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Ditadura no Uruguai A ditadura no Uruguai ocorreu de 1973 a 1985, um período de regime militar caracterizado por repressão política, censura e violações dos direitos humanos. Em 1973, as Forças Armadas lideradas pelo general Juan María Bordaberry depuseram o governo democraticamente eleito, justificando o golpe como uma resposta à instabilidade política e ao aumento da violência. Durante a ditadura, o governo implementou políticas autoritárias, incluindo a supressão de partidos políticos, restrições à liberdade de imprensa e a perseguição a opositores. Muitos uruguaios foram detidos, torturados e forçados ao exílio. O período também foi marcado pela criação de centros de detenção, como o infame "Estadio Centenario", onde indivíduos considerados subversivos eram mantidos em condições desumanas. A Operação Condor, uma aliança entre ditaduras militares na América do Sul, também teve impacto no Uruguai, resultando em cooperação regional para perseguir opositores políticos. A resistência à ditadura cresceu ao longo dos anos, liderada por grupos de direitos humanos e organizações civis. Eventualmente, pressões internas e externas levaram a transições democráticas na década de 1980, culminando na realização de eleições em 1984 e na restauração da democracia em 1985. O período da ditadura deixou marcas profundas na sociedade uruguaia, com um legado de trauma e uma busca contínua por verdade e justiça em relação aos abusos cometidos durante esse período sombrio.