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MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS INTRODUÇÃO GESTÃO II 2022 ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS INTRODUÇÃO GESTÃO II 2º ANO : INTRODUÇÃO GESTÃO II CÓDIGO ISCED21-ECOCFE008 TOTAL HORAS/ 1 SEMESTRE 125 CRÉDITOS (SNATCA) 5 NÚMERO DE TEMAS 5 UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo: Introdução á Gestão II i Direitos de autor (copyright) Este manual é propriedade da Universidade Aberta ISCED (UnISCED), e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora Universidade Aberta ISCED (UnISCED). A não observância do acima estipulado infractor é passível a aplicação de processos judiciais em vigor no País. Universidade Aberta ISCED (UnISCED) Coordenação do Programa de Licenciaturas Rua Paiva Couceiro. No, Macuti Beira - Moçambique Telefone: 23323501 Cel: +258 823055839 Fax: 23323501 E-mail: direcção@unisced.ac.mz Website: www.unisced.ac.mz mailto:direcção@unisced.ac.mz http://www.unisced.ac.mz/ UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo: Introdução á Gestão II ii Agradecimentos A Universidade Aberta ISCED (UnISCED) agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: Autor Prof.Msc. Tito Raúl Naene Muassa Coordenação Design Financiamento e Logística Revisão Científica Revisão Linguística Ano de Publicação Local de Publicação Direcção Académica da UnISCED Universidade Aberta (UnISCED) Instituto Africano de Promoção da Educação a Distância (IAPED) XXXXX XXXXX 2022 UnISCED – BEIRA UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo: Introdução á Gestão II iii Índice Visão geral 1 Benvindo ao Módulo de Introdução á Gestão I ................................................................. 1 Objectivos da Disciplina/Módulo ....................................................................................... 1 Quem deveria estudar este módulo?................................................................................. 2 Como está estruturado este módulo? ........................................................................................ 2 Ícones de actividade .......................................................................................................... 3 Habilidades de estudo....................................................................................................... 4 Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5 Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ............................................................................... 6 Avaliação ............................................................................................................ 7 TEMA I: INTRODUÇÃO Á ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 8 UNIDADE Temática 1.1. Introdução á Estrutura Organizacional ................................................ 8 UNIDADE Temática 1.2. Tipos de Estrutura Organizacional: Formal e Informal ....................... 10 UNIDADE Temática 1.3. Teorias básicas sobre a origem da autoridade. ................................ 15 UNIDADE Temática 1.4. Sistema de Comunicações ........................................................................ 16 UNIDADE Temática 1.4.1. Níveis de influência relacionados aos tipos de planejamento ........19 UNIDADE Temática 1.5. EXERCÍCIOS deste tema. ......................................................................... 22 TEMA II: EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO DAS ORGANIZAÇÕES 25 UNIDADE Temática 2.1. A função da Administrativa nas Organizações. ............................ 25 UNIDADE Temática 2.2. Criação da estrutura organizacional (ou departamentalização) .. 28 UNIDADE Temática 2.2.1. Características: vantagens/desvantagens ............................... …..28 UNIDADE Temática 2.2.2. Características de uma estrutura horizontal. ........................... …..39 UNIDADE Temática 2.3. EXERCÍCIOS deste tema. ..............................................................…………41 TEMA III: INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ORGANIZACIONAIS 43 UNIDADE Temática 3.1. Introdução a Teoria Geral dos Sistemas ...................................... 43 UNIDADE Temática 3.2. Visão sistêmica das organizações. .............................................. 45 UNIDADE Temática 3.2.1. Os três níveis da hierarquia de sistemas ......................... 48 UNIDADE Temática 3.3. Modelo de Gestão ............................................................... 49 UNIDADE Temática 3.3.1. Classificação dos subsistemas empresariais. .............................. 53 UNIDADE Temática 3.4. EXERCÍCIOS deste tema. .................................................................... 58 TEMA IV: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAIS Erro! Marcador não definido. UNIDADE Temática 4.1. Introdução ao Sistemas de informação gerenciais ........................ 59 UNIDADE Temática 4.2. Entendendo o papel dos gestores das organizações .................. 62 UNIDADE Temática 4.3. O ciclo de vida dos sistemas de informação .............................. 64 UNIDADE Temática 4.4. Os sistemas de informação gerenciais e estrutura organizacional 66 UNIDADE Temática 4.4.1. A estratégica empresarial e os sistemas de informação gerencial .................................................................................................... 75 UNIDADE Temática 4.4.2. Entendendo o modelo básico de um sistema de informação gerencial. ............................................................................................................... 78 UNIDADE Temática 4.5. As entradas e saídas dos sistemas de informação gerencial .......... 81 UNIDADE Temática 4.5.1. As entradas de um SIG ................................................................ 82 UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo: Introdução á Gestão II iv UNIDADE Temática 4.5.1. As saídas de um SIG ......................................................83 UNIDADE Temática 4.6. EXERCÍCIOS deste tema. ............................................... 87 TEMA V: PLANEJAMENTO, PLANO E TOMADA DE DECISÃO 88 UNIDADE Temática 5.1. Visão Geral do Planejamento. .......................................... 88 UNIDADE Temática 5.1.1. Avaliação das condições atuais ............................. ..90 UNIDADE Temática 5.1.2. O fator tempo no Planejamento ................................. 90 UNIDADE Temática 5.1.2. O fator tempo no Planejamento ................................. 90 UNIDADE Temática 5.1.3. Os problemas de previsão no Planejamento ....................... 91 UNIDADE Temática 5.2. A coleta e a análise dos dados ..................................... 92 UNIDADE Temática 5.3. A coordenação dos Planos fator tempo ................................ 95 UNIDADE Temática 5.4. Princípios Gerais do Planejamento ...................................... 96 UNIDADE Temática 5.5. Princípios Específicos de Planejamento ................................... 98 UNIDADE Temática5.5.1. Partes do Planejamento ................................................ 98 UNIDADE Temática 5.6. EXERCÍCIOS deste tema. .............................................. 102 UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 1 Visão geral Bem vindo à Disciplina/Módulo de Introdução á Gestão II Objectivos do Módulo Ao terminar o estudo deste módulo de Introdução á Gestão II deverá ser capaz de: Apresentar os Princípios e os Fundamentos da Administração, proporcionar ao aluno condições de compreender a origem e evolução da ciência da administração e de seus pressupostos, com destaque para a realidade contemporânea do ambiente organizacional e desenvolver e consolidar conhecimentos de uma forma abrangentes sobre os princípios de gestão que norteiam a ciência e arte de administrar uma empresa. Objectivos Específicos ▪ Saber os conceitos de gestão e organizações. ▪ Conhecer os modelos de gestão e porque estudá-los. ▪ Fazer uma análise do ambiente organizacional. ▪ Ter conhecimentos dos sistemas organizacionais de aprendizagem. ▪ Implementar estratégias organizacionais. ▪ Envolve decisões tomadas pela alta administração; ▪ Envolve apropriação de muitos recursos, como dinheiro, mão-de- obra ou capacidade física; ▪ Tem impacto significativo a longo prazo; ▪ Focaliza a interação da organização com o ambiente externo. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 2 Quem deveria estudar este módulo Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de licenciatura em Gestão de Empresas da UnISCED e outros como Gestão de Rcursos Humanos, Gestão de Marketing e Relações Públicas, Administração Geral, entre outros. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual. Como está estruturado este módulo Este módulo de Introdução á Gestão II, para estudantes do 2º ano do curso de licenciatura em Gestão Empresas, à semelhança dos restantes da UnISCED, está estruturado como se segue: Páginas introdutórias ▪ Um índice completo. ▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo, como componente de habilidades de estudos. Conteúdo desta Disciplina / módulo Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só depois é que aparecem os exercícios de avaliação. Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e actividades práticas alguns incluido estudo de caso. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 3 Outros recursos A equipa dos académicos e pedagogos da UnISCED, pensando em si, num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você explorar. Para tal a UnISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos,CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus estudos. Auto-avaliação e Tarefas de avaliação Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios de auto-avaliação apresentam duas caracteristicas: primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, exercícios que mostram apenas respostas. Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. Parte das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de avaliação é uma grande vantagem. Comentários e sugestões Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didático- Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em gozo de confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado. Ícones de actividade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 4 Habilidades de estudo O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender. Aprender aprende-se. Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de estudo de caso se existirem. IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc. É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um determinado período de tempo; deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior. Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada tema, no módulo. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 5 Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama- se descanso à mudança de actividades). Ou seja, que durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos dasactividades obrigatórias. Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto, mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente incapaz! Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está a se formar. Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar; Precisa de apoio? Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou invertidas,etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 6 via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a preocupação. Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc. As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central da UnISCED indigitada para acompanhar as suas sessões presenciais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa. O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade temática, no módulo. Tarefas (avaliação e auto-avaliação) O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e auto−avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo. Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor. O plágio1é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante da UnISCED). UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 7 Avaliação Muitos perguntam: Como é possível avaliar estudantes à distância, estando eles fisicamente separados e muito distantes do docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e consistente. Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A avaliação do estudante consta detalhada do regulamentada de avaliação. Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e aprendizagem no campo, pesam 40% e servem para a nota de frequência para ir aos exames. Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e decorrem durante as sessões presenciais/online. Os exames pesam no maximo 60%, o que adicionado aos 40% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 3 (três) avaliações e 1 (um) (exame). Algumas actividades praticas, relatórios e reflexões serão utilizados como ferramentas de avaliação formativa. Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de Avaliação. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 9 TEMA – I: INTRODUÇÃO Á ESTRUTURA ORGANIZACIONAL UNIDADE Temática 1.1. Introdução á Estrutura Organizacional UNIDADE Temática 1.2. Tipos de Estrutura Organizacional: Formal e Informal UNIDADE Temática 1.3. Teorias básicas sobre a origem da autoridade UNIDADE Temática 1.4. Sistema de Comunicações UNIDADE Temática 1.4.1. Níveis de influência relacionados aos tipos de planejamento UNIDADE Temática 1.5. EXERCÍCIOS deste tema UNIDADE Temática 1.1. Estrutura Organizacional Introdução Estrutura organizacional é o instrumento administrativo resultante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando ao alcance dos objetivos estabelecidos pelos planejamentos das empresas”. (OLIVEIRA, 2006) As atividades da empresa devem estar bem identificadas, isto é, deve-se saber, exactamente, o que fazer e na ordem certa, primeiro uma e depois outra. Os recursos também devem estar conforme as atividades, por exemplo, uma máquina deve estar no lugar certo e as pessoas devem estar no lugar das atividades que elas sabem executar. Estabelecer os níveis de alçada e dos processos decisórios significa que a as pessoas só podem mandar ou agir dentro dos seus limites e as decisões só podem ser tomadas dentro do seu campo de ação. Uma empresa estabelece seus objetivos e, para queeles sejam alcançados, é necessário um planejamento. As atividades da empresa devem seguir o planejamento estabelecido. Se não for desta forma, tudo vira uma grande confusão. A Organização da empresa é definida como a ordenação e agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos e resultados estabelecidos. Para a adequada organização de uma empresa, pode-se considerar o desenvolvimento de alguns aspectos: • estrutura organizacional • rotinas e procedimentos administrativos Além da organização da empresa, o administrador tem três outras funções básicas: • planejamento da empresa, que representa o estabelecimento de objetivos e resultados estabelecidos e dos meios mais adequados para se alcançar estas metas • a direção da empresa, que representa a orientação e/ou coordenação e/ou motivação UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 10 e/ou liderança das atividades e recursos visando alcançar os objetivos e resultados esperados; e • controle da empresa, que representa o controle e a avaliação dos resultados obtidos em relação aos objetivos e resultados esperados Quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia: • identificação das tarefas necessárias • organização das funções e responsabilidades • informações, recursos e feedback aos empregados • medidas de desempenho compatíveis com os objetivos • condições motivadoras Se a Elaboração da estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa, pode-se então assumir que, a estrutura organizacional é dinâmica, principalmente quando são considerados os seus aspectos informais provenientes da caracterização das pessoas que fazem parte de seu esquema. Deve ser delineada considerando as funções de administração como um instrumento para facilitar o alcance dos objetivos estabelecidos. UNIDADE Temática 1.2. Tipos de Estrutura Organizacional: Formal e Informal. Estrutura Formal da Organização É aquela representada pelo organograma. Todas as relações são formais. Não se pode descartá-la e deixar funcionários se relacionarem quando eles não devem ter relações diretas. A figura abaixo é um exemplo de organograma. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 11 Tipos de Estruturas Organizacionais Formais As estruturas organizacionais formais podem ser dos seguintes tipos: Funcional - é estruturada por função da empresa. Ex: Departamento de Produção, Departamento Financeiro, Departamento de Marketing etc. Territorial - é usada quando a empresa é dispersa. Ex: região norte, região sul etc. Produtos/Serviços – quando a empresa tem várias linhas de produtos. Ex: têxtil, farmacêutico, químico etc. Clientes - por tipo de cliente. Ex: feminino, infantil etc. Processos - etapas de um processo. Ex: em uma indústria, tem os setores de corte, montagem, estamparia etc. Projetos - a alocação de pessoas e recursos é temporária. Quando acaba um projeto, a equipe muda para outro. Ex: uma construtora tem várias obras. Quando acaba uma construção, o pessoal e os equipamentos vão para outra obra. Matricial - a equipe trabalha para dois comandos simultaneamente. Ex: em uma fábrica, a equipe de manutenção recebe ordens da gerência de manutenção e também da gerência de produção. Mista - mistura os vários tipos de estruturas para se adaptar à realidade. Síntese: Vimos assim, o conceito de organização, seus principais tipos, a estrutura organizacional e suas partes. Devido à competição de mercados, as estruturas organizacionais tendem a ficar cada vez mais enxutas. Estrutura Informal da Organização É o relacionamento entre as partes fora do Organograma, ou seja, as relações não estão previstas. A estrutura informal surge naturalmente. Ela pode ajudar a empresa, facilitando o trabalho, mas pode, também, atrapalhar, realizando procedimentos errados. Por exemplo, um funcionário recebeu um documento sem carimbo. Se ele seguir a estrutura formal, o UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 12 papel deve retornar pelo mesmo caminho que veio. Caso resolva ir buscar o carimbo diretamente, ele está criando uma relação informal. Estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou requerida pela estrutura formal. Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Portanto, apresenta relações que não aparecem no organograma. A estrutura informal focaliza as pessoas e suas relações. A estrutura formal focaliza autoridades e responsabilidades. Do ponto de vista de administradores, a estrutura informal é um empecilho que regularmente oferece resistência às ordens formais, ou as altera ou ainda as cumpre por um procedimento diferente do desejado. Independente de ser útil ou prejudicial, a primeira característica da estrutura informal é não poder ser extinta. Em contraste com o fluxo descendente da autoridade formal, a autoridade informal flui, na maioria das vezes de maneira ascendente ou horizontalmente. É mais um privilégio que um direito. É geralmente mais instável que a autoridade formal, pois está sujeita aos sentimentos pessoais. Devido à sua natureza subjetiva, a estrutura informal não está sujeita ao controle da direção, como o está a estrutura formal. A estrutura formal pode crescer bastante, mas as estruturas informais tendem a ficar menores, de maneira a permanecerem dentro dos limites das relações pessoais. Há, entretanto, muitas estruturas informais dentro de uma grande empresa. Elas existem em todos os níveis. Algumas são confinadas apenas à empresa enquanto que outras podem ser parcialmente externas à empresa. Características que favorecem o surgimento da liderança informal: idade, antiguidade, competência técnica, localização no trabalho, liberdade de se mover na área de trabalho, personalidade agradável e comunicativa. Embora cada pessoa em um grupo de trabalho possa ser líder de alguma pequena estrutura informal, geralmente há um líder primário que está acima dos outros. A administração deve saber quem é o líder informal e trabalhar com essa pessoa a fim de assegurar que esta liderança esteja acompanhando os objetivos da empresa em vez de antagonizá-los. Estrutura informal é um bom lugar para líderes formais se desenvolverem e adquirirem experiência. Entretanto, líderes informais podem falhar como líderes formais por não lidarem bem com a responsabilidade formal. O grupo surge e persiste para manter os desejos de seus membros e, envolve, basicamente, o desenvolvimento e manutenção da cultura do grupo, o desenvolvimento e manutenção de sistemas e canais de comunicação e o exercício do controle social, através do qual o comportamento dos outros é influenciado e regulado. O controle social acontece interna e externamente. O controle interno acontece para que membros do grupo se comportem de acordo com a cultura do grupo. O controle externo é dirigido aos de for a do grupo, tais como diretoria, sindicato. A pressão do controle externo pode ser bastante grande por exemplo, por ocasião de alguma greve. Uma administração efetiva resulta numa situação em que a estrutura informal complementa o trabalho UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 13 - o ideal é haver perfeita interação entre os dois tipos de estruturas. O quadro a seguir ilustra as principais vantagens e desvantagens da estrutura informal em uma organização. VANTAGENS DESVANTAGENS • proporciona maior rapidez no processo • reduz distorções existentes na estrutura formal • complementa a estrutura formal • reduz a carga de comunicação dos chefes • motiva e integra aspessoas da empresa • desconhecimento das chefias • dificuldade de controle • possibilidade de atritos entre pessoas Fatores que condicionam o aparecimento dos grupos informais: • interesses comuns que se desenvolvem entre um certo número de pessoas que, através deles, passam a sintonizar-se mais intimamente • a interação provocada pela própria estrutura formal • os defeitos na estrutura formal • a flutuação do pessoal dentro da empresa provoca, normalmente, alteração dos grupo sociais informais • períodos de lazer • disputa do poder Na consideração dos tipos de estrutura organizacional deve-se lembrar que estes são os resultados da departamentalização (funcional, clientes, produtos, territorial, por projetos, matricial, etc.). Entre os fatores internos que influenciam a natureza da estrutura organizacional da empresa (Drucker, 1962) estão: • a natureza dos objetivos estabelecidos para a empresa e seus membros • as atividades operantes exigidas para realizar esses objetivos • a sequência de passos necessária para proporcionar os bens ou serviços que os membros e clientes desejam ou necessitam • as funções administrativas a desempenhar • as limitações da habilidade de cada pessoa na empresa e limitações tecnológicas • as necessidades sociais dos membros da empresa • tamanho da empresa Com vistas no delineamento da estrutura organizacional, Vasconcellos (1972:145) apresenta os seus componentes, condicionantes e níveis de UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 14 influência que podem ser assim resumidos: A- Componentes da estrutura organizacional • sistema de responsabilidade (resultado da alocação de actividades), constituído por: departamentalização; linha e assessoria e especialização do trabalho • sistema de autoridade (resultado da distribuição do poder), constituído por: amplitude administrativa e níveis hierárquicos; delegação e descentralização/centralização • sistemas de comunicações (resultado da interação entre unidades organizacionais), constituído por: o que, como, quando, de quem e para quem comunicar Pode-se considerar mais um sistema componente da estrutura organizacional: o sistema de decisão (resultado da ação sobre as informações). B- Condicionantes da estrutura organizacional Vasconcellos (1972:1) resume em: • objetivos e estratégias • ambiente • tecnologia • recursos humanos C- Níveis de influência da estrutura organizacional • estratégico • tático • operacional Considerações Básicas sobre Componentes, Condicionantes e Níveis de Influência da Estrutura Organizacional A- COMPONENTES Sistema de Responsabilidade Responsabilidade refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para outrem (Jucius e Schhelender, 1968:232). O sistema de responsabilidade refere-se à alocação das atividades inerentes a esta obrigação (Vasconcelos, 1972:154) Aspectos básicos do sistema de responsabilidade são: a) Departamentalização b) Linha e Assessoria c) Atribuições das unidades organizacionais (a) b) e c) serão abordados futuramente). Sistema de Autoridade Autoridade é o direito para fazer alguma coisa. Ela pode ser o direito de tomar decisões, de dar ordens e requerer obediência, ou simplesmente o direito de UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 15 desempenhar um trabalho que foi designado. A autoridade poder formal ou informal (Jucius e Schelender 1968:234) UNIDADE Temática 1.3. Teorias básicas sobre a origem da autoridade (apresentadas por Koontz e O'Donnell 1973:48) Teoria formal da autoridade: a origem da autoridade na empresa deve obedecer a uma hierarquia, assim como a empresa se baseia nas instituições (sociais, políticas, econômicas, religiosas) para estabelecer suas normas internas. Essas instituições mudam à medida que os costumes, tradições e leis do povo mudam. Teoria da aceitação da autoridade: a origem da autoridade é a aceitação das ordens, desde que sejam compreendidas e estejam dentro das funções do subordinado. É uma teoria discutível, porque na prática o subordinado, pressionado pelo grupo, acabará obedecendo à ordem. Teoria da competência: a autoridade pode provir de qualidades pessoais de competência técnica. Dentro do grupo de subordinados pode existir um que se sobressaia e acaba transformando os outros em subordinados, apensar de não possuir autoridade devida. Devem-se considerar os tipos de autoridade, a saber: hierárquica e funcional. A hierárquica segue as linhas de comando estabelecidas pela estrutura hierárquica da empresa. A autoridade funcional corresponde à autoridade estabelecida pela função exercida pelas unidades organizacionais. Autoridade funcional deve ser muito bem estabelecida pela empresa, para evitar possíveis problemas de duplicidade de comando. O ideal é a autoridade funcional estar correlacionada apenas ao estabelecimento de políticas administrativas. Aspectos básicos do sistema de autoridade são: a) delegação, MAIS ALTO AMPLITUDE DE LIMITES DE NÍVEL MAIS BAIXO UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 16 b) centralização e descentralização, c) níveis hierárquicos, d) amplitude de controle (a serrem abordados futuramente). Comunicação é um processo mediante o qual uma mensagem é enviada por um emissor, através de um determinado canal, e entendida por um receptor (Vasconcellos, 1972:10) No sistema de comunicações deve ser considerado: • que/como/quando deve ser comunicado? • de quem deve vir a informação? • para quem deve ir à informação? • por que deve ser comunicado? • quanto deve ser comunicado? Na transmissão da informação deve-se considerar a interferência denominada ruído, que compreende qualquer coisa que se mova no canal que não sejam os sinais ou mensagens reais desejados pelo emissor. Alguns aspectos básicos do sistema de comunicações nas empresas são: 1) Esquemas de comunicação: formal (planejado, facilitado e controlado) e informal (surge espontaneamente na empresa, em reação às necessidades de seus membros). Comunicação informal pode ser boa ou ruim para uma empresa. A alta administração da empresa pode aumentar ou diminuir a comunicação informal, com o uso de determinados artifícios, entre os quais: alteração de arranjo físico; utilização de pequenas salas de reunião ou de café; alteração da estrutura organizacional e prática de competições esportivas. A B C D E Autoridade Hierárquica president diretoria de marketing diretoria financeira diretoria das regionais Regional Norte Autoridade Funcional setor de vendas setor de caixa UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 17 2) Fluxos da Comunicação As comunicações podem acontecer via os seguintes fluxos: • horizontal: realizado entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível hierárquico • diagonal ou transversal, realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes • vertical, realizado entre níveis diferentes, mas da mesma área 3) Custo da Comunicação No estudo das comunicações entre pessoas ou unidades organizacionais, deve-se levar em consideração o aspecto custo para a empresa, pois a análise da transmissão das informações mostra que ela é muito mais custosa do que se poderia pensar, não tanto devido às despesas de apoio necessárias, mas principalmente em função do tempo que ela absorve e das demoras que acarreta (Litterer, 1970:82). Lei de N.C. Parkison: todo trabalho se dilata de maneira a ocupar todo o tempo disponível. O que Parkinson considerou como causas do aumento de custos na estrutura organizacional (Lodi, 1972:51): • demasiado número de níveis hierárquicos envolvidos na supervisão de atividadescorrentes a curto prazo; • demasiado número de estágios na elaboração das decisões • existência de grandes serviços funcionais ou de assessoria • complexidade da estrutura, responsabilidades diluídas, comissões de coordenação, etc. • unidades organizacionais sem objetivos mensuráveis, função vaga e qualitativa, chefia sem agressividade; • unidades organizacionais sem meios completos e autônomos para atingirem seus objetivos • unidades organizacionais que trabalham abaixo da dimensão necessária B- CONDICIONANTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Fator Humano Fayol (1976:27) enumera que ão necessárias determinadas qualidades humanas cuja importância aumenta à medida que a pessoa sobe na hierarquia. Ele considera as seguintes capacidades: técnica, de comando, administrativa, de cooperação e de integração. Fator Ambiente Externo Análise do processo de relacionamento entre a empresa e seu ambiente. Fator Sistema de Objetivos e Estratégias Objetivo é o alvo ou situação que se pretende atingir. Estratégia é a definição do caminho mais adequado para alcançar o objetivo UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 18 O fator sistema de objetivos e estratégias tem influência na estrutura organizacional à medida que, quando os objetivos e estratégias estão bem definidos e claros, é mais fácil organizar, pois se sabe o que esperar de cada membro do grupo que compõe a empresa. Fator Sistema de Objetivos e Estratégias Vasconcellos (1972:7) considera o fator tecnológico como o conjunto de conhecimentos que são utilizados para operacionalizar as atividades na empresa para que seus objetivos possam ser alcançados. C- NÍVEIS DE INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL No desenvolvimento de uma estrutura organizacional tem-se os seguintes níveis de influência: • nível estratégico • nível tático • nível operacional UNIDADE Temática 1.4.1. Níveis de influência relacionados aos tipos de planejamento ➢ O planejamento estratégico pode ser conceituado como um processo gerêncial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa com vistas a obter um nível de otimização na relação da empresa com seu ambiente. O nível estratégico de influência considera a estrutura organizacional de toda a empresa e a melhor interação desta com o ambiente. Exemplo: necessidade de criação de uma nova divisão da empresa para melhor adequação de um produto ao seu mercado. ➢ O planejamento tático tem por finalidade otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Exemplo: divisão de uma área industrial em duas áreas (produção e técnica) para ter melhor administração dos recursos da empresa. ➢ O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de nível estratégico planejamento estratégico nível tático planejamento tático planejamento operacional nível operacional UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 19 desenvolvimento e implementação estabelecida. O planejamento operacional cria condições para a adequada realização dos trabalhos diários da empresa. Plano de Implantação da Estrutura Organizacional Três aspectos básicos devem ser considerados: • a mudança da estrutura organizacional • o processo de implantação • as resistências que podem ocorrer 1) Mudança na estrutura organizacional Aspectos a serem considerados • ter ciência que a estrutura organizacional mais adequada depende da atual • atentar para a necessidade de antecipar forças restritivas e propulsoras que podem ter influência no processo • a importância do fator humano • a qualidade técnica da nova estrutura organizacional é insuficiente para o sucesso da mudança • a importância do planejamento da mudança, para evitar ou minimizar possíveis problemas maiores na sua efetivação • antes de mudar a estrutura organizacional, verificar se não há uma situação alternativa mais adequada • ter sempre em mente a importância da participação • antes de efetivar a mudança, identificar e analisar o problema, bem como o que será mudado e quais as variáveis a serem consideradas 2) Processo de implantação Aspectos a serem considerados: • análise e aprovação pela diretoria da empresa (aspectos conceituais) • análise e aprovação pelos responsáveis das várias unidades organizacionais (aspectos conceituais e principalmente descritivos) • implantação efetiva • acompanhamento e avaliação do processo 3) Resistências que podem ocorrer UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 20 Avaliação da Estrutura Organizacional É um procedimento através do qual se verifica o que a estrutura organizacional tem de bom e de ruim. Para tanto deve-se fazer: • levantamento da estrutura atual • delineamento da estrutura ideal O analista de OSM deve comparar estes dois aspectos e obter a avaliação da estrutura organizacional. Pode reforçar a avaliação determinando o desempenho da empresa em termos de: • resultados apresentados • problemas evidenciados • nível de satisfação dos funcionários da empresa Etapas da Avaliação da Estrutura Organizacional 1) Levantamento Identificação dos problemas evidenciados pelos usuários entrevista com os elementos-chave da empresa 2) Análise • análise dos dados levantados anteriormente • interligação dos dados levantados, verificando sua veracidade e considerando os vários subsistemas da empresa • estabelecimento dos padrões e critérios de avaliação • identificação do efeito de cada um dos dados levantados na situação atual da estrutura organizacional da empresa 3) Avaliação • estabelecimento da situação dos quatro componentes da estrutura organizacional na empresa • verificação do envolvimento de cada um dos quatro condicionantes sobre a estrutura organizacional. • verificação do nível de influência de cada nível da empresa - estratégico, tático e operacional - para o delineamento da estrutura organizacional. Para uma adequada avaliação da estrutura organizacional é necessário que se estabeleça, anteriormente, um conjunto de políticas que devem servir de sustentação para todo o processo decisório. Políticas inerentes à estrutura organizacional que uma empresa pode julgar válido adotar podem visar uma estrutura organizacional • adequada aos mercados existentes UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 21 • adequada às novas tecnologias • descentralizada no processo decisório e centralizada no sistema de controle • voltada para resultados • racionalizada com operacionalização descentralizada dos sistemas administrativos Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 1. A Estrutura organizacional é o instrumento administrativo resultante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando ao alcance dos objetivos estabelecidos pelos planejamentos das empresas”. Afirma (OLIVEIRA, 2006). 1.1. Portanto, é correcto afirmar que, excepto: I. Para a adequada organização de uma empresa, pode-se considerar o desenvolvimento aspecto de estrutura organizacional. II. Para a adequada organização de uma empresa, pode-se considerar o desenvolvimento aspecto de rotinas e procedimentos administrativos. III. Para a adequada organização de uma empresa, pode-se considerar o desenvolvimento aspecto relacionados as atividades da empresa devem estar bem identificadas. IV. Para a adequada organização de uma empresa, pode-se considerar o desenvolvimento aspecto relacionado com os recursos, também devem estar conforme as atividades. Resposta: a) Todas as afirmações estão correctas.b) Todas as afirmações estão incorrectas. c) Apenas as afirmações II e III estão correctas. d) Apenas as afirmações I e II estão correctas. e) Apenas a afirmações III e IV estão correctas. 1.2. Quanto a Estrutura organizacional, pode-se afirmar que, excepto: I. Na organização da empresa, fazem parte de outras funções básicas do administrador, planejamento da empresa, que representa o estabelecimento de objetivos e resultados estabelecidos e dos meios mais adequados para se alcançar estas metas. II. Na organização da empresa, fazem parte de outras funções básicas do administrador, a direção da empresa, que representa a orientação e/ou coordenação e/ou motivação e/ou liderança das atividades e recursos visando alcançar os objetivos e resultados esperados; e UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 22 III. Na organização da empresa, fazem parte de outras funções básicas do administrador, o controle da empresa, que representa o controle e a avaliação dos resultados obtidos em relação aos objetivos e resultados esperados. IV. Na organização da empresa, fazem parte de outras funções básicas do administrador, estabelecer os níveis de alçada e dos processos decisórios. Resposta: a) Todas as afirmações estão correctas. b) Todas as afirmações estão incorrectas. c) Apenas as afirmações I está correcta. d) Apenas as afirmações IV está incorrecta. e) Apenas as afirmações III está incorrecta. 1.3. Quanto a Estrutura organizacional, pode-se afirmar que, excepto: I. Na organização, quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia, a identificação das tarefas necessárias. II. Na organização, quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia, a organização das funções e responsabilidades. III. Na organização, quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia, as informações, recursos e feedback aos empregados. IV. Na organização, quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia, as medidas de desempenho compatíveis com os objetivos e condições motivadoras. Resposta: a) Todas as afirmações estão correctas. b) Todas as afirmações estão incorrectas. c) Apenas as afirmações I está correcta. d) Apenas as afirmações II está incorrecta. e) Apenas as afirmações III está incorrecta. 2. Mencione os Fatores que condicionam o aparecimento dos grupos informais: * Resposta: • interesses comuns que se desenvolvem entre um certo número de pessoas que, através deles, passam a sintonizar-se mais intimamente • a interação provocada pela própria estrutura formal • os defeitos na estrutura formal • a flutuação do pessoal dentro da empresa provoca, normalmente, alteração dos grupo sociais informais • períodos de lazer • disputa do poder 3. Em relação ao Tipos de Estruturas Organizacionais Formais, marque com V, as verdadeiras e F, as falsas: UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 23 a) Funcional - é estruturada por função da empresa. Ex: Departamento de Produção, Departamento Financeiro, Departamento de Marketing etc. ( V ) b) Territorial - é usada quando a empresa é dispersa. Ex: região norte, região sul etc. ( V ) c) Produtos/Serviços – quando a empresa tem várias linhas de produtos. Ex: têxtil, farmacêutico, químico etc. ( V ) d) Clientes - por tipo de cliente. Ex: feminino, infantil etc. ( V ) e) Processos - etapas de um processo. Ex: em uma indústria, tem os setores de corte, montagem, estamparia etc. ( V ) f) Projetos - a alocação de pessoas e recursos é temporária. Quando acaba um projeto, a equipe muda para outro. Ex: uma construtora tem várias obras. Quando acaba uma construção, o pessoal e os equipamentos vão para outra obra. ( V ) g) Matricial - a equipe trabalha para dois comandos simultaneamente. Ex: em uma fábrica, a equipe de manutenção recebe ordens da gerência de manutenção e também da gerência de produção. ( V ) h) Mista - mistura os vários tipos de estruturas para se adaptar à realidade. ( V ) i) Síntese: Vimos assim, o conceito de organização, seus principais tipos, a estrutura organizacional e suas partes. ( V ) GABARITO (CORREÇÃO) 1.1 1.2 1.3 3 Marque V ou F A b c d E D D A V V V V V 2 * Resposta F g h i V V V V UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 24 TEMA – II: EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO DAS ORGANIZAÇÕES UNIDADE Temática 2.1. A função da Administrativa nas Organizações UNIDADE Temática 2.2. Criação da estrutura organizacional (ou departamentalização) UNIDADE Temática 2.2.1. Características: vantagens/desvantagens UNIDADE Temática 2.2.2. Características de uma estrutura horizontal UNIDADE Temática 2.3. EXERCÍCIOS deste tema UNIDADE Temática 2.1. A função da Administrativa nas Organizações. A função planejamento por meio de decisões prévias define o estabelecimento, entre outras coisas, de objetivos, metas, estratégias, diretrizes e planos; à função ORGANIZAÇÃO cabe a tarefa de “preparar a casa”, para que essas determinações se tornem viáveis. A organização no âmbito estratégico define o projeto da estrutura organizacional; no intermediário, se encarrega da estruturação dos departamentos e dos cargos e, no operacional, estabelece métodos, regras e procedimentos operacionais. ORGANIZAR é determinar esse COMO fazer e consiste essencialmente em: 1 - dividir o trabalho que deve ser realizado (o QUE a empresa precisa fazer); 2 - prover a coordenação necessária para que isso aconteça. 