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1. O texto a seguir apresenta o filme Arquitetura da 
Destruição (1989), de Peter Cohen, assim como a 
relação que o nazismo estabeleceu com a Arte. Leia 
com atenção e, depois, responda ao que se pede.
Arquitetura da Destruição
Documentário desvenda a relação de Hitler e 
seus aliados com a arte
Considerado um dos melhores estudos sobre o 
nazismo, o filme Arquitetura da Destruição lembra 
que chamar Adolf Hitler de artista medíocre não 
elimina os estragos causados por sua estratégia de 
conquista universal [...].
O documentário traça um panorama sobre a tra-
jetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos 
colaboradores com a arte. Muito antes de chegar ao 
poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista. 
Ele produziu várias gravuras que posteriormente 
foram utilizadas como modelo em obras arquitetô-
nicas.
A produção sueca de 1989 destaca ainda a im-
portância da arte na propaganda, que por sua vez 
teve papel fundamental no desenvolvimento do na-
zismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre 
guerras, a arte moderna foi apresentada como de-
generada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. 
Para os nazistas, as obras modernas distorciam o 
valor humano e, na verdade, representavam as de-
formações genéticas existentes na sociedade.
O regime, em oposição, defendia o ideal de be-
leza como sinônimo de saúde e consequentemente 
com a eliminação de todas as doenças que pudes-
sem deformar o “corpo” do povo. Era um discurso 
biológico condizente com as concepções estéticas 
de uma raça ariana.
Nasce assim uma “medicina nazista” que valoriza 
o corpo, o belo e estava disposta a erradicar os males 
que pudessem afetar essa obra [...].
ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO: documentário desvenda a relação de 
Hitler e seus aliados com a arte. TV Brasil, 17 dez. 2015. Disponível 
em: https://tvbrasil.ebc.com.br/ciclos-de-cinema/episodio/
arquitetura-da-destruicao. Acesso em: 22 jul. 2020. 
a) Se for possível, assista ao documentário citado e 
faça uma pesquisa, na internet ou na biblioteca, 
sobre a propaganda nazista. Depois, com base 
na leitura do texto, na pesquisa e (se possível) 
no documentário, elabore um texto argumen-
tativo abordando os seguintes itens:
•	 Em qual contexto histórico nasceu o totalitaris-
mo alemão?
•	 Quais as características ideológicas dele?
•	 Qual é a relação entre a arte e a propaganda 
nazista? 
•	 Qual era o principal argumento utilizado pelo 
nazismo para construir seu ideal de sociedade 
e por que esse tipo de argumento é muito pe-
rigoso?
2. Como vimos no Tema 1 deste capítulo, embora 
não tenham sido regimes de tipo totalitário, as 
ditaduras militares na América do Sul possuíram 
traços comuns ao totalitarismo. Na ditadura bra-
sileira, por exemplo, a propaganda e a publicidade 
também eram utilizadas para enaltecer o regime 
ditatorial, bem como para construir a ideia de um 
inimigo comum, associado a valores negativos e 
depreciativos. Refletindo sobre isso e consideran-
do as particularidades históricas, analise o cartaz 
abaixo e responda às questões a seguir.
a) O cartaz enfatiza a luta contra o comunismo. Por 
que ele era considerado um “inimigo do país”?
b) Que diferenças você apontaria entre o papel da 
propaganda nazista e da propaganda utilizada 
durante o golpe de 1964 no Brasil?
Explorando Professor, no Manual você encontra 
orientações sobre estas atividades.
NÃO ESCREVA NO LIVRO
Propaganda 
anticomunista 
utilizada no Brasil 
na época do golpe 
de 1964. 
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TEMA 4
Os professores de História, de Geogra�a e de Sociologia são indicados, prio-
ritariamente, para o trabalho deste segmento. 
 
O neoliberalismo e a nova 
subjetividade
O neoliberalismo é uma doutrina econômica que defende a privatização de 
empresas públicas e serviços estatais; o abandono de políticas públicas de bem-es-
tar social (como saúde e educação públicas e gratuitas); a privatização de universi-
dades públicas, instituindo o pagamento de mensalidades; e o fim de praticamente 
quase todos os direitos trabalhistas historicamente conquistados, como a carteira 
de trabalho assinada, o salário mínimo, o 13o salário, as férias remuneradas e as li-
cenças maternidade e paternidade.
Justificando essas medidas, os argumentos de seus teóricos e defensores são de 
que o Estado deve intervir o mínimo possível na economia, cortando seus próprios 
gastos com serviços públicos (comportando-se ele próprio como empresa, ou seja, 
como um Estado gerencial e enxuto) e isentando os empresários de encargos tra-
balhistas e impostos.
O pressuposto de que seus defensores partem é o de que uma sociedade com 
características neoliberais seria livre para produzir maior desenvolvimento e mais 
riqueza e isso, ao final, beneficiaria a todos.
Além disso, a doutrina neoliberal defende a transferência da responsabilidade 
das principais decisões sobre os rumos da economia de um país para o mercado, 
distanciando as pessoas comuns da participação cidadã nas deliberações políticas.
Um dos principais intelectuais que formularam essa doutrina foi Friedrich von 
Hayek (1899-1992). Na obra O caminho da servidão (1944), ele ataca o planejamen-
to econômico estatal, a ação dos sindicatos e as organizações sociais. 
O primeiro país latino-americano a adotar o neoliberalismo como política eco-
nômica foi o Chile, sob o governo do ditador Augusto Pinochet (1915-2006), res-
ponsável pela morte do presidente eleito Salvador Allende (1908-1973) e governou 
o país desde o golpe militar, de 1973 até 1990. Entre 1975 e 1976, Pinochet ado-
tou um tratamento de choque neoliberal na economia chilena, assessorado pelos 
Chicago Boys – grupo de jovens economistas ultraliberais e ex-alunos de Milton 
Friedman (1912-2006), um dos maiores defensores do liberalismo e professor na Uni-
versidade de Chicago (Estados Unidos). 
Eles opunham-se a qualquer nacio-
nalização ou regulação de atividades 
econômicas e prescreviam a privatiza-
ção abrangente da economia e de ser-
viços essenciais. Peter Winn (1942-) os 
descreve da seguinte forma: “Como a 
ditadura de Pinochet, os Chicago Boys 
eram agressivos, ideológicos e auto-
confiantes, dispostos a impor remé-
dios cruéis ao povo chileno ‘para seu 
próprio bem’”. 
WINN, Peter. A revolução chilena. São 
Paulo: Editora Unesp, 2010. p. 189. 
Charge de Iotti, 2009. Acervo do cartunista.
Margaret Thatcher foi a 
primeira mulher a ocupar 
um cargo de primeira 
ministra na Europa. 
Fotografia de 1979.
Margaret Thatcher (1925- 
-2013) foi primeira-minis tra 
do Reino Unido entre 1979 
e 1990 e ficou conhecida 
como “a dama de ferro”, 
porque implementou du-
ras medidas neoliberais 
em seu país (como várias 
privatizações) e impôs 
der rotas históricas às rei-
vindicações do sindica-
lismo britânico. Thatcher 
também conduziu a In-
glaterra contra a Argenti-
na na Guerra das Malvinas 
(abril-junho de 1982), que 
terminou com a rendição 
dos argentinos.
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