*; 5. Mata até 99% dos germes**; 6. Reduz a placa 
bacteriana. (*Quando usado duas vezes ao dia; ** Que causam 
a placa, a gengivite e o mau hálito).
• Listerine Antisséptico bucal defesa dos dentes e gengivas, 
250 ml; 500 ml (timol 0,064%, eucaliptol 0,092%, salicilato 
de metila 0,06% e mentol 0,042%, fl uoreto de sódio 0,022% 
{100ppm de fl úor}. Excipiente: água purifi cada, solução de 
sorbitol, álcool 21,6%, poloxamer 407, ácido benzóico, aro-
ma de menta, sacrina sódica, benzoato de sódio N-propanol, 
corante amarelo # 10 e corante verde # 3) – uso adulto. Não 
administrar o produto em menores de 12 anos. Não engolir. 
Manter fora do alcance de crianças.
• Listerine Antisséptico Bucal Original, 250 ml (timol 
0,064%, eucaliptol 0,092%, salicilato de metila 0,06% e 
mentol 0,042%. Excipiente: água, álcool 26,9%, poloxamer 
407, ácido benzóico, benzoato de sódio, corante caramelo) 
– uso adulto. Não administrar o produto em menores de 12 
anos. Não engolir. Manter fora do alcance de crianças; mata 
os germes que causam o mau hálito, a placa bacteriana e a 
gengivite.
• Listerine Antisséptico Bucal Tartar Control, 250 ml; 500 ml; 
1000 ml (timol 0,064%, eucaliptol 0,092%, salicilato de meti-
la 0,06% e mentol 0,042%. Excipiente: água purifi cada, solu-
ção de sorbitol, álcool 21,6%, poloxamer 407, ácido benzóico, 
sacarina sódica, cloreto de zinco, aroma de menta, benzoato 
de sódio N-propanol e corante FD&C azul # 1) – uso adulto. 
Não administrar o produto em menores de 12 anos. Não en-
golir. Manter fora do alcance de crianças; mata os germes que 
causam o mau hálito, a placa bacteriana e a gengivite. Seu 
sabor forte de menta assegura hálito puro e oferece agradável 
sensação de refrescância.
• Listerine Freshburst Antisséptico Bucal, 250 ml (timol 
0,064%, eucaliptol 0,092%, salicilato de metila 0,06% e mentol 
0,042%. Excipiente: água, solução de sorbitol, álcool 21,6%, 
poloxamer 407, ácido benzóico, essência de menta, sacarina 
sódica, benzoato de sódio e corante amarelo # 10 e corante 
verde # 3) – uso adulto. Não administrar o produto em menores 
de 12 anos. Não engolir; mata os germes que causam o mau 
hálito, a placa bacteriana e a gengivite.
• Listerine Vanilla Mint Antisséptico bucal, 250 ml; 500 ml (thy-
mol 0,064%, eucalyptol 0,092%, methyl salicylate 0,066% 
menthol 0,042%. Excipientes: aqua, sorbitol, alcohol 21,6%, 
poloxamer 407, benzoic acid, menthe piperita oil, mentha viri-
dis oil, propylene glycol alginate, sucralose, sodium benzoate, 
aroma, CI 42090, CI 15985) – uso adulto. Não administrar o 
produto em menores de 12 anos. Não engolir. Manter fora do 
alcance de crianças. Suave.
• Listerine Whitening, 236 ml; 473 ml (água, álcool (8%), 
peróxido de hidrogênio, fosfato de sódio, poloxâmero 407, 
lauril sulfato de sódio, citrato de sódio, aroma de menta, men-
tol, eucaliptol, sacarina sódica, sucralose.) – uso adulto. Não 
administrar o produto em menores de 12 anos. Não engolir. 
Manter fora do alcance de crianças; é um branqueador em 
forma de enxaguatório. Portanto, não deve substituir o uso do 
antisséptico bucal.
Oral-B
• Antisséptico Bucal OralB (0,07% de cloreto de cetilpiridínio 
- CPC) - desempenho superior, mata até 99% das bactérias, 
proteção por 12 horas contra a placa e a gengivite.
Pharmakin
• Orthokin Enxaguatório Bucal, 2l (para portadores de apare-
lhos ortodônticos) – tripla ação: protege o dente, as gengivas 
e os aparelhos.
• Periokin Enxaguatório Bucal, 250 ml (digluconato de clorexi-
dina) – previne gengivite, placa bacteriana e manutenção dos 
tratamentos periodontais e peri-implantares.
• Gingikin B5 Enxague Bucal, 250 ml (Triclosan, Lactato de 
zinco, Provitamina B5 e Xilitol) – controle da placa, prevenção 
da gengivite e manutenção e prioteção da gengiva.
• Periokin Gel – antisséptico dental (digluconato de clorexidi-
na) – prevenção da gengivite e da placa bacteriana.
• Orthokin Enxaguatório Bucal, 250 ml – tripla ação: protege 
os dentes, as gengivas e os aparelhos.
• Cariax Dentes Sensíveis Enxaguatório Bucal, 250 ml 
(nitrato de potássio 5% e fl uoreto de sódio 0,05%) – ação 
sinérgica, promovendo ação dessensibilizante e obstrução dos 
túbulos dentinários.
• Cariax Gengivas Enxaguatório Bucal, 250 ml (diglocunato 
de clorexidina 0,12%, fl uoreto de sódio 0,05% e 0% de álco-
ol) – controla a placa bacteriana, reduz a infl amação e elimina 
o sangramento gengival com ações bactericidas.
• Cariax Gengivas Enxaguatório Bucal, 2l (diglocunato de clore-
xidina 0,12%, fl uoreto de sódio 0,05% e 0% de álcool) – trata-
mento das afecções gengivais.
• FlúorKin Júnior Enxágue Bucal, 250 ml (fl uoreto de sódio) 
– cárie dentária.
• PerioKIN Gel – Antisséptico dental (Clorexidina 20%) – 
tratamentos pós-cirúrgicos, extração, implantes, raspagem, 
próteses, ortodontia tratamento de canal.
Laboratório Gross – Divisão Lacer
• Perioxidin Enxaguatório Bucal (clorexidina a 0,12% e xi-
litol) – periodontite, pré e pós-operatórios e pacientes sob 
tratamento quimioterápico ou radioterápico.
• Gengilacer Enxaguatório Bucal (triclosan/zinco, xilitol e 
vitamina E).
Laclede
• Biotène Mouthwash, frasco com 59 e 240 ml (complexo 
sistema de enzimas bioativas: glicose oxidase, lactoperoxidase 
e lisozima e lactoferrina) – cuida da saúde bucal ajudando a 
fortalecer o sistema de defesa natural da saliva, proporcionan-
do aos pacientes o conforto e alívio dos efeitos mais graves 
da boca seca. Auxilia na redução das bactérias associadas à 
placa e mau hálito.
Sanifi ll
• Antisséptico Super – não possui álcool e combina o sabor 
picante do gengibre e o refrescante sabor de menta, formando 
sabor Gengibre Mentolado proporcionando uma ardência como 
se existisse o álcool. Auxilia na prevenção da gengivite e placa 
bacteriana, mantém o equilíbrio bacteriano da mucosa bucal e 
previne a formação das cáries.
• Solução Bucal Sanifi ll Premium – efi caz no combate as 
bactérias. Contribui para o controle profi lático no pré e pós-
operatório de cirurgias bucais, eliminando assim o risco de 
infecções. Indicado como auxiliar na prevenção de gengivi-
tes. Não possui álcool. Até o presente momento não foram 
registrados casos de pigmentação ou alterações no paladar 
após bochecho com a solução bucal. O uso da Solução Bucal 
Sanifi ll Premium deve ser parte de um programa controlado 
pelo cirurgião-dentista.
• Antisséptico Antitártaro – auxilia na prevenção do tártaro, 
gengivite, placa bacteriana e protege seus dentes contra a 
formação das cáries. Sem álcool.
• Antisséptico Clareador – auxilia na remoção de manchas 
superfi ciais, causadas pelo consumo diário de alimentos colo-
ridos, devolvendo aos dentes o brilho natural. Auxilia no com-
bate da placa bacteriana, mantém dentes brancos e auxilia na 
prevenção de cáries. Sem álcool.
• Antisséptico Dentes Sensíveis – contém citrato de potássio 
que auxilia no alívio da sensibilidade. Efetivo no alívio dos 
dentes sensíveis, protegendo as raízes. Previne a formação 
das cáries e gengivite. Sem álcool.
• Solução Fluoretada Sanifl uor sem Corante – solução dental 
fl uoretada, indicada também em casos de clareamento dental, 
pois não possui corante, contém fl úor, ajuda a prevenir a cárie e 
possui a função de um remineralizador, que ajuda a reorganizar 
nos dentes os minerais perdidos durante o dia. Sem álcool.
• Antisséptico Menta/Morango/Limão (300 ml) – indicado 
para uso diário, previne a cárie e auxilia na prevenção da 
gengivite e placa bacteriana. Não possui álcool.
• Antisséptico Sanikids Tutti fruti (300 ml) – indicado para 
crianças a partir dos seis anos. Complementa a higienização e 
ajuda a prevenir a cárie. 
Suavetex
• Antisséptico Bucal em três apresentações: Plus, Power – 
extraforte e Fresh – hortelã (xilitol, fl uoreto de sódio, cloreto 
de cetilpiridino, sem álcool) – combate as cáries, previne a 
formação da placa bacteriana e auxiliana remineralização do 
esmalte dentário.
União Química
• Benzitrat (cloridrato de benzidamina): antisséptico bucal 
exerce ação anestésica local e anti-infl amatória, estimula a 
cicatrização e acelera o processo de recuperação dos tecidos 
lesados. Indicações: aftas, glossites, estomatites, gengivites 
de diferentes etiologias, periodontopatias tratamento auxiliar 
da terapêutica dentária conservadora e extrativa, hipersensibi-
lidade da dentina. Uso pediátrico e adulto.
Escova de prótese
Curaprox/Curaden
• Escova para prótese BDC 150/152 (resinas termoplásticas, 
polipropileno, pigmentos, fi o metálico de aço inoxidável, fi bras 
de nylon) - desenvolvida para higienização de próteses totais 
(PT), próteses parciais removíveis (PPR), placas de relaxamento 
e aparelhos móveis e/ou removíveis.
Escova dental manual
Bitufo
• Escova Dental Bitufo Dry (resina termoplástica, pigmento, 
nylon âncoras metálicas).
• Escova Dental Bitufo dois tufos MA (resina termoplástica, 
pigmento, nylon, cyanoacrilato).
• Escova Dental Bitufo dois tufos EM (idem).
• Escova Dental Bitufo intertufo cilíndrica (resina termoplásti-
ca, pigmento, nylon âncoras metálicas).
• Escova Dental Bitufo Intertufo Cônica (idem).
• Escova Dental Bitufo Ortodôntica 22 (idem).
• Escova Dental Bitufo Ortodôntica 32 (idem).
• Escova Dental Bitufo Duplação (idem).
• Escova Dental Bitufo Day & Trip (idem).
• Escova Bitufo Interdental c/ 2 refi s (idem).
• Escova Dental Bitufo Pós-cirúrgica (idem).
• Escova Dental Bitufo Infantil (idem).