1- A divisão do que deve ser feito acontece em dois níveis: UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 25 • No nível de toda a empresa, criando-se uma estrutura para poder atingir os alvos estabelecidos. A partir do todo que deve ser realizado pela empresa, esse processo acontece pela definição de conjuntos de tarefas (partes desse todo) que ficarão sob a responsabilidade de algum “pedaço” da empresa. A cada parte da empresa, então responsável por alguma dessas porções de tarefas especificadas, damos o nome de departamento (do francês dèpartment, que significa parte ou pedaço). Assim, a criação dos departamentos deixa claro, dentro da empresa, “quem faz o que”, ou seja, quais as responsabilidades de cada um. Consiste em estabelecer o subsistema de atividades. Outro aspecto vinculado à criação desses departamentos é o fato de estabelecer as relações hierárquicas entre eles, ou seja, quais são os níveis de autoridade que uma organização deverá possuir, ou, ainda, “quem manda em quem”, ou seja, qual a autoridade que cada um tem. Este segundo tipo de divisão é que cria os níveis que serão ocupados pelos administradores: estratégico (topo da organização), tático (intermediário) e operacional (de frente ou de linha). Este esforço trata, então, do subsistema de autoridade. A maneira como a empresa faz uso dessa autoridade é estudada dentro dos mecanismos de coordenação. Ao conjunto estabelecido de todos os departamentos e de suas vinculações hierárquicas dá-se o nome de estrutura. Essa estrutura é simbolizada por uma figura muito conhecida: o organograma. Ele é, por assim dizer, o “retrato da estrutura formal”, uma vez que as relações informais não estão nele representadas. • No nível das pessoas, considerando que um departamento é um ente abstrato, se não existirem pessoas que o componham, um outro tipo de divisão do trabalho organizacional trata de determinar, para as pessoas que formam cada departamento, o que cada uma deverá desenvolver. Conceitualmente, é um processo similar ao de departamentalização, só que numa visão mais reduzida. Estamos, agora, falando da estrutura dos cargos oufunções. Esse processo de repartir os esforços envolvidos na empresa esclarece o intrincado problema de resolver o “pacote” formado pela tarefa organizacional de cumprir os objetivos traçados pelo planejamento. Agora, todos (departamentos e suas respectivas pessoas) sabem o que devem realizar e a quem se reportar para o atingimento dos objetivos e UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 26 metas individuais, setoriais e organizacionais. Porém, sempre que envolvemos mais de uma pessoa em qualquer tarefa, criamos, automaticamente, outro problema a ser resolvido: como compatibilizar o esforço de todos para que o resultado final faça sentido e não apresente deficiências, por falta ou por redundâncias, que sempre prejudicam esse produto final? O que é preciso fazer? Garantir que todas as partes da empresa (departamentos e respectivas pessoas) trabalhem em sintonia, para a obtenção harmoniosa de um produto final desejado. A esse esforço damos o nome de coordenação. O papel da coordenação consiste em garantir que todas as partes da empresa “joguem no mesmo time”, tenham um sentido de unidade, de comportamento sistêmico, apresentando um resultado sinérgico (lembrar de sinergia). O processo de coordenação envolve vários mecanismos para conseguir essa união departamental. Esses mecanismos representam como a organização trabalha com o seu subsistema de autoridade. Assim, ao produzir esses resultados que são: a definição de uma estrutura (com departamentos e cargos claramente estabelecidos) e a criação de seus mecanismos de coordenação, a empresa instituiu o seu como organizar o trabalho que precisa ser feito, isto é, como pretende realizar suas tarefas para atingir os objetivos pretendidos. Quando todo esse esforço ficou definido, pode-se dizer que a empresa cumpriu o que a função ORGANIZAÇÃO determina e, então, essa empresa pode ser considerada uma “organização “. Porém, em função da turbulência e da velocidade dos processos de mudanças ambientais que pressionam todas as organizações, não basta apenas à organização ser eficiente. A organização que define para si um nível desejado de eficiência, não pode entendê-lo como um estágio final que, se alcançado, deve ser conservado indefinidamente. Isso significa que o modo como a organização deve se estruturar precisa ser continuamente revisto e adaptado às exigências do imperativo ambiental, o que implica estar redefinindo sempre seus patamares de eficiência. Vamos, então, abordar a função organização, pelos seguintes tópicos: ➢ Criação da estrutura organizacional (ou departamentalização) ➢ Estruturação dos cargos UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 27 ➢ Provimento dos mecanismos de coordenação UNIDADE Temática 2.2. Criação da estrutura organizacional (ou departamentalização) Por que é bom ter uma estrutura? HAMPTON (1993, p.276) assinala quatro benefícios potenciais advindos de seu estabelecimento: 1. tornar claras a responsabilidade (“quem faz o quê”) e a autoridade (“quem obedece a quem”) 2. facilitar a comunicação e controle 3. melhorar a tomada de decisão 4. diferenciar as atividades. Assim, quando qualquer tarefa estiver sendo executada pela organização, deve ser praticamente imediata a sua associação com o departamento que lhe diz respeito. Cuidados Montar o projeto de uma estrutura não é uma tarefa simples. Esse autor informa que três aspectos essenciais precisam ser observados quando se vai montar uma estrutura: • estratégia: a sua definição condiciona o uso dos recursos de que a organização vai lançar mão para construir o seu caminho até o objetivo pretendido (mais ou menos departamentos, por exemplo); • tecnologia: a escolha de qual tecnologia será utilizada pela organização na sua produção implica o desenho que vai ter a estrutura (ou seja: tecnologias mais complexas normalmente exigem maior número de níveis organizacionais); • meio ambiente: a estabilidade ambiental (ou sua turbulência) estabelece o tempo de vida de cada estrutura (mais ou menos permanente em função desse aspecto). Tipos de departamentalização O foco é para quais as tarefas envolvidas e como poderão ser agrupadas para constituir os departamentos (“quem faz o que”) Os principais tipos de estrutura são os seguintes: • estrutura funcional • estrutura divisional (ou por produtos, ou serviços) UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 28 • estrutura geográfica (ou por região, ou territorial) • estrutura por cliente • estrutura por matriz (ou matricial, ou dual de autoridade ou, por projetos) • estrutura por processos • estruturas mistas ou combinadas Examinemos cada um desses tipos: • estrutura funcional O agrupamento das atividades e tarefas é realizado com base nas funções principais desenvolvidas dentro da empresa. Como exemplo, podem ser citadas as três funções que toda empresa realiza, qualquer que seja o seu tamanho, ramo, setor da economia etc.: compras, produção e vendas. Nesse caso, a departamentalização vai se dar de acordo com essas funções. Fonte: adaptado de Daft, Richard L. – Organizações: teoria e projetos – Ed. Pioneira Thomson Learning, 2002, pg.91. A explicação para o nome funcional é decorrente do fato de essa divisão ocorrer no primeiro nível de autoridade da organização, logo abaixo da “cabeça” da empresa, ou seja, do topo da pirâmide organizacional. É esse mesmo processo que vai nomear os vários tipos seguintes de estrutura apresentados. Logo abaixo de cada um desses três departamentos (compras, produção e marketing) outros departamentos subordinados deverão/poderão aparecer, de acordo com as necessidades de cada organização. Porém, o nome dado ao tipo de estrutura não dependerá nem do número nem do tipo de departamentos subordinados a esses do primeiro nível hierárquico. Ele já foi determinado pelo tipo de agrupamento feito nesse primeiro nível. • estrutura divisional (ou por produtos, ou serviços) A departamentalização é determinada pelos principais produtos ou UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 29 serviços que a empresa produz. Assim, todas as atividades relacionadas com determinado produto ou serviço são agrupadas em torno dele. Existirão tantos departamentos quantos forem os produtos importantes da organização. Fonte: adaptado de Daft, Richard L. – Organizações: teoria e projetos – Ed. Pioneira Thomson Learning, 2002 , pg.91. Um exemplo comum é o de empresas que produzem alimentos, cosméticos e utensílios domésticos. Cada unidade básica da empresa constitui um departamento de primeira linha (primeiro nível hierárquico, logo abaixo do topo da pirâmide organizacional), como uma fábrica isolada das outras, como se fosse uma empresa independente. É fácil perceber que cada uma dessas divisões terá, logo abaixo desse primeiro nível, outros departamentos necessários para que possa realizar os seus produtos/serviços. • estrutura geográfica (ou por região, ou territorial) A departamentalização (primeiro nível) ocorre em função da área geográfica onde o trabalho da organização deve acontecer ou então em função da área de mercado a ser servida pela empresa. Assim, cada departamento principal é nomeado pela região onde estiver instalado ou atendendo. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 30 Fonte: adaptado de Daft, Richard L. – Organizações: teoria e projetos – Ed. Pioneira Thomson Learning, 2002, pg.94. Similarmente, departamentos subordinados podem ser criados a critério de cada organização. • estrutura por cliente Nesta estruturação o critério gira em torno de quem vai receber os serviçosda organização, ou seja, qual tipo de cliente deverá ser atendido. Fonte: adaptado de CHIAVENATO, Idalberto – Introdução à Teoria Geral da Administração, Rio de Janeiro, Editora Elsevier, 2003, p. 217. No gráfico, podemos ver uma departamentalização de um grande magazine. Se a empresa fosse um grande restaurante industrial, os clientes poderiam ser: refeições escolares, refeições hospitalares, refeições industriais etc. Entenda-se que, abaixo de cada uma dessas divisões, podem aparecer os departamentos que a organização definir para cada caso. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 31 DAFT (2002) considera que as estruturas por produto/ serviços, por cliente e por geografia são tipos de estruturas divisionais. • -Estrutura por matriz (ou matricial, ou dual de autoridade ou, por projetos) Este tipo de estrutura envolve duas concentrações de atividades: –-na horizontal, os departamentos funcionais que concentram uma especialização qualquer (projetos, compras, fabricação, vendas, etc.) –-na vertical, a gerência de um produto/projeto que vai utilizar na sua realização recursos que serão fornecidos pelos departamentos indicados na horizontal. Terminado o produto/projeto, o gerente desse produto volta para um dos departamentos horizontais, bem como para os recursos que foram utilizados no mesmo. Cada projeto é determinado por uma linha horizontal, abaixo da linha de departamentos funcionais, e cada departamento funcional estará envolvido num projeto, se algum recurso de sua especialização for necessário. O uso de recursos de um departamento funcional vai ser marcado, sobre a linha de cada projeto, quando elas se cruzam. Os produtos/projetos são temporais: iniciam, desenvolvem-se e terminam. Os recursos sempre estão na organização, alocados em seus departamentos de origem e disponíveis para realizar qualquer outro produto/projeto que a organização vender em seu mercado. Os responsáveis (líderes, gerentes, chefes etc.) de cada projeto podem ser retirados de qualquer departamento funcional e permanecem à frente desse projeto até que este se encerre, voltando, após isso, ao seu local de origem. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 32 Fonte: adaptado de Daft, Richard L. – Organizações: teoria e projetos – Ed. Pioneira Thomson Learning, 2002, pg.96. Um segundo exemplo é mostrado a seguir: Estrutura matricial Fonte: HAMPTON, David R. – Administração contemporânea – São Paulo, Editora Makron Books, 1993, p.291 UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 33 Os tipos de estrutura mostrados até aqui se prestam à criação de um número de níveis hierárquicos maior que o tipo de estrutura que vem a seguir. O que determina o número de níveis de uma organização é, principalmente, qual a tecnologia que a empresa escolheu para realizar o seu produto. Outros fatores são: a estratégia e o ambiente. Quanto maior o número de níveis hierárquicos que uma organização possuir, mais verticalizada ela será, ou seja, será “mais alta”. O próximo tipo de estrutura é uma proposta que tende à horizontalização, isto é, apresenta um número de níveis hierárquicos reduzido, portanto é “mais baixa”. • estrutura por processos De acordo com DAFT (2007, p.97), “A mais recente abordagem para a organização é a estrutura horizontal, que organiza os funcionários em torno de processos centrais à organização. Todas as pessoas que trabalham em determinado processo são reunidas de forma que possam facilmente se comunicar e coordenar seus esforços e fornecer valor diretamente para os clientes. A estrutura horizontal praticamente elimina a hierarquia vertical e as velhas fronteiras departamentais. Muitas organizações de hoje estão se empenhando em reduzir limites tanto dentro da organização como com outras empresas. ... A estrutura horizontal é em grande parte uma respostas às mudanças profundas que têm ocorrido no local de trabalho e no ambiente empresarial nos últimos 15 ou 20 anos. O avanço tecnológico dá ênfase à integração e coordenação baseadas no computador. Os clientes esperam atendimento mais rápido e melhor e os funcionários desejam oportunidades para usar suas mentes, aprender novas habilidades e assumir maior responsabilidade. As organizações, atoladas em uma mentalidade vertical, encontram muita dificuldade para responder a esses desafios. Dessa forma, numerosas organizações têm experimentado mecanismos horizontais como equipes interfuncionais para obter coordenação entre departamentos, ou forças-tarefas para realizar projetos temporários. Cada vez mais, as organizações estão se afastando de estruturas hierárquicas baseadas em funções e passando para estruturas baseadas em processos horizontais”. Esse tipo de estrutura, a princípio, não trabalha com departamentos: entende que o que tem que realizar é um processo, composto de inúmeros subprocessos sequenciais, que devem acontecer rigorosamente numa visão de fornecedor cliente, internos à organização. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 34 Nesse tipo de trabalho, fica claro que há uma interdependência total de um processo e aquele que o precedeu e, também, aquele que virá em seguida. Todos os envolvidos têm ideia clara do que deve ser feito, para que o processo maior aconteça e, o cliente final, que está no mercado, receba exatamente aquilo que espera receber, com maior nível de qualidade possível. Cada processo fica designado para um responsável, também chamado de mestre ou proprietário do processo. Este profissional responde pelo processo, do início ao fim. Uma Estrutura Horizontal. Fonte: adaptado de Daft, Richard L. – Organizações: teoria e projetos – Ed. Pioneira Thomson Learning, 2002, pg.100. • estrutura mistas ou combinadas Na realidade, não é um tipo novo de estrutura, mas o exemplo do que acontece na maioria das organizações, quando há a inevitável combinação, nos vários níveis hierárquicos, de vários tipos de departamentalização possíveis, de acordo com critérios escolhidos por UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 35 essas organizações. Exemplo de departamentalização combinada. Fonte: CHIAVENATO, Idalberto – Introdução à Teoria Geral da Administração, Rio de Janeiro, Editora Elsevier, 2003 (p. 223) UNIDADE Temática 2.2.1. Características: vantagens/desvantagens A tabela, a seguir, é uma adaptação do que dizem dois autores. As características foram retiradas de CHIAVENATO (2003), enquanto que as vantagens e desvantagens foram extraídas de DAFT (2002). A tabela agrupa, na estrutura divisional, a visão de DAFT, que considera a estrutura por produtos, por região e por clientes, casos particulares da primeira: UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 36 Fonte: adaptado de CHIAVENATO, Idalberto–Introdução à Teoria Geral da Administração, Rio de Janeiro, Editora Elsevier (2003,p. 222) e de Daft, Richard L.–Organizações: teoria e projetos – Ed. Pioneira Thomson Learning,(2002, p.100) Podemos buscar algumas palavras finais para o fechamento deste tópico, que trata da organização do trabalho, pelas quais esse autor conduz o foco para a tendência de mudança para organizações por processos ou estruturas horizontais: A estrutura organizacional deve realizar duas coisas para a organização. Ela precisa fornecer um referencial de responsabilidades, UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 37 relações de subordinação e arranjos, e deve fornecer mecanismos para vincular e coordenar os elementosorganizacionais em um todo coerente. A estrutura se reflete no organograma. A conexão da organização a um todo coerente requer o uso de sistemas de informação e dispositivos de ligação além do organograma. É importante entender a perspectiva do processamento de informação sobre a estrutura. A estrutura organizacional pode ser projetada para fornecer ligações verticais e horizontais de informação com base no processamento das informações necessárias para alcançar a meta global da organização. Os gerentes podem optar entre a orientação rumo a uma organização tradicional projetada para a eficiência, que enfatiza ligações verticais como hierarquia, regras e planos e sistemas de informação formais, ou a orientação rumo a uma organização mais moderna de aprendizagem, que enfatiza a comunicação e a coordenação horizontais. As ligações verticais não são suficientes para a maioria das organizações de hoje. As organizações garantem ligações horizontais por meio de sistemas de informação multifuncionais, contato direto entre gerentes atravessando fronteiras departamentais, forças-tarefas temporárias, integradores em tempo integral e equipes. As alternativas para agrupar funcionários e departamentos no projeto estrutural global incluem arranjos do tipo funcional, divisional, multidireccionado e horizontal. A escolha entre as estruturas funcional, divisional e horizontal determina onde serão maiores a coordenação a integração. Com as estruturas funcional e divisional, os gerentes também utilizam mecanismos de ligação horizontal para complementar a dimensão vertical e alcançar a integração de departamentos e níveis em um todo organizacional. Com uma estrutura central, as atividades são horizontalmente organizadas ao redor de processos básicos de trabalho. A estrutura matricial tenta alcançar um equilíbrio entre as dimensões verticais e horizontais da estrutura. A maioria das organizações não existe nessas formas puras e adota uma estrutura híbrida que incorpora características de dois ou mais tipos de estrutura. Em última análise, os gerentes tentam encontrar equilíbrio correto entre controle vertical e coordenação horizontal. Finalmente, um organograma consiste apenas em muitas linhas e blocos em um pedaço de papel. Uma nova estrutura organizacional não resolverá necessariamente os problemas de uma organização. O organograma simplesmente reflete o que as pessoas deveriam fazer e quais são suas responsabilidades. O Propósito do organograma é encorajar e dirigir os funcionários para atividades e comunicações que UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 38 permitam à organização alcançar suas metas. O organograma fornece a estrutura, mas os funcionários fornecem o comportamento. O diagrama é uma diretriz para estimular as pessoas a trabalharem juntas, mas a administração precisa implementar a estrutura e sustentá-la. UNIDADE Temática 2.2.2. Características de uma estrutura horizontal A estrutura é criada em torno de processos interfuncionais essenciais mais do que em torno de tarefas, função ou localização geográfica. Dessa forma, as fronteiras entre departamentos são obliteradas (eliminadas, suprimidas) • Equipes autodirigidas e não indivíduos são a base do projeto e desempenho da organização. • Os mestres de processo detêm responsabilidade por núcleo de processo em sua totalidade. • Os integrantes da equipe são dotados de habilidades, ferramentas, motivação e autoridade para tomar decisões capitais ao desenvolvimento da equipe. Os membros da equipe treinam entre si para se revezarem na execução de seus trabalhos e as habilidades conjugadas são suficientes para completar uma tarefa organizacional principal. • As equipes têm liberdade para pensar criativamente e responder com flexibilidade aos novos desafios que surgem. • Os clientes é que dirigem a empresa horizontal. A eficácia é medida por objetivos de desempenho de conclusão de processo (com base na meta de entregar valor ao cliente), bem como pela satisfação do cliente, satisfação dos funcionários e contribuição para as finanças. • A cultura é de franqueza, confiança e colaboração, concentrada no aprimoramento contínuo. A cultura valoriza a delegação de autoridade ao funcionário, a responsabilidade e o bem-estar. A experimentação com equipes e organização horizontal em geral começa nos níveis mais baixos da organização. Hoje, porém, algumas poucas empresas estão estruturando quase a totalidade da organização horizontalmente, com tal vez apenas uns poucos executivos mais velhos e funções de apoio tradicionais, como recursos humanos ou finanças. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 39 De qualquer modo, essa é a estrutura que os novos tempos estão requisitando para muitas organizações. Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO EXERCÍCIOS DE AVALIAÇÃO – INTRODUÇÃO Á GESTÃO II TEMA – II: 1. A função planejamento por meio de decisões prévias define o estabelecimento, entre outras coisas, de objetivos, metas, estratégias, diretrizes e planos; à função ORGANIZAÇÃO cabe a tarefa de “preparar a casa”, para que essas determinações se tornem viáveis. 1.1. Portanto, é correcto afirmar que: I. A organização no âmbito estratégico define o projeto da estrutura organizacional no processo de intermediação organizacional. II. A organização no âmbito estratégico define o projeto da estrutura organizacional se encarrega da estruturação dos departamentos e dos cargos. III. A organização no âmbito estratégico define o projeto da estrutura organizacional no processo operacional da organização. IV.A organização no âmbito estratégico define o projeto da estrutura organizacional no estabelecimento de métodos, regras e procedimentos operacionais. Resposta: a) Todas as afirmações estão correctas. b) Todas as afirmações estão incorrectas. c) Apenas as afirmações II e III estão correctas. d) Apenas as afirmações I e II estão correctas. e) Apenas a afirmações III e IV estão correctas. 1.2. Quanto ao processo de organizar, pode-se dizer que é determinar esse como fazer a consistência essencialmente em: I. Dividir o trabalho em relação ao que deve ser realizado (o QUE a empresa precisa fazer); II. Prover a coordenação necessária para que isso aconteça. III. Dividir o que deve ser feito em nível de toda a empresa, criando-se uma estrutura para poder atingir os alvos estabelecidos. IV. Dividir o que deve ser feito em nível das pessoas, considerando que um departamento é um ente abstrato, se não existirem pessoas que o componham, um outro tipo de divisão do trabalho organizacional trata de determinar, para as pessoas que formam cada departamento, o que cada uma deverá desenvolver. Resposta: a) Todas as afirmações estão incorrectas. b) Todas as afirmações estão correctas. c) Apenas a afirmação II está correcta. d) Apenas a afirmação IV está incorrecta. 1.3. Quanto a criação da Estrutura organizacional (departamentalização), pode-se afirmar que para HAMPTON (1993), existem quatro benefícios potenciais advindos de seu estabelecimento, onde: I. Não é necessário tornar claras a responsabilidade (“quem faz o quê”) e a autoridade (“quem obedece a quem”). II. Facilitar a comunicação e controle é completamente inviável. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 40 III. Não há necessidade de melhorar a tomada de decisão. IV. Não há necessidade de diferenciar as atividades. Resposta: a) Apenas a afirmação I está correcta. b) Apenas a afirmação II está incorrecta. c) Apenas a afirmação III está incorrecta. d) Todas as afirmações estão incorrectas. e) Todas as afirmações estão correctas. 1.4. Quanto a Montagem do projeto de uma estrutura não é uma tarefa simples. Portanto, pode-se afirmar quesão aspectos essenciais precisam ser observados quando se vai montar uma estrutura: I. A estratégia, onde a sua definição condiciona o uso dos recursos de que a organização vai lançar mão para construir o seu caminho até o objetivo pretendido (mais ou menos departamentos, por exemplo); II. A tecnologia, onde a escolha de qual tecnologia será utilizada pela organização na sua produção implica o desenho que vai ter a estrutura (ou seja: tecnologias mais complexas normalmente exigem maior número de níveis organizacionais); III. O meio ambiente: a estabilidade ambiental (ou sua turbulência) estabelece o tempo de vida de cada estrutura (mais ou menos permanente em função desse aspecto). IV. O foco é para quais as tarefas envolvidas e como poderão ser agrupadas para constituir os departamentos (“quem faz o que”). Resposta: a) Apenas a afirmação III está incorrecta. b) Todas as afirmações estão correctas, excepto a opção IV. c) Todas as afirmações estão correctas, excepto a opção II. d) Todas as afirmações estão correctas. e) Todas as afirmações estão incorrectas. 2. Mencione os Tipos de departamentalização 3. Mencione a diferença entre estrutura horizontal e vertical. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 41 TEMA – III: INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ORGANIZACIONAIS UNIDADE Temática 3.1. Teoria Geral dos Sistemas UNIDADE Temática 3.2. Visão sistêmica das organizações UNIDADE Temática 3.2.1. Os três níveis da hierarquia de sistemas UNIDADE Temática 3.3. Os três níveis da hierarquia de sistemas UNIDADE Temática 3.4. Modelo de Gestão UNIDADE Temática 3.4.1. Classificação dos subsistemas empresariais UNIDADE Temática 3.5. EXERCÍCIOS deste tema UNIDADE Temática 3.1. A Teoria Geral dos Sistemas. Introdução A Teoria Geral dos Sistemas tem como base a ideia que as disciplinas dependem umas das outras, devendo, assim, ser integradas. Muda-se do pensamento reducionista para o pensamento mais amplo e abrangente. Os pressupostos básicos da Teoria Geral de Sistemas são: a) Existe uma tendência para a integração das ciências naturais e sociais; b) A integração das ciências naturais e sociais parece orientar-se rumo a uma teoria de sistemas; c) A teoria dos sistemas constitui o modo mais abrangente de se estudar os campos não físicos do conhecimento científico, como as ciências sociais; d) A teoria de sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, visando ao objetivo da unidade da ciência; e) Isso conduz a uma integração na educação científica. A visão dividida em diferentes especialidades, como Física, Química, Biologia, Psicologia, Sociologia, dentre outras, é considerada arbitrária nesse contexto de visão sistêmica da ciência. A Teoria Geral dos Sistemas se propõe a estudar os sistemas globalmente, envolvendo todas as interdependências de suas partes. A Teoria de Geral de Sistemas fundamenta-se em três premissas básicas: a) Os sistemas existem dentro de sistemas. Cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo tempo, faz parte de um sistema maior, o supra-sistema. Cada subsistema UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 42 tem seus subsistemas componentes, e assim por diante. Também o supra-sistema faz parte de um supra-sistema maior. Esse encadeamento parece ser infinito. As moléculas existem dentro de células que, dentro de tecidos, compõem os órgãos, que compõem os organismos, e assim por diante. b) Os sistemas são abertos. Essa premissa decorre da anterior. Cada sistema existe dentro de um ambiente constituído por outros sistemas. Os sistemas abertos são caracterizados por um processo de intercâmbio infinito com o seu ambiente para trocar energia e informação. c) As funções de um sistema dependem de sua estrutura. Cada sistema tem um objetivo, ou finalidade, que constitui o seu papel no intercâmbio com outros sistemas dentro do ambiente. Veja que a Teoria Geral dos Sistemas é uma abordagem que procura entender como os sistemas funcionam. Tem como objetivo, também, classificar os sistemas, segundo a maneira como seus componentes se organizam, e identificar as “leis” ou os padrões característicos de comportamento de cada categoria de sistemas. A Teoria dos Sistemas é a reorientação do pensamento e da divisão do mundo, a partir da inserção dos sistemas no paradigma científico, que contrasta com o paradigma analítico, mecanístico e linear de causa e efeito da ciência clássica. d) A teoria de sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, visando ao objetivo da unidade da ciência; e) Isso conduz a uma integração na educação científica. A visão dividida em diferentes especialidades, como Física, Química, Biologia, Psicologia, Sociologia, dentre outras, é considerada arbitrária nesse contexto de visão sistêmica da ciência. A Teoria Geral dos Sistemas se propõe a estudar os sistemas globalmente, envolvendo todas as interdependências de suas partes. A Teoria de Geral de Sistemas fundamenta-se em três premissas básicas: a) Os sistemas existem dentro de sistemas. Cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo tempo, faz parte de um sistema maior, o supra-sistema. Cada subsistema tem seus subsistemas componentes, e assim por diante. Também o supra-sistema faz parte de um supra- sistema maior. Esse encadeamento parece ser infinito. As moléculas existem dentro de células que, dentro de tecidos, compõem os órgãos, que compõem os organismos, e assim por diante. b) Os sistemas são abertos. Essa premissa decorre da anterior. Cada sistema existe dentro de um ambiente constituído por outros sistemas. Os sistemas abertos são caracterizados por um processo de intercâmbio infinito com o seu ambiente para trocar energia e informação. c) As funções de um sistema dependem de sua estrutura. Cada sistema tem um objetivo, ou finalidade, que constitui o seu papel no UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 43 intercâmbio com outros sistemas dentro do ambiente. Veja que a Teoria Geral dos Sistemas é uma abordagem que procura entender como os sistemas funcionam. Tem como objetivo, também, classificar os sistemas, segundo a maneira como seus componentes se organizam, e identificar as “leis” ou os padrões característicos de comportamento de cada categoria de sistemas. A Teoria dos Sistemas é a reorientação do pensamento e da divisão do mundo, a partir da inserção dos sistemas no paradigma científico, que contrasta com o paradigma analítico, mecanístico e linear de causa e efeito da ciência clássica. UNIDADE Temática 3.2. Visão sistêmica das organizações Ao contrário de trabalhar separadamente com os vários segmentos que compõem uma organização, a abordagem sistêmica vê a organização como um sistema único, composto de partes interrelacionadas. Desta forma, os gestores observam as organizações como um todo e como parte de um sistema maior, o ambiente externo. Com isso, a teoria dos sistemas indica que a atividade de qualquer segmento de uma organização afeta em graus variados as atividades de todos os outros segmentos. O enfoque de sistemas fundamenta-se no princípio de que as organizações, como os organismos, estão abertas ao seu ambiente, e isso é o que garante a possibilidade de conseguirem sobreviver. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 44 Para ilustrar essa concepção de organização como um sistema, a Figura 1 apresenta o modelo genérico de sistema aberto e organização como sistema aberto. Organizações podem ser vistas como um sistema aberto, pois interagem com oambiente e a sociedade. Uma organização é considerada um sistema aberto em razão da sua interação com a sociedade e o ambiente onde ela atua. Como consequência dessa interação com a sociedade, a organização acaba influenciando o comportamento das pessoas, aumentando os padrões de vida e desenvolvendo a sociedade e vice- versa. A Figura 2 representa a interação do Sistema Empresa com os elementos do ambiente que a circundam. Tais elementos são denominados stakeholders porque podem influenciar a empresa em um dado momento ou sofrerem influências das ações provenientes da empresa. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 45 A Figura 2 apresenta um ambiente de um sistema com alguns elementos que estão fora dele e, desta forma, não podem ser controlados, mas podem ser influenciados e também influenciar por meio de trocas com o sistema. No caso das empresas, o ambiente, conforme Figura 2, é formado por fornecedores, governo (com suas leis e economia), a comunidade (por suas necessidades, seus costumes, sua cultura e seus hábitos), o mercado de mão- de-obra, os concorrentes, o sistema financeiro, a tecnologia, os sindicatos e os consumidores. Os consumidores são considerados como ambiente porque não podem ser controlados pela empresa (ninguém pode forçar uma pessoa a comprar seu produto ou serviço). Existem consumidores diretos e indiretos, como exemplo, pode-se considerar uma empresa que fabrique leite industrializado, seus consumidores diretos são os distribuidores (supermercados, armazéns) e seus consumidores indiretos são as pessoas que vão, efetivamente, beber o leite. A conceituação de sistemas leva ao entendimento de que toda e qualquer organização é um sistema aberto e que a aplicação da visão sistêmica da organização explica a existência das interferências sofridas pelos ambientes externo e interno. Relembrando, o ambiente externo é o ambiente que circunda a organização, conforme Figura 2, e ambiente interno refere-se à estrutura interna da empresa, seus setores de produção, estrutura organizacional e demais subsistemas que serão abordados nos próximos tópicos. Observe que os conceitos até agora apresentados propiciam a compreensão de que uma organização se encontra intimamente interligada a diversos elementos que influenciarão as decisões a serem tomadas, seja no dia a dia, seja a longo prazo. Nesse contexto, pode-se afirmar que o gerenciamento das informações UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 46 que circundam o ambiente externo e as informações provenientes do ambiente interno das organizações ajuda os gestores no processo complexo de tomada de decisões. A Figura 3 apresenta os três níveis da hierarquia de sistemas que um gestor organizacional deve considerar em suas tomadas de decisão. UNIDADE Temática 3.2.1. Os três níveis da hierarquia de sistemas 1. Ecossistema ou Supersistema – É o ambiente em que o sistema está inserido. Para exemplificar, se o sistema em estudo é uma padaria, o seu ecossistema pode ser considerado a Indústria de Panificação ou a Indústria Alimentícia. 2. Sistema – É o que se está estudando ou observando. No caso do exemplo, uma padaria; 3. Subsistemas – São as partes identificadas de forma estruturada, que integram o sistema, ou seja, os subsistemas da padaria podem ser: setor de compras, setor de produção, setor de vendas, setor contábil, e assim por diante. Existem dois conceitos que facilitam o entendimento do sistema considerado e de sua integração com o ambiente: Equifnalidade – um mesmo estado final pode ser alcançado, partindo de diferentes condições iniciais e por maneiras diferentes. Ou seja, dois caminhos diferentes para atingir o mesmo objetivo. Entropia Negativa – mostra o empenho dos sistemas para se organizarem para a UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 47 sobrevivência, por meio de maior ordenação. Entropia – processo em que todas as formas de organização se movem para desorganização e morte. UNIDADE Temática 3.3. Modelo de Gestão Um Modelo de Gestão é uma representação teórica do processo de administrar uma organização, a fim de garantir o atendimento de uma missão. A missão de uma organização consiste no fim mais amplo para o qual ela foi constituída, caracterizando e direcionando seu modo de atuação. Representa a direção a ser seguida pelos elementos que compõem a organização. O Modelo de Gestão de uma organização é influenciado por sua missão e por um conjunto de princípios, composto das crenças e valores trazidos pelos seus proprietários e empreendedores. Ou seja, Modelo de Gestão é formado com base nas crenças e nos valores dos acionistas, e acabam refletidos em princípios permanentes, definidos no modelo. Esses princípios condicionam a atuação dos gestores. A Figura, exemplifica essa ideia. O Sistema de Gestão pode ser entendido como um subsistema em que as decisões são tomadas. Assim, o subsistema de gestão é especificado a partir do momento em que já se tem o modelo de gestão definido. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 48 Subsistema de gestão compreende um conjunto de procedimentos e diretrizes, desde o planejamento até o controle das operações, quais sejam: • Análise do ambiente externo e interno; • Elaboração do planejamento estratégico; • Elaboração das diretrizes e políticas estratégicas; • Planejamento operacional; • Elaboração do plano operacional; • Programação das operações; •Aprovação do programa operacional; • Execução das operações e transações; • Controle; • Ações corretivas. O Subsistema Formal corresponde à estrutura administrativa da empresa, de autoridades e responsabilidades. Não confunda com o Subsistema Organizacional que se refere às tarefas e atividades agrupadas em setores, departamentos ou divisões. O subsistema formal representa a forma como a empresa apresenta as suas diversas atividades em departamentos, definindo a sua amplitude administrativa, o seu grau de descentralização, as suas funções de assessoria e apoio, as relações de autoridade e responsabilidade, ou seja, o modo como está organizada. Subsistema Social apresenta as pessoas que compõem o sistema empresa, incluindo toda a cultura e demais características e aspectos relacionados às pessoas. Estudam-se as necessidades das pessoas, a criatividade no trabalho, a motivação, a liderança, e demais aspectos comportamentais. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 49 O Subsistema de Informações compreende todo o conjunto de necessidades informacionais para a gestão empresarial. A condição básica para o desenvolvimento adequado do processo de planejamento, execução e controle das atividades é o conhecimento da realidade, obtido por meio das informações geradas pelo subsistema de informação. Por último, tem-se o Subsistema Físico-Operacional que, compreende as instalações físicas e os UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 20 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 50 equipamentos do sistema empresa. O subsistema físico-operacional está estruturado com base na composição dos produtos e serviços produzidos pela empresa. Percebe-se a empresa pela visão sistêmica, como uma unidade processadora de recursos e geradora de produtos e serviços. Essa função de processamento, transformação de matéria-prima em produtos em serviços é realizada no subsistema físico-operacional. Os subsistemas empresariais variam de empresa para empresa, isso ocorre porque a natureza das empresas é diversa. Variam também devido aos tipos de negócios de cada empreendimento,que são distintos e necessitam de diversos tipos de sistemas que venham ao encontro dos objetivos empresariais. Normalmente, os subsistemas empresariais são semelhantes na maioria das empresas, porque elas produzem, comercializam, controlam seus recursos (financeiros, materiais) e precisam gerenciar pessoas, objetivando alcançar determinado desempenho. Tal reflexão é válida para empresas com e sem fins lucrativos. UNIDADE Temática 3.3.1. Classificação dos subsistemas empresariais a) Subsistemas primários: produção e/ou serviços, comercial ou mercadológico; b) Subsistemas secundários: financeiros, materiais ou suprimentos, recursos humanos ou de pessoal, contábil e custos; c) Subsistemas de apoio: jurídico e legais, segurança e patrimônio, tecnologia da informação e seus recursos, auxiliares administrativos em geral. Os subsistemas devem ser integrados e ter dinâmica de funcionamento adaptada à empresa, respeitando sua cultura, filosofa e políticas internas e externas, propiciando UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 10 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II a capacidade de mudanças e adaptações diversas, naturalmente necessárias com o passar do tempo, garantindo assim, a sobrevivência da empresa. Os subsistemas devem se adaptar à empresa e não a empresa se adaptar aos eles. A adaptação dos subsistemas à empresa se faz necessário para atender as necessidades demandadas e garantir a perenidade da empresa. Classificação dos sistemas: Simples x Complexo – classificação relacionada ao número de elementos ou componentes que compõem o sistema. A relação entre os componentes é descomplicada e direta. Aberto x Fechado – classificação dada de acordo com a interação com o ambiente. Estático x Dinâmico – classificação relacionada às mudanças causadas no sistema devido às mudanças no ambiente. Adaptáveis x Não-adaptáveis – classificação relacionada à estabilidade e à dinâmica, ou seja, adaptável seria o sistema que responde ao ambiente mutável. Permanente x Temporário – classificação relacionada ao tempo de existência do sistema. A tendência para sistemas mais complexos e diferenciados estabelece que os sistemas são particularmente dinâmicos, variando, entretanto, a velocidade e as maneiras pelas quais os mesmos vão se tornando complexos e diferenciados ao longo do tempo. O avanço tecnológico, o crescimento dos mercados, o incremento da concorrência, o aumento da complexidade e da efervescência dos aspectos econômicos, políticos e sociais levam os sistemas mais simples a se transformarem em complexos, caracterizando-se, em consequência, por um volume maior de entropia positiva e desagregação e exigindo técnicas mais avançadas para evitar o envelhecimento e a morte. A homeostase, que é obtida por meio da retroalimentação; objetiva 51 UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 52 manter os valores de variáveis dentro de uma faixa estabelecida, mesmo na ocorrência de eventos, para que ultrapassem os limites desejados. É o caso de uma empresa estabelecer determinados mecanismos ou atividades com a finalidade de manter os custos dos produtos sempre dentro de determinados níveis. Um sistema pode sair de uma homeostase para outra homeostase bastante diferente. Esse processo é denominado heterostase, pode explicar para os sistemas empresariais os processos de crescimento, diversificação, entropia negativa e outros. Nesse caso, como novos níveis de equilíbrio são estabelecidos, o sistema, consequentemente, passará a ter novos objetivos. Dados, informação e conhecimento Uma organização é um sistema em que cada unidade gerencial transmite dados para outras unidades, interagindo entre si e gerando informações para seus usuários, usando ou não, recursos tecnológicos. Lembre-se do Sistema Informacional. Os dados podem ser definidos como a expressão lógica da análise de um fato isolado. A análise de um fato envolve, então, uma série de operações, sob o título de coleta de dados, seja numa observação de algo que ocorre, seja numa demorada e cuidadosa pesquisa. A coleta de dados deve ser uma tarefa: rígida, minuciosa e cuidadosa, pois é ela que determina a realidade dos fatos do processo operacional, sem que ocorra distorções. Se por um motivo qualquer as distorções acontecerem, isso implicará dizer que as etapas seguintes não funcionarão. Dados são entendidos como sucessões de fatos brutos que representam eventos que acontecem em organizações ou no ambiente físico antes de serem organizados e arrumados de uma forma que as pessoas podem entender e usar. Então, os dados são a matéria prima utilizada para guiar a informação, que é o dado trabalhado que permite ao gestor tomar decisões. As informações modificam e afetam o comportamento organizacional e seu relacionamento com os subsistemas empresariais, sendo um recurso da maior importância de interação e integração no sistema empresa. A informação é todo dado trabalhado, útil, tratado, com valor significativo atribuído ou agregado a ele, e, com um sentido natural e UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 53 lógico para quem a usa. É importante diferenciar: - Dado = fatos brutos, ou seja, matéria prima do processamento pelo computador. - Informação = resultado do processamento do dado. Aquilo que será utilizado para a tomada de decisão. Observa-se que os dados devem ser trabalhados e tratados para produzir informações, segundo critérios e graus de detalhamento, que possam dar suporte aos gestores. A informação tem o papel de prover a empresa, para que ela alcance seus objetivos, pelo uso eficiente dos recursos disponíveis, entre os quais se inserem pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, dinheiro, além da própria informação. A informação não se limita a dados coletados, para que os dados se transformem em informação, é necessário que sejam organizados e ordenados de modo a se tornarem úteis. O significado da informação depende de quem a utiliza. Se ela for entregue às pessoas interessadas, terá utilidade; caso não seja endereçada a elas, não terá utilidade, perdendo seu valor. Isso evidencia que o valor da informação é determinado pelo usuário final. Imagine uma pilha de formulários de cadastro na companhia telefônica - isto é o dado. A lista telefônica devidamente ordenada é a informação. Se você procura seu amigo, sua lista deve estar ordenada por nome. Se você procura um serviço, sua lista deve estar ordenada por área de atuação. O dado deve gerar informação e a informação gerar o conhecimento. Quando se utiliza a informação, ela é interpretada ou atualizada, efetuando, então, um ato produtivo. O conhecimento é o resultado desse ato produtivo. As informações e o conhecimento compõem recursos estratégicos essenciais para uma organização. Há necessidade de adaptação da organização no ambiente de concorrência e competitividade, reagindo rapidamente aos eventos produzidos, para atingir resultados estabelecidos e antecipar ações que permitam evoluir harmonicamente com o próprio ambiente interno e externo. Para obter informação é necessário ter acesso, que conduz à informação, esta, por sua vez, conduz ao conhecimento. Sem acesso não haveria informação; sem informação não haveria conhecimento e sem conhecimento não haveria evolução. Perceber essa dinâmica é condição necessária para o entendimento das relações organizacionais, nos seus diversos aspectos e frente aos paradigmas do novo ambiente de UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 54 negócios. O conhecimento é a informação mais valiosa e, consequentemente, mais difícil de gerenciar. É valiosa porque alguém deu à informaçãoum contexto, um significado, uma interpretação; alguém refletiu no conhecimento, acrescentou a ele sua própria sabedoria, considerou suas implicações mais amplas. O termo também significa síntese de múltiplas fontes de informação. O Quadro abaixo apresenta a comparação entre dados, informação e conhecimento, mostra como são estruturados, de que forma são obtidos, como são quantificados e como ocorre a transferência para o ambiente organizacional. Quadro 1 - Relação entre dados, informação e conhecimento. O conhecimento acumulado pela empresa é o principal fator de produção na economia moderna. Esse conhecimento veio completar os tradicionais fatores de produção, como a terra, a mão de obra e o capital financeiro. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 55 Exercício - AVALIAÇÃO TEMA – III: 1. De acordo com a Teoria Geral dos Sistemas tendo como base a ideia que as disciplinas dependem umas das outras, devendo, assim, ser integradas. Marque com V, as verdadeiras e F, as falsas, os pressupostos básicos da Teoria Geral de Sistemas são: a) Existe uma tendência para a integração das ciências naturais e sociais. ( V ) b) A integração das ciências naturais e sociais parece orientar-se rumo a uma teoria de sistemas; ( V ) c) A teoria dos sistemas constitui o modo mais abrangente de se estudar os campos não físicos do conhecimento científico, como as ciências sociais; ( V ) d) A teoria de sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, visando ao objetivo da unidade da ciência. ( V ) e) Isso conduz a uma integração na educação científica. ( V ) Em relaçao a Teoria de Geral de Sistemas fundamenta-se em três premissas básicas: f) Os sistemas existem dentro de sistemas. Cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo tempo, faz parte de um sistema maior, o supra-sistema. ( V ) g) Cada subsistema tem seus subsistemas componentes, e assim por diante. Também o supra-sistema faz parte de um supra-sistema maior. ( V ) h) Os sistemas abertos são caracterizados por um processo de intercâmbio infinito com o seu ambiente para trocar energia e informação. ( V ) i) As funções de um sistema dependem de sua estrutura. Cada sistema tem um objetivo, ou finalidade, que constitui o seu papel no intercâmbio com outros sistemas dentro do ambiente. ( V ) j) A Teoria dos Sistemas é a reorientação do pensamento e da divisão do mundo, a partir da inserção dos sistemas no paradigma científico, que contrasta com o paradigma analítico, mecanístico e linear de causa e efeito da ciência clássica. ( V ) k) A teoria de sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, visando ao objetivo da unidade da ciência; ( V ) 2. Após a leitura dos tópicos apresentados, resolva: a) Por que as organizações são vistas como sistemas abertos? b) Descreva os elementos (stakeholders) de uma empresa que você conhece ou em que você trabalha. Pode ser um empreendimento pequeno ou médio. O objetivo é identificar quais elementos (stakeholders) circundam essa empresa bem como, compreender a influência dos mesmos sobre as atividades exercidas pela empresa. c) Explique a diferença entre dados, informação e conhecimento; d) Explique como os sistemas de informação podem propiciar o “bom” gerenciamento de uma empresa UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 56 TEMA – IV: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAIS UNIDADE Temática 4.1. Introdução ao Sistemas de informação gerenciais UNIDADE Temática 4.2. Entendendo o papel dos gestores das organizações UNIDADE Temática 4.3. O ciclo de vida dos sistemas de informação UNIDADE Temática 4.4. Os sistemas de informação gerenciais e a estrutura organizacional UNIDADE Temática 4.4.1. A estratégica empresarial e os sistemas de informação gerencial UNIDADE Temática 4.4.2. Entendendo o modelo básico de um sistema de informação gerencial UNIDADE Temática 4.5. As entradas e saídas dos sistemas de informação gerencial UNIDADE Temática 4.5.1. As entradas de um SIG UNIDADE Temática 4.5.1. As saídas de um SIG UNIDADE Temática 4.6. EXERCÍCIOS deste tema UNIDADE Temática 4.1. Sistemas de informação gerenciais, Introdução A tecnologia da informação e a administração do conhecimento são componentes essenciais das organizações bem-sucedidas. Os gerentes gastam pelo menos 80% de seu tempo trocando ativamente informações de que precisam para manter sua organização coesa. As ligações verticais e horizontais de informações, por exemplo, são projetadas para fornecerem aos gerentes dados relevantes para decisões e avaliações. Existe a consciência de que os gestores das organizações necessitam de um suporte de informações para tomarem decisões de curto, médio e longo prazo. Gerenciar uma organização é uma prática constante de tomada de decisão, a cada segundo, com visão no presente e no futuro, utilizando informações e conhecimentos gerados no passado e no presente. Com o objetivo de garantir o processo de tomada de decisão, existem três tipos gerais de sistemas que dão apoio gerencial: os sistemas de informação gerenciais, os sistemas de apoio à decisão e os sistemas de apoio executivo (ou estratégico). A Figura 14 ilustra esses três tipos gerais de sistemas. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 57 A Figura apresenta as características de diversos sistemas de suporte gerencial e como eles se enquadram na hierarquia de uma organização. Os Sistemas de Informações Gerenciais (SIG) oferecem relatórios resumidos de rotina sobre o desempenho da empresa. São sistemas utilizados para monitorar e controlar a empresa e prever o futuro desempenho. Os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) são sistemas interativos sob controle do usuário; oferecem dados e modelos para a solução de problemas semiestruturados. Um problema semiestruturado é aquele em que somente partes do problema possuem uma resposta definida, fornecida por uma metodologia aceita. Os SIGs e os SADs são voltados para operações cotidianas e para problemas estruturados ou semiestruturados. Denominam-se problemas estruturados aqueles que são repetitivos e rotineiros e possuem um procedimento específico para serem manuseados; os problemas não- estruturados apresentam sempre uma novidade e são não-rotineiros, sem um procedimento pré-acordado para solucioná-los. Já os problemas semiestruturados combinam os elementos de ambos os tipos. A maior parte das UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 58 informações para esses tipos de decisão provém da organização; o cronograma (tempo) é relativamente de curto prazo, ou seja, trata desta semana, deste mês ou deste ano. Os Sistemas de Apoio Executivo (SAE) dão suporte à função de planejamento estratégico de uma organização, sendo o cronograma com foco no longo prazo. Tais atividades envolvem questões em aberto e consideravelmente não-estruturadas, além de decisões referentes a eventos futuros imprevisíveis. As decisões tomadas costumam requerer um grande volume de informações provenientes do ambiente externo da empresa. Os executivos do nível estratégico das organizações necessitam de informações sobre atividades do governo, regulamentos e novas leis, ações dos concorrentes, condições de mercado, e assim por diante. Os SAE também tendem a serem mais orientados para gráficos do que outros sistemas de suporte gerencial. Embora todos esses sistemas gerenciais sejam diferentes, eles, muitas vezes, fazem intercâmbio de informações entre si e estão inter-relacionados por meio do fluxo de informações. Esses sistemaspodem ser vistos como camadas no processo organizacional. O objeto de estudo são os SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAIS, contudo, antes de iniciar o capítulo específico sobre esse tema, vale a interpretação sobre o que os gerentes fazem quando gerenciam uma organização. A partir dessa interpretação, será possível entender quais os possíveis tipos de problemas que os gerentes enfrentam e por que eles constroem sistemas de informação para os auxiliarem na solução desses problemas e por que determinados sistemas possuem um ciclo de vida reduzido. Os gerentes reconhecidamente não são as pessoas que, de fato, “executam o trabalho”; em vez disso, eles são os responsáveis por determinar qual trabalho deverá ser feito, onde e com que propósito será feito. E, como qualquer empresa é composta para especialistas, os gerentes são, de certo modo, maestros de uma orquestra sinfônica, tentando fazer as pessoas trabalharem em conjunto, de forma a compor “música”. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 59 UNIDADE Temática 4.2. Entendendo o papel dos gestores das organizações Autores clássicos que tratam de gerenciamento, como o industrial francês Henri Fayol (1841-1925), que ascendeu até se tomar o diretor de uma grande empresa de mineração francesa, descreveu gerência como envolvendo cinco atividades: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Autores contemporâneos reduziram essas características a quatro funções gerenciais: planejar, organizar, liderar e controlar. Planejar significa definir as metas da empresa e como essas metas serão atingidas; organizar traduz-se em estabelecer responsabilidades para a realização das tarefas necessárias e indicar os recursos apropriados; liderar significa motivar empregados para que alcancem as metas organizacionais; e controlar envolve o monitoramento das atividades da empresa e a execução de correções quando necessário. A visão tradicional é perfeitamente adequada para descrever as funções básicas da gerência, mas ela não nos diz como os gerentes fazem, o que fazem, e como eles realmente lidam com planejamento, organização, liderança e controle. Para sabermos isso, precisamos recorrer aos cientistas comportamentais contemporâneos que estudaram os gerentes em suas ações cotidianas. Os resultados são surpreendentes. Um dia de um gerente comum consiste em uma rápida reunião após a outra, interrompidas por inúmeras ligações telefônicas. O gerente pode gastar uma hora, diariamente, retornando ligações ou fazendo anotações. Esse mundo real dos gerentes possui seis características: Os gerentes desempenham um 1. trabalho de grande volume e de alta velocidade, envolvendo um grande número de tópicos muito diferentes; 2. O ritmo não pode ser abrandado, e o telefone raramente para de tocar; 3. O trabalho é caracterizado pela variedade, fragmentação e brevidade. Há muito pouco tempo para “pensar em coisas”. Os gerentes tendem a serem orientados para resultados porque focalizam as coisas que precisam de atenção imediata. Se alguma coisa não for um problema, muitas vezes não é considerada; os gerentes também possuem 4. uma complexa rede de contatos pessoais e interações, que abrange desde trabalhar com funcionários burocratas até contatos sociais e de trabalho com outros gerentes; 5. Os gerentes têm uma considerável preferência por comunicações verbais. Para os pesquisadores das teorias comportamentais de gerenciamento, a ideia tradicional de gerência, como planejar, UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 60 organizar, liderar e controlar, é um tanto simplista. Todas essas funções são desempenhadas, mas não de maneira racional ou sequencial. Os teóricos comportamentalistas vêem os papéis do gerente de modo diferente dos teóricos tradicionais. Gerentes desempenham dez papéis, que se distribuem em três grandes categorias. Um papel é um conjunto de expectativas relativas a uma pessoa que ocupa determinado status. Em outras palavras, espera-se que os ocupantes das posições gerenciais desempenhem três tipos de papéis: • Papéis interpessoais: nesse papel, espera-se que os gerentes ajam como seres humanos, com um conjunto completo de emoções. É esperado que eles desempenhem obrigações simbólicas como comparecer a festas de aniversário e distribuir prêmios a funcionários; espera-se que eles motivem, orientem e apoiem os funcionários; e que atuem como ligação com a empresa e com o mundo externo no interesse dos funcionários. Na visão tradicional, esses papéis eram todos considerados “lideranças”. • Papéis informativos: nesse papel, espera-se que os gerentes monitorem as atividades da empresa, distribuam informações por meio de re1atórios e memorandos e atuem como porta-vozes da empresa. Nas teorias tradicionais, esses papéis informativos são mal compreendidos e mal-enquadrados em todas as categorias. • Papéis decisórios: nesse papel, os gerentes devem tomar decisões; espera-se que eles tomem decisões relacionadas a novos produtos, que atuem como empresários; que controlem distúrbios na empresa; e que aloquem recursos por meio de orçamentos, planejamento e definição de prioridades. Também existe a expectativa de que os gerentes sejam capazes de negociar com pessoas que possuem diferentes pontos de vista. A perspectiva comportamental fornece uma visão mais realista e complexa daquilo que os gerentes fazem. O papel da gerência envolve claramente muito mais que simplesmente planejar, organizar, liderar e controlar. Nesse contexto, espera-se que os gerentes estimulem, cuidem, informem, motivem e decidam. Observa-se que a visão comportamental se torna mais complexa quando são inseridas as características da empresa. De maneira mais ampla, os gerentes não são agentes livres, normalmente eles devem trabalhar segundo uma determinada cultura (certas pressuposições básicas da empresa) e em um ambiente político no qual outros gerentes competem por recursos limitados. Devem, ainda, conhecer inteiramente normas, regulamentos e procedimentos cotidianos de como a empresa funciona (a burocracia), antes que cumpram suas agendas. A visão comportamental traz, acima de tudo, o reforço de que os gerentes são pessoas. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 61 UNIDADE Temática 4.3. O ciclo de vida dos sistemas de informação A vida de um sistema diz respeito a sua utilização plena ou sua maturidade no atendimento de seus requisitos funcionais e na satisfação do cliente. De forma análoga à vida humana, quando não for bem cuidado, o sistema pode morrer. O sistema de informação morre quando estiver em desuso ou for substituído. Morre, principalmente, quando se utiliza da tecnologia de software precária ou desatualizada. O sistema, propriamente dito, como parte de uma função gerencial, não morre. Os sistemas de informações operacionais geralmente não morrem, porém, o dinamismo das informações necessárias para os Sistemas de Informações Gerenciais e os Executivos frequentemente necessitam de “vida nova”, para serem implementados em novas tecnologias e exigências empresariais. Os sistemas para fins de gestão da empresa podem ter uma vida curta, principalmente se forem mal estruturados e mal construídos. Também morrem rapidamente, se as informações de sua base, considerando o ambiente interno e externo à empresa, forem mal selecionadas, estiverem desestruturadas e desatualizadas ou desacreditadas. Para acompanhamento do dinamismo empresarial, é aceito o conceito de que não existe sistema pronto e acabado, pois ao longo de sua vida pode exigir: • Manutenção para atender à legislação; • Melhorias e/ou implementações; • Eventuais correções de erros. As fases do ciclo dos sistemas de informaçãopodem ser observadas na Figura . Pode-se observar que semelhante à vida humana, os princípios vitais são os mesmos, ou seja, concepção, crescimento e morte. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 62 As fases do ciclo de vida são: • Concepção – nascimento do sistema, também chamado de projeto de sistema, normalmente emanado de um estudo preliminar e embasado em uma análise do sistema atual ou anterior; • Construção – execução do sistema, contemplando análise do sistema e eventualmente programação, se for o caso; • Implantação – disponibilização do sistema ao cliente e/ou aos usuários, após a elaboração dos testes e da documentação pertinente acabada; • Implementações – agregação de funções ou melhorias de forma opcional ou necessária. Essa implementação, muitas vezes, é questionada, tendo em vista a implantação recém-elaborada. O sentido, porém, é otimizar processos e/ou agregar valores; • Maturidade – utilização plena do sistema sedimentado, contemplando o atendimento de todos os requisitos funcionais, com satisfação integral do cliente e/ou usuários; • Declínio – dificuldade de continuidade, impossibilidade de agregação de funções necessárias, insatisfação do cliente e/ou usuários; • Manutenção – elaboração de manutenções, por exigência legal ou correção de erros, visando à tentativa de sobrevivência do sistema; • Morte – descontinuidade do sistema de informação. Quando as três primeiras fases são elaboradas de forma errada, a morte do Sistema de Informação é acelerada. Principalmente se o sistema tiver um foco gerencial e/ou estratégico, porque os de foco operacional são mais constantes. UNIDADE Temática 4.4. Os sistemas de informação gerenciais e a estrutura organizacional Sabe-se que não existe uma única forma de decompor um sistema em subsistemas, esse processo respeita os conceitos básicos envolvidos, conforme definições já apresentadas de sistemas e subsistemas. O sistema de informações gerenciais é representado pelo conjunto de subsistemas, visualizados de forma integrada, capazes de gerar informações necessárias para o processo decisório. Esses subsistemas permeiam a estrutura organizacional da empresa e podem estar explícitos ou implícitos. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 63 Devido ao crescimento das empresas, em função do aumento de volumes de produção e atividades, bem como da utilização de tecnologias mais complexas e das implicações de aspectos econômicos, sociais e políticos em determinadas circunstâncias, pode surgir um maior número de unidades organizacionais de níveis hierárquicos, o que pode ser uma decisão errônea na empresa. Entendendo as estruturas organizacionais A estrutura organizacional refere-se ao modo como as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Proporciona um alicerce estável que ajuda seus membros a trabalhar em conjunto, a fim de se alcançar os objetivos organizacionais. Em determinadas situações, são encontradas estruturas organizacionais que dificultam ou inviabilizam a adaptação, as mudanças do ambiente ou às estratégias necessárias para que a organização continue existindo. Existem exemplos clássicos como o Caso da Hewllett_Packard que, nos anos 90, necessitou tornar seu modo de gerenciar mais ágil e competitivo (ver caso em anexo). A estrutura organizacional é função da natureza do negócio e das características peculiares de cada organização; visa oferecer uma visão segmentada das atividades, à medida que se desdobram as funções empresariais. Uma estrutura organizacional, sob a óptica da abordagem funcional, possui um formato semelhante ao representado na Figura A estrutura organizacional é normalmente apresentada em três níveis: estratégico, gerencial e operacional. O processo de comunicação e inter- relacionamento entre esses três níveis costuma retratar as relações de autoridade e responsabilidade existentes na organização. Entende se por autoridade o poder de decisão, de comando para iniciar, parar ou modificar determinadas ações, e por responsabilidade, as obrigações dos subordinados com o respectivo superior hierárquico. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 64 Cada nível hierárquico tem autoridade sobre o nível imediatamente inferior (abaixo) e responsabilidade com o nível imediatamente superior (acima); tal relação é denominada cadeia escalar. Quando a organização é de pequeno porte, a estrutura reflete o próprio modo de pensar do proprietário. Com o passar do tempo, entretanto, muitas organizações passam por processos de mudanças ou crescimento e surge o dilema quanto à concentração ou dispersão do poder e de certas atividades, centralizar ou descentralizar a autoridade e as atividades. O entendimento absoluto da estrutura indica ao gestor as forças que podem ser compreendidas e influenciadas. Se o gestor não compreender a estrutura da organização, dificilmente conseguirá implantar quaisquer mudanças, e essas mudanças tenderão ao fracasso, incluindo os melhores sistemas, as políticas mais brilhantes, as estratégias mais inteligentes e avançadas, a visão mais forte ou os valores mais sinceramente mantidos. A estrutura é considerada a influência mais importante e poderosa que existe dentro da organização. Se não é possível lidar com a estrutura, não é possível mudar fundamentalmente a organização. Perceba que a estrutura de qualquer organização irá determinar seu comportamento, e toda mudança se tornará difícil de serem realizadas, se as pessoas não entenderem como realmente as organizações são conduzidas. Para melhor compreensão de como as organizações são conduzidas, deve-se entender como se relacionam às partes que compõem a estrutura, pois cada parte influencia o comportamento da outra. Dessa forma, a estabilidade da estrutura será formada pelo relacionamento entre as partes que a compõem. Para se compreender como as organizações se comportam, faz-se necessário compreender UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 65 como as partes estão ligadas e qual estrutura criam. Alguns autores utilizam o termo estrutura para descrever um simples relacionamento hierárquico, e este não reflete as relações de influência existentes no relacionamento entre as partes componentes da estrutura. Nesse sentido, o termo estrutura torna-se enganoso, visto que os simples relacionamentos hierárquicos não dizem nada sobre a forma com que as partes se influenciam entre si e com o todo. Quando se pensa a respeito de organizações, pensa-se em peças (departamentos) e não em relacionamento entre as peças. Quando se foca o relacionamento entre o sistema de informações gerenciais e a estrutura organizacional, dois itens devem ser considerados: • Os subsistemas de informações deverão atender às necessidades das diversas unidades organizacionais da empresa, atravessando as fronteiras departamentais e inter-relacionando essas diversas partes pelo fluxo de informações; • Os subsistemas de informação devem estar compatibilizados com a estrutura de autoridades e de responsabilidades pela execução das atividades estabelecidas pela empresa, de tal forma que as informações destinadas a formular os planos, executar as funções e avaliar os desempenhos, sejam estruturadas, quanto ao conteúdo, à forma, à periodicidade e ao grau de detalhe, de acordo com os objetivos das unidades organizacionais para comunicação às pessoas certas em tempo hábil. Entendendo as atuais estruturas organizacionais Há cinco configurações para representar as organizações. Em cada configuração existem diferentes mecanismos de coordenação, com presença mais ou menosdominante do que outros. O modelo básico da organização, representado na Figura, está dividido em cinco partes, a saber: cúpula estratégica, linha intermediária, núcleo operacional, tecnoestrutura e assessoria de apoio. A Figura apresenta as cinco partes básicas de uma organização. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 66 A cúpula estratégica tem como função elaborar os planos e disseminar a missão e os valores organizacionais. A linha intermediária administra o fluxo de informações entre a cúpula estratégica e o núcleo operacional. O núcleo operacional executa as tarefas e atividades previstas nos planos pré-estabelecidos nos níveis anteriores. A tecnoestrutura implementa os projetos técnicos da organização. A assessoria de apoio fornece os elementos de apoio necessários ao desenvolvimento das atividades e ao alcance dos objetivos organizacionais. A estruturação das organizações nasce da divisão do trabalho. À medida que o trabalho vai ficando mais complexo e que a especialização vai aumentando, a padronização não é mais suficiente para coordenar as atividades. Assim, torna-se necessário criar novos mecanismos para integrar o trabalho de unidades interdependentes, surgindo daí, basicamente, as novas configurações organizacionais. As cinco configurações organizacionais são: • Estruturação simples: com base na supervisão direta, a cúpula estratégica é a componente chave; • Burocracia mecanizada: com base na padronização dos processos de trabalho, a tecnoestrutura é o componente-chave; • Burocracia profissional: com base na padronização de habilidades, o núcleo operacional é o componente-chave; • Forma divisionada: com base na padronização de saídas, a UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 67 linha intermediária é o componente-chave; • Adhocracia: com base no ajustamento mútuo, a assessoria de apoio (algumas vezes com o núcleo operacional) é o componente- chave. Há diversas propostas de modelos de acordo com os objetivos das organizações. A organização “teia de aranha” (Figura 20) pode ser vista como a verdadeira organização em rede. Percebe-se a inexistência de uma hierarquia clara, com um centro emissor de ordens entre os módulos nesse tipo de organização. O foco está no que une os módulos, ou seja, o projeto ou o problema a ser solucionado. A formação dos módulos se dá na medida em que o conhecimento dos mesmos torna-se necessário para a realização de projetos. Os módulos podem estar distantes fisicamente, porém unidos pelo mesmo objetivo: solucionar um problema. Esse modelo de organização já existe há muito tempo, principalmente no inter-relacionamento entre universidades e entre cientistas. A vantagem das organizações em redes “teia de aranha” é que elas gozam de vantagens seletivas em ambientes muito competitivos, visto que podem acomodar simultaneamente alta especialização em múltiplos locais geográficos e focar, disciplinadamente, um único problema ou um conjunto de clientes. A questão mais importante nesse modelo de organização é o canal de comunicação, que deve ser bem estruturado e capaz de dinamizar o processo. Sendo assim, a cultura desse modelo de organização deve ser voltada para a comunicação compartilhada e irrestrita. A Organização Aglomerada caracteriza-se pela aglomeração de UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 68 módulos nos quais as atividades são exercidas relativamente de forma permanente. Nos aglomerados as pessoas podem formar-se e reformar- se em pequenas equipes para resolver problemas específicos que são importantes para o sucesso do aglomerado. Se na organização teia de aranha os projetos geram conhecimento via interação, na organização aglomerada as unidades especializadas criam conhecimento. A organização Raios de Sol é tecnicamente uma rede inter organizacional, com as unidades organizacionais sob a mesma propriedade compartilhada. Normalmente são entidades criativas que deslocam unidades mais permanentes de suas matrizes como estrelas cadentes. Em geral, o centro retém conhecimentos profundos UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 69 de alguma tecnologia comum ou de conhecimentos básicos. O centro é a essência da competência intelectual. Os nódulos são os locais de conhecimento especializado de negócios, o local de conhecimento especializado de mercado e produção. As propostas de estrutura em rede apresentadas parecem ser as mais adequadas ao momento de hipercompetitividade vivido pelas organizações. A interface entre os elementos que compõem as estruturas apresentadas em redes requerem, conforme dito anteriormente, uma comunicação eficaz, o que remonta a um sistema de informação capaz de propiciar as informações necessárias no momento certo e no local certo. Cabe aos gestores escolherem o modelo de estrutura que mais se adeque às necessidades presentes e futuras da organização que administra. Retomando a reflexão sobre Estrutura Organizacional versus Sistema de Informação Gerenciais O sistema de informação de uma organização tem que fornecer informações aos gerentes de três níveis de responsabilidade: controle operacional, controle gerencial e planejamento estratégico. Essas três categorias, em termos das atividades, ocorrem em diferentes níveis da hierarquia da administração. O projeto do SIG deve levar em conta as necessidades de informação dos vários níveis da administração, bem como as necessidades rotineiras de processamento de transações da organização como um todo. As fontes de informação para o controle operacional são, gera1mente, encontradas dentro da organização, ao passo que as fontes de informação para o planejamento estratégico costumam estar fora da organização. Pode-se descrever cada nível hierárquico de uma estrutura organizacional e suas necessidades de informação da seguinte forma: a) CONTROLE OPERACIONAL - Um SIG para o controle operacional deve fornecer informações muito precisas e detalhadas numa base diária ou semanal. Um supervisor de produção tem que saber se o desperdício de material é excessivo, se está para ocorrer um estouro nos custos, ou se expirou o tempo de uma máquina para um determinado trabalho. O SIG tem que fornecer um grande volume de informações detalhadas e oportunas, extraídas das operações cotidianas. EXEMPLOS: UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 70 1. O controle operacional da movimentação no carregamento de um navio é realizado a cada hora, os relatórios emitidos relatam toda a movimentação no porto; 2. Controle de frequências (pautas) dos alunos de uma determinada escola; 3. Controle de ponto de funcionários de uma empresa; 4. Controle de estoque de um supermercado. b) GERÊNCIA MÉDIA - Os gerentes médios, como os chefes de divisão, preocupam-se com o desempenho atual e futuro de suas unidades. Portanto, precisam de informações sobre assuntos importantes que irão afetar essas unidades. Assim, o tipo de informação que os gerentes médios precisam consiste em dados agregados, (resumidos) vindos de dentro da organização, bem como de fontes externas à mesma. EXEMPLOS: 1. Relatório contendo informações sobre problemas de grande escala com fornecedores; 2. Relatórios com informações sobre queda abrupta nas vendas; 3. Relatórios com informações sobre o aumento da demanda dos consumidores por uma linha específica de produtos. c) ADMINISTRAÇÃO DE TOPO/ESTRÉGICA - Para os administradores de topo, o SIG fornece informações para o planejamento estratégico e o controle da administração. Para o planejamento estratégico, as fontes externas deinformação assumem importância vital. Essas informações são difíceis de serem colocadas no computador, porque os dados que as apoiam, geralmente, estão fora do controle da organização. EXEMPLOS: 1. Relatórios sobre condições econômicas; 2. Relatórios que contenham informações sobre aperfeiçoamentos tecnológicos; 3. Relatórios com informações detalhadas sobre as ações das empresas concorrentes. Para as funções de controle do administrativo, exercidas pelos administradores de topo, as fontes de informações têm de ser tanto internas quanto externas. Os administradores de topo preocupam-se, predominantemente, com o desempenho financeiro global de suas organizações. Portanto, precisam de informações sobre as vendas e os UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 71 lucros trimestrais, sobre outros indicadores relevantes de desempenho financeiro (como o valor das ações) e sobre o desempenho dos concorrentes. Os relatórios internos de controle chegam aos administradores de topo em intervalos mensais, trimestrais e, algumas vezes, até anuais. Como as várias necessidades dos diferentes níveis da administração podem ser traduzidas num sistema de informação gerencial? Uma grande empresa projetou o componente de fabricação de seu SIG da seguinte forma: os supervisores recebem relatórios diários sobre mão de obra direta e indireta, uso de materiais, refugos, contagem de produção e tempo ocioso das máquinas; os superintendentes e os chefes de departamentos recebem resumos semanais sobre custos departamentais e relatórios sobre os custos dos produtos; os gerentes de fábrica recebem semanal e mensalmente demonstrativos financeiros e análises financeiras, análises de custos importantes e relatórios resumidos sobre custos de produtos; os gerentes de divisão recebem comparações mensais entre as fábricas, relatórios de planejamento financeiro, resumos de custos dos produtos e relatórios sobre o controle de custos das fábricas; finalmente, os administradores de topo recebem, a cada mês e a cada trimestre, relatórios financeiros globais, análises financeiras globais e comparações resumidas sobre o desempenho das divisões. UNIDADE Temática 4.4.1. A estratégica empresarial e os sistemas de informação gerencial A estratégia empresarial emana do mais alto nível hierárquico da organização. Independentemente da existência dos sistemas de informação, as informações das empresas são tratadas, conforme cultura, filosofia e políticas existentes. Esses três elementos estão presentes nas empresas, formal ou informalmente, explícita ou implicitamente. A palavra estratégia está vinculada aos objetivos macros, às ações mais globais, de maior tempo ou maior amplitude e pode ser decomposta em diversas táticas com metas e objetivos definidos, com ações menores, direcionadas, de menor tempo e menor amplitude, a fim de atender às respectivas estratégias. Pode-se chamar de estratégia empresarial as decisões antecipadas, como: o que fazer, quando UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 72 fazer, quem fazer e com que recursos; a fim de se atingir determinados alvos com um determinado tempo predefinido. O conceito mais simples de estratégia é “a arte de planejar”. A elaboração da estratégia empresarial ocorre por meio de decisões intelectuais, com base em objetivos, fatos e estimativas submetidas à análise. Pode-se definir estratégia como a mobilização de todos os recursos e políticas da empresa em âmbito global, visando atingir objetivos e comportamentos em longo prazo. Para atingir estes objetivos, são necessários os componentes da estratégia empresarial, que são o ambiente, a empresa e a adequação de ambos. O ambiente relata as oportunidades de mercado com as suas restrições, limitações, contingências e ameaças. A empresa, por sua vez, representa os recursos disponíveis, capacidades, habilidades, compromissos e objetivos. E a adequação é a postura que a empresa adotará para compatibilizar-se com o ambiente, com vistas a desenvolver estratégias cooperativas ou competitivas. Para se alcançar os objetivos empresariais, algumas estratégias podem ser adequadas, tais como sobrevivência (redução de custos, desinvestimento, liquidações), manutenção (estabilidade, nicho, especialização), crescimento (inovação, internacionalização, associação, expansão), desenvolvimento (mercado, produto ou serviços, financeiro, capacidades, estabilidade) e diversificação. Existe uma crescente interdependência entre estratégia, regras e procedimentos empresariais de um lado e o SIG (software, hardware, dados) e telecomunicações de outro, que afeta produtos, mercados, fornecedores e clientes. O SIG representa, na atualidade, a competência nuclear da empresa (core competence), ou seja, desempenha um papel estratégico. O SIG pode ser considerado estratégico, a partir do momento em que propicia a mudança dos objetivos, produtos, serviços ou relações ambientais de uma empresa. Um SIG que possui esse efeito sobre uma organização muda a maneira como a empresa faz negócios, a tecnologia da informação atua nesse nível como uma alavanca da organização a novos padrões de comportamento, ao invés de apenas servir de suporte e sustentação da estrutura existente, aos produtos/serviços ou aos procedimentos de negócios existentes. Vantagens competitivas podem ser obtidas por meio de suporte tecnológico e sistemas de informação, de modo a ampliar a capacidade da empresa em lidar com clientes, fornecedores, produtos e serviços substitutos, e novos competidores no mercado. Essa análise pode ser feita com base no modelo das forças competitivas de Porter. Uma empresa esta submetida a diversas ameaças e oportunidades: novos entrantes no mercado, a pressão de produtos e serviços novos ou substitutos, o poder de barganha dos clientes e UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 73 fornecedores e o posicionamento de seus competidores tradicionais. Uma empresa diferencia-se da concorrência, se puder ser singular em algo valioso para os compradores, além de simplesmente oferecer preço baixo. Essa diferenciação permite a uma empresa pedir um preço- prêmio. Para que isso aconteça, torna-se necessária à sinalização de valor, ou seja, levar os consumidores a serem capazes de discernir as diferenças entre os serviços prestados pela empresa e o de seus competidores. Ignorando os critérios de sinalização, uma empresa poderá ficar à mercê do ataque do concorrente que oferece com valor inferior. Uma organização necessita saber quais as reais necessidades de seus cientes e quais os processos de interface com eles, considerados fatores chave de sucesso para a empresa. Ou seja, uma organização pode desenvolver sistemas de informação que possibilitem: a) Focar um nicho de mercado pela produção de dados que permitam a melhoria de suas técnicas de vendas e marketing, ampliando sua penetração no mercado; b) Ligar clientes e fornecedores à empresa - sistemas de informação podem elevar a níveis proibitivos o custo que os clientes e fornecedores teriam em trocar determinado produto ou serviço por outro produto ou serviço concorrente. Esses sistemas podem fornecer benefícios aos clientes e fornecedores, como eficiência e comodidade, de modo a fazer com que eles não se liguem a outros competidores; d) Facilitar operações internas, controle gerencial, planejamento e gerenciamento de pessoas, reduzindo seus custos internos e permitindo que a empresa faça entregas de produtos e serviços a baixo preço e em menor prazo (e algumas vezes com maior qualidade) do que seus competidores; UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 74 d) Agregar valoraos produtos, serviços e/ou processo de uma organização - sistemas de informação podem ser desenvolvidos para dar suporte à cadeia de valor de uma organização, em relação a suas atividades primárias e de suporte, reduzindo custos, imprimindo velocidade, integrando e otimizando a logística da firma. As organizações têm privilegiado alternativas que empregam estratégias para assegurar sua sobrevivência por longo período de tempo. Contudo, esses gestores das inter-relações do ambiente empresarial devem promover alterações nas metas, na estrutura interna e nos processos da organização, de acordo com as características ambientais e de demanda, sem, contudo, ignorar as mudanças que ocorrem no ambiente externo. UNIDADE Temática 4.4.2. Entendendo o modelo básico de um sistema de informação gerencial Essas áreas funcionais se subdividem em funções cujo interior agrupa atividades relacionadas, necessárias à administração de uma empresa qualquer. É pela execução das funções e das atividades que se alcança um produto bem definido. Esses produtos, resultantes de cada função, são passados às demais funções, resultando nas grandes cadeias de interligações e interdependências das funções e atividades da empresa, ou seja, nos processos. Do intercâmbio entre as funções formalizam-se as informações, gerando um fluxo formal e racional de informações da empresa. Da análise desse fluxo podem-se identificar as origens e os destinos das informações, suas características e frequência. Inicialmente, portanto, efetuam-se a identificação e a caracterização das funções e das atividades básicas, bem como seu agrupamento em dois tipos de áreas funcionais. As áreas funcionais apresentadas a seguir servem, basicamente, como exemplos e não como a apresentação de um modelo de decomposição dos SIG´s nas empresas. As várias funções e atividades identificadas devem ser separadas entre as que correspondem às áreas funcionais-fim e às áreas funcionais meio. As áreas consideradas funcionais-fim englobam as funções e as atividades envolvidas diretamente no ciclo de transformação de recursos em produtos ou serviços e de sua colocação no mercado. Podem pertencer a essa categoria as seguintes áreas funcionais: UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 75 a) Marketing: a função relativa à identificação das necessidades de mercado, bem como à inserção dos produtos e dos serviços para aos consumidores; b) Produção: a função relativa à transformação das matérias-primas em produtos e serviços a serem colocados no mercado. As áreas consideradas funcionais-meio congregam as funções e as atividades que proporcionam os meios para que ocorra a transformação de recursos em produtos e serviços e sua colocação no mercado. Podem ser desse tipo, para uma empresa industrial e comercial qualquer, as seguintes áreas funcionais: • Administração financeira: função relativa a planejamento, capacitação e gestão dos recursos financeiros, envolvendo também os registros contábeis das operações realizadas e a seguridade nas empresas; • Administração de materiais: função relativa ao suprimento de materiais, serviços e equipamentos, normatização, armazenamento e movimentação de materiais e equipamentos da empresa; • Administração de recursos humanos (pessoas): função relativa ao atendimento de recursos humanos da empresa, ao planejamento e à gestão desse recurso, de seu desenvolvimento, benefícios, obrigações sociais, etc; • Administração de serviços: função relativa ao transporte de pessoas da administração de escritórios, documentação, patrimônio imobiliário da empresa, serviços jurídicos, segurança, etc; • Gestão empresarial: função relativa ao planejamento empresarial e ao desenvolvimento de sistema de informações. Pode-se decompor cada uma das áreas funcionais para a empresa, porém, sabe-se que essas áreas funcionais correspondem à visão sistêmica da organização e não a unidades organizacionais. Portanto, deve-se analisá-las, principalmente, quanto às suas existências e interações, a partir do enfoque sistêmico para identificação de relatórios, documentos e formulários necessários ao sistema de informações gerenciais. Cada área funcional é formada por um conjunto de funções, mediante as quais a empresa consegue alcançar seus objetivos. Em cada função existem grupos de atividades específicas e inter- relacionadas que compõem a sua estruturação. Exemplo esquemático com as funções e as atividades propostas que compõem as áreas funcionais de Marketing, Produção, Administração UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 76 Financeira, Recursos Humanos: A) ÁREA DE MARKETING Produto: desenvolvimento dos produtos atuais, lançamento de novos produtos, estudo de mercado, forma de apresentação, embalagem; Distribuição: expedição, venda direta, venda por atacado, venda a varejo; Promoção: material promocional, promoção, publicidade e propaganda, amostra grátis; Preços: estudo e análises, estrutura de preços, descontos e prazos. B) ÁREA DE PRODUÇÃO Fabricação: processo produtivo, programação, controle; Qualidade: programação, controle; Manutenção: planejamento, programação e controle, preditiva, preventiva e corretiva. C) ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Planejamento de recursos financeiros: orçamentos, programação das necessidades de recursos financeiros, projeções financeiras, análise do mercado de capitais; Captação de recursos financeiros: títulos, empréstimos e financiamentos (negociação e contratação de recursos), administração de contratos de empréstimos e financiamentos (prestação de contas aos órgãos financiadores, amortização, correção e encargos financeiros dos contratos); Gestão dos recursos disponíveis: pagamentos (fundo fixo de caixa, controle de vencimentos, borderôs, reajustes de pregos), recebimentos (controle de recebimentos, registros), operações bancárias (abertura e encerramento de contas, transferências, conciliações), fluxo de caixa, acompanhamento do orçamento financeiro; Seguros: análise do mercado securitário, contratação de apólices, administração de apólices, liquidação de sinistros; Contábil: contabilidade patrimonial (análise registro patrimonial, correção monetária, depreciação e amortização do ativo fixo), contabilidade de custos (apropriação, rateios, relatórios de custos), contabilidade geral (demonstrações financeiras, relatórios contábeis, contabilidade de contratos de empréstimos e financiamentos, controle de correntistas). D) ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Planejamento de materiais e equipamentos: programação das necessidades de materiais e equipamentos, análise de estoques (classificação ABC, lote econômico, estoque de segurança etc.), normatização e padronização, orçamento de compras; Aquisições: seleção e cadastramento de fornecedores (contratos, coleta de dados sobre fornecedores, avaliação, etc.). UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 77 E) ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Planejamento: programação de necessidades de pessoal (quem, quando, para onde, quantos), análise de mercado de trabalho, pesquisa de recursos humanos, orçamento de pessoal; Suprimentos do quadro: cadastramento de candidatos a emprego, recrutamento, seleção (exames psicotécnicos, médicos, teste de conhecimento profissional), registro e cadastramento, contratação de mão de obra de terceiros; Gestão de recursos humanos: movimentação de pessoal (transferências, promoções, transformação de vagas, admissões, demissões), cargos e salários, controle de pessoal (ponto, distribuição de efetivo, controle de produtividade), acompanhamento de orçamento de pessoal, relações com sindicatos; Desenvolvimento de recursos humanos: avaliação de desempenho, acompanhamentode pessoal, treinamento; Pagamentos e recolhimentos: folha de pagamento, encargos sociais, rescisões dos contratos de trabalho, auxílios; Benefícios: assistência médica, empréstimos e financiamentos, lazer, e assistência social; Obrigações sociais: medicina do trabalho, segurança do trabalho, ações trabalhistas, relatórios fiscais. UNIDADE Temática 4.5. As entradas e saídas dos sistemas de informação gerencial Um dos papéis mais relevantes de um SIG é fornecer as informações certas para a pessoa certa, do modo mais eficiente e eficaz e no momento certo. Para realizar esse papel, o SIG necessita de dados precisos; deve-se ressaltar, no entanto, que a maioria dos dados que entram num SIG são dados internos. Isto é, antes de entrarem no SIG, os dados estão contidos na empresa. Existem, no entanto, dados relevantes que entram em um SIG e que podem ser originários, tanto de fontes internas quanto de fontes externas. A Figura representa as entradas e saídas de um SIG. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 78 UNIDADE Temática 4.5.1. As entradas de um SIG A fonte de dados interna mais expressiva de um SIG são os diversos SPT´s (Sistemas de Processamento de Transações) e sistemas ERP (Enterprise Resourse Planning - Planejamento de Recursos Empresariais), bem como suas bases de dados associadas. Uma das atividades mais importantes de um SPT é a de capturar e armazenar os dados resultantes das transações de negócios em andamento. A cada transação de negócios realizada, diversas aplicações SPT´s modificam e atualizam as bases de dados da empresa, pode-se citar, como exemplo, a aplicação de cobrança que ajuda a manter atualizada a base de dados em que estão as contas a receber, para que os administradores da empresa possam saber quem deve dinheiro à empresa. Essas bases de dados atualizadas representam a fonte de dados mais importante para um sistema de informação gerencial. Em empresas onde foram implementados sistemas ERP, a coleção de bases de dados associadas a esses sistemas também constitui importante fonte de dados ao SIG. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 79 As fontes de dados externas podem incluir clientes, fornecedores, competidores e acionistas, cujos dados não são capturados diretamente pelo SPT, bem como outras fontes, como a internet. Além disso, muitas empresas implementam extranets como modo de conexão e canal para a troca de informações com essas entidades. O SIG coleta os dados brutos, obtidos dessas fontes, e os processa para que se tornem mais legíveis e úteis a administradores e gerentes, essencialmente por meio da geração de diversos tipos de relatórios predeterminados. Por exemplo, em vez de simplesmente obter uma lista cronológica das atividades de venda na última semana, um gerente nacional de vendas poderia desejar obter os dados semanais em um formato que permita a visualização de vendas por região, por representante, por produto e, até mesmo, em comparação com os resultados do ano anterior. UNIDADE Temática 4.5.2. As saídas de um SIG As saídas dos sistemas de informação gerencial é composta de uma série de relatórios distribuídos entre administradores e gerentes. Os relatórios podem ser provenientes de um processo de extração e compilação de dados, conduzido nas diversas bases de dados da empresa. Tal processo permite a análise de vastas quantidades de dados previamente guardados em bases e armazéns de dados, e tem como produto diversos tipos de relatórios, tais como: relatórios agendados, relatórios de indicadores-chave, relatórios de demanda, relatórios de exceções e relatórios detalhados. Observe, a seguir, descrição e exemplificação dos relatórios do SIG. 1. Relatórios agendados são produzidos periodicamente ou em acordo com alguma política de agendamento; podem ser diários, semanais ou mensais. EXEMPLO: Um gerente de produção pode agendar: a) Um relatório semanal, em que estão listados todos os gastos da empresa com a folha de pagamento, com o intuito de controlar os custos incorridos pelos funcionários e pelo trabalho desenvolvido; b) Um relatório diário, com o objetivo de monitorar a produção de um novo produto. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 80 2. Relatórios de indicadores-chave representam o resumo das atividades críticas do dia anterior e encontram-se disponíveis, em geral, no início de cada dia de trabalho. Esses relatórios podem resumir informações gerais, como níveis de estoque, atividades de produção, volume de vendas, dentre outros. Os relatórios de indicadores-chave são utilizados por gerentes e executivos para a tomada de ações corretivas rápidas com re1ação a aspectos relevantes ao negócio. 3. Relatórios sob Demanda são desenvolvidos para fornecerem de informações não padronizadas, ou seja, são elaborados de acordo com a necessidade, sob demanda. EXEMPLOS: Um executivo está interessado a) em saber em qual estágio da produção um certo item se encontra - nesse caso, um relatório sob demanda, que possua essa informação específica, precisa ser gerado. b) Empresas de logística (Log-in, ALL) fornecem a seus clientes, por meio de seus sites na internet, relatórios que indicam em que local a mercadoria transportada está localizada, seja em trânsito, seja em algum armazém, pronta para carregamento ou descarga no ponto de destino. 4. Relatórios de Exceções são relatórios produzidos automaticamente, sempre que uma situação incomum acontece ou que requeira a atenção dos administradores. EXEMPLO: Um administrador pode ajustar a) um parâmetro que aciona a geração de um relatório sempre que a quantidade em estoque de determinado produto atingir uma marca inferior ao equivalente em unidades a cinco dias de venda do produto, ou seja, o administrador poderá evitar que os estoques se esgotem. Nesse caso, o relatório conterá apenas os produtos com o equivalente a cinco dias ou menos de venda no estoque. b) Um gerente poderia estabelecer um parâmetro que gerasse um relatório de todos os itens de estoque com menos de 50 unidades disponíveis. O relatório de exceção gerado por esse parâmetro conteria apenas aqueles itens com menos de 50 unidades no estoque. c) Um gestor de produção necessita de um relatório que contenha todos os empregados que trabalharam mais de 40 horas na semana e seu impacto nos custos da produção. Os relatórios de exceções são semelhantes aos relatórios de indicadores-chave, porque são utilizados pelos gestores com o intuito de monitorar aspectos cruciais para o desempenho da organização. Quando um relatório de exceção é produzido, um gerente ou executivo toma uma atitude para solucionar o problema que surgiu. A determinação de parâmetros ou ponto de cortes para um relatório de exceção UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 81 deve ser feita cuidadosamente. Um ponto de corte muito baixo pode resultar em uma abundância de relatórios de exceção; um ponto de corte muito alto poderia acarretar problemas que precisariam de ações que poderiam ficar negligenciadas. EXEMPLO: Uma gerência de projetos estipulou como ponto de corte para a geração de relatórios dos projetos com orçamento de R$ 10.000 para cima, caso esse escritório seja de empreendimentos de grande porte, serão gerados diversos relatórios desnecessários, vale uma análise e reprogramar para relatórios que atendam as necessidades solicitadas, talvez um corte na casa dos cem mil reais ou mais, dependendo do projeto. 5. Relatórios Detalhados fornecem resultados específicos e em níveis de detalhe que possibilitam ao administrador visualizar as informações em diversos níveis.EXEMPLO: a) Relatório detalhado de 1º nível: um gestor quer analisar os ganhos de um determinado período; b) Relatório detalhado de 2º nível: um gestor quer analisar as vendas e os gastos de um determinado período; c) Relatório detalhado de 3º nível: um gestor quer analisar as vendas por departamento de um determinado período específico; d) Relatório detalhado de 4º nível: um gestor quer analisar as vendas por categoria de produtos de um determinado período. Os relatórios gerados por sistemas de informação gerencial podem ajudar gerentes e administradores a elaborar melhores planos, a tomar melhores decisões e a obter um maior controle sobre as operações de suas empresas. É importante notar que tipos de relatórios distintos podem se sobrepor. Como exemplo, um administrador poderia requisitar um relatório de exceções ou inserir um ponto de disparo para itens contidos em um relatório de indicadores chave. Certas recomendações devem ser seguidas para a elaboração e o desenvolvimento de relatórios que sejam de algum uso. O Quadro 3, a seguir, procura mostrar o porquê de cada orientação. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 82 UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 83 Exercício - AVALIAÇÃO TEMA – IV: 1. Explique qual a importância dos sistemas de informação para o gerenciamento de uma empresa. 2. Explique os diferentes papéis exercidos pelos gerentes das organizações. 3. Qual a importância dos gerentes das diversas áreas da empresa para o desenvolvimento de um sistema de informações? 4. Explique por que um gestor de Sistemas de Informação deve ficar atento ao ciclo de vida de um sistema. 5. Qual o objetivo dos sistemas de informações gerenciais? 6. Por que os relatórios gerados pelos SIG´s são importantes? 7. O que são estruturas organizacionais? 8. O que são níveis hierárquicos? 9. Quais são os níveis hierárquicos? 10. Qual a relação entre autoridade e responsabilidade? 11. Quais são os 5 elementos básicos que compõem uma organização? 12. O que são estruturas organizacionais em rede? 13. Por que as estruturas em rede facilitam o gerenciamento das organizações? 14. Quais os tipos de estrutura em rede? 15. Qual a relação entre estruturas organizacionais e os SIG´s? 16. Quais são as necessidades de informação de cada um dos níveis hierárquicos? 17. O que é estratégia empresarial? 18. Como os sistemas de informações gerenciais podem ajudar no desenvolvimento e na implementação das estratégias empresariais? 19. Quais são as atividades funcionais-fins de uma empresa? 20. O que são atividades funcionais-meio de uma empresa? 21. Quais são as entradas de um SIG? 22. O que são as saídas de um SIG? 23. Quais são as orientações que se deve levar em conta no desenvolvimento de relatórios de SIG? UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 84 TEMA – V: PLANEJAMENTO, PLANO E TOMADA DE DECISÃO UNIDADE Temática 5.1. Visão Geral do Planejamento UNIDADE Temática 5.1.1. Avaliação das condições atuais UNIDADE Temática 5.1.2. O fator tempo no Planejamento UNIDADE Temática 5.1.3. Os problemas de previsão no Planejamento UNIDADE Temática 5.2. A coleta e a análise dos dados UNIDADE Temática 5.3. A coordenação dos Planos UNIDADE Temática 5.4. Princípios Gerais do Planejamento UNIDADE Temática 5.5. Princípios Específicos de Planejamento UNIDADE Temática 5.5.1. Partes do Planejamento UNIDADE Temática 5.6. EXERCÍCIOS deste tema UNIDADE Temática 5.1. Visão Geral do Planejamento Introdução O Planejamento é geralmente considerado a função principal dentro do processo administrativo. A sua necessidade não é limitada ao atendimento dos objetivos organizacionais. Ele é também necessário para determinar os métodos e tipos de controle necessários, bem como que tipo de administração a empresa deve adotar. O planejamento ocorre em todos os tipos de atividades. É o processo básico pelo qual se decide quais são os objetivos e como iremos atingi- los. Seria muito conveniente se o planejamento não precisasse ser mudado, uma vez que ele foi definido. Mas, em virtude das condições externas sempre mutáveis, o planejamento deve ser um processo contínuo. Por essa razão flexibilidade é um fator importante no processo de planejamento e auxilia determinar onde a empresa terá sucesso. Antes de começar a organizar uma empresa, a liderar, a controlar, devem ser elaborados planos que estabeleçam propósitos e direções a essas atividades. Um planejamento bem elaborado é a chave de uma administração eficiente. “O Bom estrategista traz um exército dentro da cabeça (A pessoa que sabe improvisar e planejar com habilidade é tão poderosa quanto um exército)”. Para entendermos melhor a natureza do planejamento, deve-se conceituar três termos importantes – planejamento, plano e tomada de decisão – do processo administrativo. ❖ Planejamento: A função de planejar é definida como a análise de informações relevantes do presente e do passado e a avaliação dos prováveis desenvolvimentos futuros, de forma que um curso de ação seja determinado e que torne possível à organização atingir seus objetivos já determinados. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 85 ❖ Plano: A recomendação de um curso de ação estabelecida no planejamento é o plano. É através do plano que o planejamento se torna operacional. ❖ Tomada de decisão: É uma atividade inerente ao processo de planejamento como um todo. Tomar uma decisão é fazer uma escolha entre duas ou mais alternativas. A alternativa escolhida é a decisão. O processo de tomada de decisão é uma tentativa racional, por parte do administrador; de atingir os objetivos propostos pela organização. Ele obedece ao seguinte critério básico: a) Determinação do problema; b) Desenvolvimento de alternativas possíveis para melhor solucionar o problema; c) Análise das alternativas. Essa análise será feita em função dos pontos fracos e fortes de cada alternativa; d) Seleção da melhor alternativa O processo inicia e termina exigindo do administrador bom julgamento, adicionando à experiência, análise quantitativa e criatividade. Adicionalmente, o processo de decisão é feito em um ambiente onde certas suposições são assumidas e implicam o conhecimento do ambiente em que a empresa está operando. CONCEITO DE PLANEJAMENTO Planejamento é o processo de determinar como a organização pode chegar onde deseja e que fará para executar seus objetivos. Em termos, mais formais, é “o desenvolvimento sistemático de programas de ação destinados a alcançar objetivos de negócio estabelecidos de comum acordo por meio de análise, da avaliação e da seleção das oportunidades previstas”. Planejamento é uma gerência fundamental, independentemente do tipo de organização que esteja sendo gerenciado. Os gerentes modernos enfrentam o desafio de realizar um planejamento sólido tanto em organizações pequenas e relativamente simples, quanto nas grandes e mais complexas, e tanto em organizações não lucrativas, como em bibliotecas, quanto em organizações com fins lucrativos. 3. ELEMENTOS BÁSICOS NO PLANEJAMENTO Há cinco atividades fundamentais que são básicas ao processo de planejamento: ❖ Avaliação das condições atuais; ❖ Fator tempo; ❖ Os problemas de previsão; ❖ A coleta e a análise de dados; ❖ A coordenação dos planos. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 86 UNIDADE Temática 5.1.1. Avaliação das condições atuais A tarefa central em Planejamento é reconhecer nas condições atuais inadequações que influem na mudança. Insatisfações com objetivos atuais, programa ou atividades geram planejamento como uma forma de melhorar. As insatisfações podem surgirda falta de progresso em torno de objetivos, pela necessidade de novos objetivos ou pelo reconhecimento de um problema crítico. Planejamento é necessário para prevenir ou corrigir problemas e dar à organização a chance de corrigir. Não é fácil reconhecer quando uma condição requer um planejamento. Mudanças são frequentemente graduais, e somente após o problema surgir é que o seu impacto acumulativo reconhecerá a necessidade do planejamento. Em qualquer problema, por mais simples que seja, existe grande número de alternativas. UNIDADE Temática 5.1.2. O fator tempo no Planejamento Com o propósito analítico, planejamento pode ser visto tanto a curto prazo como a longo prazo. Entretanto, o planejamento é contínuo e na prática, o plano significante é aquele que está sendo seguido no momento. Planejamento a curto prazo é relacionado com o futuro próximo - o próximo mês ou até ano. Por outro lado, planejamento a longo prazo é feito para predizer condições e curso de ação para cinco, dez ou mais anos adiante. À medida que o período de tempo aumenta. a qualidade do planejamento tende a decrescer. Um grande período de tempo permite maior oportunidade para que ocorram eventos não previstos. Quanto mais remoto o futuro que o administrador está considerando, mais difícil se torna prever o que vai acontecer. Planejamento a longo prazo é geralmente estratégico. Ou seja, preocupa-se com a adequação e natureza dos objetivos e a maneira de atingi-los. Planejamento estratégico requer uma habilidade muito grande em antecipar o futuro e relacionar com o ambiente externo. Planejamento contingencial é uma forma de planejamento estratégico. A importância do planejamento a curto prazo não deve ser subestimada, entretanto. Curto prazo tende a ser mais preciso do que o de longo prazo. O trabalho do dia-a-dia dos momentos da organização consiste em executar planos em processo de desenvolvimento designados a antecipar situações do momento. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 87 UNIDADE Temática 5.1.3. Os problemas de previsão no Planejamento Previsão, embora não seja uma ciência exata, reúne um corpo de procedimentos e técnicas para predizer condições e eventos possíveis de ocorrer no futuro. Muitas dessas técnicas são subjetivas, porém são adequadas para muitos modelos de previsão que podem ser explanatórios ou estatísticos. Podemos classificar os métodos como mostra a Figura 1. Figura 1 – Classificação dos métodos Modelos de previsão Ex planatório Estatístico Previsão para julgamento Modelo analítico Modelo Intrínseco Julgamento por especialista Modelo Simulação Série de tempo Método Delphi Regressão Econométrica Método Cenário Modelo Extrínseco Input/output Para concluir sobre previsão, podemos dizer, cada um chega a uma conclusão sobre condições futuras, mostrando que os fatores considerados são complexos, particularmente quando o fator mais significante afeta as combinações e inter-relações alternativas. Segundo, precisa de coragem e confiança para tomar decisões, que envolvem grande soma de dinheiro, baseadas em previsões de condições gerais que, na melhor das hipóteses, podem estar apenas aproximadamente certas, Terceiro, previsões e expectativas têm características psicológicas. Uma previsão optimista tende a alimentar grandes esperanças em terceiros. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 88 UNIDADE Temática 5.2. A coleta e a análise dos dados Um quarto elemento importante no planejamento é a informação. Planejamento eficaz depende da qualidade e quantidade dos dados disponíveis ao planejador. Planejadores necessitam estabelecer fontes confiáveis e obter a informação em tempo desejável e de forma organizada. As informações são obtidas e avaliadas de forma diferente pelos grupos ou indivíduos envolvidos em um programa de trabalho e nem sempre conseguem avaliar quais as informações mais relevantes para o planejamento. o que provoca um maior monitoramento no planejamento. As informações utilizadas no planejamento são tanto internas quanto externas. Dados internos consistem em custos, produção, vendas. mão-de- obra e outros dados estratégicos que descrevem a situação atual da empresa. Outros dados internos vitais são sobre os objetivos e expectativas da organização. Esses dados são obtidos através de relatórios sistemáticos e dados estatísticos. Dados externos referem-se a informações sobre indústria, comunidade, aspectos governamentais, legais e econômicos. Esses dados são obtidos através de jornais, revistas especializadas, boletins e documentos públicos legais. Figura 2 – Elementos de planejamento e sua interação nos diferentes níveis. Estes planos são feitos pelos Planeam ento Administradores de Alto Nível estratégic o o Plano Desenvolvimento Organizacional UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 89 Plano Investimento Plano Diversificação Aquisição e Incorporação Estes planos são feitos por Administradores de Segundo Nível Plano Pesquisa e Desenvolvimento Plano Pesquisa Básica Plano Produto UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 90 Plano Marketing Plano Financeiro Plano Operacio nal Plano Produção Projeto Plano Marketing Plano Financeiro Um fator significante sobre o uso de informações refere-se ao custo de obter, classificar e guardar as mesmas. Nesse aspecto o uso do computador trouxe grande auxílio aos administradores. