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1.1 PRINCÍPIO DA DEMONSTRAÇÃO DO PREJUÍZO (PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF: VIGA MESTRA DO
ARCABOUÇO TEÓRICO DAS NULIDADES- ART. 563, CPP)
Por este princípio, entende-se que não há decretação de nulidade sem ocorrência de prejuízo. Nos vícios de
caráter absoluto, o prejuízo é presumido e desnecessária é a sua demonstração. Nos vícios de caráter relativo, o
prejuízo precisa ser demonstrado e concreto. Para Grinover et al (2012), sem ofensa ao sentido teleológico da
norma não haverá prejuízo e, por isso, o reconhecimento da nulidade constituiria consagração de um formalismo
exagerado e inútil.
1.2 PRINCÍPIO DE QUE NÃO É DADO A ALGUÉM SE BENEFICIAR DA PRÓPRIA TORPEZA (ART. 565, CPP)
 Conforme este princípio exige-se que a parte prejudicada pela prática do ato processual viciado tenha interesse
no seu reconhecimento, logo ela não pode ser geradora do defeito tampouco o praticar para servir a objetivos
escusos.
1.3 PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS (ART. 566, CPP)
Segundo esse princípio, a forma procedimental não deve ser considerada um fim em si. Não tem sentido declarar
nulo um ato inócuo, sem qualquer influência no deslinde da causa, apenas por apego ao formalismo.
1.4 PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
De acordo com esse princípio, os atos processuais que não derivam ou que não dependem do ato viciado não
estarão por ele contaminados sendo, portanto, conservados em homenagem a economia processual.
1.5 PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
 Por este, os vícios de caráter relativo estarão sanados desde que não arguidos no momento oportuno.
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO SISTEMA DE NULIDADES
 NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO
NulidadesNulidades
1.6 PRINCÍPIO DA NÃO-PRECLUSÃO E DO PRONUNCIAMENTO EX OFFICIO DOS VÍCIOS DE CARÁTER ABSOLUTO
 Pelo presente, os vícios de caráter absoluto podem ser arguidos a qualquer tempo e podem ser declarados nulos
independentemente de arguição pela outra parte.
1.7 PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE OU CONSEQÜÊNCIA (OU CONTAMINAÇÃO OU SEQUENCIALIDADE OU
INTERDEPENDÊNCIA OU CONCATENAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS)
 Encontra-se disposto no artigo 573, § 1º, do CPP e enuncia que a decretação da nulidade de um determinado ato
ocasiona a nulidade dos que lhe forem conseqüência ou decorrentes. Não é, portanto, a circunstância de ser um
ou mais termos do processo posteriores ao ato declarado nulo que os torna nulificados, mas sim o fato de ser
consequência ou decorrência daquele.