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África: fronteiras artificiais, conflitos e independências História 2o bimestre – Aula 6 Ensino Médio 3a SÉRIE 2024_EM_V1 Nacionalismo afro-asiático: descolonização e independências. Identificar a complexidade da formação de Estados Nacionais no continente africano; Analisar os processos de descolonização e independência africana (Congo, Moçambique, Guiné-Bissau, Angola etc.). Conteúdo Objetivos 2024_EM_V1 (EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas. Pensando nos processos colonizadores, o que esses países africanos, tanto os insulares quanto os continentais, possuem de semelhante? Levante hipóteses! Ilha de Santiago: Mayra Andrade. Qual a língua da música? Há algo parecido com o Brasil? Onde fica a ilha de Santiago? Todos juntos! 3 MINUTOS Ilustração: Karlson Gracie, Nova Escola. https://cutt.ly/6w2IOfkc 2024_EM_V1 Para começar Imagens/ Vídeo: Ilustração: Karlson Gracie/NOVA ESCOLA. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/tG8DVaW2qW7BgH6fJPcE7k3Vqc2bC5FRCSVTQgKcaHJS68VXW2Zn3GeA7FBk/ef108nov21-consciencianegra-karlsongracie-c2-texto.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. Mayra Andrade - Ilha de Santiago (Official Video). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bkDEw6HI20w&t=1s Acesso em: 18 mar. 2024. Mapa Cabo Verde. Disponível em: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2023/03/mapa-cabo-verde.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. [Letra de "Ilha de Santiago"] [Refrão] Ilha di Santiago Ten korpinhu di algodon Saia di xita ku kordon Un par di brinko roda pion Ilha di Santiago Ten korpinhu di algodon Saia di xita ku kordon Un par di brinko roda pion [Verso 1] Na ilha di Santiago Tem Nhu Mano Mendi, tem Kaká Nha Nácia Gómi ku Zezé Nhu Raúl lá di fundu Rubera da Barca Na ilha di Santiago Tem Nhu Mano Mendi, tem Kaká Nha Nácia Gómi ku Zezé Nhu Raúl lá di fundu Rubera da Barca [Refrão] Ilha di Santiago Ten korpinhu di algodon Saia di xita ku kordon Un par di brinko roda pion Ilha di Santiago Ten korpinhu di algodon Saia di xita ku kordon Un par di brinko roda pion [Verso 2] Na ilha di Santiago Tem Caetaninho, tem Codé Nhu Arique ku Ano Nobo Nha Bibinha lá di fundu Curral de Baxo Na ilha di Santiago Tem Caetaninho, tem Codé Nhu Arique ku Ano Nobo Nha Bibinha lá di fundu Curral de Baxo [Instrumental] [Verso 3] Na ilha di Santiago Tem Séma Lopi, tem Katchás Djirga, Bilocas, Ney Ntoni Dente d'Oru lá di fundu San Dimingo Na ilha di Santiago Tem Séma Lopi, tem Katchás Djirga, Bilocas, Ney Ntoni Dente d'Oru lá di fundu San Dimingo [Refrão] Ilha di Santiago Ten korpinhu di algodon Saia di xita ku kordon Un par di brinko roda pion Ilha di Santiago Ten korpinhu di algodon Saia di xita ku kordon Un par di brinko roda pion Composição: Mario-Lucio Sousa. Intérprete Mayra Andrade. Álbum: Lovely Difficult (2013). Quais os assuntos tratados nos artigos dessa declaração? O que isso significou para o fim do colonialismo no continente africano? Por que a declaração cita a Carta das Nações e o que isso representa? Argumente. Leia um fragmento da Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais, no slide a seguir e, em dupla, levante hipóteses acerca de: De surpresa! 2024_EM_V1 Na prática A Assembleia Geral, [...] Declara que: 1. A sujeição de povos à subjugação, exploração e domínio estrangeiros constitui uma negação dos direitos humanos fundamentais, é contrária à Carta das Nações Unidas e compromete a causa da promoção da paz e cooperação mundiais; 2. Todos os povos têm o direito à autodeterminação; em virtude deste direito, podem determinar livremente o seu estatuto político e prosseguir livremente o seu desenvolvimento econômico, social e cultural; 3. A falta de preparação no domínio político, social ou educativo não deve jamais servir de pretexto para atrasar a independência; 4. Todas as ações armadas ou medidas repressivas de qualquer tipo dirigidas contra povos dependentes deverão cessar a fim de permitir a estes últimos exercer pacífica e livremente o seu direito à completa independência, e será respeitada a integridade do seu território nacional; [...]. (1514 (XV) da Assembleia Geral, de 14 de dezembro de 1960). Fonte 1: Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais – 1960 2024_EM_V1 Na prática Referência: PORTUGAL; Ministério Público de Portugal. Procuradoria Geral da República. Gabinete de Documentação e Direito Comparado. Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais - 1514 (XV) da Assembleia Geral, de 14 de dezembro de 1960. Disponível em: https://gddc.ministeriopublico.pt/sites/default/files/decl-indepcolonial.pdf Acesso em: 15 mar. 2024. O principal enfoque do documento está na ideia de autodeterminação, já que conferiu aos povos colonizados o direito do autogoverno e de defenderem suas independências. Após o período de criação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Carta das Nações, de 1946 e 1960, inúmeros países tornaram-se Estados livres no Oriente Médio, na Ásia e na África. Na ocasião da elaboração da Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais, em 1960, dezessete Estados africanos já eram independentes e haviam passado a ser membros da ONU e, consequentemente, representavam, em conjunto com os países asiáticos, uma maioria na Assembleia Geral. Essa união afro-asiática propiciou novas reflexões e revisões, incluindo a ideia de autodeterminação e pressionando os processos de descolonização dos territórios ainda dependentes. A citação da Carta das Nações Unidas representa o compromisso com os princípios fundamentais de respeito aos direitos humanos e à soberania dos Estados, reforçando a legitimidade dessa declaração no quadro internacional e destacando a importância da cooperação global para promover a paz e a justiça, antes negadas aos povos colonizados. Correção 2024_EM_V1 Na prática No contexto do colonialismo do continente africano, a divisão entre os países europeus não respeitou as diversidades culturais das diferentes etnias que habitavam a África. Ao contrário, incentivaram-se as rivalidades para a melhor exploração das riquezas da região. Desse modo, surgiram colônias africanas com fronteiras artificiais. Povos com interesses em comum foram separados em países diferentes. E povos com sérias rivalidades foram unidos em um único país. A maior parte das independências só vieram, com muitas lutas, após a década de 1950 do século XX. Fronteiras artificiais e independências Cronologia das independências https://cutt.ly/Uw1hRlD0 Mapa Colonizadores da África. Nova Escola/ Consultoria Luiz Arnaut (UFMG), 2008. Continua... 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Imagens: Mapa Colonizadores da África. Nova Escola/ Consultoria Luiz Arnaut (UFMG), 2008.Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/jQJXr4DgtS6UzDUMAYwWur5jhVwqPtSuJNSxKFUZgUfHVc7YpBqj62jjGNxf/quais-foram-os-colonizadores-da-africa.gif Acesso em: 18 mar. 2024. Cronologia das independências políticas africanas. Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=10MRtNd8rxu3iR4c_0H47pw85gis&hl=pt_BR&ll=11.177478147564537%2C93.68255046352658&z=3 Acesso em: 18 mar. 2024. “Com um território oitenta vezes maior do que o da Bélgica e situado no coração da África, o Congo foi inicialmente propriedade particular do rei belga Leopoldo II (1865 - 1909); depois, passou à administração da Bélgica. Rico em cobre, zinco, manganês, urânio e diamante, o Congo atraiu poderosas companhias internacionais, como a Unilever e a Companhia Mineira do Alto Katanga, que exploravam suas riquezas em troca de baixíssimos salários pagos aos congoleses.A administração belga era autoritária e racista; os congoleses não tinham liberdade de expressão, nem de representação” (BOULOS JR, 2018). O Congo Continua... 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Referência: BOULOS JR., A. Sociedade & Cidadania. História. São Paulo: FTD, 2018. Imagem: Mapa mostrando a localização da Bélgica e da República Democrática do Congo. (Montagem/Canva). Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Belgium%E2%80%93Democratic_Republic_of_the_Congo_relations#/media/File:DR_Congo_Belgium_Locator.png Acesso em: 18 mar. 2024. À esquerda: Caricatura de Leopoldo II, publicada na revista inglesa Vanity Fair, em 1869. Reconhecido pelas potências europeias como soberano do Estado Livre do Congo em 1885, o rei constituiu em 15 de Abril de 1891 a Companhia do Katanga para explorar a borracha. À direita: Fotografia de duas crianças mutiladas, Mola Ekilite e Yoka, vítimas do regime do rei Leopoldo II (c. 1905). Anti-Slavery International/Panos Pictures. A prática de mutilação das mãos dos africanos pelos belgas percorreu o mundo por meio de fotografias publicadas nos jornais denunciando a crueldade aplicada pela administração belga no Congo. As “técnicas de controle” no Congo Belga eram a dilaceração ou extirpação de membros como punição pelo não cumprimento da cota de trabalho. Basicamente, quando os senhores estavam insatisfeitos com a coleta dos trabalhadores, uma mão ou um pé era arrancado. Continua... 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Imagens: Caricatura de Leopoldo II, “Um rei constitucional”, publicada na revista inglesa Vanity Fair, em 1869. Reconhecido pelas potências europeias como soberano do Estado Livre do Congo em 1885, o rei constituiu em 15 de Abril de 1891 a Companhia do Katanga para explorar a borracha. Vanity Fair, outubro de 1869. Gravura n.º 49, n.º 3 da série dos Soberanos, Vanity Fair, n.º 204, de 9 de Outubro de 1869. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Leopoldo_II_da_B%C3%A9lgica#/media/Ficheiro:Leopoldo2dabelgica.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. Fotografia de duas crianças mutiladas, Mola Ekilite e Yoka, vítimas do regime do rei Leopoldo II (c. 1905). Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Sharon-Sliwinski/publication/249666927/figure/fig1/AS:939748017315840@1601064795204/Mola-Ekilite-seated-and-Yoka-C-Anti-Slavery-International-Panos-Pictures.ppm Acesso em: 18 mar. 2024. “Para lutar contra a opressão e a discriminação racial, os congoleses criaram em 1956 a Abako, Associação do Baixo Congo, chefiada por Joseph Kasa-Vubu (quinxassa-congolês que foi, entre 1960 e 1965, o primeiro presidente do Congo-Léopoldville) e, no ano seguinte, o Movimento Nacional Congolês (MNC), liderado por Patrice Lumumba, que organizaram uma série de manifestações de rua e greves pela independência. Pressionados pela resistência congolesa, os belgas se retiraram e, em 30 de junho de 1960, o Congo tornou-se independente; o primeiro chefe de governo foi o próprio Lumumba. Patrice Lumumba entre a população, na sede de seu partido, foto de Terence Spencer; e como primeiro-ministro, assinando o documento que concede a independência ao Congo, ao lado do primeiro-ministro belga, Gaston Eyskens, 30 de junho de 1960. Continua... 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Referência: BOULOS JR., A. Sociedade & Cidadania. História. São Paulo: FTD, 2018. Imagens: Patrice Lumumba entre a população, na sede de seu partido, foto de Terence Spencer. Disponível em: https://media.gettyimages.com/id/50561609/pt/foto/congo-politico-patrice-lumumba-of-national-progressive-party.jpg?s=612x612&w=0&k=20&c=bB3eARSMCQZKwZeWow-nnxLJmK7TgJf2Th-wAnQD6QE= Acesso em: 18 mar. 2024. Patrice Lumumba como primeiro-ministro, assinando o documento que concede a independência ao Congo ao lado do primeiro-ministro belga, Gaston Eyskens, 30 de junho de 1960. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Belgian_Congo#/media/File:Patrice_Lumumba_signs_the_document_granting_independence_to_the_Congo_next_to_Belgian_Prime_Minister_Gaston_Eyskens.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. “Pressionados pela resistência congolesa, os belgas se retiraram e, em 30 de junho de 1960, o Congo tornou-se independente; o primeiro chefe de governo foi o próprio Lumumba. Mas o projeto de Lumumba de unir os congoleses em torno de um Estado nacional não prosperou. John F. Kennedy (à esquerda), presidente dos EUA, e Mobutu Sese Seko, na Casa Branca, em Washington DC., 4 de junho de 1963. Com o apoio dos Estados Unidos, a rica província de Katanga moveu uma guerra separatista contra as forças de Lumumba, que, por sua vez, recebiam ajuda da União Soviética. A guerra civil terminou com um golpe de Estado de Joseph-Desiré Mobutu, aliado dos estadunidenses, que implantou um regime ditatorial em 1961; Lumumba foi preso e assassinado em circunstâncias misteriosas, o que levou a ONU a intervir no país para assegurar a independência” (BOULOS JR., 2018). 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Referência: BOULOS JR., A.Sociedade & Cidadania. História. São Paulo: FTD, 2018. Imagem: John F. Kennedy (à esquerda), presidente dos EUA, e Mobutu Sese Seko, na Casa Branca em Washington DC., 4 de junho de 1963. Disponível em: https://media.gettyimages.com/id/3319397/pt/foto/us-statesman-john-f-kennedy-35th-president-of-the-usa-and-zairean-soldier-and-politician-mobutu.jpg?s=612x612&w=0&k=20&c=ZJCBZfGBQmRTtRgNSgnYb0_txXmORMSbjLeR2g39NQU= Acesso em: 18 mar. 2024. Faça agora! Leiam o fragmento de Frantz Fanon (1925-1961), no slide a seguir e, em duplas, analisem: Qual a crítica (e denúncia) de Fanon acerca das complexas dinâmicas entre os “interesses coloniais” e os compromissos internos, no contexto da independência do Congo? 10 MINUTOS O psiquiatra e filósofo social Frantz Fanon. (Reprodução – Portal Contemporâneo da América Latina e Caribe/USP). 2024_EM_V1 Na prática Imagem: O psiquiatra e filósofo social Frantz Fanon. (Reprodução – Portal Contemporâneo da América Latina e Caribe/USP). Disponível em: https://sites.usp.br/portalatinoamericano/wp-content/uploads/sites/922/2022/11/Frantz-Fanon.Pasp_.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. “[...] Lumumba, porque era o chefe do primeiro país desta região a obter a independência, porque sabia concretamente o peso do colonialismo, tinha-se comprometido em nome do seu povo a contribuir fisicamente para a morte dessa África. Que as autoridades do Katanga e de Portugal tenham feito de tudo para sabotar a independência do Congo não nos espanta. Que tenham reforçado a ação dos belgas e aumentado o ímpeto das forças centrífugas no Congo, é um fato. Mas este fato não explica a deterioração que progressivamente se instalou no Congo, este fato não explica o assassinato, friamente decidido, friamente dirigido, de Lumumba, essa colaboração colonialista no Congo é insuficiente para explicar por que é que em fevereiro de 1961 a África vai conhecer, em torno do Congo, a sua primeira grande crise. A sua primeira grande crise, porque terá de demonstrar se avança ou se recua. FONTE 1. A morte de Lumumba, por Frantz Fanon Continua... 