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 91 UNIDADE Temática 5.3. A coordenação dos Planos O quinto principal elemento em planejamento é o fato de que planos se inter-relacionam entre si tanto horizontal quanto verticalmente, gerando problemas de coordenação. Planos obedecem a uma hierarquia, correspondente aos níveis organizacionais. Isto é, planos mais a longo prazo são de responsabilidade da alta administração e planos a curto prazo são orientados em torno das operações do dia-a-dia nos níveis mais baixos e estendem-se até o nível operacional. A Figura 2 mostra os planos e seus respectivos níveis onde atuam. Olhando a organização como um todo, podemos ver que a hierarquia de planos corresponde aproximadamente à variação de autoridade e responsabilidade atribuída ao tipo de tarefa envolvida no plano. O Quadro 1 ilustra os diferentes tipos de planejamento que tendem a se concentrar a cada nível da organização. Nesse caso estamos considerando apenas três níveis. Quadro 1 – Atividade de planejamento por nível Nível organizacional Tipo de planejamento Alta Administração Objetivos, políticas, plano a longo prazo para toda A organização. Administração de segundo nível Cotas, programas, projetos, objetivos a curto prazo, planilhas, plano operacional. Nível não administrativo Rotina de trabalho e procedimentos Em relação ao ambiente, devemos considerar condições internas e externas à organização. Como externas podemos citar: políticas, econômicas, sociais, tecnológicas e de mercado. Como internas temos: mão-de-obra, capital padrões de procedimentos, estilo de liderança, objetivos etc. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 92 4. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO Os objetivos do Planejamento podem ser: ❖ Protetor: consiste em minimizar o risco, reduzindo as incertezas que cercam as condições de negócio e esclarecendo as consequências das ações relacionadas ao gerenciamento. ❖ Afirmativo:consiste em aumentar o grau de sucesso organizacional. ❖ Estabelecer um esforço coordenado, dentro da organização. Onde o planejamento é ausente, em geral, também não há coordenação nem eficiência organizacional. ❖ Facilitar a realização de empreendimentos e o cumprimento de objetivos. Todos os outros objetivos do planejamento são desmembramentos desse objetivo fundamental. 5. PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO Soluções de alternativa de futuras ações para a Empresa ou para cada departamento dentro dela. Planejar: é decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira fazer, quando e quem fazer. Planejamento: é como se fosse uma ponte estendida entre o ponto onde desejamos ir (objetivo). UNIDADE Temática 5.4. Princípios Gerais do Planejamento São quatro os princípios gerais para os quais o executivo deve estar atento: ❖ O princípio da contribuição aos objetivos e, neste aspecto, o planejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da empresa. No processo de planejamento devem-se hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua totalidade, tendo em vista a interligação entre eles. ❖ O princípio da precedência do planejamento, correspondendo a uma função administrativa que vem antes de outras (organização, direção e controle). Na realidade, é difícil separar e sequenciar as funções administrativas, mas pode-se considerar que na maneira geral, o planejamento "do que e como vai ser feito" aparece na ponta do processo. Como consequência o planejamento assume uma situação de maior importância no processo administrativo. ❖ O princípio da maior penetração e abrangência, pois o planejamento pode provocar uma série de modificações nas características e atividade da empresa. As modificações provocadas nas pessoas podem corresponder à necessidade de treinamento, substituição, transferências, funções, avaliação, etc; na tecnologia pode ser apresentada pela evolução dos UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 93 conhecimentos, pelas novas maneiras de fazer os trabalhos, etc.: e nos sistemas podem ocorrer alterações nas responsabilidades estabelecidas, nos níveis de autoridade, descentralização, comunicações, procedimentos, instruções, etc. ❖ O princípio da maior eficiência, eficácia e efectividade. O planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências. Através desses aspectos, o planejamento procura proporcionar á empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade. Eficiência é: • Fazer as coisas de maneira adequada; • Resolver problemas; • Salvaguardar os recursos aplicados; • Cumprir o seu dever; e • Reduzir os custos. Eficácia é: • Fazer as coisas certas; • Produzir alternativas criativas; • Maximizar a utilização de recursos; • Obter resultados; e • Aumentar lucro. Efetividade é: • Manter-se no ambiente; e • Apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente). Para que a empresa seja efetiva, é necessário que ela também seja eficiente e eficaz. É importante salientar que a eficiência, eficácia e efetividade são algumas das principais medidas para avaliar uma boa administração, pois, normalmente, os recursos com os quais o executivo trabalha são escassos e limitados. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 94 UNIDADE Temática 5.5. Princípios Específicos de Planejamento Com base na atitude e visão interativa diante do planejamento. ANSOFF (1990), apresenta quatro princípios de planejamento que podem ser considerados como específicos: Planejamento participativo: o principal benefício do planejamento não é seu produto, ou seja, o plano, mas o processo envolvido. Nesse sentido, o papel do responsável pelo planejamento não é simplesmente elaborá- lo, mas facilitar o processo de sua elaboração pela própria empresa e deve ser realizado pelas áreas pertinentes ao processo. Planejamento coordenado: todos os aspectos envolvidos devem ser projetados de forma que atuem interdependentemente, pois nenhuma parte ou aspecto de uma empresa pode ser planejado eficientemente se o for de maneira independente de qualquer outra parte ou aspecto. Planejamento Integrado: Os vários escalões de uma empresa (de porte médio ou grande) devem ter seus planejamentos integrados. Nas empresas voltadas para o ambiente nas quais os objetivos empresariais dominam os seus membros geralmente os objetivos são escolhidos de “cima para baixo” e os meios para atingi-los “de baixo para cima” sendo esse o último fluxo usualmente invertido em uma empresa cuja função primária e servir aos seus membros. Planejamento permanente: essa condição é exibida pela própria turbulência do meio ambiente, pois nenhum plano mantém seu valor com o tempo. É muito importante o executivo estar aos princípios gerais e específicos do planejamento, pois estes lhe proporcionarão base mais sólida para o processo decisório inerente ao planejamento na empresa. UNIDADE Temática 5.5.1. Partes do Planejamento Para ANSOFF (1990), o planejamento é um processo continuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter-relacionadas que podem ser separadas de formas diferentes. De forma geral e independentemente da metodologia utilizada, alguns aspectos básicos devem ser considerados em qualquer empresa. Ackoff (1974) apresenta cinco partes para as quais foram realizadas adaptações para enquadramento nos conceitos utilizados aqui: ❖ Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado, ou, a missão, os propósitos, os objetivos, os objetivos setoriais, os desafios e as metas. ❖ Planejamento de meios: proposição de caminhos para a empresa chegar ao estado futuro desejado, por exemplo, pela expansão da capacidade produtiva de uma unidade e/ ou diversificação de produtos. Aqui tem-se a escolha macroestratégias, macropolíticas, estratégias funcionais, políticas, procedimentos e praticas. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 95 ❖ Planejamento organizacional: esquematização dos requisitos organizacionais poder realizar os meios propostos. Aqui pode-se ter propostos, por exemplo, a estruturação da empresa em unidades estratégias de negócios. ❖ Planejamento de recursos: dimensionamento de recursos humanos e materiais, determinação da origem e aplica cão de recursos financeiros. Aqui tem-se o estabelecimento de programas, projetos e planos de ação necessários ao alcance do futuro desejado. ❖ Planejamento de implantação e controle: corresponde à atividade de planejar o gerenciamento de implantação do empreendimento. Devem-se ressaltar alguns aspectos, a saber: ❖ O próprio processo de planejamento deve ser planejado. ❖ O processo é interativo, ou seja, sua ação se exerce mutuamente, entre duas ou mais partes do todo. ❖ O processo é interativo, ou seja, repete-se ao longo do tempo. PLANEJAMENTO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Um programa vigoroso de planejamento produz muitos benefícios. Primeiramente, ajuda os gerentes a se orientar para o futuro. Os gerentes são forçados a olhar além de seus problemas diários normais para projetar quais situações podem confrontá-los no futuro. Em segundo lugar, um programa de planejamento bem concebido aumenta a coordenação da decisão. Nenhuma decisão deve ser tomada hoje sem uma ideia de como afetará uma decisão que possa ter de ser tomada amanhã. A função de planejamento impulsionada os gerentes a coordenar suas decisões. Em terceiro, o planejamento enfatiza objetivos organizacionais. Uma vez que os objetivos organizacionais são pontos de partida para o planejamento, os gerentes são continuamente lembrados pelo que sua organização está tentando realizar. Em geral, o planejamento é muito vantajoso para uma organização. De acordo com uma pesquisa citada frequentemente, mais de65% de todas as empresas recém-abertas não chegam a completar cinco anos de existência. Esse elevado índice de fracasso parece ser basicamente uma consequência de planejamento inadequado. Empresas bem-sucedidas possuem um plano estabelecido, uma declaração formal que delineia os objetivos que a organização está tentando atingir. O planejamento não elimina o risco evidentemente, mas ajuda os gerentes a identificar e a lidar com problemas organizacionais antes de estes causarem sérios danos a uma empresa. O lado negativo é que se a função de planejar não for bem executada, o planejamento pode gerar várias desvantagens para a organização. Por exemplo, um programa de planejamento muito enfatizado pode exigir tempo demais da gerência. Os gerentes devem conseguir um equilíbrio adequado entre o tempo gasto no planejamento e o tempo gasto em organizar, influenciar UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 96 e controlar. Se não o fizerem, algumas atividades extremamente importantes para o sucesso da organização poderão ser negligenciadas. Em geral, as vantagens do planejamento superam, definitivamente, as desvantagens. As desvantagens do planejamento costumam resultar do uso incorreto da função de planejamento. PRIMAZIA DO PLANEJAMENTO Planejamento é a função gerencial básica, aquele que precede as demais e constitui a base para as funções dos gerentes de organizar, influenciar e controlar. Somente depois de desenvolverem seus planos é que os gerentes podem determinar como querem estruturar sua organização, colocar seus funcionários e estabelecer controles organizacionais. Planejar, organizar, influenciar e controlar são atividades inter- relacionadas. Planejar é a função básica e a primeira a ser desempenhada. Organizar, influenciar e controlar, baseiam-se nos resultados do planejamento. ETAPAS DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO O processo de planejamento consiste nas seis etapas a seguir: 1) Definir os objetivos organizacionais - Uma vez que o planejamento enfoca como o sistema gerencial atingirá os objetivos organizacionais, uma definição clara desses objetivos é necessária antes do início do planejamento. Em essência, os objetivos estipulam aquelas áreas em que o planejamento organizacional deve ocorrer. 2) Enumerar formas alternativas de atingir os objetivos - Uma vez que os objetivos organizacionais forem claramente definidos, um gerente deve enumerar tantas alternativas disponíveis quanto possíveis para atingi-los. 3) Desenvolver premissas sobre as quais cada alternativa se baseia - Em grande extensão, a viabilidade de usar qualquer alternativa para atingir objetivos organizacionais é determinada pelas premissas ou suposições sobre as quais a alternativa se baseia. Por exemplo, duas alternativas que um gerente pode gerar para alcançar o objetivo organizacional de aumentar o lucro poderiam ser: (a) aumentar a venda de produtos que estão sendo produzidos atualmente ou (b) produzir e vender um produto totalmente novo. A alternativa (a) baseia-se na premissa de que a organização pode ganhar uma participação maior do mercado existente e a (b), na premissa de que um novo produto captaria uma parte significativa de um novo mercado. Um gerente relaciona todas as premissas para cada alternativa. 4) Escolher a melhor alternativa para atingir os objetivos - Uma avaliação das alternativas deve incluir uma avaliação das premissas sobre as quais as alternativas se baseiam. Um gerente em geral acha que algumas UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 97 premissas não têm sentido, e, portanto, podem ser excluídas sem maiores considerações. Esse processo de eliminação ajuda o gerente a determinar qual a alternativa que cumpriria melhor os objetivos organizacionais. 5) Desenvolver planos para perseguir a alternativa escolhida - Após a escolha de uma alternativa, um gerente começa a desenvolver planos estratégicos (de longo prazo) e táticos (de curto prazos). 6) Colocar os planos em ação - Uma vez desenvolvidos os planos que fornecem à organização direção tanto a curto quanto em longo prazo, eles devem ser implementados. É claro que a organização não pode se beneficiar diretamente do processo de planejamento até que essa etapa seja realizada. O SUBSISTEMA DE PLANEJAMENTO Uma vez que os gerentes entenderam plenamente os fundamentos do planejamento, eles podem tomar medidas para implementar o processo de planejamento em sua organização. A implementação é a chave para o sucesso desse processo. Embora os gerentes possam ter conhecimentos profundos de dados relacionados ao planejamento e a seu processo, se não conseguirem transformar esse entendimento em ações apropriadas, não serão capazes de gerar planos organizacionais úteis. Uma maneira de abordar a implementação é ver as atividades de planejamento como um subsistema organizacional. Um subsistema é um sistema criado como parte do sistema gerencial geral. Os subsistemas ajudam os gerentes a organizar os sistema geral e aumentar o seu sucesso. OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS: ESTABELECIMENTO DO PLANEJAMENTO Os gerentes começam a planejar declarando ou formulando os objetivos organizacionais. Só depois de ter uma visão clara dos objetivos organizacionais é que eles podem tomar quaisquer medidas subsequentes do processo do planejamento. Os objetivos organizacionais servem como base sobre a qual todos os esforços de planejamento posteriores serão realizados. As seções a seguir enfocam os objetivos organizacionais, um componente crítico do processo de planejamento, por meio de quatro etapas: ❖ Definir os objetivos organizacionais. ❖ Identificar áreas em que os objetivos organizacionais devem ser estabelecidos. ❖ Ilustrar como os gerentes trabalham com objetivos organizacionais. ❖ Discutir o gerenciamento por objetivos, uma abordagem ao gerenciamento baseada principalmente nos objetivos organizacionais. UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 98 Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO EXERCÍCIOS DE AVALIAÇÃO – INTRODUÇÃO Á GESTÃO V 1. Marque com V (as frases verdadeiras), e F (as frases falsas): a) Planejamento: A função de planejar é definida como a análise de informações relevantes do presente e do passado e a avaliação dos prováveis desenvolvimentos futuros, de forma que um curso de ação seja determinado e que torne possível à organização atingir seus objetivos já determinados. ( V ) b) Plano: A recomendação de um curso de ação estabelecida no planejamento é o plano. É através do plano que o planejamento se torna operacional. ( V ) c) Tomada de decisão: É uma atividade inerente ao processo de planejamento como um todo. Tomar uma decisão é fazer uma escolha entre duas ou mais alternativas. ( V ) d) Planejamento é o processo de determinar como a organização pode chegar onde deseja e que fará para executar seus objetivos. Em termos, mais formais, é “o desenvolvimento sistemático de programas de ação destinados a alcançar objetivos de negócio estabelecidos de comum acordo por meio de análise, da avaliação e da seleção das oportunidades previstas”. ( V ) e) Planejamento é uma gerência fundamental, independentemente do tipo de organização que esteja sendo gerenciado. Os gerentes modernos enfrentam o desafio de realizar um planejamento sólido tanto em organizações pequenas e relativamente simples, quanto nas grandes e mais complexas, e tanto em organizações não lucrativas, como em bibliotecas, quanto em organizações com fins lucrativos. ( V ) f) Através desses aspectos, o planejamento procura proporcionar á empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade. ( V ) g) Eficiência é: Fazer as coisas de maneira adequada; Resolver problemas; Salvaguardar os recursos aplicados; Cumprir o seu dever; e Reduzir os custos. ( V ) h) Eficácia é: Fazeras coisas certas; Produzir alternativas criativas; Maximizar a utilização de recursos; Obter resultados; e Aumentar lucro. ( V ) i) Efetividade é: Manter-se no ambiente; e Apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente). ( V ) j) Para que a empresa seja efetiva, é necessário que ela também seja eficiente e eficaz. É importante salientar que a eficiência, eficácia e efetividade são algumas das principais medidas para avaliar uma boa administração, pois, normalmente, os recursos com os quais o executivo trabalha são escassos e limitados. ( V ) k) Planejamento participativo: o principal benefício do planejamento não é seu produto, ou seja, o plano, mas o processo envolvido. Nesse sentido, o papel do responsável pelo planejamento não é simplesmente elaborá-lo, mas facilitar o processo de sua elaboração pela própria empresa e deve ser realizado pelas áreas pertinentes ao processo. ( V ) l) Planejamento coordenado: todos os aspectos envolvidos devem ser projetados de forma que atuem interdependentemente, pois nenhuma parte ou aspecto de uma empresa pode ser planejado eficientemente se o for de maneira independente de qualquer outra parte ou aspecto. ( V ) m) UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 99 n) Planejamento Integrado: Os vários escalões de uma empresa (de porte médio ou grande) devem ter seus planejamentos integrados. Nas empresas voltadas para o ambiente nas quais os objetivos empresariais dominam os seus membros geralmente os objetivos são escolhidos de “cima para baixo” e os meios para atingi-los “de baixo para cima” sendo esse o ultimo fluxo usualmente invertido em uma empresa cuja função primária e servir aos seus membros. ( V ) o) Planejamento permanente: essa condição é exibida pela própria turbulência do meio ambiente, pois nenhum plano mantém seu valor com o tempo. ( V ) p) Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado, ou, a missão, os propósitos, os objetivos, os objetivos setoriais, os desafios e as metas. ( V ) q) Planejamento de meios: proposição de caminhos para a empresa chegar ao estado futuro desejado, por exemplo, pela expansão da capacidade produtiva de uma unidade e/ ou diversificação de produtos. Aqui tem-se a escolha macroestratégias, macropolíticas, estratégias funcionais, políticas, procedimentos e praticas. ( V ) r) Planejamento organizacional: esquematização dos requisitos organizacionais poder realizar os meios propostos. Aqui pode-se ter propostos, por exemplo, a estruturação da empresa em unidades estratégias de negócios. ( V ) s) Planejamento de recursos: dimensionamento de recursos humanos e materiais, determinação da origem e aplica cão de recursos financeiros. Aqui tem-se o estabelecimento de programas, projetos e planos de ação necessários ao alcance do futuro desejado. ( V ) t) Planejamento de implantação e controle: corresponde à atividade de planejar o gerenciamento de implantação do empreendimento. ( V ) UnISCED CURSO: GESTÃO DE EMPRESAS 2 0 Ano Disciplina/Módulo:Introdução á Gestão II 100 Bibliografia • Araújo, L.C.G. (2001). Organização, Sistemas e Métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional. São Paulo: Atlas. • Chiavenato, I. (2005). Administração: Teoria, processo e prática. 4ed. Elsevier Editora Ltda. • Chiavenato, I. (2004). Administração nos Novos Tempos. Rio de Janeiro: Elsevier.2ª Reimpressão. • Chiavenato, I. (2005). Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em um excelente gestor de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier. 2ª Reimpressão. • Chiavenato, I. (2006). Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro: Elsevier. • Chiavenato, I. (2003). Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier. 7ª Edição. • Chiavenato, I. (2003). “Os Novos Paradigmas – Como as Mudanças estão mexendo com as Empresas”, Editora Atlas, 4ª edição. • Kotter, J. P. (1997). “Liderando Mudança”, Editora Campus, 13ª edição, Rio de Janeiro. • Minicucci, A. (1995). 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