• Escova Dental Bitufo 22 EM (idem).
• Escova Dental Bitufo 22 MA (idem).
• Escova Dental Bitufo 28 EM (idem).
• Escova Dental Bitufo 28 MA (idem).
• Escova Dental Bitufo 28 ME (idem).
• Escova Dental Bitufo 32 EM (idem).
• Escova Dental Bitufo 32 MA (idem).
• Escova Dental Bitufo 32 ME (idem).
• Escova Dental Bitufo 37 EM (idem).
• Escova Dental Bitufo 37 MA (idem).
• Escova Dental Bitufo 37 ME (idem).
• Escova Dental Bitufo Baby Care Cocoricó (idem).
• Escova Dental Bitufo Baby Care 1° Dentinho (idem).
• Escova Dental Bitufo Luminus ME (resina termoplástica, 
elastômero, nylon âncoras metálicas).
• Escova Dental Bitufo Flex MA (idem).
• Escova Dental Bitufo Flex ME (idem).
• Escova Dental Bitufo Máxima MA (idem).
• Escova Dental Bitufo Máxima ME (idem).
• Escova Dental Bitufo Cocoricó dois a cinco anos (resina 
Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
106 Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
termoplástica, elastômero, nylon âncoras metálicas). 
• Escova Dental Bitufo Luminus Plus MA (idem).
• Escova Dental Bitufo Luminus Plus ME (idem).
• Escova Dental Bitufo Triple Action MA (idem).
• Escova Dental Bitufo Triple Action ME (idem).
• Escova Dental Bitufo Cocoricó acima de cinco anos Brasil 
(idem).
• Escova Bitufo Ben 10 com protetor (idem).
• Escova Bitufo Ben 10 com suporte (idem).
• Escova Dental Massageadora Cocoricó (silicone atóxico).
Colgate
• Colgate Professional Extra Clean – desenvolvida com base 
na recomendação dos dentistas, a Colgate Professional Extra 
Clean conta com cabeça compacta, cerdas retas e extrama-
cias e limpador de língua. 
• Colgate Twister Fresh Cabeça Compacta – a escova tem 
cerdas que avisam a hora de trocar o produto. Tem cabo 
emborrachado, além de design arrojado e anatômico para fa-
cilitar o manuseio no momento da escovação. Assim como as 
demais variantes da linha Colgate Twister Fresh, a versão com 
cabeça compacta foi desenvolvida para tornar a escovação 
ainda mais efi ciente e traz uma ponta limpadora – cerdas ele-
vadas na frente da cabeça que ajudam a limpar os dentes do 
fundo – e cabo angulado, facilitando o alcance nas áreas mais 
difíceis da escovação. Outro diferencial é o seu limpador de 
língua, localizado na parte posterior da cabeça, que remove as 
bactérias causadoras do mau hálito, promovendo hálito fresco.
• Escova Colgate 360º Original – promove uma limpeza mais 
completa com as cerdas multifuncionais, cerdas polidoras e 
limpador de língua e bochecha, removendo mais bactérias.
• Escova Colgate 360º Sensitive – traz as cerdas polidoras de 
borracha e o exclusivo limpador de línguas e bochechas, com 
o benefício das cerdas extramacias, que são mais suaves com 
as gengivas e com as raízes expostas dos dentes. Estudos 
clínicos demonstram que as cerdas extramacias da Colgate 
360º Sensitive são 48% mais suaves do que as das escovas 
tradicionais, reduzindo o desgaste na superfície exposta das 
raízes dos dentes, além de remover 38% mais placa bacteria-
na que uma escova manual de cerdas planas. 
• Nova Colgate 360º Deep Clean – possui cerdas superfi nas 
com pontas azuis, que limpam entre os dentes e abaixo da 
linha da gengiva. Oferece vários benefícios para manter a boca 
saudável, pois ajuda a limpar os dentes, língua, bochechas e 
gengiva, e remove a placa bacteriana, manchas e bactérias 
causadoras do mau hálito.
Condor
• Style – Escova Dental Sônica (borracha termoplástica, cer-
das de nylon, âncora metálica, resina termoplástica e pigmen-
to) – adulto.
• Escova Dental Evolution (idem) – adulto.
• Escova Dental Finest (idem) – dentes sensíveis.
• Escova Dental Axis (idem) – ortodôntico.
• Escova Dental Maxil (idem) – adulto.
• Escova Dental Avantix (idem) – adulto.
• Escova Dental Bambinos (idem) - infantil de dois a quatro anos.
• Escova Dental Kids (idem) – infantil de cinco a sete anos.
• Escova Dental Flyer (idem) – juvenil , também disponível 
em versão para uso ortodôntico.
• Escova Dental Fun (cerdas de nylon, âncora metálica, resina 
termoplástica e pigmento) – juvenil.
• Escova Dental Trip (idem) – ideal para levar a todo lugar, 
pois cabe em qualquer bolso ou pasta.
• Escova Dental Denture (idem) – para limpeza de aparelho 
ortodôntico móvel e dentadura.
• Baby Dent – Escova Dental Massageadora (borracha de 
silicone líquida) – para bebês a partir de seis meses.
• Escova Dental Medic (cerdas de nylon, âncora metálica, 
resina termoplástica e pigmento) – adulto.
• Escova Dental Bass (idem) – adulto.
• Escova Dental Júnior (idem) – infantil a partir de quatro anos.
• Escova Dental Plus (idem) – adulto.
• Escova Dental Dinossauros (idem) - Infantil a partir de 
quatro anos.
Curaprox/Curaden
• Escova Dental CS 5460 Prime (resinas termoplásticas, poli-
propileno, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com 0,10 mm 
de diâmetro) - desenvolvida para uma higiene oral totalmente 
efi ciente e atraumática; cerdas do tipo ultrassoft possui ação se-
letiva sobre a placa bacteriana realizando a sua desorganização 
sem provocar retração gengival em longo prazo. Recomendada 
para jovens a partir de 16 anos e adultos de todas as idades é a 
escova com o maior número de cerdas do mundo.
• Escova Dental CS 3960 Prime (resinas termoplásticas, poli-
propileno, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com 0,12 mm 
de diâmetro) - desenvolvida para remover e/ou desorganizar a 
placa bacteriana de forma mais intensa, porém, sem machucar 
as gengivas. Com 3960 cerdas do tipo supersoft é indicada 
para jovens a partir de 16 anos e adultos de todas as idades, 
podendo ser utilizada na transição para a escova CS 5460 Prime 
por pessoas que estão habituadas realizar a higiene oral com 
escovas convencionais.
• Escova Dental CS 1560 Prime (resinas termoplásticas, po-
lipropileno, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com 0,15 
mm de diâmetro) - desenvolvida para uma higiene oral com-
pleta. Com 1560 fi lamentos ativos do tipo soft, possui uma 
ação seletiva sobre a placa bacteriana e grande capacidade de 
higienização. Indicada para jovens a partir de 16 anos e adultos, 
podendo ser utilizada na transição para a escova CS 3960 Prime 
por pessoas que estão habituadas realizar a higiene oral com 
escovas mais duras.
• Escova Dental CS Young (cabo de material plástico embor-
rachado, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com pontas 
arredondadas e polidas). Com forma anatômica arredondada da 
cabeça foi especifi camente desenvolvida para a higiene oral dos 
adolescentes. Pela presença de cerdas com textura ultramacia, 
possui ação seletiva sobre a placa bacteriananão machucando 
as gengivas e tornando a escovação um verdadeiro prazer.
• Escova Dental CURAkid (cabo de material plástico embor-
rachado, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com pontas 
arredondadas e polidas). Especifi camente desenvolvida para a 
higiene oral dos bebês e das crianças pequenas é indicada para 
meninos e meninas após a erupção dos primeiros dentes até 
cinco a seis anos de idade. Com ação seletiva sobre a placa 
bacteriana, pela presença de 4260 cerdas do tipo supersoft de 
textura ultramacia, tornam a escovação atraumática e um ver-
dadeiro prazer para as crianças pequenas. Para em pé sozinha 
e adere no vidro do banheiro auxiliando a parte motivacional da 
escovação.
• Escova Dental cirúrgica CS Surgical (resinas termoplásti-
cas, polipropileno, pigmentos, cerdas megasoft de Curen com 
0,06 mm de diâmetro) - desenvolvida para o período pós-
cirúrgico, periodontia, implantodontia, lesões orais e pacientes 
com necessidades especiais.
• Escovas Unitufo CS 1006 (resinas termoplásticas, polipropile-
no, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com cerdas de 6 mm 
de comprimento) - desenvolvida para uma higiene oral individual 
na técnica Solo. Possui ação seletiva sobre a placa bacteriana 
sendo indicada para jovens e adultos de todas as idades em 
dentes naturais, apinhamentos, giroversões, Periodontia e Próte-
se.
• Escovas Unitufo CS 1009 (resinas termoplásticas, polipropile-
no, pigmentos, cerdas com fi bras de Curen com cerdas de 9 mm 
de comprimento. Desenvolvida para uma higiene oral individual. 
Possui ação seletiva sobre a placa bacteriana sendo indicada 
para jovens e adultos de todas as idades em Implantodontia e 
Ortodontia.
DentalClean
• Acqua Plus - cabo com cerdas de borracha e limpador de 
língua. Cabeça ovalada e com muito mais cerdas. Nas texturas 
média, macia e extramacia. Cerdas de nylon polidas com sete 
fases de arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnolo-
gia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto.
• Color Plus - cabeça tamanho 35 e corte reto. Cerdas de 
nylon, pontas polidas e arredondadas fabricadas com a mais 
alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrá-
vel. Uso adulto.
• Cristal Kid - cabo ergonômico resistente à quebra, design 
que garante conforto, suavidade e seu tamanho de cabeça 
(27). Cerdas de nylon polidas e fabricadas com a mais alta 
tecnologia alemã. Disponível na textura macia.
• Doctor Duck - formato do patinho e cabo autoportante, que 
mantém a escova em pé, traz alegria e diversão para o público 
infantil com diversas roupas para colecionar. Possui cabeça 
oval tamanho 30. Cerdas com pontas arredondadas garantindo 
proteção à gengiva e ao esmalte dos dentes.
• Dual – possui corte reto de cerdas, cabo ergonômico bicom-
ponente, cuida dos dentes e gengivas e têm limpador de língua. 
Com cerdas especiais de borracha em formato circular, sua 
função complementar potencializa a limpeza. Texturas média, 
macia e extramacia. Cerdas de nylon polidas com sete fases de 
arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. 
Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto.
• Flip Top – a escova portátil mais bonita do mercado! Cabeça 
tamanho 35. Cerdas de nylon, polidas com sete fases de arre-
dondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. 
Cabo em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. 
• Garfi eld – agregando beleza ao design, a escova proporciona 
às crianças maior entusiasmo. Nas versões masculinas e femi-
ninas, possui cabeça tamanho 27, alta tecnologia de fi lamentos 
com o uso do nylon e com pontas arredondadas que não da-
nifi cam o esmalte dos dentes. Cabo em resina termoplástica 
inquebrável. Disponível na textura macia e extramacia.
• Ideal Perio – recomendada pelos periodontistas, possui 
cabeça tamanho 30, limpador de língua e corte reto de cerdas 
que gera uma escovação mais delicada. Cerdas de nylon ma-
cias e extramacias, pontas polidas com sete fases de arredon-
damento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo 
em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. Acompanha 
protetor de cerdas.
