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ARTICULAÇÃO DE IDEIAS
1. Explique por que é difícil propor uma definição para “vida” e como os biólogos fazem esse tipo de definição atualmente.
2. Retome as propriedades que indicam processos de vida. Escolha um organismo vivo e explique como ele apresenta 
cada uma dessas propriedades.
3. Que evidências são utilizadas pelos paleontólogos na reconstrução da história da vida?
4. Por que os fósseis podem ser usados como evidência direta para determinação da idade relativa das rochas?
5. Como o tempo de meia-vida de radioisótopos pode ser uma ferramenta para determinar a idade de fósseis e rochas?
6. Suponha que um paleontólogo tenha coletado o fóssil de uma presa de um tigre-dentes-de-sabre soterrada no 
interior de uma caverna. Análises químicas de sua composição indicam uma taxa de carbono-14 de 6,25 ppm. 
Sabendo que o tempo de meia-vida do carbono-14 é de 5 730 anos, calcule a idade aproximada desse fóssil.
Tempo de meia-vida
O tempo de meia-vida é o tempo necessário para que metade dos núcleos 
radioativos de uma amostra se desintegre. Em outras palavras, é o tempo 
para que uma amostra radioativa seja reduzida à metade. Cada radioisótopo 
apresenta um tempo próprio de meia-vida. Os paleontólogos utilizam o ra-
dioisótopo carbono-14 (C-14) para determinar a idade das rochas sedimen-
tares e, consequentemente, a idade dos fósseis ali encontrados. 
O carbono-14 é encontrado nos seres vivos em uma concentração cons-
tante de 10 ppb (partes por bilhão). Os seres vivos absorvem esse radioi-
sótopo ao longo da vida. Após a morte, cessa a absorção e o radioisótopo 
começa a se desintegrar. O resultado da desintegração do nêutron nuclear 
do carbono-14 origina como produto o átomo de nitrogênio-14.
Analisando o gráfico (�gura 3.27), suponha que uma amostra fóssil tenha 
sido coletada e que seu teor de C-14 fosse de 2,5 ppb. Isso corresponde a 
25% do teor de C-14 encontrado em organismos vivos. Portanto, são duas 
meias-vidas completas: 
100% ~ 50% ~ 25%
5 730 anos 5 730 anos
5 730 anos 3 2 5 11 469 anos!
Além do carbono-14, também são utilizados outros elementos radioativos para identificar a idade absoluta de fósseis 
bem mais antigos. O urânio-234, por exemplo, tem meia-vida de 80 mil anos; o urânio-235, de 704 milhões de anos; e 
o potássio-40, de 1,25 bilhão de anos. 
100
50
10,0 g
5,00 g
2,50 g
1,25 g25
12,5
0
Decaimento do carbono-14
C
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Número de meias-vidas
(1 meia-vida 5 5 730 anos)
21 3 4
 # Figura 3.27 – A meia-vida do C-14 é 
de 5 730 anos.
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Há ainda outros métodos, como a datação paleomagnética. Quando se 
formam rochas sedimentares e vulcânicas, o ferro presente nas rochas se ali-
nha ao campo magnético da Terra. Sabe-se que, ao longo do tempo, os polos 
magnéticos do planeta se revertem. Porém, as rochas preservam o registro 
magnético de quando foram formadas, uma vez que os átomos de ferro se 
tornam imóveis com o endurecimento da rocha.
Desse modo, é possível estimar a idade relativa dessas rochas com base em 
sua relação com os padrões do magnetismo terrestre. Esse tipo de datação é 
utilizado quando os paleontólogos não têm certeza se determinadas rochas 
são contemporâneas exatas ou apenas temporalmente próximas. Se suas po-
laridades são diferentes, elas não podem ser contemporâneas exatas.
Outras ferramentas de medição de idade dos fósseis são importantes, como o relógio molecular. Essa é uma 
técnica que utiliza conhecimentos em genética e evolução molecular. A partir de sequenciamento de moléculas 
de DNA ou proteínas de espécies diferentes, é possível observar diferenças moleculares entre elas. O número de 
diferenças observado está relacionado a seu parentesco ao longo da história da vida. Dessa forma, quanto mais 
aparentados, menor o tempo de separação entre as espécies.
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 # Figura 3.28 – Modelo do 
campo magnético da Terra.
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127A vida na Terra e as evid•ncias de sua origem
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# Figura 3.31 – Representação esquemática de 
pegadas hipotéticas. Os elementos não estão 
representados em proporção. Cores fantasia.
Elaborado com base em: NATIONAL Academy 
of Sciences. Teaching about Evolution and 
the Nature of Science. Washington, DC: The 
National Academies Press, 1998. 
Disponível em: https://doi.org/10.17226/5787. 
Acesso em: 25 ago. 2020.
No Brasil há vários locais onde foram encontrados registros fósseis de pegadas de animais que � caram petri� -
cadas e que podem ser observadas atualmente. Nesta investigação, faremos nossas primeiras aproximações desse 
tipo de estudo, fundamental para compreendermos o modo como os cientistas reconstroem a história da vida.
MATERIAL
Material para anotação.
O QUE FAZER
 1. Observe as imagens a seguir.
 a) A primeira é um mapa do Vale de Pegadas, um registro encontrado no 
Nordeste do Brasil por um grupo de pesquisadores. A análise de pega-
das permite construir ilustrações que descrevam como era o ambiente 
naquela época e como eram os dinossauros que ali viviam.
Análise do registro fóssil
INVESTIGAÇÃO
# Figura 3.29 – Mapa do Vale de 
Pegadas.
CARVALHO, I. de S.; BORGHI, L.; LEONARDI, G. 
Preservation of dinosaur tracks induced by microbial mats 
in the Sousa Basin (Lower Cretaceous), Brazil. Cretaceous 
Research, v. 44, p. 112-121, 2013. 
 b) A � gura a seguir apresenta registros fósseis hipotéticos de pegadas de animais.
# Figura 3.30 – (a) Fotogra� a de pegadas. Sousa, PB, 2018. (b) Reconstrução artística feita com base nos 
estudos das evidências fossilizadas encontradas em Sousa, PB, 2017.
(a) (b)
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8° S
39° O
PIAUÍ
CEARÁ
RIO
GRANDE
DO NORTE
PARAÍBA
PERNAMBUCO
Região de Sousa
Outras regiões 
estudadas
0 110
km
CEARÁ
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Vale das pegadas
128 Cap’tulo 3
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