2024_EM_V1 Na prática Referência: FANON. F. Afrique Action, nº 19, de 20 fevereiro de 1961. Reunido na coletânea “Em defesa da Revolução Africana”. Apud: MANOEL, J.; LANDI,G. (orgs.). Revolução Africana: uma antologia do pensamento marxista. São Paulo: Autonomia Literária, 2019, p. 98-99. “Terá de compreender que já lhe não é possível avançar por regiões, que, como um grande corpo que recusa qualquer mutilação, terá de avançar na totalidade, que não haverá uma África que luta contra o colonialismo e outra que tenta arranjar-se com o colonialismo. A África, isto é, os africanos, terão de compreender que nunca há grandeza a adiar e que nunca é desonra dizer o que se é e o que se quer e que, na realidade, a habilidade do colonizado só pode ser, em última instância, a sua coragem, a concepção lúcida dos seus objetivos e das suas alianças, a tenacidade que confere à sua libertação. Lumumba acreditava na sua missão. O grande sucesso dos inimigos da Áfricafoi terem comprometido os próprios africanos. É certo que esses africanos estavam diretamente interessados no homicídio de Lumumba. Chefes de governos fantoches, no seio de uma independência fantoche, confrontados dia a dia com uma oposição massiva dos seus povos, não levaram muito tempo a convencer-se de que a independência real do Congo os poria pessoalmente em perigo.” (MANOEL; LANDI, 2019, p. 98-99). 2024_EM_V1 Na prática Referência: FANON. F. Afrique Action, nº 19, de 20 fevereiro de 1961. Reunido na coletânea “Em defesa da Revolução Africana”. Apud: MANOEL, J.; LANDI,G. (orgs.). Revolução Africana: uma antologia do pensamento marxista. São Paulo: Autonomia Literária, 2019, p. 98-99. Fanon critica a colaboração dos líderes africanos com os interesses coloniais – “os fantoches dos colonizadores” –, destacando o envolvimento direto deles na sabotagem da independência efetiva e no assassinato de Lumumba. Ele denuncia o fato de esses líderes, que governavam em nome de uma independência fictícia, estarem preocupados com sua própria segurança e interesses, desconsiderando a população, já que rapidamente aliaram-se aos colonizadores para a preservação de seu poder pessoal. Essa colaboração comprometeu a verdadeira independência do Congo e demonstrou a falta de coragem e visão desses líderes africanos. Correção 2024_EM_V1 Na prática “Portugal também se esforçou para conservar suas possessões coloniais na África: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, as ilhas de São Tomé e Príncipe e o arquipélago de Cabo Verde. O Estado português, então governado pelo ditador António Salazar (1889 - 1970), recusava-se a negociar com os movimentos de libertação. Mesmo com a reprovação da ONU e da comunidade internacional, ele insistia em manter seus territórios de além-mar. Assim, o império colonial português foi um dos últimos a se desfazer. O fim do Império português À esquerda, Salazar se preparando para discursar, c. 1960. (Gamma-Rapho via Getty Images). Ao lado, a posse de seu sucessor, Marcello Caetano, no Palácio de São Bento, em 28 de Setembro de 1968. (Autor desconhecido). Continua... 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Referência: VAINFAS, R. [Et al.].Conecte Live. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. Imagem: António Salazar se preparando para discursar, c. 1960. (Gamma-Rapho via Getty Images). Disponível em:https://media.gettyimages.com/id/599798505/pt/foto/le-pr%C3%A9sident-du-conseil-des-ministres-du-portugal-et-chef-de-file-de-lestado-novo-antonio-de.jpg?s=612x612&w=0&k=20&c=ZEyAP3h95SvcksCJZJ0LNwaPAgLMcTgLB6WTV76dsmw= Acesso em: 18 mar. 2024. A posse de Marcello Caetano, no Palácio de São Bento, em 28 de Setembro de 1968 (Autor desconhecido). Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcello_Caetano#/media/Ficheiro:Tomada_de_posse_de_Marcelo_Caetano,_28_de_Setembro_de_1968_(Arquivo_DN).png Acesso em: 18 mar. 2024. As guerrilhas que lutavam pela independência de Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde contavam não apenas com o apoio da opinião pública internacional, mas também com a solidariedade dos povos africanos e com armas enviadas pelos países socialistas. Esse tipo de interferência, tanto dos países socialistas como dos capitalistas nos conflitos políticos do continente, foi comum durante a Guerra Fria. Por razões de saúde, Salazar se afastou do poder em 1968. Mas seu sucessor, Marcello Caetano, deu continuidade à sua política na África e à guerra contra os rebelados, que se tornava cada vez mais dispendiosa para os cofres portugueses e antipática para a comunidade internacional”. (VAINFAS, 2018). A bandeira de Angola é hasteada em 11 de novembro de 1975; Cartaz de propaganda portuguesa contra a independência de Angola. Continua... 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Referência: VAINFAS, R. [Et al.]. Conecte Live. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. Imagens: A bandeira de Angola é hasteada em 11 de novembro de 1975. Disponível em: https://static.todamateria.com.br/upload/in/de/independenciaangola-cke.jpg?auto_optimize=low Acesso em: 18 mar. 2024. Cartaz de propaganda portuguesa contra a independência de Angola. Disponível em: https://static.todamateria.com.br/upload/an/go/angolaenossabb.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. “Em 25 de abril de 1974, no episódio conhecido como Revolução dos Cravos, o Movimento das Forças Armadas (MFA), formado majoritariamente por capitães, derrubou a ditadura salazarista em Portugal. Jovem coloca um cravo vermelho na arma de um soldado após a vitória da revolução de 25 de abril, que pôs fim ao regime salazarista em Portugal. Autor desconhecido/ (colorizado). Manifestação na Revolução dos Cravos. Foto: Imago/Zuma/Keystone. Continua... 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Referência: VAINFAS, R. [Et al.]. Conecte Live. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. Imagens: Jovem coloca um cravo vermelho na arma de um soldado após a vitória na revolução de 25 de abril, que pôs fim ao regime salazarista em Portugal. Autor desconhecido/ (colorizado). Disponível em: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2021/04/cravos-2-600x385.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. Manifestação na Revolução dos Cravos. Foto: Imago/Zuma/Keystone. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/_versions/cravosrevolution124_widelg.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) transportando armas até Hermangono, na Guiné-Bissau, em 1973. (Foto Roel Coutinho.) Samora Machel com soldados da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), durante a Guerra da Independência de Moçambique, c. 1974. O novo governo aceitou negociar com as organizações rebeldes, que então obtiveram sua independência: Guiné-Bissau ainda em 1974 e Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe em 1975. Logo após a independência, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), de orientação marxista e com o apoio de Cuba, assumiu o poder, mas teve de enfrentar a oposição de outros dois grupos, anticomunistas e apoiados pela África do Sul. O resultado foi uma guerra civil longa e sangrenta, que se estendeu até 2002. Em Moçambique, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) de orientação marxista, enfrentou a oposição de grupos armados, também apoiados pela África do Sul.” (VAINFAS, 2018). 2024_EM_V1 Foco no conteúdo Referência: VAINFAS, R. [Et al.]. Conecte Live. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. Imagens: Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde - PAIGC, transportando armas até Hermangono, Guiné-Bissau, 1973. Foto Roel Coutinho. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/African_Party_for_the_Independence_of_Guinea_and_Cape_Verde#/media/File:ASC_Leiden_-_Coutinho_Collection_-_G_23_-_Life_in_Ziguinchor,_Senegal_-_Carrying_weapons_to_Hermangono,_Guinea-Bissau_-_1973.tif Acesso em: 18 mar. 2024. Samora Machel com soldados da FRELIMO durante a Guerra da Independência de Moçambique, c. 1974. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Independ%C3%AAncia_de_Mo%C3%A7ambique#/media/Ficheiro:Mozambican_War_of_Independence.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. Leia o fragmento de Amílcar Cabral, nos slides a seguir e, em dupla, analise: Amílcar Lopes Cabral (1924-1973), poeta, pan-africanista e engenheiro agrônomo. Cofundador do Partido Africano Para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde – PAIGC (1956). Qual a crítica de Amílcar Cabral acerca da política de “assimilação” adotada pelo colonialismo português na África? Como essas políticas afetaram a dignidade e a soberania dos povos africanos? IMPORTANTE: O Estado colonial português, de 1930 a 1974, caracterizou-se por ter difundido uma narrativa que tomava a política da assimilação enquanto um empreendimento a partir do qual transformaria as populações negras africanas, consideradas desprovidas de civilidade, em cidadãos que assumiriam a cultura portuguesa como sendo algo superior e desejável. (cf. Ministério das Colônias, 1930; Ministério dos Negócios Estrangeiros, 1940; Moreira, 1956a). Virem, conversem e registrem! 2024_EM_V1 Na práticaReferência: MINISTÉRIO DAS COLÔNIAS. Decreto n. 18:570, de 08 de julho de 1930. Diário do Governo. Lisboa, I série., n.156, 1930, p. 1307-1312. Apud: MOREIRA, Adriano. Política Ultramarina. Lisboa: Junta de Investigação do Ultramar, 1956 a. Imagem: Amílcar Lopes Cabral (1924 - 1973), poeta, pan-africanista e engenheiro agrônomo. Cofundador do PAIGC (1956). Fotografia: Fundação Amílcar Cabral. Disponível em: https://www.museudoaljube.pt/wp-content/uploads/2021/01/amilcar-cabral.