• Infantil no Estojo – escova com estojo para as crianças. 
Cabeça tamanho 27, cerdas de nylon polidas com sete fases 
de arredondamento e fabricadas com a mais alta tecnologia 
alemã. Cabo em resina termoplástica inquebrável. Disponível 
na textura macia e extramacia.
• Marine – design atraente e divertido e tem o formato de um 
peixinho. O conceito da escova foi desenvolvido seguindo ten-
dências de famosos Odontopediatras brasileiros: traz cabeça 
oval 25 recoberta com borracha para maior proteção, limpador 
de língua no verso da cabeça e cabo estendido para facilitar o 
auxílio dos pais no ato da escovação. Cerdas de nylon polidas 
e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã.
• Metallic – cabeça 35 full, escova indicada por ortodontistas 
devido ao maior número de cerdas por área e efeito 3D com 
área interna mais baixa que área externa, proporcionando 
mais limpeza e durabilidade. Cerdas de nylon polidas com 
sete fases de arredondamento e fabricadas com a mais alta 
tecnologia alemã. Cabo bicomponente em resina termoplástica 
inquebrável. Uso adulto. 
• Nova Ideal - com formato anatômico e com cabo bicom-
ponente. Cabeças tamanho 30 e 35, cerdas de nylon médias, 
macias e extramacias, polidas com sete fases de arredonda-
mento e fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo 
em resina termoplástica inquebrável. Uso adulto. 
• Pós-cirúrgica – ideal para o pós-operatório, gengivas sensí-
veis e clareamento. Cabeça tamanho 30, cerdas de nylon ultra 
macias, polidas com sete fases de arredondamento e fabricadas 
com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina termoplástica 
inquebrável. Uso adulto. Acompanha protetor de cerdas.
• Relax - cabo de borracha que proporciona melhor ergono-
107Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
mia e cerdas de borracha nas laterais para maior conforto e 
suavidade na escovação das gengivas. Cabeça tamanho 37. 
Cerdas de nylon polidas com sete fases de arredondamento e 
fabricadas com a mais alta tecnologia alemã. Cabo em resina 
termoplástica inquebrável. Uso adulto. 
DentalPrev
• Escova dental Dentics Protection – cabeça regular com cer-
das macias ou médias. Cerdas de alta qualidade com pontas 
arredondadas e polidas que auxiliam na limpeza dos dentes e 
massageando as gengivas. Acompanha protetor de cerdas.
• Escova dental Dentics Massage – cerdas massageadoras que 
estimulam a circulação sanguínea local, auxiliando na redução 
da gengivite e maior alcance dos dentes posteriores; cabeça 
grande com cerdas macia ou média; cabeça emborracha que 
não machuca a gengiva. Exclusivo cabo ergonômico bicompo-
nente com apoio emborrachado que proporciona maior controle 
e manuseio durante a escovação.
• Escova Dental Dentics Innova + fi o grátis – limpeza nas 
áreas de difícil acesso; ponta Alongada: mais acesso nos 
dentes posteriores; cabeça grande com cerdas macias; quatro 
cores: cabo branco com borracha nas cores rosa, lilás, azul 
e verde; cabo ergonômico bicomponente com apoio emborra-
chado. Acompanha fi o dental 25 m.
• Escova Dental Dentics Máxima – maior alcance entre os 
dentes; cerdas em diferentes níveis; cabeça grande com cerdas 
macias; pescoço fl exível que reduz a pressão da escovação.
• Escova Dental Dentics Original + – cabeça grande com cer-
das: macias, médias e duras; cabo com apoio antiderrapante; 
cerdas com pontas arredondadas e polidas que protegem a 
gengiva e o esmalte dos dentes.
• Escova Dental Dentics Viagem – portátil e prática, cabeça 
pequena com cerdas: macias e médias; cabo dobrável que 
protege as cerdas; ideal para viagens, levar na bolsa ou manter 
no trabalho.
• Escova Dental Dentics Original Kids – cabeça pequena com 
cerdas extramacias; cabo com apoio antiderrapante; cerdas 
com as pontas arredondadas e polidas que protegem a gengi-
va e o esmalte dos dentes.
• Escova dental Dentics Kids Plus – cabeça pequena com cer-
das extramacias; cerdas laterais inclinadas especialmentepro-
jetadas para auxiliar na remoção da placa bacteriana; pescoço 
fl exível que diminui a pressão sobre a gengiva.
EdelWhite
• EW-ST2 Unitufo – ideal para pessoas com dentes tortos, 
fi ssuras profundas e aparelhos ortodônticos.
• EW-K2D Kid's soft speZial (cabo de resinas termoplásticas 
e polipropileno {santoprene}, cerdas de Konex, pigmentos, 
âncora metálica) – ideal para usar desde o surgimento do 
primeiro dente até os dez anos de idade.
• EW-ATD Soft Acu+Tension (idem) – ideal para pessoas que 
fazem muita pressão nos dentes ao escová-los, para dentes 
sensíveis, gengivas fracas ou problemas de abrasão.
• EW-SD Soft Flosserbrush (idem) – ideal para limpeza de 
dentes sensíveis e gengivas irritadas.
• EW-QW Whitening Médium (idem) – ideal para a remoção 
de manchas e da placa bacteriana (cerdas clareadoras Pedex 
com íons-F que são altamente efi cientes).
• EW-SN Medium Allround (idem) – ideal para a limpeza 
diária de dentes saudáveis.
Johnson & Johnson
• Johnson & Johnson Reach Access (cabeça grande, 40 
cerdas: macia e média; resinas termoplásticas, pigmentos e 
âncora metálica) – uso adulto. Cerdas frontais: tufo frontal 
para a limpeza dos dentes posteriores. Cerdas internas on-
duladas: atuam na remoção da placa bacteriana nos espaços 
interproximais. Cerdas externas com corte convexo: limpam 
o sulco gengival com suavidade. Cabo emborrachado: a dis-
tribuição da porção de borracha no cabo facilita o manuseio, 
proporcionando um maior controle durante a escovação.
• Johnson & Johnson Reach Comfort Clean (cabeça grande, 
40 cerdas: média e macia; resinas termoplásticas, pigmentos 
e âncora metálica) – uso adulto. Exclusiva cabeça emborracha-
da: permite maior suavidade durante a escovação. Formato da 
cabeça diferenciado e tufo frontal de cerdas: excelente poder 
de limpeza, principalmente nos lugares mais difíceis, como os 
dentes do fundo e a parte de trás dos dentes da frente. Cabo 
emborrachado de design ergonômico: facilita o manuseio duran-
te a escovação, além de tornar a escova mais moderna.
• Johnson & Johnson Reach Cuidado Total (cabeça pequena, 
30. Cerdas macias; resinas termoplásticas, pigmento, âncora 
metálica) uso adulto. Auxilia na prevenção e combate ao mau 
hálito. Remove a placa dental de todas as áreas dos dentes. 
Alcança os espaços entre os dentes, os espaços abaixo da 
linha da gengiva e alcançam os dentes do fundo. Desenvolvida 
em parceria com dentistas.
• Johnson & Johnson Reach Essencial (cabeça 30 pequena 
cerdas média e macia; resinas termoplásticas, pigmentos e 
âncora metálica) – uso adulto. Cabeça pequena: atinge os lu-
gares mais difíceis da boca. Cabo angulado: facilita a limpeza 
dos dentes de trás. Cerdas em dois níveis: as cerdas internas 
limpam os dentes, enquanto as cerdas externas mais macias 
limpam suavemente entre a gengiva e os dentes. Selo ABO 
(Associação Brasileira de Odontologia), que atesta a qualidade.
• Johnson & Johnson Reach Essencial Jr. (cabeça pequena 
e cerdas macias; resinas termoplásticas, pigmentos e âncora 
metálica) – uso adulto. Cabeça pequena com cantos arredon-
dados: limpar melhor os dentes posteriores. Cerdas macias e 
arredondadas: limpar os dentes com suavidade e sem machu-
car a gengiva. Cabo sextavado: induz a escovação a 45 graus, 
técnica mais efi caz para a remoção da placa subgengival.
• Johnson & Johnson Reach Magic Grip (pequena, macia, 
resinas termoplásticas, pigmentose âncora metálica) - foi 
especialmente desenvolvida para motivar as crianças a esco-
varem corretamente os dentes.
• Johnson & Johnson Reach Max (cabeça pequena, 30 cer-
das: macia. resinas termopláticas, pigmentos e âncora metá-
lica) – uso adulto. Cerdas frontais: tufo frontal para a limpeza 
dos dentes posteriores. Cerdas internas em dois níveis: as 
cerdas internas mais altas facilitam a limpeza dos espaços 
interproximais e os tufos centrais atuam na limpeza da super-
fície dos dentes. Cerdas externas de borracha: proporcionam 
um contato suave na gengiva. Cabo emborrachado: a distri-
buição da porção de borracha no cabo facilita o manuseio, 
proporcionando um maior controle durante a escovação.
• Johnson & Johnson Reach Powerpuff Girls (cabeça peque-
na/cerdas macias; resinas termoplásticas, pigmento, âncora 
metálica) – uso infantil. 
• Johnson & Johnson Reach Professional (cabeça pequena, 
30 cerdas: extramacia e macia; cabeça grande, 40 cerdas: 
macia, média e dupla ação) – uso adulto. Maior concentração 
de cerdas: a área encerdada ocupa praticamente toda a sua 
cabeça, o que resulta em uma textura ideal uma efi ciente 
remoção da placa bacteriana. Cerdas em um único nível: os 
tufos de cerdas estão dispostos em forma reta e as pontas 
são arredondadas para limpar os dentes e a linha gengival 
suavemente. Cerdas Timer: indicam o momento de trocar a 
escova (em geral, após três meses de uso). Cabeça e cantos 
arredondados: não machucam a boca nem a gengiva. Cabo 
sextavado: facilita o posicionamento da escova a 45 graus em 
relação a linha gengival, técnica de escovação mais indicada 
pelos dentistas; Pescoço angulado: o seu design permite uma 
melhor escovação dente a dente, pois facilita o acesso a cada 
ponto das superfícies dentárias, vestibular e lingual. "Grip" 
antiderrapante: maior fi rmeza e segurança na escovação.
• Johnson & Johnson Reach Professional Extreme (cabeça 
pequena 30; cerdas macias. polipropileno, elastômero termo-
plástico, pigmentos e âncora metálica) – uso adulto. Higiene 
bucal completa, correta e segura.
• Johnson & Johnson Reach Ultra Clean (cabeça pequena 
40, macia e média. resinas termosplásticas, pigmentos e 
âncora metálica) – uso adulto. Cabeça pequena: atinge os lu-
gares mais difíceis da boca. Cabo angulado: facilita a limpeza 
dos dentes de trás. Cerdas em dois níveis: as cerdas internas 
limpam os dentes, enquanto as cerdas externas mais macias 
limpam suavemente entre a gengiva e os dentes.
• Johnson & Johnson Reach Zoodent (cabeça pequena e 
cerdas macias. resinas termoplásticas, pigmentos e âncora 
metálica) - uso infantil. Cabeça pequena e anatômica: alcança 
todos os cantos da boca; cerdas macias e arredondadas: lim-
pam os dentes e a gengiva delicadamente. Cabo ergonômico: 
formato exclusivo e uma empunhadura larga para melhorar a 
segurança e o controle das crianças durante a escovação.