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. “A chamada “política de assimilação” dos povos africanos, além de ser falsa do ponto de vista científico, é desumana, oportunista, imoral. Baseia-se, na realidade, na tese racista da indignidade e da incapacidade da raça negra e, consequentemente, no desprezo total dos valores culturais e da civilização negro-africana: pretende impedir que o gênio dos povos africanos, na sua autenticidade original, contribua para o enriquecimento da cultura e da civilização humanas; fomenta o desrespeito e a dessolidariedade [sic] de minorias ditas ‘assimiladas’ para com as grandes comunidades africanas a que realmente pertence. [...]. FONTE 2. Manifesto do Movimento Anticolonialista, por Amílcar Cabral Continua... 2024_EM_V1 Na prática Referência: CABRAL, Amílcar. Manifesto do Movimento Anticolonialista (MAC). (1965), "Manifesto do Movimento Anticolonialista (MAC)", Fundação Mário Soares / Arquivo Mário Pinto de Andrade. Disponível em: http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=04336.001#!4 Acesso em: 18 mar. 2024. “O colonialismo português existe, porque, nos nossos países, a administração econômica, política, social, cultural, religiosa militar é ditada, exercida e controlada pelo Estado Português. Nenhum povo africano das colônias portuguesa é soberano no seu país. O que existe nos nossos países é uma declarada ‘soberania portuguesa’ imposta e mantida pela força. [...] Nós, os africanos, fomos e continuamos a ser tratados pela colonização portuguesa e pelos colonos sem o mínimo respeito pela nossa dignidade humana. As rusgas, o chicote, a palmatória, as humilhações físicas e morais, os frequentes aprisionamentos, as deportações que causam a morte de muitos africanos, o trabalho forçado, o trabalho não remunerado ou mal remunerado, os assassínios praticados nos edifícios das Administrações coloniais e nos locais de trabalho — são alguns dos mais indignos processos da prática colonial portuguesa, integrados numa verdadeira política de genocídio contra os nossos povos.” (CABRAL, 1965, p. 6 e 9) 2024_EM_V1 Na prática Referência: CABRAL, Amílcar. Manifesto do Movimento Anticolonialista (MAC). (1965), "Manifesto do Movimento Anticolonialista (MAC)", Fundação Mário Soares / Arquivo Mário Pinto de Andrade. Disponível em: http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=04336.001#!4 Acesso em: 18 mar. 2024. Amílcar Cabral descreve a política de assimilação como algo baseado em teses racistas. Ele critica a imposição da cultura e administração portuguesa sobre os povos africanos, negando-lhes sua autenticidade cultural e capacidade de contribuir para o enriquecimento humano. Essas políticas minaram a dignidade e a soberania dos povos africanos, subjugando-os à autoridade e controle portugueses, fomentando o desrespeito e a falta de solidariedade entre os africanos, dividindo-os em minorias assimiladas e grandes comunidades, enquanto perpetuavam práticas de exploração, violência e desrespeito aos direitos humanos. Além disso, Cabral denuncia que o colonialismo português na África negava a soberania dos povos africanos por meio do controle econômico, político, social, cultural, religioso e militar, além de práticas desumanas e violentas. Essas práticas, integradas em uma política colonialista, que Cabral descreve como genocida, causaram imenso sofrimento e morte entre os povos africanos. Correção 2024_EM_V1 Na prática António Agostinho Neto (1922-1979), líder africano engajado na luta pela libertação do povo de seu país, então colônia de Portugal, tornou-se o primeiro presidente de Angola, em 1975. Por sua produção literária, marcada por um tom de resistência e pela afirmação da identidade africana, é conhecido como “poeta maior”. Em que aspectos o poema ao lado traz uma ideia de resistência diante do colonialismo que Portugal tentou, durante séculos, apagar da memória dos angolanos? Existem nele elementos de uma identidade angolana? Discutam a partir do poema e da aula. Discussão disciplinada 2024_EM_V1 Aplicando Professor, importante destacar: A divisão da população das chamadas províncias ultramarinas era feita na base de duas classes: os assimilados e os indígenas. Desse modo, eram considerados indígenas: todos os indivíduos de raça negra ou seus descendentes nascidos e vivendo habitualmente nas províncias de Angola, Guiné e Moçambique que não possuíam ainda hábitos individuais e sociais para a integral aplicação do direito público e privado do cidadão português. Em outras palavras, um indígena era um africano, ou descendentes de africanos, governado por costumes nativos, e que por isso era considerado como não tendo um nível cultural que lhe permitisse reger-se pelas mesmas leis que os cidadãos portugueses. Ver: NDOMBELE, E.D; PACA, L.J. dos S. Reflexão sobre o impacto das poesias de Agostinho Neto: “Havemos de voltar” e “Adeus à hora da largada” na construção de uma Angola Independente. impacto das poesias de Agostinho Neto. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras, São Francisco do Conde (BA), v. 3, nº1, p.111-123, jan.