• Johnson & Johnson TEK (cerdas: macia/média/dura; 
resinas termoplásticas, pigmentos e âncora metálica) – uso 
adulto. Cabeça ovalada e pequena, que se encaixa melhor nos 
lugares de difícil acesso sem machucar a gengiva, pescoço 
fi no, cerdas arredondadas em um único nível, que são mais 
macias e duráveis. Limpam melhor entre a gengiva e os den-
tes, cabo longo e anatômico que permite uma escovação mais 
confortável e segura. Produto onde a relação custo/benefício é 
bem avaliada.
Oral-B
• Pulsar (cerdas MicroPulse, emborrachadas e exclusiva ação 
pulsante).
• CrossAction Vitalizer (cerdas cruzadas, cerdas de borracha 
nas laterais da escova, cerdas Cross Action, cerdas Indicator e 
massageadores macios de borracha) – capaz de proporcionar 
gengivas mais saudáveis e dentes mais brancos.
• Exceed (cabeça 40, cerdas cruzadas e indicator e power 
tip) – remove 90% mais placas bacterianas.
• Advantage Ártica – limpa e ajuda a clarear os dentes.
• Advantage Plus.
• Indicator Plus – sinaliza o momento da troca da escova; o 
cabo emborrachado permite maior controle e manuseio.
• Vision – Cerdas Indicator: sinalizam o momento da tro-
ca da escova. Cabo Comfort Grip: permite maior controle e 
manuseio. Cerdas Triple Fan: penetram profundamente entre 
os dentes. 
• Classic – contém cerdas com formato concavo que permi-
tem uma limpeza mais completa.
• Portátil – fácil e prática de guardar e transportar. Ideal para 
pessoas que trabalham, estudam ou viajam e necessitam de 
uma escova dental portátil para escovar os dentes após as 
refeições.
• Ortodôntica – para usuários de aparelhos ortodônticos, pois 
proporciona uma limpeza efetiva da lateral dos dentes e dos 
aparelhos.
• Ultramacia/Sensitive – parapessoas que possuem dentes 
e gengivas sensíveis e necessitam de uma escovação mais 
suave no dia a dia.
• Sulcus – proporciona limpeza efetiva do sulco gengival e de 
aparelhos ortodônticos, sendo também indicada para gengivas 
sensíveis ou infl amadas.
Pharmakin
• Escova Kin Júnior – Blister (cabo anatômico, cabeça peque-
na e fi lmanetos tynes) – efi caz para eliminar a placa dental.
• Escova kit viagem com pasta dentifrícia 8 g (ergonômica com 
textura antideslizante, sistema de travamento do cabo, cabeça 
desenhada, sistema de ventilação para ótima conservação da 
escova, fi lamentos polidos e arredondados) – uso diário, espe-
cialmente para viagens, no trabalho ou na escola.
• Escova KIN Ortodôntica Gravada (com gravação invertida e 
efeito “lente de aumento”) – pacientes com aparelho ortodôn-
tico fi xo.
• Escova KIN Pós-cirúrgica Gravada (idem) – pacientes pós-
cirurgia oral ou em tratamento.
• Escova KIN Extrassuave Gravada (idem) – pacientes com 
 Guia de produtos
108
gengivite.
• Escova KIN Suave gravada (idem) – pacientes com hiper-
sensibilidade dentária.
• Escova KIN Média gravada (idem).
• Escova KIN Ortodôntica – para usuários de aparelho orto-
dôntico fi xo; limpeza e efi cácia superior.
• Escova KIN Pós-cirúrgica – pacientes pós-cirurgia oral; 
limpeza e efi cácia superior.
• Escova KIN Extrassuave – pacientes com gengivite; propor-
ciona escovação efi caz e segura.
• Escova KIN Suave – pacientes com hipersensibilidade den-
tária; máxima efi cácia e suavidade na higiene bucal.
• Escova KIN Média – máxima efi cácia e suavidade na higie-
ne bucal.
Rhada
• Escova Dental Adulta Macia Aleg Master Pluss – com cabo 
ergonômico para maior fi rmeza na escovação, cerdas de nylon 
com pontas arredondadas.
• Escova Dental Adulta Média Aleg Master Pluss – idem.
• Escova Dental Adulta Macia – Aleg Wave – idem.
• Escova Dental Adulta Média – Aleg Wave - idem.
• Dr. Axell Escova Dental Adulta Macia - idem.
• Dr. Axell Escova Dental Adulta Média - idem.
• Dr. Axell Escova Dental Infantil Macia - idem.
Sanifi ll
• Sanifi ll Kônica – possui cerdas cônicas com pontas mi-
crofi nas e ultrafl exíveis que acessam áreas onde escovas 
convencionais não alcançam.
• Sanifi ll Ativa Grátis Estojo – desenvolvida com um cabo 
robusto para melhor empunhadura. Suas cerdas cruzadas 
proporcionam melhor limpeza e remoção da placa bacteria-
na. Acompanha um estojo para armazenar a escova.
• Escova Dental Tryon – apresenta um cabo anatômico com 
ótima empunhadura, melhorando a escovação. Possui higieni-
zador emborrachado, para língua e bochecha.
• Escova Dental Sanifi ll Fases 1 – com um cabo ergonômico 
e cerdas hipermacias a escova é indicada para crianças a 
partir do zero anos. Possui higienizador emborrachado para 
língua e bochecha.
• Escova Dental Sanifi ll Fases 2 – possui cerdas extramacias 
e higienizador emborrachado, para língua e bochecha. Massa-
geia e limpa as gengivas e os dentes dos bebês. Recomenda-
do para crianças a partir dos dois anos.
• Escova Dental Sanifi ll Fases 3 – com cerdas macias e higie-
nizador para língua e bochecha. Densidade ideal para a troca 
de dentição, dos dentes de leite para os dentes permanentes. 
Recomendado para crianças a partir dos cinco anos.
• Kit Sanifi ll Ortodôntico – composto por uma escova Orto-
dôntica na densidade média e um estojo com 25 condutores 
dentais. Próprio para quem possui aparelho ortodôntico. 
• Sanifi ll Biortodôntica – escova com duas extremidades distin-
tas: uma cabeça com cerdas que possuem corte em “v” indicada 
para a escovação em aparelhos ortodônticos e a outra extremi-
dade com tufo único que complementa a escovação localizada 
em aparelhos ortodônticos e pontes fi xas.
• Sanifi ll Sensível – desenvolvida para a higienização de 
áreas que sofrem alguma intervenção cirúrgica e/ou clarea-
mento dental. Possui cerdas hipermacias e arredondadas para 
maior conforto na escovação.
• Sanifi ll Tufos – cerdas concentradas em tufo único com 
perfi l cônico, o que proporciona maior alcance nas regiões 
mais difíceis de serem alcançadas e promove completa higie-
nização localizada do aparelho ortodôntico.
• Sanifi ll Bebê – cerdas hipermacias para massagear e limpar 
as gengivas e dentes dos bebês.
• Sanifi ll Ortodôntica – escova com perfi l de corte das cerdas 
em “v” para melhor higienização de aparelhos ortodônticos. 
Nas densidades, média e macia.
• Sanifi ll Prótesys – perfi l do corte das cerdas ondulado, com 
densidade dura. Adequado para escovação de prótese e apa-
relho ortodôntico móvel. 
• Sanifi ll Klinische – possui cabo emborrachado e cerdas com si-
nalizador de uso que indicam o momento certo de trocar a escova. 
Acompanha gratuitamente um fi o dental com 25 m.
• Sanifi ll Multifl ex – escova com Grips em borracha e sistema 
de fl exão que permite o movimento do pescoço para todos 
os lados, o que proporciona um manuseio adequado. Possui 
cerdas sinalizadoras de uso que ao perderem a cor até a 
metade, indicam o momento de trocar a escova. Cabeças em 
dois tamanhos: 33 e 41 tufos.
• Sanifi ll Nature – cabeça mais estreita na frente o que per-
mite melhor acesso a todos os dentes. Possui cerdas alterna-
das, sendo que as mais altas limpam as laterais dos dentes e 
as cerdas mais baixas a superfície.
• Sanifi ll Tendency – cabeça de tamanho intermediário, ana-
tômica e com cerdas alternadas. As cerdas mais altas limpam 
as laterais dos dentes e as cerdas mais baixas a superfície.
• Sanifi ll Sanikids – escova com estreitamento frontal e 
pescoço longo para melhor alcance a todos os dentes das 
crianças. Disponível nos personagens Sanikids: Malabarista, 
Skatista, Patinadora e Gênio.
• Ultra Profi ssional – cerdas de nylon com pontas arredon-
dadas. Possui cerdas sinalizadoras de uso que ao perderem 
a cor, até a metade, indicam o momento de trocar a escova. 
Cabeça em diversos tamanhos: 26, 39 e 47 tufos.
• Oral Magic – pescoço angulado e fl exível, que permite 
manter a pressão constante sobre os dentes e gengivas na es-
covação. Cabo emborrachado, proporcionando uma escovação 
com mais fi rmeza. 
Suavetex
• Contente Soft – cabeça arredondada, pescoço afi lado, cabo 
anatômico.
• Contente Clean – cabeça arredondada, cerdas com dupla 
ação (limpa e massageia), pescoço afi lado.
• Contente Super – cabeça arredondada, cerdas com dupla 
ação (limpa e massageia), cabo anatômico e emborrachado.
• Contente Massage – cerdas macias de borracha massage-
adora estimulam a circulação; cerdas de nylon com pontas 
arredondadas e polidas, não machucam a gengiva; cabo 
emborrachado.
TePe
• Special care baby-compacta, ultramacia (cabo: polipropi-
leno; cerdas: poliamida - aprox. 9.000 fi lamentos [fi lamentos 
extramamente macios com 0,06 mm de diâmetro]) - indicada 
para uso em áreas de tecidos orais delicados, dentes sensíveis, 
xerostomias e após cirurgias orais. Pode ser usada também para 
motivação da escovação em bebês; cabeça com formato trian-
gular e compacta, que permite limpeza dos dentes posteriores 
com maior conforto; pescoço longo que permite atingir áreas de 
difícil acesso; pescoço da escova pode ser angulável em água 
quente (um minuto) proporcionando maior conforto durante a 
escovação.
• Gentle Care, ultramacia (cabo: polipropileno; cerdas: polia-
mida) – indicada para uso em áreas de tecidos orais delica-
dos, dentes sensíveis, xerostomias e após cirurgias orais. Pode 
ser usada também para motivação da escovação em bebês; 
cabeça com formato triangular e compacta, que permite lim-
peza dos dentes posteriores com maior conforto; pescoço 
longo que permite atingir áreas de difícil acesso; pescoço 
da escova pode ser angulável em água quente (um minuto) 
proporcionando maior conforto durante a escovação.
• Sole, regular (cabo: polipropileno; cerdas: poliamida {tufo 
com aprox. 700 fi lamentos}) – possui um tufo único e com-
pacto com fi lamentos curtos. Indicada para limpeza de apa-
relhos ortodônticos fi xos, próteses unitárias ou pontes, linha 
gengival e dentes de difícil acesso na dentição mista; pescoço 
longoque permite atingir áreas de difícil acesso; tufo com 
aproximadamente 700 fi lamentos.
• Implante Orto, macia (cabo: polipropileno; cerdas: polia-
mida) – possui duas fi leiras de cerdas com fi lamentos que 
facilitam a limpeza de aparelhos ortodônticos fi xos, pinos de 
implantes e sulcos oclusais; pescoço longo que permite atingir 
áreas de difícil acesso; pescoço da escova pode ser angulável 
em água quente (um minuto) proporcionando maior conforto 
durante a escovação.
• Supreme, macia (cabo: polipropileno, elastômero termo-
plástico; cerdas: tereftalato de polietileno) – possui fi lamentos 
em dois níveis; o mais longo e mais fi no permite a limpeza 
entre os dentes e da linha gengival, enquanto o mais curto 
limpa de forma efi ciente o restante da superfície dos dentes; 
cabo com área anatômica de posicionamento do dedo, que 
permite maior conforto na empunhadura da escova; pescoço 
da escova pode ser angulável em água quente (um minuto) 
proporcionando maior conforto durante a escovação.
• Denture, regular (cabo: polipropileno; cerdas: poliamida) – 
possui fi lamentos longos e potentes. Indicada para limpeza de 
próteses fi xas e removíveis; melhor empunhadura da escova 
pode ser conseguida com a angulação do pescoço da escova 
para trás; pescoço da escova pode ser angulável em água 
quente (um minuto) proporcionando maior conforto durante a 
escovação.
Laclede
• Escova de Dente Biotène Supersoft – com cerdas extrama-
cias especialmente recomendada para pessoas com irritação 
e ou sensibilidade gengival.
• Infa-Dent Escova Dental Massageadora – escova os primei-
ros dentinhos e massageia a gengiva do bebê estimulando o 
hábito da higiene bucal; indicada para criança de três meses 
a dois anos de idade.
Lactona do Brasil
• Escovas de dentes série IQ - extramacia, macia e média 
(cabo longo e ergométrico, cabeça pequena com cerdas com-
pactas, cerdas de nylon, cabeça arredondada e polida) – para 
uso após cirurgia dental e gengiva sensível.
• Escova de dentes M 38 extramacia (cabo largo e cabeça re-
donda, cerdas de nylon, cabeça arredondada e polida) – usada 
após cirurgia bucal, gengivas sensíveis.
• Escova de dentes M 39 macia e M 40 média (idem).
• Escova de dentes M 41 dura (idem) – usada para remoção 
de placa dentária e limpeza de dentaduras.
• Escova de dentes M 31 macia (cabo extralongo e cabeça 
pequena e arredondada, cerdas de nylon).
• Escova de dentes série ortodôntica (cabo pequeno, um 
tufo de cerdas com cabeça pequena e cabo longo, cerdas de 
nylon) – para crianças e adultos com aparelhos ortodônticos.
• Escovas de dentes infantis (cabo longo, afi lado e largo nas 
extremidades, cabeça compacta, pequena e redonda, cerdas 
de nylon redondas e polidas, copo com sucção para manter a 
escova em pé) – para crianças de três anos e acima.
• Escova de dentes série Toby Fruit (cabo pequeno com cerdas 
estreitas, cerdas de nylon, cabeça redonda e polida) – para 
crianças de três anos e acima.
• Escova de dentes M 30 macia – infantil (cabo longo com 
pescoço estreito, cerdas de nylon, cabeça redonda e polida) – 
para crianças acima de seis anos.
Escova elétrica
Colgate
• Colgate Motion Multi-Action – já consagrada por sua efi ci-
ência na limpeza da boca devido à sua frequência de dez mil 
oscilações por minuto, a escova elétrica Colgate Motion Multi-
Action tem design mais ergonômico e fácil de usar. Apresenta 
cabo com duplo componente – emborrachado – é mais leve 
Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
109Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
 Guia de produtos
e fi na, deixando assim a escova mais confortável e fácil de 
manusear. A escova elétrica também conta com pescoço angu-
lado e removível, com ótima relação custo-benefício. Apresenta 
duas cabeças oscilatórias redondas: a primeira ponta para limpar 
profundamente entre os dentes e ao redor das gengivas e a 
segunda, para remover suavemente a placa bacteriana e dar 
brilho aos dentes.
• Escova elétrica Colgate 360º Sonic Power – combina vibra-
ções sônicas e cerdas multinível na remoção de mais placa 
bacteriana. Possui cabo emborrachado e anatômico, cerdas 
polidoras que facilitam a limpeza entre os dentes e o exclusivo 
limpador de língua da linha Colgate 360º. A escova elétrica 
Colgate 360º Sonic Power está disponível em quatro cores 
(verde, azul, rosa e laranja). 
Condor
Suprema – Escova Dental Elétrica (borracha termoplástica, 
cerdas de nylon, âncora metálica, resina termoplástica e pig-
mento) – adulto.
Oral B
• Escova Elétrica Oral-B CrossAction Power – cerdas manuais 
combinada com movimento oscilatório para uma limpeza mais 
completa e profunda.
• Escova Elétrica Oral-B CrossAction Whitening – limpa e 
ajuda a clarear os dentes, proporcionando um sorriso natu-
ralmente branco.
• Escova Elétrica a pilha Braun Oral-B D4 – remove mais placa 
bacteriana que qualquer escova manual. Funciona a pilha e é 
fácil de transportar. Possui refi s que podem ser substituídos 
e capa de segurança para proteção e higiene de sua boca.
Techline
• Escova Dental à pilha – uso adulto Modelo /EDA-01.
• Escova Dental à pilha – uso infantil Modelo/EDI-02.
Waterpik
• Escova Dental Sônica DeLuxe DT-400 – limpeza dos dentes, 
gengiva, língua e boca de um modelo geral.
• Escova Dental Sônica Standard DT-300 – limpeza dos den-
tes, gengiva, língua e boca de um modelo geral.
Escova interdental
Bitufo
• Escova Bitufo interdental HB UF (resina termoplástica, pig-
mento, nylon, fi o de aço).
• Escova Bitufo interdental HB EF (idem).
• Escova Bitufo interdental HB F (idem).
• Escova Bitufo interdental HB ME (idem).
• Escova Bitufo interdental HB GR (idem).
• Escova Bitufo interdental HB conica (idem).
Colgate
Novas escovas Colgate Total Interdental – oferecem mais pra-
ticidade e higiene, com nova apresentação. De fácil manuseio, 
possuem cerdas de seção triangular (Tri-Proxi) que promovem 
maior efi cácia na limpeza interdental. Contribuem efetivamente 
para a redução da placa bacteriana, minimizando o risco de 
cárie dentária e doenças gengivais, e estão disponíveis em três 
variações de tamanho (2 mm, 4 mm e 5 mm). Possuem de-
sempenho superior em comparação com escovas no formato 
redondo convencional.
Condor
• Escova Interdental Cônica Ultrafi na (cabo plástico e capa 
{plástico ABS}. Arame de aço inoxidável. Filamentos de nylon 
contendo óxido de alumínio branco abrasivo) – para aparelho 
ortodôntico, pontes fi xas e espaço interdental muito grande.
• Escova Interdental Cônica (idem) – para aparelho ortodôn-
tico, pontes fi xas e espaço interdental muito grande.
• Escova Interdental Cilíndrica (idem) – para aparelho orto-
dôntico, pontes fi xas e espaço interdental muito grande.
Curaprox/Curaden
• Escovas Interdentais Curaprox CS Prime (plástico polipropile-
no, pigmentos, aço inoxidável, fi bras de nylon, fi o metálico livre 
de níquel Cural). Possuem diferentes cabos e cinco diferentes 
diâmetros que resolvem 100% dos casos. As escovas são re-
presentadas por diferentes cores e possuem a melhor relação 
diâmetro de acesso e diâmetro de efetividade do mercado 
mundial (escova interdental 06/azul, com diâmetro de acesso 
de 0,6 mm e efetividade de 2,0 mm; escova interdental 07/
vermelha, com diâmetro de acesso de 0,7 mm e efetividade de 
2,5 mm; escova interdental 08/rosa, com diâmetro de acesso 
de 0,8 mm e efetividade de 3,0 mm; escova interdental 09/
amarela, com diâmetro de acesso de 0,9 mm e efetividade de 
4,0 mm; escova interdental 11/verde, com diâmetro de acesso 
de 1,1 mm e efetividade de 5,0 mm). As escovas se adaptam 
perfeitamente aos espaços proximais côncavos localizados 
entre os dentes. São as únicas que podem ser previamente 
calibradas pelo cirurgião-dentista através da sonda IAP Prime, 
patenteada pela Curaprox e que mede o diâmetro do espaço 
proximal evitando retrações gengivais. Indicadas para todas 
as idades na prevenção de doenças gengivais, Periodontia, 
Ortodontia, Prótese e Implantodontia.
• CPS 457B kit Interdental PocketSet (plástico ABS, santro-
prene TPE, polipropileno, polioximetileno pigmentos,resinas 
termoplásticas, aço inoxidável, alumínio, fi bras de nylon, fi o 
Metálico livre de níquel Cural).
• CPS 410B (kit interdental com cabo de alumínio).
• CPS 405B (kit interdental com cabo plástico digital com 
tampa prolongadora).
• UHS420B (cabo de alumínio duplo).
• UHS410B (cabo de alumínio simples rosa).
• UHS411B (cabo de alumínio simples verde).
• CPS-06B (CPS 06 B refi l interdental 0,06 mm, contém 
quatro unidades). 
• CPS-07B (CPS 07 B refi l interdental 0,07 mm, contém qua-
tro unidades).
• CPS-08B (CPS 08 B refi l interdental 0,08 mm, contém 
quatro unidades).
• CPS-09B (CPS 09 B refi l interdental 0,09 mm, contém 
quatro unidades).
• CPS-11B (CPS 11 B refi l interdental 0,11 mm, contém 
quatro unidades).
DentalClean
• Escova Interdental DentalClean (polipropileno, cerdas de 
nylon, fi o de aço) – tecnologia alemã, possui fi o fl exível de 
aço inoxidável revestido com uma fi na camada plástica. Efi -
ciente limpeza entre os espaços dos dentes onde a escova 
convencional não alcança. Indicado também para quem usa 
prótese e aparelho dentário. Tamanhos: 0,4 mm (rosa) – a 
mais fi na do mercado; 0,5 mm (vermelha); 0,6 mm (azul). 
EdelWhite
• EW-ID5SSS Escova Interdental 0.45/2.00 mm (nylon, po-
lietileno, pigmentos, fi o revestido) – a melhor forma de limpar 
os espaços dentais.
• EW-ID5SS Escova Interdental 0.5/2.40 mm (idem) – a 
melhor forma de limpar os espaços dentais.
• EW-ID5S Escova Interdental 0.6/3.00 mm (idem) – a me-
lhor forma de limpar os espaços dentais.
• EW-IDM Escova Interdental 0.7/4.00 mm (idem) – a melhor 
forma de limpar os espaços dentais.
• EW-IDL Escova Interdental 0.8/5.00 mm (idem) – a melhor 
forma de limpar os espaços dentais.