- jun. 2023. “HAVEMOS DE VOLTAR Agostinho Neto, poema escrito na prisão de Aljube, no ano 1960, em Lisboa. Às casas, às nossas lavras às praias, aos nossos campos haveremos de voltar. Às nossas terras vermelhos do café brancas de algodão verdes dos milharais haveremos de voltar Às nossas minas de diamantes ouro, cobre, de petróleo haveremos de voltar À frescura da mulemba * às nossas tradições aos ritmos e às fogueiras haveremos de voltar À marimba e ao quissange ** ao nosso carnaval haveremos de voltar Haveremos de voltar à Angola libertada Angola independente”. Referência: NETO, A. Sagrada Esperança. Lisboa: Mercado de Letras Editores, 2014. Imagem: Agostinho Neto. Disponível em: https://web.letras.up.pt/catedraagostinhoneto/Site/Fotos/An-4.jpg Acesso em: 18 mar. 2024. Para saber mais! Estude com os vídeos: DW Português para África. Patrice Lumumba e o movimento anticolonialista. TV BRASIL. Heróis da independência africana, Nova África: Amílcar Cabral. BBC News Brasil. A terrível história de atrocidades do domínio belga no Congo (recorte). Revisando! https://cutt.ly/6w2PbK2e https://cutt.ly/gw2PnqS6 https://cutt.ly/Qw2Pnuzt 2024_EM_V1 Vídeos: DW Português para África. Patrice Lumumba e o movimento anti-colonialista na RDC. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=c0-Ctj7wRVs Acesso em: 19 mar. 2024. BBC News Brasil. A terrível história de atrocidades do domínio belga no Congo (recorte). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YViUG3x8-Lo Acesso em: 19 mar. 2024. TV BRASIL. Heróis da independência africana, Nova África: Amílcar Cabral. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=py5svhafmGE Acesso em: 19 mar. 2024. Vídeos: DW Português para África. Patrice Lumumba e o movimento anti-colonialista na RDC. Disponível em: https://cutt.ly/6w2PbK2e Acesso em: 19 mar. 2024. BBC News Brasil. A terrível história de atrocidades do domínio belga no Congo (recorte). Disponível em: https://cutt.ly/gw2PnqS6 Acesso em: 19 mar. 2024. TV BRASIL. Heróis da independência africana, Nova África: Amílcar Cabral. Disponível em: https://cutt.ly/Qw2Pnuzt Acesso em: 19 mar. 2024. Identificamos a complexidade da formação de Estados Nacionais no continente africano; Analisamos os processos de descolonização e independência africana (Congo, Moçambique, Guiné-Bissau, Angola etc.). 2024_EM_V1 O que aprendemos hoje? BOULOS JR., A. Sociedade & Cidadania. História. São Paulo: FTD, 2018. CABRAL, Amílcar.Manifesto do Movimento Anticolonialista (MAC). (1965), “Manifesto do Movimento Anti-Colonialista (MAC)”, Fundação Mário Soares / Arquivo Mário Pinto de Andrade. Disponível em: https://cutt.ly/nw2Sl8Mq Acesso em: 18 mar. 2024. FANON. F. Afrique Action, n. 19, de 20 fevereiro de 1961. Reunido na coletânea “Em defesa da Revolução Africana”. Apud: MANOEL, J.; LANDI,G. (orgs.). Revolução Africana: uma antologia do pensamento marxista. São Paulo: Autonomia Literária, 2019. LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023. MINISTÉRIO DAS COLÔNIAS. Decreto n. 18:570, de 08 de julho de 1930. Diário do Governo. Lisboa, I série., n.156, 1930, p. 1307-1312. Apud: MOREIRA, Adriano. Política Ultramarina. Lisboa: Junta de Investigação do Ultramar, 1956 a. NDOMBELE, E.D; PACA, L.J. dos S. Reflexão sobre o impacto das poesias de Agostinho Neto: “Havemos de voltar” e “Adeus à hora da largada” na construção de uma Angola Independente. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras, São Francisco do Conde (BA), v. 3, n. 1, p.111-123, jan.- jun. 2023. NETO, A. Sagrada Esperança. Lisboa: Mercado de Letras Editores, 2014. PORTUGAL; Ministério Público de Portugal. Procuradoria Geral da República. Gabinete de Documentação e Direito Comparado. Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais - 1514 (XV) da Assembleia Geral, de 14 de dezembro de 1960. Disponível em: https://cutt.ly/Zw2WPhlj Acesso em: 18 mar. 2024. VAINFAS, R. [Et al.]. Conecte Live. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. 2024_EM_V1 Referências Lista de imagens e vídeos Slide 3 - Mayra Andrade - Ilha de Santiago (Official Video). Disponível em: https://cutt.ly/6w2IOfkc. Acesso em: 18 mar. 2024; Ilustração: Karlson Gracie/NOVA ESCOLA. Disponível em: https://cutt.ly/zw2W3p5x. Acesso em: 18 mar. 2024; Mapa Cabo Verde. Disponível em: https://cutt.ly/Iw2IVe66. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 7 - Cronologia das independências políticas africanas. Google Maps. Disponível em: https://cutt.ly/Uw1hRlD0. Acesso em: 18 mar. 2024; Mapa Colonizadores da África. Nova Escola/ Consultoria Luiz Arnaut (UFMG), 2008. Disponível em: https://cutt.ly/1w2WAaTH. Acesso em:18 mar. 2024. Slide 8 - Mapa mostrando a localização da Bélgica e da República Democrática do Congo. (Montagem/Canva) Disponível em: https://cutt.ly/4w2WSd9k. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 9 - Caricatura de Leopoldo II, “Um rei constitucional”, publicada na revista inglesa Vanity Fair de 1869. Reconhecido pelas potências europeias como soberano do Estado Livre do Congo em 1885, o rei constituiu em 15 de Abril de 1891 a Companhia do Katanga para explorar a borracha. Vanity Fair, outubro de 1869. Gravura n.