Oral B
• Escova End Tufted Cônica – complementar ao uso da escova 
dental regular para áreas de difícil acesso, tais como: aparelhos 
ortodônticos, pontes fi xas e espaços interdentais estreitos.
• Set Interdental com dois refi s – para quem possui aparelhos 
ortodônticos, pontes, coroas, implantes ou amplos espaços 
interdentais. Pode ser utilizada com o refi l cônico ou cilíndrico.
• Interdental Compacta – em modelo compacto, indicada para 
quem possui aparelhos ortodônticos, pontes, coroas, implantes 
ou amplos espaços interdentais.
• Refi l para Escovas Interdentais – contém seis unidades. 
Disponível nas versões cônica e cilíndrica.
Lactona do Brasil
• Escova Interdental (cabo longo com cerdas macias e fi -
lamentos polidos de nylon) – apresentada em sete estilos: 
xx-pequeno curto, xx-pequeno longo, x-pequeno, pequeno, 
médio, grande/médio e grande – para o consumidor.
• Escova Interdental (idem) – apresentada em nove tamanhos: 
xx-pequeno curto, xx-pequeno longo, x-pequeno, pequeno, 
médio, grande/médio, grande, x-grande e xx-grande – para 
dentistas e higienistas.
• Escova Interdental 27BB (cabo em acrílico, escova pequena 
com tufo única nas duas extremidades) – limpeza de áreas de 
difícil acesso. Desenhada especialmente para dentes irregula-
res, limpeza de aparelhos e implantes.
• Escova Periodental com refi l (cabo longo, com adaptador 
de escova espiral).
• Palitos Interdentais (feitos de pequenos pedaços de madeira 
polida, sabor menta) – para remoção de placa.
TePe
• Interdental Vermelha - 0,5 mm, macia (poliamida, polipro-
pileno, pigmentos - fi o fl exível de aço inoxidável revestido com 
fi na camada plástica) – limpeza entre os dentes; aparelhos 
ortodônticos; próteses fi xas ou unitárias.
• Interdental Azul - 0,6 mm, macia (idem).
• Interdental Amarela - 0,7 mm, macia (idem).
• Interdental Verde - 0,8 mm, macia (idem).
• Interdental Rosa – 0,4 mm, macia (idem).
• Interdental Roxa - 1,1 mm, macia (idem).
• Interdental Vermelha - 0,5 mm, extramacia (idem).
• Interdental Azul - 0,6 mm extramacia (idem).
• Interdental Amarela - 0,7 mm extramacia (idem).
• Interdental Laranja – 0,44 mm, macia (idem).
• Interdental Verde - 0,8 mm, extramacia (idem).
• Interdental Roxa - 1,1 mm, extramacia (idem).
• Escova Interspace - cabo + pontas, regular (poliamida, po-
lipropileno, pigmentos) – limpeza entre os dentes; aparelhos 
ortodônticos; próteses fi xas ou unitárias; dentição mista.
• Escova Interspace - cabo + pontas, macia (idem).
• Escova Interspace - cabo + pontas, extramacia (idem).
Fio dental
Bitufo
• Fio Way Bitufo (resina termoplástica, pigmento).
• Fio Dental Bitufo 20 m, 75 m, 100 m e 150 m (paraffi n, 
paraffi num liquidum, polypropylene, menthol).
Colgate
• Fio dental Colgate 50 m Menta – conta com variante de 
sabor menta, ideal para as pessoas que buscam produtos com 
sabor refrescante, um dos atributos mais valorizados por quem 
compra fi os e fi tas dentais, já que proporcionam a sensação 
de uma limpeza mais duradoura. O fi o Colgate 50 m é de po-
lipropileno encerado, que confere ao produto maior resistência. 
• Fita dental Colgate Total (PTFE - politetrafl uoretileno) - pro-
porciona mais refrescância, desliza fácil e não desfi a. Disponível 
também no sabor menta, com as cores azul e verde.
Condor
• Fio Dental Condor Tradicional (fi o de polypropyilene, mi-
crocrystaline wax, beeswax, sorbitan stearate, polysorbate 60, 
110
dimethicone) – uso diário.
• Fio Dental Condor Menta Ice (fi o de polypropyilene, micro-
crystaline wax, beeswax, sorbitan stearate, polysorbate 60, 
sodium sacharin, aroma, aqua, dimethicone) – uso diário.
• Fio Dental Condor Júnior (fi o de polypropyilene, microcrys-
taline wax, beeswax, sorbitan stearate, polysorbate 60, sodium 
sacharin, aroma, aqua) – uso diário.
Curaprox/Curaden
• Fio Dental Curaprox DF 843 – 50 m - (nylon, cera, oleato 
de gliceril, sacarina sódica, butilhidroxitolueno/BHT, aroma - 
auxilia a remoção de detritos alimentares e da placa bacteria-
na de regiões proximais planas. Com uma cobertura de cera, 
resiste ao desfi amento e possibilita o deslize entre os dentes. 
Recomendado para jovens e adultos de todas as idades, de-
vendo ser utilizado pela manhã e à noite antes de se escovar 
os dentes e passar escova interdental.
DentalClean
• Fio e fi ta dental 50 m (polipropileno encerado, resina ter-
moplástica e aroma de menta) – são produzidos em maqui-
nário de última geração e com elevado padrão de qualidade e 
resistência. Sistema efi ciente que desliza e expande ajudando 
na remoção da placa bacteriana. Seu grande diferencial é 
o estojo com visor transparente, o qual permite verifi car o 
quanto de fi o resta na embalagem. Possui tampa higiênica e 
fi o deslizante.
• Fio e fi ta de 100 m (idem) – possuem alta resistência, 
são super deslizantes e tem aroma ultrarrefrescante. Sistema 
efi ciente que desliza e expande ajudando na remoção da placa 
bacteriana. Resistente ao desfi amento e ao rompimento. Em-
balagem com tampa.
• Fio Garfi eld 50 m (polipropileno, resina termoplástica, cera 
e aroma tutti fruti) - especialmente desenvolvido para o pú-
blico infantil, tem peso relativo menor, tornando-o muito mais 
leve em relação ao fi o adulto, proporcionando conforto e má-
xima proteção aos tecidos gengivais. Possui tampa higiênica e 
fi o deslizante.
DentalPrev
• Fio Dental Dentics Original – alto poder de remoção da pla-
ca bacteriana e dos resíduos entre os dentes e abaixo da linha 
gengival; desliza facilmente entre os dentes; maior resistência 
ao desfi amento e rompimento. Disponível nas versões de 50 
m e 100 m
• Fio dental Dentics Menta – alto poder de remoção da placa 
bacteriana e dos resíduos entre os dentes e abaixo da linha 
gengival; Maior resistência ao desfi amento e rompimento. 
Agradável sabor menta duradouro.
EdelWhite
• EW-PL70 Fita Dental Encerada (polietileno, cera micro-
cristalina, polyester, essência) – para fácil acesso e máxima 
remoção de placa e resíduos alimentares entre os dentes.
• EW-EF25 Fio Dental Expanding Floss (idem) – ideal para 
a limpeza até mesmo dos espaços maiores entre os dentes, 
deslizando e expandindo para a remoção das placas e os 
residuos alimentares.
Higimaster
• Fio Dental 50 m – tampa mais higiênica.
Johnson & Johnson
• Johnson & Johnson Reach. Fio Cuidado Total. Estojo com 
40 m defi o dental (fi o de polipropileno, cera microcristalina 
e aroma de menta, CI 15850, CI 74160). Uso adulto. Re-
move até 40% a mais de placa dental; auxilia na remoção 
da placa dental acumulada nos lugares mais difíceis de sua 
boca; auxilia na prevenção de doenças gengivais; resistente 
ao desfi amento; sabor refrescante e duradouro; expande em 
contato com os dentes.
• Johnson & Johnson Reach. Fio Clean Paste Original. Estojo 
com 40 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, cera mi-
crocristalina, aroma de menta, corante CI 74160 e CI 74260). 
Uso adulto. Vai além da remoção da placa bacteriana. Tem 
uma exclusiva fórmula Freshmint, por isso possui muito mais 
sabor que outros fi os, dando uma sensação de frescor similar 
ao creme dental. O fi o também possui a tecnologia de entre-
laçamento Expansion Plus, que promove a expansão do fi o ao 
entrar em contato com a superfície interproximal dos dentes, 
promovendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana.
• Johnson & Johnson Reach. Fio clean Paste Whitening. Es-
tojo com 40 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, cera 
microcristalina, aroma, sílica, sacarina sódica). Uso adulto. Vai 
além da remoção da placa bacteriana. Tem uma exclusiva 
fórmula Freshmint, por isso possui muito mais sabor que ou-
tros fi os, dando uma sensação de frescor similar ao creme 
dental. O fi o também possui a tecnologia de entrelaçamento 
Expansion Plus, que promove a expansão do fi o ao entrar em 
contato com a superfície interproximal dos dentes, promo-
vendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana. O 
Clean Paste Whitening possui sílica, substância removedora 
de manchas, ajudando a clarear os espaços entre os dentes.
• Johnson & Johnson Reach, Fio Clean Paste Tartar Control. 
Estojo com 40 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, 
cera microcristalina, pirosfato tetrasódico, aroma, sacarina 
sódica e CI 74160). Uso adulto. Vai além da remoção da placa 
bacteriana. Tem uma exclusiva fórmula Freshmint, por isso 
possui muito mais sabor que outros fi os, dando uma sensação 
de frescor similar ao creme dental. O fi o também possui a 
tecnologia de entrelaçamento Expansion Plus, que promove 
a expansão do fi o ao entrar em contato com a superfície 
interproximal dos dentes, promovendo remoção de até 40% a 
mais da placa bacteriana. O Clean Paste Tartar Control contém 
Pirosfato Tetrasódico, um ingrediente ativo que ajuda a inibir a 
formação do cálculo (tártaro).
• Johnson & Johnson Reach, Fio Expansion Plus Regular. 
Estojo com 50 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, cera 
microcristalina, aroma de citros, ácido cítrico, corante amarelo 
{CI 18792} e corante verde {CI 74260}). Uso adulto. Possui 
exclusiva tecnologia de entrelaçamento que promove a expan-
são do fi o ao entrar em contato com a superfície interproximal 
dos dentes, promovendo remoção de até 40% a mais da placa 
bacteriana.
• Johnson & Johnson Reach, Fio Expansion Plus Citrus. Estojo 
com 40 m de fi o dental (idem). Uso adulto. Possui exclusiva 
tecnologia de entrelaçamento que promove a expansão do fi o 
ao entrar em contato com a superfície interproximal dos dentes, 
promovendo remoção de até 40% a mais da placa bacteriana, 
com um agradável sabor cítrico.
• Johnson & Johnson Reach, Fio Expansion Plus Menta. Estojo 
com 50 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, corante verde 
CI 74260, cera microcristalina e aroma de mentol). Uso adulto. 
Possui exclusiva tecnologia de entrelaçamento que promove a 
expansão do fi o ao entrar em contato com a superfície interpro-
ximal dos dentes, promovendo remoção de até 40% a mais da 
placa bacteriana, com um agradável sabor menta.
• Johnson & Johnson Reach, Fio Expansion Plus Extra Fino. 
Estojo com 50 m de fi o dental (polipropileno entrelaçado, co-
rante azul CI 74160, cera microcristalina e aroma de menta). 
Uso adulto. Possui exclusiva tecnologia de entrelaçamento 
que promove a expansão do fi o ao entrar em contato com a 
superfície interproximal dos dentes, promovendo remoção de 
até 40% a mais da placa bacteriana, com um agradável sabor 
menta. O fi o dental Expansion Plus Extra Fino foi especial-
mente desenvolvido para atingir os espaços estreitos entre os 
dentes, por possuir um formato mais fi no que os outros fi os.
• Johnson & Johnson Reach, Fio Dental Infantil – Zoodent. 
Estojo com 40 metros de fi o (resina termoplástica, cera mi-
crocristalina, essência, corante azul CI 74160 e corante ver-
melho CI 15850). Uso Infantil. Feito com resina termoplástica, 
que resiste ao desfi amento, deslizando suavemente. Possui 
agradável sabor/aroma tutti fruti.
• Johnson & Johnson Reach, Fita Dental Expansion Plus. 
Estojo com 50 metros de fi ta (polipropileno entrelaçado). Uso 
adulto. A fi ta dental tem maior área de ação entre os dentes, 
com material que resiste ao desfi amento, deslizando suave-
mente. É mais fl exível e proporciona maior maciez na gengiva.
• Johnson & Johnson Fio Dental TEK – 100 m. Estojo com 100 
metros (polipropileno entrelaçado, cera e essência). Uso adulto. 
Fio com resina termoplástica e refrescante sabor mentol. Desliza 
suavemente entre os dentes sem machucar as gengivas.
OralB
• SATÏNfl oss & SATINtape – banhados por cera, suave para as 
gengivas e com total resistência ao desfi amento e rompimento. 
Agradável sensação de frescor e alto poder na remoção da 
placa bacteriana.
• Fio Dental Essential Floss – maior resistência ao rompimento 
e desfi amento, facilidade de inserção e deslizamento entre os 
dentes e suavidade para as gengivas e dedos.
• Fio Dental Oral-B Super Floss – especialmente desenvolvido 
para remoção efi caz da placa bacteriana em pessoas com 
aparelhos ortodônticos, coroas, pontes ou implantes.
Rhada
• Fio Dental Dr. Axell 100 m – proporciona suavidade na lim-
peza, prevenindo a gengivite, formação de tártaro, de placas, 
mau hálito e cárie.
• Fio Dental Aleg 100 m – com aroma de menta, proporciona 
suavidade na limpeza, prevenindo a gengivite, formação de 
tártaro, de placas, mau hálito e cárie.
Sanifi ll
• Fio/Fita dental Premium (50m) – desenvolvido com dupla 
camada de cera, proporcionando um maior conforto na sua 
utilização além de deixar um frescor na boca, devido a seu 
sabor de menta. Desliza com mais facilidade entre os dentes 
e possui um aspecto de cinta. 
• Fio dental em sachê Sanifi ll – possui as mesmas caracte-
rísticas do Fio Premium 300 m e 50 m. Embalagem contém 
50 sachês com 40 cm cada, embalado um a um, é ideal para 
ser levado na bolsa e carteira.
• Fio Dental Sanifi ll (25 m, 50 m, 100 m) / Fio Den-
tal Sanifi ll Extrafi no (50 m, 100 m) / Fita Dental Sanifi ll 
(50 m, 100 m) – contribui para evitar a formação da placa e 
prevenir o tártaro e as cáries, quando utilizado de acordo com 
o recomendado pelo seu dentista.
Suavetex
• Fio Dental 50 m e 10 m – preserva os dentes limpos e 
saudáveis.
Lactona do Brasil
• Fio Dental 100 m (levemente encerado, com fl úor, sabor 
mental, cor azulada) – interdental.
Fio dental elétrico
Waterpik
• Flosser FL-220 (a pilha; bastão anatômico e design com-
pacto).
Limpador de língua
Curaprox/Curaden
• Raspador de língua CTC 201 CTC 202 CTC 203 (resinas 
termoplásticas, polipropileno, pigmentos) - desenvolvido para 
higienização da língua e melhora da halitose.
Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
111Revista PerioNews 2011;5(1):99-111
 Guia de produtos
DentalClean
• Hálito Fresco (resina termoplástica, pigmento e ancora 
metálica) - de um lado possui cerdas macias que permitem 
escovar a língua e do outro lado permite remover a saburra 
lingual, causadora do mau hálito.
• Ideal Perio com Limpador de Língua (cabeça 30 e cerdas 
Du Pont com pontas arredondadas) – escovação delicada para 
gengivas sensíveis.
• Pratic Plus – simples, prático e moderno. Com o limpador 
Pratic é possível remover a saburra lingual causadora do mau 
hálito e de placa bacteriana, além de diminuir o risco de doen-
ças. Sua composição em elastômero (borracha) permite que as 
crianças e idosos também possam usá-lo.
EdelWhite
• EW-TC3Limpador de Língua (polietileno, pigmentos) – ideal 
para a limpeza diária da língua mantendo o hálito puro e 
fresco.
Higimaster
• HigiLíngua – limpador de língua.
Kolbe
• Limpador de Língua (poliestireno pigmentado, material 
reciclável atóxico ou aço cirúrgico autoclavável) – adulto e 
pediátrico; remove a saburra lingual formada por bactérias, 
restos de alimentos e células epiteliais descamadas da muco-
sa oral que causam mau hálito, cáries, doenças periodontais, 
infecções de gengiva e garganta etc.
Rhada
• Limpador de Língua Aleg – remove a saburra lingual, placa 
bacteriana causadora do mau hálito, localizada no fundo da 
língua.
Sanifi ll
• Higienizador de língua Sanifi ll – instrumento plástico de 
uso manual e simples que possibilita fácil higienização lingual. 
Remove restos de alimentos e bactérias da região superior da 
língua. 
• Escova Higienizadora de língua Sanifi ll Bizz – possui sistema 
de higienização que combina a ação das cerdas e aletas que 
ajudam a combater as bactérias presentes na língua que são a 
causa no 1 do mau hálito. Efi caz contra a saburra.
TePe
• Raspador de Língua, Unidade em blister (polipropileno, co-
rantes) – limpeza da língua; reduzir o mau hálito removendo 
as bactérias da língua.
Limpeza de aparelhos 
de Ortodontia removíveis
Pharmakin
• Kin Orthonet Limpador Diário e Kin Orthonet Desincrustrante 
Semanal (agentes desincrustantes, poder bactericida e fungi-
cida) – limpeza profunda sem danifi car o aparelho.
Luva
MAM Brasil
• Luva de cuidado oral MAM.
Massageador de gengiva
MAM Brasil
• Massageador de gengiva MAM.
Sanifi ll
• Escova Massageadora Sanifi ll Bebê – dedal feito com ma-
terial 100% de silicone. Massageia a gengiva e os primeiros 
dentinhos do bebê.
Mordedores
Curaprox/Curaden
• CURAbaby estimulador neurosensorial para bebês (com-
posto de policarbonato, plástico emborrachado). As diferentes 
formas, texturas, cores e o chocalho proporcionam ao bebê 
uma grande variedade de estímulos neurosensoriais (visuais, 
auditivos e táteis). Seu uso alivia a dor e aumenta a salivação 
favorecendo a erupção dental e a proteção contra cáries. O 
formato anatômico com simulação de uma pequena escova 
condiciona o bebê para a futura escovação. Recomendado 
para meninos e meninas de dois meses até a erupção dos 
primeiros dentes.
MAM Brasil
• Meu primeiro mordedor MAM.
• Mordedor Brush MAM.
• Multi mordedor MAM.
• Mordedor Twister MAM.
Palito de dente
EdelWhite
EW-FS24 Palito de Dente Flexi-Brush Stics (revestido com 
xylitol e fl uoreto de sódio) – ideal para garantir uma limpeza 
completa e segura dos espaços entre os dentes durante o dia.
Passa-fi o
DentalClean
• Haste fl exível que auxilia na utilização do fi o dental em 
usuários de aparelhos ortodônticos e próteses fi xas. Disponível 
em caixinha de 25 e 50 unidades.
Produtos para dentaduras
Laclede
• Biotène Boca Seca – adesivo para dentadura, tubo com 
68 g (enzimas naturais, glicose oxidase, lactoperoxidase e 
lisozima, mais lactoferrina, de ação antimicrobiana) – para o 
ajuste da prótese total em pacientes com boca seca.
Produtos para hálito
Amway do Brasil
• Glister Spray Refrescante Bucal.
• Glister Spray Rrefrescante Bucal, 9 g.
Bitufo
• Spray Bucal Bitufo Menta Blister (óleo de melaleuca).
• Spray bucal Bitufo Blue Sparks Blister (óleo de melaleuca).
• Spray bucal Bitufo Red Fresh Com Roma Blister (óleo de 
melaleuca).
DentalPrev
• Spray Bucal Dentics – sem açúcar; agradável sabor mint. 
Prático e fácil de transportar: possui prática válvula pump 
spray que permite o uso em qualquer lugar a qualquer hora.
Dokmos Cosméticos
• Aromatizante Bucal Beija Bem Mentha.
• Aromatizante Bucal Beija Bem Morango e Canela.
• Peppermint – óleo essencial de mentha piperita.
Kolbe
• Breath Alert é um medidor de hálito portátil (tem o tamanho 
de um isqueiro e utiliza 2 Pilhas AAA "Palito") – detecta e 
mede os compostos sulfurados voláteis e gases hidrocarbone-
tos, presentes na boca, que causam o mau hálito e mensura 
os resultados em 4 estágios: os estagio 1 e o 2 não são hálito 
perceptíveis no nariz humano, os 3 e 4 são halitose em menor 
e maior grau, o Breath Alert vem com o manual traduzido para 
o Português.
Laboratório Boniquet
• Aromatizante Bucal Bonicaps (cápsulas de revestimento fi no 
e gelatinoso, isentas de açúcar e com aroma de menta) – 
refrescar o hálito.
Pharmakin
• Kin Halitose spray 40 ml (peróxido de carbamida) – pre-
venção e tratamento da halitose, coadjuvante no tratamento 
das afecções periodontais e manutenção de uma ótima saúde 
bucodental.
Sanifi ll
• Aromatizante Bucal Sanifi ll - proporciona frescor e hálito 
puro a todo o momento. Com Cloreto de Zinco, que auxilia 
no combate as bactérias causadoras do mau hálito. Frasco 
disponível com 15 ml. Sabor menta.
• Gel Higienizador para Língua Sanifi ll – especialmente de-
senvolvido para a higiene lingual. Formulado com Cloreto de 
Zinco, higieniza e neutraliza os compostos de Enxofre voláteis, 
responsáveis pelo mau hálito. Deixa um hálito fresco e agra-
dável sabor de menta.
Umidifi cadores de boca seca
Laclede
• Biotène Oral Balance - gel umidifi cante oral, tubo com 42 
g e 9 ml (complexo sistema de enzimas bioativas: glicose 
oxidase, lactoperoxidase e lisozima, mais lactoferrina) – saliva 
substituta de longa duração para o alívio da boca seca. Lubrifi -
cante oral especialmente formulado para manter a boca úmida 
por até seis horas. Alivia e ajuda a proteger a mucosa oral 
contra irritações, coceiras e sensação de queimação. Contém 
o sistema de enzimas Biotène que ajuda a inibir o crescimento 
de bactérias patogênicas.