º 49, n.º 3 da série dos Soberanos, Vanity Fair, n.º 204, de 9 de Outubro de 1869. Disponível em: https://cutt.ly/Rw2WDmzC. Acesso em: 18 mar. 2024; Fotografia de duas crianças mutiladas, Mola Ekilite e Yoka, vítimas do regime do rei Leopoldo II (c. 1905). Disponível em: https://cutt.ly/2w2WDWIQ. Acesso em: 18 mar. 2024. 2024_EM_V1 Referências Lista de imagens e vídeos Slide 10 - Patrice Lumumba entre a população, na sede de seu partido, foto de Terence Spencer. Disponível em: https://cutt.ly/lw2WHtj0. Acesso em: 18 mar. 2024; Patrice Lumumba como primeiro-ministro, assinando o documento que concede a independência ao Congo ao lado do primeiro-ministro belga, Gaston Eyskens, 30 de junho de 1960. Disponível em: https://cutt.ly/pw2WHbbm. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 11 - John F. Kennedy (à esquerda), presidente dos EUA, e Mobutu Sese Seko, na Casa Branca em Washington DC., 4 de junho de 1963. Disponível em: https://cutt.ly/Nw2WJN6t. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 12 - O psiquiatra e filósofo social Frantz Fanon. (Reprodução - Portal Contemporâneo da América Latina e Caribe/USP). Disponível em: https://cutt.ly/3w2WKAE0. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 16 - António Salazar se preparando para discursar, c. 1960. (Gamma-Rapho via Getty Images). Disponível em: https://cutt.ly/Pw2WZktk. Acesso em: 18 mar. 2024; A posse de Marcello Caetano, no Palácio de São Bento, em 28 de Setembro de 1968 (Autor desconhecido). Disponível em: https://cutt.ly/Tw2WZV7n. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 17 - A bandeira de Angola é hasteada em 11 de novembro de 1975. Disponível em: https://cutt.ly/Qw2WX1sd. Acesso em: 18 mar. 2024; Cartaz de propaganda portuguesa contra a independência de Angola. Disponível em: https://cutt.ly/Jw2WCqcQ. Acesso em: 18 mar. 2024. 2024_EM_V1 Referências Lista de imagens e vídeos Slide 18 - Jovem coloca um cravo vermelho na arma de um soldado após a vitória da revolução de 25 de abril, que pôs fim ao regime salazarista em Portugal. Autor desconhecido/ (colorizado). Disponível em: https://cutt.ly/Rw2WC2uj. Acesso em: 18 mar. 2024; Manifestação na Revolução dos Cravos. Foto: Imago/Zuma/Keystone. Disponível em: https://cutt.ly/Sw2WC58d. Acesso em: 18 mar. 2024. Slides 19 - Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde - PAIGC, transportando armas até Hermangono, Guiné-Bissau, 1973. Foto Roel Coutinho. Disponível em: https://cutt.ly/Fw2WBoZe. Acesso em: 18 mar. 2024; Samora Machel com soldados da FRELIMO durante a Guerra da Independência de Moçambique, c. 1974. Disponível em: https://cutt.ly/ew2WBnKv. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 20 - Amílcar Lopes Cabral (1924 - 1973), poeta, pan-africanista e engenheiro agrônomo. Cofundador do Partido Africano Para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde – PAIGC (1956). Fotografia Fundação Amílcar Cabral. Disponível em: https://cutt.ly/Pw2WBH8g. Acesso em: 18 mar. 2024. 2024_EM_V1 Referências Lista de imagens e vídeos Slides 19 - Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde - PAIGC, transportando armas até Hermangono, Guiné-Bissau, 1973. Foto Roel Coutinho. Disponível em: https://cutt.ly/Fw2WBoZe. Acesso em: 18 mar. 2024; Samora Machel com soldados da FRELIMO durante a Guerra da Independência de Moçambique, c. 1974. Disponível em: https://cutt.ly/ew2WBnKv. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 20 - Amílcar Lopes Cabral (1924 - 1973), poeta, pan-africanista e engenheiro agrônomo. Cofundador do Partido Africano Para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde – PAIGC (1956). Fotografia Fundação Amílcar Cabral. Disponível em: https://cutt.ly/Pw2WBH8g. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 24 - Agostinho Neto. Disponível em: https://cutt.ly/3w2W9fxQ. Acesso em: 18 mar. 2024. Slide 25 - DW Português para África. Patrice Lumumba e o movimento anticolonialista na RDC. Disponível em: https://cutt.ly/6w2PbK2e. Acesso em: 19 mar. 2024; BBC News Brasil. A terrível história de atrocidades do domínio belga no Congo (recorte). Disponível em: https://cutt.ly/gw2PnqS6. Acesso em: 19 mar. 2024; TV BRASIL. Heróis da independência africana, Nova África: Amílcar Cabral. Disponível em: https://cutt.ly/Qw2Pnuzt. Acesso em: 19 mar. 2024. Gifs e imagens ilustrativas elaboradas especialmente para este material a partir do Canva. Disponível em: https://www.canva.com/pt_br/. Acesso em: 19 mar. 2024. 2024_EM_V1 Referências 2024_EM_V1 image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image16.png image17.png image10.jpg image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image18.gif image19.png image20.png image21.png image22.gif image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.gif image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.png image45.jpg image46.jpg image47.jpg image48.png image8.png image9.png