• Biotène Oral Balance Umidifi cada de Boca Seca Líquido, 
frasco com 45 ml (amino-ácidos {AA}, proteínas do leite, 
ácidos graxos essenciais {AGE}, mais um sistema enzimático 
antimicrobiano natural: lisozima, lactoperoxidase e lactofer-
rina) – umidifi cante de boca seca líquido desenvolvido para 
proporcionar a umidade, o alívio rápido e a proteção aos que 
sofrem com a boca seca, durante todo o dia e a noite. Con-
tém agentes umidifi cantes, AGE, AA, e proteínas do leite que 
recriam a proteção natural encontrada na boca. As enzimas 
bioativas mantêm a microbiota oral saudável e equilibrada 
inibindo odores bucais.
Pharmakin
• Kin hidrat spray 40 ml (tiocianato de potássio, cloreto de potássio, 
cloreto de sódio, cloreto de cálcio, cloreto de magnésio, dihidro-
genofosfato de potássio, xilitol, sacarina sódica, nipasept sódico, 
2- bromo-2-nitropopano-1,3-diol, mentol, aroma, ácido cítrico, 
óleo de rícino hidrogenado, PEG 40, água purifi cada) – alivia os 
problemas ocasionados pela redução de fl uxo salivar (xerostomia); 
restabelece o equilíbrio salivar; hidrata e refresca a cavidade bucal; 
previne o aparecimento de afecções bucais oriundas da redução 
do fl uxo salivar.
113
1. OBJETIVO
A revista PerioNews, de periodicidade bimestral, 
destina-se à publicação de trabalhos inéditos de 
pesquisa aplicada, bem como artigos de atualização, 
relatos de casos clínicos e revisão da literatura na 
área de Implantodontia e de especialidades multidis-
ciplinares que a envolvam.
2. NORMAS
2.1. Os trabalhos enviados para publicação devem 
ser inéditos, não sendo permitida a sua apresentação 
simultânea em outro periódico.
2.2. Os trabalhos deverão ser enviados exclusivamente 
via correio, gravados em CD, em formato DOC ou RTF 
(Word for Windows), acompanhados de uma cópia 
em papel, com informações para contato (endereço, 
telefone e e-mail do autor responsável).
2.2.1. O CD deve estar com a identifi cação do autor 
responsável, em sua face não gravável, com etiqueta 
ou caneta retroprojetor (própria para escrever na 
superfície do CD).
2.3. O material enviado, uma vez publicado o trabalho, 
não será devolvido.
2.4. A revista PerioNews reserva todos os direitos 
autorais do trabalho publicado.
2.5. A revista PerioNews receberá para publicação 
trabalhos redigidos em português.
2.6. A revista PerioNews submeterá os originais à 
apreciação do Conselho Científi co, que decidirásobre 
a sua aceitação. Os nomes dos relatores/avaliadores 
permanecerão em sigilo e estes não terão ciência dos 
autores do trabalho analisado.
2.7. O trabalho deverá ser entregue juntamente com 
o Termo de Cessão de Direitos Autorais, assinado 
pelo(s) autor(es) ou pelo autor responsável.
2.7.1. Modelo de Termo de Cessão de Direitos Autorais:
[Local e data]
Eu (nós), [nome(s) do(s) autor(es)], autor(es) 
do trabalho intitulado [título do trabalho], o qual 
submeto(emos) à apreciação da revista PerioNews 
para nela ser publicado, declaro(amos) concordar, 
por meio deste sufi ciente instrumento, que os direitos 
autorais referentes ao citado trabalho tornem-se 
propriedade exclusiva da revista PerioNews a partir 
da data de sua submissão, sendo vedada qualquer 
reprodução, total ou parcial, em qualquer outra parte 
ou meio de divulgação de qualquer natureza, sem 
que a prévia e necessária autorização seja solicitada 
e obtida junto à revista PerioNews. Declaro(amos) 
serem verdadeiras as informações do formulário 
de Confl ito de Interesse. No caso de não aceitação 
para publicação, essa cessão de direitos autorais 
será automaticamente revogada após a devolução 
defi nitiva do citado trabalho, mediante o recebimento, 
por parte do autor, de ofício específi co para esse fi m. 
[Assinatura(s)]
[Assinatura]
Importante: autores e coautores deverão preencher 
individualmente o formulário com informações próprias. 
Estas deverão ser acrescentadas ao fi nal do artigo, 
em forma de texto, como Nota de Esclarecimento.
2.8. As informações contidas nos trabalhos enviados 
são de responsabilidade única e exclusiva de seus 
autores.
2.9. Os trabalhos desenvolvidos em instituições 
ofi ciais de ensino e/ou pesquisa deverão conter no 
texto referências à aprovação pelo Comitê de Ética. 
2.10. Os trabalhos que se referirem a relato de caso 
clínico com identifi cação do paciente deverão conter 
o Termo de Consentimento do Paciente, assinado 
por este.
3. APRESENTAÇÃO
3.1. Estrutura
3.1.1. Trabalhos científi cos (pesquisas, artigos e 
teses) – Deverão conter título em português, nome(s) 
do(s) autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, 
unitermos, introdução e/ou revisão da literatura, 
proposição, material(ais) e método(s), resultados, 
discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título 
em inglês, resumo em inglês (abstract), unitermos 
em inglês (key words) e referências bibliográfi cas. 
Limites: texto com, no máximo, 35.000 caracteres 
(com espaços), 4 tabelas ou quadros, 4 gráfi cos e 16 
fi guras/imagens.
3.1.2. Revisão da literatura – Deverão conter título em 
português, nome(s) do(s) autor(es), titulação do(s) 
autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou pro-
posição, revisão da literatura, discussão, conclusão, 
nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em 
inglês (abstract), unitermos em inglês (key words) 
e referências bibliográfi cas. 
Limites: texto com, no máximo, 25.000 caracteres 
(com espaços), 10 páginas de texto, 4 tabelas ou 
quadros, 4 gráfi cos e 16 fi guras.
3.1.3. Relato de caso(s) clínico(s) – Deverão conter 
título em português, nome(s) do(s) autor(es), titu-
lação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução 
e/ou proposição, relato do(s) caso(s) clínico(s), 
discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título 
em inglês, resumo em inglês (abstract), unitermos 
em inglês (key words) e referências bibliográfi cas. 
Como enviar seus trabalhos
Importante:
Envie seu trabalho apenas pelo correio, para:
PerioNews
Att. Cecilia Felippe Nery (Editora)
Rua Gandavo, 70 – Vila Clementino
04023-000 – São Paulo – SP
Contendo CD identifi cado (com todo o material do 
artigo), impresso completo do trabalho a ser submetido, 
Termo de Cessão de Direitos Autorais/Formulário de 
Confl ito de Interesse devidamente preenchidos e Termo 
de Consentimento do Paciente, quando necessário.
Em caso de dúvida, entre em contato com a redação: 
(11) 2168-3400 – <secretaria@perionews.com.br>.
Revista PerioNews 2011;5(1):113-4
 Normas de publicação
Os trabalhos enviados que não seguirem rigorosamente as Normas de Publicação serão devolvidos 
automaticamente. A revista PerioNews adota em suas normas de publicação o estilo de Vancouver (Sistema 
Numérico de Citação), visando à padronização universal de expressões científi cas nos trabalhos publicados. 
Desde janeiro de 2011, todos os trabalhos deverão ser enviados com o formulário de Confl ito de Interesse 
preenchido, material que passa a fazer parte do Termo de Cessão de Direitos Autorais.
Confl ito de Interesse Sim Não
Eu recebi apoio fi nanceiro para pesquisa dado por 
organizações que possam ter ganho ou perda com 
a publicação deste trabalho
Eu, ou os membros da minha família, recebemos 
honorários de consultoria ou fomos pagos como 
avaliadores por organizações que possam ter ganho 
ou perda com a publicação deste trabalho
Eu, ou os membros da minha família, possuímos 
ações ou investimentos em organizações que 
possam ter ganho ou perda com a publicação 
deste trabalho
Eu recebi honorários de apresentações vindos de 
organizações que possam ter ganho ou perda com 
a publicação deste trabalho
Você está empregado pela entidade comercial que 
patrocinou o estudo?
Você possui patentes ou royalties, trabalhou como 
testemunha especializada, ou realizou atividades 
para uma entidade com interesse fi nanceiro nesta 
área? (forneça uma descrição resumida)
114
Limites: texto com, no máximo, 18.000 caracteres 
(com espaços), 2 tabelas ou quadros, 2 gráfi cos 
e 32 fi guras.
3.2. Formatação de página: 
a. Margens superior e inferior: 2,5 cm 
b. Margens esquerda e direita: 3 cm 
c. Tamanho do papel: carta 
d. Alinhamento do texto: justifi cado 
e. Recuo especial da primeira linha dos parágrafos: 
1,25 cm 
f. Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas 
g. Controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado 
h. As páginas devem ser numeradas
3.3. Formatação de texto:
a. Tipo de fonte: times new roman 
b. Tamanho da fonte: 12 
c. Título em português: máximo de 90 caracteres
d. Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulos 
principais
e. Resumos em português e inglês: máximo de 250 
palavras cada
f. Unitermos e key words: máximo de cinco. Consultar 
Descritores em Ciências da Saúde – Bireme (www.
bireme.br/decs/)
3.4 Citações de referências bibliográfi cas
a. No texto, seguir o Sistema Numérico de Citação, no 
qual somente os números índices das referências, na 
forma sobrescrita, são indicados no texto. 
b. Números sequenciais devem ser separados por 
hífen (ex.: 4-5); números aleatórios devem ser 
separados por vírgula (ex.: 7, 12, 21). 
c. Não citar os nomes dos autores e o ano de publi-
cação. Exemplos:
Errado: “Bergstrom J, Preber H2 (1994)...”
Correto: “Vários autores1,5,8 avaliaram que a saúde 
geral e local do paciente é necessária para o sucesso 
do tratamento”; “Outros autores1-3 concordam...”
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
4.1. Quantidade máxima de 30 referências bibliográ-
fi cas por trabalho.
4.2. A exatidão das referências bibliográfi cas é de 
responsabilidade única e exclusiva dos autores.
4.3. A apresentação das referências bibliográfi cas 
deve seguir a normatização do estilo Vancouver, 
conforme orientações fornecidas pelo International 
Committee of Medical Journal Editors (www.icmje.
org) no “Uniform Requirements for Manuscripts 
Submitted to Biomedical Journals”. 
4.4. Os títulos de periódicos devem ser abreviados 
de acordo com o “List of Journals Indexed in Index 
Medicus” (www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html) e 
impressos sem negrito, itálico ou grifo/sublinhado.
4.5. As referências devem ser numeradas em ordem 
de entrada no texto pelos sobrenomes dos autores, 
que devem ser seguidos pelos seus prenomes abre-
viados, sem ponto ou vírgula. A vírgula só deve ser 
usada entre os nomes dos diferentes autores. Incluir 
ano, volume, número (fascículo) e páginas do artigo 
logo após o título do periódico. 
Exemplo:
“1. Lorato DC. Infl uence of a composite resin resto-
ration on the gengival. Prosthet Dent 1992;28:402-4.
2. Bergstrom